A Linguagem da Pintura
Linguagem da Pintura
 Concepção clássica:
 A PINTURA é perspectivada como uma representação
do real, face ao qual se encontraria numa situação de
espelho. O. s., seria icónica e esgotar-se-ia na mera
reprodução da realidade.
 Até que ponto seria independente da realidade e uma
linguagem com identidade própria e não subjugada à
fidelização do real?
Linguagem da Pintura (cont.)
 Meyer Schapiro define o signo pictural como signo
icónico.
 Mas, ao definirmos o objecto pintado como ícone, não
estaremos a anular o espectáculo articulado de cores,
formas, traços, etc. presente no quadro?
Linguagem da Pintura (cont.)
 A leitura do quadro passa por três pólos:
 1) a organização interna dos elementos observáveis no
quadro e circunscritos aos seus respectivos limites: o código
figurativo;
 2) o real espelhado e que serviu de modelo ao quadro;
 3) o discurso no qual se cruzam o código figurativo e o real.
O. s., o quadro não é mais do que o texto que o analisa:
“tornar-se texto” do quadro; “simulacro-entre-o-mundo-ea-linguagem”.
Linguagem da Pintura (cont.)
 Apesar da técnica do espelho na visão clássica da
pintura (“o quadro”), cada sujeito criativo tinha
liberdade para codificar o objecto em observação. O
seu “texto” sobre a realidade absorve a sua visão
subjectiva.
 Múltiplos textos, interpretações e codificações do
sujeito autor
Linguagem da Pintura (cont.)
 Pintura clássica: estrutura fechada
 Pintura moderna: processo que atravessa o objecto por
ele produzido, que não representa nenhum signo nem
nenhum sentido particular, mas a possibilidade, a
partir de um código limitado (tela), de fazer derivar
todo um processo significante.
Linguagem da Pintura (cont.)
 “Toda a gente quer compreender
a arte . Porque não
tentam compreender as canções de um pássaro? Porque
razão se ama a noite, as flores, tudo em nosso redor?
Se percebessem antes de tudo que um artista cria porque
tem que criar, que ele próprio é apenas um pedacinho
insignificante do mundo e que não lhe deve ser concedida
mais atenção do que a muitas outras coisas que nos
proporcionam alegria no mundo, embora não as
consigamos explicar. Pessoas que querem explicar telas
ladram
normalmente
para
a
árvore
errada.”
Pablo Picasso
Linguagem da Pintura (cont.)
 “Da mesma maneira que a criança nos imita nos seus
jogos, o pintor imita o jogo das forças que criaram e
criam o mundo. A arte não expressa o visível, mas
torna visível.”
Paul Klee
Linguagem da Pintura (cont.)
 “O pensamento é para a literatura o que a luz é para a
pintura.”
 Paul Bourget
 “Um pintor não deveria pintar o que ele vê, mas o que
será visto.”
 Paul Valéry
Linguagem da Pintura (cont.)
 "A pintura é uma profissão para um homem cego. Ele
não pinta o que vê, mas o que sente, o que disse para si
mesmo que tinha visto."
 Pablo Picasso
 “A arte não reproduz o que vemos. Ela nos faz ver.”
 Paul Klee
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