Exploração de Marte
O planeta Marte encontra-se situado a uma distância média do Sol de 1.52 UA.
O seu período orbital é cerca de 687dias e o seu período de rotação de 24h, 37m
e 22,6s. O seu diâmetro é de 6798km, enquanto a sua massa é 0.107 vezes à da
Terra. É consideravelmente parecido com a Terra e apresenta um aspecto
avermelhado, que ocasionou a atribuição do nome de “Planeta Vermelho”.
Mas será que há vida em Marte?
Nos finais do século XIX deu-se início à observação intensiva do planeta, o
que originou a execução de um mapa e a atribuição de nomes aos acidentes da
sua superfície.
As primeiras descobertas fizeram admitir, na verdade, a esperança de que o
planeta fosse habitado, contudo, as investigações posteriores e, sobretudo, o
envio de sondas à sua superfície desvaneceram esta possibilidade, mas agora
novas observações fizeram renascer a esperança. A informação que dispomos foi
essencialmente obtida pela sonda Mariner X (1971), que tomou milhares de
imagens da superfície marciana. As sondas Viking I e II, que pousaram no planeta
em 1976, procederam à análise de amostras de terreno, a sua composição era
diferente de qualquer mineral conhecido, pelo que o solo de Marte é
provavelmente uma mistura compilada de minerais. No entanto, constatou-se a
presença de alguns elementos já por nós conhecidos.
A paisagem está semeada de rochas de formas completamente variadas. A
atmosfera, débil e irrespirável, é composta principalmente por dióxido de carbono,
além de vestígios de azoto, árgon, monóxido de carbono, oxigénio e água, tendo
uma densidade 100 vezes menor do que a terrestre. A pressão à superfície é
baixíssima, o que impossibilita a existência de água. O seu clima caracteriza-se
por frequentes nuvens e por episódicas tempestades de pó, embora o regime de
ventos seja suave. Os seus pólos estão cobertos por calotes formadas por uma
mistura de dióxido de carbono gelado e água gelada. Os acidentes da superfície
marciana são crateras, vales e imensos vulcões, além de profundos desfiladeiros
e estruturas identificadas como leitos secos de rios, assim como outros acidentes
causados pela erosão da água, em épocas primitivas ao planeta.
Visto assim, Marte parece inabitável. Mas desde que os primeiros telescópios
focaram o planeta, os nossos conhecimentos sobre Marte alargaram-se
consideravelmente e hoje há mesmo quem acredite que este é o único planeta
que o homem poderá um dia habitar. Algumas missões da NASA descobriram
alguns depósitos sedimentares que sugerem a presença de água à superfície do
planeta, o que pode significar realmente que este tenha sido, a determinada
altura,
suficientemente
quente
para
ter
água
em
forma
líquida
e,
consequentemente, sustentar vida.
Marte possui também um sistema de dois satélites, chamados Fobos (medo) e
Deimos (pânico), ambos descobertos em 1877, e que se contam entre os mais
pequenos do sistema solar. Fobos e Deimos têm uma forma muito irregular
(elipsoidal), cujas dimensões são de 27 e 15 km. As suas superfícies estão
repletas de crateras devido a intensos bombardeamentos que deixaram marcas.
Ao longo dos anos a Humanidade tem enviado sondas e veículos de
exploração
para
descobrir
mais
coisas
acerca
deste
“nosso
vizinho”
desconhecido. As nossas últimas invenções foram: Beagle 2 , Spirit e Oportunity,
que estão de momento em rota, e que a qualquer momento estão preparados para
nos desvendar um pouco mais do nosso planeta vizinho, contudo nunca
conseguirão desvendar todos os mistérios de Marte. No entanto, já estamos a
trabalhar em futuras missões, como é o caso da MRO.
Galilei descobriu que, tal como a Terra, no céu as coisas não permanecem na
mesma e que há mudança em todo o lado. Hoje, Marte parece mais do que nunca
um globo de gelo. Mas também parece que algo quer sacudir esse gelo, algo
evolui, algo que parece estar a mudar. Então acrescento: enquanto houver
mudança, nós estaremos sempre com ela, a acompanhá-la, esteja ela onde
estiver.
Escola Secundária / 3º Ciclo de Azambuja
Maria João Pinto, 10ºA, n.º 24
Download

Trabalho 9