Roteiro dos Bandeirantes
2010
Santana de Parnaíba
Santana de Parnaíba nasceu às margens do rio Tietê,
durante a administração de Mem de Sá, terceiro
governador-geral do Brasil. Há registros de que o
primeiro a se instalar na região foi o português Manuel
Fernandes Ramos, participante de uma expedição
realizada em 1561 por Mem de Sá para explorar o sertão
– no sentido Rio Tietê abaixo, em busca de ouro e metais
preciosos. Estabeleceu-se no povoado, construindo uma
fazenda e uma capela em louvor a Santo Antônio, mas
sua estrutura precária não resistiu às constantes
enchentes e acabou destruída. Posteriormente, seus
herdeiros e sua mulher, Suzana Dias, resolveram erguer,
em 1580, uma nova capela, desta vez em honra de
Sant’Ana.
Museu Casa do Anhangüera
Museu Casa do Anhangüera
Residência bandeirista urbana construída na segunda
metade do século XVII, em taipa de pilão e taipa de mão,
na qual, presume-se, residiu o bandeirante Bartolomeu
Bueno da Silva - O Anhangüera. É uma edificação típica
das construções do século XVII, representando uma
tradição urbana das primitivas moradas paulistas, que
mantêm até hoje seu estilo original. Foi transformado no
"Museu Histórico e Pedagógico Casa do Anhangüera"
durante a semana comemorativa da criação da vila em
14 de novembro de 1962, possuindo grande valor
arquitetônico e histórico. Tombada pelo IPHAN, em
outubro de 1958, e pelo CONDEPHAAT, em maio de
1982.
Câmara Municipal de Santana de Parnaíba
Igreja Matriz Nossa Senhora Sant´Ana
Igreja Matriz
É considerada o marco mais importante do município. De acordo
com os registros históricos, em meados de 1560, foi erguida na
cidade a primeira capela, dedicada a Santo Antônio. A pequena
igreja era feita de pau-a-pique e coberta de folhagens. No ano
de 1580, a segunda capela, dedicada a Sant'Ana, foi
construída. Em 1610 uma terceira capela foi construída,
também por André Fernandes, e, em 1625, foi elevada a
Matriz, hoje conhecida como Paróquia de Sant'Ana. A
edificação atual data de 1882, e seu estilo é eclético,
possuindo piso em canela preta e altares que acompanham a
liturgia. É tombada pelo CONDEPHAAT.
Itu
Nos primeiros tempos, Itu (do indígena Itu-Guaçu ou Utu-Guaçu que quer dizer cachoeira grande, e foi denominada em
homenagem à cachoeira Salto de Itu) foi ponto de apoio e
ligação para as expedições, por haver diversos caminhos
terrestres e fluviais.
A cidade, bem como a região, começou a ser povoada no final do
século XVI. Os colonos portugueses, como Domingos
Fernandes e seus familiares, chegaram em Itu em 1604,
quando construíram uma capela dedicada a Nossa Senhora da
Candelária. A capela, que deu início ao povoado, foi
inaugurada no dia 2 de fevereiro de 1610. Somente em 1657
chegou à vila, passando a ter poder administrativo local.
Igreja Matriz de Nossa Senhora da
Candelária - 1780
Salto
A região onde se insere a cidade de Salto está entre as primeiras no processo de
penetração do território, desde a segunda metade do século XVI. Registros
históricos dão conta da presença de uma aldeia dos índios guaianás ou
guaianazes, do tronco Tupi-Guarani, nas imediações da cachoeira, à qual
chamavam Ytu Guaçu, Salto Grande em língua nativa. Esses índios, assim
como outros das margens do Tietê, foram repelidos ou aprisionados nas
investidas das primeiras bandeiras paulistas, que os levaram para abastecer
de mão-de-obra as roças nas vilas do planalto.
Já no final do século XVII, o atual território de Salto era uma propriedade particular,
o Sítio Cachoeira, parte de sesmaria da Capitania de São Vicente, adquirido
pelo capitão Antônio Vieira Tavares (sobrinho do bandeirante Raposo Tavares)
e de sua mulher, Maria Leite (filha de Borba Gato). O capitão obteve
permisSão para construir e mandar benzer uma capela em seu sítio, que o
livrasse de ir a Itu para assistir missa. A bênção do templo e a primeira
celebração deram-se em 16 de junho de 1698, data que é considerada como a
de Fundação da cidade de Salto. Por disposição testamentária, no ano de
1700, o casal fez a doação de suas terras, escravos e índios à Capela de
Nossa Senhora do Monte Serrat. A localidade, com poucas casas e lavoura
circundante, permaneceria por bom tempo na condição de bairro rural da vila
de Itu. Apenas em 1889 tornou-se vila, separando-se de Itu.
Ponte Pênsil
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