UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CECIESA- GESTÃO APOSTILA PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE ESTÁGIO (DISCIPLINA PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO) E PARA OS ESTÁGIOS I E II DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ORGANIZAÇÃO: PROF. EDUARDO KRIEGER DA SILVA ITAJAÍ 2013-2 1 INTRODUÇÃO Aqui, você acadêmico (a) deve apresentar uma visão geral do assunto que será desenvolvido (contextualização) e restringi-lo até chegar ao foco principal do tema do trabalho (Método funil). É necessário ainda, o problema do estudo e encerra-se com o propósito do estudo. A sua introdução deverá conter a apresentação (e sugere-se que seja nesta ordem): 1) Contexto do tema: assunto sobre o qual será o seu projeto (área, assunto dentro desta área, influência deste tema sobre a atuação geral das organizações etc.). Ou seja, imagine que qualquer pessoa poderá acessar o seu trabalho e deverá entender sobre o que você versará. 2) Contexto da Organização: após apresentar o tema geral do estudo que você está propondo, você deverá apresentar de forma sucinta a organização na qual você pretende fazer este estudo. Explique brevemente o setor de atuação desta organização, o ambiente no qual ela está inserida, extensão e natureza das funções. 3) Caracterização do estudo: ou seja, a situação com a qual você se defrontou dentro da organização ou de uma temática específica, que necessita ser compreendida, solucionada, verificada etc. A situação que o levou a escolher o tema inicialmente apresentado. 4) Propósito do estudo: uma vez que você identificou uma situação não resolvida, após apresentá-la, você deverá formular a problemática que dará o rumo do seu estágio. Recomendações: - Quando o projeto for colocado em prática, e o trabalho estiver concluído (Estágio III), é importante que este capítulo seja revisado e atualizado, já que durante a 2 realização do estágio, adequações podem ser tornarem necessárias, uma delas é a mudança do tempo verbal. - O uso de citações deve ser feito somente quando extremamente necessários, como por exemplo, informações estatísticas ou termos e conceitos específicos que são de autoria conhecida. 1.1 Objetivo geral A partir da problemática construída no final da introdução, você poderá iniciar a confecção dos seus objetivos. Os objetivos deverão ser realistas e exeqüíveis. Você deverá construir dois tipos de objetivos: o geral e os específicos. O objetivo geral é aquele que define o propósito do seu trabalho. Repetindo, é o propósito do SEU trabalho, e não o objetivo da organização. O objetivo da organização poderá e deverá ser utilizado como justificativa do seu trabalho. Por exemplo: Digamos que você deseja abrir um novo negócio e resolve utilizar este tema (o que é desejável, uma vez que a UNIVALI incentiva o empreendedorismo) para o seu estágio. Vamos às regras de apresentação do seu objetivo geral: Verbo no infinitivo (Identificar) + motivo do estágio (viabilidade financeira e de mercado) + local (empresa de ...) O verbo no infinitivo deve identificar a ação a ser realizada. O motivo advém da problemática definida. O local refere-se à organização (quando houver) e cidade onde será realizado o estágio. 3 1.2 Objetivos específicos Dando continuidade à construção dos objetivos. Parte-se então a realização dos objetivos específicos. Os objetivos específicos são os meios para se chegar ao objetivo geral. Por exemplo, imagine que o objetivo geral é um lance de escadas a ser vencido. Os objetivos específicos serão cada um dos degraus que levam ao topo deste lance. 1.3 Justificativa Agora, conforme Roesch (1999), é chegado o momento de você apresentar as razões de realização do seu estágio. Justificar o objetivo do trabalho significa defender, com argumentos teóricos e práticos, a importância do trabalho para os envolvidos (organização, universidade, acadêmico) ou contexto social e econômico. Basicamente você pode justificar seu projeto por meio de quatro tópicos: Importância do estudo, oportunidade, originalidade do estudo e viabilidade do estudo (ROESCH, 1999). A importância refere-se aos benefícios que o seu estudo poderá trazer à organização na qual o estágio estará ocorrendo, a você como acadêmico e a sociedade em geral como receptáculo de mais um profissional. A oportunidade refere-se a uma situação vigente no momento do seu estágio, que possibilitou o desenvolvimento de determinado assunto, ou da realização do estudo em determinada organização etc. Exemplo: o momento atual é bastante oportuno para o desenvolvimento de estudos na área ambiental, uma vez que há uma preocupação crescente com o desgaste da natureza, a extinção de determinados mananciais, a poluição de determinados bens naturais etc. A originalidade refere-se ao cuidado que deve ter o pesquisador em trabalhar um tema inédito ou oferecer uma visão inédita sobre um tema já pesquisado. 4 Finalmente a viabilidade refere-se a questões como tempo, custos, acessos a informações, complexidade do estudo, conhecimento do aluno sobre o tema e outros fatores de ordem prática, intervenientes no desenvolvimento do estágio. Observação: - É de extrema importância que após a redação da justificativa, o estudante faça um exercício intelectual de auto-avaliação, relendo o texto que justifica a realização do trabalho. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (Estágio) ou CAPÍTULOS DO TRABALHO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (TIC) O texto do trabalho mostra a condição do estagiário/pesquisador de tornar-se um profissional. Os descuidos, erros ortográficos e gramaticais, parágrafos soltos, temas sem conexão e o uso de clichês depõem fortemente contra um futuro profissional. Lembre-se que a redação técnico-científica caracteriza-se pelo emprego de linguagem clara. O uso de gírias é completamente vedado, exceto em transcrições indispensáveis à compreensão do texto e sempre entre aspas. Neologismos e palavras pseudo-eruditas não devem ser usados, pois, afinal, a linguagem científica “é fundamentalmente informativa, técnica e racional; portanto [...] prescinde de figuras de retórica, frases de efeito ou vocabulário gongórico”. (ANDRADE, 1995, p.113). Algumas palavras são difundidas com tal intensidade (principalmente pela mídia) que se tornam clichês, ou seja, frase ou expressões pré-fabricadas e, muitas vezes, de múltiplos usos “o futebol é uma caixinha de surpresas”, “nosso governo será para o povo”, etc.) Termos como globalização, era da informação, gerenciamento do conhecimento e referência a modismos administrativos (“qualidade total”, “ reengenharia”, “lealdade participativa”, “clima motivacional” “capital intelectual”, etc.), ou seja, práticas baseadas em propostas sem comprovação científica, “curandeirismo”, precisam ser evitados, pois podem tornar o texto inócuo e mesmo 5 ridículo, além de demonstrar desconhecimento dos procedimentos científicos para validação de propostas de teorias. Não se devem empregar eufemismos na redação científica. Por exemplo, os integrantes do quadro funcional de uma empresa são empregados ou funcionários, nunca ”colaboradores” ou “associados”, palavras que têm conotação manipulativa. A fundamentação teórica do trabalho deve fornecer subsídios teóricos ao seu futuro estudo, demonstrando o domínio dos conceitos utilizados, a partir das fontes bibliográficas pesquisadas. Trata-se do diálogo entre a prática realizada e o referencial teórico já existente sobre o assunto. Não existe teoria sem prática e nem prática destituída de teoria. Nesse sentido, a prática de seu estágio deve estar diretamente vinculada aos conceitos expostos em sua fundamentação. A teoria deve ser utilizada tanto quanto for necessária, mas deve-se atentar para que seu uso seja criterioso. Pode-se dizer, então, que o uso da teoria serve para se fundamentar, discordar, criticar, enfatizar ou concordar com determinadas posturas. Você deve ter claro para si e também deixar claro para seu leitor quais são os métodos, sistemas ou idéias com as quais está se filiando, concordando ou discordando, enfim, criticando. Atente, sob o risco de se tornar paradoxal ou contraditório, para se utilizar autores que, no geral, pensem os sistemas de forma semelhante. Ou, caso você vá mostrar sistemas diferentes, separe adequadamente as exposições e procure ser o mais claro possível. Citações muito longas só são usadas em casos especiais. Quando citar, deve-se refletir sobre a matéria referida, seja para discordar, concordar, criticar. Não cite sem indicar o autor, além de ser antiético, é crime roubar idéias alheias. O uso da paráfrase (dizer em outras palavras o que o texto afirma, mantendo o sentido equivalente ao do texto lido) não dispensa as referências, ou seja, é imprescindível mencionar a fonte de pesquisa mesmo quando você utiliza a paráfrase. O simples somatório de citações, sem encadeamento lógico (ou com pseudoencadeamento, com chavões como: (“citando Fulano”, “como dizia Beltrano” ou “segundo Silva”), mostra apenas um extenso trabalho de cópia, que não possui mérito acadêmico. Como já se enfatizou, é importante que se estabeleça um “diálogo” entre os autores, articulando suas idéias, proposições e teorias. A quantidade das citações também não é o determinante da qualidade da fundamentação teórica. Oportuno lembrar Vergara (1997, p. 36), quando a autora ressalta a necessidade de ser “parcimonioso com as citações para valorizá-las”. Esta 6 valorização é importante, pois as citações servem para enfatizar e apoiar os pontos de vista do estagiário. Além disso, a leitura de um texto composto de um conjunto de cópias é maçante, demonstra má qualidade da produção do estagiário e não esclarece a proposta teórica da intervenção que será executada. Cabe lembrar ainda que os textos dos autores utilizados na fundamentação teórica devem ser os originais, aceitando-se as traduções para o português quando existentes. Noutras palavras, procure utilizar material de primeira mão, evitando os apud (citações de citações). Não se deve, em hipótese alguma, utilizar resenhas, resumos ou obras didáticas que resumem grandes conjuntos da teoria. Não é demais ressaltar que, ao consultar as fontes bibliográficas, você não deve se restringir ás idéias veiculadas em livros técnico-científicos; é aconselhável consultar e apresentar as publicações referentes ao tema veiculadas em periódicos especializados, assim como verificar a atualidade do material bibliográfico, ou seja, deve-se pesquisar sobre os trabalhos pertinentes ao assunto abordado publicados nos últimos anos. Os artigos de revista científica são o material mais desejável. Normalmente não é possível aprovar uma fundamentação teórica feita apenas com livros. Portanto, amplie sua pesquisa bibliográfica consultando teses de doutorado, dissertações de mestrado, pesquisas publicadas em Anais de congressos acadêmicos e revistas científicas. Deve-se evitar o uso de informações coletadas em páginas pessoais ou de empresas de consultoria na Internet, sem comprovação científica. Como vimos anteriormente, a sua fundamentação teórica deve ser lógica, encadeada, abordando os assuntos necessários ao desenvolvimento do seu estudo no Estágio Curricular. Lembre-se que o seu Projeto de Estágio tem uma lógica: você já apresentou na introdução sobre o que versará ao longo do projeto; nos objetivos você explanou o que será feito; na justificativa você explicou porque será feito. Assim, na fundamentação teórica/capítulos do TIC, você simplesmente buscará no referencial teórico como poderá cumprir os objetivos traçados, então, perceba que todos os objetivos específicos listados no seu projeto (aqueles que possibilitam o atingimento do objetivo geral, razão de ser do seu trabalho) deverão ser trabalhados na sua fundamentação. Não esqueça que a escrita deverá ser sempre na 3ª pessoa. 7 3 ASPECTOS METODOLÓGICOS Neste subitem você fará a descrição das características do tipo de pesquisa que você desenvolverá durante seu estágio e deverá conter o tipo de estudo, caracterizar quanto a forma de abordagem, quanto aos objetivos/fins e quanto aos procedimentos técnicos/meios para pesquisa. Tipo de estudo: A partir do modelo de pesquisa científica de Patton e do modelo de consultoria de Schein, Roesch (1999) construiu uma tipologia com os principais estudos em estágio, conforme a autora, a maioria dos estágios encaixa-se nos seguintes tipos: Pesquisa-diagnóstico; Proposição de planos; Avaliação formativa; Avaliação de resultados. A pesquisa-diagnóstico dá ênfase ao diagnóstico para a organização, ou seja, o estagiário deverá levantar e definir problemas. Roesch (1999) explica, ainda, que o estagiário, ou seja, você, poder• fazer este estudo tanto na sua organização, quanto no setor de atuação, da sua organização e, até mesmo, no ambiente da organização. A proposição de planos é o tipo de estágio mais desenvolvido pelos alunos em geral. Consiste na proposta de soluções a partir de um diagnóstico já realizado na organização. Isto não significa que o aluno não possa fazer diagnóstico e proposição, esta situação, aliás, é a mais corriqueira, principalmente em empresas de pequeno porte. De acordo com Roesch (1999), são considerados estudos constantes nesta categoria as propostas, sistemas, manuais e programas. Já a avaliação formativa consiste na melhoria ou no acompanhamento para a implantação de algum plano ou programa. Este seria o passo seguinte da proposição de planos. (ROESCH, 1999). Neste tipo de estudo, você deverá deter um bom conhecimento sobre os processos e sistemas estudados. 8 E, finalmente, a avaliação de resultados que, como o próprio nome sugere, visa a verificação da efetividade de um programa, política ou plano implantado. (ROESCH, 1999). Na realidade, a partir do seu estudo, você deverá verificar se as metas da intervenção foram ou não atingidas. Quanto à forma de abordagem do problema, de acordo com Gil (1999) a pesquisa, pode ser: Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-los e analisá-los. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão etc.). Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos, bem como a atribuição de significados, são básicos no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. Já, do ponto de vista de seus objetivos/fins Gil (1999) explica que a pesquisa pode ser: Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolvem levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de caso. Descritiva: visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolvem o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento. 9 Explicativa: visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o “porquê” das coisas. Quando realizada nas ciências sociais requer o uso do método observacional. Assume, em geral, a formas de Pesquisa Experimental e Pesquisa Ex-post-facto. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos/meios pode ser (GIL, 1999): Pesquisa Bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet. Pesquisa Documental: quando elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico. Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecerem. Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. Técnicas de coleta e análise dos dados Em pesquisa nas Ciências Sociais, basicamente, os dados a serem coletados poderão vir de fontes primárias e/ou de fontes secundárias. Lembre-se: dados primários são aqueles que você, como pesquisador, está coletando pela primeira vez junto à população em estudo. Quanto aos dados secundários, que são aqueles que já foram coletados por outros e receberão do pesquisador, o tratamento adequado. Deverá explicitar onde serão coletados e quem participará da pesquisa - onde fará seu estudo, que deverá corresponder à organização do seu estágio. Explicitará também o local do estudo (cidade, bairro e, até mesmo, endereço). 10 No caso de coleta de dados primários, você deverá explicar qual a população que compõe o seu estudo. População, conforme Barbeta (1998, p.19) é o “(...) conjunto de elementos que queremos abranger em nosso estudo e que são passíveis de serem observados, com respeito às características que pretendemos levantar”, ou seja, é composta por todos os elementos que podem fornecer dados referentes ao seu estudo. Portanto, dependendo do tipo de estudo que você fará, a sua população poderá ser constituída por todos os indivíduos de uma cidade, ou de uma organização; poderá ainda ser constituída pelos indivíduos que compõem um departamento ou setor e, até mesmo, pelos participantes de um processo ou nível hierárquico, tudo vai depender do objetivo do seu estudo. Por exemplo, em uma pesquisa para Levantamento de Clima Organizacional, a sua população será composta por todos os funcionários da organização, já para pesquisa de mercado, serão todas as pessoas que compõem o segmento de mercado escolhido. Mas para pesquisa de uma Mudança Organizacional, por exemplo, constituirão a população, apenas aquelas pessoas que participaram da mudança. Após definida a população, se ela for muito grande, faz-se necessário o processo de amostragem, que de acordo com Barbeta (1998) tem a seu favor a economia financeira e de tempo, maior confiabilidade dos dados coletados e maior facilidade na operacionalização do estudo. As amostras podem ser classificadas em probabilísticas e não probabilísticas. Existem vários tipos de amostras probabilísticas, isto é, amostras em que os elementos são selecionados de tal maneira, que cada elemento da população tem certa chance de ser escolhido como parte da amostra: Amostra aleatória simples: todas as unidades da população têm uma chance igual e independente de serem selecionadas; Amostra estratificada: envolve uma divisão a priori da população em grupos homogêneos de acordo com certas características conhecidas e a seleção de amostras separadas de cada grupo; 11 Amostra sistemática: selecionada através de sorteios com intervalos definidos, dos elementos (por exemplo, selecionar todos os múltiplos de cinco de uma lista de elementos); Amostra de grupo: seleciona unidades de populações em grupos (clusters). O grau de generalização dos resultados é determinado, simultaneamente, pelo tamanho e pelo tipo de amostra. O tipo de amostra que permite maiores generalizações é a amostra aleatória (random), seguida das amostras estratificadas, sistemáticas e de grupo. Lembre-se de listar os critérios de aleatoriedade, no caso de amostragem aleatória. Amostra não probabilística: como o próprio nome indica não se baseia em probabilidades, mas em julgamentos subjetivos do pesquisador. No caso das amostras intencionais, devem-se listar os critérios de intencionalidade. Quando serão coletados – O período do estudo, que normalmente corresponde aos Estágios II e III, pois é o período em que você estará no campo desenvolvendo o seu estudo. Instrumentos e procedimentos de coleta de dados - Em pesquisa nas Ciências Sociais, basicamente os instrumentos para a coleta de dados primários restringem-se à observação e à entrevista. De forma geral, conforme Roesch (1999), a técnica de observação pode dividir-se em: Técnica para levantamento de dados em pesquisa quantitativa: quando a observação é direta, sendo operacionalizada através de planilhas e/ou formulário, visando a anotação de tempos, freqüências etc. Em geral, este tipo de observação é sistemática (em intervalos regulares e em períodos previamente planejados). Técnica para levantamento de dados em pesquisa qualitativa: quando o pesquisador procura compreender o objeto observado, anotando suas percepções 12 em um “diário de campo”. A observação poderá ser direta (quando o pesquisador apenas assiste as situações do ambiente) sistemática ou assistemática, ou ainda, poderá ser participante, quando o pesquisador vivencia o ambiente pesquisado como “ator”. As entrevistas também poderão ter predominância qualitativa ou quantitativa, dependendo da forma como serão realizadas: Com abordagem quantitativa: quando são feitas entrevistas com roteiros estruturados, também chamados de questionários, com predominância de questões fechadas ou em forma de escalas. Esta entrevista pode ser feita pessoalmente (face-a-face) ou por telefone. São mais adequados para aplicação junto a grandes populações. Com abordagem qualitativa: entrevistas abertas ou em profundidade, quando o pesquisador empreende uma conversa sobre um determinado tema com o entrevistado, fazendo apenas discretas intervenções para não fugir ao tema proposto. A mais indicada é a entrevista com roteiro semi-estruturado, onde o pesquisador lista uma série de pontos a serem questionados junto ao entrevistado (através de uma lista de perguntas ou check-list) que as responde livremente. A operacionalização destes tipos de entrevistas pode ser feita através de anotações, mas o ideal é que as entrevistas sejam gravadas e transcritas, assim, o pesquisador pode dar maior atenção ao entrevistado. Quanto aos dados secundários, podem ser coletados, basicamente através de duas técnicas (GIL, 1999): Pesquisa bibliográfica: feita em material publicado, tais como monografias (livros, teses, dissertações etc.), periódicos (revistas, jornais etc.), meio eletrônico (CDs de Congressos e Simpósios, Internet etc.) ou publicação por meio magnético. Pesquisa documental: pesquisa em documentos organizacionais tais como relatórios, declarações, atas etc., bem como em material iconográfico restrito à 13 organização (figuras, fotos, pinturas, filmes etc.). Normalmente, a pesquisa documental é caracterizada por material restrito à organização que se está acessando e depende da liberação desta organização para ser consultado. Tratamento, análise e apresentação dos dados - Para análise de dados predominantemente quantitativos, tais como os coletados através de questionários e observação operacionalizada através de planilhas, utiliza-se a análise estatística, tanto descritiva (freqüências, tabulação cruzada etc.) quanto inferencial (testes de correlação) dependendo do que se deseja analisar. Pode-se também utilizar outras análises matemáticas, como apoio para o estudo. Já a tarefa de análise de dados predominantemente qualitativos, implica, em um primeiro momento, na organização de todo o material, dividindo-o em partes, relacionando essas partes e procurando identificar tendências e padrões relevantes. Em um segundo momento, essas tendências e padrões são reavaliados, buscandose relações e inferências em um nível de abstração mais elevado. O trabalho decodificação resulta em um conjunto inicial de categorias que serão reexaminadas e modificadas, seja para formar conceitos mais abrangentes ou para facilitar a composição e apresentação dos dados. Outra técnica, comentada por Roesch (1999), é a análise de conteúdo que consiste num conjunto de instrumentos metodológicos cada vez mais sutis, em constante aperfeiçoamento, que se aplicam a discursos muito diversificados. 14 4 RESUMO É uma breve síntese da pesquisa, com informações relativas ao problema ou objeto de estudo, objetivos, metodologia e resultados da pesquisa. Deve ter entre 200 e 300 palavras, escrito em parágrafo único, fonte Arial 10. Logo abaixo, devem ser colocadas duas ou três “palavras-chave” (palavras que representem o conteúdo abordado) separadas por ponto. 4.1 Sumário De acordo com a ABNT, o sumário é uma “enumeração das principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede, devendo ainda ser acompanhado do respectivo número da página.“ Obedecer aos modelos do estágio. 4.2 Numeração das páginas A contagem da numeração das páginas inicia-se a partir da folha de rosto, porém, sua apresentação efetiva deverá ser apenas na página da Introdução, sendo sua disposição no canto superior direito, fonte Arial 12, conforme modelos. 4.3 Apêndices e anexos Os apêndices e anexos devem obrigatoriamente ter títulos (na primeira página de cada documento) e paginação (em todas as folhas), devendo ser citados ao 15 longo do trabalho. Antes do primeiro apêndice, há uma página em que consta somente o título “APÊNDICES”, centralizado, em fonte Arial, 12, caixa alta e negrito. O mesmo ocorre antes dos anexos. O Apêndice é um elemento opcional que consiste em um texto ou documento elaborado pelo próprio pesquisador para complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade do trabalho (um questionário, por exemplo). É identificado por letras maiúsculas, travessão e pelos respectivos títulos. Quando citados no texto (meio da frase), são escritos livres de parênteses; mas se inserida no final da frase, a palavra “apêndice” deve vir entre parênteses. Ex.: (APÊNDICE A). A paginação dos apêndices segue a mesma seqüência da parte textual do trabalho. Figura 1 – Exemplos de Apêndices 90 APÊNDICES 91 APÊNDICE A - BL 947 Fonte: Elaborada pelas autoras (XXXX) O anexo é um elemento opcional que consiste em um texto ou documento não elaborado pelo pesquisador. Segue o mesmo critério de apresentação dos apêndices, vindo na seqüência desses. 4.4 Siglas e abreviaturas Apenas abreviaturas e siglas essenciais deverão ser usadas. As siglas, quando mencionadas pela primeira vez no texto, devem ser escritas por extenso, indicando entre parênteses a forma abreviada. Ex.: Universidade do 16 Vale do Itajaí (UNIVALI). As siglas com três ou mais letras que formam palavras (devido a sua estrutura e sonoridade) podem ser escritas somente com a primeira letra maiúscula, por exemplo, Mercosul, Univali, Onu, Enaex, etc. Deve-se cuidar para adotar uma ou outra forma ao longo do trabalho, não misturando as escritas (Univali e UNIVALI). 4.5 Ilustrações As ilustrações complementam o texto e devem vir tão próximas quanto possível do local em que forem mencionadas. A identificação de ilustrações deve aparecer na parte superior, precedida da palavra designativa (gráfico, organograma, quadro, mapa, fluxograma, figura) seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto em algarismos arábicos, da respectiva legenda explicativa e da fonte, centralizada e com espacejamento simples. Quando as ilustrações causarem interrupção à seqüência do texto, podem aparecer em forma de anexo ou apêndice. Figura 2- Carta de Crédito (a vista ou a prazo) Fonte: (BIZELLI; BARBOSA, 2001, p. 69). É importante salientar que uma seção não deve terminar com uma ilustração. 17 4.6 Tabelas As tabelas não devem ser divididas por traços internos horizontais e verticais, formando grades, nem devem ser fechadas nas laterais. Usam-se apenas linhas horizontais para separar o título do cabeçalho e este dos dados, e uma outra linha horizontal ao fim da tabela, separando-a das notas de rodapé. Toda tabela deve ser numerada em algarismos arábicos. A ordem de menção das tabelas no texto determina a sua numeração, que é contínua ao longo de todo o texto. (título centralizado). Tabela 1 – Exportações de Móveis de Madeira para Escritório –2005-2006 País 1996 1997 1998 1999 28.372 – 28.487 133.167 1.365.585 1.149.101 793.911 514.932 – – 16.800 8.865 Reino Unido 65.097 56.175 – 31.986 Argentina 69.374 3.555 4.830 234 Uruguai – – 1.782 1.904 Paraguai 219 400 5.042 14.850 Chile – – – – Bolívia – – 5014 32.096 Estados Unidos Alemanha Fonte 10 Itália Fonte: Secex (2006). Quando a tabela não couber numa única página, não deve ser delimitada por traço horizontal na parte inferior (na primeira página em que aparece), sendo o título e o cabeçalho repetidos na folha seguinte, colocando-se imediatamente após o título (alinhada à margem esquerda) a palavra “continuação”. As tabelas devem ser auto-explicativas, o que não dispensa texto que a segue. O título da tabela aparece na parte superior (centralizado), devendo ser completo (explicando de forma detalhada o conteúdo da tabela). A fonte e eventuais notas aparecem na parte inferior (alinhadas junto à margem esquerda). Caso a tabela tenha sido elaborada a partir de informações coletadas na própria pesquisa, coloca-se como fonte uma das seguintes expressões: “pesquisa de campo”, “observação direta”, “entrevista realizada”, dentre outras. 18 A fonte utilizada na tabela e em seus respectivos títulos e fontes é a mesma do texto (Arial), porém, em tamanho menor (10). 19 5 ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE ESTÁGIO Modelo específico estágio/empresa. 5.1 Projeto de estágio (estágio I) FOLHA DE ROSTO EQUIPE TÉCNICA DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 1 INTRODUÇÃO 1.1 Objetivo geral 1.2 Objetivos específicos 1.3 Justificativa 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA REFERÊNCIAS O projeto de estágio tem como objetivo nortear o acadêmico, a empresa e o orientador de estágio durante todo o processo de estágio. Ele deve informar quais as intenções do estagiário, e deve ser discutido e aprovado pelo orientador de estágio e pela empresa. Ele é um instrumento formal que garante ao acadêmico as condições para a realização do seu estágio bem como o protege de possíveis tarefas adicionais não pertinentes ao objetivo inicial do trabalho. Obs: O projeto de estágio não deve conter sumário. 20 5.2 Roteiro para a estrutura do Trabalho Parcial de Estágio (estágio II) O projeto elaborado na disciplina de estágio 1 a ser entregue no estágio II, deve ser melhorado e ampliado, de acordo com as orientações do professor orientador de conteúdo e com o supervisor da empresa. Compõem o Trabalho Parcial (estágio II): FOLHA DE ROSTO EQUIPE TÉCNICA DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 1 INTRODUÇÃO 1.1 Objetivo geral 1.2 Objetivos específicos 1.3 Justificativa 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3 ASPECTOS METODOLÓGICOS 4 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO REFERÊNCIAS DECLARAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS Nesta etapa o acadêmico deverá: 1) Qualificar o projeto de estágio com o professor orientador de conteúdo; 2) Acrescentar o capítulo referente a CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO; 3) Declaração da empresa, atestando o estágio parcial do aluno na empresa. OBS: O trabalho parcial não deve conter sumário. O capítulo reservado à organização deve apresentar informações reais e objetivas (tantas quantas forem possíveis) sobre fundação, histórico, objetivos, missão, visão, natureza (indústria, comércio, prestação de serviços, lazer, comércio exterior, logística, etc.), mix de marketing (preço, produto, promoção e praça), clientes, concorrentes, organograma, fluxogramas, funcionários, equipamentos utilizados, além de outras informações consideradas relevantes. Saliente-se que, tanto para o pesquisador, quanto para o empresário, este é um dos mais significativos momentos do trabalho de pesquisa, pois oferece a possibilidade de se 21 registrar a importância e o papel da história individual de cada empresa, que poderá servir como fonte de informações para pesquisas futuras. 5.3 Roteiro para estrutura do Trabalho de Estágio (estágio III) CAPA FOLHA DE ROSTO EPÍGRAFE AGRADECIMENTOS EQUIPE TÉCNICA DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO AUTORIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO RESUMO LISTAS (Opcional) SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 1.1 Objetivo geral 1.2 Objetivos específicos 1.3Justificativa 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3 ASPECTOS METODOLÓGICOS 4 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 5 RESULTADOS DA PESQUISA 6 SUGESTÕES PARA A ORGANIZAÇÃO 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS ANEXOS APÊNDICES DECLARAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS 22 5.4 • Explicação do roteiro do Trabalho de Estágio Capa - é a cobertura que reveste o TE, fazer conforme modelo disponibilizado pelo Estágio. • Folha de rosto - fazer conforme modelo. • Epígrafe (item opcional) - frase ou pensamento relativo ao tema com a devida indicação da fonte (autor). Fazer conforme modelo. • Agradecimentos (item opcional) - breve, resumido e pessoal. Fazer conforme modelo. • Equipe técnica - a mesma do TP, devendo corrigir e acrescentar as sugestões do professor orientador de estágio. • Dados de identificação da organização - os mesmos do TP, devendo corrigir e acrescentar as sugestões do professor orientador de estágio. • Autorização da organização para divulgação dos resultados do relatório fazer conforme modelo disponibilizado no site do curso. • Declaração de isenção – fazer conforme modelo disponibilizado no site do curso, devendo ser entregue em separado. • Resumo Condensação do relatório, que delineia e/ou enfatiza os pontos mais relevantes do trabalho, e seu resultados. Deve ser informativo, dando uma descrição clara e concisa de conteúdo de forma inteligível e suficiente para que o usuário possa decidir se é ou não necessária à leitura completa do trabalho. O resumo deve conter no máximo 300 palavras e sua elaboração deve corresponder ao disposto na (NBR 6028, maio de 2002). • Listas (opcional) - fazer conforme modelo. • Sumário - fazer conforme modelo. • Introdução – a mesma do TP, devendo corrigir e acrescentar as sugestões do professor orientador de estágio. • Fundamentação teórica - a mesma do TP devendo corrigir e acrescentar as sugestões do professor orientador de estágio. • Caracterização da Organização - a mesma do TP devendo corrigir e acrescentar as sugestões do professor orientador de estágio. 23 • Resultados da Pesquisa – Neste capítulo cabe a descrição apenas dos dados investigativos, apurados e tabulados. O uso de tabelas, gráficos, quadros ou figuras fica a cargo dos objetivos da pesquisa. A utilização de qualquer uma destas formas tem a finalidade de facilitar a visualização. Devem ser textualmente apresentados e comentados um a um. Cabe lembrar que não se expõe gráfico de 100%. • Sugestões para a Organização – Nesta parte do TE o acadêmico deve fazer as amarrações dos dados levantados com os objetivos da sua investigação. Isto significa que ele poderá comprovar as suas hipóteses ou indagações. É o processo de busca das informações relevantes e significativas que foram detalhadamente expostas no capítulo da pesquisa. • Considerações finais – Neste capítulo deve ser finalizado o trabalho através de uma passagem pelos objetivos – se foram plenamente atingidos, de uma exposição das limitações da pesquisa percebidas ao longo do estudo, do elenco de surpresas que a investigação propiciou, da manifestação da possibilidade de continuidade do estudo tanto quanto sua utilidade quanto em relação à validade. • Referências - Incluindo Referências Bibliográficas, Referências em meio eletrônico e Legislação pertinente. • Anexos (se houver) - é a matéria suplementar, não elaborada pelo(a) estagiário(a), como leis, normas, questionários, esclarecimentos ou documentação,... • Apêndices (se houver) - é a matéria suplementar, elaborada pelo autor do trabalho (estagiário), como organogramas, questionário, etc. • Folha de assinaturas - a mesma do TP, devendo corrigir e acrescentar as sugestões do professor orientador de estágio. 24 6 NORMAS BÁSICAS DE FORMATAÇÃO E DOCUMENTOS DO ESTÁGIO APRESENTAÇÃO DOS Quadro 1 - Normas básicas de formatação de trabalhos de estágio Meio físico para a entrega dos documentos, Impressão do texto na cor preta (exceto exceto do Trabalho de Conclusão de Estágio que ilustrações) em papel tamanho A4 – Branco ou será entregue após a apresentação perante reciclado. Encadernado em espiral. Banca Examinadora em arquivo pdf – CD-ROM. Frente e verso (opcional) Fontes que podem ser utilizadas no texto. Arial, tamanho 12. Redação do texto. Conferir caráter impessoal ao texto utilizando a Terceira pessoa do singular: o acadêmico... o projeto... o estágio... Numeração das páginas. Apenas algarismos arábicos, no cabeçalho, lado direito, contar as páginas a partir da folha de rosto, iniciando a visualização no primeiro elemento textual (Introdução).. Espaço entre-linhas 1.5 no texto e entre as referências bibliográficas; Simples nas citações diretas longas e em cada uma das referências bibliográficas. Tamanho dos Parágrafos 1.25 cm Tamanho das Margens Superior e esquerda 3 cm Inferior e direita 2 cm Indicativos numéricos de Seção A esquerda, separado por um espaço de caracter Espaço antes e depois dos títulos e subtítulos CTAC-BCC p. 87 – Títulos de capítulos e de subseções separar do texto que os precede ou sucede por dois espações de 1.5 entre-linhas, fonte 12 Outras Formatações CTAC-BCC (Caderno de Trabalhos Acadêmico Científicos da UNIVALI) p. 87 e seguintes e normas técnicas da ABNT Citações CTAC-BCC p. 45 e seguintes ABNT NBR 10520/2002 Item 7 deste roteiro Referências CTAC-BCC p. 57 e seguintes ABNT NBR 6023/2002 Item 8 deste roteiro Fonte: Estágio Supervisionado