Morro do Pilar Minerais S.A. Estudo de Impacto Ambiental Volume II Alternativas tecnológicas e locacionais Caracterização do empreendimento Documento no. EIA-MOPI-002-03/12-v1 Data: 28/03/2012 Belo Horizonte Morro do Pilar Minerais S.A. Índice 1 Alternativas tecnológicas e locacionais........................................................................... 1 1.1 Alternativas tecnológicas ............................................................................................... 1 1.1.1 Lavra .............................................................................................................................. 2 1.1.2 Transporte do minério britado para o beneficiamento ................................................... 3 1.1.3 Beneficiamento .............................................................................................................. 3 1.1.4 Escoamento do minério (produto)................................................................................ 13 1.1.5 Alternativa tecnológica escolhida ................................................................................. 13 1.1.6 Síntese das melhorias tecnológicas .............................................................................. 13 1.2 Alternativas locacionais................................................................................................ 14 1.2.1 Estudo de restrições ambientais................................................................................... 16 1.2.2 Projeto pré-conceitual.................................................................................................. 17 1.2.3 Alternativa locacional 1 ................................................................................................ 18 1.2.4 Alternativa locacional 2 ................................................................................................ 20 1.2.5 Alternativa locacional 3 ................................................................................................ 22 1.2.6 Alternativa locacional 4 ................................................................................................ 24 1.2.7 Síntese das melhorias locacionais................................................................................. 55 1.3 Hipótese da não implementação do projeto................................................................. 59 1.3.1 Implicações sobre o processo de ocupação da área de influência e dinâmica populacional .............................................................................................................. 59 1.3.2 Implicações sobre a economia (local/regional/nacional)............................................... 60 1.3.3 Implicações sobre o estado de conservação dos recursos físicos e bióticos................... 62 1.4 Referências .................................................................................................................. 63 2 Caracterização do empreendimento............................................................................. 64 2.1 Histórico do empreendimento ..................................................................................... 69 2.2 Localização da área ...................................................................................................... 74 2.3 Informações gerais....................................................................................................... 75 2.3.1 Tipo de atividade e porte do empreendimento ............................................................ 75 2.3.2 Objetivos e justificativa do empreendimento ............................................................... 75 2.3.3 Declaração da utilidade pública ou de interesse social da atividade do empreendimento ....................................................................................................... 78 2.4 Descrição da mina ........................................................................................................ 78 2.4.1 Reservas minerais ........................................................................................................ 79 2.5 Fase de planejamento .................................................................................................. 80 o Documento n . Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/3/2012 Página: i Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.1 Pesquisa mineral .......................................................................................................... 81 2.5.2 Gestão de relações institucionais ................................................................................. 84 2.5.3 Elaboração de estudos e projetos................................................................................. 87 2.5.4 Aquisição de terras....................................................................................................... 88 2.5.5 Mobilização e desmobilização de pessoal e serviços..................................................... 88 2.6 Fase de implantação .................................................................................................... 88 2.6.1 Mobilização de pessoal ................................................................................................ 90 2.6.2 Mobilização de pessoal - Fases de implantação e operação .......................................... 92 2.6.3 Acesso principal ........................................................................................................... 92 2.6.4 Canteiros de obra e alojamentos .................................................................................. 93 2.6.5 Insumos de obras para implantação ............................................................................104 2.6.6 Serviços preliminares ..................................................................................................105 2.6.7 Implantação de infraestrutura.....................................................................................115 2.6.8 Usina de beneficiamento.............................................................................................116 2.6.9 Empilhamento de rejeito drenado ...............................................................................137 2.6.10 Pilhas de estéril - PDE ..................................................................................................163 2.6.11 Paiol............................................................................................................................168 2.6.12 Transportador de Correia de Longa Distância - TCLD ...................................................169 2.6.13 Pré-stripping ...............................................................................................................170 2.6.14 .. Infraestruturas de apoio às obras : Área de Disposição de Material Excedente – ADME e AE – Área de Empréstimo .......................................................................................................171 2.6.15 Emissões, efluentes e resíduos ....................................................................................171 2.6.16 Sistemas de controle ambiental ..................................................................................174 2.6.17 Cronograma de implantação .......................................................................................185 2.7 Fase de operação ........................................................................................................186 2.7.1 Mina ...........................................................................................................................187 2.7.2 Usina de beneficiamento.............................................................................................198 2.7.3 Pilhas de estéril ...........................................................................................................214 2.7.4 Empilhamento de rejeito drenado ...............................................................................222 2.7.5 Estruturas de apoio à operação do complexo do beneficiamento ................................233 2.7.6 Quadro de pessoal ......................................................................................................243 2.7.7 Emissões, efluentes e resíduos ....................................................................................245 2.7.8 Sistemas de controle ...................................................................................................251 2.8 Fase de fechamento ....................................................................................................253 2.8.1 Plano de fechamento ..................................................................................................254 o Documento n . Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/3/2012 Página: ii Morro do Pilar Minerais S.A. 2.8.2 Estruturas de apoio .....................................................................................................255 2.8.3 Recuperação de áreas degradadas ..............................................................................257 2.8.4 Descomissionamento ..................................................................................................257 2.9 Referência bibliográfica ...............................................................................................257 o Documento n . Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/3/2012 Página: iii Morro do Pilar Minerais S.A. Índice de Figuras Figura 1-1 – Layout do projeto pré-conceitual .............................................................................. 18 Figura 1-2 – Layout da alternativa locacional 1 ............................................................................. 20 Figura 1-3 – Layout das estruturas da alternativa locacional 2 ...................................................... 22 Figura 1-4 – Layout das estruturas da alternativa locacional 3 ...................................................... 24 Figura 1-5 – Alternativas locacionais da UBM ............................................................................... 26 Figura 1-6 – Alternativas locacionais dos acessos principais, britadores e TCLD ............................ 34 Figura 1-7 – Alternativas locacionais para empilhamento drenado de rejeito ............................... 36 Figura 1-8 – Alternativas locacionais para empilhamento de estéril.............................................. 43 Figura 1-9 – Alternativas locacionais para estruturas de apoio às obras........................................ 47 Figura 1-10 – Layout das estruturas da alternativa locacional 4 .................................................... 53 Figura 1-11 – Evolução das melhorias entre cada alternativa locacional ....................................... 57 Figura 2-1 – Diagrama mostrando o desenvolvimento do empreendimento e o uso das estruturas nas fases de implantação e operação, de acordo com as etapas previstas no empreendimento ......................................................................................................................... 65 Figura 2-2 – Delimitação das estruturas previstas de acordo com a fase (implantação, operação ou comum a ambas fases) e etapas do empreendimento (etapa 1 e etapa 2). .............................. 66 Figura 2-3 – Poligonais DNPM – Projeto Morro do Pilar – Área Diretamente Afetada. .................. 70 Figura 2-4 – Armazenamento de testemunhos geológicos............................................................ 83 Figura 2-5 – Caixas de testemunho de sondagem. ........................................................................ 83 Figura 2-6 – Histograma de mão de obra – Equipe de implantação............................................... 90 Figura 2-7 - Histograma de mão de obra – Fase de operação – Equipe pré-operacional. ............... 91 Figura 2-8 – Histograma de mão de obra – fases de implantação e operação. .............................. 92 Como descrito no capítulo de alternativas locacionais, este traçado foi definido buscando a mínima interferência com fragmentos florestais e aproveitando as características naturais do relevo, evitando a necessidade de grandes cortes e aterro. A seguir, se encontra a Figura 2-9 com a localização do acesso em questão:..................................................................................... 93 o Documento n . Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/3/2012 Página: iv Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-10 – Localização do acesso principal externo, outras estruturas da ADA e principais estradas existentes. ..................................................................................................................... 93 Figura 2-11 – Layout / croqui do canteiro de obras central. .......................................................... 95 Figura 2-12 – Localização do canteiro central e dos canteiros avançados em relação a planta geral do empreendimento. .......................................................................................................... 95 Figura 2-13 – Localização dos alojamentos. .................................................................................. 98 Figura 2-14 – Localização da barragem de empilhamento de rejeito drenado em relação a outras estruturas do empreendimento – eixo do córrego do Brumado. ......................................138 Figura 2-15 – Detalhamento das áreas de disposição e diques da barragem de empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado. ...................................................................140 Figura 2-16 - Curva Cota x Volume do reservatório na EL 595,00m. .............................................144 Figura 2-17 - Seção típica do dique de partida do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado. ..................................................................................................................145 Figura 2-18 - Curva Cota x Volume do reservatório na EL 645,00 m. ............................................146 Figura 2-19 - Seção típica do maciço final do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado. ..................................................................................................................147 Figura 2-20 - Análise de percolação no dique de partida, considerando o reservatório preenchido com água..................................................................................................................149 Figura 2-21 - Resultado da análise de estabilidade do dique de partida. ......................................150 Figura 2-22 - Resultado da análise de estabilidade do maciço final. .............................................151 Figura 2-23 – Esquema do sistema de drenagem interna do dique de partida. ............................152 Figura 2-24 - Esquema do fluxo no tapete drenante. ...................................................................154 Figura 2-25 – Croqui esquemático do sistema extravasor da barragem de empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado – Etapas inicial e final. ......................................159 Figura 2-26 - Curva Cota x Volume – Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte – Etapa 1. .....160 Figura 2-27 - Curva Cota x Volume – Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte – Etapa 2. .....161 Figura 2-28 - Curva Cota x Volume – Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte – Etapa 3. .....161 Figura 2-29 - Curva Cota x Volume – Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte – Etapa 4. .....162 o Documento n . Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/3/2012 Página: v Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-30 - Análise de estabilidade do empilhamento de rejeito drenado do Pit Norte. ............163 Figura 2-31 – Localização das pilhas de estéril projetadas............................................................165 Figura 2-32 – Localização do TCLD sul..........................................................................................170 Figura 2-33 – Layout do aterro sanitário......................................................................................179 Figura 2-34 – Esquema simplificado dos principais processos da fase de operação do empreendimento. .......................................................................................................................187 Figura 2-35 – Cava norte (MOPIN). ..............................................................................................188 Figura 2-36 – Cava sul (MOPIS)....................................................................................................189 Figura 2-37 – Sequenciamento em planta da cava norte (MOPIN). ..............................................193 Figura 2-38 - Sequenciamento em planta da cava sul (MOPIS).....................................................194 Figura 2-39 – Fluxograma de rota do beneficiamento..................................................................200 Figura 2-40 – Esquema da área de britagens, peneiramento e pilha de pulmão...........................202 Figura 2-41 - Esquema da área de prensagem (HPGR). ................................................................203 Figura 2-42 – Área de moagem primária, classificação, deslamagem e pré-concentração. ...........204 Figura 2-43 – Área de moagem de bolas secundária. ...................................................................206 Figura 2-44 – Área de remoagem. ...............................................................................................207 Figura 2-45 - Sistema de espessamento de concentrado, lamas e rejeitos. ..................................208 Figura 2-46 – Esquema do balanço de água do empreendimento – Etapa 1 e 2. ..........................209 Figura 2-47 – Análise de ruptura (FS Global= 1,9 / FS local=1,6). ..................................................222 Figura 2-48 – Sequência construtiva típica de uma barragem empilhamento de rejeito drenado.224 Figura 2-50 – Arranjo final e etapas construtivas do empilhamento de rejeito drenado na cava norte...........................................................................................................................................229 Figura 2-51 – Planta, perspectiva, perfil e curva Cota x Volume da etapa 1 de operação do empilhamento de rejeito drenado dentro da cava norte. ............................................................230 Figura 2-52 - Planta, perspectiva, perfil e curva Cota x Volume das etapas 2 e 3 de operação do empilhamento de rejeito drenado dentro da cava norte. ............................................................231 o Documento n . Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/3/2012 Página: vi Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-53 - Planta, perspectiva, perfil e curva Cota x Volume da etapa 4 (final) de operação do empilhamento de rejeito drenado dentro da cava norte. ............................................................232 o Documento n . Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/3/2012 Página: vii Morro do Pilar Minerais S.A. Índice de Quadros Quadro 1.1 – Denominação das estruturas previstas, de acordo com a fase (implantação, operação ou comum a ambas fases) e etapas do empreendimento (etapa 1 e etapa 2), referente a figura acima. .............................................................................................................. 67 o Documento n . Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/3/2012 Página: viii Morro do Pilar Minerais S.A. Índice de Tabelas Tabela 1.1 - Relação de direitos minerários do Projeto Morro do Pilar – Área Diretamente Afetada. ....................................................................................................................................... 71 Tabela 1.2 - Síntese dos estudos hidrológicos para os locais das captações. ................................. 73 Tabela 1.3 - Taxa de ocupação formal nos municípios da AII......................................................... 77 Tabela 1.4 - Codificação de litologias na área de exploração do minério. ...................................... 80 Tabela 1.5 - Recurso mineral inferido e potencial exploratório (MOPI Norte e Sul). ...................... 80 Tabela 1.6 – Volumes de demolição por etapa. ...........................................................................113 Tabela 1.7 - Quantitativos de movimentação de terra – UBM e suas estruturas, paiol, barragem de empilhamento de rejeito drenado e alojamentos. ..................................................................114 Tabela 1.8 - Quantitativos de movimentação de terra – Canteiro de obras. .................................115 Tabela 1.9 - Quantitativos de movimentação de terra – Geral. ....................................................115 Tabela 1.11 – Equipamentos – Processo de peneiramento. .........................................................119 Tabela 1.12 – Equipamentos – Processo de britagem secundária e terciária. ...............................120 Tabela 1.13 – Equipamentos – Processo de prensagem. ..............................................................120 Tabela 1.14 – Equipamentos – Processo de moagem primária de bolas e classificação. ...............121 Tabela 1.15 – Equipamentos – Processo de deslamagem. ...........................................................122 Tabela 1.16 – Equipamentos – Pilha pulmão para britador. .........................................................122 Tabela 1.17 – Equipamentos – Processo de pré-concentração por flotação mecânica. ................123 Tabela 1.18 – Equipamentos – Processo de moagem secundária com ciclonagem de classificação. ...............................................................................................................................124 Tabela 1.19 – Equipamentos – Processo de flotação em colunas. ................................................125 Tabela 1.20 – Equipamentos – Processo de remoagem. ..............................................................126 Tabela 1.20 – Equipamentos – Recebimentos, estocagem e preparação de reagentes / distribuição de reagentes. ...........................................................................................................126 Tabela 1.21 – Equipamentos – Processo de espessamento de concentrado. ...............................127 o Documento n . Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/3/2012 Página: ix Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 1.23 – Equipamentos – Processo de espessamento de lamas. ..........................................127 Tabela 1.24 – Equipamentos – Processo de espessamento de rejeitos. .......................................128 Tabela 1.25 – Equipamentos – Processo de bombeamento para a barragem de empilhamento de rejeito drenado. .....................................................................................................................128 Tabela 1.26 – Equipamentos – Tancagem para bombeamento do mineroduto............................128 Tabela 1.27 – Equipamentos – Sistema de ar comprimido. ..........................................................129 Tabela 1.27 –Equipamentos da oficina de manutenção de veículos pesados, de caldeiraria e avançada. ...................................................................................................................................130 Tabela 1.28 – Equipamentos para o sistema de captação e adução de água recuperada da barragem de empilhamento de rejeito drenado. .........................................................................133 Tabela 1.30 – Quantidade de rejeito gerado ao longo da fase de operação das duas etapas do empreendimento. .......................................................................................................................223 Tabela 1.30 - Coordenadas do eixo da barragem de empilhamento de rejeito drenado na bacia do córrego do Brumado - Dique de partida. ................................................................................138 Tabela 1.31 - Coordenadas do eixo da barragem de empilhamento de rejeito drenado na bacia do córrego do Brumado - Dique final. .........................................................................................139 Tabela 1.32 - Áreas das bacias e dos diques da barragem de empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado. .................................................................................................141 Tabela 1.33 - Coeficientes de permeabilidade (k) adotados nas análises de percolação. ..............148 Tabela 1.34 - Parâmetros de resistência adotados nas análises de estabilidade. ..........................150 Tabela 1.35 - Variáveis de “Wilkins”. ...........................................................................................155 Tabela 1.36 - Concepção do sistema extravasor da barragem de empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado. ...................................................................................159 Tabela 1.37 - Parâmetros adotados para as análises de estabilidade do empilhamento de rejeito drenado do Pit Norte. ......................................................................................................163 Tabela 1.39 – Áreas das pilhas de estéril. ....................................................................................166 Tabela 1.40 – Extensão dos acessos provisórios às pilhas de estéril. ............................................167 Tabela 1.41 – Emissões atmosféricas na fase de implantação. .....................................................172 Tabela 1.41 - Cronograma de implantação do empreendimento. ................................................186 o Documento n . Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/3/2012 Página: x Morro do Pilar Minerais S.A. TABELA 1.42 - CRONOGRAMA DE PRÉ-OPERAÇÃO DO EMPREENDIMENTO....................................................186 Tabela 1.43 – Cava matemática selecionada (MOPIN). ................................................................190 Tabela 1.44 - Cava matemática selecionada (MOPIS)...................................................................191 Tabela 1.45 – Sequenciamento da cava norte (MOPIN). ..............................................................192 Tabela 1.46 – Sequenciamento da cava sul (MOPIS). ...................................................................194 Tabela 1.48 – Sequenciamento do projeto Morro do Pilar completo (MOPIN + MOPIS)...............195 Tabela 1.48 - Relação de equipamentos e estimativa de vida útil. ...............................................197 Tabela 1.50 – Dados base para dimensionamento da planta de beneficiamento. ........................199 Tabela 1.51 – Perdas de água no empreendimento. ....................................................................209 Tabela 1.52 - Balanço de água do empreendimento. ...................................................................210 Tabela 1.53 - Desgaste de bolas dos moinhos..............................................................................213 Tabela 1.53 - Tipos de estéreis. ...................................................................................................214 Tabela 1.55 – Empilhamento de estéril referente à cava norte (MOPIN)......................................216 Tabela 1.56 – Empilhamento de estéril referente à cava sul (MOPIS). .........................................217 Tabela 1.56 – Parâmetros de resistência. ....................................................................................221 Tabela 1.58 – Potências e demanda da planta industrial. ............................................................235 Tabela 1.59 - Quantitativo de mão de obra operacional da mina. ................................................244 Tabela 1.60 - Principais fontes de emissões atmosféricas no processo produtivo. .......................246 o Documento n . Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/3/2012 Página: xi Morro do Pilar Minerais S.A. 1 ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS E LOCACIONAIS O presente capítulo contempla todas as alternativas tecnológicas e locacionais estudadas para o projeto minerário em apreço, incluindo a hipótese de sua não implantação. Neste sentido, seu conteúdo atende às disposições do art. 5º da Resolução Conama 01/86; ao Termo de Referência para Elaboração do EIA e Rima (Feam, EIA/Rima – GER001); e à legislação que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica (Lei Federal no 11.428, de 2006), que requer o estudo de alternativas técnicas e locacionais (art. 14) para autorizar a supressão de vegetação primária e secundária no estágio avançado de regeneração nos casos de utilidade pública e interesse social. A análise comparativa das alternativas foi realizada com base em critérios técnicos (de engenharia e de meio ambiente) e econômicos, o que permitiu que a alternativa fosse escolhida de acordo com a proposta que acumula as melhores e mais adequadas características. De modo a permitir que a concepção do Projeto Morro do Pilar fosse pautada por soluções que levassem à minimização dos impactos ambientais potenciais, antecipou-se o início dos estudos ambientais, a fim de que pudessem subsidiar a tomada de decisão sobre as melhores soluções para o empreendimento, incluindo a escolha dos locais mais adequados para as estruturas do empreendimento minerário, tais como a usina de beneficiamento, as pilhas de estéril e demais instalações do empreendimento. Assim, o projeto conceitual foi construído de maneira integrada com os estudos ambientais, refinando-se e adaptando-se às principais restrições apontadas previamente. O resultado atingido representa, portanto, um aperfeiçoamento muito satisfatório ao internalizar as soluções para os aspectos ambientais no projeto do empreendimento. Ressalte-se que a opção por uma alternativa tecnológica está totalmente relacionada com o uso e tamanho das estruturas acessórias ao beneficiamento do minério, sendo que cada uma destas estruturas também condiciona a seleção de áreas para sua locação. Desta maneira, a escolha por uma ou outra alternativa tecnológica condiciona, em parte, as alternativas locacionais. 1.1 Alternativas tecnológicas A avaliação das alternativas tecnológicas do projeto é apresentada separadamente para a lavra e para as estruturas de beneficiamento, incluindo estruturas inerentes, como disposição de estéril e rejeito. Tipicamente, as características macro do depósito mineral, tais como sua forma e tamanho, as rochas que ocorrem envolvendo a jazida e o teor do minério, definem a alternativa de lavra. Da mesma forma, as características micro do minério, como o tamanho e forma dos grãos dos minerais, o teor do minério e suas características físicas, definem a alternativa tecnológica do beneficiamento. Mesmo assim, várias alternativas tecnológicas foram avaliadas para assegurar que as decisões tomadas estariam convergindo para a melhor e mais adequada. A concepção do projeto pautou-se, desde o início, por uma filosofia inovadora: incorporar soluções técnicas de engenharia para reduzir seus impactos ambientais potenciais e, ao mesmo Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 1 Morro do Pilar Minerais S.A. tempo, para maximizar o aproveitamento eficiente do minério de ferro, que é um recurso não renovável. Desta forma, a aplicação de tecnologias de lavra e beneficiamento objetivou, entre outros: • reduzir a ‘pegada ecológica’ e a área impactada pelo empreendimento, adotando-se a disposição de estéril e rejeito no interior das cavas lavradas; • obter alta eficiência no aproveitamento (recuperação) do ferro do minério; • reduzir o gasto energético; • reduzir o consumo de água nova; • reduzir o risco ambiental do empreendimento, com a eliminação de disposição tradicional de rejeitos em barragem. • 1.1.1 obter um produto de alta qualidade para o mercado consumidor; Lavra As dimensões e distribuição do corpo mineral e aspectos de ordem econômica, de segurança e tecnológicos são os fatores determinantes para seleção do tipo de lavra a ser aplicado. A escolha do método mais adequado para lavrar o minério depende também da resistência mecânica do material a ser extraído (minério) e dos materiais a serem removidos (estéril). No atual projeto, com base nas prospecções geológicas, o depósito ferrífero de Morro do Pilar ocorre no sentido N-S, infletindo bruscamente na direção leste no seu extremo sul. A espessura do itabirito varia muito, atingindo 100m ao sul de Morro do Pilar e variando de 10 a 50m na porção norte. O corpo mineralizado mergulha suavemente, com pequena inclinação. Estas características dimensionais apontam a escolha pela lavra a céu aberto, em bancadas descendentes. Considerando as diferentes características de resistências físicas dos materiais, a técnica de lavra deve ser uma conjugação de desmonte por explosivos, para o material mais competente, e escavadeiras, para o material mais friável. Para o transporte do minério entre as frentes de lavra e os britadores primários, e também o transporte do estéril até as pilhas, existem duas opções: transporte por caminhões ou correias transportadoras. O quadro a seguir esquematiza as vantagens e desvantagens de cada uma das opções: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 2 Morro do Pilar Minerais S.A. Quadro 1.1 – Comparativo de vantagens e desvantagens no transporte de minério aos britadores primários e de estéril às pilhas Transporte minério-britadores e estéril-pilhas Transporte por caminhões Vantagens Desvantagens Confere maior mobilidade às Maior risco de acidentes frentes de lavra Maior número de postos de trabalho Menor risco de acidentes Transporte por correias transportadoras Confere rigidez locacional às frentes de lavra Menor custo operacional Maior custo de investimento inicial Com as informações do corpo mineralizado disponíveis é possível estimar que a operação de lavra ocorra simultaneamente em 4 frentes, requerendo grande mobilidade no transporte, o que leva à escolha do uso de caminhões. Além disto, embora ainda em aprofundamento de estudos, a alternativa de transporte do estéril por correias não tem agora potencial para aplicação, sendo também necessário o uso de caminhões. Em vista das razões apresentadas acima, a alternativa tecnológica escolhida para a lavra é composta por: • Cava a céu aberto; • Combinação de desmonte com explosivos e desmonte mecânico com escavadeiras; e • Transporte dos materiais da lavra até os britadores primários, pilhas ou estéril para locais da cava já exaurida por caminhões fora-de-estrada. 1.1.2 Transporte do minério britado para o beneficiamento Não há alternativas tecnológicas para o transporte do minério após processamento no britador primário, ainda na lavra, até a usina de beneficiamento, a não ser com o uso de correias transportadoras, sendo portanto a única opção. 1.1.3 Beneficiamento A eficiência na recuperação dos minerais de interesse presentes no minério, o consumo energético de seu beneficiamento, o consumo de água nova, a quantidade e características físicas do rejeito gerado e, obviamente, a garantia da qualidade do produto final são os critérios para definição do método de beneficiamento a ser aplicado. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 3 Morro do Pilar Minerais S.A. O tratamento de minérios corresponde à seleção de partículas minerais, baseando-se nas suas características físicas e nas variações relativas de tamanho e composição entre os diferentes minerais. Esta seleção depende da propriedade dos minerais, das características do separador e do grau de recuperação esperado. Genericamente o beneficiamento de minérios pode ser divido em quatro grandes grupos de operações unitárias: • a cominuição: são as operações usadas para reduzir o tamanho das partículas, como a britagem; • a classificação: são as operações que separam as partículas classificando-as por tamanho, como o peneiramento; • a concentração: são as operações unitárias que buscam no universo de partículas os diferentes minerais, separando-os com base nas suas características físicas e/ou físicoquímicas de superfície, como a flotação; • o desaguamento ou separação sólido-líquido: são as operações que buscam separar a água do restante do material, como a filtragem. A seguir, apresentam-se as alternativas tecnológicas do beneficiamento, de acordo com este agrupamento genérico. 1.1.3.1 Cominuição A cominuição é de vital importância no processamento mineral pela sua adequação de tamanho, obtido através de sua redução de tamanho, permitindo que as etapas de tratamento posteriores funcionem efetivamente para a classificação/concentração/separação sólido-líquido. Os equipamentos mais comuns usados na cominuição podem ser divididos em duas classes distintas: britagem (cominuição inicial) e moagem (cominuição final). Em uma típica planta de beneficiamento de minério, a britagem se desenvolve em estágios em série denominados britagem primária, secundária, terciária e eventualmente quaternária. Os equipamentos que formam o leque de alternativas tecnológicas para a cominuição inicial são: • Britadores giratórios; • Britadores de mandíbulas; • Britadores cônicos; • Britadores de rolos; • Britadores de impacto. Os equipamentos que formam o leque de alternativas tecnológicas para a moagem são: • Moinhos tubulares rotativos (de bolas e barras); Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 4 Morro do Pilar Minerais S.A. • Moinhos vibratórios; • Moinhos de rolos; • Moinhos de impacto. Os britadores primários são equipamentos robustos e poderão ser de mandíbula, giratório ou do tipo sizer – estas opções têm dimensões compatíveis com as demandas de produção deste projeto. Optou-se pelo britador giratório porque, apesar de seu maior custo, tem capacidade de receber grandes taxas de alimentação. Este equipamento também tem configuração capaz de receber maiores blocos de rocha que os outros tipos. A britagem secundária e terciária será feita em britador cônico. Normalmente, a faixa típica de redução de tamanhos entre a última etapa de britagem e a primeira etapa de moagem é de difícil solução, sempre requerendo um grande número de equipamentos para fazer esta redução de tamanho, o que acarreta grandes instalações, grande consumo energético e grande consumo de materiais de desgaste. Para o projeto, foram realizados estudos para a aplicação da cominuição em HPGR (High Pressure Grinding Rolls), conhecido também como prensa de rolos ou roller press. Esta tecnologia, ainda muito pouco aplicada, substitui em parte a última britagem e a primeira moagem trazendo enorme redução no consumo energético. Comparativamente, foram analisadas a tradicional britagem quaternária seguida de moagem de bolas, a tecnologia de moagem semi-autógena (SAG) e apenas moagem de bolas em dois estágios. Em função dos resultados obtidos nos testes HPGR, da revisão no estado da arte em cominuição e de outros testes realizados, concluiu-se que, para o minério de ferro de Morro do Pilar, a unidade de cominuição com HPGR associada à moagem primária com moinho de bolas tem menores custos operacionais e muito menor consumo de energia, além de eliminar a britagem quaternária e etapas de moagem posteriores, bem como de tornar o circuito de operação mais simples. Outra vantagem relevante do HPGR para o caso específico de Morro do Pilar é sua boa aplicabilidade evitando a geração de superfinos de minério, normalmente perdidos no rejeito da usina, transformando esta tecnologia como partícipe da maior recuperação do minério de ferro, contribuindo para o racional aproveitamento do recurso mineral da jazida. Desta maneira, a alternativa para cominuição selecionada é a britagem primária, seguida por peneiramento, britagem secundária e terciária, HPGR (prensa de rolos) e moagem primária com moinho de bolas. 1.1.3.2 Classificação A classificação consiste na separação de partículas com base nas suas dimensões físicas. Os processos de classificação são divididos em peneiramento e classificação (ou hidroclassificação) propriamente dita. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 5 Morro do Pilar Minerais S.A. O peneiramento é um processo mecânico de separação que utiliza uma superfície perfurada para tal. As partículas com dimensões superiores à da abertura considerada tendem a ficar retidas na superfície. Os mecanismos envolvidos compreendem a estratificação e segregação, através de equipamentos como peneiras vibratórias, rotativas e estáticas. O equipamento selecionado foram as peneiras vibratórias, devido à simplicidade de funcionamento e por ser uma tecnologia já usual no processo de beneficiamento do minério de ferro, com tecnologia dominada em termos de instalação e manutenção. A classificação é o processo de separação que se baseia na velocidade de sedimentação das partículas imersas em um meio fluido. Na hidroclassificação, os equipamentos mais utilizados são os cones estáticos, os hidrociclones e os classificadores espirais. A classificação ocorre associada às moagens ou na etapa de deslamagem (descarte das partículas ultrafinas que normalmente são minerais prejudiciais ao bom desempenho da concentração) e a opção selecionada foi o uso de hidrociclones pela sua simplicidade operacional, menor necessidade de área para sua implantação e uso de energia elétrica apenas no bombeamento da polpa de alimentação. 1.1.3.3 Concentração O principal objetivo deste processo é a recuperação dos minerais úteis contidos no minério. A seleção do método de concentração depende de características da formação geológica do minério, o que confere diferentes propriedades dos minerais a ser separados, como o tamanho relativo dos cristais, cor, densidade, susceptibilidade magnética, condutividade elétrica, molhabilidade superficial e solubilidade, entre outros. Na indústria mundial de minério de ferro, várias tecnologias são aplicadas para a obtenção de concentrados. Particularmente na região de Morro do Pilar, onde ocorrem jazimentos com similaridades geológicas, a flotação e a separação magnética são os mais aplicados. Atualmente, a flotação é o processo dominante no tratamento de quase todos os tipos de minérios, devido à sua grande versatilidade e seletividade. Permite a obtenção de concentrados com elevados teores e expressivas recuperações. O processo se baseia no comportamento físicoquímico das superfícies das partículas minerais presentes na polpa (minério e água), com auxílio de reagentes específicos. Na separação magnética, a propriedade dominante do material deve ser a susceptibilidade magnética (propriedade de ser atraído por um imã). Os estudos feitos em laboratório com amostras de minério de Morro do Pilar mostraram que a separação magnética apresenta boa performance no caso de um estágio de pré-concentração, mas não tem seletividade suficiente para atingir os teores de especificações comerciais do concentrado final (pellet feed). Para atingir estes limites o desempenho da separação magnética ficaria comprometido uma vez que se observaria uma redução na recuperação do minério de ferro, traduzindo numa perda do material de interesse nos rejeitos da usina. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 6 Morro do Pilar Minerais S.A. Os estudos feitos com a flotação já se mostraram mais equilibrados, com resultado final mais interessante tanto para a maior recuperação do minério de ferro, atingindo valores superiores a 80%, quanto para a obtenção de teores dentro das especificações comerciais, com ferro superior a 69%. Importante ressaltar que a separação magnética faz uso mais intenso de energia elétrica e necessita de uma área muito maior para sua implantação quando se compara com a flotação. Esta, às vezes mal avaliada, pode ser associada ao uso de reagentes o que, para um público leigo, pode significar maior risco operacional. Na verdade os reagentes utilizados na flotação de minério de ferro são, essencialmente, um amido e uma amina. O amido tem sua ação nos óxidos de ferro (minerais como a hematita), ficando adsorvido na superfície das partículas (processo físico-químico em que o amido “cola” na superfície do mineral). Já a amina tem sua ação fundamental no óxido de silício (mineral como o quartzo) ficando também adsorvido na sua superfície (fica “colado” no mineral). Com isto, apenas uma pequena porção destes reagentes acompanha a água de processo. O projeto também prevê o retorno de quase 100% da água de processo, reutilizando-a. Caso alguma pequena porção destes reagentes entre em algum curso d’água, sua decomposição se dará naturalmente, com rapidez. A escolha da concentração por flotação como melhor alternativa tecnológica se justifica pela: maior recuperação do minério com consequente menor perda em rejeitos e maior aproveitamento do recurso mineral da jazida (1); maior teor do concentrado na flotação, elevando a categoria do produto no mercado (2); a baixa capacidade de produção unitária dos separadores magnéticos disponíveis no mercado (3); a alta complexidade de controle e automação dos separadores magnéticos em uma planta industrial (4); e os altos valores de investimento inicial (CAPEX) do concentrador magnético em comparação à flotação (5). 1.1.3.4 Desaguamento A água desempenha um papel expressivo no tratamento de minérios. No entanto, numa determinada etapa do processo se faz necessária sua retirada para poder se obter produtos com baixa umidade e/ou para reutilização desta água recirculando-a no processo. Para o desaguamento, foram consideradas as seguintes alternativas tecnológicas: • Sedimentação; • Filtragem; • Centrifugação; e • Secagem. A sedimentação pode ser definida como a técnica de desaguamento obtida através da concentração de partículas sólidas em suspensão num líquido, por ação da gravidade. A utilização de reagentes específicos, denominados floculantes, favorece de sobremaneira as operações pertinentes. Os equipamentos utilizados compreendem basicamente cones, espessadores e clarificadores. Com o adensamento da polpa, estas operações fazem com que uma grande parte Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 7 Morro do Pilar Minerais S.A. da água retorne imediatamente ao processo, reduzindo seu consumo como também reduzindo o consumo de energia elétrica uma vez que a água é geralmente bombeada a curtas distâncias. A filtragem é o método de desaguamento obtido pela passagem forçada de uma suspensão aquosa (polpa de minério) através de um elemento filtrante que retém as partículas em sua superfície. O processo pode ser conduzido sob a ação de vácuo ou pressão induzida. Os equipamentos tradicionalmente utilizados são os filtros a vácuo, cerâmicos e os filtros-prensa. A centrifugação é a técnica de desaguamento por um dispositivo rotativo, que induz uma sedimentação forçada sob a ação de uma aceleração significativamente elevada. Tem raríssimas aplicações na indústria mineral. A secagem consiste na retirada da água contida no produto sólido particulado através da evaporação por ação do calor. Trata-se de um processo caro, somente utilizado quando o produto realmente precisa ser secado. Os equipamentos mais utilizados são os secadores de rotativos, de bandejas e de leito fluidizado. O processo de desaguamento ocorre em vários pontos do processo de beneficiamento, e os equipamentos escolhidos são aqueles que melhor se adaptam às tecnologias de cominuição, concentração e também que preencham requisitos de bombeamento. A fase de desaguamento mais importante do processo é o espessamento de concentrado e de rejeito. O overflow de ambos espessadores segue para tanques de distribuição para reaproveitamento da água de processo, permitindo que o consumo de água reduza em até 75%. 1.1.3.5 Disposição de Estéril e rejeitos A disposição do estéril da mina e de rejeitos provenientes de uma unidade de beneficiamento constitui tarefa delicada, devido a questões econômicas e ambientais. A solução de disposição depende das características do material da mina e do tipo de operação adotada no seu beneficiamento. Por não possuir valor comercial, precisam ser descartados. Embora possam ser feitos estudos futuros para avaliar a viabilidade mercadológica para potenciais usos futuros destes materiais e das áreas ocupadas por eles, é preciso considerar que as soluções identificadas até hoje carecem de uma escala proporcional ao volume gerado durante a vida útil de um empreendimento minerário de grande porte. Há ainda a alternativa de utilizar o rejeito e o estéril para o preenchimento das cavas, após sua exaustão, como material que auxiliará a recuperação ambiental das áreas já lavradas. Esta alternativa reduz as áreas destinadas à disposição destes materiais, com ganhos ambientais efetivos. A disposição de rejeitos oferece um pouco mais de alternativas uma vez que a polpa com o rejeito poderia ser direcionada para locais mais flexíveis e também pode variar a forma como esta disposição se dá. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 8 Morro do Pilar Minerais S.A. 1.1.3.5.1 Disposição do estéril No caso das pilhas de estéril, não existem alternativas tecnológicas para sua disposição, pois devem ser feitas sempre em pilhas, com bancadas dotadas de todos os quesitos de segurança estrutural de geotécnica e também de toda a infraestrutura de drenagem. A única alternativa considerada foi a sua disposição dentro das cavas exauridas, o que somente acontecerá após certo tempo de operação da mina. Assim, a disposição do estéril em pilhas fora da cava será obrigatoriamente necessária nos primeiros anos de operação. Um maior detalhamento sobre a localização das pilhas e a opção de disposição de parte do estéril na cava exaurida será feito adiante, no item “alternativas locacionais”. A disposição do estéril na mina traz os benefícios inerentes de usar uma área já alterada, como também traz a redução de consumo de combustíveis pela redução da distância média de transporte que os caminhões fora de estrada teriam que percorrer nestas operações. 1.1.3.5.2 Disposição do rejeito Perante a necessidade de redução do consumo de água por imposições legais e éticas, restrições de áreas de disposição, maior segurança geotécnica destas estruturas e redução da poluição de nascentes e drenagens, buscaram-se novas tecnologias de disposição de rejeitos e de reaproveitamento de água industrial. Considerando o tipo de minério e processo de beneficiamento do mesmo, foram avaliadas três alternativas de disposição de rejeitos, consideradas as mais apropriadas para a situação avaliada (Pimenta de Ávila Consultoria, 2011): a) disposição a seco, com o material filtrado, transportado por caminhões ou correias transportadoras e disposto na forma de pilhas; b) disposição na forma espessada, como pasta, bombeado desde a usina até um determinado local, requerendo uma barragem para contenção do material depositado; c) disposição na forma hidráulica, como são gerados os rejeitos na usina, bombeados e aduzidos por tubulação até uma barragem. O rejeito de flotação, na descarga da usina, apresenta teor de sólidos (TS) = 60 a 70%, enquanto que a lama apresenta TS=28%. Estes valores são elevados se comparados com espessadores convencionais, que normalmente resultam rejeitos com TS entre 35% a 45%, o que indica o bom percentual de recuperação de água durante o processo. 1.1.3.5.3 Disposição a seco Partindo-se do pressuposto que a filtragem dos rejeitos seria viável tecnicamente, a disposição a seco tem os seguintes inconvenientes: • demanda de intenso tráfego de caminhões para transporte do material, que deverá operar entre a usina e o local de disposição, com riscos ambientais e operacionais; Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 9 Morro do Pilar Minerais S.A. • demanda de intenso manuseio do material, que deverá ser descarregado em área previamente preparada e movimentado por tratores – apesar de ser considerado como disposição a seco, efetivamente o material ainda carregará uma umidade residual que dificultará a fácil movimentação dos caminhões sobre a área; • distribuição de rejeitos pela área de trânsito dos caminhões e equipamentos de espalhamento, já que os rejeitos ficarão agregados aos seus pneus e material rodante – o rejeito se desagregará ao longo dos percursos; • demanda de uma barragem para contenção dos sólidos erodidos, pois a água de chuva escoando sobre as praças de disposição dos rejeitos provocará erosões e carreamento dos mesmos para fora da área de disposição; • possível demanda de volumes elevados de solo vegetal para revegetação do depósito, já que o material depositado terá características inertes, demandando auxílio para instalação e desenvolvimento da vegetação de proteção; • em épocas de seca, a depender das condições de vento, possibilidade de formação de poeiras, já que o material, em sua grande maioria, é composto por granulometria fina do rejeito. Diante desses inconvenientes, essa opção, na etapa do Estudo de Alternativas, não foi considerada a mais adequada para a disposição dos rejeitos, especialmente devido aos seguintes pontos: • os dados demostram que, do rejeito total gerado ao longo dos nove anos de operação da cava norte, 7% desse material é lama, que frequentemente não apresenta características de filtragem, o que exigiria de qualquer forma a implantação de uma barragem para contenção de lama; • há pouca disponibilidade de área para implantação de acessos e estruturas de disposição na região, o que dificultaria a implantação dos diques de contenção de sólidos erodidos, bem como dos acessos que deveriam ser abertos para o trânsito dos caminhões, visto que a disposição de rejeitos ocupa grande parte da área. 1.1.3.5.4 Disposição na forma de pasta Neste sistema, os rejeitos seriam espessados, em espessadores tipo HC ou HD – High Capacity ou High Density, com uso de floculantes, a partir do qual seriam bombeados com teores de sólidos elevados, ou seja, com características de uma pasta de elevada viscosidade. São bombeados a partir da usina com bombas volumétricas (ou de deslocamento positivo), aduzidos até os pontos de disposição por meio de tubulações de aço reforçadas, devido às elevadas pressões de bombeamento. No local de disposição se requer uma estrutura para contenção de material erodido e, também, para conter o material depositado, podendo ser Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 10 Morro do Pilar Minerais S.A. constituído de dique de solo compactada, se em terrenos planos, ou como barragens, se em vales. Nestes sistemas, as estruturas de contenção apresentam menor porte que no caso da disposição hidráulica, em termos de altura, mas podem apresentar volumes de aterro compactado mais elevados que no caso de barragens, se a contenção for executada em terrenos planos, demandando diques periféricos. São sistemas que têm forte atrativo em áreas áridas, onde a disponibilidade de água é reduzida e os custos e dificuldades para sua obtenção são significativos. A grande desvantagem desta opção em relação ao sistema de disposição hidráulica é não se adequar a regiões com elevado índice pluviométrico e relevo íngreme (vales encaixados), onde há concentração de fluxo e alto potencial de erodibilidade (1). Há também de se considerar seu elevado custo, tanto de investimento como operacional, demandando elevado consumo de energia para o bombeamento dos rejeitos espessados, além de floculantes para o espessamento. Destaca-se ainda que as bombas desses sistemas costumam apresentar valores bastante elevados, o que muitas vezes inviabiliza a implantação da tecnologia na comparação custo x benefício com outras alternativas. Diante desses inconvenientes, essa opção, na etapa do Estudo de Alternativas, não foi considerada a mais adequada para a disposição dos rejeitos, especialmente devido a: • no projeto em questão não foi identificada área adequada, ou seja, plana o suficiente, para a implantação deste tipo de disposição; • a morfologia da área em estudo apresenta relevo dissecado, altos índices de erodibilidade com escoamento superficial tendendo a ‘rápido’ e índices pluviométricos expressivos e concentrados no verão. 1.1.3.5.5 Disposição hidráulica A disposição hidráulica dos rejeitos de usinas de concentração é o método mais aplicado no Brasil e no exterior. No caso do projeto, onde o processo de concentração será a úmido, a disposição dos rejeitos é facilitada com este método. No caso em estudo, os rejeitos, na forma de polpa, são aduzidos em geral por gravidade através de tubulação até o reservatório, onde os sólidos se sedimentam e a água sobrenadante extravasa para a drenagem natural ou é recuperada e reusada no processo (água recirculada). Comumente, os rejeitos são armazenados em barragens, em vale natural, sendo a água recuperada através de uma estação de bombeamento flutuante e, a partir de então, recirculada para a usina. 1 Características similares à região do sistema de disposição de rejeitos da Manabi. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 11 Morro do Pilar Minerais S.A. Os custos de implantação e de operação deste sistema são inferiores aos dos sistemas já comentados. São simples, operacionalmente, e com tecnologia já dominada, por ser a alternativa de disposição mais comum. No caso em que os alteamentos são realizados com o próprio rejeito, além do ganho de volume (pois o volume de rejeito é computado no volume do aterro dos alteamentos), esse procedimento permite alteração nos materiais e na forma de execução ao longo de sua construção, em função de experiências anteriores e da variação das características do rejeito, melhorando o controle de qualidade do empilhamento e permitindo uma adequação da estrutura em função das demandas de rejeito. O diferencial deste projeto para disposição hidráulica do rejeito é na metodologia construtiva: o empilhamento drenado de rejeitos, em contraposição com o barramento de rejeitos. Esta opção consiste em construir uma estrutura de contenção na base da pilha, a fim de atuar como dispositivo de segurança e de startup da disposição do rejeito em pilhas, sendo que o dique de partida é alteado com o próprio rejeito para montante. Esta solução somente é possível devido a inovações no processamento do minério, que produz um rejeito com características passíveis de empilhamento. Esse tipo de estrutura se mostra bastante atrativa no contexto das mineradoras, uma vez que é necessariamente construída em etapas, diluindo os custos de implantação ao longo da sua vida útil. Além disso, esse procedimento permite alteração nos materiais e na forma de execução ao longo de sua construção, em função de experiências anteriores e da variação das características do rejeito, melhorando o controle de qualidade do empilhamento e permitindo uma adequação da estrutura em função das demandas de mercado do minério. Outra grande vantagem do empilhamento de rejeito em contraposição à disposição de rejeito barrado é relacionada à maior segurança e menor risco de acidentes. Como o rejeito será disposto em pilhas, o rompimento do dique de partida é praticamente impossível e, em uma situação hipotética de rompimento, o espraiamento do rejeito é restrito a poucos metros a jusante do dique devido à sua baixa fluidez. Esta maior segurança se dá porque a grande porção de material que estaria submetida aos maiores esforços para uma possível ruptura encontra-se drenado, o que confere ao material muito maior resistência a esforços do que uma estrutura de barragem onde o material disposto está saturado de água. Esta saturação de água, associado a outros elementos como a pressão, pode levar o material “sólido” a ter características de “líquido” aumento o risco da estrutura de contenção. Mais informações sobre o processo produtivo, as características do rejeito e os procedimentos de empilhamento estarão descritas no capítulo “Caracterização do Empreendimento”, do EIA. A partir do estudo acima mencionado, concluiu-se que a alternativa mais viável, do ponto de vista técnico, ambiental, econômico e de segurança, para atendimento à vida útil, seria uma barragem de empilhamento de rejeito drenado, com disposição do material feita na forma hidráulica. Ressalva-se que todas as alternativas tecnológicas de disposição de rejeitos foram consideradas no estudo de alternativas locacionais, adiante. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 12 Morro do Pilar Minerais S.A. Ressalta-se que, tendo como objetivo a redução do comprometimento de áreas para disposição de rejeito, o rejeito de flotação produzido aproximadamente a partir do ano 10 será destinado a Empilhamentos Drenados dentro do Pit Norte, ou seja, da cava norte do empreendimento. Este detalhamento e os volumes estocados nos empilhamentos drenados serão apresentados na Caracterização do Empreendimento, assim como a localização destas estruturas será abordada no Pit Norte adiante, item de alternativa locacional. 1.1.4 Escoamento do minério (produto) Tal como mencionado no Volume I deste EIA, o sistema de escoamento do minério produzido não faz parte do licenciamento ambiental da mina. Neste documento, menciona-se apenas que, diante das vantagens e do caráter exportador do empreendimento, optou-se pela alternativa de transporte do minério via mineroduto até o complexo portuário, a ser localizado no litoral norte do estado do Espírito Santo, para daí partir para o mercado consumidor embarcado em navios de grande porte. O projeto do mineroduto deverá ser alvo de outro processo de licenciamento ambiental junto ao órgão competente. 1.1.5 Alternativa tecnológica escolhida Em síntese, com base nas informações apresentadas anteriormente, concluiu-se que a melhor alternativa tecnológica para o empreendimento minerário é assim configurada: • Cava a céu aberto; • Combinação de desmonte com explosivos e desmonte mecânico com escavadeiras; • Transporte dos materiais da lavra até os britadores primários, pilhas ou estéril para locais da cava já exaurida por caminhões fora-de-estrada; • Transporte do minério britado da área da lavra até a usina de beneficiamento por correias transportadoras; • Cominuição com uso de britadores associado a HPGR (roll press) e moagem primária com moinho de bolas; • Concentração por flotação; • Disposição do estéril em pilhas; • Disposição do rejeito em empilhamento drenado. 1.1.6 Síntese das melhorias tecnológicas Diante dos estudos realizados, destacam-se os seguintes resultados obtidos pela alternativa tecnológica escolhida: a) A alta recuperação metalúrgica e a lavra não predatória favorecem o aproveitamento de minérios de baixo teor, tornando possível o melhor rendimento de matérias-primas não renováveis e até então sem aproveitamento econômico assegurado. Neste sentido, o Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 13 Morro do Pilar Minerais S.A. b) c) d) e) f) 1.2 Projeto Conceitual demonstra que jazidas de minério de ferro, tidas antes como inviáveis devido ao baixo teor, passam a ter sua explotação viável, ao adotar tecnologias e práticas de engenharia avançadas para permitir o aproveitamento competitivo destes depósitos minerais. O menor consumo de energia elétrica foi favorecido pela escolha da cominuição por HPGR. Além disso, a inclusão de uma etapa de pré-concentração permitiu reduzir em até 30% a quantidade de material que sofre a moagem pelo moinho de bolas da usina de beneficiamento. Estas duas concepções de engenharia permitiram a economia de um valor significativo de energia. A redução do consumo de água nova captada, a partir da adoção de tecnologias e reuso da água de processo, práticas que aparentemente encarecem o processo industrial, foram adotadas com vistas a maximizar a quantidade de água reciclada no processo industrial e a consequente importante diminuição dos impactos associados ao uso dos recursos hídricos da região. A tecnologia para desaguamento resultou em um rejeito que permite que a sua disposição seja feita com empilhamento drenado, evitando-se o uso de barragens de rejeito tradicionais. Esta concepção permite uma redução direta da área impactada pelo empreendimento, além de facilitar a recuperação ambiental, pois as pilhas admitem ser submetidas a uma recuperação definitiva, diferentemente das barragens de rejeitos, que requerem manutenção permanente após a desativação da mineração. Além disto, esta tecnologia permite que seja feita uma recuperação de água que pode ser reaproveitada no processo industrial e é possui estrutura mais segura. Na concepção do tratamento de rejeitos, os rejeitos grossos, finos e lamas podem também ser dispostos nas próprias cavas esgotadas, diminuindo ainda mais a área impactada pelo empreendimento minerário. Neste caso, a área impactada pelo empreendimento pode será significativamente reduzida quando se compara à área de um projeto convencional (com disposição dos rejeitos exclusivamente em barragem). A recuperação das pilhas de estéril, de rejeito e das cavas favorece a redução do impacto paisagístico, bem como um uso futuro compatível com as atividades econômicas exercidas na região, o que potencializa a economia local e pode eliminar os custos de manutenção do empreendimento desativado. Os empreendimentos convencionais convivem com um custo permanente de manutenção das estruturas desativadas, notadamente das barragens de rejeito, devido ao inerente risco de rompimento. Alternativas locacionais A seguir, apresenta-se um histórico da evolução da concepção integrada do projeto. Cada uma das etapas pode ser considerada como uma alternativa locacional, seguindo uma ordem cronológica com gradual aperfeiçoamento e refinamento de detalhe quanto à localização e forma das estruturas do empreendimento. Este aperfeiçoamento de projeto foi realizado em decorrência da antecipação dos estudos ambientais e interação direta das equipes dos estudos ambientais e projetistas de engenharia de minas. A antecipação dos estudos é representada pela elaboração do Estudo de Antecipação de Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 14 Morro do Pilar Minerais S.A. Riscos e Incertezas Ambientais (Elo, 2010) para a implantação de um projeto minerário na região de Morro do Pilar, na época ainda sem definições de localização precisa do corpo mineral e estruturas anexas ao empreendimento; e também início antecipado do diagnóstico ambiental, para subsidiar as indicações de restrições ambientais mais locais e específicas, que resultaram no modelamento e adaptação do projeto conceitual. As restrições apontadas são os critérios para seleção locacional de uma alternativa e têm o objetivo de: • Minimizar a extensão espacial da área atingida pelas estruturas do empreendimento; • Minimizar a supressão vegetal de formações florestais, notadamente os estágios mais avançados de Mata Atlântica; • Minimizar as interferências sobre os cursos d’água mais importantes e respectivas Áreas de Preservação Permanente – APP (rio Santo Antônio, rio Picão, rio Preto e ribeirões Lages e Mata Cavalos), sempre que a flexibilidade locacional assim possibilitar; • Evitar as interferências em locais onde houve registros de espécies endêmicas ou ameaçadas; • Evitar a interferência do empreendimento sobre cavidades e abrigos naturais com indícios de alta relevância; • Aproveitar ao máximo o relevo natural, minimizando o consumo de energia e materiais; • Minimizar os possíveis impactos decorrentes da proximidade com a sede urbana de Morro do Pilar (poluição do ar, visual e sonora e vetores de expansão urbana); • Minimizar as interferências sobre acessos viários existentes, incluindo a Estrada Real; • Minimizar as interferências sobre os atrativos naturais e locais de lazer. Como mencionado anteriormente, as alternativas tecnológicas condicionam em parte o uso e tamanho das estruturas acessórias ao beneficiamento, como por exemplo, o tamanho das pilhas de estéril e do empilhamento drenado de rejeitos. A seleção das alternativas locacionais foi feita com base na localização do corpo mineralizado sob as poligonais DNPM de posse do empreendedor, que é o componente do projeto com rigidez locacional. O estudo de alternativas locacionais foi realizado em duas etapas, diferenciando-se na escala de adaptações. A primeira etapa considerou uma visão mais geral do layout do projeto, sem detalhamentos, resultando em macro alterações no conceito do projeto. Tais adaptações estão refletidas nas alternativas locacionais 1, 2 e 3. Decorrente da evolução do projeto e do maior nível de detalhamento que ele alcança na alternativa locacional 4, a localização de algumas estruturas somente foram definidas na etapa final, como canteiro de obras, alojamento, acessos principais, portarias, posto de abastecimento, etc. Neste sentido, são representadas nas alternativas locacionais 1, 2 e 3 apenas o arranjo das estruturas principais. Desta forma, a segunda etapa deste estudo (alternativa 4) considerou um maior detalhamento e minúcia na avaliação das restrições Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 15 Morro do Pilar Minerais S.A. ambientais, a partir de um projeto conceitual mais bem desenvolvido, resultando em adaptações do projeto apresentadas como “sub-alternativas” locacionais, dentro da alternativa locacional 4. Ao final deste item, encontra-se uma síntese das melhorias locacionais, com comparativos gerais que comprovam as vantagens e justificam a definição da alternativa locacional final. 1.2.1 Estudo de restrições ambientais O objetivo do estudo de restrições ambientais foi prover o empreendedor e projetistas com informações instrumentais, de maneira a auxiliar nas decisões quanto a potenciais modificações e readequações do projeto conceitual. A partir dos resultados do diagnóstico ambiental, foi feita, quando passível de espacialização, a consolidação dos dados em um Sistema de Informações Geográficas (SIG). Os temas que embasaram a construção deste SIG foram: • Cobertura vegetal e uso do solo, subsidiadas por informações do inventário florestal realizado; • Hidrografia (cursos d’água e nascentes) e respectivas APPs; • Unidades de conservação e zonas de amortecimento; • Áreas com ocorrência de cavernas e abrigos naturais; • Superfície de visada a partir da sede urbana de Morro do Pilar e proximidade; • Rede viária; • Edificações rurais e urbanas; • Ocorrências mais importantes de fauna; • Presença de outros empreendimentos; • Ocorrência de elementos do patrimônio cultural e natural; • Susceptibilidade erosiva. Além disto, foi realizada uma reunião com os profissionais responsáveis pelo levantamento de cada grupo temático no diagnóstico, com o objetivo de identificar e classificar as restrições específicas. Com base nesta sobreposição, foi possível uma análise em conjunto das principais restrições ambientais em relação ao pré-projeto apresentado. Estas restrições foram classificadas de acordo com seu nível restritivo, a saber: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 16 Morro do Pilar Minerais S.A. Gravidade (G) Interpretação 5 Restrição fatal, apenas deve ser devidamente demarcada e respeitada (Presença de impeditivo enérgico, não gerenciável) 4 Pequena chance de ser removida, grande esforço e alto custo (Presença de impeditivo enérgico, gerenciável a um alto custo estratégico e/ou tecnológico) 3 Requer esforço e custo e não há garantia de que possa ser removida (Presença de impeditivo gerenciável) 2 Requer certo esforço e custo para ser removida (Presença de condicionador enérgico, que pode demandar investimentos ou custeios adicionais significativos) 1 Nível leve, possível de ser negociada ou administrada (Presença de condicionador gerenciável) As restrições foram desenhadas, de modo a permitir a interpretação da equipe de engenharia responsável pelo desenvolvimento do projeto da mina, para que dimensionassem as estruturas do empreendimento considerando algumas premissas ambientais. A especificação das restrições ambientais para cada uma das alternativas, por estrutura, embasou o estudo de alternativas locacionais 4 e suas “sub-alternativas”. No item “Alternativas locacionais 4” encontra-se então a relação descritiva das restrições para cada uma das sub-alternativas das estruturas principais. 1.2.2 Projeto pré-conceitual Para orientar o foco dos estudos ambientais e a indicação de restrições ambientais, foi elaborado em caráter preliminar um layout geral com as áreas pretendidas para implantação de cada uma das estruturas. Um estudo de restrições ambientais foi realizado e, utilizando-se dos critérios apresentados acima, sugestões foram feitas para a equipe projetista, a fim de aperfeiçoar o projeto e indicar pontos críticos do território que pudessem exigir adaptações. A usina de processamento de minério de ferro foi posicionada aproximadamente à meia distância das cavas principais, visando minimizar o transporte de minério, facilitar o gerenciamento das operações e promover diferentes opções de cenários para o sequenciamento de lavra. Neste projeto pré-conceitual, os acessos principais e outras estruturas acessórias, como transportadores de correias, portarias, viveiros, etc., não foram definidos, devido ao caráter inicial e preliminar desta etapa. Tais estruturas foram devidamente estudadas e desenvolvidas no projeto conceitual. A seguir, apresenta-se o layout geral, denominado de projeto pré-conceitual: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 17 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 1-1 – Layout do projeto pré-conceitual Após o primeiro estudo de restrições ambientais, as alternativas locacionais 1 a 3 foram elaboradas. Em uma etapa posterior, com o incremento de qualidade e quantidade das informações levantadas no diagnóstico ambiental, foi realizada uma segunda avaliação de restrições ambientais, que resultou na alternativa locacional 4. 1.2.3 Alternativa locacional 1 A alternativa locacional 1 considera a alternativa tecnológica de um projeto convencional de mineração de ferro – beneficiamento com flotação, utilização de barragens de rejeitos e nãoaproveitamento da cava exaurida para preenchimento com estéril ou rejeito. Esta opção tecnológica implica uma maior área afetada, que seja capaz de abrigar todas estas estruturas de apoio. A alternativa locacional 1 apresenta as seguintes estruturas e áreas: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 18 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 1-1 – Estruturas e áreas da alternativa locacional 1 Estruturas Cava NN Cava NN Cava NN Cava norte Cava sul Cava sul Estruturas acessórias Barragem de rejeito 1 Barragem de rejeito 2 Barragem de rejeito 3 Barragem de rejeito 4 Barragem de rejeito 5 PDE NN PDE NN PDE NN PDE norte 1 PDE norte 2 PDE norte 3 PDE norte 4 PDE sul 1 PDE sul 2 PDE sul 3 PDE sul 4 UBM Estruturas lineares2 Ponte cava sul Correia transp. Norte Correia transp. Sul Acesso NN Acesso PDE norte Acessos norte Acessos sul Estruturas pontuais3 Escritório Estação de bombas Paiol norte Paiol sul Britador Semimóvel norte Britador Semimóvel sul Caixa d’água Subestação Total Área (ha) 31,67 63,24 28,36 732,15 330,09 77,00 769,02 345,78 373,75 136,80 349,21 45,73 36,73 64,06 71,41 92,70 42,06 261,84 284,66 89,44 85,75 58,61 86,66 0,19 32,73 10,97 141,53 1,63 140,12 91,02 12,56 11,01 12,57 12,57 2,28 1,94 0,78 12,37 4.940,99 A distribuição espacial destas estruturas pode ser visualizada na figura a seguir: 2 Para o cálculo de áreas afetadas no caso das estruturas lineares, foi considerada uma faixa de 40m ao longo dos acessos e 20m ao longo das correias transportadoras. 3 Para o cálculo de áreas afetadas no caso das estruturas pontuais, foi considerado um raio de 100m em torno dos paióis e britadores, e 200m em torno do escritório, caixa d’água e subestação. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 19 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 1-2 – Layout da alternativa locacional 1 1.2.4 Alternativa locacional 2 A alternativa locacional 2 eliminou: as cavas no extremo norte, situadas dentro do município de Conceição do Mato Dentro e que fazem parte de sub-bacias que drenam para a margem esquerda do rio Santo Antônio; e também a utilização de barragens de rejeito, substituindo por pilhas de rejeito em função de uma eventual possibilidade tecnológica de produção do rejeito em pasta (vide alternativas tecnológicas). A eliminação das cavas no extremo norte foi decidida considerando a pequena dimensão do corpo mineral e baixa expectativa de produção, pelo menos nesta etapa do projeto (em função do conhecimento geológico até então adquirido), frente aos potenciais impactos ambientais e distância da estrutura de beneficiamento. A alternativa locacional 2 apresenta as seguintes estruturas e áreas: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 20 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 1-2 – Estruturas e áreas da alternativa locacional 2 Estruturas Área (ha) Cava norte 732,15 Cava sul 330,09 Cava sul 77,00 Estruturas acessórias PDE norte 1 71,41 PDE norte 2 92,70 PDE norte 3 42,06 PDE norte 4 261,84 PDE sul 1 284,66 PDE sul 2 89,44 PDE sul 3 85,75 PDE sul 4 58,61 Pilhas de rejeito 401,30 UBM 86,66 Estruturas lineares4 Acesso P. rejeito e UBM 25,00 Ponte cava sul 0,19 Correia transp. Norte 32,73 Correia transp. sul 14,07 Acesso PDE norte 1,63 Acessos norte 140,12 Acessos sul Estruturas pontuais 93,27 5 Escritório 12,56 Estação de bombas 11,23 Paiol norte 12,57 Paiol sul 12,57 Britador Semimóvel norte 2,28 Britador Semimóvel sul 1,94 Caixa d’água 0,78 Subestação 12,56 Total 3.377,47 A eliminação destas estruturas, especialmente a substituição das barragens de rejeito pelo empilhamento drenado de rejeito, contribuiu para uma redução de 1.563,53ha se comparada à alternativa locacional 1. A distribuição espacial destas estruturas pode ser visualizada na figura a seguir: 4 Para o cálculo de áreas afetadas no caso das estruturas lineares, foi considerada uma faixa de 40m em torno dos acessos e 20m em torno das correias transportadoras. 5 Para o cálculo de áreas afetadas no caso das estruturas pontuais, foi considerado um raio de 100m em torno dos paióis e britadores, e 200m em torno do escritório, caixa d’água e subestação. Data: Documento nº Página: 28/03/2012 21 EIA-MOPI-002-03/12-v1 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 1-3 – Layout das estruturas da alternativa locacional 2 1.2.5 Alternativa locacional 3 A alternativa locacional 3 considera a opção tecnológica de ocupar as áreas liberadas (exauridas) das cavas para deposição do estéril e rejeito, após alguns anos de operação do empreendimento. Adotando-se este procedimento, elimina-se a necessidade de uma das pilhas de rejeito, prevista na alternativa locacional 2, reduzindo em 390ha a área diretamente afetada, quando comparadas. A alternativa locacional 3 apresenta as seguintes estruturas e áreas: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 22 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 1-3 – Estruturas e áreas da alternativa locacional 3 Cavas Área (ha) Cava norte 732,15 Cava sul 330,09 Cava sul 77,00 Estruturas acessórias PDE norte 1 71,41 PDE norte 2 92,70 PDE norte 3 42,06 PDE norte 4 261,84 PDE sul 1 284,66 PDE sul 2 89,44 PDE sul 3 85,75 PDE sul 4 58,61 Pilha de rejeito 401,30 UBM 86,66 Estruturas lineares6 Acesso P. rejeito e UBM 25,00 Ponte cava sul 0,19 Correia transp. Norte 32,73 Correia transp. sul 14,07 Acesso PDE norte 1,63 Acessos norte 140,12 Acessos sul Estruturas pontuais 93,27 7 Escritório 12,56 Estação de bombas 11,23 Paiol norte 12,57 Paiol sul 12,57 Britador Semimóvel norte 2,28 Britador Semimóvel sul 1,94 Caixa d’água 0,78 Subestação 12,56 Total 2.987,17 A distribuição espacial destas estruturas pode ser visualizada na figura a seguir: 6 Para o cálculo de áreas afetadas no caso das estruturas lineares, foi considerada uma faixa de 40m em torno dos acessos e 20m em torno das correias transportadoras. 7 Para o cálculo de áreas afetadas no caso das estruturas pontuais, foi considerado um raio de 100m em torno dos paióis e britadores, e 200m em torno do escritório, caixa d’água e subestação. Data: Documento nº Página: 28/03/2012 23 EIA-MOPI-002-03/12-v1 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 1-4 – Layout das estruturas da alternativa locacional 3 1.2.6 Alternativa locacional 4 Com base na alternativa locacional 3, realizou-se um estudo de indicação de restrições ambientais, baseado na localização preliminar de cada uma das estruturas e em informações mais detalhadas obtidas no diagnóstico ambiental. Além disto, com base no desenvolvimento progressivo do projeto conceitual, algumas características da tecnologia do beneficiamento e da disposição do rejeito foram reformuladas, o que reflete diretamente no tipo, tamanho e localização das estruturas auxiliares. A alternativa locacional 4 representa a fase mais avançada de desenvolvimento do projeto, com um nível maior de detalhamento das estruturas. As principais mudanças em comparação à alternativa locacional 3 foram: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 24 Morro do Pilar Minerais S.A. • Alteração no plano de lavra e sequenciamento de lavra, optando por lavrar inicialmente a cava norte e, após sua exaustão, a cava sul; • Retirada da cavidade natural com sumidouro (indícios de alta relevância), até que estejam concluídos os estudos de relevância das cavidades naturais, do plano de lavra; • Substituição da solução de empilhamento de rejeito em pasta para empilhamento drenado de rejeitos, excluindo a área prevista para pilha de rejeito e criando uma área para empilhamento drenado de rejeitos8; • Exclusão da pilha de estéril localizada a oeste da cava norte; • Exclusão da pilha de estéril na porção central; • Relocação das pilhas de estéril ao sul da cava sul; • Inclusão de disposição de estéril e rejeito dentro da cava norte, após exaustão, concomitantemente com a operação da cava sul; • Exclusão do paiol sul, devido à proximidade a sede urbana de Morro do Pilar; • Relocação da Usina de Beneficiamento de Minério (UBM) para nordeste, mais próxima da cava norte (onde iniciará a lavra) e mais distante da sede urbana de Morro do Pilar; • Relocação do escritório, caixa d’água, bombas e subestação, em função da relocação da UBM. 1.2.6.1 Sequenciamento de lavra (norte – sul) Apesar de não alterar a localização das estruturas, o sequenciamento de lavra escolhido condiciona o tempo de incidência dos impactos e a localização da ocorrência dos impactos ao longo do tempo. A lavra iniciará na cava norte (MOPIN), priorizando a produção do tipo de material friável nos primeiros anos, que se encontra aflorante. Esta lavra se desenvolverá por oito anos e meio até atingir sua exaustão. Posteriormente, a lavra terá continuidade na cava sul (MOPIS), por pouco mais de 12 anos até atingir sua exaustão. Este sequenciamento define duas etapas para implantação e operação do empreendimento, dividindo as estruturas quanto ao seu uso, entre estruturas de apoio as obras, estruturas que operarão apenas durante os primeiros anos (1ª etapa), estruturas que operarão nos anos finais (2ª etapa) e estruturas de uso comum entre a 1ª e 2ª etapas. A principal vantagem deste sequenciamento, lavrando diferentes frentes (uma após a outra) ao longo do tempo, é a possibilidade de recuperação ambiental das áreas utilizadas durante a 1ª etapa enquanto o empreendimento encontra-se em plena operação na 2ª etapa, antecipando várias atividades do fechamento. A minimização do impacto relativo às alterações topográficas típicas de lavras a céu aberto através do preenchimento destas com estéril e rejeitos gerados em outras cavas é um importante aspecto desta alternativa. A recuperação ambiental das áreas da 1ª 8 Devido às propriedades físicas do rejeito, às características climáticas desfavoráveis (alta pluviosidade) e ainda ao relevo dissecado com alta susceptibilidade erosiva, foi determinado que a disposição de rejeito seja via hidráulica, sem a formação de pasta, necessitando de estrutura de barragem para contenção do que se denomina empilhamento drenado de rejeitos. Data: Documento nº Página: 28/03/2012 25 EIA-MOPI-002-03/12-v1 Morro do Pilar Minerais S.A. etapa (pit norte), durante a 2ª etapa de operação pode significar o reestabelecimento da conectividade local, devido ao reflorestamento. Mais informações sobre a divisão do empreendimento em etapas e sobre o sequenciamento da lavra poderão ser encontradas no capítulo de Caracterização do Empreendimento, neste EIA. 1.2.6.2 Alternativas locacionais da Unidade de Beneficiamento de Minério (UBM) Considerando a alteração no plano de lavra, iniciando-se a exploração pela cava norte (ver detalhamento do plano de lavra no Capítulo da Caracterização do Empreendimento, adiante), a posição da UBM tornou-se estratégica, criando a necessidade de buscar áreas mais próximas à cava norte para viabilizar economicamente o empreendimento, sempre em consonância com os aspectos relativos às restrições ambientais da região. Assim, três alternativas locacionais na porção norte da AID foram encontradas e, com base na sobreposição das alternativas com as restrições ambientais, optou-se pela posição mais satisfatória em termos ambientais, altimétricos, de relevo e econômicos. Figura 1-5 – Alternativas locacionais da UBM Cada uma das opções condiciona a localização dos acessos, portarias, administração central, transportadores de correias, bem como de outras estruturas de apoio, incluindo as obras. Deste modo, a localização destas estruturas somente poderá ser definida após a escolha da melhor alternativa para UBM. Segue tabela que caracteriza as principais restrições ambientais relacionadas às alternativas da UBM. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 28/03/2012 Página: 26 Morro do Pilar Minerais S.A. Quadro 1.4 – Restrições ambientais em relação às alternativas A, B e C, da alternativa 4 da UBM. Características Alternativa A Alternativa B Alternativa C Área (m²) 730.777,7 554.755,3 504.238,4 Área (ha) 73,1 55,47 50,42 Nível 5 Nível 4 Nível 3 Localiza-se em subbacia onde houve registros de ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3) Sobreposição a fragmento de FESD estágio médio de regeneração em uma pequena porção oeste (nível 3); Localiza-se em subbacia onde houve registros de ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3) Nível 2 Área muito próxima e com possibilidade de visada direta a partir de MOPI – distâncias entre 1 e 4km (nível 2); Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); Atinge cursos d’água com potencial de existência de ictiofauna ameaçada (nível 2); Existência de APP (nível 2); Existência de APP (nível 2); Restrições ambientais Existência de APP (nível 2); Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); Sobreposição a MG-232 (MOPI-Carmésia) (nível 2); Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); Pouca visada possível a partir de MOPI (nível 1); Grande visada possível a partir de MOPI (nível 1); Sobreposição de acessos vicinais tipo I e II Sobreposição de acessos vicinais tipo II Sobreposição de acessos vicinais tipo II Presença de olhos d'água ou nascentes (quatro) Presença de olhos d'água ou nascentes (três) Presença de olhos d'água ou nascentes (dois) Nível 1 Pouca visada possível a partir de MOPI (nível 1); Informações Adicionais Presença de edificações (uma) Presença de edificações (três) Grande proximidade com povoado do Carioca Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-v1 Página: 28/03/2012 27 Morro do Pilar Minerais S.A. A tabela anterior permite verificar que nenhuma das alternativas propostas atinge os graus de restrição 4 e 5. A alternativa A apresenta a maior área entre as alternativas apresentadas, entretanto isto pode ser explicado pelo maior nível de desenvolvimento de projeto desta alternativa, que acaba agregando estruturas não previstas nos projetos das alternativas A e B. As principais restrições observadas são: pouca visada possível a partir de MOPI (nível 1); presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); apresenta algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); sobreposição a fragmento de FESD estágio médio de regeneração na porção oeste (nível 3); e está localizada em sub-bacia onde houve registros ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3). Ressalta-se que as espécies da fauna ameaçadas foram registradas também em outras áreas não afetadas pelo empreendimento, e que programas específicos para a conservação e resgate destas espécies são propostos ao final deste EIA. Em relação à alternativa B, observam-se as seguintes restrições: sobreposição à MG-232 (MOPICarmésia) (nível 2); presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); apresenta algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); trata-se de uma área mais próxima e com possibilidade de visada direta a partir de MOPI – distâncias entre 1 e 4km (nível 2); e está localizada em subbacia onde houve registros ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3). Uma restrição técnica ressalta para a alternativa B, pois esta área demanda volumes de terraplenagens proibitivos em termos de prazo e custos, além de gerar mais impactos ambientais devido a demanda de mais áreas para disposição de material excedente (ADME). As principais alternativas relacionadas à alternativa C são: vários pontos de visada possível a partir de MOPI (nível 1); apresenta algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); e está localizada em sub-bacia com potencial de existência de ictiofauna ameaçada (nível 2). A seguir, apresenta-se um quadro comparativo, elencando as vantagens e desvantagens de cada uma das alternativas: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 28 Morro do Pilar Minerais S.A. Quadro 1.2 – Vantagens e desvantagens das alternativas locacionais para UBM Alternativa Vantagens Desvantagens Alternativa de UBM A Concentra os impactos nas proximidades da cava, em área vizinha também a pilhas Requer supressão de Floresta Estacional Semidecidual em estágios médio e inicial de regeneração Menor movimentação de terra entre as três alternativas (requer menos áreas de empréstimo e ADMEs) Flexibilidade e disponibilidade de áreas aptas para locar canteiro de obras Presença de fauna terrestre ameaçada Maior distância da cava sul Riscos estruturais para as edificações devido à vibração das detonações na cava norte Proteção natural do relevo em relação à sede urbana de MOPI, evitando visada direta, e reduzindo impactos ocasionados por ruído, vibração e poeira Não interfere em estrada estadual ou de ligação intermunicipal Maior proximidade com a cava norte, reduzindo emissões atmosféricas Não requer acesso cavaoficina longo Não há necessidade de TCLD para a cava norte Alternativa de UBM B Requer supressão vegetal insignificante de formações florestais Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 29 Necessidade de relocação de estrada estadual (MG-232) Necessidade de construção Morro do Pilar Minerais S.A. Alternativa Vantagens Desvantagens Proteção natural do relevo em relação à sede urbana de MOPI de TCLD a partir da cava norte Localização em posição altimétrica desfavorável Movimentação de grande volume de terra (requerendo mais áreas de empréstimo e ADMEs (aumentando impactos por emissões atmosféricas e supressão vegetal), e forçando a um cronograma irreal de terraplanagem. Maior custo de investimento inicial devido a maior distância da cava norte Alternativa de UBM C Não requer supressão vegetal Maior distância a percorrer entre a cava norte e oficina de formações florestais Distância intermediária entre as duas cavas Maior flexibilidade e disponibilidade de áreas aptas para locar canteiro de obras Acesso para obras e operação sem interferência sobre a Estrada Real Não interfere em estrada estadual ou de ligação intermunicipal Necessidade de construção de TCLD mais longo a partir da cava norte (aumentando impactos por emissões atmosféricas e supressão vegetal) Posição isolada do restante das estruturas do empreendimento, aumentando a área de vizinhança e necessidade de aquisição de terras (aumentando os impactos socioeconômicos) Grande proximidade com núcleo do Carioca (o que poderia gerar impactos Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 30 Morro do Pilar Minerais S.A. Alternativa Vantagens Desvantagens socioeconômicos e possivelmente motivar a relocação desta população) Sobreposição à APP preservada em pequeno fragmento florestal Maior custo de investimento inicial devido a maior distância da cava norte A alternativa A é a mais adequada do ponto de vista de engenharia, devido a sua grande proximidade com a cava norte e do início da operação ser nesta cava. Sua principal restrição é a necessidade de supressão de formações florestais em estágio médio e inicial de regeneração, bem como a presença de fauna ameaçada. Entretanto, foi considerado que esses fatores ambientais sofrerão impactos negativos diretos das atividades de lavra na cava norte e da operação das pilhas de estéril adjacentes. Deste modo, o isolamento do fragmento florestal e a ampliação dos efeitos de borda (poeira e maior incidência de luminosidade) já seriam causados pela lavra, tal como os impactos do ruído e vibração causados pela movimentação de veículos e equipamentos poderiam atingir a fauna. Nesse sentido, se a UBM não for implantada no local proposto pela alternativa A, este fragmento será mantido, porém sofrerá os impactos associados à lavra. Além disso, haverá uma maior área impactada pela disposição de material excedente gerado em meio aos trabalhos de terraplenagem, se comparado com outras alternativas. Por isso, o efeito de borda, o próprio isolamento do fragmento florestal e da fauna ali residente, bem como o aumento da área impactada pela disposição de material excedente acabam por justificar que a implantação da UBM seja feita na alternativa A. A alternativa B foi estudada em detalhe, com o desenvolvimento de um projeto conceitual em que se calcularam os volumes de movimentação de terra que seriam necessários. O resultado obtido motivou a desclassificação desta alternativa, pois os volumes destacaram-se por ser muito elevados, requerendo grandes áreas para disposição de material excedente. Esta solução acaba por afetar mais áreas, além das estruturas projetadas para o empreendimento. Além disso, tal volume acarretaria um cronograma de terraplanagem inviável, que se estenderia para prazos irreais do ponto de vista de exequibilidade. Como demonstrado pelo quadro a seguir, além de reduzir os volumes, há um equilíbrio entre cortes e aterros para a alternativa A. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 31 Morro do Pilar Minerais S.A. Quadro 1.3 – Volumes de movimentação de terra para as alternativas A e B da UBM Locação Escavação Aterro B (22/19) 15.219.803 6.034.366 A (25/23) 9.215.152 9.068.562 Outra ressalva em relação à alternativa B refere-se à necessidade de relocação da MG-232. Embora este impacto deva ser considerado visto que a opção para o empilhamento drenado de rejeitos também requer a relocação deste acesso viário, a relocação da MG-232 neste caso seria de um trecho ainda maior. A alternativa C apresenta restrições ambientais parecidas com a alternativa B, entretanto, apresenta ainda outras complicações do ponto de vista da engenharia, devido a sua distância da cava norte ser maior. Uma restrição séria, no tocante ao meio socioeconômico, é a grande proximidade com o núcleo do Carioca9. Além de moradias localizadas dentro da área da UBM, que necessariamente seriam relocadas, outras moradias do núcleo do Carioca estão localizadas entre 200m e 1,2km dos limites da alternativa C, o que geraria um forte impacto sobre esta comunidade, havendo o risco de ser necessário a relocação de todos os moradores. Outra característica que levou a desclassificação desta alternativa foi sua localização isolada do restante das estruturas do complexo minerário, pois, no cenário geral, esse fato incrementa a ampliação e difusão dos impactos pela região de estudo, resultando em uma maior área afetada. No caso alternativa A, ocorre exatamente o contrário: os impactos ficam mais confinados e com menor difusão espacial. Com a configuração na alternativa A, tem-se que, devido à proximidade e distribuição da cava norte e pilhas de estéril, a UBM na alternativa A confinará os impactos negativos em uma única área, diminuindo sua difusão para áreas mais distantes e menos afetadas pelo empreendimento. Diante das vantagens e desvantagens apresentadas, a alternativa A torna-se a mais adequada sob os pontos de vista ambiental e de engenharia, sendo inclusive a alternativa com menor impacto antrópico. 1.2.6.3 Alternativas locacionais das estruturas dependentes Definida a alternativa locacional da UBM, pôde-se então definir as alternativas locacionais dos britadores primários, transportadores de correias de longa distância – TCLDs, acessos principais, CMD (central de materiais descartáveis), viveiro de mudas, posto de abastecimento, armazenamento de água e administração e outras estruturas de apoio. 9 Antiga fazenda, que foi sendo divida/ocupada ao longo das últimas décadas, denominada Fazenda Carioca, que originou o nome atual. Atualmente é a região na zona rural de Morro do Pilar que concentra o maior número de pessoas, com adensamento populacional, caracterizado por forte presença de posseiros, no entorno . Esta área, chamada de “Carioca” não representa uma comunidade reconhecida pelo poder público e nem mesmo por sua população, não tendo sido detectada relação direta de parentesco ou características históricas comuns. Data: Documento nº Página: 28/03/2012 32 EIA-MOPI-002-03/12-V1 Morro do Pilar Minerais S.A. Como as alternativas da UBM condicionam cada uma destas estruturas, não faz sentido discutir alternativas locacionais destas estruturas que são dependentes para as opções já descartadas de UBM. O posto de abastecimento, CMD e viveiro de mudas tem grande flexibilidade locacional, embora sejam condicionados pela localização do acesso principal da planta industrial. Todas estas estruturas foram agrupadas e tem a discussão de alternativas em conjunto, pois são estruturas interdependentes. Cada uma das alternativas representa melhorias de projeto embasadas nas restrições ambientais previamente apontadas. Desta maneira, a primeira alternativa proposta foi a “C”; em seguida, após melhorias, a “B”; e finalmente, após mais melhorias contornando algumas restrições ambientais, a “A”. A figura a seguir ilustra três alternativas locacionais para o conjunto de estruturas e acessos. Alguns trechos das alternativas são coincidentes, como uma parte do acesso interno entre a portaria e a unidade de beneficiamento ou a localização do britador primário para a cava sul. Restrições do relevo local levaram a coincidência deste trecho do acesso interno, não havendo alternativas viáveis para tal. O britador primário sul apresentou rigidez locacional, devido às restrições impostas pela localização confinada da cava sul, entre o rio Preto e a estrada principal, que liga Morro do Pilar a Santo Antônio do Rio Abaixo, considerada como um trecho da Estrada Real. Assim, neste caso, também não existem alternativas locacionais para esta estrutura. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 33 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 1-6 – Alternativas locacionais dos acessos principais, britadores e TCLD A alternativa C representa a primeira proposição feita para localização destas estruturas. Estas alternativas foram sobrepostas às restrições ambientais e alterações foram sugeridas, conforme integração entre as equipes projetistas e de meio ambiente. As principais restrições e alterações desta alternativa são no acesso principal externo, evitando grande interferência sobre um fragmento florestal bem desenvolvido; e no TCLD, que leva à UBM, devido a complicações de Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 34 Morro do Pilar Minerais S.A. engenharia no vértice do TCLD localizado dentro da área da barragem. O resultado foi a relocação destas estruturas, gerando a alternativa locacional B. A alternativa B apresenta como principais alterações em relação a alternativa C, o traçado do TCLD sul e o traçado do acesso principal externo (coincidente com a alternativa A). Outras alterações são observadas na região da portaria, no início do acesso principal externo, com as estruturas de CMD, posto de abastecimento e viveiro de mudas. Após outra rodada de análises, foram apontadas como maiores restrições da alternativa B: a localização do britador norte e acesso interno entre o britador e a oficina (devido à topografia complicada e necessidade de grande movimentação de terra); e também a quantidade de vértices no TCLD sul, o que complicam sua operação e aumenta os custos de implantação e manutenção, além de apresentar um maior comprimento e a necessidade de motores em cada um dos vértices, gerando impactos como ruído, vibração, poluição visual, poluição atmosférica e maior consumo de energia. As melhorias da alternativa B resultaram na proposição da alternativa A. A alternativa A apresenta então uma nova proposta de localização para o britador norte, mais próximo da usina de beneficiamento, eliminando a necessidade de um TCLD para a cava norte, reduzindo a distância a ser percorrida pelos caminhões fora-de-estrada entre o britador e a oficina e ainda não requerendo a remodelagem da pilha de estéril a leste de sua posição. Além disto, propõe uma nova localização para a portaria principal, mais próxima à usina de beneficiamento, reunindo as estruturas de apoio (CMD, viveiro de mudas e posto de abastecimento) em uma área interior. A alternativa A agrupa as características de menor interferência ambiental e com maiores vantagens locacionais, sendo a alternativa escolhida para tais estruturas. 1.2.6.4 Alternativas locacionais da barragem de empilhamento de rejeito drenado Devido à substituição da solução de empilhamento de rejeito em pasta para empilhamento drenado de rejeitos, via hidráulica, excluiu-se a área prevista para pilha de rejeito e criou-se quatro alternativas para empilhamento drenado de rejeitos 10. Em concomitância com a decisão da alternativa locacional da UBM dentro das alternativas locacionais nº 4, foram avaliadas quatro alternativas locacionais para a barragem de empilhamento de rejeito drenado, em alternativa às outras soluções de disposição de rejeito apresentadas nas alternativas 1, 2 e 3. 10 Devido às propriedades físicas do rejeito, às características climáticas desfavoráveis (alta pluviosidade) e ainda ao relevo dissecado com alta susceptibilidade erosiva, foi determinado que a disposição de rejeito seja via hidráulica, sem a formação de pasta, necessitando de estrutura de barragem para contenção do que se denomina empilhamento drenado de rejeitos. Data: Documento nº Página: 28/03/2012 35 EIA-MOPI-002-03/12-V1 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 1-7 – Alternativas locacionais para empilhamento drenado de rejeito Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 36 Morro do Pilar Minerais S.A. Quadro 1.5 – Comparativo quantitativo entre as alternativas locacionais para empilhamento drenado de rejeito Alternativa Alternativa Alternativa B C D Características Alternativa A Volume de acumulação (Mm³) 156 74,2 65,3 13,3 Área (ha) 540,95 281,29 205,36 135,99 Volume / área (m³/m²) 28,84 26,38 31,80 9,78 Perímetro (m) 25.473,73 22.651,86 11.199,21 24.194,64 Área / perímetro (m²/m) 212,36 124,18 183,37 56,21 A seguir, encontra-se o quadro 1.5, que caracteriza as principais restrições ambientais relacionadas às alternativas do empilhamento drenado de rejeito: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 37 Morro do Pilar Minerais S.A. Quadro 1.5 – Restrições ambientais em relação às alternativas do Empilhamento Drenado de Rejeito Características Alternativa A Cavidade 017 atingida na extremidade oeste (nível 3); Sobreposição a fragmento de FESD estágio médio de regeneração na porção nordeste (nível 3); Interferência com faixa de servidão da LT Anglo na porção leste (nível 3); Alternativa B Localizada em subbacia onde houve registros ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3); Atinge pequenos fragmentos de FESD estágio médio de regeneração (nível 3); Alternativa C Localizada em subbacia onde houve registros ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3); Atinge pequeno fragmento de FESD estágio médio de regeneração na porção nordeste (nível 3); Interferência com faixa de servidão da LT Anglo Interferência com faixa de servidão da LT Anglo cruzando porção central (nível 3); cruzando porção leste (nível 3); Área muito próxima e com possibilidade de visada direta a partir de MOPI – distâncias entre 1 e 4km (nível 2); Restrições ambientais Sobreposição com a Estrada Real na extremidade oeste (nível 2); Alternativa D Presença de elemento cultural relevante elemento imaterial (Estórias do Mata Cavalo) (nível 2); APP em área fora de cava (nível 2); Área muito próxima e com possibilidade de visada direta a partir de MOPI – final da estrutura toca áreas urbanas e alonga-se com visada possível por toda a estrada com elevada circulação de pessoas (nível 2); Atinge Estrada Real em dois pequenos trechos (nível 2); APP em área fora de cava (nível 2); APP em área fora de cava (nível 2); Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); Presença de FESD em estágio inicial de regeneração no porção centro norte (nível 2); Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); Sobreposição a MG-232 (MOPI-Carmésia) (nível 2); Área predominantemente ocupada por fragmentos de FESD estágio inicial de regeneração (nível 2); Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); Áreas de altíssima susceptibilidade erosiva distribuídas por toda a estrutura (nível 2); Presença de propriedades rurais (nível 1); Presença de propriedades rurais (nível 1); Presença de propriedades rurais (nível 1); Intervenção em estrada local (nível 1); Intervenção em estrada local (nível 1); Sobreposição APA rio Picão (nível 1); Grande proximidade com rio Sto. Antônio – 700m do barramento (nível não medido); Presença de DNPM de terceiros na extremidade Grande visada possível a partir de MOPI (nível oeste (Vale S.A.) (nível 1) 1); Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 APP em área fora de cava (nível 2); Presença de propriedades rurais (nível 1); Intervenção em estrada local (nível 1); Grande proximidade com rio Sto. Antônio – 450m do barramento (nível não medido); Pouca visada possível a partir de MOPI (nível 1); Página: 38 Morro do Pilar Minerais S.A. A alternativa A tem a maior área e maior capacidade de acumulação entre as alternativas apresentadas. As principais restrições observadas são: (1) interferência em uma cavidade natural (A1); (2) sobreposição a um fragmento de FESD em estágio médio de regeneração; (3) e sobreposição à faixa de servidão da LT proposta pela Anglo American. Uma vez que não há como evitar a interferência no remanescente de FESD (2), devido à sua localização na porção inicial após o barramento, deverão ser previstas medidas de compensação florestal compatíveis; a restrição (3) pode ser resolvida tanto com alterações de projeto, evitando-se tal sobreposição, e através de negociação para deslocamento das torres da LT projetada, que ainda não está em fase de implantação A alternativa B mostra-se pouco viável, devido a uma restrição importante: a presença de ictiofauna (peixes) ameaçada e endêmica, como o andirá e a pirapetinga, na sub-bacia onde está inserida. No caso de estruturas como os empilhamentos drenados, os cursos d’água diretamente afetados sofreriam intervenções que causariam impactos de alta magnitude à ictiofauna local. De qualquer maneira, esta alternativa ainda carece de estudos de longo prazo adicionais para verificar sua viabilidade. Alterações de projeto não solucionariam esse impacto, que é relevante por se tratar de contribuintes da bacia do rio Santo Antônio, cuja biota aquática deve ser prioritariamente protegida. Outro fator importante a ser considerado é a proximidade com o leito do rio Santo Antônio, pois, embora não apresente um nível de restrição definido, por ser atingido em caso de acidente com a estrutura de empilhamento, apesar de que, conforme mencionado nas alternativas tecnológicas, trata-se de alternativa mais segura se comparada com a barragens tradicionais, possuindo grande confiabilidade estrutural. A alternativa C apresenta relativamente poucas restrições ambientais, mas apresenta situação similar à alternativa ‘B’: interferência com a ictiofauna endêmica e ameaçada (andirá e pirapetinga), bem como interferência direta com a LT que irá abastecer o projeto Minas-Rio em Conceição do Mato Dentro. Assim como a alternativa B, outro fator importante a ser considerado é a proximidade com o leito do rio Santo Antônio, pois, embora não apresente um nível de restrição definido, poderia ser atingido em caso de acidente com a estrutura de empilhamento. A alternativa D apresenta pequena capacidade de acumulação e seus impactos podem ser maiores que as vantagens de sua instalação diante do volume de rejeito total, que poderá ser abrigado nas outras alternativas. A porção montante desta estrutura atinge a área urbana de Morro do Pilar e, além de causar remoção de população urbana, pode ter consequências sanitárias importantes (desenvolvimento de vetores de doenças e acúmulo de esgotos). A própria relação área x perímetro desta estrutura é muito baixa comparada às demais alternativas devido ao seu caráter longitudinal. Após as melhorias realizadas no projeto para otimizar o aproveitamento, motivadas pela presença de restrições ambientais, a alternativa A apresentou maior eficiência técnica, considerando a grande capacidade/área (28,84m³/m²); também seu formato mais compacto (relação área/perímetro = 212,36 m²/m); além disto, apresenta menor quantidade e gravidade de restrições ambientais. A capacidade desta alternativa adequa-se ao projeto, tendo em vista que tem vida útil de 7 anos de deposição de rejeitos grossos, o que aproxima-se muito da vida útil do EIA-MOPI-002-03/12-V1 Documento nº 28/03/2012 Data: 39 Página: Morro do Pilar Minerais S.A. Pit Norte (8,5 anos) – ou seja, esta opção viabiliza a disposição do rejeito gerado do Pit Sul e uma pequena parte do rejeito gerado do Pit Norte no próprio Pit Norte. Caso a alternativa de disposição de rejeitos fora da cava tenha menor capacidade, é provável que futuramente, durante os primeiros anos da operação fosse necessário buscar outra alternativa para disposição dos rejeitos, já que a disposição no Pit Norte não seria possível por não haver áreas lavradas com volumes liberados para receber rejeito. A área total ocupada por esta estrutura, incluindo a área de disposição de rejeitos grossos, lama, bacias de sedimentação e diques, é de 540,95ha. Quadro 1.6 – Vantagens e desvantagens das alternativas locacionais para empilhamento drenado de rejeitos Alternativa Alternativa A Vantagens Desvantagens Interferência em estrada estadual (MG-232) Não interfere diretamente em cursos d’água de importância regional Maior capacidade, viabilizando o tempo necessário para que haja liberação de volume no pit norte para que lá sejam depositados os rejeitos nos últimos anos do projeto. Visualização possível a partir de alguns pontos da sede urbana de Morro do Pilar Menor distância da sede urbana de Morro do Pilar Grande relação volume x área Forma natural da bacia otimiza o aproveitamento (maior relação área x perímetro) Localização na sub-bacia do rio Picão – a mais degradada entre as sub-bacias da AID e sem a presença de ictiofauna ameaçada Presença de poucas moradias rurais diretamente afetadas Presença de poucos fragmentos florestais, que se EIA-MOPI-002-03/12-V1 Documento nº 28/03/2012 Data: 40 Página: Morro do Pilar Minerais S.A. Alternativa Vantagens Desvantagens encontram já isolados na paisagem Alternativa B Proximidade com a planta industrial, origem da geração de rejeitos Presença de ictiofauna ameaçada na sub-bacia hidrográfica Maior distância e impossibilidade de visualização a partir da sede urbana de Morro do Pilar Proximidade com o leito do rio Santo Antônio Não interfere diretamente em cursos d’água de importância regional Relação volume x área mediana a baixa Capacidade total não suporta todo o rejeito. Requer outra solução para disposição de rejeito complementar, não aproveitando o sequenciamento natural do projeto Pit Norte/Pit sul). Presença marcante de fragmentos florestais contínuos Alternativa C Maior distância e impossibilidade de visualização a partir da sede urbana de Morro do Pilar Não interfere diretamente em cursos d’água de importância regional Presença de ictiofauna ameaçada na sub-bacia hidrográfica Proximidade com o leito do rio Santo Antônio Relação volume x área mediana Capacidade total não suporta todo o rejeito. Requer outra solução para disposição de rejeito complementar, não aproveitando o Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 41 Morro do Pilar Minerais S.A. Alternativa Vantagens Desvantagens sequenciamento natural do projeto Pit Norte/Pit sul). Presença de fragmentos florestais Alternativa D Localizada em sub-bacia degradada e sem presença de ictiofauna ameaçada Sem presença de fragmentos florestais Baixíssima relação volume x área; caráter longitudinal Pequena capacidade Interferência em leito do rio Picão Grande distância da planta industrial, origem da geração de rejeitos Interferência e proximidade com a sede urbana de Morro do Pilar Capacidade total não suporta todo o rejeito. Requer outra solução para disposição de rejeito complementar, não aproveitando o sequenciamento natural do projeto Pit Norte/Pit sul). Receberia drenagem pluvial e esgoto sanitário de Morro do Pilar Considerando os fatores expostos, com destaque para a importância da restrição representada pela presença de ictiofauna ameaçada nas sub-bacias hidrográficas onde estão localizadas as alternativas B e C; e a não interferência no leito principal do rio Picão, levaram à escolha do empilhamento drenado A para disposição de rejeitos do projeto Morro do Pilar Mineração. É importante considerar que esta alternativa, em conjunto com a disposição de rejeitos no interior da cava norte, será capaz de acondicionar o rejeito produzido ao longo de toda vida útil das minas, com margem de segurança. As alternativas B e C poderão tornar-se viáveis futuramente, Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 42 Morro do Pilar Minerais S.A. após conclusões sobre a ecologia das espécies ameaçadas da ictiofauna local, que serão objeto de estudos de longo prazo. A maior vantagem deste tipo de disposição de rejeitos é a alta segurança em relação a acidentes, com riscos praticamente nulos de rompimento da barragem, por se tratar de resíduo de baixo teor de umidade, e que no caso hipotético de acidente, não haveria uma onda de espalhamento do rejeito. Esta opção tecnológica é apresentada no item 1.1.3.5 – Disposição de Estéril e Rejeito, na discussão de alternativas tecnológicas, neste capítulo. 1.2.6.5 Alternativas locacionais das pilhas de estéril A alternativa locacional 4 para as pilhas de estéril consiste no seguinte arranjo: Figura 1-8 – Alternativas locacionais para empilhamento de estéril Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 43 Morro do Pilar Minerais S.A. Dentro da discussão de alternativas locacionais 4, não houve sub-alternativas para as pilhas de estéril. Comparando-se a alternativa locacional 4 com as demais alternativas, a localização das pilhas de estéril foi bastante alterada, incorporando melhorias ambientais e respeitando as restrições identificadas. As principais alterações foram: • Exclusão da pilha de estéril localizada a oeste da cava norte, devido à sobreposição em floresta estacional semidecidual em bom estado de conservação; e devido à impossibilidade de empilhamento de rejeito em pasta, como descrito no item “alternativas tecnológicas”; • Exclusão da pilha de estéril na porção central, devido à proximidade a sede urbana de Morro do Pilar, evitando potenciais impactos sobre a qualidade do ar e bem estar da população (poeira, ruído e poluição visual); • Relocação das pilhas de estéril ao sul da cava sul, devido à sobreposição em floresta estacional semidecidual e à disponibilidade de áreas de pastagem nas proximidades. Para compensar a redução de áreas e da capacidade total das pilhas de estéril, foi desenvolvida a solução de empilhamento de estéril dentro da cava norte, à medida que as frentes de lavra forem sendo exauridas. Estas estruturas podem ser visualizadas nas figuras a seguir, para a porção norte e sul do empreendimento. Salienta-se que esta solução não garante o acondicionamento total do estéril dentro da cava, e não soluciona a necessidade de acondicionamento do estéril nos primeiros anos de operação, enquanto porções da cava norte não estejam exauridas e liberadas, justificando a necessidade de pilhas fora da cava. As pilhas de estéril eliminadas precisam, portanto, ter seus volumes compensados em outros locais. Procurou-se ocupar áreas a leste do empreendimento, onde o processo de antropização é avançado, com presença predominante de pastagens. Devido à grande proporção destas estruturas, que exigem áreas extensas para tornarem-se viáveis do ponto de vista de capacidade e custo operacional, há rigidez nas suas dimensões, não podendo ser fragmentada em diversas pilhas menores. Assim, é inevitável que as pilhas de estéril não sobreponham alguma restrição ambiental e, portanto, foram selecionadas as áreas que agrupam a menor quantidade de restrições dentro do universo de áreas disponíveis ao redor do empreendimento. Outro critério técnico restritivo para a localização das pilhas é a distância a ser percorrida entre a cava e as pilhas, que deve ser a mais curta possível, evitando impactos relativos ao transporte do material (via caminhões) e também reduzindo custos operacionais. 1.2.6.6 Alternativas locacionais para estruturas auxiliares da implantação (canteiro de obras, depósito de materiais e alojamentos) As estruturas de apoio às obras tem caráter temporário, operando apenas durante a fase de implantação do empreendimento. Algumas premissas técnicas orientaram a localização destas estruturas, a saber: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 44 Morro do Pilar Minerais S.A. • Pequena distância entre canteiro de obras central e a UBM; • Pequena distância entre o depósito de insumos e a UBM; • Afastamento razoável entre canteiro de obras central e alojamento; • Localização de alojamento fora da área limitada pela portaria principal do empreendimento; • Relevo favorável para evitar grandes movimentações de terraplanagem (cortes e aterros). Cada uma das alternativas representa melhorias de projeto embasadas nas restrições ambientais previamente apontadas. Desta maneira, a primeira alternativa proposta foi a “C”; em seguida, após melhorias, a “B”; e finalmente, após mais melhorias contornando algumas restrições ambientais, a “A”. Com base nessas premissas apresentadas, foi proposta inicialmente a alternativa C para o canteiro de obras, tendo em comum com a alternativa B a área de depósito de obras e alojamento. Após a sobreposição desta alternativa de canteiro com as restrições ambientais, buscou-se uma alternativa para evitar a supressão vegetal de parte de um fragmento florestal existente na sua porção norte. O resultado após esta avaliação foi alternativa B, localizando o canteiro de obras em área de pastagem. Os demais locais aparentemente liberados para instalação do canteiro de obras, em pastagem, apresentam relevo muito desfavorável, requerendo grandes cortes e aterros, bem como acessos complicados. A principal restrição destas alternativas de canteiro de obras é a grande distância a ser percorrida entre este local e a área da usina de beneficiamento, onde as obras serão mais intensas na implantação. Buscando solucionar a falta de áreas que atenderiam aos critérios técnicos e ambientais, e ainda considerando que a área destinada ao empilhamento drenado de rejeitos será futuramente preenchida, locou-se um depósito de obras dentro desta estrutura. O depósito de obras é uma estrutura temporária, que operará apenas na fase de implantação, estocando materiais e insumos para as obras. Na fase de operação, o local seria ocupado pelo empilhamento drenado. Contudo, esta alternativa demandaria aterro dentro da área do empilhamento drenado, reduzindo sua capacidade de armazenamento de rejeito, e ainda haveria alto volume de movimentação de terra requerido para preparar um aterro capaz de abrigar o depósito de obras, o que inviabilizou esta alternativa. A alternativa A tomou como principal premissa reduzir a distância a ser percorrida entre a obra e o canteiro de obras, respeitando sempre que possível as restrições ambientais locais. Outra premissa que definiu a localização do alojamento foi estar fora da área de obras, do lado externo da portaria principal. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 45 Morro do Pilar Minerais S.A. Para o canteiro de obras, a solução encontrada foi posicionar suas estruturas no mesmo local que futuramente será utilizado como pilha de estéril. Após a finalização da fase de implantação, com a desmobilização de infraestrutura do canteiro, esta área estará liberada para o desenvolvimento da pilha. Esta solução dará uma destinação futura adequada para uma área afetada durante a fase de implantação. Para o alojamento dos trabalhadores da fase de implantação, optou-se por fragmentar um grande alojamento, apresentado nas alternativas B e C, em três áreas menores, com limites respeitando APPs, relevo mais suave e proximidade com o acesso principal já existente, formando a alternativa A. Além disto, enquanto as outras alternativas previam a preparação de um grande platô para a instalação dos alojamentos e outras estruturas no mesmo nível, a alternativa A considera os desníveis altimétricos locais e a construção dos alojamentos deve se escalonada, adaptando-se aos desníveis naturais. Para o depósito de obras, a opção da fragmentação de uma grande área de estocagem, nas alternativas B e C, em três menores também foi feita, resultando na alternativa A. Áreas anexas à área de usina foram previstas para que a pré-montagem dos equipamentos e recebimento dos insumos a serem utilizados nas obras possa ser feita com uma maior facilidade logística. Outra vantagem da alternativa A, por ter estruturas como o canteiro e depósitos de materiais dentro da área de portaria, é conferir maior controle e segurança dos insumos, e ao mesmo tempo possibilitar mais qualidade de vida aos trabalhadores, que terão seu horário de descanso fora e distante da área de obras. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 46 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 1-9 – Alternativas locacionais para estruturas de apoio às obras Segue tabela que elenca as principais restrições ambientais relacionadas às alternativas do Canteiro de Obras, Alojamento e Canteiros avançados/Depósito de Obras. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 47 Morro do Pilar Minerais S.A. Quadro 1.7 – Restrições ambientais em relação às alternativas do Canteiro de Obras Características Alternativa A Alternativa B Alternativa C Área (m²) 267.521,7 164.626,8 196.940,6 Área (ha) 26,8 16,46 19,69 Nível 5 Nível 4 Nível 3 Localiza-se em subbacia onde houve registros de ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3) Sobreposição a fragmento de FESD estágio médio de regeneração em uma pequena porção oeste (nível 3); Localiza-se em subbacia onde houve registros de ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3) Localiza-se em subbacia onde houve registros de ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3) Nível 2 Área muito próxima e com possibilidade de visada direta a partir de MOPI – distâncias entre 1 e 4km (nível 2); Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); Restrições ambientais Existência de APP (nível 2); Existência de APP (nível 2); Existência de APP (nível 2); Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); Sobreposição a MG-232 (MOPI-Carmésia) (nível 2); Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); Pouca visada possível a partir de MOPI (nível 1); Grande visada possível a partir de MOPI (nível 1); Sobreposição de acessos vicinais tipo II Sobreposição de acessos vicinais tipo II Sobreposição de acessos vicinais tipo II Presença de olhos d'água ou nascentes (um) Presença de olhos d'água ou nascentes (um) Presença de olhos d'água ou nascentes (um) Nível 1 Informações Adicionais Presença de edificações (uma) Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 Página: 28/03/2012 48 Morro do Pilar Minerais S.A. Quadro 1.8 – Restrições ambientais em relação às alternativas dos Alojamentos Características Alternativa A Alternativa B Alternativa C Área (m²) 481.315,6 184.776,7 184.776,7 Área (ha) 48,1 18,48 18,48 Nível 5 Nível 4 Nível 3 Localiza-se em subbacia onde houve registros de ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3) Nível 2 Área muito próxima e com possibilidade de visada direta a partir Localiza-se em subbacia com potencial de existência de ictiofauna Localiza-se em subbacia com potencial de existência de ictiofauna de MOPI – distâncias entre 1 e 4km (nível 2); ameaçada (nível 2); ameaçada (nível 2); Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); Restrições ambientais Existência de APP (nível 2); Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); Sobreposição a MG-232 (MOPI-Carmésia) (nível 2); Existência de APP (nível 2); Existência de APP (nível 2); Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); Sobreposição de acessos vicinais tipo I Sobreposição de acessos vicinais tipo I Nível 1 Pouca visada possível a partir de MOPI (nível 1); Informações Adicionais Sobreposição de acessos vicinais tipo II Presença de olhos d'água ou nascentes (dois) Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 Página: 28/03/2012 49 Morro do Pilar Minerais S.A. Quadro 1.9 – Restrições ambientais em relação às alternativas dos Depósitos de Obras Características Alternativa A Alternativa B Alternativa C Área (m²) 30.000,0 161.030,0 161.030,0 Área (ha) 3,0 16,10 16,10 Nível 5 Nível 4 Nível 3 Localiza-se em subbacia onde houve registros de ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3) Sobreposição a fragmento de FESD estágio médio de regeneração na porção oeste (nível 3); Sobreposição a fragmento de FESD estágio médio de regeneração na porção oeste (nível 3); Sobreposição a fragmento de FESD estágio médio de regeneração na porção oeste (nível 3); Nível 2 Área muito próxima e com possibilidade de visada direta a partir Área muito próxima e com possibilidade de visada direta a partir de MOPI – distâncias entre 1 e 4km (nível 2); de MOPI – distâncias entre 1 e 4km (nível 2); Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); Restrições ambientais Existência de APP (nível 2); Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); Existência de APP (nível 2); Existência de APP (nível 2); Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); Localiza-se em subbacia com potencial de existência de ictiofauna ameaçada (nível 2); Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); Localiza-se em subbacia com potencial de existência de ictiofauna ameaçada (nível 2); Pouca visada possível a partir de MOPI (nível 1); Pouca visada possível a partir de MOPI (nível 1); Sobreposição de acessos vicinais tipo I e II Sobreposição de acessos vicinais tipo I e II Presença de olhos d'água ou nascentes (um) Presença de olhos d'água ou nascentes (um) Nível 1 Grande visada possível a partir de MOPI (nível 1); Informações Adicionais Sobreposição de acessos vicinais tipo I Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 Página: 28/03/2012 50 Morro do Pilar Minerais S.A. O Quadro 6.7 permite verificar que nenhuma das alternativas propostas para os canteiros de obras atinge os graus de restrição 4 e 5. A alternativa A apresenta a maior área entre as alternativas apresentadas. As principais restrições observadas são: presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); apresenta algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); trata-se de uma área muito próxima e com possibilidade de visada direta a partir da sede urbana de Morro do Pilar – distâncias entre 1 e 4km (nível 2); sobreposição a fragmento de FESD estágio médio de regeneração na porção oeste (nível 3); e está localizada em sub-bacia onde houve registros ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3). Em relação à alternativa B, observam-se as seguintes restrições: pouca visada possível a partir da sede urbana de Morro do Pilar (nível 1); sobreposição à MG-232 (Morro do Pilar-Carmésia) (nível 2); presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); apresenta algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); e está localizada em sub-bacia onde houve registros ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3). As principais restrições relacionadas à alternativa C são: grande visada possível a partir da sede urbana de Morro do Pilar (nível 1); apresenta algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); e está localizada em sub-bacia onde houve registros ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3). No cotejo das alternativas, além das restrições avaliadas, adotou-se como requisito posicionar o canteiro em área que já seria futuramente impactada. A escolha recaiu sobre a alternativa A, uma vez que será futuramente ocupada pela pilha de estéril norte 2. O Quadro 6.8 também permite verificar que nenhuma das alternativas propostas para os alojamentos atinge os graus de restrição 4 e 5. A alternativa A apresenta a maior área entre as alternativas apresentadas. As principais restrições observadas são: pouca visada possível a partir de Morro do Pilar (nível 1); sobreposição à MG-232 (Morro do Pilar-Carmésia) (nível 2); presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); apresenta algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); trata-se de uma área muito próxima e com possibilidade de visada direta a partir de Morro do Pilar – distâncias entre 1 e 4km (nível 2); e está localizada em sub-bacia onde houve registros ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3). Nas alternativa B e C, destacam-se as principais restrições: presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); presença de FESD em estágio inicial de Documento nº EIA-MOPI-002-03/12-V1 Data: 28/03/2012 Página: 51 Morro do Pilar Minerais S.A. regeneração (nível 2); apresenta algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); Localiza-se em sub-bacia com potencial de existência de ictiofauna ameaçada (nível 2). O Quadro 6.9 também permite verificar que nenhuma das alternativas propostas para depósitos de obras atinge os graus de restrição 4 e 5. As principais restrições relacionadas à alternativa A são: grande visada possível a partir de Morro do Pilar (nível 1); presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); sobreposição a fragmento de FESD estágio médio de regeneração na porção oeste (nível 3); e está localizada em sub-bacia onde houve registros ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3). As alternativas B e C apresentam as maiores áreas entre as alternativas apresentadas. As principais restrições observadas são: pouca visada possível a partir de Morro do Pilar (nível 1); Localiza-se em sub-bacia com potencial de existência de ictiofauna ameaçada (nível 2); presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); apresenta algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); trata-se de uma área mais próxima e com possibilidade de visada direta a partir de Morro do Pilar – distâncias entre 1 e 4km (nível 2); sobreposição a fragmento de FESD estágio médio de regeneração na porção oeste (nível 3). Com base nas restrições apontadas e as vantagens apresentadas para a alternativa A, esta foi a alternativa selecionada para o conjunto de estruturas de apoio às obras (canteiro de obras, alojamentos e depósitos de obras). 1.2.6.7 Síntese da alternativa locacional 4 Após a discussão das “sub-alternativas” locacionais da alternativa locacional 4, obteve-se o seguinte arranjo geral do empreendimento: Documento nº EIA-MOPI-002-03/12-V1 Data: 28/03/2012 Página: 52 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 1-10 – Layout das estruturas da alternativa locacional 4 Documento nº EIA-MOPI-002-03/12-V1 Data: 28/03/2012 Página: 53 Morro do Pilar Minerais S.A. A alternativa locacional 4 apresenta as seguintes estruturas e áreas: Tabela 1-4 - Estruturas e áreas da alternativa locacional 411 Estrutura 11 Área sobreposta (ha) Área real (ha) 2,51 2,51 0,20 0,20 1,56 1,56 Acesso cava - PDE norte 1 (Estrada de minério/estéril PDE norte 1) Acesso cava - PDE norte 2 (Estrada de minério/estéril PDE norte 2) Acesso cava - PDE sul 1 (Estrada de minério/estéril PDE sul 1) Acesso cava - PDE sul 2 (Estrada de minério/estéril PDE sul 2) Acesso interno 6,17 6,17 14,70 14,20 Acesso principal externo 15,16 15,16 Alojamento 1 14,56 14,56 Alojamento 2 8,47 8,47 Alojamento 3 25,11 25,11 Antena 0,06 0,06 Aterro sanitário 2,15 2,15 Britador norte 11,99 11,99 Britador sul 15,44 15,44 Canteiro de obras * 26,75 26,75 Cava norte ** (Lavra à céu aberto norte) 752,54 751,93 Cava sul (Lavra à céu aberto sul) 317,92 317,92 Cava sul (Lavra à céu aberto sul) 77,00 77,00 CMD (Pátio de resíduos/sucata) 4,26 4,26 Canteiro avançado / Depósito de Materiais 1 1,00 1,00 Canteiro avançado / Depósito de Materiais 2 1,00 1,00 Canteiro avançado / Depósito de Materiais 3 1,00 1,00 Duto de lama (Mineroduto – lama) 4,41 4,41 Duto de rejeito (Mineroduto – rejeito) 5,12 5,12 Barragem de empilhamento de rejeito drenado 540,95 540,95 Empilhamento de rejeito drenado na cava norte Estação de Tratamento de Esgoto - ETE 226,01 0,0 0,09 0,09 Oficinas e administração 15,93 15,91 Paiol 6,78 6,78 PDE cava 1 ** (Pilha de estéril/rejeito cava norte 1) PDE cava 2 ** (Pilha de estéril/rejeito cava norte 2) PDE cava 3 ** (Pilha de estéril/rejeito cava norte 3) PDE cava 4 ** (Pilha de estéril/rejeito cava 34,06 4,34 98,85 1,07 100,73 12,63 147,45 65,32 Nota: Correlação entre as denominações das estruturas e de acordo com a DN/74: UBM = UTM (Unidade de Tratamento de minério); CMD = Pátio de resíduos/sucata; cava = lavra a céu aberto; duto de rejeito = mineroduto (de rejeito); duto de lama = mineroduto (de lama); acessos cava - PDE = estrada de minério/estéril; PDE = pilha de estéril/rejeito; PDE cava = pilha de estéril/rejeito dentro da cava. Data: Documento nº Página: 28/03/2012 54 EIA-MOPI-002-03/12-V1 Morro do Pilar Minerais S.A. Estrutura Área sobreposta (ha) Área real (ha) PDE norte 1 (Pilha de estéril/rejeito norte 1) 69,37 69,37 PDE norte 2*(Pilha de estéril/rejeito norte 2) 92,70 67,42 PDE norte 3 (Pilha de estéril/rejeito norte 3) 316,73 316,73 PDE sul 1 (Pilha de estéril/rejeito sul 1) 294,52 294,52 PDE sul 2 (Pilha de estéril/rejeito sul 2) 225,14 225,14 Ponte cava sul 0,19 0,19 Portaria 1,35 1,35 Posto de abastecimento 1,55 1,55 Recuperação de água 5,43 5,43 Reservatório de água e galpão de geologia 5,94 5,94 Transportador de Correia de Longa Distância TCLD sul Unidade de Beneficiamento de Minério - UBM (Unidade de Tratamento de Minério – UTM) Viveiro de Mudas 5,42 5,41 51,20 51,20 0,47 0,47 3.546,84 2.999,69 norte 4) TOTAL * Sobreposição do canteiro de obras e PDE norte 2 ** Sobreposição de parte das Pilhas de Estéril na Cava Norte 1.2.7 Síntese das melhorias locacionais A alternativa locacional escolhida (4) tem as seguintes estruturas: • duas cavas (Norte e Sul); • cinco pilhas de estéril fora de cava (3 na porção norte e 2 na porção sul); • quatro pilhas de estéril sobrepostas à cava norte; • uma pilha de rejeito drenado; • uma usina de beneficiamento (UBM); • dois paióis; • Escritório, subestação, caixa d’água, estação de bombas e dois britadores semimóveis; • Solução de preenchimento do Pit Norte com empilhamento drenado de rejeitos proveniente do beneficiamento do minério do Pit Sul. Excluindo-se as cavas, que tem rigidez locacional, todas as estruturas auxiliares à atividade de mineração e beneficiamento foram localizadas buscando-se respeitar critérios restritivos e, ao mesmo tempo atender às especificidades de projeto, sejam de implantação ou operacionais. Normalmente, há um trade-off12 a ser considerado, uma vez que certas estruturas estariam 12 Um trade-off se refere, geralmente, a perder uma qualidade ou aspecto de algo, mas ganhando em troca outra qualidade ou aspecto. É uma expressão que define uma situação em que há conflito de escolha. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 55 Morro do Pilar Minerais S.A. melhor localizadas do ponto de vista ambiental em certos locais, entretanto, perde-se na eficiência da produção e custos de implantação ou operacionais. A tabela a seguir resume a quantidade de área afetada por cada uma das alternativas e a diferença entre cada uma delas, indicando uma redução total de 1.941,31 ha entre a alternativa 1 e 4. Ressalta-se que a alternativa 4 apresenta estruturas adicionais se comparada às outras alternativas, como acessos principais, portarias, viveiro de mudas, posto de abastecimento. Isto se deve ao maior nível de detalhamento desta etapa do projeto, como já mencionado anteriormente. Deste modo, estas novas áreas estão contabilizadas na ADA total desta alternativa locacional, adicionando áreas que não são contabilizadas para as ADAs das demais alternativas locacionais. Tabela 1-5 – Áreas afetadas e diferenças entre cada alternativa locacional Alternativas ADA (ha) Diferença (ha) Alternativa 1 4.940,99 - Alternativa 2 3.377,47 - 1.563,53 Alternativa 3 2.987,17 - 390,30 Alternativa 4 2.999,69 + 12,52 A Alternativa 4 teve um pequeno acréscimo de área se comparado com a alternativa 3, mas isto pode ser explicado devido ao maior detalhamento e desenvolvimento que esta alternativa teve. Seguramente, caso a alternativa 3 fosse desenvolvida e detalhada, teria uma área maior, pois não foram consideradas algumas áreas complementares e de estruturas de apoio. Isto pode ser observado ao comparar o número de estruturas entre as tabelas 6.4 e 6.5. Sendo assim, a alternativa 4 tem o uso de áreas otimizado em relação às outras alternativas. A seguir, apresenta-se a Figura 1-11, que facilita a comparação das alternativas e ilustra a evolução do layout do empreendimento. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 56 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 1-11 – Evolução das melhorias entre cada alternativa locacional Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 57 Morro do Pilar Minerais S.A. A tabela a seguir sintetiza, para cada uma das alternativas, a quantidade de cada tipologia vegetal afetada pelas estruturas do empreendimento. Nota-se uma gradual redução entre as alternativas 1 e 4 das tipologias florestais afetadas, compensada pelo aumento gradual da ocupação nas pastagens. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 58 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 1-6 – Quantitativo das tipologias vegetais afetadas por alternativa locacional Tipologias vegetais Alternativa 1* Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4 Área (ha) % Área (ha) % Área (ha) % Área (ha) % Área plantada 78,66 1,6% 59,13 1,8% 54,08 1,8% 78,82 2,6% Candeial 50,79 1,0% 50,79 1,5% 50,79 1,7% 43,75 1,5% Corpo d'água 19,02 0,4% 7,97 0,2% 6,43 0,2% 5,88 0,2% Edificação 26,83 0,5% 15,43 0,5% 10,25 0,3% 11,30 0,4% FESD estágio inicial* 1.370,32 27,7% 854,53 25,3% 760,40 25,5% 694,55 23,2% FESD estágio médio 555,44 11,2% 534,31 15,8% 526,24 17,6% 483,16 16,1% Pastagem* 2.602,26 52,7% 1.640,87 48,6% 1.380,65 46,2% 1.467,37 48,9% Campo sujo 55,02 1,1% 55,02 1,6% 55,02 1,8% 53,47 1,8% Campo rupestre 95,50 1,9% 95,50 2,8% 95,50 3,2% 87,27 2,9% Solo exposto 2,09 0,0% 0,88 0,0% 0,57 0,0% 0,65 0,0% Áreas úmidas/alagadiças 85,05 1,7% 62,93 1,9% 47,14 1,6% 72,62 2,4% TOTAL 4.940,99 100,0% 3.377,37 100,0% 2.987,07 100,0% 2.998,85 100,0% A alternativa locacional 4 apresenta uma série de melhorias e ganhos ambientais em comparação às alternativas anteriores, como menor área afetada; menor interferência sobre formações florestais, maior afastamento da sede urbana de Morro do Pilar; e estruturas localizadas de forma a aproveitar proteção natural do relevo em relação à sede urbana de Morro do Pilar. Estas melhorias tornam esta alternativa locacional a mais vantajosa e viável ambientalmente, sendo o projeto conceitual definido para o empreendimento. 1.3 Hipótese da não implementação do projeto Para realizar a análise dos efeitos da não implementação do projeto, é preciso considerar o estado atual das condições socioambientais e as tendências de evolução da região. Esta hipótese pode ser analisada em relação às suas implicações sobre diversos aspectos, apresentados a seguir: 1.3.1 Implicações sobre o processo de ocupação da área de influência e dinâmica populacional O processo atual de ocupação da área rural e urbana de Morro do Pilar é reflexo da estagnação e isolamento econômico que o município sofre há décadas. Com base no diagnóstico ambiental previamente realizado, notou-se o decrescimento populacional ao longo dos anos, efeito do êxodo rural e migração da sede urbana de Morro do Pilar para polos Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 59 Morro do Pilar Minerais S.A. econômicos regionais (Conceição do Mato Dentro, por exemplo) ou metrópoles (Belo Horizonte, por exemplo). A migração, por sua vez, pode ser resultado da busca por uma maior capacitação, por uma escolaridade de melhor qualidade, ou por melhores condições de trabalho, dentre outros motivos. Os habitantes de Morro do Pilar que desejam ingressar em um curso técnico, profissionalizante ou superior devem percorrer uma distância mínima de 28 quilômetros, para encontrá-los em Conceição do Mato Dentro. Esse município vem se adaptando para fazer frente às transformações decorrentes do recebimento de empresas relacionadas à atividade mineradora. Foram abertos recentemente cursos técnicos em mineração, geologia e segurança do trabalho e ofertados cursos de capacitação de pedreiro, encanador instalador predial, eletricista instalador predial e pintor de obras; todos eles para atender uma crescente demanda por mão-de-obra local mais qualificada. No entanto, ainda que todos os habitantes de Morro do Pilar optassem por estudar mais, eles não encontrariam espaço para se inserirem no mercado de trabalho, ou seriam obrigados a exercer funções aquém de suas capacidades. Em estudo realizado pela Geonatura, concluiu-se que apenas 35,7% dos habitantes com ensino superior estão inseridos no mercado de trabalho local. Por outro lado, 75,4% dos indivíduos com ensino médio completo exercem atividades remuneradas. Esses resultados são reflexos de uma economia pouco dinâmica e incapaz de absorver uma mão-de-obra mais capacitada. Prova disso é o fato de que 56,5% da população amostrada em pesquisa realizada em fevereiro de 2011 deve ser sustentada pela parcela da população potencialmente ativa. Esse valor é similar à razão de dependência do Brasil há quinze anos (IBGE, 1999), e cerca de 6 p.p. superior àquela brasileira esperada para 2010 (BRITO, 2008). Adicionalmente, merece destaque o fato de que 62,9% dos habitantes de Morro do Pilar não estão inseridas no mercado de trabalho. Na hipótese da não implementação do empreendimento, o cenário de evasão da população jovem e economicamente ativa do município poderá não ser revertido. A possibilidade de criação de novos empregos, com a consequente necessidade de indivíduos aptos para exercer cargos que requerem maior capacitação, será extinta. Não serão abertas oportunidades para a instalação, no município, de escolas particulares voltadas para a formação superior dos jovens e nem mesmo para a oferta de cursos técnicos voltados para o mercado de trabalho local, como vem ocorrendo em Conceição do Mato Dentro. Esses fatores, somados, podem resultar na manutenção de uma economia frágil, sustentada pelo serviço público e dependente de programas de transferência de renda. O distanciamento das políticas públicas estaduais e federais para municípios do porte e características como Morro do Pilar é notável, o que ocasiona abandono e desinteresse por parte de seus moradores. 1.3.2 Implicações sobre a economia (local/regional/nacional) Não existem, no município de Morro do Pilar, empreendimentos com o horizonte de atuação de longo prazo, empresas de grande porte e nem mesmo perspectivas de crescimento como as Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 60 Morro do Pilar Minerais S.A. que o empreendimento minerário proposto poderá proporcionar. A própria atividade prévia ao empreendimento, representada pelos estudos de sondagem geológica e estudos ambientais, já refletiu no incremento de empregos e renda para alguns setores do comércio local. A não geração de muitos empregos e a não capacitação da mão de obra local são efeitos negativos decorrentes da hipótese da não implementação do empreendimento. A arrecadação de impostos e royalties não ocorrerá na hipótese da não implementação do empreendimento. No caso da extração de minério de ferro, 2% do faturamento líquido do empreendimento deve ser distribuído entre as esferas municipal, estadual e federal. Há ainda uma previsão de que esse montante aumente, havendo movimentações para elevar para 4%, o que elevaria significativamente esta arrecadação. Deverá ser encaminhada ao Congresso Nacional uma proposta de revisão desse valor, conforme declarado pela presidente Dilma Rousseff (PSDB MG, 2011). Conforme estabelecido pela Constituição de 1988, a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFem) estipula que, dos 2% do valor do faturamento líquido da venda do produto mineral, o maior montante deve ser destinado ao município produtor: 65% do valor total arrecadado são encaminhados ao Município, 23% ao Governo Estadual e 12% ao Governo Federal. Esse recurso, por sua vez, deverá ser aplicado “em projetos que revertam em prol da comunidade local, na forma de melhoria da infraestrutura, da qualidade ambiental, da saúde e educação” (MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA). Seria uma fonte de recursos digna de consideração para que o município pudesse realizar investimentos em áreas tão importantes e que exercem influência direta na qualidade de vida de seus habitantes. Adicionalmente, há que se destacar que em dois anos o preço da tonelada do minério de ferro aumentou cerca de 200%, conforme ilustra o gráfico adiante. Caso o projeto não seja implementado, Morro do Pilar não se beneficiará com a alta dos preços da commodity. Gráfico 1.1 – Preço do minério de ferro, em centavos de dólar por tonelada métrica seca, janeiro 2010 – dez 2011 Fonte: Index Mundi. Disponível em: http://www.indexmundi.com/pt/pre%E7os-demercado/?mercadoria=min%c3%a9rio-de-ferro&meses=60 Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 61 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 1-7 – Taxas de variação em diferentes períodos Taxa de variação jan/2010 a jul/2010 0,04% Taxa de variação jul/2010 a jan/2011 42,2% Taxa de variação jan/2011 a jul/2011 -3,7% Taxa de variação jul/2011 a dez/2011 -21,1% Taxa de variação jan/2011 a dez/2011 -24,0% Atualmente, o minério de ferro constitui-se como um produto em crescente demanda mundial, sendo a principal matéria prima da indústria metalúrgica e uma das principais commodities comercializadas internacionalmente. Segundo relatório do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (2011), o aumento das exportações de minério de ferro em fevereiro do ano corrente contribuiu de forma importante para garantir o superávit da balança comercial. Segundo o Ministério, as exportações somaram US$16,733 bilhões, dos quais US$2,7 bilhões foram vendas desta commodity. Este valor representa um aumento de 111% em comparação com o mesmo período de 2010; aquele é um recorde para os meses de fevereiro. Esses resultados, por sua vez, resultaram em uma arrecadação maior da CFem entre janeiro de 2010 e dezembro de 2011. No primeiro período, União, Estado e Municípios foram beneficiados com R$54 milhões pela atividade mineradora. Um ano depois, o valor recolhido foi de R$108 milhões. A projeção para o inteiro ano é de R$1,3 bilhões. Na hipótese da não implementação do empreendimento, não só o município perderia a oportunidade de ser englobado na repartição da arrecadação da CFem e de contribuir de modo efetivo para o superávit da balança comercial brasileira e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), como haveria perda da oportunidade, por parte do país, de ganhos de exportação. 1.3.3 Implicações sobre o estado de conservação dos recursos físicos e bióticos Como poderá ser observado no diagnóstico socioeconômico e no mapeamento do uso do solo e cobertura vegetal, há uma pressão antrópica no sentido leste-oeste, com tendência para transformação gradual da paisagem florestal em pastagem onde o relevo é mais favorável à ocupação ou para degradação dos estágios mais avançados de Mata Atlântica, representados pelo corte seletivo de madeira, queimadas, etc. Nesse contexto, a não implementação do empreendimento significa a manutenção dessas condições, ou seja, representa, a médio e longo prazo, a perda qualitativa e quantitativa dos remanescentes florestais, com a ampliação dos estágios iniciais de regeneração e com perda pontual e gradual da conectividade ecológica e dos habitats da fauna. Esta hipótese se firma na falta de capitalização dos proprietários rurais, que tem produção muito reduzida e insuficiente para dinamizar a economia local, situação que pode motivar a extração seletiva de madeira para complementação da fonte de renda. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 62 Morro do Pilar Minerais S.A. Cabe ainda salientar que essas áreas a oeste do empreendimento tem classe de aptidão agrícola restrita para o uso de pastagem plantada, mostrando que a tendência seria mesmo o aproveitamento da madeira. Além disso, o corte indiscriminado da vegetação tornaria alta a susceptibilidade erosiva dessas áreas, uma vez que estas são consideradas como de média susceptibilidade erosiva. Essa média susceptibilidade é atribuída à cobertura vegetal (floresta semidecidual em estágio avançado de regeneração) que situada em um relevo declivoso consegue conter instalação de processos erosivos, mantendo a conservação do solo. Caso ocorra a retirada dessa cobertura, os processos erosivos se instalarão com maior facilidade, ocasionando vários problemas ambientais, como erosão, perda de solo e assoreamento de cursos d’água, com a consequente degradação da qualidade ambiental da área de estudo. 1.4 Referências CARVALHO, J.A.; GARCIA, R. O envelhecimento da população brasileira: um enfoque demográfico. 2003. Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/csp/v19n3/15876.pdf>. Acesso em: 9 mai. 2011. DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL (DNPM). Exportações de minério de ferro ajudam a balança comercial brasileira a ter superávit. Fev. 2010. Disponível em: <http://www.dnpm.gov.br/conteudo.asp?IDSecao=99&IDPagina=72&IDNoticiaNoticia=522>. Acesso em: 12 mai. 2011. ELO CONSULTORIA E MEIO AMBIENTE. Estudo de Antecipação dos Riscos e Incertezas Ambientais, 2010. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/n otasindicadores.shtm>. Acesso em: 12 mai. 2011. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Compensação financeira pela exploração de recursos minerais. Disponível em:<http://www.dnpm-pe.gov.br/Legisla/CFem.php>. Acesso em: 12 mai. 2011. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR. Balança comercial brasileira. Fev. 2011. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1299020394.ppt>. Acesso em: 12 mai. 2011. PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA DE MINAS GERAIS (PSDB MG). Antonio Anastasia tem a promessa de que royalties da mineração serão revistos. Fev. 2011. Disponível em: <http://psdbmg.wordpress.com/2011/02/22/antonio-anastasia-tem-apromessa-de-que-royalties-da-mineracao-serao-revistos/>. Acesso em: 12 mai. 2011. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 63 Morro do Pilar Minerais S.A. 2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Este documento caracteriza o empreendimento minerário Morro do Pilar, que prevê a produção de minério de ferro por um período total de 20 anos, em duas etapas de produção: a. Primeira etapa – Etapa 1 – Produção máxima de 55 Mtpa (milhões de toneladas por ano), base seca, de minério de ferro ROM (Run of Mine), a qual irá gerar 25,0 Mtpa (base úmida) de minério de ferro concentrado nos primeiros nove anos de operação do projeto; b. Segunda etapa – Etapa 2 – Produção máxima de 69 Mtpa, base seca, de minério de ferro ROM, a qual irá gerar 25 Mtpa (base úmida) de minério de ferro concentrado nos últimos 11 anos de operação do projeto. O 9º ano do projeto corresponde ao final da etapa 1 e início da etapa 2. Ao longo deste ano, a extração de minério será realizada concomitantemente nos conjuntos de minas compreendidas nas duas etapas, sendo a produção total após beneficiamento mantida em 25 Mtpa (base úmida) de minério. No presente estudo ambiental está sendo licenciada a viabilidade de todo o projeto Morro do Pilar, ou seja, as etapas 1 e 2 de extração do minério. Entretanto, para operação do empreendimento serão solicitadas licenças específicas para cada etapa do projeto. Para melhor elucidar a caracterização desse empreendimento sob uma perspectiva temporal, apresentam-se a Figura 2-1 e a Figura 2-2 a seguir, que ilustram como será o desenvolvimento desse empreendimento, considerando as fases de implantação e operação, com suas etapas de extração de minério de ferro, a saber, etapa 1 (cava norte) e etapa 2 (cava sul). Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 64 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-1 – Diagrama mostrando o desenvolvimento do empreendimento e o uso das estruturas nas fases de implantação e operação, de acordo com as etapas previstas no empreendimento Implantação Operação Etapa 1 (ano 1 a 9) Estruturas de apoio à fase de implantação (canteiros, alojamentos) Em obras Estruturas utilizadas durante as fases de implantação e de operação (etapas 1 e 2) (CMD, ETE, aterro sanitário, viveiro de mudas, acessos) Em obras Etapa 2 (ano 9 a 20) Em funcionamento Em funcionamento Estruturas operacionais Etapas 1 e 2 (UBM, barragem de empilham. drenado, oficinas, postos de abastecimento, paiol) Em obras Estruturas Operacionais Etapa 1 (cava N, PDEs N, PDEs na cava, britador primário N) Em obras Comissionamento e testes Pre-stripping Estruturas Operacionais Etapa 2 (cava S, PDEs S, britador primário S, TCLD) Em funcionamento Em funcionamento Em obras Comissionamento, testes e prestripping Em funcionamento Como pode ser observado, existem cinco grupos de estruturas, categorizados quanto ao momento de implantação e operação. Antes da fase de operação, que configura a extração propriamente dita do minério serão realizados os procedimentos de comissionamento na usina de beneficiamento. Ressalta-se, assim, que estes procedimentos ocorrerão em paralelo com as últimas atividades de construção. Ainda anteriormente à operação, será realizado o pré-stripping das áreas a serem mineradas, que objetiva liberar as frentes de lavra com a retirada do estéril para o início da operação. Esta ordem cronológica de desenvolvimento do empreendimento é considerada durante a avaliação de impactos ambientais, pois os impactos incidirão sobre momentos e locais diferentes ao longo do tempo. Ressalta-se que as estruturas exclusivas da etapa 2 serão implantadas durante a operação da etapa 1 e o início da operarão destas estruturas ocorrerá a partir do 9º ano do empreendimento. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 65 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-2 – Delimitação das estruturas previstas de acordo com a fase (implantação, operação ou comum a ambas fases) e etapas do empreendimento (etapa 1 e etapa 2). Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 66 Morro do Pilar Minerais S.A. Quadro 2.1 – Denominação das estruturas previstas, de acordo com a fase (implantação, operação ou comum a ambas fases) e etapas do empreendimento (etapa 1 e etapa 2), referente a figura acima. Nome Etapa Nº Nome Etapa Nº Nome 37 PDE norte 3 2 Duto de Lama 21 Cava sul 38 Acesso interno 3 Duto de Rejeito 22 Ponte cava sul 39 Acesso interno 23 PDE sul 1 40 Acesso interno 24 Britador sul 41 Acesso interno 4 Posto de Abastecimento 5 Recuperação de água 6 Unidade de Tratamento de Minério - UTM 7 Reservatório de água e Galpão de Geologia 25 Acesso cava - PDE sul 2 (estrada de minério) Etapa II 20 Cava sul Comum à etapa I e II 1 Paiol 26 PDE sul 2 42 Acesso interno 43 Acesso interno Acesso cava - PDE sul 1 (estrada de minério) 8 Oficinas e Administração 27 9 Empilhamento Drenado 28 TCLD sul 10 PDE norte 2 29 Empilhamento drenado de rejeitos na cava 46 Aterro sanitário 11 Cava norte 30 Canteiro Avançado / Depósito de Materiais 1 47 31 Canteiro Avançado / Depósito de Materiais 2 13 PDE cava 2 32 Canteiro Avançado / Depósito de Materiais 3 14 PDE cava 1 33 Canteiro de Obras 15 PDE cava 3 45 Antena 34 Alojamento 1 16 PDE cava 4 35 Alojamento 2 17 Britador Norte 36 Alojamento 3 Estruturas de apoio à implantação Acesso cava - PDE norte 1 (estrada de minério) Etapa I 12 44 Acesso interno CMD (central de materiais descartáveis) Etapa Estruturas comuns a implantação e operação Nº 48 Portaria 49 Viveiro de Mudas 50 Acesso principal - externo 51 ETE 18 PDE norte 1 19 Acesso cava - PDE norte 2 (estrada de minério) O empreendimento, cuja concepção foi definida de acordo com o resultado da avaliação de alternativas tecnológicas e locacionais, é descrito a seguir, considerando: • Histórico do empreendimento; • Localização geográfica e acesso ao empreendimento; • Informações gerais: o Tipo de atividade e porte do empreendimento; o Síntese dos objetivos, justificativa e análise de custo-benefício do empreendimento; Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 67 Morro do Pilar Minerais S.A. o Declaração da utilidade pública ou de interesse social da atividade do empreendimento; o • Reservas minerais na área de influência e na área do empreendimento; Identificação e descrição do empreendimento nas fases de: o Planejamento; o Implantação; o Operação; o Desativação. A tabela a seguir apresenta uma listagem das estruturas do projeto Morro do Pilar. Tabela 2-1 - Listagem das estruturas do projeto Morro do Pilar. 13 Dados gerais - Estruturas do empreendimento Estruturas Parâmetro Usina de beneficiamento de minério - UBM (Unidade de Tratamento de Minério - UTM) Capacidade Barragem de empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado Barragem de empilhamento de rejeito drenado dentro da cava norte Quantidade Mtpa 69 ha 540,95 Área ha 226 Duto de rejeito (Mineroduto - rejeito) Extensão Km 5,12 Duto de lama (Mineroduto - lama) Extensão Km 4,41 Oficina pesada Área ha 4,95 Oficina leve / Posto de abastecimento Área ha 0,14 Capacidade m3/dia 400 Oficina de brocas Área ha 0,02 Paiol Área ha 6,78 Estação de Tratamento de Água - ETA Capacidade l/s 5,5 Estação de Tratamento de Esgoto - ETE Capacidade l/s 17 Área ha 1,13 Potência KV 230 Aterro sanitário Área ha 2,15 Central de Materiais Descartáveis - CMD (Pátio de resíduos/sucata) Área ha 4,26 Posto de abastecimento Sistema de abastecimento de energia Viveiro de mudas Acessos internos Acesso principal externo 13 Área Unidade Área ha 0,47 Número mudas / ano 30.000 Extensão Km 10,39 Área ha 14,20 Extensão Km 9,6 Área ha 15,16 Nota: As denominações entre parênteses correspondem às terminologias da DN/74. Data: Documento nº Página: 28/03/2012 68 EIA-MOPI-002-03/12-V1 Morro do Pilar Minerais S.A. Continuação da tabela 2-2 - Listagem das estruturas do projeto Morro do Pilar. Dados gerais - Estruturas do empreendimento Estruturas Parâmetro Unidade Quantidade Produção Mtpa 55 Área ha 751,93 PDE norte 1 (Pilha de estéril/rejeito norte 1) Área ha 69,37 PDE norte 2 (Pilha de estéril/rejeito norte 2) Área ha 92,7 PDE norte 3 (Pilha de estéril/rejeito norte 3) Área ha 316,73 PDE cava norte 1 (Pilha de estéril/rejeito cava norte 1) Área ha 34,06 PDE cava norte 2 (Pilha de estéril/rejeito cava norte 2) Área ha 98,85 PDE cava norte 3 (Pilha de estéril/rejeito cava norte 3) Área ha 100,73 PDE cava norte 4 (Pilha de estéril/rejeito cava norte 4) Área ha 147,45 Extensão Km 0,72 Área ha 2,51 Extensão Km 0,07 Área ha 0,20 Produção Mtpa 69 Área ha 394,92 Britador sul Área ha 15,44 PDE sul 1 (Pilha de estéril/rejeito sul 1) Área ha 294,52 Área ha 225,14 Extensão Km 0,51 1,56 Cava norte (Lavra à céu aberto norte) Acesso PDE norte 1 (Estrada de minério/estéril PDE norte 1) Acesso PDE norte 2 (Estrada de minério/estéril PDE norte 2) Cava sul (Lavra à céu aberto sul) PDE sul 2 (Pilha de estéril/rejeito sul 2) Acesso PDE sul 1 (Estrada de minério/estéril PDE sul 1) Acesso PDE sul 2 (Estrada de minério/estéril PDE sul 2) Transportador de Correia de Longa Distância (TCLD) Área ha Extensão Km 1,96 Área ha 6,17 Extensão m 10.059 Área ha 5,41 Em anexo, apresenta-se a planta “Plano Diretor– Arranjo Geral”, contendo todas as estruturas do empreendimento. 2.1 Histórico do empreendimento O Projeto Morro do Pilar para produção de minério de ferro foi desenvolvido pela Manabi Holding S.A., empresa de prospecção e desenvolvimento mineral controladora dos direitos minerários de Morro do Pilar. A Manabi S.A. detém em seu portfólio um conjunto grande de direitos minerários no estado de Minas Gerais e tem foco na produção de minérios de ferro. A Figura 2-3 e Tabela 2-3 a seguir apresentam as poligonais dos 22 processos minerários existentes na área diretamente afetada pelo Projeto Morro do Pilar, estando os mesmos em diferentes fases junto ao DNPM, a saber: quatro processos com Relatório Final de Pesquisa Aprovado, 9 processos na fase de Autorização de Pesquisa, nove processos na fase de Requerimento de Pesquisa, dois processos na fase de Disponibilidade e processo com requerimento de lavra e um processo com concessão de lavra (direito minerário da Vale S.A.). Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 69 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-3 – Poligonais DNPM – Projeto Morro do Pilar – Área Diretamente Afetada. Fonte: Diagnóstico EIA – Projeto Morro do Pilar. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 70 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-3 – Relação de direitos minerários do Projeto Morro do Pilar – Área Diretamente Afetada. PROCESSO 831232/2009 NÚMERO ANO ÁREA (ha) 831232 FASE NOME ÚLTIMO EVENTO 2009 1999,47 REQUERIMENTO DE PESQUISA ANGLO FERROUS MINAS RIO MINERAÇÃO S.A. 1500,46 REQUERIMENTO DE PESQUISA BRAZMINCO LTDA 833682/2010 833682 2010 813886/1973 813886 1973 993 REQUERIMENTO DE LAVRA KOBRASCO 100 - REQ PESQ/REQUERIMENTO PESQUISA PROTOCOLIZADO EM 15/06/2009 SUBSTÂNCIAS MINÉRIO DE FERRO USO INDUSTRIAL ETAPA COMUM 100 - REQ PESQ/REQUERIMENTO PESQUISA PROTOCOLIZADO EM 14/09/2010 MINÉRIO DE FERRO INDUSTRIAL ETAPA 1 418 - CONC LAV/RAL ANO BASE APRESENTADO EM 15/03/1988 FERRO NÃO INFORMADO COMUM 300923/2011 300923 2011 751,44 DISPONIBILIDADE DADO NÃO CADASTRADO 1828 - DISPONIB/ÁREA DESCARTADA LIBERADA PARA EDITAL EM 08/11/2011 DADO NÃO CADASTRADO DADO NÃO CADASTRADO ETAPA 1 301055/2011 301055 2011 75,72 DISPONIBILIDADE DADO NÃO CADASTRADO 1828 - DISPONIB/ÁREA DESCARTADA LIBERADA PARA EDITAL EM 08/11/2011 DADO NÃO CADASTRADO DADO NÃO CADASTRADO COMUM 832650/2004 832650 2004 834933/2007 834933 2007 1780,11 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA INGO GUSTAV WENDER 244,08 REQUERIMENTO DE PESQUISA INGO GUSTAV WENDER 236 - AUT PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO EM 08/11/2011 MINÉRIO DE PLATINA INDUSTRIAL COMUM 135 - REQ PESQ/CUMPRIMENTO EXIGÊNCIA PROTOCOLI EM 14/04/2011 MINÉRIO DE FERRO INDUSTRIAL COMUM 830990/2005 830990 2005 1656,14 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA INGO GUSTAV WENDER 236 - AUT PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO EM 08/11/2011 MINÉRIO DE PLATINA INDUSTRIAL ETAPA 2 832651/2004 832651 2004 1281,54 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA INGO GUSTAV WENDER 236 - AUT PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO EM 08/11/2011 MINÉRIO DE PLATINA INDUSTRIAL COMUM INGO GUSTAV WENDER 832649/2004 832649 2004 1248,54 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA 832240/2009 832240 2009 1331,73 REQUERIMENTO DE PESQUISA ITALO FLAVIO CONSOLI 236 - AUT PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO EM 08/11/2011 MINÉRIO DE PLATINA INDUSTRIAL ETAPA 1 100 - REQ PESQ/REQUERIMENTO PESQUISA PROTOCOLIZADO EM 28/09/2009 MINÉRIO DE FERRO INDUSTRIAL COMUM 832096/2005 832096 2005 580 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA MORRO DO PILAR MINERAIS S.A. 282 - AUT PESQ/TRANSF DIREITOS -CESSÃO TOTAL EFETIVADA EM 06/04/2011 MINÉRIO DE PLATINA INDUSTRIAL COMUM 832570/2007 832570 2007 1360,1 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA MORRO DO PILAR MINERAIS S.A. 264 - AUT PESQ/PAGAMENTO TAH EFETUADO EM 28/07/2011 MINÉRIO DE FERRO INDUSTRIAL ETAPA 2 833493/2007 833493 2007 134,02 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA MORRO DO PILAR MINERAIS S.A. 282 - AUT PESQ/TRANSF DIREITOS -CESSÃO TOTAL EFETIVADA EM 26/05/2011 MINÉRIO DE FERRO INDUSTRIAL COMUM 831920/2008 831920 2008 469,88 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA MORRO DO PILAR MINERAIS S.A. 264 - AUT PESQ/PAGAMENTO TAH EFETUADO EM 28/07/2011 MINÉRIO DE FERRO INDUSTRIAL ETAPA 2 833587/2008 833587 2008 1262,98 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA MORRO DO PILAR MINERAIS S.A. 282 - AUT PESQ/TRANSF DIREITOS -CESSÃO TOTAL EFETIVADA EM 26/05/2011 MINÉRIO DE FERRO INDUSTRIAL ETAPA 2 831113/2011 831113 2011 1899,85 REQUERIMENTO DE PESQUISA MORRO DO PILAR MINERAIS S.A. 100 - REQ PESQ/REQUERIMENTO PESQUISA PROTOCOLIZADO EM 14/04/2011 MINÉRIO DE FERRO INDUSTRIAL COMUM 830638/2010 830638 2010 518,02 REQUERIMENTO DE PESQUISA TERRATIVA MINERAIS S.A. 100 - REQ PESQ/REQUERIMENTO PESQUISA PROTOCOLIZADO EM 19/04/2010 MINÉRIO DE FERRO INDUSTRIAL COMUM 832612/2010 832612 2010 1980,82 REQUERIMENTO DE PESQUISA TERRATIVA MINERAIS S.A. 100 - REQ PESQ/REQUERIMENTO PESQUISA PROTOCOLIZADO EM 13/07/2010 MINÉRIO DE FERRO INDUSTRIAL COMUM 831521/2010 831521 2010 1863,64 REQUERIMENTO DE PESQUISA TERRATIVA MINERAIS S.A. 100 - REQ PESQ/REQUERIMENTO PESQUISA PROTOCOLIZADO EM 22/06/2010 MINÉRIO DE FERRO INDUSTRIAL COMUM 831710/2010 831710 2010 1496,13 REQUERIMENTO DE PESQUISA TERRATIVA MINERAIS S.A. 100 - REQ PESQ/REQUERIMENTO PESQUISA PROTOCOLIZADO EM 24/06/2010 MINÉRIO DE FERRO INDUSTRIAL COMUM 813885 1973 436 - CONC LAV/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO EM 02/06/2009 FERRO NÃO INFORMADO COMUM 813885/1973 993 CONCESSÃO DE LAVRA VALE S. A. Estes processos não têm prioridade sobre os polígonos de titularidade (em processo de transferência) da Morro do Pilar Minerais S.A., pertencente à Manabi. Em relação aos processos 830.459/1973 da Vale S.A. e 813.886/1973 da Kobrasco , pequena parte de suas áreas atinge a estrutura de empilhamento drenado de rejeitos da Área Diretamente Afetada. Processos minerários que interceptam a cava norte Processos minerários que interceptam a cava sul Fonte: Diagnóstico EIA – Projeto Morro do Pilar. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 Página: 28/03/2012 71 Morro do Pilar Minerais S.A. Observa-se que algum destes processos ainda apresenta a empresa Terrativa Minerais S.A. ou Ingo Gustav Wender, sócio e diretor desta empresa como titular. Esta situação se deve ao fato de que a alteração de titularidade junto ao DNPM somente pode ser solicitada após a emissão do Alvará de Pesquisa Mineral, o que ainda não ocorreu para a alguns dos processos adquiridos pela Morro do Pilar Minerais S.A.. Já os processos que se encontram em fase de Autorização de Pesquisa apresentam pedido de cessão dos direitos minerários em análise pelo referido órgão. Há também um processo em nome da BHP Biliton Metais S.A. com cessão dos direitos para Ingo Gustav Wender, efetivada através de despacho publicado no Diário Oficial da União em 13 de julho de 2009, que também faz parte do portifólio da Manabi/Morro do Pilar para este projeto. Os trabalhos de pesquisa, bem como a elaboração dos relatórios finais para os processos DNPM nº 830.990/2005, 832.649/2004, 832.650/2004 e 832.651/2004 foram realizados pela empresa Terrativa Minerais S.A., devidamente apresentados e aprovados pelo DNPM. Tais documentos demonstraram a existência de importantes recursos de minério de ferro, com características físicas, mineralógicas, químicas e tecnológicas, que classificam a jazida como de significativa importância, capaz de suportar a implantação de um futuro empreendimento minerário de classe mundial, juntamente com as demais áreas que compõem o prospecto da empresa. Estas pesquisas foram calcadas em campanha de sondagem diamantada e executadas em várias etapas, sendo a primeira iniciada em março de 2008 pela BHP Billiton Metais S.A. com a execução de 14 furos de sondagem em Morro do Pilar Norte e Morro do Pilar Sul, pesquisa esta assegurada por um acordo de opção de compra firmado com a Terrativa Minerais S.A. Após o não exercicio desta opção, a BHP Billiton Metais S.A. devolveu os direitos minerários para a Terrativa Minerais S.A., que continuou desenvolvendo as campanhas de sondagem até 2011. Em abril de 2009, a Supram Jequitinhonha, em Diamantina, emitiu as declarações nº 119525/2009, 119526/2009, 119573/2009, 119726/2009, 119662/2009, 119930/2009, 119937/2009, 119947/2009, 119993/2009, 119994/2009 e 120011/2009, desobrigando o empreendedor Ingo Gustav Wender a licenciar ou obter autorização ambiental para funcionamento das atividades de sondagem rotativa a diamante sem comercialização, por esta atividade não estar enquadrada na Deliberação Normativa Copam nº 74/2004 ou por a atividade ter porte ou potencial poluidor inferiores àqueles relacionados na referida Deliberação. A base para o desenvolvimento da rota de processo considerada no estudo de engenharia do Projeto Morro do Pilar foi desenvolvida parcialmente pela Terrativa e complementada com os estudos de cominuição e concentração em testes em escala de bancada e piloto desenvolvidos pela equipe de desenvolvimento de processos da Manabi. Os estudos contêm uma completa caracterização tecnológica do minério, capaz de suportar todas as premissas de engenharia adotadas neste projeto, com destaque para os estudos de cominuição em prensa de rolos executados na KHD na Alemanha e testes em escala piloto na Fundação Gorceix em Ouro Preto/MG. Documento nº EIA-MOPI-002-03/12-V1 Data: 28/03/2012 Página: 72 Morro do Pilar Minerais S.A. Estes estudos apresentam os principais parâmetros e critérios, tais como consumo específico de energia elétrica, consumo de reagentes e outros insumos, geração de produtos e rejeitos e suas características. Pode-se afirmar que os estudos ambientais foram iniciados antecipadamente, com o objetivo de que a concepção do Projeto Morro do Pilar fosse pautada por soluções que levassem à minimização dos impactos ambientais potenciais. Em resumo, os trabalhos realizados foram os seguintes: • Relatório de Avaliação Ambiental Preliminar – Sete Soluções e Tecnologia Ambiental Ltda, maio de 2010; • Estudo de Antecipação de Riscos e Incertezas – Elo Consultoria em Meio Ambiente, outubro de 2010; • Levantamento hidrológico e hidrogeológico da região do projeto – Hidrovia Hidrogeologia e Meio Ambiente Ltda, iniciado em julho de 2010; • Estudo de restrições ambientais e Estudo de Impacto Ambiental – Geonatura Serviços em Meio Ambiente Ltda, julho de 2010 a março de 2012. Visando orientar o processo de outorga para captação de água superficial na área do Projeto Morro do Pilar, no município homônimo ao projeto, a ERHA (Engenharia de Recursos Hídricos Aplicada Ltda.) elaborou os estudos hidrológicos que subsidiaram a escolha dos pontos de captação em função das demandas do empreendimento. Assim, no dia 10 de janeiro de 2011, a Terrativa Minerais S.A. protocolizou sob o número 156/2011 e 157/2011, processo requerendo outorga de direito de uso de águas públicas no Instituto de Gestão das Águas (IGAM), solicitando autorização para realizar captação em curso de água para fins de consumo industrial. O processo 156/2011 se refere à captação no ponto de coordenadas geográficas 19º 15’ 18”S / 43º 21’ 16”W no Rio Preto, Fazenda do Engenho, município de Morro do Pilar/MG. De acordo com os estudos realizados (Tabela 2-4), neste ponto, existe uma disponibilidade hídrica de 0,101 m3/s, que foi solicitada na íntegra. Já o processo 157/2011 se refere à captação no ponto de coordenadas geográficas 19º 13’ 43”S / 43º 13’ 41”W no Rio Santo Antônio, Fazenda Capela Velha, município de Santo Antônio do Rio Abaixo/MG. De acordo com os estudos realizados (Tabela 2-4), neste ponto, existe uma disponibilidade hídrica de 0,728m3/s, considerando 0,433m3/s da demanda de terceiros, tendo sido solicitada uma vazão de 0,718m3/s. Tabela 2-4 – Síntese dos estudos hidrológicos para os locais das captações. Local QMLT (m³/s) Q7,10 (m³/s) Vazão Residual (m³/s) Demanda de Terceiros (m³/s) Disponibilidade Hídrica (m³/s) Ponto 1 – Rio Preto 2,91 0,338 0,237 - 0,101 Ponto 2 – Rio Santo Antônio 33,2 3,86 2,70 0,433 0,728 Documento nº EIA-MOPI-002-03/12-V1 Data: 28/03/2012 Página: 73 Morro do Pilar Minerais S.A. No dia 30 de setembro de 2011, a Morro do Pilar Minerais S.A. solicitou alteração da denominação social dos processos e no dia 17 de novembro de 2011 foi emitido ofício pelo órgão responsável, informando o deferimento da outorga. A publicação do deferimento dos dois pontos de captação ocorreu no Diário Oficial de Minas Gerais no dia 16/12/2011 através das seguintes portarias: • Portaria 3.697/2011 (válida até 16/12/2016): Rio Preto 19o15’18” e 43o21’16” – 101 l/s; • Portaria 3.698/2011 (válida até 16/12/2016): Rio Santo Antônio 19o13’37” e 43o14’18” – 718 l/s. Estas outorgas foram solicitadas para uso industrial na usina de beneficiamento do minério. Para o uso da água no mineroduto será solicitada retificação junto ao orgão responsável. A empresa realizou também o cadastro de 33 pontos de uso de água para uso insignificante, visando os trabalhos de sondagem. Estes pontos foram cadastrados no Registro de Uso Legal junto ao IGAM, tendo validade até a data de convocação do IGAM para a regularização. 2.2 Localização geográfica e acesso O Projeto Morro do Pilar está localizado próximo à cidade de Morro do Pilar, vizinha ao município de Conceição do Mato Dentro, a uma distância aproximada de 165 km de Belo Horizonte, a capital do estado de Minas Gerais, na região Sudeste do Brasil. No Volume I, capítulo 2 (Localização do Empreendimento Minerário), encontra-se maior detalhamento sobre a localização e inserção regional do empreendimento. A infraestrutura viária para atender o empreendimento é composta pelas seguintes rotas: • A MG-010, que será utilizada para o tráfego de veículos leves; • A BR-120 e as estradas intermunicipais de Passabém, São Sebastião do Rio Preto, Santo Antônio do Rio Abaixo e Morro do Pilar, que será utilizada para o tráfego de veículos leves e pesados. Na rota para o transporte de carga pesada, é prevista a implantação de alças para desvio do tráfego rodoviário, que passa dentro dos seguintes centros urbanos: Passabém, São Sebastião do Rio Preto e Santo Antônio de Rio Abaixo. Para o trecho da estrada intermunicipal entre Santo Antônio do Rio Abaixo e Morro do Pilar, estão previstas melhorias em sua infraestrutura. Além disso, está prevista a implantação de acesso principal para o empreendimento, denominado nesta caracterização “Acesso principal externo”, que se inicia a aproximadamente 2km antes da sede urbana de Morro do Pilar, de forma evitar que o tráfego pesado passe por esta cidade. Documento nº EIA-MOPI-002-03/12-V1 Data: 28/03/2012 Página: 74 Morro do Pilar Minerais S.A. A descrição do acesso principal externo para o empreendimento é feita no item 2.5.3. As demais intervenções citadas para as estradas intermunicipais serão objeto de entendimentos com os respectivos órgãos gestores e não estão contempladas no presente EIA. A MG-232, que liga as cidades Morro do Pilar e Carmésia, terá seu acesso interrompido quando da operação da barragem de empilhamento de rejeito drenado. O acesso principal externo previsto para ser implantado para o empreendimento poderá servir como solução de interferência para esta rodovia. As tratativas já foram iniciadas com o Departamento de Estradas de Rodagem – DER, órgão responsável por sua gestão. Da mesma forma que a MG-232, a estrada intermunicipal que liga as cidades Morro do Pilar e Conceição do Mato Dentro terá seu acesso interrompido com a evolução das obras de implantação do empreendimento, o pré-stripping da cava norte, bem como do enchimento da barragem de empilhamento de rejeito drenado na fase de operação do empreendimento. Assim, um novo acesso será projetado para relocação desta estrada, como solução para esta interferência. Ressalta-se que as intervenções nestas duas estradas não estão englobadas neste licenciamento ambiental, pois dependem de entendimentos a serem firmados com os órgãos públicos pertinentes. 2.3 Informações gerais 2.3.1 Tipo de atividade e porte do empreendimento Segundo a listagem das atividades da Deliberação Normativa Copam no 74/2004, a atividade deste empreendimento enquadra-se na categoria A-02-04-6 - Lavra a céu aberto com tratamento a úmido – minério de Ferro. Como mencionado, este empreendimento prevê a exploração de duas minas sequencialmente, sendo projetada uma produção máxima de 69 Mtpa (milhões de toneladas por ano), base seca, de minério de ferro ROM (Run of Mine), cuja massa será processada em planta de beneficiamento por concentração por flotação. Esta produção irá gerar 25,0 Mtpa de pellet feed. Estas quantidades caracterizam este empreendimento como de grande porte. 2.3.2 Objetivos e justificativa do empreendimento 2.3.2.1 Objetivos do empreendimento O objetivo do empreendimento é realizar a extração de minério ferro (canga, itabirito, itabiritos friáveis e hematitas) a partir do desenvolvimento de lavra a céu aberto e beneficiá-lo em planta composta por cominuição e concentração para obtenção de minério de ferro - pellet feed, nome comercial dado ao produto com tamanho inferior a 0,15mm. Documento nº EIA-MOPI-002-03/12-V1 Data: 28/03/2012 Página: 75 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.3.2.2 Justificativas do empreendimento O empreendimento é justificado pela ocorrência, no município de Morro do Pilar, de recursos minerais estimados da ordem de 2,69 bilhões de toneladas de minério de ferro, que estão sendo viabilizados em reservas lavráveis mediante trabalhos de pesquisa mineral desenvolvido pelo empreendedor. Estes recursos podem ser economicamente explotados diante da demanda mundial de ferro para produção de aço, matéria prima básica e indispensável para inúmeros bens de consumo, com demanda crescente por muitos anos à frente. O projeto envolve investimentos da ordem de 2,5 bilhões de dólares, distribuídos ao longo da fase de implantação. Estima-se que os investimentos a serem feitos para o fechamento do projeto sejam da ordem de 4 a 8% do CAPEX do empreendimento. Estes investimentos resultarão em recolhimento de tributos em benefício do município Morro do Pilar, localizado no estado de Minas Gerais, além da expressiva movimentação econômica que ocorrerá no mesmo. Parte da relevância social do empreendimento advém do próprio recolhimento de tributos que devem ser empregados em prol da população, em educação, saúde, infraestrutura, entre outros. Entretanto, a mais importante contribuição social do empreendimento será realizada por meio da geração de postos de trabalho diretos e indiretos. O recrutamento desta mão de obra será feito de maneira prioritária na região onde o empreendimento será implantado, porém, conforme os perfis profissionais necessários poderão ser recrutadas pessoas de outras regiões do país. Na Tabela 2-5 a seguir é apresentada a taxa de ocupação formal dos municípios da Área de Influência Indireta – AII – do empreendimento. Documento nº EIA-MOPI-002-03/12-V1 Data: 28/03/2012 Página: 76 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-5 - Taxa de ocupação formal nos municípios da AII. O incremento da oferta de empregos diretos e indiretos causado pelo empreendimento irá certamente contribuir para aumento destas taxas nestes municípios, principalmente nos municípios Morro do Pilar e Santo Antônio do Rio Abaixo. O projeto é relevante economicamente no âmbito nacional e principalmente no âmbito estadual, haja vista que, quando em plena operação, o empreendimento representará um aumento de cerca 10% na produção Estadual (referência produção 2010) de minério de ferro, consolidando a liderança do estado como líder da produção de minério de ferro no Brasil. Documento nº EIA-MOPI-002-03/12-V1 Data: 28/03/2012 Página: 77 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.3.3 Declaração da utilidade pública ou de interesse social da atividade do empreendimento A lavra dos recursos minerais - bens de domínio da União, nos termos do art. 20, inciso IX da Constituição da República — será efetuada mediante autorização ou concessão, sempre no interesse nacional, conforme dispõe o art. 176, § 1° da CR/1988. Demais disso, segundo o art. 5° do Decreto-Lei n° 3.365, de 21.06.1941, o aproveitamento industrial das minas e jazidas minerais é considerado uma atividade de utilidade pública, para fins de desapropriação e constituição de servidões administrativas. Em igual modo, consoante o art. 2°, inciso I, alínea ‘c’ da Resolução Conama n° 369, de 28.03.2006, as atividades de pesquisa e extração de substâncias minerais, com exceção da areia, argila, saibro e cascalho, são consideradas de utilidade pública, para fins de intervenção ou supressão da cobertura vegetal em áreas de preservação permanente. 2.3.4 Reservas minerais Dentre os grandes depósitos de ferro conhecidos na região entre as cidades de Conceição do Mato Dentro e Morro do Pilar podemos citar três depósitos importantes, os quais são descritos de forma sintética a seguir: • O depósito da Serra do Sapo, ao norte de Conceição do Mato Dentro, com 15 km de extensão, direção NNW / SSE e camadas de itabirito que atingem 300 m de espessura (100 m em média), mergulhando suavemente (20°) para ENE. • O depósito da Serra da Serpentina, iniciando-se em Conceição do Mato Dentro, indo até o sul de Santo Antônio do Rio Abaixo, com 32 Km de comprimento, direção NW a WNW / SE a ESE e mergulho suave para NE a NNE. Na Serra da Serpentina são duas as camadas de itabirito, nos primeiros 20 km ao sul de Conceição do Mato Dentro (repetição por falhamentos de empurrão). A camada principal (de leste) tem espessura máxima de 100 m e se interrompe poucos quilômetros ao norte de Santo Antônio do Rio Abaixo. A camada de oeste é contínua, com espessura média de 30 m e diminui gradativamente para o sul. • O depósito no entorno de Santo Antônio do Rio Abaixo, onde se observa somente uma camada de itabiritos. Todos os três depósitos tem características mineralógicas e químicas semelhantes mantendo uma mineralogia muito simples: quartzo, hematita especular, tabular e globular e magnetita. Tem como características marcantes o baixo teor em ferro (25-40% de Fe); baixos teores de contaminantes; produção quase exclusiva de finos para pelotização e produto final de alta qualidade: mais de 68% de Ferro total e sílica mais alumina abaixo de 1,8%. Além destes três depósitos descritos, são conhecidos ainda na região, com as mesmas características geológicas, os depósitos de Itapanhoacanga e Serro. Documento nº EIA-MOPI-002-03/12-V1 Data: 28/03/2012 Página: 78 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.3.4.1 Reservas minerais do empreendimento O depósito de minério do projeto Morro do Pilar se inicia ao norte do território do município de Morro do Pilar, tendo extensão de 22 km, com direção NS, infletindo bruscamente para leste no seu extremo sul. A espessura do itabirito varia muito neste depósito, atingindo 100 m ao sul de Morro do Pilar e variando de 10 a 50 m no trecho ao norte desta cidade. O depósito mineral é continuo, porém devido a descontinuidade nos direitos minerarios da empresa Morro do Pilar Minerais S.A., a área foi dividida em duas: Morro do Pilar Norte (“MOPIN”) e Morro do Pilar Sul (“MOPIS”). O minério de Morro do Pilar pode ser dividido em três tipos: itabiritos, itabiritos friáveis e hematitas. O minério itabirítico padrão tem teores médios de 32,93% de Fe; 50,5% de SiO2; 0,058% de P; 0,88% de Al2O3 e 1,78% de FeO, quando aplicado um teor de corte >25% de Fe. Sem o teor de corte, os teores globais ficam em 30,25% de Fe; 53,0% de SiO2; 0,063% de P; 1,43% de Al2O3 e 1,73% de FeO. O Itabirito friável, incluindo os pulverulentos, tem teores médios de 48,14% de Fe; 27,2% de SiO2; 0,018% de P; 2,44% de Al2O3 e 0,84% de FeO. Os corpos de hematitas são raros, se restringindo a lentes com teores médios globais de 61,42% de Fe; 9,2% de SiO2; 0,011% de P; 1,69% de Al2O3 e 0,60% de FeO. O primeiro Relatório de Recursos foi elaborado pela Coffey Mining em Agosto 2010 com base em critérios definidos pelo Código JORC e, posteriormente revisado após campanha complementar de sondagem, resultando em um considerável aumento dos recursos minerais. Com base nestas informações adicionais, em abril de 2011, a Coffey Mining elaborou o Mineral Resources and Scoping Study of the Morro do Pilar Project, posteriormente auditado pela SRK Consulting (U.S.), Inc., (SRK) e obtida a certificação JORC, quando da aquisição do projeto pela Morro do Pilar Minerais S.A. O trabalho desenvolvido pela Coffey Mining seguiu as melhores práticas internacionais de avaliação de recursos. A partir dos dados da pesquisa geológica, foram desenvolvidas análises estatísticas para definição das litologias e sua classificação, posteriormente interpretadas e modeladas em seções perpendiculares as direções das estruturas principais. As amostras utilizadas na estimativas de teores foram compostas em um suporte de 5 m de comprimento, respeitando os contatos litológicos com quebra na litologia. Foram executados dois Modelos de Blocos distintos para Morro do Pilar Norte e Morro do Pilar Sul com blocos de tamanho 50m X 50m X 10m sub-blocados em 12,5m X 12,5m X 5m. A variografia executada não apresentou resultados satisfatórios para as duas áreas, devido ao número relativamente pequeno de compositas, mesmo assim a Krigagem foi o método de estimativa de teores utilizado com raios de busca de 100m (Recursos Medidos), 200m (Recursos Indicados), 600m (Recursos Inferidos) e ilimitado (Potencial Geológico) visando o preenchimento de todos os blocos do modelo, com um mínimo de 4 e um máximo de 24 compositas para estimar o bloco. O recursos minerais no projeto de Morro do Pilar são da ordem de 2,69 bilhões de toneladas estando 1,13 bilhões de toneladas na classe de Recursos Inferidos e o restante, 1,57 bilhões de toneladas na classe de Potencial Geológico. Para suportar um estudo de potencial da área a Documento nº EIA-MOPI-002-03/12-V1 Data: 28/03/2012 Página: 79 Morro do Pilar Minerais S.A. Coffey Mining interpretou e considerou a continuidade das camadas mineralizadas para estimativa de um potencial exploratório. Cabe salientar que, para ser considerado como recurso mineral, este potencial necessita de mais informações como sondagem, análises químicas e, também, de respectivos estudos metalúrgicos. Na Tabela 2-6 a seguir, são apresentadas as litologias da área da exploração do minério de ferro. Tabela 2-6 - Codificação de litologias na área de exploração do minério. LITOLOGIA CLASSE CÓDIGO CGA HEM IT ITF SOL QTZ QFE Canga Hematitas MINÉRIO Itabiritos Itabiritos Friável Solos ESTÉRIL Quartzitos – Unidade de Topo Grupo Serra da Serpentina Quartzitos Ferruginosos A Tabela 2-7 a seguir apresenta os resultados do recurso mineral inferido e material classificado como potencial exploratório separados pelas áreas definidas e por litologia dos complexos Norte (MOPI Norte) e Sul (MOPI Sul), com data base de 09 de agosto de 2010. Tabela 2-7 - Recurso mineral inferido e potencial exploratório (MOPI Norte e Sul). Área Recursos (Mt) - JORC Potencial Medido Indicado Inferido Total Geológico Morro do Pilar Norte Morro do Pilar Sul TOTAL - 26 369 732 1.101 26 395 732 1.127 499 1.066 1.565 Total 894 1.798 2.692 Fe 35,22 28,94 31,03 Teores Médios - ROM SiO2 Al 2O3 Mn P 47,02 53,31 51,22 1,40 2,26 1,97 0,05 0,08 0,07 PPC 0,02 0,55 0,08 0,6 0,06 0,58 Em síntese, o recurso total inferido e o exploratório potencial de MOPI foi estimado em 2,692 bilhões de toneladas (Bt), dos quais 1,127 milhões de toneladas (Mt) são de recursos inferidos e 1,565 Mt é o potencial exploratório. Os recursos minerais inferidos de MOPIN foram estimados em 395 Mt com teores médios de 35,22% Fe, 47,02% SiO2, 1,40% Al2O3, 0,05% Mn, 0,02% P e 0,55% LOI, valores estes obtidos sem aplicar teor de corte. Os recursos minerais inferidos de MOPIS são de 732 Mt com teores médios de 28,94% Fe, 53,31% SiO2, 2,26% Al2O3, 0,08% Mn, 0,08 % P e 0,6% LOI, valores estes obtidos sem aplicar teor de corte. 2.4 Fase de planejamento A fase de planejamento é composta, basicamente, pelos estudos e pelo desenvolvimento dos projetos que antecedem o licenciamento ambiental e a implantação do empreendimento. Na fase de planejamento, é possível listar as seguintes atividades: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 80 Morro do Pilar Minerais S.A. a. Pesquisa mineral: • Abertura de acessos e praças de sondagem; • Sondagens em campo; • Armazenamento dos testemunhos de sondagem; • Realização de testes laboratoriais. b. Gestão de relações institucionais: • Contatos com órgãos públicos e entidades diversas (ONGs, institutos de pesquisa, universidades etc.); • Contatos com lideranças locais. c. Elaboração de estudos e projetos: • Pesquisa de dados secundários; • Levantamento de dados em campo (levantamento topográfico, pesquisa socioeconômica, levantamento de fauna e flora, levantamento da hidrografia e nascentes, inventário florestal, medições de qualidade do ar e níveis de ruído, pesquisa espeleológica e arqueológica, amostragem de solos etc.); • Organização, sistematização e mapeamento de dados (elaboração de relatórios, mapeamento do uso e ocupação do solo, reuniões, elaboração de projeto conceitual, etc.); d. Aquisição de terras. e. Mobilização e desmobilização de pessoal e serviços. 2.4.1 Pesquisa mineral Como mencionado anteriormente, as atividades de pesquisa mineral foram dispensadas de licenciamento em abril de 2009. A Supram Jequitinhonha, em Diamantina, emitiu as declarações nº 119525/2009, 119526/2009, 119573/2009, 119726/2009, 119662/2009, 119930/2009, 119937/2009, 119947/2009, 119993/2009, 119994/2009 e 120011/2009, desobrigando o empreendedor Ingo Gustav Wender a licenciar ou obter autorização ambiental para funcionamento das atividades de sondagem rotativa a diamante sem comercialização, por esta atividade não estar enquadrada na Deliberação Normativa Copam nº 74/2004 ou por a atividade ter porte ou potencial poluidor inferiores àqueles relacionados na referida Deliberação. As atividades descritas a seguir não são consideradas objeto da avaliação de impactos este estudo, embora estejam elencadas e descritas a seguir. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 81 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.4.1.1 Sondagens em campo A primeira campanha de sondagem em Morro do Pilar foi realizada pela BHP Billiton Metais S.A. (BHP) em março de 2008, quando a mesma possuia uma opção de compra com Ingo Gustav Wender, sócio e Diretor da empresa Terrativa Minerais S.A. A BHP executou 8 furos de sondagem com diâmetro NQ-em Morro do Pilar Norte e 6 furos de sondagem com o mesmo diâmetro em Morro do Pilar Sul no período de 3 meses, num total de 1.191,30 metros de sondagem. Estes furos foram executados pela Longyear e as análises químicas das amostras realizadas no laboratório da SGS/Geosol, em Vespasiano, MG. Após a BHP Billiton Metais S.A. devolver os direitos minerários por não ter exercido sua opção de compra, a Terrativa Minerais S.A continuou a execução de sondagem dos principais alvos. Com equipamentos e equipe própria de sondagem, compreendendo cinco sondas rotativas Sondeq SS71 capazes de perfurar em diâmetro NQ a uma profundidade de aproximadamente 400 metros, a empresa executou um total de 16.109,80 metros de sondagem rotativa em diâmetro NQ, sendo 1.191,30 metros em 2008, 2.550,95 m em 2009, 5.770,95 m em 2010 e 6.596,70 m em 2011. Todos os furos de sondagem executados são verticais, sendo realizadas medidas de desvio para os mais profundos. Para realização das sondagens foram abertos acessos e praças de sondagem. Todas as atividades envolvidas na operação de sondagem, descrições geológicas e geotécnicas, amostragem, QA/QC, etc foram realizadas segundo procedimentos operacionais específicos. As análises químicas das amostras realizadas no laboratório da SGS/Geosol, em Vespasiano, MG. Após a finalização dos furos, suas coordenadas foram levantadas utilizando GPS-Geodésico e garantindo o posicionamento X, Y, Z da boca do furo. Todos os furos encontram-se marcados em campo através de marcos de concreto com placas de identificação em alumínio contendo informações como área, nome do furo, profundidade e coordenadas X, Y, Z. 2.4.1.2 Armazenamento dos testemunhos de sondagem Na base do projeto, Morro do Pilar, a empresa possui um galpão (Figura 2-4) galpão dispõe de estrutura adequada para o desenvolvimento das atividades de descrição e amostragem dos testemunhos. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 82 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-4 – Armazenamento de testemunhos geológicos. Figura 2-5 – Caixas de testemunho de sondagem. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 83 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.4.1.3 Realização de testes Estudos de desenvolvimento de processo foram realizados para avaliar alternativas de préconcentração e concentração. Os trabalhos realizados foram os seguintes: • Testes de cominuição em HPGR (High Pressure Grinding Roll) –-Laboratório da KHD (Kloeckner Humboldt Deutz), Colônia, Alemanha - abr.2010; • Estudo de tratamento de rejeitos – FLSmidth nas instalações do PCM, Ouro Preto, MG set. 2010; • Determinações de Consumo específico de energia por determinação do “Work Index”– UFMG-DEMIN, Belo Horizonte, MG - jul. a out. 2010; • Testes de beneficiamento mineral em escala bancada e piloto – Fundação Gorceix, dezembro 2011; • Análises químicas – SGS, Vespasiano, MG. Com base nos resultados destes testes, a equipe de processos minerais pode desenvolver o projeto conceitual do empreendimento, determinando quais são os processos mais eficientes para obtenção do produto final com os menores custos ambientais possíveis. 2.4.2 Gestão de relações institucionais No âmbito deste processo, são feitos os contatos institucionais com órgãos, entidades e lideranças locais, visando divulgar o empreendimento e obter subsídios para o desenvolvimento do projeto. Tais contatos abrangem os órgãos públicos das diversas esferas governamentais, bem como entidades e instituições de pesquisa que possam dispor de dados sobre a região do empreendimento ou ter condições de participar do desenvolvimento dos estudos. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 84 Morro do Pilar Minerais S.A. A gestão das relações institucionais tem sido aplicada na prática, desde o início, com um diálogo claro e estruturado com as partes interessadas ligadas ao empreendimento. A gestão das relações institucionais e de comunicação da Morro do Pilar Minerais S.A. é feita por meio de contatos com órgãos, entidades e lideranças governamentais, lideranças da sociedade civil, formais e informais, com o objetivo de apresentar o empreendimento e obter subsídios para o aprimoramento do projeto. Ao longo do processo a Morro do Pilar Minerais vai implantar Comitês de Relacionamento com Comunidades, Instituições Públicas (governos e órgãos reguladores), ONGs e um telefone 0800 para denúncias, contribuições e informações. A Morro do Pilar Minerais está estruturando projetos integrados às comunidades onde atua, de forma a contribuir com o desenvolvimento socioeconômico e ambiental da região. Além disso, está empreendendo esforços concentrados para encontrar parceiros nas diversas esferas governamentais, em instituições de pesquisa e na sociedade civil em geral, que possam contribuir e ou dispor de dados e informações sobre a região do empreendimento ou, que tenham condições de contribuir com o aprimoramento do projeto a ser implantado. Instrumentos de cooperação como estes são importantes para aprimorar o projeto Morro do Pilar, otimizando o uso de recursos privados e públicos e contribuindo para o desenvolvimento regional, mediante a identificação de objetivos de interesse mútuo, somando esforços para uma mesma finalidade e, consequentemente, beneficiando o coletivo da sociedade. Neste sentido, as reuniões interinstitucionais têm grande expressividade neste processo, pois elas são muitas vezes, a materialização e integração destes objetivos e interesses com os mais diversos públicos. Com o objetivo de compartilhar cada etapa do processo, desde a constituição da empresa, em março de 2010, foram realizadas reuniões com o executivo, o legislativo e comunidades locais dos municípios de Morro do Pilar e Santo Antônio do Rio Abaixo. Foram também realizados estudos socioeconômicos, diagnóstico e mapeamento das partes interessadas, através de parcerias com especialistas em diversos temas, com o objetivo de estruturar pareceres sobre o empreendimento e melhorar a formatação do projeto Morro do Pilar Minerais. A seguir, apresenta-se o Plano de Relacionamento Institucional e de Comunicação do Projeto Morro do Pilar: Etapa 1 • Alinhamento interno do projeto Manabi (Projeto Morro do Pilar - MOPI, Projeto Morro Escuro - MOES, Mineroduto e Porto). Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 85 Morro do Pilar Minerais S.A. Etapa 2 Divulgar para as partes interessadas de relacionamento da empresa sobre o projeto • Manabi (o que é, objetivos, ações, números macros, etc.); Elaborar • cronograma de visitas aos governos, Ministério Público, órgãos ambientais, instituições da sociedade civil, comunidades, entre outros; • Estruturar diagnóstico do território e levantar as potencialidades locais; • Visitar o público selecionado para apresentar a proposta Morro do Pilar Minerais. • Preparar as audiências públicas; • Estruturar diálogo e projeto a ser desenvolvido em cada localidade, com acompanhamento e mensuração de resultados. Etapa 3 Divulgar interna e externamente as ações proativas e de compensação para as partes interessadas, durante as etapas de construção do projeto (projetos, volume de recurso investido - institucional, social e ambiental, número de beneficiados, resultados a serem alcançados, etc). • Etapa 4 • Estruturar eventos internos e externos para divulgação dos marcos do projeto Morro do Pilar Minerais e dos projetos desenvolvidos pela empresa junto à sua área de atuação. A seguir, apresenta-se histórico das principais reuniões realizadas até o momento com partes interessadas. • Reunião de apresentação da Morro do Pilar Minerais para o poder público local (executivo e legislativo) de Morro do Pilar e Santo Antônio do Rio Abaixo (setembro e novembro/2011 e janeiro de 2012); • Reunião de apresentação da Morro do Pilar Minerais para a comunidade de Morro do Pillar (novembro/2011 e janeiro de 2012); • Mapeamento dos stakeholders; • Estudo socioeconômico prévio de Morro do Pilar; • Treinamento das equipes de campos das empresas parceiras sobre responsabilidade social e relacionamento com comunidade, meio ambiente e saúde e segurança; • Identificação e contratação de especialistas para apoio na estruturação de parecer sobre o projeto Morro do Pilar Minerais; • Reuniões prévias de apresentação da Morro do Pilar Minerais com: Fiemg, SindExtra, Sesi, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Recursos Hídricos, Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 86 Morro do Pilar Minerais S.A. Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, AMDA, Revista Ecológico, Sebrae, entre outros (outubro, novembro e dezembro/2011); • Estruturação de agenda para encontros de apresentação do Projeto MOPI para o governo (executivo e legislativo) e comunidade de Morro do Pilar e Santo Antônio do Rio Abaixo; • Estruturação de agenda para encontros prévios com instituições relevantes para apresentação do Projeto Morro do Pilar Minerais. 2.4.3 Elaboração de estudos e projetos O processo de elaboração de estudos busca obter os dados e conhecimento técnico para as definições de projeto do empreendimento minerário, assim como subsídios para elaboração do presente EIA. Para tanto, são realizadas tarefas destinadas à obtenção de dados secundários e primários, os quais são organizados e sistematizados para subsidiar as avaliações técnicas de engenharia e de meio ambiente. Como resultado dessas tarefas, tem-se a consolidação de dados que permitem fazer a análise das alternativas locacionais e a escolha daquele mais adequada do ponto de vista técnico, ambiental e econômico. A descrição evolutiva dos estudos e projetos elaborados para o empreendimento pode ser verificada no capítulo de Alternativas Tecnológicas e Locacionais, deste EIA. No tocante à área de meio ambiente, são feitos os levantamentos relativos aos meios físico, biótico e socioeconômico, com vistas à elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental. Esse Estudo é apresentado ao órgão ambiental para fins de requerimento da Licença Prévia - LP. 2.4.3.1 Levantamento de dados em campo Diversos temas necessitam de levantamento de dados em campo, o que envolve o deslocamento e estadia em Morro do Pilar de equipes de técnicos especialistas em cada área temática. Trabalhos como o levantamento topográfico (tradicional e perfilhamento a laser – aéreo), levantamento da hidrografia e nascentes, levantamento de fauna e flora, inventário florestal, medições de qualidade do ar e níveis de ruído, amostragem de solos, pesquisa socioeconômica, pesquisa geológica, espeleológica e arqueológica etc., são exemplos de levantamentos de dados em campo. Outro aspecto relativo ao levantamento de dados em campo é o contato pessoal entre os técnicos e moradores, da área rural e urbana, representados pela pesquisa socioeconômica ou qualquer outra atividade que possa requerer autorização dos proprietários para acesso às propriedades privadas. Os seguintes estudos e projetos já foram ou estão sendo realizados no âmbito do projeto MOPI: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 87 Morro do Pilar Minerais S.A. • Estudos de viabilidade – Empresa responsável: Terrativa Minerais S/A; • Projeto conceitual – Empresa responsável: ECM S.A. Projetos Industriais; • Estudo de Impacto Ambiental – Empresa responsável: Geonature Serviços em Meio Ambiente Ltda.; • Estudos de disposição de rejeito – Empresa responsável: Pimenta de Ávila Consultoria; • Estudos de caracterização da mina – Empresa responsável: Coffey Consultoria; • Estudos de suprimento de energia elétrica – Empresa responsável: Dalben Consultoria; • Estudos e projeto de acessos e vias – Empresa responsável: C&P consultoria; • Depósito de estéril – Empresa responsável: Fontes consultoria. 2.4.4 Aquisição de terras Para a implantação do Projeto Morro do Pilar, será necessária aquisição de imóveis rurais que conterão, além do pit das minas, as instalações industriais e áreas auxiliares. A Morro do Pilar Minerais, por intermédio da Consultoria Vaz de Mello, está realizando o cadastramento e avaliação dos imóveis contidos na área de interesse e realizará um processo de negociação com cada proprietário. A aquisição de terras e de benfeitorias seguirá as normas específicas emanadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (NBR 14653 – 1 Avaliação de Bens – Parte 1: Procedimentos Gerais e NBR 14653-3 (Avaliação de Bens – Parte 3: Imóveis Rurais). A partir de pesquisa de valor de mercado regional, os imóveis serão avaliados considerando as benfeitorias disponíveis (edificações, culturas, criações e outras). 2.4.5 Mobilização e desmobilização de pessoal e serviços No âmbito deste processo, a mobilização da mão-de-obra nesta fase, necessária ao desenvolvimento de estudos ocorreu mediante a contratação de empresas especializadas, que foram responsáveis pela seleção e capacitação de trabalhadores. Na sua maioria, as pessoas envolvidas nas atividades já compõem o quadro de empregados das empresas contratadas. Uma fração menor deste efetivo mobilizado para elaboração desta etapa é realizada por contratos temporários, que com o final das atividades são desmobilizados. Além dos efetivos das empresas contratadas, a equipe técnica da Morro do Pilar Minerais teve participação efetiva nesta fase. Nesta fase do projeto foram envolvidos 89 técnicos. 2.5 Fase de implantação A atividade de implantação deste empreendimento compreende a execução das obras de terraplenagem, construção civil, montagem eletromecânica, comissionamento e o pré-stripping. A seguir, são listadas as estruturas a serem implantadas no projeto: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 88 Morro do Pilar Minerais S.A. • Usina de beneficiamento de minério de ferro e sua infraestrutura: o Vias internas; o Britagem primária e sua infraestrutura; o Estruturas para beneficiamento do minério; o Oficinas de manutenção pesada e leve de veículos e equipamentos; o Postos de abastecimento de veículos pesados e leves; o Reservatórios de água (bruta e recuperada); o Unidades e interconexões de apoio à fase de operação do complexo de beneficiamento (sistema de tratamento de efluentes industriais - ETEI; sistema de tratamento de água bruta – ETA; sistema de distribuição de água recuperada/reservatório de água recuperada; subestações elétricas); o Unidades de apoio operacional e administrativo (edifícios administrativos; cozinha/refeitórios; vestiários; portaria principal/balança). • Empilhamento de rejeito drenado: o Barragem de empilhamento de rejeito drenado e recuperação de água - Vale do córrego do Brumado; o Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte. • Pilhas de estéril; • Paiol de explosivos; • Transportador de correia de longa distância – TCLD MOPIS; • Sistemas de controle ambiental: o Aterro sanitário; o Sistema de drenagem provisória; o Rede coletora e sistema de tratamento de esgotos; o Sistema de contenção e separação de óleo – SAO; o Centro de Materiais Descartáveis - CMD; o Bacia de sedimentação de efluente de concreto; o Viveiro de mudas. Para o desenvolvimento de tais atividades, será necessária a implantação de infraestrutura de obra, composta pelos seguintes itens: • Canteiros de obras; • Alojamentos temporários; • Estradas de acessos e de serviços; • Suprimento de energia; Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 89 Morro do Pilar Minerais S.A. • Suprimento de água; • Infraestrutura de apoio à obra (AEs e ADMEs). O empreendimento está apresentado nos itens a seguir. 2.5.1 Mobilização de pessoal 2.5.1.1 Mobilização de pessoal – Fase de implantação O empreendimento possui um cronograma de implantação previsto para 34 meses. Ao longo desse período, o quadro funcional será dinâmico e variável, sendo que, no pico de obra, a estimativa é de um quantitativo de 6.000 trabalhadores, os quais serão alojados em edificações a serem instaladas em áreas pré-determinadas, próximas às obras e fora dos núcleos urbanos. Uma pequena parcela deste total de trabalhadores poderá ser alojada em residências desocupadas ou em edificações a serem construídas em lotes disponíveis nas cidades de Morro do Pilar e Santo Antônio do Rio Abaixo. O empreendedor incentivará todas as contratadas a aproveitar, na medida do possível, a mão-deobra direta e indireta disponível na região de influência da obra, dentro de uma atuação de responsabilidade social com as comunidades locais. As contratações serão realizadas ao longo da construção das estruturas, conforme histograma apresentado na Figura 2-6 a seguir: 4215 411 782 2240 1600 1415 980 980 650 650 170 170 170 170 170 170 170 170 1465 1646 2156 2486 2563 1844 2629 3070 3437 4552 5251 6002 6002 6002 5672 5208 Figura 2-6 – Histograma de mão de obra – Equipe de implantação. M1 M3 M5 M7 M9 M11 M13 M15 M17 M19 M21 M23 M25 M27 M29 M31 M33 O regime de trabalho será concentrado no turno diurno, porém haverá atividade de construção em regime ininterrupto, obedecendo à legislação trabalhista vigente. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 90 Morro do Pilar Minerais S.A. O transporte dos trabalhadores na fase de implantação, entre os alojamentos e as frentes de obras será realizado através de ônibus, e estima-se, para atender a demanda no pico das obras, a utilização de 123 viagens por dia. Após a conclusão dos serviços de implantação deste empreendimento, o efetivo de mão-de-obra contratada será desmobilizado, sendo que alguns dos trabalhadores que participaram desta fase poderão fazer parte das equipes da fase operacional. 2.5.1.2 Mobilização de pessoal – Equipe de operação A contratação da mão-de-obra para fase de operação do empreendimento ocorrerá desde o início da fase de implantação, conforme histograma apresentado na Figura 2-7 a seguir. Durante a fase de implantação, esta equipe recebe a denominação de equipe pré-operacional. A mobilização gradual da equipe de operação é necessária, pois esta equipe acompanhará a instalação dos equipamentos, os testes e comissionamento da unidade de beneficiamento, atuarão na definição de procedimentos operacionais e participarão de capacitações e treinamentos internos; atividades estas que devem ser feitas antes do início da fase de operação. Esta mão de obra ficará nos alojamentos durante a fase de implantação. Na medida que forem instaladas residências nos núcleos urbanos de Morro do Pilar e Santo Antônio do Rio Abaixo, a acomodação desta mão de obra passará a ser gradativamente nestas localidades. Figura 2-7 - Histograma de mão de obra – Fase de operação – Equipe pré-operacional. A Morro do Pilar Minerais buscará aproveitar, na medida do possível, a mão-de-obra direta e indireta disponível na região de influência da obra. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 91 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.2 Mobilização de pessoal - Fases de implantação e operação Assim, durante os 34 meses da fase de implantação do empreendimento, haverá contratação de mão de obra tanto para a fase de implantação quanto para a fase de operação do empreendimento, conforme histograma apresentado na FIGURA 2-8 a seguir. Figura 2-8 – Histograma de mão de obra – fases de implantação e operação. 2.5.3 Acesso principal externo Durante o início da fase de implantação, será utilizada como rota de transporte uma parte da estrada que liga a cidade de Morro do Pilar à cidade de Carmésia (a rodovia MG-232). Embora o trecho se inicie em Morro do Pilar, o tráfego não passará pela sede urbana. Com a evolução das obras, um novo acesso será implantado para tornar-se o acesso principal ao empreendimento, o qual também poderá servir como solução para a interferência que a MG-232 sofrerá durante a fase de operação do empreendimento, que se refere ao enchimento da barragem de empilhamento de rejeito drenado. Esse novo acesso a ser construído terá aproximadamente 9,6 km, iniciando-se na estrada intermunicipal entre a cidade de Morro do Pilar e a cidade de Santo Antônio do Rio Abaixo, de um ponto situado a aproximadamente 2 km de distância da sede municipal da cidade de Morro do Pilar. Este acesso chegará à portaria principal do empreendimento e à MG-232, que terá seu acesso interrompido quando da operação do empreendimento. Este acesso será operado inicialmente sem pavimentação na fase de obras e poderá receber pavimentação asfáltica para a fase de operação, quando também poderá ser utilizado como alternativa à MG-232, caso o órgão responsável, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) se posicione favorável a esta alternativa de relocação. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 92 Morro do Pilar Minerais S.A. Como descrito no capítulo de alternativas locacionais, este traçado foi definido buscando a mínima interferência com fragmentos florestais e aproveitando as características naturais do relevo, evitando a necessidade de grandes cortes e aterro. A seguir, se encontra a Figura 2-9 com a localização do acesso em questão: Figura 2-10 – Localização do acesso principal externo, outras estruturas da ADA e principais estradas existentes. 2.5.4 Canteiros de obra e alojamentos Para a implantação do Projeto Morro do Pilar, será utilizado um canteiro de obras central onde se localizarão as estruturas de apoio compartilhadas e, distribuídas ao longo da obra, serão utilizados canteiros avançados, mais próximos às frentes de trabalho facilitando a condução das atividades. Face à localização do empreendimento, que se encontra afastado de grandes centros urbanos, associada à necessidade de um grande número de mão de obra para a execução das atividades se Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 93 Morro do Pilar Minerais S.A. torna imperativo a construção de alojamentos para abrigar os trabalhadores na fase de construção do empreendimento. 2.5.4.1 Canteiro central A localização do canteiro central foi escolhida levando em consideração uma área próxima à planta de beneficiamento, com facilidade de acesso para chegada de insumos e escoamento para a área de implantação, e principalmente um local com baixo impacto ambiental. O local que atende a estes critérios é uma área que será ocupada por uma pilha de estéril, na fase de operação, após a desmobilização do canteiro. A discussão das alternativas locacionais para esta estrutura encontra-se no capítulo específico. As edificações a serem construídas irão obedecer às exigências mínimas previstas nas Normas Regulamentadoras: NR-10 (instalações e serviços em eletricidade), NR18 (segurança do trabalho na construção civil) e NR24 (condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho) da portaria Nº 3.214 de 08.06.78 do Ministério do trabalho. O canteiro ocupará uma área de aproximadamente 133.000 m², contando com uma infraestrutura básica e instalações de apoio que será capaz de atender as novas demandas, sendo composto pelas seguintes benfeitorias: • Escritório da proprietária e da gerenciadora; • Escritórios das subcontratadas e supervisões de montagem; • Estacionamento com capacidade de 450 vagas veículos leves; • Vestiário para atender 600 pessoas simultâneas; • Restaurante com cozinha industrial e refeitório; • Ambulatório médico; • Brigada de incêndio; • Sanitários; • Estação de Tratamento de Efluentes – ETE, que receberá todo efluente da obra(exceto alojamentos); • Estacionamento para veículos pesados; • Depósito de resíduos temporário; • Almoxarifado coberto para armazenamento de equipamentos e materiais de uso na obra; • Almoxarifado externo para armazenamento de equipamentos e materiais de uso na obra; • Central de concreto; • Área de convivência do canteiro; • Estação de Tratamento de Água – ETA para 20 m³/h; • Caixa d’água elevada. O croqui do canteiro central está apresentado na Figura 2-11 sua localização na planta geral do empreendimento na Figura 2-12. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 94 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-11 – Layout / croqui do canteiro de obras central. Figura 2-12 – Localização do canteiro central e dos canteiros avançados em relação a planta geral do empreendimento. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 95 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.4.2 Canteiros obra avançados Próximo às frentes de serviços estarão distribuídos canteiros de obra avançados, com estruturas básicas que suportaram o avanço das atividades, assim distribuídos: a) Planta de beneficiamento Parte da obra que terá maior concentração de atividades e, por conseguinte, maior numero de mão de obra mobilizado, contará com: • 3 canteiros de obra avançados, compostos de escritórios, em sua maioria containers, dotados de sanitários, banheiros químicos, áreas de pré-montagens de equipamentos, áreas de armazenamentos de materiais e equipamentos de pronto aplicação, vestiários; • 2 refeitórios. b) Outras frentes de obra Outras frentes de obra que também contarão com canteiros avançados são: • Britagem primária (MOPIN e MOPIS); • Barragem de empilhamento de rejeito drenado; • TCLD – Transportador de Carga de Longa Distância entre britagem e planta de beneficiamento; • Paiol. Estas áreas por terem uma menor concentração de mão de obra contarão com canteiro de obra proporcionalmente menor aos utilizados na planta de beneficiamento, porém com as mesmas estruturas, sendo um canteiro avançado por frente de serviço. Devido à distância, estes canteiros também contarão com refeitório para eliminar a necessidade de transporte. 2.5.4.3 Central de concreto Estrutura de apoio, instalada no canteiro de obras central, a central de concreto terá uma capacidade de produção em torno de 200m³/hora. Esta Central de Concreto contará com a seguinte estrutura: entrada e saída de caminhões, escritórios e sanitários, refeitório, laboratório, pátio de armazenamento de matérias primas, pátio destinado às betoneiras, usina dosadora de cimento e sala de controle. Contará ainda com um sistema de tratamento de esgotamento sanitário a ser definido posteriormente, podendo ser fossas sépticas e filtro anaeróbio ou ETE compacta, além de um sistema de tratamento dos efluentes de concreto (bate-lastro). Os detalhes deste sistema encontram-se detalhados a seguir, no item “Sistemas de Controle Ambiental”. A central de concreto terá um layout onde as áreas afins estejam próximas, facilitando a mobilidade dos trabalhadores, máquinas e veículos. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 96 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.4.4 Alojamentos A localização dos alojamentos provisórios foi estabelecida de acordo com as expectativas estratégicas e logísticas do empreendimento, quanto à facilidade de implantação, disponibilidade de área e proximidade dos locais de execução dos serviços, minimizando os trajetos para transporte e deslocamento. Esta medida vai permitir menor trânsito nas estradas da região e centralizar as ações de gestão de meio ambiente, tais como tratamento de efluentes sanitários e coleta e destinação de resíduos sólidos. Além disso, nos estudos de alternativas realizados para avaliação da localização dos alojamentos foram consideradas todas as restrições ambientais, tendo sido inclusive realizada análise quanto à ocupação local (comunidades existentes próximas da ADA), com objetivo de mitigar os impactos ambientais e sociais. No volume II – Estudos de alternativas tecnológicas e locacionais – deste EIA, estão detalhadas todas as premissas avaliadas para definição da locação destas estruturas. As áreas dos alojamentos serão providas de infraestrutura necessária e estarão divididas em três terrenos, nas quais as empreiteiras contratadas ficarão responsáveis pela construção e controle de suas instalações. Será exigido pela Morro do Pilar Minerais, o atendimento das exigências previstas nas seguintes Normas Regulamentadoras: NR18 (segurança do trabalho na construção civil), NR-10 (instalações e serviços em eletricidade) e NR24 (condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho) da portaria Nº 3.214 de 08.06.78 do Ministério do trabalho. Planeja-se que as áreas destinadas aos alojamentos comportem um contingente de aproximadamente 6.000 profissionais, volume atingido na fase de pico dos serviços. Os alojamentos serão dotados também de sistemas de controle ambiental, como tratamento de esgotos sanitários e efluentes de cozinha e refeitório, além de uma central de armazenamento temporário de resíduos (CMD). Os efluentes sanitários de escritórios, refeitório e dos vestiários serão direcionados para estação tratamento de efluentes líquidos (ETE) do tipo modular e compacta. Os efluentes tratados serão lançados em corpo de agua superficial em concordância com a resolução Conama 357/05 e Deliberação Normativa Copam 10/86. A central de armazenamento temporário de resíduos será dividida em baias, o que permitirá o armazenamento individualizado dos resíduos de diferentes classes até a sua destinação adequada. Os resíduos ficarão depositados até que haja volume mínimo que viabilize o seu transporte até o destino final, de acordo com o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, a ser elaborado para a fase da implantação do empreendimento. Está prevista a construção três sites para abrigar todo o quadro de mão-de-obra direta prevista para essa fase do empreendimento. A localização dos alojamentos está apresentada na Figura 213. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 97 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-13 – Localização dos alojamentos. Os alojamentos terão as seguintes estruturas: a. Prédios de alojamento, composto por conjuntos de quartos divididos por um banheiro comunitário, distribuídos da seguinte forma: o Prédios para o nível 1 para alojamento do pessoal de nível gerencial; o Prédios para o nível 2 para alojamento do pessoal de nível de supervisão; o Prédios para o nível 3 para alojamento do pessoal operacional. b. Prédios de escritórios para administração, compostos por área comum, banheiros, copa e posto bancário; c. Um (1) prédio para portaria; d. Um prédio de refeitório e cozinha; e. Cinco (5) prédios de área de serviço e lavanderia; f. Uma (1) ETE; Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 98 Morro do Pilar Minerais S.A. g. h. i. j. Uma (1) ETA; Um caixa d água elevada; Locais para recolhimento da coleta seletiva e estocagem de lixo para descarte (CMD); Área de lazer com centro de convivência, campo de futebol, quadra, salão de TV e jogos. Em relação à execução das obras de instalação dos alojamentos das empreiteiras, será instalado um pequeno canteiro de obras de modo a servir de suporte para as atividades de terraplenagem e construção civil. É importante ressaltar que as áreas serão entregues cercadas no seu perímetro externo, para que as empreiteiras executem os serviços de terraplenagem, arruamento, drenagem e pavimentação, de acordo com a locação de suas edificações. Haverá distribuição de posteamento com iluminação no arruamento e nos acessos. A seguir, são apresentadas algumas diretrizes que deverão orientar as definições em relação às soluções estruturais, ambiência e materiais de acabamento a serem adotados para as áreas de alojamentos e canteiros: Soluções estruturais das edificações A empresa contratada deverá adotar sistemas estruturais compatíveis com a necessidade dos prédios, baseado nos critérios de economia e tempo de uso. Conforto ao meio ambiente Identificação de fontes de ruído, calor, poeira, fumaça e exposição de chuva, para que os efeitos prejudiciais sejam reduzidos. Recomendação para especificação dos prédios de alojamentos: - Uso de cores claras, externamente e internamente; - Utilização máxima de luz natural; - Estudos de implantação, visando orientar a escolha de uma orientação adequada, a fim de potencializar a ventilação natural. Recomendação para os prédios administrativos, incluindo os que utilizam ar condicionado: - Uso de cores claras; - Localização dos prédios de forma que minimize os efeitos do calor durante no período do dia; - Proteção solar para janelas com brises; - Uso de iluminação natural, se limitando nas características térmicas do prédio; - Uso de aberturas para garantir ventilação nos lugares sem ar condicionado ou ventilação mecânica. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 99 Morro do Pilar Minerais S.A. Para áreas externas: - Uso de cores claras; - Instalação de cobertura nas calçadas entre os prédios, para proteção contra o sol e chuva; - Uso de vegetação, de forma a não prejudicar o desempenho da ventilação. Iluminação e ventilação Natural Estes itens devem ser aplicados sempre que possível, aproveitando as características do local. Para assegurar as eficiências nessas soluções é necessário manter adequadamente os telhados com desníveis para captação da ventilação. Nos prédios em que não funcionam operações que produzem calor, a iluminação natural deve ser levada em conta para tirar vantagens da iluminação solar, sem deteriorar o conforto térmico. Nos prédios que existe geração de calor e onde geralmente não possui problemas de insolação, é possível usar iluminação natural, sem causar problemas térmicos. Soluções naturais térmicas devem ser aplicadas nos prédios administrativos e de alojamentos, sendo que em cada caso deve ser analisado o balanço térmico. A ventilação é importante para reduzir o excesso de calor, e sendo assim, todo prédio deverá ter sistema projetado de ventilação natural a fim de se conseguir o melhor resultado e conforto ambiental. Telhado e cobertura Os telhados e coberturas dos prédios dos alojamentos devem ser projetados baseados nas necessidades de ventilação, condições do ambiente, custo, rapidez e facilidade de instalação. Piso A seleção de materiais deve ser feita com cuidado para suprir as necessidades individuais de cada setor. Construções internas nas áreas comuns Os sanitários dentro dos lotes devem estar localizados próximos às áreas dos dormitórios, minimizando o percurso, a fim de atender às normas brasileiras e de construção. Materiais Os materiais de construção devem ser selecionados para cada utilização e a especificação deve levar em conta seu desempenho, grau de combustão, não emissão de gases tóxicos, vida útil, facilidade de manutenção, disposição no mercado, facilidade de instalação e investimento. Além disso, deverá ser dada prioridade à utilização de materiais pré-moldados e/ou modulados que permitam sua reutilização, quando da desmobilização dos alojamentos e canteiros. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 100 Morro do Pilar Minerais S.A. Sinalização Deverão estar fixadas em locais para identificar claramente as principais áreas do site e de todos os prédios. 2.5.4.5 Acessos aos canteiros e alojamentos No início da fase de implantação do empreendimento, será utilizado como acesso para o canteiro de obras e para os alojamentos, trecho da MG-232 que liga a cidade de Morro do Pilar à cidade de Carmésia. Com a evolução das obras, um novo acesso foi projetado para tornar-se o acesso principal ao empreendimento, tanto para a fase de implantação quanto para a fase de operação (ver descrição deste acesso no item 2.5.3). As estradas de acessos ao canteiro de obras central e aos alojamentos para fase de obra serão executadas em acabamento primário, sem pavimentação asfáltica, com largura variável de 5 a 8 metros, com drenos pluviais laterais. Nestas vias, serão utilizados caminhões pipas para umectação, visando reduzir a emissão de particulados. 2.5.4.6 Sistema de abastecimento de água A água necessária para fase de construção, que irá abastecer os canteiros de obra e os alojamentos será obtida através de captação em poços profundos. É prevista a construção de cinco poços profundos de capacidade máxima de 20m³/h cada, sendo dois na planta de beneficiamento e um em cada área de alojamento. Para a construção dos poços e captação de água, a empresa contratada será a responsável em obter as outorgas no órgão competente, atendendo à legislação pertinente. A água total ou parcial para esta fase também poderá ser obtida a partir de captação de água superficial em cursos d´água da região e bombeada até os reservatórios das áreas, a fim de ser distribuída para os pontos de consumo, o que será feito por caminhões pipa e tubulações. As águas depois de captadas serão armazenadas em “castelos” com capacidade de 20 m³, distribuídos pela planta. Os “castelos” serão construídos ao lado dos poços. Para a água proveniente de capitação superficial os “castelos” estarão posicionados próximos aos centros consumidores. A partir destes reservatórios a água será distribuída para planta, sendo seu uso separado para uso industrial e água potável. A parcela de água destinada para uso humano passará por estação de tratamento de água – ETA, antes de seu uso. Já a água industrial terá sua distribuição feita diretamente a partir dos reservatórios, podendo ser feito por caminhão ou tubulação. Serão realizados testes laboratoriais frequentes, atendendo à legislação vigente, para atestar a qualidade da água potável. Tanto a água potável como a água industrial terão reservatórios distribuídos pela obra, próximos aos pontos de consumo. Os reservatórios distantes serão abastecidos por caminhão pipa, sendo utilizados caminhões distintos para transporte de cada tipo de água para evitar contaminação. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 101 Morro do Pilar Minerais S.A. Os caminhões pipa serão abastecidos diretamente no tanque de estocagem de água industrial. Será utilizado o sistema de abatimento de material particulado (despoeiramento) de forma intensa, durante, principalmente, a obra de terraplanagem, através do uso de caminhões pipa, atividade importante para garantir a qualidade do ar durante a fase de implantação. 2.5.4.6.1 Consumo de água para os alojamentos O consumo de água irá aos padrões de potabilidade exigidos na PORTARIA nº. 518 do ano de 2004 do Ministério da Saúde. Serão considerados os seguintes critérios para cálculo do consumo e da ETA: • Consumo humano: 80 l/pessoa /dia; • Restaurantes / refeitórios: 25 l/refeição/dia; • Rega de jardins: 1,5 l/dia/m²; • Vestiários: 40 l/pessoa/banho. Sendo assim: • Consumo humano alojamentos: 6.000 pessoas x 80 l/pessoa/dia = 480.000 l/dia = 20,0m³/h; • Restaurantes / Refeitórios alojamentos: 6.000 refeições x 25 l/refeição/dia = 150.000 l/dia = 6,25 m³/h; • Vestiários alojamentos: Somente funcionários do turno por banho: 6.000 pessoas x 40l/pessoa/banho = 240.000 l/dia = 10,0 m³/h; • Outros consumos alojamentos= 0,3 m³/h. Total de consumo de água para os alojamentos: TOTAL= 20,0+6,25+10,0+0,3 = 36,55 m³/h. 2.5.4.6.2 Consumo de água para os canteiros de obra O consumo de água para os canteiros de obra é definido por consumos de obras similares. Este consumo será utilizado para todos os processos de construção desde a limpeza de áreas como, fabricação de concreto com a água industrial até o consumo de água potável para consumo humano. Não há índices que projetem os consumos na sua totalidade. Assim, consumo de água para canteiro de obras está sendo estimado em: 20 m³/h. 2.5.4.6.3 Consumo de água total Somando o consumo para os canteiros de obra e o consumo de água para os alojamentos, o consumo total máximo de água para fase de construção está previsto em 57 m³/h. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 102 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.4.6.4 Estação de Tratamento de Água – ETA As ETAs tanto do canteiro quanto do alojamento serão fornecidas como unidades operacionais completas, na modalidade turn key, entrega em operação, na seguinte configuração: a. b. c. d. Bombas de alimentação da ETA; Calha Parshall; Tanque de mistura rápida dotado de agitador com variador de frequência; Casa de Química, incluindo: 01 tanque diário de sulfato de alumínio de 1,0 m³, em polipropileno, dotado de sonda de nível; 01 tanque diário de cal hidratada de 1,0 m³, em polipropileno, dotado de sonda de nível; 01 cilindro de cloro de 50,0 kg de carga; 01 tanque diário de flúor de 1,0 m³, em polipropileno, dotado de sonda de nível; 04 bombas dosadoras dotadas de variadores de frequência, com suas respectivas reservas; 01 painel elétrico; Controle automático de pH on-line para manter as condições ideais de floculação. e. Floculador mecânico primário, dotado de palheta em madeira de lei acionado por meio de motor com variador de velocidades e redutor, diretamente acoplados, com seções circulares; f. Floculador mecânico secundário, dotado de palheta em madeira de lei acionado por meio de motor com variador de velocidades e redutor, diretamente acoplados, com seções circulares; g. Decantador de escoamento horizontal dotado de módulos tubulares; h. Filtro horizontal de camada dupla; i. Tanque de contato; j. Turbidímetro on-line para monitoramento da turbidez do efluente; k. Instrumentação pertinente completa; l. Sistemas de adensamento de lodo completo composto de: tanque pulmão, duas bombas de lodo (uma operacional e uma reserva), adensador de lodo dotado de raspador de lodo mecanizado, duas bombas de lodo adensado (Tipo deslocamento positivo) e uma centrífuga de lodo. As capacidades das ETAs serão suficientes para atender aos volumes calculados no item anterior, tanto para os alojamentos como para o canteiro de obras. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 103 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.4.7 Sistema de abastecimento de energia Toda a demanda de energia elétrica para as obras de implantação será suprida pela CEMIG Central de Energia de Minas Gerais, por meio de uma linha de distribuição em 13,8 kV proveniente da cidade de Conceição do Mato Dentro. Tanto em relação aos alojamentos quanto para os canteiros de obras será fornecido um ponto para tomada de energia elétrica em 13,8 kV. Caberá à empresa contratada, usuária da energia em realizar o rebaixamento da tensão, bem como a interligação e a distribuição, a partir deste ponto, de acordo com os padrões técnicos e de segurança definidos. O consumo de energia durante a fase de implantação do empreendimento está estimado em 750MWh/mês, o que representa um consumo médio de aproximadamente 1 MWh/h. Serão também utilizados geradores a diesel para suprimento de energia para atividades em execução em áreas isoladas e para suprimento de energia de emergência, para o caso de falta de energia no sistema. 2.5.4.8 Sistema de abastecimento de combustível Com a existência de frota móvel de equipamentos e veículos leves em geral será necessário o suprimento de óleo diesel e gasolina/álcool. A empresa responsável pela obra terá, em seu canteiro, locais específicos de armazenamento e abastecimento adequados conforme a norma. A empresa contratada pelas obras deverá utilizar caminhão-tanque (comboio) ou kits de tanques de combustível, que não deverão ultrapassar a capacidade de 15,0m3. Esses tanques serão instalados sobre bacia de contenção, respeitando a legislação vigente (NBR 17.505) e normas internas, de modo a evitar acidentes. 2.5.5 Insumos de obras para implantação Para a implantação das obras, serão utilizados materiais e insumos inerentes à construção civil. Os agregados de construção civil (argila, areia, brita, pedra, aço e cimento) serão adquiridos de diversos fornecedores, devidamente cadastrados e licenciados para operar. Tendo em vista a reduzida produção de agregados de construção civil na região e considerando o elevado quantitativo de consumo previsto nas obras de implantação do empreendimento, prevê-se que a maioria dos fornecedores deverá estar situada em outras regiões produtoras, possivelmente da região metropolitana de Belo Horizonte, podendo ser estendido esta área de fornecimento para outras regiões para atender a alta demanda do empreendimento. Nas regiões adjacentes ao projeto foram encontrados áreas com formações geológicas que apresentam características de rocha que atendem a geração de agregados. Estas áreas poderão ser desenvolvidas por empresas especializadas para suprir as necessidades parciais ou totais do empreendimento. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 104 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.5.1 Transporte de insumos A mobilização inicial (primeiros equipamentos) será feita através de acessos já existentes. A continuidade da mobilização dos equipamentos e insumos de maior porte será feita pelo novo acesso que será construído na fase de implantação do empreendimento, o qual foi denominado nesta Caracterização do Empreendimento como acesso principal externo. Este acesso está descrito no item 2.5.3. Durante as obras de implantação do empreendimento, haverá necessidade de importação de alguns equipamentos de grande porte, assim como transporte de insumos de grande volume e ou peso. Estes produtos importados terão como principal via de translado o transporte transoceânico, devendo, portanto, aportar prioritariamente no país pelos portos mais próximos ao empreendimento, como os portos do Rio de Janeiro, Santos ou Vitória. Após o desembarque nos portos, os equipamentos e insumos seguirão via transporte terrestre até a área do empreendimento utilizando as rodovias federais (BR) 381, 262, 116, 040, 120 e a rodovia estadual MG 232. A rota final a ser utilizada a partir da BR-120 será feita por estradas intermunicipais, passando por Santa Maria de Itabira, Passabém, São Sebastião do Rio Preto, Santo Antônio do Rio Abaixo e por fim, Morro do Pilar. Esta rota final já é asfaltada entre Santa Maria de Itabira a Santo Antônio do Rio Abaixo. São previstos melhoramentos nesta rota e obras para contornar as vias urbanas. Conforme já mencionado, tal implantação e operação não estão englobadas por este EIA. As operações de transportes especiais, além de todas as medidas preventivas, também deverão ser acompanhadas por técnicos especializados, com veículos devidamente identificados e adaptados para esta atividade, com acompanhamento por batedores durante todo o período de realização. Estima-se que no pico das obras da Fase de Implantação sejam realizadas 200 viagens de veículos leves por dia e ocorra a chegada de 15 caminhões pesados por dia, com equipamentos e insumos. 2.5.6 Serviços preliminares Para dar início às obras de implantação do empreendimento será necessária a execução de diversos serviços preliminares citados a seguir. 2.5.6.1 Serviços de sondagem A sondagem de reconhecimento à percussão permite obter, além da amostragem do terreno, seus índices de resistência à penetração, definindo sua consistência (solos predominantes coesivos) e/ou compacidade (solos granulares não coesivos), bem como, por correlação e sua adequada interpretação, parâmetros aproximados de suas tensões admissíveis à compressão, cisalhamento e adensamento. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 105 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.6.2 Supressão da vegetação A supressão de vegetação será precedida do inventário florestal das áreas. Os serviços de supressão compreendem remoção de vegetação rasteira, corte, destocamento de árvores. A madeira passível de aproveitamento será armazenada temporariamente até a destinação final. O solo orgânico superficial, que será utilizado para recomposição de áreas degradadas, será provisoriamente armazenado na área do aterro sanitário, para posterior utilização. Os demais materiais orgânicos não aproveitáveis (galhos, excesso de folhas) serão depositados no aterro sanitário. Com base nas plantas e no mapa de cobertura vegetal, será definida a área a ser demarcada em campo para preservar a cobertura vegetal lindeira às frentes de obra, utilizando-se fita zebrada, tinta spray ou placas de sinalização para a demarcação das áreas. As informações detalhadas quanto à supressão vegetal necessária para implantação e operação do empreendimento encontram-se no capítulo “Meio biótico” do volume 7 - Análise de impacto deste EIA. A Tabela 2-8, integrante do item “Perda de exemplares da flora” da análise de impacto ambiental desenvolvida no Volume VII – Prognóstico ambiental deste estudo ambiental, mostra os quantitativos de supressão de vegetação por tipologia vegetal em cada estrutura do empreendimento. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 106 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-8 - Distribuição da supressão vegetal na ADA por tipologia vegetal e estrutura do empreendimento. Acesso cava - PDE Norte 1 Tipologia Área (m²) % Área plantada 0,0% Candeial 0,0% Corpo d'água 0,0% Edificação 0,0% FESD estágio inicial 1.115,94 4,4% FESD estágio médio 14.847,28 59,1% Pastagem 9.163,52 36,5% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 0,0% TOTAL 25.126,75 100,0% Acesso cava - PDE Norte 2 Tipologia Área (m²) % Área plantada 0,0% Candeial 0,0% Corpo d'água 0,0% Edificação 0,0% FESD estágio inicial 0,0% FESD estágio médio 0,0% Pastagem 2.028,49 100,0% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 0,0% TOTAL 2.028,49 100,0% Acesso cava - PDE sul 1 Tipologia Área (m²) % Área plantada 0,0% Candeial 0,0% Corpo d'água 28,71 0,2% Edificação 890,29 5,7% FESD estágio inicial 4.602,23 29,4% FESD estágio médio 870,56 5,6% Pastagem 9.251,30 59,1% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 0,0% TOTAL 15.643,08 100,0% Acesso cava - PDE sul 2 Tipologia Área (m²) % Área plantada 7.288,53 11,8% Candeial 3.954,16 6,4% Corpo d'água 0,0% Edificação 0,0% FESD estágio inicial 21.120,84 34,2% FESD estágio médio 1.229,15 2,0% Pastagem 28.080,66 45,5% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 0,0% TOTAL 61.673,34 100,0% Acessos internos Tipologia Área (m²) % Área plantada 1.978,65 1,4% Candeial 0,0% Corpo d'água 10,98 0,0% Edificação 220,75 0,2% FESD estágio inicial 40.042,50 28,2% FESD estágio médio 57.913,30 40,8% Pastagem 41.850,09 29,5% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 0,0% TOTAL 142.016,27 100,0% Acesso principal - externo Tipologia Área (m²) % Área plantada 3.032,24 2,0% Candeial 0,0% Corpo d'água 189,26 0,1% Edificação 0,0% FESD estágio inicial 5.523,37 3,6% FESD estágio médio 0,0% Pastagem 142.297,78 93,9% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 85,34 0,1% Campo hidromórfico 439,48 0,3% TOTAL 151.567,48 100,0% Alojamento 1 Tipologia Área (m²) % Área plantada 0,0% Candeial 0,0% Corpo d'água 0,0% Edificação 0,0% FESD estágio inicial 0,0% FESD estágio médio 0,0% Pastagem 145.598,72 100,0% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 0,0% TOTAL 145.598,72 100,0% Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 Página: 28/03/2012 107 Alojamento 2 Área (m²) % 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 83.526,87 98,7% 0,0% 0,0% 0,0% 1.127,27 1,3% 84.654,14 100,0% Morro do Pilar Minerais S.A. Distribuição da supressão vegetal na ADA por tipologia vegetal e estrutura do empreendimento (continuação). Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL Alojamento 3 Área (m²) 3.988,36 245.793,06 1.281,31 251.062,74 Britador sul Área (m²) Documento nº 97.792,44 14.563,51 37.832,04 4.163,29 154.351,28 Antena % 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 1,6% 0,0% 97,9% 0,0% 0,0% 0,0% 0,5% 100,0% Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL % 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 63,4% 9,4% 24,5% 0,0% 0,0% 0,0% 2,7% 100,0% Canteiro de obras Tipologia Área (m²) % Área plantada 24.767,41 9,3% Candeial 0,0% Corpo d'água 3.149,78 1,2% Edificação 3.507,30 1,3% FESD estágio inicial 20.950,68 7,8% FESD estágio médio 32.060,29 12,0% Pastagem 169.319,50 63,3% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 13.766,72 5,1% TOTAL 267.521,67 100,0% Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 Área (m²) % 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 588,00 100,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 588,00 100,0% Página: 28/03/2012 Aterro sanitário Tipologia Área (m²) % Área plantada 0,0% Candeial 0,0% Corpo d'água 0,0% Edificação 0,0% FESD estágio inicial 0,0% FESD estágio médio 0,0% Pastagem 21.470,03 100,0% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 0,0% TOTAL 21.470,03 100,0% Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL 108 Cava norte Área (m²) 134.665,26 195.491,34 3.456,98 788,22 2.403.927,05 2.799.086,41 1.127.270,93 % 1,8% 2,6% 0,0% 0,0% 32,0% 37,2% 15,0% 0,0% 853.555,85 11,4% 1.025,18 0,0% 0,0% 7.519.267,23 100,0% Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL Britador norte Área (m²) 18.392,23 88.092,94 13.448,12 119.933,28 % 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 15,3% 73,5% 11,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0% Cava sul Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL Área (m²) 184.404,63 710,94 756,99 1.858.047,58 899.547,61 454.560,57 534.713,23 14.546,92 1.985,28 3.949.273,75 % 0,0% 4,7% 0,0% 0,0% 47,0% 22,8% 11,5% 13,5% 0,4% 0,1% 0,0% 100,0% Morro do Pilar Minerais S.A. Distribuição da supressão vegetal na ADA por tipologia vegetal e estrutura do empreendimento (continuação). CMD Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL Área (m²) 563,17 % 1,3% 0,0% 0,0% 3.455,70 8,1% 0,0% 0,0% 38.563,29 90,6% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 42.582,17 100,0% Duto de lama Área (m²) 7.760,14 Documento nº 185,48 286,83 5.656,79 3.255,45 26.468,54 470,21 44.083,44 % 17,6% 0,0% 0,4% 0,7% 12,8% 7,4% 60,0% 0,0% 0,0% 0,0% 1,1% 100,0% Depósito de materiais 1 Tipologia Área (m²) % Área plantada 0,0% Candeial 0,0% Corpo d'água 0,0% Edificação 0,0% FESD estágio inicial 0,0% FESD estágio médio 10.000,00 100,0% Pastagem 0,0% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 0,0% TOTAL 10.000,00 100,0% Depósito de materiais 2 Tipologia Área (m²) % Área plantada 0,0% Candeial 0,0% Corpo d'água 0,0% Edificação 0,0% FESD estágio inicial 3.943,21 39,4% FESD estágio médio 0,0% Pastagem 6.056,79 60,6% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 0,0% TOTAL 10.000,00 100,0% Depósito de materiais 3 Tipologia Área (m²) % Área plantada 0,0% Candeial 0,0% Corpo d'água 0,0% Edificação 0,0% FESD estágio inicial 9.875,47 98,8% FESD estágio médio 0,0% Pastagem 124,53 1,2% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 0,0% TOTAL 10.000,00 100,0% Duto de rejeito Tipologia Área (m²) % Área plantada 3.767,71 7,4% Candeial 0,0% Corpo d'água 296,07 0,6% Edificação 313,89 0,6% FESD estágio inicial 7.406,71 14,5% FESD estágio médio 3.853,04 7,5% Pastagem 35.548,13 69,4% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 0,0% TOTAL 51.185,54 100,0% Barragem de empilhamento de rejeito drenado Tipologia Área (m²) % Área plantada 216.123,29 4,0% Candeial 0,0% Corpo d'água 22.739,59 0,4% Edificação 31.791,33 0,6% FESD estágio inicial 655.254,13 12,1% FESD estágio médio 278.956,54 5,2% Pastagem 3.699.034,69 68,4% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 4.027,55 0,1% Campo hidromórfico 501.614,11 9,3% TOTAL 5.409.541,23 100,0% Oficinas e administração Tipologia Área (m²) % Área plantada 0,0% Candeial 0,0% Corpo d'água 0,0% Edificação 0,0% FESD estágio inicial 0,0% FESD estágio médio 67.127,82 42,2% Pastagem 91.938,47 57,8% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 0,0% TOTAL 159.066,30 100,0% Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 Página: 28/03/2012 109 Morro do Pilar Minerais S.A. Distribuição da supressão vegetal na ADA por tipologia vegetal e estrutura do empreendimento (continuação). Paiol Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL Área (m²) 4.622,30 % 6,8% 0,0% 0,0% 0,0% 23.484,50 34,7% 0,0% 39.657,18 58,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 67.763,98 100,0% PDE cava 4 Área (m²) 80.786,57 27.184,10 Documento nº 6.384,72 174.867,87 53.564,37 305.183,65 5.239,94 653.211,23 % 12,4% 4,2% 0,0% 1,0% 26,8% 8,2% 46,7% 0,0% 0,8% 0,0% 0,0% 100,0% Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL PDE cava 1 Área (m²) 806,18 23.998,56 18.597,23 43.401,97 % 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 1,9% 55,3% 42,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0% PDE norte 1 Tipologia Área (m²) % Área plantada 0,0% Candeial 0,0% Corpo d'água 0,0% Edificação 0,0% FESD estágio inicial 109.239,82 15,7% FESD estágio médio 13.145,26 1,9% Pastagem 568.250,61 81,9% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 3.057,01 0,4% TOTAL 693.692,69 100,0% Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 Página: 28/03/2012 Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL PDE cava 2 Área (m²) % 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 32,5% 48,9% 18,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0% Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL PDE norte 2 Tipologia Área (m²) % Área plantada 42.012,58 6,2% Candeial 0,0% Corpo d'água 12.713,89 1,9% Edificação 4.105,63 0,6% FESD estágio inicial 12.183,56 1,8% FESD estágio médio 64.902,13 9,6% Pastagem 500.739,93 74,3% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 37.519,90 5,6% TOTAL 674.177,62 100,0% Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL 110 3.486,18 5.241,61 1.985,18 10.712,97 PDE cava 3 Área (m²) 10.048,42 265,77 52.101,05 2.336,04 61.573,96 126.325,24 PDE norte 3 Área (m²) 101.246,57 11.718,92 18.453,59 1.012.084,08 181.800,46 1.832.473,65 9.545,28 3.167.322,54 % 0,0% 8,0% 0,0% 0,2% 41,2% 1,8% 48,7% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0% % 3,2% 0,0% 0,4% 0,6% 32,0% 5,7% 57,9% 0,0% 0,0% 0,0% 0,3% 100,0% Morro do Pilar Minerais S.A. Distribuição da supressão vegetal na ADA por tipologia vegetal e estrutura do empreendimento (continuação). PDE sul 1 Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL PDE sul 2 Área (m²) 86.760,73 652,99 27.703,62 234.966,90 1.927,74 2.548.304,12 232,58 36.157,96 2.936.706,64 % 3,0% 0,0% 0,0% 0,9% 8,0% 0,1% 86,8% 0,0% 0,0% 0,0% 1,2% 100,0% Posto de abastecimento Tipologia Área (m²) % Área plantada 0,0% Candeial 0,0% Corpo d'água 0,0% Edificação 0,0% FESD estágio inicial 3.201,11 20,6% FESD estágio médio 0,0% Pastagem 12.342,05 79,4% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 0,0% TOTAL 15.543,15 100,0% Documento nº % 0,9% 0,2% 0,1% 0,2% 3,5% 0,0% 2.029.521,34 90,1% 0,0% 0,0% 0,0% 113.353,86 5,0% 2.251.433,43 100,0% Ponte cava sul Tipologia Área (m²) % Área plantada 0,0% Candeial 0,0% Corpo d'água 197,43 10,2% Edificação 0,0% FESD estágio inicial 1.747,02 89,8% FESD estágio médio 0,0% Pastagem 0,0% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 0,0% TOTAL 1.944,45 100,0% Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL Recuperação de água Tipologia Área (m²) % Área plantada 18,38 0,0% Candeial 0,0% Corpo d'água 0,0% Edificação 0,0% FESD estágio inicial 11.075,51 20,4% FESD estágio médio 2.713,11 5,0% Pastagem 38.992,07 71,8% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 1.480,61 2,7% TOTAL 54.279,68 100,0% Reservatório de água e galpão de geologia Tipologia Área (m²) % Área plantada 0,0% Candeial 12.874,37 21,7% Corpo d'água 0,0% Edificação 0,0% FESD estágio inicial 25.272,24 42,5% FESD estágio médio 20.634,46 34,7% Pastagem 636,13 1,1% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 0,0% TOTAL 59.417,21 100,0% Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 Área (m²) 19.663,62 3.545,94 2.274,96 5.105,36 77.968,36 Página: 28/03/2012 111 Portaria Área (m²) % 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 2.380,01 17,7% 0,0% 11.097,19 82,3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 13.477,20 100,0% TCLD sul Área (m²) 1.636,64 36,74 391,13 7.312,92 3.270,84 39.076,60 213,63 2.200,19 54.138,70 % 3,0% 0,0% 0,1% 0,7% 13,5% 6,0% 72,2% 0,0% 0,0% 0,4% 4,1% 100,0% Morro do Pilar Minerais S.A. Distribuição da supressão vegetal na ADA por tipologia vegetal e estrutura do empreendimento (continuação). UBM Tipologia Área plantada Candeial Corpo d'água Edificação FESD estágio inicial FESD estágio médio Pastagem Campo sujo Campo rupestre Solo exposto Campo hidromórfico TOTAL Documento nº Área (m²) 52.597,11 431,54 8.559,93 70.297,44 156.426,36 223.711,24 512.023,62 Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 % 10,3% 0,0% 0,1% 1,7% 13,7% 30,6% 43,7% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0% Página: 28/03/2012 Viveiro de mudas Tipologia Área (m²) % Área plantada 638,66 13,6% Candeial 0,0% Corpo d'água 0,0% Edificação 0,0% FESD estágio inicial 0,97 0,0% FESD estágio médio 0,0% Pastagem 4.001,74 85,5% Campo sujo 0,0% Campo rupestre 0,0% Solo exposto 0,0% Campo hidromórfico 39,74 0,8% TOTAL 4.681,11 100,0% 112 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.6.2.1 Demolição Foram detectadas interferências na área de intervenção do empreendimento, sendo estas basicamente, pequenas edificações, postes, cabos elétricos e cercas. Existem na área do empreendimento atualmente 49 edificações, sendo que 34 serão demolidas para liberação de áreas para a primeira etapa do empreendimento, e 15 para liberação de áreas para a segunda etapa de operação. Considerou-se para a estimativa do volume de resíduos de construção civil cada edificação tendo 60m² e gerando 5m³ de entulho a cada m². Desta maneira, estima-se que cada edificação gera em média 300m³ de entulho, totalizando 14.700m³ de resíduos sólidos relativos à demolição destas construções. A Tabela 2-9 a seguir resume estes volumes: Tabela 2-9 – Volumes de demolição por etapa. Moradias (n) Outras edificações (n) TOTAL Volume de demolição (m³) (n edificação x 60m² x 5m³) Etapa 1 20 14 34 Etapa 2 14 1 15 TOTAL 34 15 49 10.200,0 4.500,0 14.700,0 Os resíduos provenientes da demolição das edificações (material inerte) serão encaminhados para descarte na Pilha de estéril PDE Norte 3. Materiais em bom estado, possíveis de aproveitamento, como postes e madeiras de cercas, serão separados e, devidamente armazenados, para posterior utilização na instalação do empreendimento ou por terceiros. Os demais materiais serão encaminhados para a Central de Materiais Descartáveis – CMD, para posterior destinação final, procedimento que será efetuado por empresas contratadas e licenciadas para tal fim. 2.5.6.2.2 Terraplenagem Os serviços de terraplenagem são executados após a supressão de vegetação da área e as seguintes tarefas são previstas: escavação, transporte de material excedente para aterro e compactação de aterros. Poderá haver necessidade de desmonte de material de 3ª categoria com a utilização de explosivos. Durante os trabalhos de terraplenagem as vias serão umectadas utilizando caminhões-pipa, visando redução da emissão de particulados para atmosférica. Os projetos de terraplenagem foram estudados no sentido de equilibrar os volumes de corte e aterro, visando minimizar a geração de material excedente dos cortes e a retirada de material de empréstimo para o aterro. O volume excedente da atividade de terraplenagem dos platôs para instalação da Planta de Beneficiamento será de 3.488.066m3. Para construção do dique de partida da barragem de empilhamento de rejeito drenado serão necessários 1.300.000m3 de solo. Serão elaborados estudos geotécnicos na área da barragem de Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 113 Morro do Pilar Minerais S.A. empilhamento de rejeito drenado, bem como, do solo excedente da terraplenagem dos platôs da usina de beneficiamento, buscando maximizar o uso dos solos provenientes destes locais na construção do dique de partida. Assim, o dique de partida da barragem de empilhamento de rejeito drenado será provavelmente construído com solos provenientes de terraplenagem na área da própria barragem e/ou com os solos excedentes da terraplenagem dos platôs para instalação da usina de beneficiamento, após análise geotécnica que conclua pela viabilidade de uso dos solos para construção em barragem. Os outros materiais necessários à construção da barragem (argila, brita, pedra) são insumos e serão adquiridos de diversos fornecedores, devidamente cadastrados e licenciados para operar. O excedente de solo de terraplenagem dos platôs da usina de beneficiamento será depositado na área da pilha de estéril – PDE Norte 3. O local e a maneira de disposição serão descritos com detalhe após o desenvolvimento do projeto executivo. A estimativa de volumes de movimentação de terra pode ser visualizada nas Tabela 2-10, Tabela 2-11 e Tabela 2-12 a seguir: Tabela 2-10 - Quantitativos de movimentação de terra – UBM e suas estruturas, paiol, barragem de empilhamento de rejeito drenado e alojamentos. ÁREA 0500 - GERAL DA INFRAESTRUTURA (ITM, OFICINA, ADMINISTRATIVO,PORTARIA, CMD, PAIOL, ALOJAMENTO, BRITAGEM NORTE E RESERVATÓRIO) Item Unidade Qde DESMATAMENTO, LIMPEZA DO TERRENO E DEMOLIÇÕES Desmatamento com destocamento de vegetação com Ø<=30 cm com remoção para área de depósito - DMT até 1.000m Escavação, carga, transporte, descarga e espalhamento de camada de solo superficial para área de depósito - DMT até 1.000m m² 1.135.224 m³ 340.567 ESCAVAÇÕES m³ 8.814.803 ATERROS m³ 5.326.737 SUBLEITO m² 624.133 REVESTIMENTO m³ 84.654 Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 114 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-11 - Quantitativos de movimentação de terra – Canteiro de obras. ÁREA 0520 - INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS (CANTEIRO OBRAS) Item Unidade Qde DESMATAMENTO, LIMPEZA DO TERRENO E DEMOLIÇÕES Desmatamento com destocamento de vegetação com Ø<=30 cm com remoção para área de depósito - DMT até 1.000m Escavação, carga, transporte, descarga e espalhamento de camada de solo superficial para área de depósito - DMT até 1.000m m² 272.833 m³ 81.850 ESCAVAÇÕES m³ 400.349 ATERROS m³ 3.741.825 SUBLEITO m² 213.280 REVESTIMENTO m³ 52.683 Tabela 2-12 - Quantitativos de movimentação de terra – Geral. GERAL - GERAL Item Unidade Qde DESMATAMENTO, LIMPEZA DO TERRENO E DEMOLIÇÕES Desmatamento com destocamento de vegetação com Ø<=30 cm com remoção para área de depósito - DMT até 1.000m Escavação, carga, transporte, descarga e espalhamento de camada de solo superficial para área de depósito - DMT até 1.000m m² 1.408.057 m³ 422.417 ESCAVAÇÕES m³ 9.215.152 ATERROS m³ 9.068.562 SUBLEITO m² 837.413 REVESTIMENTO m³ 137.338 2.5.7 Implantação de infraestrutura 2.5.7.1 Acessos internos Para a interligação das diversas áreas do empreendimento serão implantadas estradas internas em acabamento primário, sem pavimentação asfáltica, com respectivos rotatórios e dispositivos de segurança. A pista de rolamento deverá possuir entre 5 e 8 metros de largura, dependendo do local e da necessidade de sua instalação e serão dotadas de drenos pluviais laterais realizados com corte do terreno natural. Serão utilizados caminhões pipas para umectação destas vias para reduzir a emissão de particulados. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 115 Morro do Pilar Minerais S.A. Ao todo, considerando todos os trechos de acessos internos, serão 10,39 km de extensão. 2.5.7.2 Sistema de drenagem Consiste na construção sistemas de drenagens com o objetivo de se controlar o escoamento das águas pluviais através da construção de meio-fio, sarjetas, caixas de dissipação, valetas de pé e crista de aterros e bueiros, caso necessário. Esses serviços permitirão que as águas pluviais escoem em perfeita harmonia com plano superficial de escoamento da bacia considerada, evitando o desenvolvimento de processos erosivos e posterior comprometimento do ambiente em seu entorno. A execução da drenagem contempla a execução de meios-fios, descidas d’água, canaletas de drenagem e drenagens sub superficiais. O dimensionamento destas estruturas será elaborado oportunamente na execução do projeto executivo da planta de beneficiamento, incluindo estudos hidrológicos e projeto de drenagem. 2.5.8 Usina de beneficiamento 2.5.8.1 Obras civis e montagem eletromecânica O escopo dos serviços relacionados às obras civis e montagem eletromecânica da usina de beneficiamento abrange as seguintes áreas e subáreas: • Britagem primária; • Peneiramento; • Britagem secundária; • Britagem terciária; • Prensagem; • Moagem primária; • Deslamagem; • Flotação mecânica; • Moagem secundária; • Flotação em colunas; • Remoagem; • Espessamento de concentrado; • Espessamento de lamas; • Espessamento de rejeitos; • Oficinas; • Postos de abastecimento; • Unidades e interconexões de apoio à fase de operação do complexo de beneficiamento: sistema de tratamento de efluentes industriais - ETEI; Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 116 Morro do Pilar Minerais S.A. • sistema de tratamento de água bruta – ETA; sistema de distribuição de água recuperada/reservatório de água recuperada; subestações elétricas. Unidades de apoio operacional e administrativo: Prédio administrativo da usina Escritório central / Sala de controle; Centro de treinamento; Cozinha central / Refeitório; Refeitório da usina; Vestiário da mina; Vestiário da usina; Portaria principal / Balança. Os serviços de obras civis se constituem na execução de fundações e superestruturas para equipamentos, edifícios, reservatórios, muros de contenção, bem como: lajes de piso, acessos, rampas, bacias de contenção, drenagens, embutidos metálicos e elétricos, tratamento de esgotos e acabamentos prediais (alvenarias, pintura, revestimentos, pisos, esquadrias, louças, coberturas em fibrocimento, etc.). O arranjo básico entre os diversos prédios e áreas de processo será elaborado levando-se em consideração entre outros fatores, os seguintes: • Otimização do caminhamento dos transportadores; • Previsão das áreas e meios necessários à montagem, operação e manutenção; • Previsão dos espaços necessários aos cabos, tubos, dutos, em pipe racks ou fora dele; • Áreas de circulação e acessos com segurança; • Previsão de áreas livres para ampliações futuras; • Mínimo de interferência com o meio ambiente; • Aproveitamento ao máximo do relevo/ topografia. Os espaços entre equipamentos, prédios, etc., serão sempre amplos permitindo pequenas alterações durante o detalhamento do projeto. As rampas máximas dos acessos às instalações não ultrapassarão os 8 %. Os caimentos das drenagens pluviais serão direcionados, sempre que possível, para fora das instalações, devendo sua inclinação ter preferencialmente uma declividade maior ou igual a 1%. Os prédios de processamento a úmido terão o piso inferior revestido em concreto. Nestes pisos serão implantadas canaletas de drenagem, com dimensões e inclinações compatíveis com os volumes das vazões dos drenos na área do entorno para evitar transbordos e assoreamentos. As canaletas terão tampas metálicas tipo grade, para permitir o escoamento de águas de limpeza e eventuais descargas de caixas de bombas. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 117 Morro do Pilar Minerais S.A. Estas canaletas, no caso de drenagem de caixas de polpas, possuirão inclinações mínimas compreendidas entre 1% a 6%. Inclinações maiores poderão ser aceitas em casos específicos e, justificados tecnicamente. O sistema de ventilação dos prédios com cobertura será natural, através de lanternins, com venezianas colocadas ao longo do tapamento lateral em sua porção inferior. Os telhados e tapamentos terão faixas com telhas translúcidas para permitir iluminação natural durante o dia. Os locais de estocagem e manuseio de produtos químicos serão dotados de proteções (lavaolhos) e bacias de contenção. Os equipamentos foram dimensionados em conformidade com as condições do uso de uma mineração, serviço extra-pesado, em ambiente com poeira, umidade e sujeito a intempéries. Serão levadas em conta as informações dos fornecedores de equipamentos e sistemas referentes às limitações específicas de vibração, temperatura ou pressão na operação normal dos equipamentos e estas deverão ser implantadas e supervisionadas para garantir assim uma operação confiável e segura.Considerando as características acima, as áreas da britagem primária e da planta de beneficiamento terão os equipamentos listados nos itens a seguir. 2.5.8.1.1 Britagem primária A britagem primária será implantada próxima a cava, para reduzir a distância de transporte entre a mina e a usina. Haverá duas britagens primárias, uma para etapa 1, instalada no pit norte e outra para etapa 2, instalada na borda da cava do pit sul, está ultima será construída no final da exploração da cava norte, similar à da etapa 1. A Tabela 2-13 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de britagem primária. Tabela 2-13 - Equipamentos – Processo de britagem primária. 2005 - BRITAGEM PRIMÁRIA Potência Total Potência Unitária AP-2005-01/02 2 BR-2005-01/02 2 PR-2005-01 1 PR-2005-02 1 RM-2005-01/02 SI-2005-01/02 2 2 TE-2005-01/02 2 TE-2005-03/04 2 TR-2005-01/02 2 EX-2005-01 DM-2005-01 1 1 TR-2005-03 1 Alimentador de placas Peso (t) = 58,0; Largura (mm) = 2500; Comprimento (m) = 13,0; Desnível (m) = 3,0. Apresenta inversor de frequência. Britador Giratório Modelo: 60-110 ou similar; Peso(t): 588,10 Ponte Rolante Capacidade (t) = 100/20; Altura de elevação (m) = 28/40; Vão (m) = 13,2; Translação (m) = 41,2; Peso (t) = 0,04 Ponte Rolante Capacidade (t) = 100/20; Altura de elevação (m) = 28/40; Vão (m) = 13,2; Translação (m) = 41,2; Peso (t) = 0,04 Rompedor de matacos Silo Talha Elétrica Capacidade (t) = 2,0; Altura de elevação (m) = 4,0; Translação (m) = 20,0; Peso (t) = 0,035 Talha Elétrica Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = 5,0; Translação (m) = 13,0; Peso (t) = 0,17 Transportador de Correia Peso (t) = 95,8; Largura (mm) = 2000; Comprimento (m) = 65,0; Desnível (m) = 6,0 Extrator de Sucatas Detector de Metais Transportador de Correia Peso (t) = 381,84; Largura (mm) = 2000; Comprimento (m) = 245; Desnível (m) = 6,0 Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 118 300 600 1.000 2.000 140 140 140 140 56 - 112 - 6 11 8 15 450 900 800 800 Morro do Pilar Minerais S.A. Das instalações de britagem primária, o minério segue para a usina de beneficiamento. Os equipamentos de cada etapa da usina são apresentados nos itens seguintes. 2.5.8.1.2 Peneiramento A Tabela 2-14 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de peneiramento. Tabela 2-14 – Equipamentos – Processo de peneiramento. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição Potência Total (kW) 2011 - PENEIRAMENTO 3.633 AL-2011-01 a 07 7 Alimentador de Correia Peso (t) = 19,40; Largura (mm) = 1800; Comprimento (m) = 10,7; Desnível (m) = 0,0 DV-2011-01 1 Divisor de Fluxo Peso (t) = 10,0 EX-2011-01/02 2 Extrator de Sucatas PN-2011-01 a 07 7 Peneira Vibratória Tipo: Banana; Modelo: BS 12' x 28'; Peso(t): 23,24 PR-2011-01 1 PR-2011-02 1 SI-2011-01 1 TE-2011-01/02 2 TE-2011-03 1 TE-2011-04 1 TR-2011-01/02 2 TR-2011-03 1 TR-2011-04 1 TR-2011-05 1 Ponte Rolante Capacidade (t) = 40/5; Altura de elevação (m) = 23,5; Vão (m) = 12,0; Translação (m) = 100,0; Peso (t) = 0,04 Ponte Rolante Capacidade (t) = 12,0; Altura de elevação (m) = 48,0; Vão (m) = 11,5; Translação (m) = 100,0; Peso (t) = 0,02 Silo 100 700 15 15 55 385 90 90 12 12 - Talha Elétrica Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = 18,0; Translação (m) = 67,0; Peso (t) = 0,045 Talha Elétrica Capacidade (t) = 2,0; Altura de elevação (m) = 17,0; Translação (m) = 68,0; Peso (t) = 0,02 Talha Elétrica Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = 15,0; Translação (m) = 5,0; Peso (t) = 0,05 Transportador de Correia Móvel Peso (t) = 66,7 ; Largura (mm) = 2400; Comprimento (m) = 40,0; Desnível (m) = 0,0 Transportador de Correia Peso (t) = 423; Largura (mm) = 1200; Comprimento (m) = 400,0; Desnível (m) = 32,0 Transportador de Correia Peso (t) = 390,35; Largura (mm) = 1000; Comprimento (m) = 410,0; Desnível (m) = 32,0 Transportador de Correia Peso (t) = 502,4; Largura (mm) = 2000; Comprimento (m) = 325,0; Desnível (m) = 6,0 - 16 31 5 5 16 16 220 440 630 630 500 500 810 810 2.5.8.1.3 Britagem secundária e terciária A Tabela 2-15 a seguir apresenta os equipamentos necessários para os processos de britagem secundária e terciária. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 119 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-15 – Equipamentos – Processos de britagem secundária e terciária. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição Potência Total (kW) 2012 - BRITAGEM SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA AL-2012-01 a 04 4 AL-2012-06 a 10 5 BR-2012-01 a 04 4 BR-2012-06 a 10 5 PR-2012-01 1 PR-2012-02 1 SI-2012-01/02 2 TL-2012-01 1 TR-2012-01 1 TR-2012-02 1 TR-2012-03 1 10.014 Alimentador de Correia Peso (t) = 18,60; Largura (mm) = 1200; Comprimento (m) = 12,8; Desnível (m) = 0,0 Alimentador de Correia Peso (t) = 23,25; Largura (mm) = 1200; Comprimento (m) = 16,0; Desnível (m) = 0,0 40 160 40 200 Britador cônico Modelo: HP 800; Peso(t): 64,10 700 2.800 Britador cônico Modelo: HP 5 450 2.250 12 12 69 69 Ponte Rolante Capacidade (t) = 7,5; Altura de elevação (m) = 41,0; Vão (m) = 10,0; Translação (m) = 87,0; Peso (t) = 0,004 Ponte Rolante Capacidade (t) = 30/5; Altura de elevação (m) = 20,0; Vão (m) = 8,5; Translação (m) = 87,0; Peso (t) = 0,018 Silo - Talha Manual Capacidade (t) = 7,0; Altura de elevação (m) = 5,0; Translação (m) = 6,0; Peso (t) = 0,05 Transportador de Correia Móvel Peso (t) = 28,94; Largura (mm) = 1200; Comprimento (m) = 43; Desnível (m) = 0,0 Transportador de Correia Móvel Peso (t) = 198,1; Largura (mm) = 1000; Comprimento (m) = 35,0; Desnível (m) = 0,0 Transportador de Correia Peso (t) = 972,37; Largura (mm) = 2400; Comprimento (m) = 431,0; Desnível (m) = 44,3 - - 55 55 55 55 4.413 4.413 2.5.8.1.4 Prensagem A Tabela 2-16 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de prensagem. Tabela 2-16 – Equipamentos – Processo de prensagem. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição Potência Total (kW) 2022 - PRENSAGEM 9.499 AL-2022-01/02 2 Alimentador de Correia Peso (t) = 36,53; Largura (mm) = 2400; Comprimento (m) = 13,0; Desnível (m) = 0,0 DV-2022-01 1 Divisor de Fluxo Peso (t) = 6,0 HP-2022-01/02 2 Prensa de Rolos Modelo: 2,4 m x 1,65 m PR-2022-01 1 PR-2022-02 1 MO-2022-01 1 Moega DM-2022-01/02 2 Detector de Metais SI-2022-01/02 2 Silo TR-2022-01 1 TR-2022-02 1 Ponte Rolante Capacidade (t) = 120/45; Altura de elevação (m) = 25,0; Vão (m) = 13,8; Translação (m) = 71,0; Peso (t) = 0,055 Ponte Rolante Capacidade (t) = 7,5; Altura de elevação (m) = 52,0; Vão (m) = 9,5; Translação (m) = 60,0; Peso (t) = 0,005 250 500 10 10 3.600 7.200 94 94 24 24 - Transportador de Correia Reversível Peso (t) = 578,0; Largura (mm) = 3000; Comprimento (m) = 22,40; Desnível (m) = 0,0 Transportador de Correia Peso (t) = 410,30; Largura (mm) = 2000; Comprimento (m) = 250,0; Desnível (m) = 27,4 Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 120 - 271 271 1.400 1.400 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.8.1.5 Moagem primária de bolas e classificação A Tabela 2-17 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de moagem primária de bolas e classificação. Tabela 2-17 – Equipamentos – Processo de moagem primária de bolas e classificação. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição Potência Total (kW) 2035 - MOAGEM PRIMÁRIA DE BOLAS E CLASSIFICAÇÃO 35.972 AL-2035-01/02 2 Alimentador de Correia Peso (t) = 35,12; Largura (mm) = 2400; Comprimento (m) = 12,5; Desnível (m) = 0,0 AL-2035-04 a 09 6 Alimentador Rotativo de Bolas - BL-2035-01/02 2 Balança Integradora - BP-2035-01 a 04 4 Bomba de Polpa Modelo:750MCU; Peso (t) = 60,0 CI-2035-01/02 2 Hidrociclone Bateria de 18 ciclones de 32" CX-2035-01/02 2 Caixa de Polpa DP-2035-01/02 2 Desviador de Fluxo Tipo: Arado; Peso (t) = 0,5 DV-2035-01 1 Divisor de Fluxo Peso (t) = 6,0 MO-2035-01/02 2 Moinho de bolas Modelo: 24' x 36' PR-2035-01 1 Ponte Rolante Capacidade (t) = 25/10; Altura de elevação (m) = 30,0; Vão (m) = 33,5; Translação (m) = 215,0; Peso (t) = 0,075 SI-2035-01/02 2 Silo - - SI-2035-04 a 10 7 Silo - - TE-2035-01 1 TE-2035-02/03 2 TE-2035-04 1 TL-2035-01/02 2 TL-2035-03 1 PR-2035-02 1 TR-2035-01 1 TR-2035-03 1 TR-2035-04 1 TR-2035-05 1 Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 60 3.310 13.240 - - - Talha Elétrica Capacidade (t) = 2,0; Altura de elevação (m) = 8,0; Curso (m) = 7,0 (raio de giro) Translação (m) = 7,0; Peso (t) = 0,06 Talha Elétrica Capacidade (t) = 2,0; Altura de elevação (m) = 8,0; Curso (m) = 7,0 (raio de giro) Translação (m) = 7,0; Peso (t) = 0,02 Talha Elétrica Capacidade (t) = 7,0; Altura de elevação (m) = 19,0; Translação (m) = 36,0; Peso (t) = 0,05 Talha Manual Capacidade (t) = 3,0; Altura de elevação (m) = 6,0; Translação (m) = 24,0; Peso (t) = 0,03 Talha Manual Capacidade (t) = 3,0; Altura de elevação (m) = 6,0; Translação (m) = 24,0; Peso (t) = 0,03 Ponte Rolante Capacidade (t) = 25/10; Altura de elevação (m) = 31,0; Vão (m) = 33,5; Translação (m) = 215,0; Peso (t) = 0,075 Transportador de Correia Peso (t) = 49,45; Largura (mm) = 2000; Comprimento (m) = 29,0; Desnível (m) = 9,38 Transportador de Correia Peso (t) = 46,41; Largura (mm) = 600; Comprimento (m) = 130,0; Desnível (m) = 0,0 Transportador de Correia Peso (t) = 41,41; Largura (mm) = 600; Comprimento (m) = 116,0; Desnível (m) = 0,0 Transportador de Correia Peso (t) = 46,41; Largura (mm) = 600; Comprimento (m) = 130,0; Desnível (m) = 0,0 Documento nº 30 Página: 121 2 4 10 10 11.000 22.000 47 47 4 4 4 8 40 40 - - 47 47 500 500 4 4 4 4 4 4 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.8.1.6 Deslamagem A Tabela 2-18 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de deslamagem. Tabela 2-18 – Equipamentos – Processo de deslamagem. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição Potência Total (kW) 2040 - DESLAMAGEM 6.302 BP-2040-01 a 04 4 Bomba de Polpa Modelo: 20" x 18" - AH WEIR; Peso (t) = 23,56 900 3600 BP-2040-07 a 14 8 Bomba de Polpa Modelo: 14" x 12" - AH WEIR; Peso (t) = 8,54 330 2640 CI-2040-01 a 04 4 Hidrociclone Bateria de 20 ciclones de 20" - CI-2040-07 a 14 8 Hidrociclone Bateria de 124 ciclones de 4" - CX-2040-01/02 2 Caixa de Polpa - CX-2040-04 a 07 4 Caixa de Polpa - PN-2040-01 a 04 4 Peneira de Proteção Área útil = 6 m²; Tela 1º deck (mm) = 1,5; Peso (t) = 3,5 PR-2040-01 1 PR-2040-02 1 PR-2040-03 1 PR-2040-04 1 Ponte Rolante Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = Translação (m) = 215,0; Peso (t) = 0,02 Ponte Rolante Capacidade (t) = 7,0; Altura de elevação (m) = Translação (m) = 70,0; Peso (t) = 0,005 Ponte Rolante Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = Translação (m) = 122,0; Peso (t) = 0,02 Ponte Rolante Capacidade (t) = 7,0; Altura de elevação (m) = Translação (m) = 122,0; Peso (t) = 0,005 3,7 15 30,0; Vão (m) = 30,0; 13 13 10,0; Vão (m) = 10,0; 11 11 30,0; Vão (m) = 30,0; 13 13 10,0; Vão (m) = 10,0; 11 11 2.5.8.1.7 Pilha pulmão de britado A Tabela 2-19 a seguir apresenta os equipamentos necessários para a pilha pulmão de britado. Tabela 2-19 – Equipamentos – Pilha pulmão para britador. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição 2015 - PILHA PULMÃO PARA BRITADO Potência Total (kW) 4.804 AP-2015-01 a 03 3 Alimentador de placas Peso (t) = 46,32; Largura (mm) = 2000; Comprimento (m) = 10,5; Desnível (m) = 3,0. Apresenta inversor de frequência. EX-2015-01 1 Extrator de Sucatas TE-2015-01 1 TE-2015-02 1 TR-2015-01 1 TR-2015-02 1 Talha Elétrica Capacidade (t) = 7,0; Altura de elevação (m) = 8,5; Translação (m) = 82,0; Peso (t) = 0,08 Talha Elétrica Capacidade (t) = 7,0; Altura de elevação (m) = 14,0; Translação (m) = 7,0; Peso (t) = 0,08 Transportador de Correia Peso (t) = 290,7; Largura (mm) = 2000; Comprimento (m) = 170,0; Desnível (m) = 45,0 Transportador de Correia Peso (t) = 467,8; Largura (mm) = 2000; Comprimento (m) = 290,0; Desnível (m) = 48,0 Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 122 119 358 16 16 16 16 2.207 2.207 2.207 2.207 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.8.1.8 Pré Concentração por flotação mecânica A Tabela 2-20 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de préconcentração por flotação mecânica. Tabela 2-20 – Equipamentos – Processo de pré-concentração por flotação mecânica. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição Potência Total (kW) 2045 - PRÉ-CONCENTRAÇÃO POR FLOTAÇÃO MECÂNICA AG-2045-01 a 04 4 Agitador para polpa BP-2045-01/02 2 Bomba de Polpa Modelo: 12" x 10" - AH WEIR; Peso (t) = 6,30 BP-2045-03/04 2 Bomba de Polpa Modelo: 20" x 18" - AH WEIR; Peso (t) = 24,34 BP-2045-05/06 2 8.564 75 300 300 600 1.250 2500 Bomba de Polpa Modelo: 12" x 10" - AH WEIR; Peso (t) = 6,90 370 740 CF-2045-01 a 10 10 Célula de Flotação tipo Tanque - Estágio Rougher Volume (m³) = 200; Número de linhas = 2; Número de tanques = 5 220 2.200 CF-2045-13 a 18 6 Célula de Flotação tipo Tanque - Estágio Scavenger 1 Volume (m³) = 200; Número de linhas = 2; Número de tanques = 3 220 1.320 CF-2045-21 a 24 4 Célula de Flotação tipo Tanque - Estágio Scavenger 2 Volume (m³) = 200; Número de linhas = 2; Número de tanques = 2 220 880 CR-2045-01 a 04 4 Condicionador de Polpa - CX-2045-01/02 2 Caixa de Polpa - CX-2045-03/04 2 Caixa de Polpa - TE-2045-01 a 04 4 Talha Elétrica Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = 10,0; Translação (m) = 10,0; Peso (t) = 0,4 CX-2045-05/06 2 Caixa de Polpa 6 24 - 2.5.8.1.9 Moagem secundária com ciclonagem de classificação A Tabela 2-21 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de moagem secundária. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 123 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-21 – Equipamentos – Processo de moagem secundária com ciclonagem de classificação. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição Potência Total (kW) 2050 - MOAGEM SECUNDÁRIA COM CICLONAGEM DE CLASSIFICAÇÃO 14.202 BP-2050-01/02 2 Bomba de Polpa Modelo: 20" x 18" - AH WEIR; Peso (t) = 25,72 CI-2050-01/02 2 Hidrociclone Bateria de 16 ciclones de 20" - - CI-2050-03/04 2 Hidrociclone Bateria de 20 ciclones de 20" - - CX-2050-01 1 Caixa de Polpa DP-2050-01 1 Desviador de Fluxo Tipo: Arado; Peso (t) = 0,5 2 2 MO-2050-01 1 Moinho de bolas - 24' x 36' 11.000 11.000 TL-2050-01 1 Talha Manual Capacidade (t) = 3,0; Altura de elevação (m) = 6,0; Translação (m) = 24,0; Peso (t) = 0,03 1.600 3200 - - 2.5.8.1.10 Flotação em colunas A Tabela 2-22 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de flotação em colunas. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 124 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-22 – Equipamentos – Processo de flotação em colunas. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição Potência Total (kW) 2055 - FLOTAÇÃO EM COLUNAS 8.666 AG-2055-01 a04 4 Agitador para polpa 75 300 BP-2055-01 a 04 4 Bomba de Polpa Modelo: 20" x 18" - AH WEIR; Peso (t) = 22,48 560 2240 BP-2055-05/06 2 Bomba de Polpa Modelo: 650 MMC; Peso (t) = 45,96 1.000 2000 BP-2055-07/08 2 Bomba de Polpa Modelo: 20" x 18" - AH WEIR; Peso (t) = 23,56 900 1800 BP-2055-09 1 Bomba de Polpa Modelo: 20" x 18" - AH WEIR; Peso (t) = 22,48 560 560 CF-2055-01 a 28 28 Colunas de Flotação - Estágio Cleaner Diâmetro (m) = 5,0; Altura (m) = 14,5 - - CF-2055-35 a 46 12 Colunas de Flotação - Estágio Recleaner Diâmetro (m) = 5,0; Altura (m) = 14,5 - - CF-2055-49 a 56 8 Célula de Flotação - Estágio Scavenger Cleaner Volume (m³) = 200; Número de linhas = 2; Número de tanques = 2 220,0 1.760 CR-2055-01 a 04 4 Condicionador de Polpa - CX-2055-01/02 2 Caixa de Polpa - CX-2055-03/04 2 Caixa de Polpa - CX-2055-05/06 2 Caixa de Polpa - CX-2055-07 1 Caixa de Polpa - TE-2055-01 1 Talha Elétrica Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = 6,0; Translação (m) = 30,0; Peso (t) = 0,4 DI-2055-01 a 05 5 Distribuidor de Polpa 6 - 2.5.8.1.11 Remoagem A Tabela 2-23 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de remoagem. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 6 Página: 125 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-23 – Equipamentos – Processo de remoagem. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição Potência Total (kW) 2056 - REMOAGEM 35.458 BP-2056-01 a 03 3 Bomba de Polpa Modelo: 16" x 14" - AH WEIR; Peso (t) = 14,78 CI-2056-01 a 03 3 Hidrociclone Bateria de 12 ciclones de 20" - CI-2056-04 a 06 3 Hidrociclone Bateria de 10 ciclones de 20" - CX-2056-01 a 03 3 Caixa de Polpa - DP-2056-01/02 2 Desviador de Fluxo Tipo: Arado; Peso (t) = 0,5 2 4 MO-2056-01 a 03 3 Moinho de bolas - 22' x 44' 11.000 33.000 TR-2056-01 1 4 4 TR-2056-02 1 6 6 TR-2056-03 1 4 4 SI-2056-01 1 TE-2056-01 1 40 40 TL-2056-01 a 03 3 800 Transportador de Correia Peso (t) = 31,00; Largura (mm) = 600; Comprimento (m) = 87,0; Desnível (m) = 0,0 Transportador de Correia Peso (t) = 41,00; Largura (mm) = 600; Comprimento (m) = 115,0; Desnível (m) = 0,0 Transportador de Correia Peso (t) = 28,56; Largura (mm) = 600; Comprimento (m) = 80,0; Desnível (m) = 0,0 2400 Silo Talha Elétrica Capacidade (t) = 7,0; Altura de elevação (m) = 19,0; Translação (m) = 36,0; Peso (t) = 0,05 Talha Manual Capacidade (t) = 3,0; Altura de elevação (m) = 6,0; Translação (m) = 24,0; Peso (t) = 0,03 - 2.5.8.1.12 Recebimento, estocagem e preparação de reagentes / 2071 - distribuição de reagentes A Tabela 2-24 a seguir apresenta os equipamentos necessários para a área de recebimento, estocagem e preparação de reagentes / distribuição de reagentes. Tabela 2-24 – Equipamentos – Recebimentos, estocagem e preparação de reagentes / distribuição de reagentes. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição Potência Total (kW) 2060 - RECEBIMENTO, ESTOCAGEM E PREPARAÇÃO DE REAGENTES / 2071 - DISTRIBUIÇÃO DE REAGENTES PR-2060-01 1 TE-2060-01 1 TE-2060-02 1 PR-2060-02 1 1 Ponte Rolante Capacidade (t) = 2,0; Altura de elevação (m) = Translação (m) = 21,0; Peso (t) = 0,003 Talha Elétrica Capacidade (t) = 2,0; Altura de elevação (m) = Peso (t) = 0,02 Talha Elétrica Capacidade (t) = 2,0; Altura de elevação (m) = Peso (t) = 0,02 Ponte Rolante Capacidade (t) = 2,0; Altura de elevação (m) = Translação (m) = 55,0; Peso (t) = 0,003 14,0; Vão (m) = 20,0; 6 6 32,0; Translação (m) = 50,0; 4 4 14,0; Translação (m) = 50,0; 4 4 14,0; Vão (m) = 8,0; 6 6 900 900 Outros equipamentos: bombas, amostradores, etc. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 920 Página: 126 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.8.1.13 Espessamento de concentrado A Tabela 2-25 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de espessamento de concentrado. Tabela 2-25 – Equipamentos – Processo de espessamento de concentrado. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição Potência Total (kW) 2065 - ESPESSAMENTO DE CONCENTRADO 921 BP-2065-01/01R 2 Bomba de Polpa Modelo: 20" x 18" - AH WEIR; Peso (t) = 21,88 CX-2065-01 1 Caixa de Polpa ES-2065-01 1 Espessador de Concentrado Tipo: Coluna central; Diâmetro (m) = 48 TL-2065-01 1 Talha Manual Capacidade (t) = 15,0; Altura de elevação (m) = 4,0; Translação (m) = 125,0; Peso (t) = 0,06 450 900 - 21 21 - 2.5.8.1.14 Espessamento de lamas A Tabela 2-26 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de espessamento de lamas. Tabela 2-26 – Equipamentos – Processo de espessamento de lamas. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição Potência Total (kW) 2075 - ESPESSAMENTO DE LAMAS 588 BP-2075-01/02/01R/02R 4 Bomba de Polpa Modelo: 12" x 10" - AH WEIR; Peso (t) = 6,04 CX-2075-01 1 Caixa de Polpa ES-2075-01 1 Espessador de Lama Tipo: Coluna central; Diâmetro (m) = 90 132 - 60 2.5.8.1.15 Espessamento de rejeitos A Tabela 2-27 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de espessamento de rejeitos. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 528 Página: 127 60 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-27 – Equipamentos – Processo de espessamento de rejeitos. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição Potência Total (kW) 2080 - ESPESSAMENTO DE REJEITOS 1.721 BP-2080-01/01R 2 Bomba de Polpa Modelo: 16" x 14" - AH WEIR; Peso (t) = 12,95 CI-2080-01/02 2 Hidrociclone Bateria de 4 ciclones de 26" BP-2080-02 1 Bomba de Polpa Modelo: 20" x 18" - AH WEIR; Peso (t) = 23,80 PR-2080-01 1 Ponte Rolante Capacidade (t) = 7,0; Altura de elevação (m) = 20,0; Vão (m) = 8,0; Translação (m) = 20,0; Peso (t) = 0,005 CX-2080-01/02 2 Caixa de Polpa ES-2080-01 1 Espessador de Rejeitos Tipo:Coluna central; Diâmetro (m) = 58 330 660 1.000 1000 11 11 - 50 50 2.5.8.1.16 Bombeamento para a barragem de empilhamento de rejeito drenado A Tabela 2-28 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o bombeamento para a barragem de empilhamento de rejeito drenado. Tabela 2-28 – Equipamentos – Processo de bombeamento para a barragem de empilhamento de rejeito drenado. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição Potência Total (kW) 2085 - EMPILHAMENTO DRENADO DE REJEITOS 2.100 BA-2085-01/01R 2 Bomba de Água Modelo: HIGRA MI-345; Peso (t): 2,5 150 300 BA-2085-02/02R 2 Bomba de Água Modelo: KSB-RDL 300-620A; Peso (t): 5,54 900 1.800 2.5.8.1.17 Tancagem para bombeamento do mineroduto A Tabela 2-29 a seguir apresenta os equipamentos necessários para a área de tancagem para bombeamento do mineroduto. Tabela 2-29 – Equipamentos – Tancagem para bombeamento do mineroduto. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição 2070 - TANCAGEM PARA BOMBEAMENTO DO MINERODUTO AG-2070-01 a 04 4 Agitadores do tanques de mineroduto DI-2070-01 1 Distribuidor de Polpa TQ-2070-01 a 04 4 Tanque Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Potência Total (kW) 600 150 600 - Página: 128 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.8.1.18 Sistema de ar comprimido A Tabela 2-30 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o sistema de ar comprimido. Tabela 2-30 – Equipamentos – Sistema de ar comprimido. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição Potência Total (kW) 3035 - SISTEMA DE AR COMPRIMIDO TE-3035-01 1 TE-3035-02 1 15 Talha Elétrica Capacidade (t) = 3,0; Altura de elevação (m) = 7,0; Translação (m) = 35,0; Peso (t) = 0,1 Talha Elétrica Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = 6,0; Translação (m) = 30,0; Peso (t) = 0,4 9 9 6 6 2.5.8.1.19 Oficinas A finalidade do conjunto de oficinas é ser o ponto de convergência da administração, controle, planejamento, execução e análise dos serviços de manutenção que envolva os recursos de oficina, tais como programação, porte, sequência e volume de trabalho, tanto para os equipamentos móveis em geral quanto para os equipamentos industriais do beneficiamento, além de incluir os escritórios administrativos de gerência de manutenção e o almoxarifado específico. a) Oficina de manutenção pesada Características das edificações: o Prédio fechado com cobertura e tapamento lateral, com acessos frontais abertos: estrutura metálica; cobertura e fechamento lateral telha trapezoidal galvanizada com espessura de 0,65 mm e telha trapezoidal translúcida; pé direito útil da oficina - 15 m; sistema de ventilação natural / brisas; medidas de cada box comp. 24 m x larg. 15 m; piso dos boxes da oficina em concreto para suportar as 198,0 t de uma pá carregadeira frontal tipo CAT 994 F; piso do resto da oficina em concreto para suportar 30 t; sistema de iluminação natural com telhas translúcidas intercaladas na cobertura e artificial com lâmpadas de vapor metálico. Estruturas/equipamentos das oficinas: equipamento de manutenção nos boxes - ponte rolante com carro duplo; equipamento de manuseio para oficinas e almoxarifado - ponte rolante com carro duplo; plataforma elevada do almoxarifado - metálica com chapa xadrez; Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 129 Morro do Pilar Minerais S.A. sobrecarga da plataforma do almoxarifado - 3.000 kgf/m² (2); descarregamento no almoxarifado - por empilhadeira de garfo e ponte; rolante para a plataforma elevada. Escritórios das oficinas - estrutura metálica com alvenaria de blocos de concreto. A Tabela 2-31 a seguir apresenta os equipamentos necessários nas oficinas de veículos pesados, de caldeiraria e avançada. Tabela 2-31 –Equipamentos da oficina de manutenção de veículos pesados, de caldeiraria e avançada. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição 4015 - OFICINA DE VEÍCULOS PESADOS/OFICINA CENTRAL DE MANUTENÇÃO, VESTIÁRIO E ESCRITÓRIO DA MANUTENÇÃO PR-4015-01 1 PR-4015-02 1 BUSINESS CASE Ponte Rolante Capacidade (t) = 35,0; Altura de elevação (m) = 16,0; Vão (m) = 23,0; Translação (m) = 120,0; Peso (t) = 0,03 Ponte Rolante Capacidade (t) = 25,0; Altura de elevação (m) = 16,0; Vão (m) = 23,0; Translação (m) = 90,0; Peso (t) = 0,025 Quantidade 128 69 69 59 Potência Unitária (kW) Descrição Potência Total (kW) 59 Potência Total (kW) 4030 - OFICINA DE CALDEIRARIA PR-4030-01 BUSINESS CASE 1 69 Ponte Rolante Capacidade (t) = 35,0; Altura de elevação (m) = 15,0; Vão (m) = 23,0; Translação (m) = 40,0; Peso (t) = 0,03 Quantidade 69 Potência Unitária (kW) Descrição 69 Potência Total (kW) 4070 - OFICINA AVANÇADA, SALA DE CONTROLE PRINCIPAL E ESCRITÓRIO DA OPERAÇÃO PR-4070-01 1 Ponte Rolante Capacidade (t) = 10,0; Altura de elevação (m) = 6,0; Vão (m) = 18,0; Translação (m) = 30,0; Peso (t) = 0,015 28 28 A área útil da oficina de manutenção pesada é aproximadamente 4,95ha, e está localizado ao lado da usina de beneficiamento, com uma estrada de acesso interna exclusiva para o deslocamento de caminhões fora de estrada, que faz a ligação com a área da cava/britador norte. b) Oficina de manutenção leve Localizadas em área contígua ao posto de abastecimento, descrito adiante, terão área útil de 0,14ha, e estão dimensionadas para operações de manutenção leve, como lubrificação, lavagem, inspeção, pequenos reparos e calibragem de pneus. c) Oficina de brocas Localizada em área contígua ao paiol, descrito adiante, terá área útil de 0,02ha, e está dimensionada para operações de manutenção e afilamento de brocas e perfuratrizes utilizadas nas operações de preparação dos furos para detonação com o uso de explosivos. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 130 28 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.8.1.20 Postos de abastecimento • Posto de abastecimento de veículos pesados Este posto tem a finalidade de reabastecer e prestar pequenos serviços aos caminhões fora de estrada que fazem o transporte de ROM da mina para os britadores e terá as seguintes instalações, equipamentos e sistemas: anques de óleo diesel filtrado verticais: ao tempo e dentro de bacia de contenção em concreto com drenagem oleosa; escadas e estrutura do passadiço: metálica com piso gradeado; bombas e filtros: ao tempo e dentro de caixa de contenção com drenagem oleosa; box do posto de abastecimento: área coberta com estrutura metálica e cobertura com telha trapezoidal galvanizada e aberto nas laterais para receber caminhão caminhões fora de estrada; escritório, ferramentaria e salas diversas: em alvenaria de blocos de concreto; com porta e janelas; com cobertura de telha trapezoidal galvanizada de espessura de 0,65mm; quantidade de boxes de abastecimento: 01 com acesso reto e sem manobra; piso do box de abastecimento: em bloquete intertravado, para suportar peso de um caminhão fora de estrada; piso do posto: em bloquete intertravado, para suportar o peso dos equipamentos dimensionados; sistema de iluminação do posto: natural com telhas translúcidas na cobertura e artificial com lâmpadas de vapor metálico; equipamento de abastecimento: sistema duplo com bicos especiais; sistema de atendimento avançado: ilha de lubrificação, lavagem, inspeção, pequenos reparos e calibragem de pneus; separação lama/água oleosa: pequeno fosso de decantação em concreto. No posto de abastecimento haverá, em área contígua, uma pequena oficina para manutenção leve, com área útil total de 0,14ha. 2.5.8.1.21 Sistema de tratamento de efluente industrial – ETEI Na área do posto de lavagem de veículos pesados são gerados efluentes contendo sólidos e resíduos oleosos, além de contaminantes químicos oriundos dos produtos utilizados para a lavagem dos caminhões (detergentes, desengraxantes), para os quais há necessidade de tratamento posterior visando atender os parâmetros de emissão de efluentes normalizados pelo Conama Nº NR-357. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 131 Morro do Pilar Minerais S.A. O efluente líquido da caixa separadora de óleo (SAO), contendo óleo emulsionado e produtos químicos provenientes da lavagem de veículos, será transferido por bombeamento, para uma Estação de Tratamento de Efluentes – ETEI específica para efluentes oleosos, com capacidade entre 20 e 30 m³/h, para que através de um processo físico-químico promove a eliminação de óleos e graxas emulsionados e oriundos da lavagem de peças, de veículos e de oficinas para tornar o efluente líquido gerado em um recurso reutilizável ou um objeto de descarte seguro no meio ambiente local. Os dispositivos de tratamento e funcionamento da ETEI são descritos no 2.6.8.4, pois se trata de um sistema de controle ambiental para a fase de operação. 2.5.8.1.22 Sistema de tratamento de água bruta –ETA O sistema de geração de água potável estará localizado ao lado do reservatório elevado de água nova, e consta de bombas de alimentação, da estação de tratamento de água – ETA e do reservatório de água potável. A ETA deverá adequar a água bruta, proveniente de captação nos rios Santo Antônio e Preto, aos padrões de potabilidade exigidos na PORTARIA nº. 518 do ano de 2004 do Ministério da Saúde. Configuração da ETA As ETAs serão fornecidas como unidade operacional completa, na modalidade turn key, entrega em operação, na seguinte configuração: • um escritório com laboratório incluso e sanitário; • bombas de alimentação da ETA; • calha Parshall; • tanque de mistura rápida dotado de agitador com variador de frequência; • casa de química, incluindo: • 01 tanque diário de sulfato de alumínio de 1m³, em polipropileno, dotado de sonda de nível; • 01 tanque diário de cal hidratada de 1m³, em polipropileno, dotado de sonda de nível; • 01 cilindro de cloro de 50 kg de carga; • 01 tanque diário de flúor de 1,0 m³, em polipropileno, dotado de sonda de nível; • 04 bombas dosadoras dotadas de variadores de freqüência, com suas respectivas reservas; • 01 painel elétrico de força e de controle; • controle automático de pH on-line para manter as condições ideais de floculação; • floculador mecânico primário, dotado de palheta em madeira de lei acionado por meio de motor com variador de velocidades e redutor, diretamente acoplados, com seções circulares; Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 132 Morro do Pilar Minerais S.A. • floculador mecânico secundário, dotado de palheta em madeira de lei acionado por meio de motor com variador de velocidades e redutor, diretamente acoplados, com seções circulares; • decantador de escoamento horizontal dotado de módulos tubulares; • filtro Horizontal de camada dupla; • tanque de contato; • turbidímetro on-line para monitoramento da turbidez do efluente; • instrumentação pertinente completa; • sistema de adensamento de lodo completo composto de: tanque pulmão, duas bombas de lodo (uma operacional e uma reserva), adensador de lodo dotado de raspador de lodo mecanizado, duas bombas de lodo adensado (tipo deslocamento positivo) e uma centrífuga de lodo. Reservatório de água potável A água potável produzida pela ETA será transferida para um reservatório, um tanque construído em concreto, com capacidade de 500 m³ e localizado em frente a ETA. 2.5.8.1.23 Sistema de captação e adução de água recuperada da barragem de empilhamento de rejeito drenado e reservatório de água recuperada A Tabela 2-32 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o sistema de captação e adução de água recuperada da barragem de empilhamento de rejeito drenado. Tabela 2-32 – Equipamentos para o sistema de captação e adução de água recuperada da barragem de empilhamento de rejeito drenado. BUSINESS CASE Quantidade Potência Unitária (kW) Descrição Potência Total (kW) 3015 - SISTEMA DE CAPTAÇÃO E ADUÇÃO DE ÁGUA RECUPERADA TE-3015-01 1 TE-3015-02 1 11 Talha Elétrica Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = 6,5; Translação (m) = 12,5; Peso (t) = 0,45 Talha Elétrica Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = 8,0; Translação (m) = 25,0; Peso (t) = 0,45 6 6 6 6 2.5.8.1.24 Subestações elétricas A planta terá seu suprimento de energia elétrica por uma linha de transmissão de 230kV (objeto de licenciamento específico) que alimentará uma subestação principal onde a tensão será abaixada para nível de 34,5kV para distribuição interna. A partir da Subestação Elétrica (SE) principal, sairão linhas de distribuição de 34,5kV, em cabos de alumínio nú, sustentados por postes de concreto e fixos em cruzetas de madeira. Estas linhas alimentarão subestações secundárias dentro da planta, próximo às cargas. Nas SEs secundárias haverá o rebaixamento da tensão de distribuição de 34,5kV para as tensões dos equipamentos da área, os seguintes níveis de tensão: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 133 Morro do Pilar Minerais S.A. • Equipamentos: 13,8kV, 4,16kV, 440V; • Serviços auxiliares: 380V, 220V, 110V; • Sistemas de controle: 115Vcc e 110 Vca. As subestações principal e secundárias terão transformadores de tensão, com liquido isolante tipo óleo mineral, e em suas instalações serão contemplados sistemas de coleta de efluente conforme norma ABNT, responsáveis pela coleta em caso de vazamentos. As salas elétricas serão construídas em alvenaria ou em do tipo containers, obedecendo à norma regulamentadora NR 10 na elaboração de seu projeto e execução. Basicamente, os serviços relacionados à construção das subestações elétricas constituem na execução de superestrutura em concreto pré-moldado, lajes de piso, lajes de cobertura e patamares de escadas em painéis alveolares protendidos e fundações, bacias de contenção e caixas separadoras de água e óleo em concreto armado moldado in loco, acabamentos prediais (alvenarias, pintura, revestimentos, pisos, esquadrias, bancadas e pias, coberturas em fibrocimento, etc.) e instalações hidráulicas e elétricas. A subestação elétrica terá uma área aproximada de 1,13ha. 2.5.8.1.25 Unidades de apoio operacional e administrativo • Prédio administrativo da usina Será composto por três blocos interligados, sendo dois com escritórios, e um com um auditório para 40 pessoas. Os escritórios serão compostos por sala de gerência, salas para supervisores de operação, salas para técnicos de processo e de operação, salas de engenheiros de processo e operação, sala de IPPC, sala de apoio de turno, salas para reuniões e vídeo-conferência, além de sanitários, copa. A edificação terá em torno de 485,0m² de área construída e 785,0m² de área de cobertura e será equipada com ar condicionado. • Escritório central / Sala de controle O escritório central estará localizado na entrada do platô dos prédios administrativos, ao lado da cozinha central. A edificação será composta por três blocos retangulares, sendo que um deles abrigará o Centro de Processamento de Dados – CPD - e os demais abrigarão o escritório central. As edificações terão 839 m² de área construída e 1204 m² de área de cobertura. Em um dos blocos do escritório central estará alocado a gerência geral, o planejamento em longo prazo, a gestão econômica, a gerência de meio ambiente e o setor de tecnologia da informação - TI. No outro bloco, estará o setor de qualidade, o setor de comunicação, a administração, o setor de suprimentos e o setor de recursos Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 134 Morro do Pilar Minerais S.A. humanos. Para atender a todo o escritório central, haverá sala de reuniões, sala para videoconferência, copa e sanitários. O sistema construtivo será constituído de superestrutura em pilares e vigas de concreto, vedação em alvenaria de tijolos cerâmicos e cobertura com telha de fibrocimento para a sala de controle, e sistema construtivo em pré-fabricado de madeira, do tipo modular, desmontável e remontável e com cobertura com telha de fibrocimento, para o escritório central. Os escritórios serão equipados com ar condicionado de janela. • Centro de treinamento O centro de treinamento estará localizado ao lado da cozinha central e refeitório, no platô dos prédios administrativos. Estará equipado com um auditório com capacidade para 100 pessoas, uma sala de treinamento para 41 pessoas, uma outra sala de treinamento para 24 pessoas e uma sala de reuniões para 12 pessoas. Terá também sala para treinamento de computação para 6 pessoas, sala de analistas, depósito para guarda de matéria, sanitários e copa. A edificação terá 1204m² de área construída e 1775m² de área de cobertura. O sistema construtivo será constituído de superestrutura em pilares e vigas de concreto, vedação em alvenaria de tijolos cerâmicos e cobertura com telha de fibrocimento. O centro de treinamento será equipado com ar condicionado tipo split-system. • Cozinha Central / Refeitório A cozinha central/refeitório estará localizada ao lado do escritório central/sala de controle e ao lado do centro de treinamento. A cozinha, com capacidade de produção de 2.000 refeições por dia, e o refeitório dimensionado para 1.300 refeições por dia, atenderão ao pessoal da Morro do Pilar Minerais e aos eventuais terceiros. O refeitório central terá capacidade para 250 lugares. A edificação abrigará o conjunto composto pela lanchonete e pelos sanitários. A edificação terá em torno de 1204m² de área construída e 1775m² de área de cobertura. O sistema construtivo será constituído de superestrutura em pilares e vigas de concreto, vedação em alvenaria de tijolos cerâmicos e cobertura com telha de fibrocimento para a cozinha, lanchonete e sanitários, e sistema construtivo em préfabricado de madeira, do tipo modular, desmontável e remontável e com cobertura com telha de fibrocimento, para o refeitório. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 135 Morro do Pilar Minerais S.A. O refeitório será equipado com ar condicionado tipo split-system. As áreas de cocção, preparo de café e lanches e higienização de louças serão providas de sistema de exaustão. • Refeitório da usina O refeitório da usina estará localizado ao lado do vestiário da usina. Receberá as refeições semi-prontas da cozinha central. A cozinha terá capacidade de distribuição de 1.000 refeições e o refeitório terá 200 lugares. A edificação terá em torno de 470,0m² de área construída e 588,0m² de área de cobertura. O sistema construtivo será constituído de superestrutura em pilares e vigas de concreto, vedação em alvenaria de tijolos cerâmicos e cobertura com telha de fibrocimento, para a área de cozinha, enquanto que, para área de refeitório, será adotado o sistema construtivo em pré-fabricado de madeira, do tipo modular, desmontável e remontável, com cobertura também em telha de fibrocimento. O refeitório será equipado com ar condicionado tipo split-system. • Vestiário da mina O vestiário da mina estará localizado ao lado do escritório da mina, no platô da britagem primária. Atenderá aos funcionários que trabalham na operação da mina e terá um total de 150 armários no vestiário masculino e 30 no feminino. As instalações sanitárias estarão dimensionadas para atender até 75 funcionários simultaneamente. A edificação terá 292,0m² de área construída e 353,0m² de área de cobertura e será composta por sala de armários, sala de treinamento e diálogo de segurança, sala de rádio, almoxarifado, sala de supervisores e instrutores, vestiários masculino e feminino, de copa e bebedouros. O sistema construtivo será constituído de superestrutura em pilares e vigas de concreto, vedação em alvenaria de tijolos cerâmicos e com cobertura em telha de fibrocimento. O posicionamento das janelas permitirá a ventilação cruzada no interior da edificação. • Vestiário da usina O vestiário da usina estará localizado ao lado do refeitório da usina e atenderá aos funcionários que trabalham na usina. Terá um total de 750 armários no vestiário masculino e 100 no feminino. As louças sanitárias estarão dimensionadas para atender, no máximo, 250 funcionários simultaneamente. A edificação terá 257,0m² de área construída e 343,0m² de área de cobertura. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 136 Morro do Pilar Minerais S.A. O sistema construtivo será constituído de superestrutura em pilares e vigas de concreto, vedação em alvenaria de tijolos cerâmicos e com cobertura em telha de fibrocimento. O posicionamento das janelas permitirá a ventilação cruzada no interior da edificação. • Portaria principal / Balança A portaria principal estará localizada na entrada da planta, de forma a controlar a entrada e saída de veículos e pessoas. A edificação será destinada ao controle de acesso, à segurança patrimonial, à recepção e ao treinamento. Será adotado o sistema construtivo em pré-fabricado de madeira, do tipo modular, desmontável e remontável, com cobertura com telha de fibrocimento. A edificação terá 99,0m² de área construída e 137,0m² de área de cobertura e será equipada com ar condicionado de janela. 2.5.9 Empilhamento de rejeito drenado O rejeito do processo da exploração do minério será depositado de acordo com a tecnologia de empilhamento de rejeito drenado, em contraposição à disposição tradicional de rejeitos. Esta tecnologia será descrita em detalhes nos subitens da fase de operação desta estrutura. Considerando a produção total de rejeitos prevista para os 20 anos de operação do empreendimento foi projetada a implantação de duas estruturas: a barragem de empilhamento de rejeito drenado do Vale do córrego do Brumado e o empilhamento de rejeito drenado dentro do Pit Norte. Uma síntese das alternativas locacionais estudadas para implantação desta estrutura foi apresentada no capítulo de alternativas locacionais. Para o início da operação da barragem de empilhamento de rejeito drenado, a área a ser utilizada será preparada, envolvendo os mesmos serviços preliminares comuns às outras áreas do empreendimento: sondagem, supressão de vegetação, demolição de interferências, remoção da camada superficial de solo orgânico. 2.5.9.1 Barragem de empilhamento de rejeito drenado - Vale do Córrego do Brumado Localização e caracterização da disposição de rejeito Para definição da melhor disposição do rejeito, a Morro do Pilar Minerais desenvolveu em parceria com a consultoria Pimenta de Ávila, renomada empresa da área, um estudo de alternativas para avaliar a melhor condição tecnológica e locacional para disposição de rejeito. O estudo de alternativas realizado, concluiu que, para disposição dos rejeitos, a alternativa mais viável, dos pontos de vista, técnico e econômico, seria a utilização do vale do córrego Brumado, na região próxima a planta, com uma elevação final definida 645,0m. A localização do ponto definido no estudo de alternativas é apresentada na Figura 2-14 a seguir: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 137 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-14 – Localização da barragem de empilhamento de rejeito drenado em relação a outras estruturas do empreendimento – eixo do córrego do Brumado. O eixo da barragem de empilhamento de rejeito drenado foi locado nas proximidades da confluência do córrego Brumado com o rio Picão, segundo as coordenadas apresentadas nas Tabela 2-33 e Tabela 2-34 a seguir: Tabela 2-33 - Coordenadas do eixo da barragem de empilhamento de rejeito drenado na bacia do córrego do Brumado - Dique de partida. Ombreira Coordenada Norte (N) Coordenada Leste (E) Direita N = 7.875.630,405 E = 674.630,195 Esquerda N = 7.876.054,123 E = 674.921,519 Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 138 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-34 - Coordenadas do eixo da barragem de empilhamento de rejeito drenado na bacia do córrego do Brumado - Dique final. Ombreira Coordenada Norte (N) Coordenada Leste (E) Direita N = 7.875.634,347 E = 674.446,294 Esquerda N = 7.876.232,081 E = 674.855,561 Os estudos de alternativas tecnológicas de disposição de rejeitos apontaram como alternativa mais indicada à disposição hidráulica. O lançamento do rejeito nesses aterros é feito por via hidráulica e os equipamentos mais comumente utilizados são os Hidrociclones ou os Spiggotings, os quais geram as chamadas “praias” do aterro. Essa definição será realizada em etapas posteriores de projeto. Uma das características mais importantes dos aterros hidráulicos é a segregação sedimentar, onde o material lançado sofre uma classificação em função da granulometria, da forma das partículas e da densidade real dos grãos, formando um gradiente de concentração dentro do conjunto. O conhecimento da segregação do material é fundamental para que se possa avaliar com maior precisão o comportamento do material lançado, responsável pela estabilidade e segurança do empilhamento. A Figura 2-15 a seguir, apresenta detalhamento das áreas de disposição na barragem de empilhamento de rejeito drenado no vale do córrego do Brumado, de acordo com o tipo de rejeito, e a localização dos diques. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 139 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-15 – Detalhamento das áreas de disposição e diques da barragem de empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado. Dique de sela 5B Captação de água Corpo de lançamento de rejeito de flotação Canal extravasor Dique de sela 6 Maciço final Dique de sela 5A Dique de partida Ponto de lançamento de lama Dique de sela 4 Ponto de lançamento de lama Dique de sela 3 Dique de sela 2 Dique de sela 1 Documento nº Data: Página: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 140 Lançamento de rejeito de flotação Captação de água Morro do Pilar Minerais S.A. A Tabela 2-35 a seguir apresenta os principais dados de área da barragem de empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado. Tabela 2-35 - Áreas das bacias e dos diques da barragem de empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado. Áreas - empilhamento drenado do Brumado bacia total + diques + sedimentacao bacia de sedimentação (A) dique da bacia de sedimentacao (B) (A + B) Bacia de disposicao de rejeito fino + grosso Bacia de empilhamento drenado de rejeito grosso Bacia de disposição de lamas Bacia de disposição de lamas + diques laterais Diques de contenção lateral dique 1 dique 2 dique 3 dique 4 dique 5 Diques principais Dique p.1 Dique p.3 Dique p.2 ha 540,95 0,85 0,26 1,11 209,72 50,72 249,19 253,93 0,85 1,50 0,52 0,92 0,95 14,72 5,01 11,03 Para transporte do rejeito grosso e lama entre a usina de beneficiamento e a área da barragem de empilhamento de rejeito drenado são previstas tubulações separadas, com pontos de lançamento distintos. O duto de lama tem extensão de 4,4km e o duto de rejeito tem extensão de 5,1km. O balanço de massas, os estudos de dimensionamento do reservatório e os estudos locacionais do eixo, bem como a análise das características dos rejeitos de flotação, mostraram que conceito mais apropriado para o sistema de disposição de rejeitos em questão, seria o conceito do empilhamento de rejeito drenado em que o dique de partida é alteado com o próprio rejeito para montante. O empilhamento drenado se caracteriza por um maciço permeável, construído com rejeitos granulares e, portanto com boa drenabilidade. Desta forma, obtêm-se maciços não saturados com uma maior estabilidade. Ademais, em caso de rupturas, o empilhamento drenado apresenta um menor potencial de dano, pois como o rejeito se encontra drenado, a massa carreada não atingirá grandes distâncias. Além disso, obtêm-se condições mais seguras para os alteamentos para montante, pois o rejeito lançado (fundação para os alteamentos) apresenta boa drenabilidade e portanto, o adensamento ocorre de maneira rápida, ou seja, há um ganho de resistência condicionando a construção dos alteamentos. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 141 Morro do Pilar Minerais S.A. Os empilhamentos drenados são construídos em etapas: dique de partida em aterro compactado convencional e alteamentos sucessivos utilizando como material de construção o rejeito de flotação. A forma de construção dos empilhamentos drenados representa também um fator que contribui para que este tipo de estrutura se caracterize como uma solução bastante atrativa, pois como esta estrutura é construída em etapas, seus custos de implantação são diluídos ao longo da sua vida útil. A capacidade de armazenamento de rejeito é para 7 anos de lançamento de rejeito da concentração e 20 anos de lançamento de lama. Para os 13 anos de lançamento de rejeito de concentração restantes até a exaustão da mina, está previsto o aproveitamento da cava da mina do pit norte, utilizando o mesmo processo da barragem do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego Brumado. 2.5.9.1.1 Características do vale selecionado - Córrego Brumado O córrego do Brumado está encaixado em um vale aberto. Trata-se de um vale extenso, com aproximadamente 6 km de extensão, cuja capacidade de armazenamento, em função do conceito adotado para estruturas de barramento, pode atingir a ordem de 156 Mm3 de rejeitos. Esse vale encontra-se localizado a nordeste da cidade Morro do Pilar – MG. O curso d’água principal (córrego do Brumado) se configura como um afluente do rio Picão, que se caracteriza como um dos afluentes do rio Santo Antônio. A área de drenagem de sua bacia de contribuição atinge 12 km2. 2.5.9.1.2 Estudos e projetos geotécnicos, hidrológicos e hidráulicos do sistema de empilhamento de rejeito drenado Estudos e projetos geotécnicos Os estudos geotécnicos desenvolvidos para o empilhamento de rejeito drenado contemplaram os seguintes tópicos: • Dimensionamento do dique de partida; • Dimensionamento do maciço final; • Análises de percolação; • Análises de estabilidade; • Dimensionamento do sistema de drenagem interna; e • Monitoramento e instrumentação do empilhamento de rejeito drenado. Para o dimensionamento do dique de partida, do maciço final, bem como para a definição do sequenciamento dos alteamentos foram utilizados resultados de análises de percolação e de estabilidade, desenvolvidas para a condição de operação normal do empilhamento, ou seja, com um modelo de fluxo estabelecido (regime permanente). A análise de percolação foi desenvolvida Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 142 Morro do Pilar Minerais S.A. de forma a fornecer a rede de fluxo, bem como a linha piezométrica, as quais subsidiaram as análises de estabilidade. Já as análises de estabilidade, desenvolvidas com a linha piezométrica fornecida pela análise de percolação, forneceram os fatores de segurança (FS) para o empilhamento de rejeito drenado, para diversas superfícies de ruptura, na condição normal de operação. As análises de percolação subsidiaram ainda o dimensionamento da drenagem interna do dique de partida, fornecendo dados de vazão percolada na entrada de cada dispositivo proposto. Esses dados também permitiram projetar um sistema de drenagem interna otimizado, o que reflete diretamente nos custos de implantação do empilhamento, dado o elevado custo dos materiais envolvidos. Por fim, as análises de percolação e de estabilidade também permitiram a elaboração de uma carta de risco, com determinação de elevações das linhas piezométricas para as condições de normalidade, de alerta e de emergência, para utilização na rotina de monitoramento do empilhamento de rejeito drenado. A partir dessa carta de risco então, foram dimensionados os instrumentos necessários para o monitoramento e controle da segurança do empilhamento. 2.5.9.1.2.1 Dique de partida O conceito de empilhamento de rejeito drenado, em que o dique é alteado com o próprio rejeito, adotado para o sistema de disposição de rejeitos, exige, para sua implantação, a construção de um dique de partida inicial, o qual deve suportar os alteamentos que serão executados com o rejeito de flotação. Esse dique normalmente é executado como uma barragem convencional, de aterro compactado. Dentro desse contexto, a elevação do dique de partida deve ser definida levando-se em consideração as seguintes premissas: • possuir a menor altura possível, de forma a reduzir os custos de implantação do mesmo; • permitir que o reservatório formado fosse capaz de receber a disposição de rejeitos por um período de no mínimo um ano; • permitir a disposição dos sedimentos estimados para o mesmo período; • fornecer uma borda livre tal que permita a otimização das dimensões do sistema extravasor operacional. Sendo assim, utilizando-se a produção de rejeitos, os cálculos de volume a ser depositado no dique de partida mostraram que, para atender às premissas acima mencionadas (volume para um ano de operação), o dique de partida do empilhamento de rejeito drenado do córrego do Brumado deveria ser capaz de armazenar no mínimo 17 Mm3. Estudos e projetos hidrológicos/hidráulicos Os estudos hidrológicos/hidráulicos, por sua vez, apontaram para a necessidade de uma borda livre mínima de 2,5m no dique para que o sistema extravasor, dimensionada com os critérios Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 143 Morro do Pilar Minerais S.A. definidos no estudo, apresentasse dimensões consideradas razoáveis do ponto de vista de implantação e operação. Analisando-se a curva Cota x Volume Figura 2-16 do reservatório pôde-se concluir então que, para atendimento a todas as premissas acima descritas, o dique de partida deveria ter sua crista implantada na elevação 595,0m. Figura 2-16 - Curva Cota x Volume do reservatório na EL 595,00m. Co Características do dique de partida Considerando a elevação da crista mencionada, foi definida então a geometria do maciço do dique de partida. A geometria inicial de um dique é comumente definida de acordo com a experiência da projetista e com as boas práticas de engenharia de barragens. Essa geometria inicial deve ser testada nas análises de percolação e estabilidade, de forma a assegurar que os fatores de segurança (FS) mínimos exigidos pela norma brasileira sejam atendidos. Em função dos resultados obtidos nessas análises, a geometria do dique é então ajustada, caso os FS obtidos sejam inferiores a 1,5 ou, otimizada, caso os mesmos sejam muito superiores a esse mesmo valor. Ressalta-se que a otimização ou não do talude é uma prerrogativa da projetista, que deve levar em consideração para essa decisão, sua experiência em projetos semelhantes, bem como o nível de confiança das informações disponibilizadas para o estudo. Dentro desse contexto, a geometria do dique de partida foi definida com as seguintes características: • Elevação da crista: 595,0m; • Altura entre bermas: 10,0m; • Inclinação dos taludes entre bermas: 1V:2H; • Inclinação do talude de montante: 1V:2H; Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 144 Morro do Pilar Minerais S.A. • Largura da crista: 10,0m; • Largura das bermas: 5,0m; • Comprimento da crista: 515,0m. Visando garantir a segurança da barragem e atendendo às recomendações internacionais para projetos de barragens, a estrutura foi dotada de um dreno de fundo, de um filtro de areia inclinado na face do talude de montante (dreno de paramento), ambos interligados a um tapete drenante sob toda a sua base, cujas dimensões foram definidas com base nos resultados de vazões obtidos nas análises de percolação. O tapete, por sua vez, se interliga ao dreno de pé de enrocamento, o qual além de contribuir para a segurança do pé do dique, delimita o off-set final da estrutura. A seção típica final do dique de partida é apresentada na Figura 2-17 a seguir. Figura 2-17 - Seção típica do dique de partida do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado. 2.5.9.1.2.2 Maciço final O maciço final do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado foi então definido como um maciço heterogêneo, formado por um dique de partida inicial em aterro compactado e alteado com rejeito de flotação. A elevação final da crista do empilhamento, da mesma forma que para o dique de partida, foi definida em função do volume de rejeito, e sedimentos a serem depositados. Conforme premissa definida pela Morro do Pilar Minerais, o período considerado para o cálculo do volume final deveria ser de 20 anos de operação, sendo 7 anos para disposição de rejeito e lama e 13 somente para lama. Nesse caso, o volume final obtido foi de 156,0Mm3. Analisando-se mais uma vez a curva Cota x Volume do reservatório do empilhamento de rejeito drenado Figura 2-18, pôde-se concluir que a crista final deveria ser implantada na elevação 645,0m. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 145 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-18 - Curva Cota x Volume do reservatório na EL 645,00 m. As barragens alteadas com a utilização de rejeito podem ser construídas através de 03 métodos: pelo método de montante, pelo método de linha de centro ou pelo método de jusante. A escolha do método construtivo, que deverá ser aquele que garanta a segurança da estrutura, está condicionada pelas características do rejeito, pela topografia do vale e pela altura final do empilhamento de rejeito drenado. No caso do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado, dada a geometria do vale, para que o empilhamento pudesse atingir a elevação final de 645,0m, foi necessária a adoção do alteamento pelo método de montante. As elevações dos alteamentos foram definidas de acordo com a premissa de que os alteamentos deveriam possuir 5,0m de altura, para não comprometer a estabilidade da estrutura. Assim, foram definidos 10 alteamentos, a partir do dique de partida na El. 595,0 m. Dentro desse contexto, a geometria do maciço final do empilhamento de rejeito drenado do córrego do Brumado foi consolidada com as seguintes características: • Elevação da crista: 645,0m; • Altura entre bermas: 5,0m; • Inclinação dos taludes entre bermas: 1V:2H; • Inclinação dos taludes de montante: 1V:2H; • Largura da crista na elevação: 10,0m; • Largura das bermas: 5,0m; • Comprimento da crista: 725,0m. No que diz respeito à drenagem interna, dado que o rejeito de flotação se configura como um material de boa drenabilidade, com características semelhantes a de uma areia, optou-se pela Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 146 Morro do Pilar Minerais S.A. não extensão do filtro inclinado e do tapete drenante durante os alteamentos. Portanto, o sistema de drenagem interno do empilhamento de rejeito drenado final permanecerá com a configuração definida para o dique de partida, ou seja, constituiu-se basicamente de dreno de fundo, dimensionados para atender à vazão percolada pelo empilhamento, dada pela análise de percolação, mais a vazão de fundo de talvegue, constitui-se também de um dreno de paramento (localizado no talude de montante), de um tapete drenante de areia e de um dreno de pé de enrocamento. De modo a aproveitar toda água percolada através do empilhamento de rejeito drenado, está previsto a implantação de um dique de 5 metros de altura. A vazão ecológica será mantida através de sistema extravasor e o volume restante será recuperado por um sistema de bombeamento constante. Quanto ao sistema de drenagem superficial do talude de jusante, o mesmo foi concebido com canaletas de bermas circulares e descidas d´água retangulares. Visto que o empilhamento de rejeito drenado final apresenta grandes extensões de bermas, as descidas d´água serão implantadas não só nas duas ombreiras, mas também em posições intermediárias no talude, visando minimizar as dimensões dos dispositivos das bermas. Por fim, visando assegurar a integridade do talude de jusante no que diz respeito a erosões, foi definido um sistema de proteção vegetal dos taludes, cujas espécies a serem utilizadas deverão ser definidas posteriormente. Dada a granulometria do rejeito de flotação, para viabilizar a implantação da cobertura vegetal, foi prevista a cobertura de todo o talude de jusante uma camada de 30 cm de laterita. Uma seção típica do maciço final da barragem do empilhamento de rejeito drenado é apresentada na Figura 2-19 a seguir: Figura 2-19 - Seção típica do maciço final do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado. 2.5.9.1.2.3 Análises de percolação As análises de percolação feitas para o empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado foram desenvolvidas visando-se obter informações sobre o fluxo da água no interior do maciço, mais especificamente a linha piezométrica, cuja posição condiciona efetivamente a Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 147 Morro do Pilar Minerais S.A. estabilidade do maciço, bem como as vazões na entrada dos dispositivos de drenagem interna propostos, de forma a permitir o dimensionamento dos mesmos. Para as análises foi utilizado o Programa Slide (versão 5.0), desenvolvido pela empresa RocScience. Foram realizadas modelagens de percolação para o dique de partida e para elevação final do empilhamento, em regime permanente. Para todas as análises, foram utilizadas as seções, do dique de partida e do maciço final, consideradas as mais críticas. A “praia” de decantação foi modelada como nula, no caso do dique de partida (maciço em solo) e com um comprimento de 200m, no caso do maciço final, de forma a atender à premissa definida para o projeto. A elevação da “praia” de rejeito de flotação foi adotada como 2,5m abaixo da elevação da crista, no caso do dique de partida (EL. 5925 m), visando atender à borda livre que se mostrou necessária nos estudos hidráulicos para o dimensionamento do vertedouro operacional. Já para o maciço final, foi adotada uma borda livre de 2,5m, estabelecendo a elevação do nível da “praia” para as análises na EL. 642,5m. Os parâmetros utilizados nas análises foram estimados pela projetista e encontram-se apresentados na Tabela 2-36 a seguir: Tabela 2-36 - Coeficientes de permeabilidade (k) adotados nas análises de percolação. Materiais k (m/s) Rejeito de flotação 1,00E-05 Rejeito de flotação - Compactado 1,00E-06 Maciço argiloso 1,00E-8 Filtro 1,00E-03 Fundação 1,00E-09 Das análises de percolação foram obtidas as vazões para o dimensionamento dos dispositivos de drenagem interna. As vazões que condicionaram o dimensionamento do filtro vertical, inclinado e do tapete drenante foram obtidas dos resultados da análise do dique de partida, uma vez que esses dispositivos somente serão implantados nessa fase do empilhamento. O dreno de fundo, que atenderá a todas as etapas do empilhamento foi, por sua vez, dimensionado considerando-se as vazões que percolam pelo filtro inclinado e pelo tapete drenante e mais a vazão do fundo do vale. Os resultados das análises mostraram as seguintes vazões: • filtro vertical e inclinado: q = 8x10-9m³/s; • tapete drenante: q = 3,2x10-7m³/s. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 148 Morro do Pilar Minerais S.A. A Figura 2-20 a seguir mostra o resultado obtido na análise do dique de partida, considerando o reservatório preenchido por água. Os resultados foram obtidos por modelagem no Slide (versão 5.0). Figura 2-20 - Análise de percolação no dique de partida, considerando o reservatório preenchido com água. 2.5.9.1.2.4 Análises de estabilidade As análises de estabilidade feitas para o empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado foram desenvolvidas visando-se avaliar a segurança do empilhamento, do ponto de vista da estabilidade de seus taludes, com relação a rupturas locais e global, pela fundação e entre bermas. Foi avaliado apenas o talude de jusante, para diversas condições de saturação, visto que o mesmo se configura como o talude crítico para a estabilidade global do empilhamento. Para as análises foi utilizado o Programa Slide (versão 5.0) desenvolvido pela empresa canadense Rocscience. Foram realizadas análises de estabilidade para o dique de partida e para elevação final do empilhamento. Para obtenção do FS de segurança de ambas estruturas para condição de operação normal, foi incorporada ao modelo, a linha piezométrica obtida na análise de percolação, para a condição de regime permanente. Para as análises foi considerado o critério de ruptura de Mohr–Coulomb e o método de equilíbrio limite de Spencer. Este método de equilíbrio limite satisfaz tanto o equilíbrio de forças quanto o de momentos, assumindo uma função seno de forças entre as fatias. As análises foram realizadas em condições saturadas e considerando parâmetros de resistência associados a uma condição drenada e utilizando-se de superfícies de ruptura circulares. Os parâmetros utilizados nas análises foram estimados pela projetista e encontram-se apresentados na Tabela 2-37 a seguir: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 149 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-37 - Parâmetros de resistência adotados nas análises de estabilidade. Material γ (kN/m³) Ângulo de atrito - φ (°) Coesão – c (kPa) Rejeito de flotação 20 35 20 Maciço argiloso 18 27 40 Filtro 20 40 2 Fundação 20 30 20 Das análises de estabilidade foram obtidos os fatores de segurança (FS), para a ruptura global, para as condições de normalidade, alerta e emergência. Ressalta-se que, para o dique de partida, tendo em vista que o mesmo sofrerá processos de alteamento desde o início da operação do empilhamento, foi verificada a estabilidade apenas para ruptura global, na condição da freática normal. Também foram obtidos FS para rupturas locais e entre bermas. Os resultados das análises mostraram os FS apresentados nas Figura 2-21 e Figura 2-22 a seguir: Figura 2-21 - Resultado da análise de estabilidade do dique de partida. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 150 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-22 - Resultado da análise de estabilidade do maciço final. Observando-se os resultados apresentados nas figuras acima, pode-se concluir que os taludes de jusante das estruturas, tanto do dique de partida como do maciço final atendem, para todas as condições analisadas, os fatores de segurança preconizados pela norma brasileira NBR 13028 “Mineração – Elaboração e Apresentação de Projeto de Barragens para Disposição de Rejeitos, Contenção de Sedimentos e Reserva de Água”, em que para o talude de jusante em condição normal de operação, o FSmín = 1,5. Considerando que o FS para a condição de operação normal obtido para a ruptura global do dique de partida e do maciço final se mostraram pouco acima do FSmín, a geometria do mesmo foi considerada adequada para as premissas de projeto. Dado o baixo nível de confiabilidade das características dos rejeitos, não foram realizadas análises de estabilidade para condição do final de construção e rebaixamento rápido. Em fases posteriores do projeto, mediante resultados mais precisos dos parâmetros de resistência dos materiais, essas análises deverão ser realizadas de modo a atender a NBR 13028. 2.5.9.1.2.5 Drenagem interna O sistema de drenagem interna do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado, dada às características da estrutura, foi concebido separadamente para o dique de partida, que deverá operar por apenas um ano, e para o maciço final, que atingirá sua elevação máxima após 19 anos de operação do empilhamento. O sistema de drenagem interna do dique de partida foi concebido como um sistema composto por um filtro vertical e inclinado, um tapete drenante e um dreno de fundo (Figura 2-23). Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 151 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-23 – Esquema do sistema de drenagem interna do dique de partida. O dimensionamento desses dispositivos foi realizado considerando-se um fluxo laminar pelos mesmos, sendo adotada, portanto, a Lei de Darcy: q = k *i * A onde: q = vazão que chega ao filtro, dada pela análise de percolação; k = coeficiente de permeabilidade do material do filtro/dreno, considerando que ambos serão executados, a princípio, com areia, k = 1,0 x 10-4m/s; i = gradiente hidráulico; A = área da seção transversal ao fluxo. O gradiente hidráulico é determinado pela equação: i= ∆H ∆L Sendo: ∆H = diferença de carga total entre a entrada e a saída da água; ∆L = Comprimento/altura do dispositivo; A = área da seção transversal, obtida pela equação: A = B * L , onde: B = largura / espessura do dispositivo; L = comprimento do dispositivo. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 152 Morro do Pilar Minerais S.A. Filtro vertical e inclinado Como a vazão obtida da análise de percolação é dada em vazão/metro, para ambos os dispositivos o comprimento L pode ser considerado igual a 1. No caso do filtro inclinado, o fluxo pode ser considerado como vertical, o que faz com que o gradiente hidráulico seja unitário. A vazão obtida a partir das análises de percolação desenvolvidas com o programa Slide, para o dique de partida, resultou em uma vazão igual a q = 8 x 10-9m3/s/m. Adotando-se um fator de segurança para essa vazão igual a 10, tem-se que a vazão de dimensionamento do filtro inclinado é igual a q = 8 x 10-8m3/s/m. Substituindo-se os valores de gradiente hidráulicos e vazão na equação de Darcy, obtêm-se os seguintes resultados: • largura do filtro vertical e inclinado: B = 0,1cm; As boas práticas de engenharia de barragens recomendam que, para se evitar possíveis estrangulamentos e comatações dos dispositivos de drenagem interna durante sua execução e operação, não devem ser adotados valores inferiores a 80cm para o filtro vertical ou inclinado. Tapete drenante Para o tapete drenante, considerando-se que o ∆L é, no mínimo, 10 vezes maior que o ∆H, o gradiente hidráulico foi considerado como 0,1. O comprimento para o cálculo da vazão foi considerada como metade do comprimento da crista e para o cálculo da espessura, o comprimento longitudinal (eixo do córrego) da crista até o dreno de pé. A Figura 2-24 a seguir apresenta o esquema do fluxo no tapete drenante. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 153 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-24 - Esquema do fluxo no tapete drenante. A vazão obtida a partir das análises de percolação desenvolvidas com o programa Slide, para o dique de partida, resultou em uma vazão igual a q = 3,2 x 10-7m3/s/m. Adotando-se um fator de segurança para essa vazão igual a 10, tem-se que a vazão de dimensionamento do filtro inclinado é igual a q = 3,2 x 10-6m3/s/m. Substituindo-se os valores de gradiente hidráulico e vazão na equação de Darcy, obtém-se os seguintes resultados: • espessura do tapete drenante: B = 1,0m. As boas práticas de engenharia de barragens recomendam que não devem ser adotados valores inferiores à 1,0m para o tapete drenante. Os tapetes drenantes de areia também não devem exceder 2,0m de espessura, devido aos altos custos relacionados a esse material. Caso espessuras maiores sejam obtidas no dimensionamento, o tapete de areia deve ser substituído por um tapete sanduíche (com brita), minimizando sua espessura. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 154 Morro do Pilar Minerais S.A. Dreno de fundo O tapete drenante se interliga, no final, a um dreno de pé, que deverá ser construído no offset de jusante do dique de partida, de forma a proteger a saída do tapete e, principalmente, proteger o pé do maciço do dique, evitando-se assim possíveis rupturas pelo pé da estrutura. Para o dimensionamento do dreno de fundo, foi utilizado o método de Wilkins, dado que o fluxo nesse dispositivo não é mais laminar, mas sim, turbulento. Considerando as formulações de Wilkins, tem-se que a área útil da seção transversal do dreno de fundo é dada pela seguinte equação: A= Q n * Vv onde: Q= vazão de projeto; n = porosidade do material do dreno de fundo; Vv = velocidade do fluxo no dreno de fundo. Para o cálculo da velocidade de fluxo, “Wilkins” estabelece a seguinte correlação: Vv = W * m 0,5 * i 0,54 onde: Vv = velocidade do fluxo no dreno de fundo; W = constante empírica que depende da forma e da rugosidade das partículas da rocha e da viscosidade da água; m = raio hidráulico médio; i = gradiente hidráulico. Para cálculo da seção do dreno, Wilkins estabelece correlações entre o tamanho do bloco adotado para a construção do dreno e os parâmetros da sua equação de velocidade, acima apresentada. Essas correlações encontram-se apresentadas na Tabela 2-38 a seguir: Tabela 2-38 - Variáveis de “Wilkins”. Rock Size In 0,75 2,00 m in 0,09 0,24 Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 m0,5 in0,5 0,30 0,49 Página: 155 W.m0,5 in/s 10,00 16,00 Morro do Pilar Minerais S.A. Rock Size In 6,00 8,00 24,00 48,00 m in 0,75 0,96 3,11 6,43 m0,5 in0,5 0,87 0,98 1,76 2,54 W.m0,5 in/s 28,00 32,00 58,00 84,00 Para o cálculo do dreno de fundo do empilhamento de rejeito drenado, foi adotado brita 3, cujo bloco apresenta diâmetro médio de 1,77”, o qual apresenta uma porosidade n = 0,28. Para esse diâmetro a correlação W.m0,5 dada pela Tabela 2-38 é igual a 16in/s. Da mesma forma que o tapete drenante, foi adotado para o dreno de fundo um gradiente hidráulico igual a 0,1. Substituindo-se os valores obtidos para a correlação W.m0,5 e para o gradiente hidráulico na equação de velocidade de fluxo de Wilkins, tem-se que a velocidade do fluxo, pelo dreno de fundo do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado, será igual a 10,06cm/s. O dreno de fundo do empilhamento de rejeito drenado deverá ser capaz de suportar o fluxo proporcionado pela soma das vazões do filtro inclinado e do tapete drenante do dique de partida, pois os mesmos se interligam no dreno de fundo, mais a vazão do fundo do vale. As vazões que percolam pelo filtro e pelo tapete foram obtidas através das análises de percolação efetuadas para o dique de partida, tendo sido apresentadas no dimensionamento desses dispositivos. Correspondem a 3,2 x 10-7m3/s/m. Da mesma forma que para os dimensionamentos do filtro e do tapete do dique de partida, para o dimensionamento do dreno de fundo, às vazões obtidas através da modelagem feita no Slide foi aplicado um fator de segurança igual a 10. As vazões obtidas pela simulação numérica são fornecidas em m3/s/m e, portanto, devem ser totalizadas em função dos seus comprimentos. Considerando-se o comprimento da crista, respectivamente, tem-se que a vazão total Q, que percola pelo dreno de fundo, resulta em 2.320cm3/s. Substituindo-se, na equação de fluxo turbulento de Wilkins, os valores da porosidade do bloco selecionado (brita 3, aproximadamente 2”) e os valores da velocidade de fluxo e vazão total obtidos nos cálculos acima descritos, tem-se que a área útil necessária na seção hidráulica do dreno de fundo, para atender à toda vazão de projeto, deve ser, no mínimo, igual 0,1m2. Diante desse resultado, definiu-se que o dreno de fundo teria uma seção trapezoidal com as seguintes dimensões: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 156 Morro do Pilar Minerais S.A. • base menor (b) = 0,80m; • base maior (B) = 3,8m; • altura (h) = 1,0m. Para atender aos critérios de drenos e filtros definidos por Terzaghi e fundamentais para o perfeito funcionamento de sistemas de drenagem interna, foram definidas camadas de transição entre os materiais do dreno de fundo e o aterro compactado. Considerando que o material do dreno feito de brita 3 está em contato com o tapete drenante de areia, foram definidas três camadas de transição entre os dois materiais, cada uma com 25cm de espessura e constituídas pelos seguintes materiais, intercalados na sequência do dreno para o tapete: brita 1, brita 0 e areia. O tapete drenante, por sua vez, está em contato com o material do aterro. Normalmente as areias comerciais fazem uma transição adequada com os materiais utilizados para a construção de aterros. No entanto, em fases posteriores desse projeto, quando se dispuser de informações sobre a granulometria do material de empréstimo, esses critérios deveriam ser reavaliados para a relação solo compactado x areia. Da mesma forma que no sistema de drenagem do dique de partida, visando proteger a saída do dreno de fundo e, principalmente, proteger o pé do maciço final contra rupturas locais, o dreno de fundo será interligado, no offset final do empilhamento, a um dreno de pé construído em enrocamento, também com brita 3. 2.5.9.1.2.6 Monitoramento e instrumentação do empilhamento de rejeito drenado Será executado na fase operacional, o monitoramento e o controle dos fatores que irão contribuir para o aumento da segurança do empilhamento de rejeito drenado. No caso do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado, dado o conceito da estrutura (empilhamento de rejeito drenado), o método construtivo selecionado (alteamentos por montante), a dimensão do reservatório (cerca de 168Mm3) e a altura final do maciço, os cuidados com o controle e monitoramento do maciço e de suas estruturas anexas serão considerados atividades com prioridade de nível 1 na rotina de operação do empilhamento. Para fase operacional será desenvolvido um Manual de Operação do Empilhamento de rejeito drenado, um Plano de Controle e Monitoramento e um Plano de Ações Emergenciais (PAE). Considerando que as condições de fluxo e de poropressão em barragens são condicionantes de sua estabilidade e que, em barragens de grande porte deslocamentos consideráveis da estrutura também podem vir a provocar uma ruptura, foram previstos os seguintes instrumentos para o empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado: • piezômetros do tipo Casagrande; • piezômetros elétricos; • inclinômetros; • marcos superficiais; e Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 157 Morro do Pilar Minerais S.A. • medidores de nível d`água nas ombreiras. Os instrumentos acima mencionados visam permitir o controle e monitoramento dos fatores críticos relacionados à estabilidade da estrutura. Além desses instrumentos, o projeto de instrumentação propôs também a implantação de medidores de nível d’água na saída dos drenos de fundo. Esses medidores têm a função de fornecer informações para verificação da aderência das vazões utilizadas no dimensionamento da drenagem interna e, eventualmente, propor ações corretivas caso, as vazões utilizados no cálculo não se mostrem adequados à situação verificada em campo. 2.5.9.1.2.7 Sistema extravasor O sistema extravasor do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado está posicionado no lado esquerdo do reservatório. Para a etapa inicial (El. 595,00 m), a concepção do sistema de extravasamento da estrutura consiste na utilização de vertedouro do tipo emboque de canal com seção trapezoidal e revestimento em enrocamento. Já para a etapa final (El. 645,00 m), o tipo de vertedouro a ser adotado é de soleira espessa com emboque em seção retangular e revestimento em concreto. Segurança do sistema extravasor frente às cheias de projeto O critério de segurança, adotado para dimensionamento do sistema extravasor de emergência do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado, mesmo para etapas operacionais, fica associado a evento de cheia com TR = 10.000 anos, com borda livre remanescente14 mínima igual a 1,0 m. Esse critério adotado para a cheia de projeto é fixado em função da dimensão da estrutura e do nível de risco a jusante, em caso de acidente com ruptura do maciço, conforme critérios definidos pelo ICOLD (1992)15. Esses critérios foram ajustados pelo CBDB e efetivamente recomendados para aplicação no caso de estruturas de mineração (Pinheiro, 2011)16. Características do sistema extravasor O canal extravasor associado à etapa inicial será escavado em solo, com declividades baixas, acompanhando a curva de nível e protegido por colchão de enrocamento. O canal extravasor da etapa final será executado, ao longo de toda a sua extensão, em seção retangular de concreto armado. Para garantir a curva de descarga da estrutura, será instalada uma soleira espessa no trecho inicial do canal. No trecho final, está prevista a instalação de uma bacia de dissipação, para 14 É definida como sendo a borda livre associada ao nível de água máximo calculado pelo modelo hidrológico, no momento da passagem da cheia de projeto. 15 ICOLD – International Committe on Large Dams, Selection of Design Flood – Current Methods, Bulletin 82, Paris, 1992. 16 PINHEIRO, M. C. Diretrizes para Elaboração de Estudos Hidrológicos e Dimensionamentos Hidráulicos em Obras de Mineração. 1ª edição 2011. Data: Documento nº Página: 28/03/2012 158 EIA-MOPI-002-03/12-V1 Morro do Pilar Minerais S.A. posterior descarte da vazão defluente do reservatório no córrego sem nome, afluente da margem esquerda do rio Picão. A Tabela 2-39 a seguir apresenta a concepção do sistema extravasor da barragem de empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado, para as etapas inicial e final da operação e a Figura 2-25 apresenta um croqui esquemático do mesmo. Tabela 2-39 - Concepção do sistema extravasor da barragem de empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado. Etapa de alteamento Elevação da crista do maciço (m) Elevação da soleira do extravasor (m) Etapa Inicial 595,00 592,50 Etapa Final 645,00 642,50 Tipo de extravasor Emboque de canal revestido com colchão de enrocamento – seção trapezoidal com taludes 1V:2H Soleira espessa, seção retangular em concreto armado Largura (m) 6,50 (base menor) 3,00 Figura 2-25 – Croqui esquemático do sistema extravasor da barragem de empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado – Etapas inicial e final. 2.5.9.2 Empilhamento de rejeito drenado – Pit Norte De acordo com a produção de rejeitos do empreendimento como um todo e considerando a premissa de deposição de rejeitos em área de cava com o término do processo de exploração, evitando-se que novas áreas para disposição do rejeito fossem afetadas, optou-se por depositar os rejeitos, a partir do oitavo ano, no Pit Norte. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 159 Morro do Pilar Minerais S.A. O empilhamento de rejeito drenado na área do Pit Norte foi definido para um volume total de aproximadamente 290Mm³, de modo a atender o rejeito de pré-concentração e concentração produzido (aproximadamente 285Mm³) nos 12 anos restantes de operação da mina. Tem-se como premissa para este projeto, que o rejeito de flotação gerado apresenta características que permitem sua disposição na forma de empilhamento de rejeito drenado, fato este que será confirmado ao longo do desenvolvimento da engenharia básica. Para definição da capacidade de armazenamento, foi locada a estrutura e elaboradas as curvas Cota x Volume (ver Figura 2-26, Figura 2-27, Figura 2-28 eFigura 2-29 a seguir). Figura 2-26 - Curva Cota x Volume – Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte – Etapa 1. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 160 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-27 - Curva Cota x Volume – Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte – Etapa 2. Figura 2-28 - Curva Cota x Volume – Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte – Etapa 3. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 161 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-29 - Curva Cota x Volume – Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte – Etapa 4. Análises de Estabilidade Com a estrutura locada, foram selecionadas então as seções consideradas mais críticas do ponto de vista de estabilidade das estruturas e foram desenvolvidas as análises de estabilidade das mesmas. As análises de estabilidade foram desenvolvidas utilizando o programa computacional Slide (Versão 5.0), desenvolvido pela empresa Rocscience. Para as análises, adotou-se o critério de ruptura de Mohr–Coulomb e o método de equilíbrio limite de Morgenstern-Price. Este método de equilíbrio limite satisfaz tanto o equilíbrio de forças quanto o de momentos, sendo assumida uma função seno de forças entre as fatias. Nas análises de todos os empilhamentos considerou-se um regime de percolação estabelecido, simulado pela posição da linha freática, buscando representar a condição normal da linha freática, verificando ao atendimento ao FSmín preconizado pela norma brasileira (NBR 13028 “Mineração – Elaboração e Apresentação de Projeto de Barragens para Disposição de Rejeitos, Contenção de Sedimentos e Reserva de Água”). Para a análise foi considerada uma “praia” com um comprimento de 200 m para a avaliação da condição normal de operação. Considerando que não foram fornecidos resultados de ensaios para os parâmetros de resistência dos materiais, esses parâmetros foram estimados pela projetista, de acordo com a experiência em projetos semelhantes. Foram adotados os mesmos parâmetros para todas as análises. A Tabela 2-40 a seguir apresenta os parâmetros utilizados como dados de entrada do programa Slide. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 162 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-40 - Parâmetros adotados para as análises de estabilidade do empilhamento de rejeito drenado do Pit Norte. Material Peso Específico - γ (kN/m³) Ângulo de Atrito - φ (°) Coesão - c (kPa) Rejeito de Flotação 20 35 20 Aterro Compactado 18 27 40 Fundação 20 20 30 O resultado da análise encontra-se apresentado na Figura 2-30 a seguir. Figura 2-30 - Análise de estabilidade do empilhamento de rejeito drenado do Pit Norte. 4,285 Analisando-se a Figura 2-30 acima, pode-se concluir que a geometria inicialmente adotada, para o empilhamento, atende ao FSmín preconizado pela norma para as condições normais de operação (FS = 1,5). Entretanto, ressalta-se que na fase de desenvolvimento do projeto conceitual desse empilhamento, essa análise necessariamente deverá ser revista e a geometria ajustada conforme os novos resultados. 2.5.10 Pilhas de estéril - PDE A preparação das pilhas de estéril irá ocorrer antes do início da operação da mina. Assim, as atividades de preparação constituem nas obras de remoção de materiais naturais inconsistentes eventualmente encontrados nas fundações, construção do sistema de drenagem interna. A Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 163 Morro do Pilar Minerais S.A. supressão vegetal e demolição de edificações e outras interferências já foi caracterizada anteriormente e engloba as áreas das pilhas de estéril. As atividades de conformação e criação da pilha de estéril propriamente dita, se iniciam de fato na etapa de pre-stripping que, para a cava norte, ocorre antes do final da implantação, como atividade pré-operacional para permitir a lavra do minério. No caso da cava sul, também há um pre-stripping, que ocorrerá num período de 12 a 18 meses antes do início da lavra na cava sul, ou seja, durante os últimos anos de operação da cava norte. Como as PDEs são estruturas que dão suporte a atividades relacionadas à operação, as atividades de conformação destas estruturas será descrita adiante, na fase de operação. Além das atividades de conformação, a construção dos dispositivos de drenagem superficial que incluem canais periféricos, descidas d’água, instalação de instrumentação de controle, etc, também se encontram descritos na fase de operação. A seguir a Figura 2-31 apresenta a localização e formato final das pilhas de estéril projetadas. Ressalta-se que as PDEs referentes a cava norte operarão nos primeiros 8 anos (etapa 1), e as pilhas referentes à cava sul operarão nos 12 anos subsequentes. Ainda há a previsão de criação de pilhas de estéril dentro da cava norte, em porções já exauridas, à medida que forem sendo lavradas. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 164 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-31 – Localização das pilhas de estéril projetadas. As PDEs cava 1, cava 2, cava 3 e cava 4 serão implantadas dentro da cava norte após a exaustão da lavra. A pilha de estéril Norte 2 será implantada na área ocupada na fase de implantação pelo canteiro de obras principal. Entretanto, nestes casos a área total prevista para as pilhas de estéril extrapola a área das estruturas anteriormente implantadas no local, como pode ser observado na Tabela 2.41 a seguir. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 165 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-41 – Áreas das pilhas de estéril. Estrutura Área fora da cava ou da Área dentro da cava ou área do canteiro (ha) da área do canteiro (ha) PDE cava 1 * PDE cava 2 * PDE cava 3 * PDE cava 4 * PDE norte 1 PDE norte 2 ** PDE norte 3 PDE sul 1 PDE sul 2 TOTAL 4,34 1,07 12,63 65,32 69,37 67,42 316,73 294,52 225,14 1.056,54 Área total (ha) 29,72 97,78 88,10 82,13 25,28 323,00 34,06 98,85 100,73 147,45 69,37 92,70 316,73 294,52 225,14 1.379,54 * As PDEs cava 1, 2, 3 e 4 sobrepõe parte da cava norte, após a exaustão da lavra no sequenciamento. ** O canteiro de obra sobrepõe parte da área que futuramente será ocupada pela PDE norte 2. Ressalva-se que Pilha de Estéril Norte 3 funcionará como ADME na fase de implantação para recebimento do material excedente das atividades de terraplanagem e, posteriormente, o uso desta PDE será continuado com o material estéril proveniente da cava norte. 2.5.10.1 Sequência de formação Para elucidar o que será abordado como implantação e operação, o projeto das PDEs considera a seguinte sequência de formação: Etapa 1 – Implantação • Locação dos limites do espaldar da pilha final; • Supressão vegetal parcial na área do espaldar da pilha; • Tratamento das fundações com limpeza na área de fundação dos drenos e remoção de solos moles; • Construção de diques de contenção de finos e clarificação do efluente final. Etapa 2 - Operação • Início da formação da pilha com a construção do acesso até a região do pé da pilha; • Lançamento de enrocamento (estéril rochoso) e construção da estrutura de proteção do pé da pilha. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 166 Morro do Pilar Minerais S.A. Etapa 3: (em função da geração de estéreis) - Operação • Formação da pilha sequencialmente até a elevação final. 2.5.10.2 Características principais As pilhas foram previstas para serem executadas de baixo para cima (método ascendente), em plataformas horizontais, com altura parcial máxima de 20m entre bermas e ângulo de face dos taludes de 27°, garantindo sempre fator de segurança igual ou maior que 1,50, conforme a NBR 13.029. A seguir, as características comuns das pilhas projetadas: • largura dos acessos construtivos: 30,0 m; • largura dos acessos definitivos: 15,0 m; • largura das bermas: 7,0 e 15,0 m; • altura máxima entre bermas: 20,0 m; • inclinação do talude entre bermas: 2H/1V (27%). 2.5.10.3 Acessos provisórios às pilhas As pilhas serão providas a princípio, de acesso construtivo provisório com 30m de largura e declividade longitudinal máxima de 10%, saindo das proximidades da cava da mina, prolongandose ao longo das encostas do vale, até chegar ao fundo deste. Contarão ainda com acessos definitivos com 15m de largura a ser construído à medida que são formadas e que também servirão para a manutenção das mesmas e para receber canais de drenagem superficial. As bermas foram concebidas com inclinação transversal máxima de 5% para permitir dupla finalidade: prestar como acesso rodoviário e se constituir em dispositivos de drenagem superficial. A Tabela 2-42 a seguir elenca a extensão de cada um dos acessos provisórios entre as cavas e as pilhas: Tabela 2-42 – Extensão dos acessos provisórios às pilhas de estéril. Estrutura Extensão (km) 0,72 0,07 0,52 1,96 Acesso cava - PDE norte 1 Acesso cava - PDE norte 2 Acesso cava - PDE sul 1 Acesso cava - PDE sul 2 Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 167 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.10.4 Diques para retenção de sedimentos Os diques de retenção de sedimentos foram dimensionados para atender à geração de sedimentos exógenos provenientes da área da bacia de contribuição natural, sedimentos provenientes da pilha conduzidos pelos dispositivos de drenagem superficial e periférica de cada estrutura. Os diques concebidos serão construídos a jusante da pilha. 2.5.11 Paiol O paiol de explosivo será um paiol permanente, de superfície e seu projeto deverá ser aprovado pela Polícia de Segurança Pública, de acordo com o previsto no Decreto-Lei n.º 376/84 de 30 de Novembro e pela parte aplicável do Decreto-Lei n.º 142/79 de 23 de Maio e da Portaria n.º 506/85 de 25 de Julho. A construção deverá possuir uma zona de segurança superior a 150 metros, sem construções, vias de comunicação ou linhas de transporte de energia e telefônicas, exceto as necessárias para o funcionamento do paiol, ou emissores de ondas hertzianas com potência superior a 100W. Esta área deve ser mantida limpa de produtos combustíveis ou facilmente inflamáveis, sobretudo ervas secas e deve estar sinalizada. O paiol será bem ventilado com porta ampla, abrindo para fora e terá instalado um pára-raios, devendo sua ligação a terra ser verificada de 6 em 6 meses. Os detonadores serão armazenados em outra construção (paiolins), a distância suficiente do paiol para evitar o rebentamento por simpatia. No paiol existirão meios de combate a incêndios, de modo a extinguir qualquer princípio de fogo. Estes meios serão colocados em locais acessíveis e convenientemente sinalizados. A temperatura e umidade no interior de um paiol será controlada de modo a evitar temperaturas elevadas ou umidade excessiva. Em tempo muito úmido, serão colocados no interior do paiol, vasos abertos contendo cloreto de cálcio seco, na quantidade de 1 Kg/10m3, que serão removidos uma vez por mês. Os explosivos serão armazenados na sua embalagem de origem e serão preservados da ação da umidade, do choque e da corrente elétrica. Os produtos explosivos deverão ser mantidos afastados do lume, de substâncias facilmente inflamáveis ou corrosivas e de locais onde se der a explosão de tiros. A lotação do paiol não pode, em caso algum, ser excedida. No interior do paiol não devem ser usadas ferramentas de ferro ou qualquer outro material capaz de produzir faíscas ou carregar-se de eletricidade estática. Não será permitida a entrada de pessoas não credenciadas no paiol. As pessoas que habitualmente usam o paiol usarão vestuário adequado, isento de fibras sintéticas. O calçado será de material semicondutor e anti-estático e não terá partes metálicas expostas. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 168 Morro do Pilar Minerais S.A. Não será permitida a entrada no paiol de pessoas transportando: 2.5.12 • Fósforos, isqueiros e acendedores; • Tabaco sob qualquer modalidade; • Calçado com cardas ou protetores metálicos; • Artigos de ferro; • Dispositivos de iluminação de chama nua; • Armas de fogo e/ou munições. Transportador de Correia de Longa Distância - TCLD Para o transporte do minério britado entre a cava sul e a usina de beneficiamento está prevista a construção de uma Correia Transportadora de Longa Distância (TCLD). Esta estrutura atravessará propriedades de terceiros, nas quais está prevista implantação de faixa de servidão de 30,0m, considerando o eixo de implantação da correia. O TCLD terá 10.059,0m de extensão e largura de 4,0m. A correia transportadora é montada dentro de galeria, que dependendo da topografia do terreno poderá ser instada no nível do solo, ou montada sobre colunas metálicas acima do nível do solo. O TCLD é todo construído em estruturas metálicas, instalados sobre bases civis, onde serão necessários os serviços de terraplanagem nos trechos onde a correia estiver próximo ao nível do solo, nas casas de transferências e nas áreas das bases das estruturas de apoio; e obras civis na construção das fundações de apoio das estruturas metálicas do TCLD e da casa de transferência e demais obras de apoio. Na descarga (retorno da correia) serão instalados sistemas de limpeza, a seco, denominado raspadores e sistema de virador de correia, para minimizar queda de material pela parte inferior da correia. A correia transportadora é instalada dentro de galerias, com tapamentos laterais e coberturas que impedem a emissão de poeira pelo vento. O traçado previsto do TCLD em relação às demais estruturas do empreendimento pode ser visto na Figura 2-32 a seguir. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 169 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-32 – Localização do TCLD sul. 2.5.13 Pré-stripping O processo de pré-stripping consiste na remoção das camadas de solo, bem como das formações rochosas existentes sobrejacentes ao corpo de minério a ser explorado. No projeto Morro do Pilar este procedimento para o Pit Norte tem duração total prevista para 12 - 18 meses e, conforme mencionado no início desta caracterização está previsto para ser realizado na fase implantação. A atividade se repetirá para o Pit Sul, com as mesmas características. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 170 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.14 Infraestruturas de apoio às obras : Área de Disposição de Material Excedente – ADME e AE – Área de Empréstimo Conforme informado em item anterior, os projetos de terraplenagem foram estudados no sentido de equilibrar os volumes de corte e aterro, visando minimizar a geração de material excedente dos cortes e a retirada de material de empréstimo para o aterro. O volume excedente da atividade de terraplenagem dos platôs para instalação da planta de Beneficiamento será de 3.488.066m3. Por outro lado, para construção do dique de partida da barragem de empilhamento de rejeito drenado serão necessários 1.300.000m3 de solo. Assim, serão elaborados estudos geotécnicos de solos existentes na área da barragem de empilhamento de rejeito drenado, bem como, do solo excedente da terraplenagem dos platôs da usina de beneficiamento, buscando maximizar o uso dos solos provenientes destes locais. Portanto, as áreas de empréstimo para construção do dique de partida da barragem de empilhamento de rejeito drenado estarão preferencialmente dentro da área da própria barragem ou, não existirão, caso se viabilize a utilização de todo o volume necessário para construção da barragem, com os solos excedentes da terraplenagem dos platôs da usina de beneficiamento. Caso não seja encontrado dentro da área da barragem e no material excedente da movimentação da área da planta, o material faltante será adquirido como insumo de construção.Os outros materiais necessários à construção da barragem (argila, brita, pedra) são insumos e serão adquiridos de diversos fornecedores, devidamente cadastrados e licenciados para operar. O excedente de solo da terraplenagem dos platôs da usina de beneficiamento será depositado na área da pilha de estéril – PDE Norte 3. O local e a maneira de disposição serão descritos com detalhe após o desenvolvimento do projeto executivo. 2.5.15 Emissões, efluentes e resíduos Serão identificados a seguir todos os tipos efluentes líquidos, emissões atmosféricas, resíduos, ruídos e vibrações que serão gerados no empreendimento, considerando a sua fase de implantação. Para as atividades industriais geradoras dessas emissões, efluentes e resíduos, serão desenvolvidos e apresentados os sistemas de controle ambiental e programas específicos com o objetivo do controle e mitigação de seus impactos. Alguns dos sistemas de controle previstos, citados a seguir, foram apresentados pormenorizados no item específico relativo aos alojamentos provisórios, canteiros de obras (ETA) e usina de beneficiamento na fase de operação (ETEI). 2.5.15.1 Emissões de material particulado e gasoso Durante a fase de implantação do empreendimento é previsto o lançamento de material particulado e gasoso para a atmosfera. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 171 Morro do Pilar Minerais S.A. O material particulado será gerado nas atividades e equipamentos que transportam e manuseiam materiais sólidos pulverulentos e, principalmente, nas vias e áreas não pavimentadas, como ADMEs e AEs, devido à movimentação de equipamentos e veículos. Os efluentes gasosos característicos do empreendimento consistem nos fumos e gases produzidos na queima de combustíveis fósseis, basicamente o óleo diesel, requerido para os caminhões e equipamentos de terraplenagem e para veículos leves em geral, assim como, os fumos e gases gerados nos processos de soldagem das montagens eletromecânicas. Estas emissões de efluentes gasosos não deverão ser significativas e o controle de gases gerados pelos motores desses equipamentos será efetuado com manutenções periódicas preventivas e corretivas, e regulagens adequadas dos motores, realizadas nas próprias oficinas dos canteiros de obras. O Tabela 2-43 a seguir apresenta uma listagem com as principais fontes de emissões atmosféricas características da fase de implantação do empreendimento, identificando o processo onde ela ocorre, a origem física da emissão e o poluente lançado. Tabela 2-43 – Emissões atmosféricas na fase de implantação. Etapa do processo produtivo Tipo de emissão Origem da emissão Gases e material particulado Uso de motosserra e movimentação de equipamentos motores. Terraplenagem Gases e material particulado Serviços de escavações e aterros, descarga de caminhões, desmonte com uso de explosivos e áreas com solo exposto. Obras civis Gases e material particulado Serviços de construção civil, movimentação de veículos. Montagem eletromecânica Fumos e gases Processos de soldagem e uso de equipamentos de montagem. Transporte de materiais Gases e material particulado Movimentação de veículos em vias não pavimentadas. Ruas pavimentadas ou não e outros acessos Material particulado Movimentação de veículos automotores. AEs Gases e material particulado Serviços de escavações e desmonte com uso de explosivos. ADMEs Material particulado Movimentação de veículos automotores e áreas com solo exposto. Supressão vegetal Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 172 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.15.2 Efluentes líquidos Durante o período de implantação do empreendimento é prevista a geração de efluentes líquidos em algumas atividades a serem executadas. Esses efluentes líquidos são de natureza industrial, pluvial e sanitário. Os principais efluentes líquidos serão os efluentes sanitários, os efluentes oleosos das oficinas dos canteiros, os efluentes pluviais de alojamentos e canteiros e os efluentes resultantes de lavagem de caminhões-betoneira. 2.5.15.2.1 Efluentes sanitários Os efluentes sanitários serão provenientes de diversas instalações sanitárias alojamentos e dos canteiros de obra, tais como, banheiros, restaurante, refeitórios, copas, bebedouros. A geração de efluentes líquidos sanitários foi estimada em 120 litros/pessoa/dia (NBR 13.969), o que totalizará aproximadamente 30m³/h. 2.5.15.2.2 Efluentes pluviais Será construído sistema de drenagem pluvial para o período de implantação. As águas coletadas serão direcionadas para fora das áreas de construção, com instalação de sistema de quebra de energia, onde for necessário para evitar a erosão do solo. Dentro da área de construção, onde ocorrer volumes relevantes de finos, serão construídas bacias de sedimentação para minimizar o carreamento de finos para fora da área, podendo estes serem construídos no topo dos platôs, ou na base, no ponto de descida das águas pluviais. 2.5.15.2.3 Efluentes oleosos Os efluentes oleosos serão gerados, principalmente, nas atividades de lavagem de equipamentos e peças nas operações das oficinas de manutenção dos canteiros de obras. A lavagem dos caminhões, equipamentos e de outros veículos, bem como das máquinas e equipamentos móveis, inclusive limpeza de compartimentos e pisos de oficinas mecânicas, constituirão fontes potenciais de emissões de efluentes que possuam óleos como parte constituinte. O efluente oleoso será composto basicamente por água, óleos, graxas, sedimentos e produtos de limpeza diversos. 2.5.15.2.4 Efluentes de lavagem de concreto Nos canteiros de obra será necessária a instalação de bacias de sedimentação para receber o efluente proveniente da lavagem das betoneiras/caminhões betoneira, sistema denominado bate-lastro, as quais deverão ser devidamente dimensionadas para as vazões máximas de trabalho. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 173 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.15.3 Resíduos sólidos Os principais resíduos sólidos a serem gerados na implantação do empreendimento serão oriundos das atividades dos canteiros de obras e alojamentos (lixo doméstico), de limpeza do terreno, terraplanagem, demolições de interferências, escavações e nas obras civis (inertes, madeira, sucata, papelão, embalagem, etc). Nos refeitórios e alojamentos, basicamente, serão gerados resíduos orgânicos, plásticos, vidros, madeiras e embalagens em geral. Nos canteiros de obras, haverá a geração de outros tipos de resíduos recicláveis, como sucatas ferrosas e não ferrosas, vidros, plásticos, borrachas, madeira, embalagens, além de resíduos inertes. Os resíduos sanitários serão gerados em diversas áreas do empreendimento e serão constituídos por papel sanitário e lodo das fossas sépticas ou das ETEs. O funcionamento dos ambulatórios nos canteiros de obras e alojamentos deverá gerar uma quantidade pequena de resíduos sólidos de saúde. Neste item são identificados os resíduos e as destinações finais previstas, porém, as formas de coleta seletiva, acondicionamento, armazenamento temporário e transporte serão detalhadas no Programa de Gestão de Resíduos Sólidos, a ser desenvolvido em fases posteriores deste projeto. 2.5.15.4 Ruídos e vibrações As fontes principais de emissão de ruído, características do empreendimento, consistem na movimentação de máquinas e veículos para execução dos processos de limpeza do terreno, terraplanagem e demais obras civis e de montagem do maquinário, que envolvem o uso de ferramentas pesadas (que geram ruídos de impacto). Outra fonte de ruído e vibrações durante a fase de implantação é eventual desmonte com o uso de explosivos nos serviços de terraplanagem. 2.5.16 Sistemas de controle ambiental Durante a fase de implantação do empreendimento, os alojamentos e os canteiros de obras deverão ser dotados de diversos sistemas de controle ambiental inerentes às atividades realizadas, a fim de controlar possíveis fontes de geração de resíduos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas. O dimensionamento dos sistemas ficará a cargo da empreiteira contratada para a realização dos serviços, em função do número de equipamentos e máquinas constante em seu planejamento de obra. Os sistemas de controle ambiental previstos para o empreendimento estão apresentados a seguir: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 174 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.16.1 Sistema de controle de resíduos sólidos Os resíduos sólidos gerados durante as obras serão gerenciados pela empresa contratada pelo empreendedor. A empresa contratada deverá prever um Programa de Gestão de Resíduos Sólidos, incluindo a estimativa da quantidade de resíduos a serem gerados nestes locais e a proposta de disposição/destino destes resíduos. Serão definidas, nos canteiros de obras e nos alojamentos, áreas específicas para segregação e estocagem temporária desses resíduos. Na área da usina de beneficiamento está prevista a implantação de uma Central de Materiais Descartáveis – CMD, que irá operar desde o início da fase de implantação, e todo o resíduo sólido e/ou lixo será destinado a esta, para triagem, classificação e destinação. É prevista a instalação de um aterro sanitário que atenderá ambas as fases de implantação, operação e fechamento do empreendimento. Central de Materiais Descartáveis - CMD A central de materiais descartáveis é um espaço para armazenamento dos materiais a serem descartados, constituídos de áreas especificas destinadas ao armazenamento de resíduos conforme sua tipologia. Os resíduos que não serão depositados no aterro sanitário previsto, serão recolhidos e transportados por empresas ambientalmente regularizadas, para em seguida terem sua disposição final determinada. • Central de Materiais Descartados - CMD proteção: completamente cercado com alambrado de tela metálica; acesso: portão com controle de acesso; pátios: pavimentação em bloco de concreto intertravado para suportar caminhões semi-reboque tipo 2S3 com PBT de até 60t; proteção dos pátios: cercados com alambrado de tela metálica e portão de acesso; portaria e escritório: em alvenaria de blocos de concreto, portas e janelas, com cobertura de telha trapezoidal galvanizada com espessura de 0,65mm; galpões: fechados com cobertura e tapamento lateral em lona sintética; estrutura dos galpões: metálica leve de chapa galvanizada; acesso aos galpões: porta corrediça de duas folhas em trilho superior; cobertura e fechamento lateral: lona sintética de PVC reforçada em trama de poliéster; pé direito útil dos galpões: 9,5 m no centro e 5 m na lateral; piso dos galpões: em concreto para suportar um caminhão médio tipo 2C com PBT de até 30t; Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 175 Morro do Pilar Minerais S.A. sistema de ventilação dos galpões: natural através das aberturas na junção da cobertura superior com as laterais; sistema de iluminação dos galpões: natural através de faixas translúcidas na cobertura e nas laterais; meio ambiente: pátios com drenagem pluvial controlada para evitar contaminação do ambiente. Esta estrutura será implantada no início da fase de implantação, e operará nesta mesma fase, na fase de operação e fechamento, como sistema de controle ambiental para os resíduos sólidos descartáveis e especiais, gerados pelo empreendimento. A área prevista para esta estrutura é de 4,26ha, incluindo acessos, saias de aterro e a área útil do CMD. Aterro sanitário A implantação do aterro sanitário seguirá o estabelecido pela NBR 8419, de 1992 e a NBR 13.086 de 2005, sem prejuízo de outras especificações mais restritivas. O aterro sanitário do projeto Morro do Pilar será do tipo controlado, sistema de impermeabilização de base e receberá resíduos industriais inertes e não perigosos. O aterro sanitário, que tem por conceito dispor em caráter final, resíduos sólidos no solo, por meio de confinamento em camadas cobertas com material inerte, segundo normas técnicas específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde e à segurança, minimizando os impactos ambientais (incluindo impermeabilização lateral e inferior do terreno, drenagem de águas pluviais, coletas e tratamento de líquidos percolados e coletas de biogás, se for o caso), representa o último grau dentro da ordem controle de resíduos sólidos, e será usado como referencia para o local de disposição efetiva e permanente de resíduos sólidos inertes e não recicláveis, tais como: • Resíduos sólidos desidratados de estações de tratamento de efluentes – ETEs e de estações de tratamento de água – ETAs; • Vidros temperados em geral, cristais, louças e porcelanas; • Espelhos e lentes de óculos; • Papel celofane, papel carbono, papel plastificado, etiquetas e adesivos. Os resíduos orgânicos constituídos por restos e sobras de alimentos poderão ser segregados para destinação no aterro sanitário. Resíduos sólidos, como por exemplo, lâmpadas de todos os tipos, baterias ácidas, pilhas, ampolas de remédio, óleos das caixas separadoras de água e óleo, e ainda, outros resíduos produzidos em menor monta, tais como resíduos de vazamentos de baterias, filtros de óleo, etc serão devidamente classificados conforme norma NBR 10.004 e armazenados na CMD como resíduos Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 176 Morro do Pilar Minerais S.A. Classe I (Perigosos), até encaminhamento para incineração ou co-processamento ou para aterros industriais particulares. Em qualquer destes casos, os processos serão efetuados por empresas devidamente licenciadas para tal. Os resíduos provenientes dos ambulatórios deverão ser devidamente separados e acondicionados para destinação final, conforme definidos na alínea “a” do artigo 1º da Lei 5.420, de 16/06/2000. Deverá ser prevista a implantação de benfeitorias e equipamentos que possibilitem a obtenção dos resultados preconizados na citada lei. O aterro sanitário também abrigará a pilha de estocagem de solo superficial (fértil) que restou após a conclusão da implantação e que necessita ser estocado para uso em geral. Os critérios para a seleção de área são os seguintes: • Topografia: A área deve ter características planas, com inclinação máxima em torno de 10%; evitar terrenos em topos de morros; • Dimensões: Devem ser coerentes com a vida útil pretendida, a priori pode ser considerada a regra primária de 1 m² por tonelada de resíduo a ser aterrada por dia; • Solo: Deve ter composição predominantemente homogênea e argilosa; evitar terrenos com matacões e rochas aflorantes; • Proteção contra enchentes: Devem ser evitadas áreas sujeitas a inundações e flutuações excessivas de lençol freático como as várzeas de rios, pântanos e mangues; • Distâncias de corpos de água: Deve ser mantida a distância mínima de 200 m de corpos de água; • Profundidade do lençol freático – A cota máxima do lenço freático deve estar o mais distante possível da cota de fundo da vala, considerando 3 m para solos argilosos e ainda mais para solos arenosos; • Distância de residências: Recomendam-se distâncias mínimas de 500 m de residências isoladas e 2.000 m para áreas urbanizadas; • Ventos predominantes: A direção dos ventos predominantes não deve possibilitar o carreamento de poeira ou maus odores para núcleos habitacionais; • Acesso: A possibilidade de fácil acesso em qualquer época do ano e em qualquer situação meteorológica. O método para disposição de resíduos é o sistema de valas, por ser o ideal para pequenas quantidades geradas diariamente e por não necessitar de equipamentos para o preenchimento de valas escavadas com detenções apropriadas, onde os resíduos são depositados sem compactação e a cobertura final com terra é realizada manualmente. A vida útil do aterro para a primeira etapa do empreendimento será de oito anos. Se for considerada a geração média de 0,5 t de resíduos por dia, ter-se-á um total de 1.440 t e com um Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 177 Morro do Pilar Minerais S.A. peso específico de 0,5 t/m³ aproximadamente. Com isso, o volume de material será de 2.880 m³, a serem dispostos em valas no final dos oito anos. Antes da exaustão do aterro, será iniciada a construção da ampliação do aterro, com mesmas características, contíguo ao mesmo, para mais oito anos e, assim sucessivamente, até a paralisação das operações. Cada vala terá largura de 3 m (para facilidade de disposição por um só lado e também para o cobrimento), com altura de 3 m (para segurança) e com comprimento de 14 m, que permitirá lançamento lateral por até cinco caminhões em cada vala. Cada vala absorverá resíduos por seis meses e o volume considerado para cada uma delas foi de 144 m³. Além da área das valas, o aterro terá área de circulação, área para manobra de veículos, área para estocagem de solo fértil, cinturão vegetal, instalações de apoio e área para estacionamento interno. Considerando a área total, incluindo saias de aterro, acessos internos, portaria, balança, etc., a área do aterro sanitário totaliza 2,15 ha. A Figura 2-33 a seguir apresenta o layout do aterro sanitário. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 178 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-33 – Layout do aterro sanitário. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 Página: 28/03/2012 179 Morro do Pilar Minerais S.A. Quanto à impermeabilidade do terreno, no caso das valas, a alternativa viável é o uso de sintéticos, como as mantas de polietileno de alta densidade – PEAD de 2,0 mm de espessura, garantindo a proteção do aquífero freático. 2.5.16.2 Sistemas de drenagem Consiste na construção de drenagens, que permitirão que as águas pluviais percorram em perfeita harmonia, com plano superficial de escoamento da bacia considerada, evitando o desenvolvimento de processos erosivos e posterior comprometimento do ambiente em seu entorno. 2.5.16.2.1 Drenagem pluvial As águas pluviais incidentes nas áreas de canteiros e alojamentos serão coletadas por dispositivos de drenagem (calhas, valetas, tubos, caixas de passagem, etc.) e destinadas à drenagem natural, devidamente adequadas, uma vez que serão projetados e implantados sistemas de contenção de sedimentos e separação de águas oleosas, quando for o caso. 2.5.16.2.2 Drenagem provisória Em virtude dos grandes movimentos de terra (obras de terraplenagem), os solos naturais e aqueles provenientes de áreas de empréstimos ficam temporariamente expostos e, em situação de chuvas, estão sujeitos ao desbaste e carreamento pelos escoamentos superficiais. Os dispositivos de drenagem provisória nestas áreas irão propiciar a detenção parcial dos sólidos transportados pelas águas pluviais. Estes dispositivos são aplicados para situações específicas, relacionadas com a posição das obras, com o caminhamento natural dos escoamentos superficiais do entorno, podendo constituir-se em valetas de drenagem combinadas com a instalação de bacias de contenção de sólidos e a execução de obras de terraceamento (em curvas de nível). Vale lembrar que esses dispositivos devem possuir revestimento de proteção (vegetal ou outro), além de se constituírem, pela própria temporalidade e natureza das construções, em elementos de pequeno porte destinados, portanto, a uma atuação eficiente para os eventos pluviométricos de intensidades normais ou pouco superiores às médias locais. Os dispositivos de drenagem provisória necessários para um correto direcionamento das águas pluviais serão implantados gradativamente, à medida que as frentes de serviço forem avançando, podendo ser mantidos após a conclusão das obras. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 180 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.16.3 Rede coletora e sistema de tratamento de esgotos sanitários Para a escolha do sistema de tratamento de esgoto deverão ser considerados fatores que combinem um bom e estável desempenho, a simplicidade e baixo custo de construção e operação, além do baixo impacto ambiental em função das características do corpo receptor. O sistema será composto por tubulações coletoras enterradas e caixas de passagem que conduzirão o efluente por gravidade até os dispositivos iniciais de tratamento. Os tubos serão em PVC rígido, com junta elástica, tipo coletor de esgoto, conforme a norma NBR 7.362 da ABNT e as conexões em PVC rígido, com junta elástica, tipo coletor de esgoto, conforme a norma NBR 10.569 da ABNT. O efluente sanitário será tratado em instalação adequada e para isto estão previstas Estações de Tratamento de Efluentes – ETEs, devidamente dimensionadas para receber e tratar os picos de vazão causados pela sazonalidade do uso das instalações e devidamente localizadas para que tenha condições de receber o efluente na elevação final resultante dos caimentos necessários para a captação e transferência a partir dos pontos de geração. As ETEs deverão adequar o efluente proveniente dos despejos sanitários para o padrão Conama 357, podendo liberar esta água para o ambiente ou reaproveitá-la no consumo como água de serviço. Ambas as ETEs, a do canteiro central e a dos alojamentos, serão dimensionadas para a capacidade máxima de 6.000 pessoas. O dimensionamento se deve a condição de segurança para garantir que uma unidade nunca vá ser sobrecarregada e corra o risco de “afogar-se” na ocorrência dos picos de uso característicos da soma das atividades da cozinha/restaurante com a dos sanitários, vestiários e lavanderias, quando após o café da manhã, no preparo do almoço, após o almoço (limpeza de utensílios), no preparo do jantar e após o jantar (limpeza de utensílios), etc. Os sistemas serão implantados atendendo às seguintes normas: • NBR 7.229 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos; • NBR 9.648 – Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário; • NBR 9.649 – Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário; • NBR 12.209 – Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário; • NBR 13.969 – Tanques sépticos – Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e operação; • Resolução Conama 357. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 181 Morro do Pilar Minerais S.A. Poderão ser utilizados os sistemas fossa séptica e filtro anaeróbico ou lodos ativados ou ETE compacta. No detalhamento do projeto, será avaliada a melhor opção técnica e ambiental a ser implantada, com garantia de atendimento às normas vigentes. O efluente final poderá ser disposto de acordo com as seguintes alternativas: • jardinagem: o efluente poderá ser usado para irrigação e ajardinamento nas áreas verdes do complexo ou para umectar as estradas; • descarte: em conformidade com a legislação local pertinente, o efluente poderá ser disposto em um corpo receptor, podendo ser um córrego, rede de drenagem pluvial ou rede coletora de esgoto local, quando esta estiver em operação. Periodicamente, serão colhidas amostras do efluente líquido da ETE para análise, a fim de verificar sua adequabilidade para descarte no ambiente para atender as exigências de meio ambiente; os resíduos sólidos gerados deverão ser coletados, secos ao sol e, após, serão depositados no aterro sanitário. Para as áreas de construção propriamente ditas (canteiros avançados), haverá conjuntos de banheiros em containers, com sistema de fossa e sumidouro e/ou banheiros químicos que terão seu efluente retirado diariamente por caminhões-fossa. 2.5.16.4 Sistema de contenção e SAO O controle dos efluentes oleosos será realizado com a impermeabilização do piso das áreas onde serão realizadas as atividades de manutenção e lavagem dos veículos, equipamentos e peças. O canteiro central e os canteiros avançados serão dotados de tanque de contenção e separador de água e óleo, dimensionados adequadamente para as vazões de trabalho. Estes dispositivos de controle serão construídos conforme recomendado pelas Normas ABNT. Todos os efluentes oleosos gerados nas instalações de limpeza e manutenção mecânica de veículos, máquinas e equipamentos serão enviados ao SAO (separador de água e óleo) e, posteriormente, encaminhados para tratamento e refino por empresa especializada e licenciada para tal atividade. Os efluentes oleosos deverão ser acondicionados em bombonas e os resíduos como borra oleosa e estopa contaminada em tambores, na Central de Materiais Descartáveis, até a viabilização da destinação final. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 182 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.5.16.5 Bacia de sedimentação de efluente de concreto Nos canteiros de obras, será necessária a instalação de bacias de sedimentação para receber o efluente proveniente da dosagem de concreto e argamassas, das águas oriundas da lavagem das betoneiras, bem como das águas pluviais provindas do pátio de estocagem. Esse sistema de decantação é denominado bate-lastro. As paredes dos tanques de decantação serão em concreto e impermeabilizadas, projetadas para atender o volume máximo de efluentes estimado para os períodos de mobilização das obras de concretagem, sendo realizadas limpezas periódicas. Toda água utilizada deste processo será reciclada e reutilizada em sistema fechado de circulação, sendo todos os resíduos sólidos constituídos dos sedimentos recuperados (concreto magro nãoestrutural) reaproveitados na confecção de blocos, contra pisos, etc. Caso o resíduo de concreto não seja reutilizado, este será destinado como entulho à ADME (PDE Norte 3). A água proveniente do tanque de decantação será reutilizada na própria lavagem dos caminhões betoneira e/ou na umectação dos canteiros de obra. 2.5.16.6 Sistema de aspersão As emissões de material particulado provenientes das atividades de terraplanagem e da movimentação de veículos no terreno em vias não pavimentadas serão controladas pela umectação das vias por meio de caminhões-pipa. Haverá um significativo consumo de água durante a fase de implantação, particularmente no processo de terraplenagem, nas tarefas de abatimento de material particulado e compactação de aterros. Os caminhões-pipa para o abatimento dos particulados gerados nas vias de acesso às obras serão abastecidos diretamente no tanque de estocagem de água industrial. 2.5.16.7 Viveiro de mudas O projeto Morro do Pilar terá necessidade de recomposição florestal, seja na área própria ou na(s) de compensações. Isto leva à necessidade de produção de mudas próprias de mata nativa para atender as exigências legais para obtenção de licenças de desmatamento, além daquelas do Plano de Controle Ambiental – PCA. Para isto, será necessária obtenção de mudas das espécies determinadas e, portanto, a implantação de um viveiro de mudas para atender aos vinte anos de vida útil do empreendimento, bem como para as exigências do plano de fechamento. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 183 Morro do Pilar Minerais S.A. Viveiros florestais são superfícies de terreno, com características próprias, que se destinam à produção, ao manejo e à proteção das mudas até que tenham idade e tamanho suficientes para que possam ser levadas a campo, resistir às condições adversas do meio e ter um bom crescimento. O tamanho do viveiro a ser construído vai depender da quantidade de mudas a produzir, do tamanho dos recipientes, da forma de distribuição das mudas no espaço interno e do tempo que as mudas permanecerão no viveiro. A premissa inicial para o projeto Morro do Pilar será para instalação de um módulo com capacidade aproximada de 30 mil mudas nativas por ano. As mudas restantes necessárias serão adquiridas de terceiros. Outra alternativa seria a ampliação do viveiro em outros módulos, de acordo com a necessidade de produção. Considerando que para recuperação de uma área venham a ser necessárias 1.111 mudas por hectare, assim as 30 mil mudas produzidas no viveiro contribuirão para plantar 27 hectares/ano. As atividades do projeto serão realizadas com a participação da comunidade, onde pessoas e famílias serão capacitadas, para coleta de sementes, produção de mudas, valorização dos remanescentes de cerrado que existem, ou até mesmo, árvores matrizes produtoras de sementes. 2.5.16.7.1 Características do viveiro de mudas Será um viveiro do tipo permanente, para produção de mudas por semeadura direta em tubetes, que possibilita uma maior rentabilidade, diminui mão de obra na produção e no plantio das mudas, usa-se menos insumos, facilita o transporte, diminuindo custos operacionais, maior quantidade de mudas produzida em um pequeno espaço. Será implantado em área não totalmente plana (inclinação ideal entre 1% a 3%), para evitar o alagamento e facilitar a execução dos tratos culturais e o acesso e trânsito de máquinas, veículos e pessoas. Preferencialmente deverá ter áreas de face para o norte, que são mais quentes, mais ensolaradas e protegidas do vento sul. Terá estrutura de aramado, com pilares em madeira-de-lei e cobertura de sombrite 50%, assentado sobre arame liso galvanizado. O sombrite 50% deve atender à maioria das espécies cultivadas na região. Haverá um pedilúvio (1,00 x 1,00m) que será assentado na entrada principal do viveiro, de modo a permitir o controle fitos sanitário na circulação de máquinas e pessoas. O módulo proposto apresenta a dimensão de 24 x 24m, perfazendo uma área de 576m². O viveiro está dividido em quatro sub-módulos, com áreas de circulação pavimentadas com brita, para facilitar o acesso de máquinas, veículos e pessoas, e permitir uma melhor drenagem das águas; limitadas com meio-fio, que pode ser de qualquer material disponível no local (madeira, tijolos, blocos de cimento, etc.). Esses sub-módulos deverão ser nivelados com areia, que além de Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 184 Morro do Pilar Minerais S.A. oferecer uma melhor condição para a sustentação dos sacos e outros recipientes, também funcionará como controladora de plantas invasoras. O viveiro terá uma cerca ao redor, com uma entrada controlada, um estacionamento externo e um interno para veículos de serviço, e como área de apoio terá uma portaria com escritório, copa e sanitários e um galpão para estoque e manipulação de sementes e para as ferramentas. O sistema de irrigação será elevado por nebulização, onde a distribuição da água é mais uniforme, fazendo com que as mudas recebam a mesma quantidade e evitando-se o desperdício. Em todas as etapas de produção deverá haver abundancia no suprimento de agua. Para gerar até 30.000 mudas mínimas por ano o consumo esperado é de 3.000l por dia. Os solos a serem utilizados deverão ser de textura solta, com boa drenagem, para se evitar acúmulo de água, o que pode acarretar excesso de umidade e, por consequência, aparecimento de pragas ou doenças no viveiro. O viveiro de mudas será implantado no início das atividades, visto que é atividade principal para a recuperação e o repovoamento da flora nativa. O viveiro deverá ser legalizado, conforme as exigências da Lei nº. 10.711, de 05 de agosto de 2003, notadamente o registro como produtor de mudas e o registro do viveiro no Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 2.5.16.8 Revegetação Após a execução das obras, será implementado revestimento vegetal das áreas expostas, tais como taludes, áreas de disposição de material excedente e banquetas, a fim de preservar estas áreas susceptíveis à erosão. Concluídas as etapas de construção, será feita revegetação por meio de mudas ou do plantio direto manual de um mix de sementes de espécies herbáceas e arbustivas pertencentes às famílias das leguminosas, gramínea, crucífera e composta, independentemente da topografia do terreno. A seleção das espécies terá como objetivo, principalmente, o eficiente e rápido recobrimento do solo para prevenir a ocorrência dos processos erosivos, conjugado com o bom aspecto visual, baixo custo de aquisição e manutenção, acrescidas as características agronômicas adequadas. Contudo, essas informações serão detalhadas no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) que poderá será elaborado em fases de desenvolvimento do projeto futuras. 2.5.17 Cronograma de implantação As Tabela 2-44 e Tabela 2-45 a seguir apresentam os macro cronogramas de implantação do empreendimento, sendo apresentado separadamente o cronograma da implantação do Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 185 Morro do Pilar Minerais S.A. empreendimento e o cronograma dos procedimentos pré-operacionais previstos ainda na fase de implantação. Tabela 2-44 – Cronograma de implantação do empreendimento. ATIVIDADES M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M9 M10 M11 M12 M13 M14 M15 M16 M17 M18 M19 M20 M21 M22 M23 M24 M25 M26 M27 M28 M29 M30 M31 M32 M33 M34 TERRAPLANAGEM E EMPILHAMENTO DRENADO OBRAS CIVIS MONTAGEM ELETROMECÂNICA PRÉ-COMISSIONAMENTO COMISSIONAMENTO MINÉRIO Tabela 2-45 - Cronograma de pré-operação do empreendimento. ATIVIDADES M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M9 M10 M11 M12 M13 M14 M15 M16 M17 M18 M19 M20 M21 M22 M23 M24 M25 M26 M27 M28 M29 M30 M31 M32 M33 M34 NORMATIZAÇÃO E PROCEDIMENTOS TREINAMENTO / EXECUÇÃO DO PLANO OPERACIONAL PRE-STRIPPING 2.6 Fase de operação Para sintetizar os principais processos e respectivos produtos e insumos compreendidos na fase de operação do empreendimento foi elaborado o macro fluxograma a seguir (Figura 2-34). Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 186 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-34 – Esquema simplificado dos principais processos da fase de operação do empreendimento. Pilhas de estéril Água Retirada de estéril Pré stripping Operação de lavra Extração do minério Beneficiamento do minério Minério Mercado consumidor Rejeito Empilhamento de rejeito drenado 2.6.1 Mina Considerando a forma de ocorrência normalmente comum em minério de ferro, ou seja, corpos de média a grandes dimensões, aflorantes ou cobertos por pequena espessura de capeamento, o método de lavra mais apropriado deverá ser o de cava a céu aberto, em bancadas descendentes, consideradas nesta fase com 10m de altura e ângulo geral de talude de 40o, que após a definição da escala de produção, deverá ser revista, para melhor se adaptar ao porte dos equipamentos. Após a abertura e o desenvolvimento das cavas, a lavra deverá prosseguir com as operações convencionais de preparação das frentes, perfuração, desmonte com explosivos (quando necessário) ou tratores de esteiras e de pneus, carregamento por meio de escavadeiras e/ou pás carregadeiras, transporte do minério por caminhões fora de estrada até um britador primário e, a partir daí, o transporte do minério deverá ser feito por correias transportadoras diretamente para a usina de beneficiamento. O transporte dos materiais marginais e estéreis, algumas vezes de rejeito desaguado, deverá ser feito por caminhões até as pilhas de estéril, ou para as partes das cavas próximas já exauridas. O empreendimento é composto por duas cavas, uma a norte e outra a sul da sede urbana de Morro do Pilar, denominadas então de MOPIN (Figura 2-35) e MOPIS (Figura 2-36), em síntese são compostas por: Cangas, Hematita, Itabiritos e Itabirito Friável; Os parâmetros utilizados para a operacionalização das cavas finais da mina foram: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 187 Morro do Pilar Minerais S.A. • Altura dos bancos: 10m; • Berma mínima: 6m; • Ângulo de face: 60°; • Praça mínima no fundo da cava: 50m; • Raio de curvatura da rampa mínimo: 30m; • Largura de rampa: 10m - 30m; • Inclinação máxima de rampas: 10%; • Ângulo geral de talude: 40º. Figura 2-35 – Cava norte (MOPIN). Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 188 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-36 – Cava sul (MOPIS). 2.6.1.1 Otimização Os estudos para estabelecer as cavas matemáticas, a partir de uma função benefício definida, foram desenvolvidos usando o software WHITLE. A metodologia aplicada utiliza uma sequência de avanços na cava, a partir de algoritmo específico que busca os blocos de diferentes teores para definir a cava ótima, considerando os diferentes parâmetros econômicos, principalmente a receita. Foram estabelecidos programas de produção anuais, para a definição da sequência de lavra dos blocos de minério e estéril e a evolução das geometrias ao longo da vida da mina até atingir a cava final. Para definição destas cavas, todos os blocos classificados como recursos inferidos e potencial geológico foram considerados, como também foi considerado um limite físico de 50 metros nas margens dos principais rios (rio Santo Antônio e rio Preto), um buffer de proteção da caverna 01 de 250m e ainda 30m das margens do ribeirão das Lajes na sua porção a montante da caverna, onde há seu sumidouro. Para estabelecer estas sequências de expansões das cavas no tempo, utilizou-se um fator de receita entre 50 e 150% do preço de venda do produto para uma produção anual de 25Mtpa (milhões de toneladas por ano). Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 189 Morro do Pilar Minerais S.A. Para cada área estudada, foram estabelecidas cavas que maximizam o benefício obtido com a lavra do minério, baseado principalmente no custo de produção e preços de venda assumidos, sem, entretanto, considerar os investimentos. As Figura 2-37 e Figura 2-38 mostram a cava matemática selecionada, cavas 5 e 4, para MOPIN e MOPIS, respectivamente. Tabela 2-46 – Cava matemática selecionada (MOPIN). Projeto Morro do Pilar Norte Cavas geradas considerando Recursos Potencial e Inferido e ângulo geral de 40° Preço Mov. Total Estéril Minério REM (US$/tConc) (Mt) (Mt) (Mt) Teor de ROM (%) SiO2 Al2O3 Mn P Cava nº Fator de Receita 1 0,3 30,4 61,90 13,19 48,71 0,27 58,78 9,36 3,40 0,01 0,03 2,77 69,67 80,00 2 0,4 40,5 185,75 49,31 136,43 0,36 45,22 30,71 2,52 0,04 0,02 1,47 53,59 80,00 73,13 3 0,5 50,6 568,07 276,87 291,20 0,95 39,12 40,92 1,69 0,04 0,02 0,84 46,36 80,00 135,00 4 0,6 60,7 954,77 578,03 376,74 1,53 37,62 43,20 1,62 0,04 0,02 0,74 44,59 80,00 167,98 5 0,7 70,8 1532,85 1066,02 466,82 2,28 36,62 44,85 1,49 0,04 0,02 0,65 43,40 80,00 202,59 6 0,8 81,0 2171,77 1628,60 543,17 3,00 36,03 45,82 1,42 0,04 0,02 0,59 42,70 80,00 231,97 7 0,9 91,1 2532,37 1954,42 577,95 3,38 35,82 46,15 1,40 0,04 0,02 0,58 42,45 80,00 245,39 8 1,0 101,2 3028,55 2412,12 616,43 3,91 35,66 46,44 1,37 0,05 0,02 0,56 42,26 80,00 260,53 Fe Conc. Magnética PPC Rec. Massa (%) Rec. Met. (%) Conc (Mt) 33,94 9 1,1 111,3 3315,24 2677,84 637,40 4,20 35,52 46,63 1,38 0,05 0,02 0,55 42,10 80,00 268,33 10 1,2 121,4 3512,41 2862,90 649,50 4,41 35,47 46,71 1,37 0,05 0,02 0,55 42,04 80,00 273,01 11 1,3 131,6 3641,94 2984,81 657,13 4,54 35,41 46,79 1,37 0,05 0,02 0,54 41,97 80,00 275,78 12 1,4 141,7 3805,05 3138,37 666,67 4,71 35,31 46,93 1,38 0,05 0,02 0,54 41,85 80,00 278,97 13 1,5 151,8 4141,46 3458,77 682,68 5,07 35,20 47,10 1,36 0,05 0,02 0,53 41,72 80,00 284,81 14 1,6 161,9 4329,93 3637,69 692,23 5,25 35,09 47,25 1,36 0,05 0,02 0,53 41,59 80,00 287,92 15 1,7 172,0 4583,67 3878,93 704,74 5,50 34,93 47,47 1,37 0,05 0,02 0,53 41,40 80,00 291,79 16 1,8 182,2 4727,29 4016,15 711,14 5,65 34,86 47,57 1,38 0,05 0,02 0,53 41,32 80,00 293,82 17 1,9 192,3 4958,52 4237,67 720,85 5,88 34,75 47,72 1,38 0,05 0,02 0,53 41,19 80,00 296,86 18 2,0 202,4 5079,33 4353,26 726,07 6,00 34,67 47,82 1,39 0,05 0,02 0,53 41,09 80,00 298,37 19 2,1 212,5 5218,88 4487,24 731,64 6,13 34,60 47,92 1,39 0,05 0,02 0,53 41,01 80,00 300,01 20 2,2 222,6 5476,63 4736,91 739,72 6,40 34,54 48,00 1,39 0,05 0,02 0,53 40,94 80,00 302,79 21 2,3 232,8 5659,52 4912,61 746,91 6,58 34,42 48,15 1,40 0,05 0,02 0,53 40,79 80,00 304,72 22 2,4 242,9 5973,64 5217,92 755,72 6,90 34,37 48,22 1,40 0,05 0,02 0,52 40,73 80,00 307,82 23 2,5 253,0 6260,20 5495,23 764,97 7,18 34,25 48,37 1,41 0,05 0,02 0,52 40,59 80,00 310,56 24 2,6 263,1 6790,24 6012,49 777,76 7,73 34,20 48,44 1,41 0,05 0,02 0,52 40,53 80,00 315,28 25 2,7 273,2 7214,70 6425,60 789,10 8,14 34,10 48,58 1,42 0,05 0,02 0,52 40,41 80,00 318,95 26 2,8 283,4 7392,65 6599,08 793,57 8,32 34,07 48,63 1,42 0,05 0,02 0,52 40,38 80,00 320,40 27 2,9 293,5 7479,45 6683,24 796,21 8,39 34,03 48,68 1,42 0,05 0,02 0,52 40,33 80,00 321,10 28 3,0 303,6 7768,28 6965,84 802,44 8,68 33,99 48,73 1,42 0,05 0,02 0,52 40,28 80,00 323,29 Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 190 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-47 – Cava matemática selecionada (MOPIS). Projeto Morro do Pilar Sul Cavas geradas considerando Recursos Potencial e Inferido e ângulo geral de 40° Cava nº Fator de Receita Preço Mov. Total Estéril Minério REM (US$/tConc) (Mt) (Mt) (Mt) 1 0,3 30,4 0,16 0,01 0,15 0,06 43,15 36,95 0,84 0,03 0,02 0,27 51,14 80,00 0,08 2 0,4 40,5 237,38 60,47 176,91 0,34 30,10 52,16 2,35 0,06 0,07 0,53 35,67 80,00 63,12 3 0,5 50,6 1159,71 615,99 543,72 1,13 29,08 53,28 2,31 0,07 0,08 0,58 34,47 80,00 187,41 4 0,6 60,7 1963,13 1211,70 751,42 1,61 28,70 53,71 2,28 0,07 0,09 0,61 34,01 80,00 255,60 5 0,7 70,8 2459,99 1619,14 840,85 1,93 28,61 53,83 2,26 0,07 0,09 0,62 33,91 80,00 285,13 6 0,8 81,0 2788,55 1902,78 885,77 2,15 28,58 53,88 2,24 0,07 0,09 0,63 33,87 80,00 300,02 7 0,9 91,1 3207,15 2275,69 931,46 2,44 28,57 53,91 2,23 0,07 0,09 0,63 33,86 80,00 315,35 8 1,0 101,2 3647,74 2674,85 972,89 2,75 28,53 53,96 2,22 0,08 0,09 0,63 33,81 80,00 329,00 Fe Teor de ROM (%) SiO2 Al2O3 Mn P Conc Magnética PPC Rec. Massa (%) Rec. Met. (%) Conc (Mt) 9 1,1 111,3 4062,06 3055,93 1006,14 3,04 28,51 53,99 2,21 0,08 0,09 0,63 33,79 80,00 339,96 10 1,2 121,4 4262,23 3242,15 1020,08 3,18 28,51 54,00 2,21 0,08 0,09 0,64 33,79 80,00 344,66 11 1,3 131,6 4426,52 3396,47 1030,05 3,30 28,51 54,00 2,20 0,08 0,09 0,63 33,79 80,00 348,10 12 1,4 141,7 4516,10 3481,26 1034,83 3,36 28,52 53,99 2,20 0,08 0,09 0,63 33,80 80,00 349,78 13 1,5 151,8 4621,07 3580,99 1040,08 3,44 28,52 53,99 2,20 0,08 0,09 0,63 33,80 80,00 351,59 14 1,6 161,9 4704,93 3661,11 1043,82 3,51 28,53 53,99 2,19 0,08 0,09 0,63 33,81 80,00 352,92 15 1,7 172,0 4781,75 3734,66 1047,09 3,57 28,53 53,99 2,19 0,08 0,09 0,63 33,81 80,00 354,05 16 1,8 182,2 4845,57 3796,00 1049,58 3,62 28,53 53,99 2,19 0,08 0,09 0,63 33,81 80,00 354,91 17 1,9 192,3 4900,43 3848,92 1051,51 3,66 28,53 53,99 2,19 0,08 0,09 0,63 33,81 80,00 355,60 18 2,0 202,4 4950,54 3897,33 1053,21 3,70 28,54 53,98 2,19 0,08 0,09 0,63 33,83 80,00 356,21 19 2,1 212,5 4969,02 3915,14 1053,88 3,71 28,54 53,99 2,19 0,08 0,09 0,63 33,83 80,00 356,42 20 2,2 222,6 5047,34 3991,07 1056,27 3,78 28,54 53,98 2,19 0,08 0,09 0,63 33,83 80,00 357,26 21 2,3 232,8 5062,73 4006,03 1056,70 3,79 28,54 53,98 2,19 0,08 0,09 0,63 33,83 80,00 357,42 22 2,4 242,9 5075,23 4018,13 1057,10 3,80 28,54 53,98 2,19 0,08 0,09 0,63 33,83 80,00 357,54 23 2,5 253,0 5093,07 4035,50 1057,57 3,82 28,54 53,98 2,19 0,08 0,09 0,63 33,83 80,00 357,70 24 2,6 263,1 5127,78 4069,33 1058,45 3,84 28,54 53,98 2,19 0,08 0,09 0,63 33,83 80,00 358,01 25 2,7 273,2 5177,68 4118,01 1059,67 3,89 28,54 53,98 2,19 0,08 0,09 0,63 33,83 80,00 358,43 26 2,8 283,4 5191,63 4131,63 1060,00 3,90 28,54 53,98 2,19 0,08 0,09 0,63 33,83 80,00 358,54 27 2,9 293,5 5193,58 4133,53 1060,04 3,90 28,54 53,98 2,19 0,08 0,09 0,63 33,83 80,00 358,56 2.6.1.2 Sequenciamento da lavra Os estudos de sequenciamento de lavra foram desenvolvidos com o uso do software SURPAC, tendo consistido no estabelecimento dos programas de produção anuais, na definição da sequência de lavra dos blocos de minério e estéril e na evolução das geometrias ao longo da vida da mina até atingir as cavas finais definidas pela otimização. Para o desenvolvimento dos programas de produção do projeto conceitual de Morro do Pilar, foram definidas as áreas a serem lavradas visando à otimização do fluxo de materiais na mina. Sendo assim, estabeleceu-se que a lavra fosse desenvolvida no sentido leste, iniciando-se nos locais que apresentavam afloramentos do corpo mineral e áreas de maior teor de Fe, com o objetivo de reduzir os custos operacionais nos primeiros anos de lavra. Outro aspecto estudado também foi quanto à redução de custos e impactos ambientais. Para tal, foi proposta a disposição de estéreis e rejeitos dentro das cavas (backfill), no decorrer da vida da mina. Seguindo este conceito, a lavra iniciará na área Morro do Pilar Norte (MOPIN), priorizando no início a produção do tipo friável, que se encontra aflorante e, se desenvolverá por oito anos e meio, até atingir os limites finais da cava 5 definida pela otimização. Posteriormente, a lavra será continuada em Morro do Pilar Sul (MOPIS) por mais de 12 anos, até atingir os limites finais da cava 4 definida na otimização desta área. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 191 Morro do Pilar Minerais S.A. Os estudos consideraram um ramp-up na produção até ser atingida plena capacidade da usina de beneficiamento. Está previsto para o primeiro ano da lavra de MOPIN, uma produção em torno de 50% da plena, sendo que do segundo ano em diante, a produção passa para a nominal de projeto (Tabela 2-48). A Relação Estéril – Minério (REM) também será menor nos dois primeiros anos, estabilizando na média para os demais anos. No 9º ano, a produção será desviada para MOPIS, porém dividida em ambas as cavas, sendo que nos primeiros seis meses a produção será em MOPIN e, no restante do ano em MOPIS, seguindo a lavra nesta cava até os limites definidos pela otimização como sua exaustão. As Tabela 2-48, Tabela 2-49 e Tabela 2-50 apresentam os dados relativos ao minério e ao estéril, bem como a relação entre eles, de acordo com o sequenciamento de lavra de cada uma das cavas (cava norte e cava sul) e os somatórios para ambas as cavas. As Figura 2-37 e Figura 2-38 ilustram o sequenciamento de lavra em cada uma das cavas. Tabela 2-48 – Sequenciamento da cava norte (MOPIN). Sequenciamento Morro do Pilar Norte Periodo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Total Minério 12,63 53,90 53,30 53,67 52,86 53,32 53,32 53,32 46,08 432,40 Estéril Mov. Total (Mt) 8,46 21,10 37,03 90,93 62,38 115,68 155,50 209,16 153,29 206,15 154,58 207,90 154,58 207,90 154,58 207,90 133,60 179,68 1.014,00 1.446,39 Conc. 6,02 25,00 25,00 25,00 25,07 25,00 25,00 25,00 21,61 202,69 Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 REM (t/t) 0,67 0,69 1,17 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90 2,35 Fe SiO2 Al2O3 Mn P PPC 0,05 0,04 0,03 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,014 0,015 0,015 0,018 0,017 0,018 0,018 0,018 0,018 0,017 0,54 0,52 0,55 0,77 0,53 0,65 0,65 0,65 0,65 0,62 % 36,97 36,00 36,41 36,16 36,81 36,40 36,40 36,40 36,40 36,39 44,41 46,28 45,90 45,48 45,02 45,06 45,06 45,06 45,06 45,34 Página: 192 1,53 1,16 0,97 1,42 1,22 1,57 1,57 1,57 1,57 1,38 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-37 – Sequenciamento em planta da cava norte (MOPIN). Caverna + faixa de 250 m Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 193 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-49 – Sequenciamento da cava sul (MOPIS). Sequenciamento Morro do Pilar Sul Periodo 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Total Minério 9,19 65,83 67,32 67,03 68,80 65,85 68,19 68,19 68,19 68,19 68,19 66,44 751,43 Estéril Mov. Total (Mt) 14,77 23,96 105,97 171,80 108,35 175,67 107,92 174,96 110,71 179,50 106,44 172,29 110,06 178,25 110,06 178,25 110,06 178,25 110,06 178,25 110,06 178,25 107,22 173,66 1.211,68 1.963,10 Conc. 3,40 25,00 25,00 25,00 25,07 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 24,36 277,83 REM (t/t) 1,61 1,61 1,61 1,61 1,61 1,62 1,61 1,61 1,61 1,61 1,61 1,61 1,61 Fe SiO2 Al2O3 Mn P PPC 0,06 0,06 0,07 0,07 0,07 0,07 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,07 0,089 0,063 0,073 0,074 0,083 0,103 0,090 0,090 0,090 0,090 0,090 0,090 0,085 0,55 0,59 0,62 0,59 0,59 0,54 0,64 0,64 0,64 0,64 0,64 0,64 0,61 % 28,73 29,48 28,83 28,95 28,29 29,47 28,46 28,46 28,46 28,46 28,46 28,46 28,70 54,01 52,48 53,05 53,44 53,97 52,84 54,15 54,15 54,15 54,15 54,15 54,15 53,71 2,26 2,68 2,75 2,46 2,51 2,11 2,10 2,10 2,10 2,10 2,10 2,10 2,28 Figura 2-38 - Sequenciamento em planta da cava sul (MOPIS). Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 194 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-50 – Sequenciamento do projeto Morro do Pilar completo (MOPIN + MOPIS). Sequenciamento Morro do Pilar Periodo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Total 2.6.1.3 Minério 12,63 53,90 53,30 53,67 52,86 53,32 53,32 53,32 55,27 65,83 67,32 67,03 68,80 65,85 68,19 68,19 68,19 68,19 68,19 66,44 1.183,82 Estéril Mov. Total (Mt) 8,46 21,10 37,03 90,93 62,38 115,68 155,50 209,16 153,29 206,15 154,58 207,90 154,58 207,90 154,58 207,90 148,37 203,64 105,97 171,80 108,35 175,67 107,92 174,96 110,71 179,50 106,44 172,29 110,06 178,25 110,06 178,25 110,06 178,25 110,06 178,25 110,06 178,25 107,22 173,66 2.225,67 3.409,50 Conc. 6,02 25,00 25,00 25,00 25,07 25,00 25,00 25,00 25,01 25,00 25,00 25,00 25,07 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 24,36 480,52 REM (t/t) 0,67 0,69 1,17 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90 2,68 1,61 1,61 1,61 1,61 1,62 1,61 1,61 1,61 1,61 1,61 1,61 1,88 Fe SiO2 Al2O3 Mn P PPC 0,05 0,04 0,03 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,05 0,06 0,07 0,07 0,07 0,07 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,06 0,01 0,015 0,015 0,018 0,017 0,018 0,018 0,018 0,029 0,063 0,073 0,074 0,083 0,103 0,090 0,090 0,090 0,090 0,090 0,090 0,060 0,54 0,52 0,55 0,77 0,53 0,65 0,65 0,65 0,64 0,59 0,62 0,59 0,59 0,54 0,64 0,64 0,64 0,64 0,64 0,64 0,62 % 36,97 36,00 36,41 36,16 36,81 36,40 36,40 36,40 35,12 29,48 28,83 28,95 28,29 29,47 28,46 28,46 28,46 28,46 28,46 28,46 31,51 44,41 46,28 45,90 45,48 45,02 45,06 45,06 45,06 46,55 52,48 53,05 53,44 53,97 52,84 54,15 54,15 54,15 54,15 54,15 54,15 50,65 1,53 1,16 0,97 1,42 1,22 1,57 1,57 1,57 1,68 2,68 2,75 2,46 2,51 2,11 2,10 2,10 2,10 2,10 2,10 2,10 1,95 Desvio dos cursos d´água principais Os ribeirões Mata Cavalos e Lajes são dois cursos d´água que necessitarão de soluções de engenharia para que o plano de lavra possa ser empreendido. Os estudos para definição das soluções mais adequadas serão realizados após a obtenção da LP, quando será dada continuidade ao monitoramento para fins de modelagem do sistema hídrico superficial e subterrâneo. As soluções buscarão manter vazões a montante e a jusante do sistema endocárstico, cujo leito fluvial será preservado antes do sumidouro. Além disso, soluções deverão ser definidas para a lavra a jusante da caverna, onde há a confluência com o ribeirão Mata Cavalos e há necessidade de manutenção do fluxo fluvial. Tais estudos deverão levar em conta as seguintes referências quanto ao regime hídrico nestas sub-bacias: a. Intervenção no ribeirão das Lajes • A montante da cava, a Q=0,113 m³/s na estação seca e 0,521 m³/s na estação chuvosa. b. Intervenção no ribeirão Mata Cavalos • A montante da cava, a Q=0,441 m³/s na estação seca e 5,13 m³/s na estação chuvosa. • A jusante da confluência com o ribeirão das Lajes, a Q=0,674 m³/s na estação seca e 2,66 m³/s na estação chuvosa. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 195 Morro do Pilar Minerais S.A. Concluída a modelagem matemática, poder-se-á elaborar o projeto executivo com o detalhamento dos sistemas de captação e restituição da água superficial em ponto a jusante da cavidade e da cava. Trata-se de solução integrada com o plano de lavra, pois envolve os dois cursos d´agua e o avanço de lavra. Uma das opções a ser estudada é a utilização de canais de concreto ao longo de bancadas da lavra, com finalidade de manter os fluxos fluviais de ambos os cursos d’água. Nesta configuração, os canais teriam escoamento livre em rampa, sem a necessidade de bombeamentos ou sistemas dissipadores de energia. Tais estudos subsidiarão a obtenção das outorgas cabíveis para as intervenções que vierem a ser projetadas. 2.6.1.4 Desmonte A canga e o minério ou estéril compactos serão desmontados por explosivos encartuchados (emulsão) na carga de fundo e granulados (tipo ANFO) na carga de coluna, iniciados por cordel detonante com retardos. Os explosivos serão carregados em furos de 6” a 10” de diâmetro e 13m de profundidade, perfurados por perfuratriz percussiva/rotativa acionada por compressor portátil. A formação ferrífera local é composta de intercalações de itabiritos e itabiritos friáveis. O material macio é removido diretamente pela máquina de carga dos caminhões, preferencialmente escavadeira. Quando a frente encontrar uma passagem de material resistente, principalmente com o aprofundamento da lavra, haverá necessidade de emprego de explosivos. Os minérios ou estéreis friáveis serão desmontados por meio de escavadeiras, tratores de esteira do porte dos convencionais D11-N ou D8-L Caterpillar, ou similares, de outras marcas, com o uso de escarificador ou explosivo, quando necessário. 2.6.1.5 Carregamento e transporte O carregamento do minério e estéril será feito diretamente nos caminhões por escavadeiras, com caçamba com capacidade de 29m3, tipo Hitachi EX-5500, ou similar, em alguns casos, por grandes pás-carregadeiras. O transporte de minério até o britador primário e, de estéril até os depósitos permanentes ou temporários será feito por caminhões basculantes fora-de-estrada com capacidade de 240t, similares ao Caterpillar CAT 793 D. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 196 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.6.1.6 Dimensionamento dos equipamentos A frota de equipamentos de mina necessários para o desenvolvimento do Projeto Morro do Pilar, considerando-se a utilização de equipamentos e frota própria de caminhões e equipamentos auxiliares para lavra e britagem, foi estimada a partir do banco de dados da Coffey Mining. A Tabela 2-51 apresenta a relação de equipamentos necessários, bem como a estimativa de vida útil destes. Tabela 2-51 - Relação de equipamentos e estimativa de vida útil. 2.6.1.7 Sistema de drenagem O planejamento de lavra adota o método de bancadas em céu aberto, propiciando que o escoamento das águas superficiais seja realizado via gravidade, por meio de canaletas e/ou escadas hidráulicas dimensionadas através de estudos hidrológicos. O sistema de drenagem deve ser feito com base na topografia, estudos hidrológicos e hidrogeológicos, visando evitar complicações operacionais como, acúmulo de água em bermas, instabilidade de taludes e condições operacionais pouco favoráveis durante as chuvas. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 197 Morro do Pilar Minerais S.A. As águas dos bancos superiores passarão aos inferiores através da lateral interna da estrada de acesso, onde será implantada canaleta para condução das águas, forrada com massa de solo cimento, sempre que o piso apresentar baixa consistência. À medida que o número de bancos for aumentando, a cada três bancos será construída uma pequena bacia escavada (sump) para o amortecimento do fluxo. Estas micro bacias serão posicionadas na lateral da praça, próximas do ponto de início da rampa de descida para o banco subjacente. Por medidas de segurança, estes sumps serão devidamente sinalizados e demarcados com bastões refletores. No período crítico das chuvas, de novembro a março, a lavra no banco inferior, em cava, poderá ser desativada, devido ao acúmulo de água em sua bacia. Logo após as chuvas, haverá a secagem desta bacia, por via natural, evaporação / infiltração, ou, de maneira forçada, via bombeamento do líquido. Neste caso, a água será preferencialmente utilizada no empreendimento (a depender de outorga de uso da água) ou conduzida para o fundo da grota mais próxima. Caso seja necessário o trabalho nas posições mais profundas da cava durante o período de chuvas, também deverá ser realizado o bombeamento. Os caminhos das águas deverão ser forrados com massa de cimento, quando o solo não apresentar consistência, formando canaletas protegidas. Nos trechos de maior declividade (>15%), as canaletas serão transformadas em escadas dissipadoras de energia. Nos pontos de mudança brusca de direção serão construídas caixas receptoras que servirão para quebrar a velocidade das águas, evitando possíveis danos e erosões no terreno. 2.6.1.8 Paiol O paiol de explosivos terá capacidade para o consumo em cerca de dois meses de produção. O consumo previsto será de 100g/t a 200g/t desmontada. A descrição das estruturas e regras a serem seguidas no paiol estão descritas no item 2.5.11. 2.6.2 Usina de beneficiamento Como consequência dos estudos realizados de caracterização mineralógica e testes de desenvolvimento de concentração, a rota de processo a ser utilizada no Projeto Morro do Pilar tem sua tecnologia largamente comprovada em minérios do estado de Minas Gerais. As recuperações metalúrgicas do ferro em percentagens de 80% e recuperações em massa que atingem 44% são consideradas realistas, pois os resultados de desenvolvimento de processo obtidos até o momento demonstraram que há potencial para atingir valores até superiores. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 198 Morro do Pilar Minerais S.A. Para conseguir-se a liberação dos minerais de ferro, está prevista a tradicional etapa de cominuição que compreenderá a britagem primária em britador giratório, secundária e terciária em britador cônico, e, o quarto estágio de cominuição em prensa de rolos (HPGR) seguidas de moagem primária (fazendo parte de um estágio de pré-concentração), moagem secundária (concentração) e remoagem em moinho de bolas. Prevê-se uma pilha cônica de regularização após a britagem terciária, no intuito de conferir estabilidade de alimentação para a prensa de rolos. A remoagem tem o objetivo de adequar a granulometria do produto pellet feed às exigências operacionais do mineroduto. A pré-concentração será realizada por flotação mecânica, seguida por concentração por flotação em colunas. O concentrado pellet feed será remoído e depois bombeado por mineroduto por cerca de 531 km até o terminal portuário - Porto Norfe, localizado no município de Linhares, onde será filtrado, empilhado e embarcado em navios. Ressalva-se que o mineroduto e o terminal portuário não são objeto deste EIA. Os dados de base para o dimensionamento preliminar da planta de concentração de minério de ferro e também, empregados na demonstração de viabilidade econômica do empreendimento encontram-se na Tabela 2-52. O fluxograma simplificado da rota de processo adotada encontra-se na Figura 2-39, que resume a rota de processo definida, destacando as operações e sistemas básicos envolvidos. Tabela 2-52 – Dados base para dimensionamento da planta de beneficiamento. Fluxo Granulometria (mm) Vazão (t/h) Teor Fe (%) ROM -1.500 7.935 37,5 Lamas -0,005 265 25,0 Pré-concentrado -0,4 4.563 48,9 Rejeito Pré-concentrado -0,4 1.785 10,3 Concentrado final -0,15 2.917 68,0 Rejeito final -0,15 1.645 15,0 Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 199 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-39 – Fluxograma de rota do beneficiamento. D E S L AMAG E M B R IT AG E M P R IMÁR IA MO AG E M 1ª F L O T AÇ ÃO ME C ÂNIC A MO AG E M 2ª F L O T AÇ ÃO C O L UNAS B R IT AG E M S E C UND ÁR IA E T E R C IÁR IA P E NE IR AME NT O E S P E S S AD O R D E R E J E IT O E S P E S S AD O R D E C O NC E NT R AD O E S P E S S AD O R D E L AMAS V AI P AR A MINE R O D UT O R E MO AG E M P R E NS AG E M E MP IL HAME NT O D R E NAD O D E R E J E IT O S T ANC AG E M D O MINE R O D UT O As principais unidades de produção estão a seguir relacionadas: • Britagem primária; • Peneiramento; • Britagem secundária; • Britagem terciária; • Prensagem; • Moagem primária; • Deslamagem; • Flotação mecânica; • Moagem secundária; • Flotação em colunas; • Remoagem; • Espessamento de concentrado; • Espessamento de rejeitos; • Espessamento de lamas. A seguir, encontra-se a descrição do processo de beneficiamento. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 200 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.6.2.1 Equipamentos e operações na usina de beneficiamento A empresa responsável pela etapa inicial de engenharia (projeto conceitual) foi a ECM S.A. Para estimativas de porte e capacidade de equipamentos, considerou-se na grande maioria dos dimensionamentos um fator de projeto de 20%. As premissas estabelecidas na atual etapa do projeto tomaram como base: • Etapa 1 – Pit Norte: capacidade nominal máxima de alimentação de ROM (Run of Mine) de 55Mtpa (base seca) de minério. O regime de operação indica a alimentação da britagem primária durante 6.570 h/ano numa capacidade nominal de 7.935 t/h (base seca). • Etapa 2 – Pit sul: capacidade nominal máxima de alimentação de ROM de 69Mtpa (base seca) de minério. Neste caso, a taxa de alimentação da britagem primária durante as mesmas 6.570 h/ano indica a uma taxa de 9.682 t/h (base seca). 2.6.2.2 Área de britagens e peneiramento Os britadores primários serão equipamentos robustos e estão definidos atualmente como do tipo giratório. Na medida em que os estudos do depósito se desenvolverem, será possível avaliar a alternativa de britadores de mandíbula, redundando em valores de investimentos menores que a opção atual pelo tipo giratório. O minério após a britagem primária estará com granulometria menor que 200mm. Após a área de britagem primária, o minério estará em condições de alimentar o peneiramento. O principal equipamento desta instalação está definido como sendo peneira vibratória do tipo banana 12’x28’, podendo ser escolhida dentre vários fornecedores. Tal peneira possui dois decks, sendo o retido no primeiro deck (+50mm), direcionado para a britagem secundária, com peneiramento em circuito fechado. O retido no segundo deck (+25mm) é direcionado para a britagem terciária, também em circuito fechado com peneiramento. Já o passante, no segundo deck seguirá para a pilha pulmão. Na britagem secundária, será adotado britador do tipo cônico, modelo HP 800, de fabricação METSO ou similar de outro fabricante. Na britagem terciária, será adotado também britador do tipo cônico, modelo HP 5, de fabricação METSO ou similar de outro fabricante. Todas as etapas de processos anteriores são atendidas também por equipamentos de manuseio, como transportadores de correia fixos e móveis, alimentadores de correia, alimentadores de Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 201 Morro do Pilar Minerais S.A. placa, dentre outros, bem como, por silos e moegas para regularização da alimentação, conforme identificado das tabelas já apresentadas na fase de implantação desta caracterização. Após os circuitos de britagens e peneiramento, o minério é alimentado numa pilha pulmão cônica com capacidade total de estocagem de 220kt. A recuperação da pilha, para posterior alimentação do circuito da prensa de rolos, se dará através de alimentadores de placas posicionados sob a pilha. Serão empregados três alimentadores deste tipo. O minério disposto na pilha pulmão terá granulometria de 25mm. A Figura 2-40 apresenta o desenho esquemático da área de britagens, peneiramento e pilha pulmão. Figura 2-40 – Esquema da área de britagens, peneiramento e pilha de pulmão. A potência instalada das britagens, peneiramento e pilha pulmão, encontra-se, nesta etapa de projeto de engenharia, em torno de 23MW. 2.6.2.3 Área do HPGR A partir da recuperação da pilha pulmão, o minério é transportado para a prensagem de rolos, para ser reduzido para a granulometria abaixo de 4mm. O equipamento adotado terá como Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 202 Morro do Pilar Minerais S.A. dimensões principais 2,4m x 1,65m e poderá ser adquirido junto a Polysius ou KHD. Serão adotadas 2 unidades de prensa de rolos nesta etapa. A instalação industrial contará ainda, com moega e silo de regularização com alimentador de correia. Depois de moído no HPGR, o material menor que 4,0mm seguirá para a área de moagem primária e pré-concentração via transportador de correia. A Figura 2-41 apresenta o desenho esquemático da área de prensagem. Figura 2-41 - Esquema da área de prensagem (HPGR). 2.6.2.4 Área de moagem primária, classificação, deslamagem e pré-concentração A moagem primária será alimentada por alimentadores de correias, sob silos de regularização, alimentados por um transportador de correia oriundo da prensagem. O moinho de bolas primário deve ter dimensões principais da ordem de 24’ x 36’, sendo adotados dois equipamentos do tipo. A moagem deve trabalhar com carga circulante de aproximadamente 250% da alimentação do moinho e com taxas em torno de 16.500t/h. Em circuito fechado haverá a classificação, a qual recirculará o material maior que 0,15mm para a moagem e o menor que 0,15mm para a deslamagem. Tal classificação ocorrerá em hidrociclones. A etapa de deslamagem tem como objetivo a redução sensível do percentual de lamas no minério e também, o direcionamento deste para a pré-concentração por flotação mecânica. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 203 Morro do Pilar Minerais S.A. Hidrociclones recebem via caixas de polpa e bombeamento, o minério oriundo da classificação em menor que 0,15mm. O overflow (-0,03mm) é direcionado para hidrociclones de 4’’. O overflow deste último (-0,005mm) é bombeado para o espessamento de lamas, enquanto o underflow é bombeado para a etapa de pré-concentração por flotação mecânica. A etapa de pré-concentração por flotação mecânica recebe por gravidade o underflow dos hidrociclones da deslamagem, o qual alimenta os condicionadores de flotação, equipados com agitadores. Tais tanques alimentam por gravidade três estágios de flotação: rougher, scavenger 1 e scavenger 2 em células mecânicas. Os três estágios estarão em série. O concentrado do estágio rougher é bombeado para a moagem secundária e seu rejeito é direcionado por gravidade para o scavenger 1. O concentrado do scavenger 1 é recirculado com o rougher 1 e seu rejeito é encaminhado para o scavenger 2. O concentrado deste último é recirculado para o rougher 1 e seu rejeito é bombeado para o ciclone desaguador, para ser então, bombeado para o empilhamento de rejeito drenados. A Figura 2-42 apresenta o desenho esquemático da área de moagem primária, classificação, deslamagem e pré-concentração por flotação mecânica. Figura 2-42 – Área de moagem primária, classificação, deslamagem e pré-concentração. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 204 Morro do Pilar Minerais S.A. Um dos importantes efeitos destas etapas do processo é o descarte de aproximadamente 30% de sua massa de alimentação, já com características de rejeito para disposição, reduzindo a demanda de equipamentos, insumos e energia nas etapas a jusante do processo. 2.6.2.5 Área de moagem de bolas secundária com ciclonagem de classificação e concentração por flotação em colunas O concentrado rougher da flotação mecânica seguirá para alimentação da pré-classificação da moagem secundária através de hidrociclones. O underflow desta pré-classificação (+0,15mm) alimentará o moinho de bolas de dimensões principais 24’ x 36’. A descarga do moinho seguirá para uma caixa de polpa e desta será bombeado para hidrociclones. O overflow das baterias de hidrociclones da pré-classificação da moagem (-0,15mm), juntamente com o overflow das baterias de hidrociclones de classificação (-0,15mm) seguirá para a etapa seguinte de flotação em colunas. O underflow das baterias de hidrociclones de classificação da moagem seguirá para alimentação do moinho em circuito fechado com carga circulante de aproximadamente 130%. A polpa proveniente da etapa de moagem secundária será recebida nos condicionadores de polpa, equipados com agitadores de polpa. Destes condicionadores a polpa seguirá para a segunda etapa de condicionamento através de outro conjunto de condicionadores, também equipados com agitadores de polpa. A polpa então seguirá por gravidade para caixas de polpa onde será bombeada para os distribuidores de polpa. Os distribuidores de polpa alimentarão a etapa cleaner de flotação em colunas. O concentrado cleaner seguirá para a etapa recleaner de flotação via caixas de polpa e bombeamento. O concentrado recleaner seguirá para etapa seguinte de remoagem via caixas de polpa e bombeamento. O rejeito cleaner e recleaner seguirá para células de flotação scavenger-cleaner. O concentrado dessas células seguirá para a etapa cleaner de flotação em colunas via caixas de polpa e bombeamento, retornando ao circuito e gerando carga circulante. O rejeito das células seguirá para a etapa de espessamento de rejeito final. A Figura 2-43 apresenta o desenho esquemático da área de moagem secundária, ciclonagem e flotação em colunas. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 205 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-43 – Área de moagem de bolas secundária. 2.6.2.6 Área de remoagem O concentrado recleaner proveniente da flotação em colunas alimentará a pré-classificação da remoagem, realizada através de hidrociclones. O underflow desta pré-classificação (+0,044mm) alimentará os moinhos de bolas com dimensões principais 22’ x 44’. A descarga dos moinhos será encaminhada via caixas de polpa e bombeamento para hidrociclones. O underflow da bateria de hidrociclones de classificação (+0,044mm) retornará a moagem gerando carga circulante de aproximadamente 250%, enquanto o overflow das baterias de hidrociclones da pré-classificação (-0,044mm) juntamente com o overflow da bateria de hidrociclones da classificação (-0,044mm) seguirá para a etapa de espessamento de concentrado final. A Figura 2-44 apresenta o desenho esquemático da área de remoagem. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 206 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-44 – Área de remoagem. 2.6.2.7 Sistemas de espessamento de concentrado, lamas, rejeitos O produto proveniente da remoagem (-0,044mm) seguirá para o espessador de concentrado via caixa de polpa e bombeamento. O underflow proveniente do espessamento de concentrado (até 72% de sólidos) será recebido por um distribuidor de polpa e, a partir deste, distribuído para tanques equipados com agitadores de polpa. Destes tanques a polpa será encaminhada para alimentação do mineroduto. O overflow do espessador de concentrado seguirá para o tanque de distribuição de água de processo. O rejeito final da flotação mecânica (pré-concentração) alimentará hidrociclones, responsáveis pelo desaguamento do rejeito. O overflow dos ciclones desaguadores será encaminhado via caixa de polpa e bombeamento juntamente com o rejeito da flotação em colunas para o espessador de rejeitos. O underflow do espessador de rejeito será bombeado para uma caixa de polpa que receberá também o underflow dos ciclones desaguadores. Desta caixa o rejeito será bombeado para o empilhamento de rejeito drenados. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 207 Morro do Pilar Minerais S.A. O overflow do espessador de rejeitos seguirá para o tanque de distribuição de água de processo. Quanto às lamas, overflow proveniente do segundo estágio da deslamagem seguirá via caixa de polpa e bombeamento para o espessador de lamas. O underflow do espessador de lama será bombeado para o empilhamento de rejeito drenado. O overflow seguirá por gravidade para um tanque de distribuição de água de processo. A Figura 2-45 apresenta o desenho esquemático da área de espessamento de concentrado, rejeito e lamas. Figura 2-45 - Sistema de espessamento de concentrado, lamas e rejeitos. 2.6.2.8 Sistemas de captação, recuperação e distribuição de águas A captação da água nova será dará em dois pontos distintos em cursos d’água nas proximidades do projeto: Rio Santo Antônio e Rio Preto. Tal volume (aproximadamente 2.880 m3/h) será bombeado ao tanque de água nova da planta de beneficiamento. Ressalva-se que a captação e adução de água nova não são objeto deste EIA. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 208 Morro do Pilar Minerais S.A. Outra fonte de água será o empilhamento de rejeito drenado. Este proporcionará a geração de água livre que será recuperada via bombeamento para o tanque de distribuição de água de processo numa vazão aproximada de 1.100m3/h. Ainda na mesma estrutura do empilhamento de rejeito drenado, a jusante do dique de partida, haverá um dreno de fundo que possibilitará a captação de aproximadamente mais 70m3/h de água. 2.6.2.9 Balanço de água O balanço hídrico leva em conta todas as demandas do empreendimento para processamento do minério de ferro em ambas as etapas, incluindo os usos em utilidades, como refrigeração, reagentes, selagem, serviços e aspersão. A seguir, se encontra um esquema (Figura 2-46) Figura 2-46e um quadro (Tabela 2-53) especificando as entradas e saídas de água no sistema, e também uma tabela (Tabela 2-54) com as perdas de água em utilidades estimadas: Figura 2-46 – Esquema do balanço de água do empreendimento – Etapa 1 e 2. Água nova = 3.597m³/h Polpa do mineroduto = 1.044m³/h ROM = 425 m³/h Água recuperada no reservatório = 1.109m³/h Água recuperada no dreno de fundo = 70m³/h UF espessador de rejeitos = 1.429m³/h UBM UF espessador de lamas = 1.037m³/h Perdas em utilidades = 1.691m³/h Tabela 2-53 – Perdas de água no empreendimento. Aplicação Água de refrigeração Água para reagentes Água de selagem Água de serviço Consumo intermitente Água para aspersão TOTAL m³/h perda (%) perda (m³/h) 200,0 2% 4,0 398,0 0% 1.728,0 30% 518,4 1.049,0 50% 524,5 2.009,0 30% 602,7 42,0 100% 42,0 5.426,0 1.691,6 Água recuperada de utilidades 3.734,1 Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 209 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-54 - Balanço de água do empreendimento. Fluxo Vazão (m³/h) ROM 425,0 Água recuperada no reservatório 1.109,0 Entrada Água recuperada no dreno de fundo 70,0 Água nova (captação) 3.597,0 Polpa do minério 1.044,0 UF espessador de rejeitos 1.429,0 Saída UF espessador de lamas 1.037,0 Perdas em utilidades 1.691,0 2.6.2.10 Origem Distribuição de Reagentes a. Amina A solução preparada de amina será recebida em dois Tanques de Recebimento de onde será bombeado pelas Bombas Parafuso para o Tanque de Diluição, seguindo através das Bombas de Reagente para outros dois Tanques de Distribuição.. Destes tanques a solução de amina será bombeada através das Bombas Parafuso para o condicionamento da flotação mecânica e através das Bombas Parafuso para o condicionamento da flotação em colunas. b. Amido e soda A soda será recebida através de caminhões, em solução de concentração 50% em peso, e transferida para dois Tanques de Recebimento de Soda. Dos tanques de recebimento, a soda será bombeada através das Bombas de Reagente para o Tanque de Diluição de Soda, dotado de Agitador de Reagente. Nesse tanque a solução irá receber água de forma a obter-se uma solução a 10% em peso de soda. Em seguida, a solução seguirá através das Bombas de Reagente para o Tanque de Distribuição de Soda. Desse tanque, a solução será transferida para a moagem de bolas, condicionamento da flotação mecânica e condicionamento da flotação em colunas, através das Bombas de Reagente. Haverá distribuição de soda também para a gelatinização do amido através das Bombas de Reagente. Para drenagem da área de recebimento de soda, haverá uma bacia de contenção. O amido será recebido através de caminhões, em sua forma sólida, granulada. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 210 Morro do Pilar Minerais S.A. Os caminhões basculantes descarregarão o amido em dois Silos de Recebimento de Amido, provido de Filtro de Mangas, de onde será transferido, por meio das Roscas Dosadoras, para o Tanque de diluição primária. No Tanque de Diluição de Amido, dotado do Agitador de Reagente, será adicionada água até que a solução atinja uma concentração de 10% em peso. A suspensão de amido seguirá, através das Bombas de Reagente, para o Tanque de Gelatinização de Amido, dotado do Agitador de Reagente. Para gelatinizar o amido, será adicionada solução de soda a 10% em peso, bombeada pelas Bombas de Reagente até o Tanque de Gelatinização de Soda. Desse, a soda irá, através das Bombas de Reagente, para o tanque de distribuição do amido gelatinizado. Do Tanque de Distribuição, dotado do Agitador de Reagente, o amido gelatinizado será bombeado através das Bombas de Reagente para o condicionamento da flotação mecânica e em colunas. Para o descarregamento dos Big Bags de amido está sendo prevista a instalação de Ponte Rolante com capacidade de 2 t. Para manutenção das bombas de reagentes e dos agitadores de reagentes está sendo prevista a instalação de Ponte Rolante com capacidade de 2 t. c. Floculante O floculante será recebido na forma sólida granulada, em sacos, que serão armazenados em galpão de estocagem. Do Galpão de estocagem o floculante será encaminhado para três Silos de Dosagem. Destes silos o floculante será retomado respectivamente por Roscas Dosadoras para os respectivos Tanques de Diluição, equipado com os Agitadores de Reagente. As Bombas de Reagente transferirão a solução de floculante para o Tanque de Distribuição e deste bombeado através das Bombas de Reagente para o espessador de concentrado. As Bombas de Reagente transferirão a solução de floculante para o Tanque de Distribuição e deste bombeado através das Bombas de Reagente para o espessador de rejeito. As Bombas de Reagente transferirão a solução de floculante para o Tanque de Distribuição e deste bombeado através das Bombas de Reagente para o espessador de lama. Para o transporte de Big Bags de floculante está sendo prevista a instalação de Ponte Rolante com capacidade de 2 t. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 211 Morro do Pilar Minerais S.A. d. CO2 O dióxido de carbono (CO2) será recebido através de caminhão e descarregado em três Tanques de Estocagem. Desses, o reagente será enviado ao Sistema de Vaporização, de onde será dosado para os espessadores de rejeitos e concentrado. 2.6.2.10.1 Consumo de reagentes e corpos moedores a. Amina • Consumo específico na flotação mecânica: 90 g/t; • Consumo específico na flotação em colunas: 30 g/t; • Recebimento em caminhões, diluída a 50%; • Concentração de distribuição: 1%; • Capacidade de estocagem: 15 dias; • Capacidade do tanque de diluição: 1h; • Capacidade dos tanques de distribuição: 8h. b. Amido • Consumo específico na flotação mecânica: 500 g/t; • Consumo específico na flotação em colunas: 400 g/t; • Recebimento a granel; • Concentração de diluição: 6%; • Concentração de distribuição: 5%; • Capacidade de estocagem: 5 dias; • Capacidade do tanque de diluição: 0,5 h; • Capacidade do tanque de gelatinização: 2 h; • Capacidade dos tanques de distribuição: 6 h. c. Soda • Consumo específico na moagem: 168 g/t; • Consumo específico na flotação mecânica: 135 g/t; • Consumo específico na flotação em colunas: 135 g/t; • Consumo na gelatinização – relação amido / soda = 6; • Recebimento líquido a 50% em caminhões; • Concentração de distribuição: 10%; • Capacidade de estocagem: 10 dias; Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 212 Morro do Pilar Minerais S.A. • Capacidade do tanque de diluição: 0,5 h; • Capacidade dos tanques de distribuição: 8 h. d. Floculantes • Consumo específico no espessador de concentrado: 5 g/t; • Consumo específico no espessador de rejeitos: 10 g/t; • Consumo específico no espessador de lamas: 25 g/t; • Recebimento em sacos de 25 kg; • Capacidade de estocagem: 90 dias; • Capacidade mínima dos silos de dosagem: 48 horas; • Capacidade mínima dos tanques de diluição: 1h; • Capacidade dos tanques de distribuição: 8h; • Diluição a 0,20%; • Distribuição a 0,05%. e. CO2 • Consumo específico no espessador de lamas: 134 g/t; • Consumo específico no espessador de rejeitos: 48 g/t; • Autonomia de estocagem: 25 dias; • Unidade fornecida em comodato. f. Corpos Moedores Tabela 2-55 – Desgaste de bolas dos moinhos. Desgaste (g/kWh) Equipamento / componente Moinho de Bolas Primário 79 Moinho de Bolas Secundário 70 Moinho de Bolas Terciário 83 Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 213 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.6.2.11 Subestação principal A subestação principal, após instalada, operará continuamente, requerendo atividades de controle e de manutenção periódica, para distribuição de energia elétrica para todas as unidades do empreendimento. As principais características do sistema foram apresentadas no item 2.5.8.1.24, na fase de implantação; e detalhes sobre o fornecimento e consumo de energia podem ser encontrados no 2.6.5.2 – Sistema de abastecimento de energia, adiante. 2.6.3 Pilhas de estéril Como descrito no item 2.5.10, na fase de implantação, a formação de fato das pilhas de estéril é uma atividade relacionada à operação do empreendimento, apesar de ser iniciada na etapa de implantação, com o pré-stripping da cava norte. Assim, as atividades de conformação e construção dos dispositivos de drenagem superficial e a instalação de instrumentação de controle ocorrem na fase de operação do empreendimento. Os materiais estéreis a serem gerados durante os 8 anos de operação da etapa 1 (cava norte) somam aproximadamente 1.014Mt, correspondendo a aproximadamente 533,68Mm³, considerando a densidade aparente média final após consolidação da pilha de 1,9 t/m³. Os materiais estéreis a serem gerados durante os 12 anos de operação da etapa 2 (cava sul) somam aproximadamente 1.211,68Mt, correspondendo a aproximadamente 637,72Mm³, considerando a densidade aparente média final após consolidação da pilha de 1,9 t/m³. A Tabela 2-56 a seguir resume os tipos de estéreis existentes. Tabela 2-56 – Tipos de estéreis. Denominação Procedência Características Estéril solo/laterítico Decapeamento Material decomposto e canga laterítica. Estéril franco Desenvolvimento Material rochoso, desmontado por explosivo. Ressalta-se que a disposição de parte desses estéreis será feita também dentro das cavas norte e sul, sempre simultaneamente à operação de lavra. Portanto, a utilização das cavas para disposição de estéril, reduzirá as áreas operacionais e a distância média de transporte dos materiais, bem como, garantirá a disposição de volume correspondente a vinte anos de geração de estéreis, de acordo com as Tabela 2-57, Tabela 2-58 e Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 214 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-59, a seguir. As pilhas de estéril previstas dentro da cava sul estão em fase de detalhamento de projeto e portanto, estas estruturas não foram delimitadas na planta geral do empreendimento apresentada nesta caracterização do empreendimento. Entretanto, o projeto conceitual foi desenvolvido com a premissa de que o volume de estéril estará disposto na área da cava. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 215 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-57 – Empilhamento de estéril referente à cava norte (MOPIN). Empilhamento de Estéril Referente ao Morro do Pilar Norte Periodo Ano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Total Documento nº Minério Estéril 12,63 53,90 53,30 53,67 52,86 53,32 53,32 53,32 46,08 432,40 8,46 37,03 62,38 155,50 153,29 154,58 154,58 154,58 133,60 1.014,00 Mov. Total Estéril Acumulado 21,10 90,93 115,68 209,16 206,15 207,90 207,90 207,90 179,68 1.446,39 8,46 45,50 107,87 263,37 416,66 571,24 725,82 880,40 1.014,00 1.014,00 (Mt) Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 Página: 28/03/2012 216 Pilha de Deposição Sequencia de Empilhamento PDE Norte 3 PDE Norte 3 PDE Norte 3 PDE Norte 3 PDE Norte 3 / PDE Norte 2 PDE Norte 2 / PDE Norte 1 PDE Norte 1 / PDE Cava Norte 4 / PDE Cava Norte 3 PDE Cava Norte 3 / PDE Cava Norte 2 PDE Cava Norte 2 / PDE Cava Norte 1 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-58 – Empilhamento de estéril referente à cava sul (MOPIS). Empilhamento de Estéril Referente ao Morro do Pilar Sul Periodo Ano 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Total Documento nº Minério Estéril Mov. Total Estéril Acumulado 23,96 171,80 175,67 174,96 179,50 172,29 178,25 178,25 178,25 178,25 178,25 173,66 1.963,10 14,77 120,74 229,09 337,01 447,72 554,16 664,22 774,28 884,33 994,39 1.104,45 1.211,68 1.211,68 (Mt) 9,19 65,83 67,32 67,03 68,80 65,85 68,19 68,19 68,19 68,19 68,19 66,44 751,43 14,77 105,97 108,35 107,92 110,71 106,44 110,06 110,06 110,06 110,06 110,06 107,22 1.211,68 Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 Página: 28/03/2012 217 Pilha de Deposição Sequencia de Empilhamento PDE Sul 1 PDE Sul 1 PDE Sul 1 PDE Sul 1 / PDE Sul 2 PDE Sul 2 PDE Sul 2 PDE Sul 2 PDE Sul 2 PDE Sul 2 PDE Sul 2 PDE Sul 2 PDE Sul 2 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-59 – Tabela resumo da capacidade de cada pilha de estéril. Capacidade de Empilhamento por Pilha de Estéril CAVA PILHA PDE Norte 3 PDE Norte 2 PDE Norte 1 PDE Cava Norte 4 PDE Cava Norte 3 PDE Cava Norte 2 PDE Cava Norte 1 NORTE Total Cava Norte SUL PDE Sul 1 PDE Sul 2 Total Cava Sul ESTÉRIL (Mt) 408,98 110,89 25,02 155,37 136,19 149,16 28,39 1.014,00 ESTÉRIL ACUMULADO (Mt) 408,98 519,87 544,89 700,26 836,45 985,61 1.014,00 1.014,00 303,35 908,34 1.211,68 303,35 1.211,68 1.211,68 Capacidade Total 2.225,68 Para o projeto conceitual das pilhas, admitiu-se que a densidade aparente natural média “in situ” é entre 2,00 e 3,15 t/m³, parâmetros relativos à predominância de materiais gnáissico-graníticos e aqueles associados à formação ferrífera. Estes materiais devem-se acomodar na pilha com densidade empolada aparente natural média de 1,9 t/m³. As pilhas serão formadas e acabadas com lançamento dos estéreis pelo método ascendente, em camadas de espessura máxima de 20 metros, durante períodos de estiagem. Durante períodos chuvosos, quando os acessos estarão em piores condições de tráfego, será admitido o lançamento de estéreis de cima para baixo (em ponta de aterro), segundo camadas de espessura máxima de 20 metros, e taludes provisórios, a serem conformados por retaludamento, para adquirir inclinações correspondentes às 2H/1V. 2.6.3.1 Drenagem superficial A execução da drenagem superficial será feita à medida que as pilhas se elevam utilizando, sempre que possível com materiais naturais, tais como: enrocamentos (estéril rochoso) e coberturas lateríticas, que são materiais a serem lavrados na mina, e que serão mais convenientes para a desativação, quando da integração da pilha com a natureza local, além da utilização de gabiões dos tipos “caixa” e “colchão” e eventualmente, concreto projetado. Em resumo, serão preconizados: • Conformação das bermas e acessos internos das pilhas, com materiais lateríticos compactados, de forma a constituírem canais de coleta e condução das águas de chuva; Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 218 Morro do Pilar Minerais S.A. • Canais periféricos em gabiões tipo “colchão” e/ou em concreto projetado em função da vazão, declividade do terreno e velocidade do fluxo, com bacias de dissipação de energia em degrau ou dissipação na estrutura em enrocamento do pé da pilha; • Conformação da plataforma final da pilha para efeito de desativação da mesma; • Barragem B1, para retenção de sedimentos, amortecimento de cheias e clarificação do efluente final; • Descidas d’água escavadas na pilha ao longo dos taludes, revestidas com gabiões tipo “colchão”. Os diques concebidos terão capacidade para armazenar 2 anos de sedimentos, considerando que as taxas de geração de sedimento irão diminuir quando os taludes finais estiverem acabados e protegidos com revestimento vegetal. Como procedimento intrínseco à manutenção destes diques, fixa-se o intervalo de 2 anos como referência às operações de limpeza da sua bacia de acumulação. Este período ficou condicionado à geração de sedimentos oriundos dos vales naturais e da pilha em formação. 2.6.3.2 Instrumentação de controle A instalação da instrumentação de controle será executada à medida que a pilha é formada. A instrumentação de controle prevista e relacionada a seguir será objeto de detalhamento quando da elaboração dos projetos básico e executivo, onde serão apresentados os detalhes de instalação, práticas de inspeções visuais e de monitoramento, além de níveis de leitura aceitáveis. Os níveis d’água, assim como os níveis de pressão internos desenvolvidos no interior do maciço da pilha serão monitorados, respectivamente, por indicadores de nível d’água (INAs) e piezômetros (PZs). As vazões efluentes das drenagens internas deverão ser monitoradas durante todo o ano (durante períodos de estiagem e de chuvas) por meio da placa de leitura de vazões, a ser instalada imediatamente após o pé do talude de jusante da pilha. O projeto não prevê o monitoramento de vazões provenientes de dispositivos de drenagem superficial das pilhas. O projeto também não prevê a instalação de instrumentos de monitoramento de deformações da pilha por julgar que estes fenômenos ocorrerão de forma intensa e errática durante sua formação e que não interferirão nas condições finais de sua estabilidade. O sistema projetado atende às necessidades de disposição dos materiais estéreis a serem gerados durante a lavra da mina. O projeto atende às recomendações da norma da ABNT: NBR 13.029/2006. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 219 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.6.3.3 Estabilidade As pilhas serão formadas pelos diversos solos e rochas das cavas, tais como itabiritos, filitos, quartzitos e rochas básicas em diversos estados de alteração. A pilha é um conjunto considerado homogêneo, apesar de ser composta por elementos heterogêneos, como estados de alteração, umidades, estados de adensamento e/ou de compacidade. Estes materiais, com densidade aparente natural “in situ” entre 2,00 e 3,15 t/m³, serão lançados na pilha em sua forma mais solta (Densidade aparente natural ~1,5 t/m³), sofrendo a compactação informal, mas imediata promovida pela circulação de equipamentos de transporte e de espalhamento e, consolidação crescente com o tempo promovida pelos incrementos das camadas sobrepostas, passando a um valor médio aproximado de 1,90 t/m3 quando em estado consolidado com consequente incremento dos parâmetros de resistência. Os parâmetros geomecânicos de resistência para os materiais considerados foram estimados a partir de parâmetros tradicionais da literatura geotécnica e advindos de experiências com litologias semelhantes. Trabalhou-se com uma margem de segurança, reduzindo-se a magnitude desses parâmetros para efeito de análise de estabilidade, conforme é apresentado na Tabela 2-60. Ressalta-se que estes parâmetros serão objetos de revisão quando da elaboração dos projetos básicos e executivos a partir das investigações geológico-geotécnicas prevista neste projeto. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 220 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-60 – Parâmetros de resistência. Tensões Efetivas Peso Materiais Específico Aparente (kN/m3) Peso Específico Saturado 3 (kN/m ) Coesão Ângulo (kN/m2) de Atrito (°) Fundação (solo coluvionar) 14 17 5 25 Fundação (solo residual) 17 19 30 30 Estéril lançado 18 22 15 30 Enrocamento 28 28 0 42 Para realização das análises de estabilidade foi utilizado o programa de computador SLIDE 5.0 (Rocscience Inc.) obtidos segundo os métodos de Bishop simplificado, analisando ruptura globais e locais, sendo esta última considerada como ruptura entre bermas. Para as condições gerais estudadas (parâmetros e geometria), foi definido uma seção tipo de maior altura, sendo esta considerada a mais crítica e representativa das estruturas neste momento. A análise mostrou fatores de segurança acima dos mínimos admissíveis quanto à ruptura global da pilha e ruptura dos taludes entre bermas, conforme Figura 2-47. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 221 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-47 – Análise de ruptura (FS Global= 1,9 / FS local=1,6). 2.6.4 Empilhamento de rejeito drenado O lançamento do rejeito nas estruturas será feito por via hidráulica e os equipamentos mais comumente utilizados são os Hidrociclones ou os Spiggotings, os quais geram as chamadas “praias” do aterro. Essa definição será realizada em etapas posteriores de projeto. Durante a operação a segregação sedimentar ocorre no material lançado. Este sofre uma classificação em função da granulometria, da forma das partículas e da densidade real dos grãos, formando um gradiente de concentração dentro do conjunto. A Tabela 2-61 a seguir apresenta as quantidades de geração de rejeito ao longo da fase de operação das duas etapas de produção do empreendimento. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 222 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-61 – Quantidade de rejeito gerado ao longo da fase de operação das duas etapas do empreendimento. Geração de Rejeitos MOPI - Long Prazo Anos Pit 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 N N N N N N N N S S S S S S S S S S S S Productio ROM Produção @8% n dry basis dry basis Mtpa Mtpy Mtpy 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 23,0 23,0 23,0 23,0 23,0 23,0 23,0 23,0 23,0 23,0 23,0 23,0 23,0 23,0 23,0 23,0 23,0 23,0 23,0 23,0 Rejeito Préconcentração Mtpa (bs) 52,2 52,2 52,2 52,2 52,2 52,2 52,2 52,2 69,5 69,5 69,5 69,5 69,5 69,5 69,5 69,5 69,5 69,5 69,5 69,5 Rejeito Lamas Acumulado (MT) Concentração Mtpa Mtpa (bs) (bs) 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 30,3 30,3 30,3 30,3 30,3 30,3 30,3 30,3 30,3 30,3 30,3 30,3 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 12,6 12,6 12,6 12,6 12,6 12,6 12,6 12,6 12,6 12,6 12,6 12,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 29,2 58,3 87,5 116,6 145,8 174,9 204,1 233,2 279,7 326,2 372,7 419,2 465,7 512,2 558,6 605,1 651,6 698,1 744,6 791,1 Rejeito a ser disposto no empilhamento da cava do Pit Norte Rejeito a ser disposto no empilhamento do Brumado 2.6.4.1 Sequencia construtiva do empilhamento de rejeito drenado A preparação da área para receber o empilhamento de rejeito drenado, assim como a construção do dique de partida e dos dispositivos de segurança estão descritos no item 2.5.9, na fase de implantação. A Figura 2-48 a seguir apresenta a sequência construtiva da barragem de rejeito drenado. Com a construção do dique de partida concluída, bem como, a drenagem de fundo da barragem implantada, inicia-se o lançamento de rejeito, o qual se sedimentará junto à face do dique de partida. Quando o preenchimento com rejeito se aproxima do nível do dique de partida, inicia-se a elevação do maciço com o uso do próprio material. Esta atividade se repete sucessivamente até a barragem de rejeito drenado alcançar a cota máxima de projeto. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 223 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-48 – Sequência construtiva típica de uma barragem empilhamento de rejeito drenado. A Foto 2.1 a seguir mostra a construção de uma barragem similar à projetada, no início do dique de partida. Foto 2.1 - Barragem em construção, similar à projetada. Fonte: Artigo “The drained stacking of granular tailings: a disposal method for a low degree of saturation of tailings mass – Ávila, J. P. in Congresso “Tailings Conference”. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 224 Morro do Pilar Minerais S.A. À medida que o rejeito drenado apróxima da borda do maciço, o alteamento deste é realizado com próprio rejeito, em maciços de 5 metros, com uso de máquinas. Esta operação se repete até que seja alcançado a cota máxima projetada para barragem de rejeito drenado. A Foto 2.2 a seguir mostra a superfície de uma barragem similar à projetada após alguns dias de deposição do rejeito. Foto 2.2 - Superfície de barragem similar à projetada, após alguns dias de deposição do rejeito. Fonte: Artigo “The drained stacking of granular tailings: a disposal method for a low degree of saturation of tailings mass – Ávila, J. P. in Congresso “Tailings Conference”. A Foto 2.3 e Foto 2.4 a seguir, mostram uma barragem de empilhamento de rejeito drenado, similar à projetada, em operação. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 225 Morro do Pilar Minerais S.A. Foto 2.3 - Barragem de empilhamento de rejeito drenado, similar à projetada, em operação. Fonte: Artigo “The drained stacking of granular tailings: a disposal method for a low degree of saturation of tailings mass – Ávila, J. P. in Congresso “Tailings Conference”. Foto 2.4 - Barragem de empilhamento de rejeito drenado, similar à projetada, em operação. Fonte: Artigo “The drained stacking of granular tailings: a disposal method for a low degree of saturation of tailings mass – Ávila, J. P. in Congresso “Tailings Conference”. Data: Documento nº Página: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 226 Morro do Pilar Minerais S.A. Sempre que houver a elevação do maciço haverá a recuperação da face do mesmo com o colocação de material laterítico, revegetação da face e construção dos sistemas de drenagem. A Foto 2.5 a seguir mostra a recuperação da face de um maciço alteado em uma barragem de rejeito drenado similar. Foto 2.5 - Recuperação de um maciço alteado em barragem de rejeito drenado similar. 2.6.4.2 Barragem de empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado O lançamento de rejeitos na estrutura do vale do córrego do Brumado se dará em dois pontos. O mais próximo do maciço principal (porção leste da estrutura) será dedicado à deposição do rejeito de pré-concentração e concentração (granulometria mais grossa). Tal localização se dá por motivos de garantia de estabilidade geotécnica do barramento, além da possibilidade de potencialização do dreno de fundo do barramento para percolação da água. O efeito de classificação por granulometria citado no parágrafo anterior implicará a formação de uma “praia de rejeitos” com ângulo da ordem 0,5% e extensão aproximada de 200m. Esta conformação ocasionará o acúmulo de água livre a qual será captada e aproveitada na planta de beneficiamento. Quanto à água que percolará no rejeito será captada via dreno de fundo do dique de partida. Tal volume de água será devidamente contido entre o dique de partida e um pequeno de dique a jusante, e então, bombeado para aproveitamento na planta de beneficiamento, respeitando a vazão ecológica que será mantida no curso d’água. Tal ponto de lançamento será alterado de acordo com a conformação da deposição no sentido de montante para jusante. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 227 Morro do Pilar Minerais S.A. O segundo ponto de lançamento será localizado na outra extremidade da estrutura (porção oeste) para a deposição das lamas do processo. Tais lamas, também terão sua água aproveitada juntamente com a água livre dos rejeitos de pré-concentração e concentração. Em paralelo as ações de monitoramento dos pontos de disposição, o maciço do empilhamento de rejeito drenado, bem como, a “praia de rejeitos” serão objeto de monitoramento e controle, tanto por instrumentos instalados nos mesmos, como por rotinas de coleta de amostras e realização de ensaios. 2.6.4.3 Empilhamento de rejeito drenado no Pit Norte A operação do empilhamento de rejeito drenado dentro do Pit Norte se dará da mesma forma que o empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado. A construção do empilhamento de rejeito na cava será feita em quatro etapas, como demonstrado pelas figuras a seguir (Figura 2-49, Figura 2-50, Figura 2-51 e Figura 2-52). O arranjo final desta estrutura é apresentado nas Figura 2-49 a seguir, e totalizará 226 ha totalmente inseridos dentro da área já lavrada. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 228 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-49 – Arranjo final e etapas construtivas do empilhamento de rejeito drenado na cava norte. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 229 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-50 – Planta, perspectiva, perfil e curva Cota x Volume da etapa 1 de operação do empilhamento de rejeito drenado dentro da cava norte. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 Página: 28/03/2012 230 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-51 - Planta, perspectiva, perfil e curva Cota x Volume das etapas 2 e 3 de operação do empilhamento de rejeito drenado dentro da cava norte. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 Página: 28/03/2012 231 Morro do Pilar Minerais S.A. Figura 2-52 - Planta, perspectiva, perfil e curva Cota x Volume da etapa 4 (final) de operação do empilhamento de rejeito drenado dentro da cava norte. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 Página: 28/03/2012 232 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.6.5 Estruturas de apoio à operação do complexo do beneficiamento 2.6.5.1 Sistema de abastecimento de água Distribuição de água bruta e potável e tratamento de água bruta A água nova será captada diretamente dos rios Santo Antônio e Preto e transferida através das bombas de água para o tanque de distribuição de água bruta. Ressalta-se que a captação e adução de água bruta não é objeto deste EIA. O tanque de distribuição de água bruta será responsável pela distribuição de água para as utilidades, sistema de refrigeração, reagentes, selagem, serviços e sistema de combate ao incêndio. Para o consumo humano a água bruta será encaminhada para tratamento na ETA que deverá adequar a água bruta proveniente das captações, aos padrões de potabilidade exigidos na PORTARIA nº. 518 do ano de 2004 do Ministério da Saúde. Dimensionamento da ETA Os seguintes critérios foram utilizados para cálculo do consumo da ETA: • Consumo humano: 80 l/pessoa/dia, inclui lavagens e higiene pessoal; • Restaurante / Refeitório: 25 l/refeição/dia; • Rega de Jardins: 1,5 l/dia/m²; • Vestiários e banheiros: 40 l/pessoa/2 descargas por dia. Total: 145 litros/pessoa/dia. Considerando um efetivo direto de operação de aproximadamente 1.260 profissionais, somando mais 25% de terceirizados para serviços de hotelaria, e ainda uma população flutuante de até 2 %; teremos, então, um total de 1.606, adotando 1.600 pessoa/dia no beneficiamento. Sendo assim: • Consumo humano: 1.600 pessoas x 80 l/pessoa/dia = 128.000 l/dia = 5,3 m³/h; • Restaurante / Refeitório: 1.400 refeições x 25 l/refeição/dia = 35.000 l/dia = 1,5m³/h; • Vestiários: Equipe operacional própria e subcontratados - por banho: 1.000 pessoas x 40l/pessoa = 40.000 l/dia = 1, 7 m³/h e, • Outros consumos = 0,2 m³/h. Total de consumo de água = 5,3+1,5+1,7+0,2= 8,7 m³/h ou 9 m³/h. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 233 Morro do Pilar Minerais S.A. A ETA terá capacidade para atender a vazão nominal de 9 m³/h. Amostras desta água também deverão ser periodicamente analisadas de maneira a atender as exigências de controle e de registro de dados do meio ambiente. Distribuição de água potável A água potável produzida pela ETA será transferida para um reservatório, um tanque construído em concreto, com capacidade de 500 m³ e localizado em frente a ETA, de onde será distribuída, por gravidade, através do pipe rack ou, de forma enterrada, em tubulação de aço galvanizado para os pontos de uso nas unidades de apoio administrativo, nas unidades de apoio industrial e no beneficiamento. Para a britagem primária o encaminhamento da tubulação de água potável sai do reservatório, desce e encontra o caminho de serviços que acompanha o TCLD, passando pelo depósito de explosivos, e chegando à britagem primária e nas unidades de apoio a mina, em paralelo com a tubulação de água de incêndio. Distribuição de água de processo O overflow do espessador de concentrado, juntamente com o overflow do espessador de rejeito, a água captada do espessamento drenado serão recebidas no tanque de distribuição de água de processo. Esse tanque receberá também a água recuperada de utilidades. Quatro bombas de polpa serão responsáveis pela distribuição de água para processo, aspersão e consumo intermitente. Outro tanque será responsável por receber o overflow proveniente do espessador de lama. Deste tanque a água será transferida através de três bombas de polpa para o uso no processo e serviços. As inovações tecnológicas pretendidas no processo possibilitam a recuperação de água introduzida no processo e a utilização de uma área mínima para a o sistema de disposição de rejeitos drenado. 2.6.5.2 Sistema de abastecimento de energia A energia utilizada na Mina e Usina de Beneficiamento será fornecida através da linha de transmissão de alimentação de 230 kV, que abastecerá a subestação principal, e a partir dessa para as demais subestações. Pela característica do empreendimento a legislação atual de comercialização de energia posiciona o empreendimento na categoria de CONSUMIDOR LIVRE, que tem como característica a liberdade de realizar compra de energia no mercado livre de venda de energia firmando contratos de longa duração com empresas geradoras. A negociação Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 234 Morro do Pilar Minerais S.A. contratual para compra de energia será realizada com um dos grandes fornecedores na área – FURNAS, CEMIG e ELETRONORTE. A demanda da planta está estimada em 125MWh, distribuídos conforme a seguir: Tabela 2-62 – Potências e demanda da planta industrial. SUBESTAÇÃO KW POTÊNCIA KVAr KVA FP SE-2091-01 - SUBESTAÇÃO DA BRITAGEM PRIM ÁRIA 3.718,5 2.441,3 4.448,3 0,84 SE-2093-01 - SUBESTAÇÃO DA BRITAGEM SECUNDÁRIA/TERCIÁRIA /PENEIRAM ENTO (M T) 12.417,0 8.983,2 15.325,8 0,81 SE-2093-02 - SUBESTAÇÃO DO PENEIRAM ENTO (BT) 1.062,5 434,1 1.147,7 0,93 SE-2094-01 - SUBESTAÇÃO DA PRENSSAGEM / PILHA PULM ÃO /REAGENTES 10.569,2 4.770,4 11.595,9 0,91 SE-2095-01 - SUBESTAÇÃO DA M OAGEM PRIM ÁRIA 29.862,1 14.672,9 33.272,2 0,90 SE-2095-02 - SUBESTAÇÃO DA M OAGEM SECUNDÁRIA /REM OAGEM 54.447,1 32.755,6 63.540,7 0,86 SE-2096-01 - SUBESTAÇÃO DA FLOTAÇÃO EM COLUNAS/M ECÂNICA 15.036,5 11.601,9 18.992,1 0,79 SE-2097-01 - SUBESTAÇÃO DO ESPESSAM ENTO DE LAM AS/CONCENTRADO/REJEITOS / M INERODUTO 7.696,7 4.988,8 9.172,1 0,84 SE-3055-01 - SUBESTAÇÃO DA BARRAGEM DE REJEITOS (ÁGUA RECUPERADA) 1.072,6 762,5 1.316,0 0,82 SE-3050-01 - SUBESTAÇÃO DA CAPITAÇÃO E ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA (RIO STO ÂNTONIO) 5.563,8 4.063,0 6.889,4 0,81 SE-3050-02 - SUBESTAÇÃO DA CAPITAÇÃO E ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA (RIO PRETO) 1.233,3 954,7 1.559,7 0,79 SE-4080-01 - OFICINAS 800,0 500,0 943,4 0,85 SE-5050-01 - INSTALAÇÕES ADM INISTRATIVAS 250,0 187,8 312,7 0,80 M INA 1.500,0 929,6 1.764,7 0,85 TOTAL 145.229,3 88.046,0 169.834,2 0,86 Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 235 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.6.5.3 Sistema de abastecimento de combustível Este posto tem a finalidade de reabastecer e prestar pequenos serviços aos caminhões fora de estrada que fazem o transporte de ROM da Mina para os britadores, e será constituído pelas seguintes instalações, sistemas e equipamentos: Estocagem de óleo diesel com 02 (dois) tanques diários de óleo diesel filtrado, com capacidade nominal de 200 m³ cada, 210 m³ máxima, recebendo óleo já filtrado da estocagem de óleo; Conjunto de instalações abrigadas, que abrangerá escritório, ferramentaria e almoxarifado (com estantes para ferramentas), sala do sistema de geração de ar comprimido, sala de painéis elétricos, copa e sanitários (com roupeiros); Área com piso em concreto e coberta, em função da diversidade dos serviços que serão ofertados aos caminhões fora de estrada, serviços estes que exigem condições idênticas as de uma baia de oficina; Área cercada e parcialmente coberta que conterá o sistema criogênico para o recebimento, a estocagem de nitrogênio líquido, o sistema de geração de nitrogênio gás e os vasos de estocagem de ar comprimido seco para pneus e para o atendimento normal para a lubrificação e estações de serviço; Área de tancagem descoberta para os óleos lubrificantes, hidráulicos, de transmissão, fluído de refrigeração e recolhimento de óleos usados, incluindo as bombas de recebimento, recirculação e transferência; Sistema de abastecimento duplo, com bomba normal e bomba reserva, com mangueiras e dispositivos especiais de acoplamento aos tanques dos caminhões e medição de vazão para registro remoto; Estrutura para ilha de lubrificação que conterá os dispositivos retráteis para operacionalizar as operações das mangueiras com o bicos e pistolas especiais para os óleos lubrificantes, os hidráulicos, o de transmissão, o fluído de refrigeração e ar de instrumentos; Sistema de engraxamento a partir de tambor atendido por bomba pneumática alimentando bico aplicador específico; Lavadora pressurizada com água quente, vapor e servida com detergente, para limpar (evitar a contaminação dos sistemas hidráulicos) as áreas específicas dos caminhões que serão motivo de inspeções, atendimentos e reparos e também de peças e pequenos subconjuntos que necessitarem de atenção especial; Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 236 Morro do Pilar Minerais S.A. Sistema de canaletas para drenagem oleosa e contaminada, que coletará das bacias de contenção das tancagens e da área de atendimento dos caminhões e direcionará para uma ETE, que também receberá contribuição da tancagem de óleo combustível. Bancadas com tampo de aço e gavetas, para execução de inspeções e pequenos reparos em sub conjuntos e peças. O posto poderá atender a um caminhão tipo CAT 793 D de cada vez, em área coberta e com piso de concreto, com previsão de espaço, com piso, para possibilitar um caminhão estacionado à espera na entrada. Os sistemas descritos anteriormente possibilitarão ao posto, a prestação dos seguintes serviços aos caminhões: Reabastecimento de combustível; Lavagem de pontos específicos do caminhão e de peças, para inspeções e serviços; Inspeções rápidas para diagnosticar, caracterizar problemas relatados de última hora e definir providências; Executar pequenas manutenções e reparos em componentes e sistemas, para manter o caminhão em operação sem necessitar recolhe-lo à oficina central e mantê-lo em operação o máximo possível; Complementação e/ou troca total dos óleos lubrificantes, hidráulicos e de transmissão; Complementação e/ou troca total do fluído de refrigeração; Complementação e/ou troca total de graxa; Inspeção e calibragem de pneus; Atendimento às necessidades fisiológicas dos motoristas. O conjunto destes serviços está sendo identificado como “Pit Stop”, visto a similaridade com o tipo de atendimento a um carro de corridas quando para no box, para ser atendido de forma a poder voltar a competir, ou seja, voltar rapidamente a trabalhar no pit. Todos os serviços do Posto também poderão ser prestados à noite e em qualquer tempo, em função do piso, da drenagem oleosa, da cobertura e da iluminação. Para o combate a incêndio, o Posto propriamente dito terá um conjunto de extintores, em carrinhos e manuais, nas capacidades e tipos adequados e distribuídos de forma tal a atender a todas as exigências de segurança. As condições de instalação dos tanques diários de óleo diesel são idênticas àquelas da tancagem de óleo combustível citadas no item anterior. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 237 Morro do Pilar Minerais S.A. O acesso dos caminhões e utilitários que abastecerão o sistema de nitrogênio, o sistema de óleos lubrificantes, hidráulicos e de transmissão e que trarão as peças e material de consumo para os serviços de atendimento do Posto, se processará da mesma forma que para o óleo combustível. Todo o manuseio de equipamentos nas condições de manutenção será prestado através de caminhões munck ou guindastes hidráulicos móveis. A sala dos compressores terá uma monovia para instalação de talha mecânica manual para 2 t, disponibilizando-os para um caminhão munck. Características do Posto de abastecimento de veículos pesados • tanques de óleo diário filtrado verticais, ao tempo e dentro de bacia de contenção em concreto com drenagem oleosa; • escadas e estrutura do passadiço metálica com piso gradeado; • bombas e filtros ao tempo e dentro de caixa de contenção com drenagem oleosa; • box do posto de abastecimento área coberta com estrutura metálica e cobertura com telha trapezoidal galvanizada e aberto nas laterais para receber caminhão CAT 793 D; • escritório, ferramentaria e salas diversas em alvenaria de blocos de concreto, porta e janelas, com cobertura de telha trapezoidal galvanizada com espessura de 0,65 mm; • quantidade de boxes 01 com acessos reto e sem manobra; • dimensões do box, comp. 24 m x larg. 16 m; • piso do box de abastecimento em bloquete intertravado, para suportar as 178t de um caminhão sujo tipo CAT 793 D; • piso do posto em bloquete intertravado para suportar um caminhão médio tipo 2C com PBT de até 30 t; • sistema de iluminação natural com telhas translúcidas na cobertura e artificial com lâmpadas de vapor metálico; • equipamento de abastecimento sistema duplo com bicos especiais; • sistema de atendimento avançado ilha de lubrificação, lavagem, inspeção, pequenos reparos e calibragem de pneus; • separação lama/água oleosa pequeno fosso de decantação em concreto. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 238 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.6.5.3.1 Sistema de detecção e combate a incêndio Sistema de detecção e de alarme de incêndio O sistema de detecção e de alarme de incêndio será composto por centrais supervisoras do tipo micro-processada analógica modular. Os equipamentos periféricos serão endereçáveis, o que permitirá a imediata localização, quando alarmados. Estes sistemas têm como objetivo garantir o mais alto padrão de proteção aos ocupantes das áreas, além de preservar os investimentos em ativos. Os equipamentos serão dotados de características para suportar choque mecânico, esbarros, trancos e quaisquer colisões indevidas, devendo suportar, ainda, vibrações de características constantes. O sistema de detecção e de alarme de incêndio deverá garantir a identificação precoce de ocorrências que possam gerar incêndio (fumaça e variações parametrizadas de temperatura), acionar sistemas auxiliares (de combate, de manobra de equipamentos, de controle de acesso, de destravamento de portas e TR), de forma completamente automática, e também auxiliar na desocupação de áreas sob risco. A detecção será automática através de sensores de fumaça e de temperatura (não podendo ser detectores que tenham princípios radioativos) ou, poderá ser manual, acionada pelo usuário, mediante constatação visual de um foco de incêndio. Serão instalados detectores lineares de temperatura ao longo de todo o bandejamento das salas de cabo das subestações e nas áreas dos transformadores. Será fornecida uma estação de trabalho com um programa aplicativo de gerenciamento do sistema de detecção e alarme de incêndio que, além de monitorar o funcionamento de todos os elementos, será responsável pela realização dos comandos pré-definidos, onde o pessoal da vigilância terá acesso, tais como: • Agrupamento de sensores e vinculação a uma sinalização ou ação; • Acionamento de alarmes sonoros visuais em sequência, associados ao local e à intensidade do risco; • Coordenação de evacuação de áreas; • Acionamento dos dispositivos de desligamento de aparelhos de ar condicionado, de exaustores ou de ventiladores. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 239 Morro do Pilar Minerais S.A. Sistema de combate e de extinção de incêndio O sistema de combate e de extinção de incêndio será composto por centrais supervisoras do tipo micro-processada analógica modular. Os equipamentos periféricos serão endereçáveis, o que permitirá a imediata localização, quando alarmados. Este sistema tem como objetivo garantir o mais alto padrão de proteção aos ocupantes das áreas, além de preservar os investimentos em ativos. Os equipamentos serão dotados de características para suportar choque mecânico, esbarros, trancos e quaisquer colisões indevidas, devendo suportar, ainda, vibrações de características constantes. O sistema de combate e de extinção de incêndio será responsável por debelar focos de incêndio detectados nos locais onde será instalado. Foi prevista sua instalação nas salas elétricas (dentro dos painéis elétricos), na sala de cabos das subestações, na sala de controle e no CPD. Nestes locais, o combate será feito através de gás inerte localizado em baterias de cilindros ou em cilindros individuais, conforme o tipo de instalação. A operação do sistema será automática através da central do sistema. Existirá a possibilidade de acionamento manual pelo pessoal presente nos locais de atuação do sistema. Todo o sistema será monitorado na central de vigilância/bombeiros e também, na sala de controle. O encaminhamento da tubulação seguirá o pipe-rack e as características exigidas pela norma do Corpo de Bombeiros para distribuição e acessibilidade dos hidrantes e caixas de mangueiras com acessórios. A reserva de água para combate a incêndio será integrada a dois reservatórios de água nova. A reserva de água será situada no fundo dos tanques, garantindo sempre a manutenção do volume mínimo de água para este fim. A reserva de água de incêndio de um dos reservatórios garantirá o sistema de combate a incêndio para as redes de incêndio (hidrantes) da britagem primária, das instalações de apoio à mina, da estocagem e fabricação de explosivos, do TCLD e do bombeamento do mineroduto. O encaminhamento da tubulação de água de incêndio sai do reservatório citado acima, desce e encontra o caminho de serviços que acompanha o TCLD, passando pelo depósito de explosivos, e Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 240 Morro do Pilar Minerais S.A. chegando à britagem primária e nas unidades de apoio a mina, com a distribuição de hidrantes e caixas de mangueiras com acessórios conforme exigida pela norma do Corpo de Bombeiros. A reserva de água do outro reservatório será para garantir a pressurização das redes de hidrante e para o bombeamento booster por bomba elétrica e bomba diesel, para as áreas do beneficiamento e das unidades de apoio administrativo e industrial. 2.6.5.4 Centro de caracterização mineral O centro de caracterização mineral da Morro do Pilar Minerais será composto por planta piloto, laboratório de tratamento de minérios e laboratório para análise química, com objetivo de: • Desenvolver processos e auxiliar a operação da usina de beneficiamento de minérios; • Caracterização mineral e análises químicas de amostras de testemunhos de sondagem, afloramentos, canaletas e trincheiras; • Análises químicas para controle de produção da usina de beneficiamento. A planta piloto deverá ter capacidade para 400kg/h e terá por objetivo simular a rota de processo industrial e realizar testes em menor escala. As etapas previstas são peneiramento, britagem, moagem, circuitos para classificação em classificador espiral ou hidrociclones, deslamagem em hidrociclones e flotação em células. O laboratório de tratamento de minérios deverá ser equipado para realizar as seguintes atividades: quarteamento de polpa e sólidos em pequena (20kg) e média escala (200kg); peneiramento e britagem; moagens em bancada; deslamagem em baldes e hidrociclones; testes de flotação em bancada; ensaios de sedimentação; análises granulométricas e análises mineralógicas em lupa. O laboratório de análises químicas deverá ser composto por estufas, chapas, balanças, pulverização e preparação de pastilhas. As analises químicas serão obtidas por difração de raios X. Um dos principais atrativos da difração de raios X é a simplicidade de preparação das amostras já pulverizadas e, a não emissão de efluentes químicos, como acontece em análises por via úmida. Todos os resíduos serão recolhidos e, serão tratados e dispostos em conjunto com os resíduos similares industriais. 2.6.5.5 Transporte de insumos Para atender a demanda de insumos da operação serão utilizadas as mesmas vias de acesso utilizadas para o fornecimento de insumos e equipamentos pesados durante a fase de implantação, a saber, a partir da BR-120, por Santa Maria de Itabira, seguindo por Passabém – São Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 241 Morro do Pilar Minerais S.A. Sebastião do Rio Preto – Santo Antônio do Rio Abaixo – novo acesso projetado para o empreendimento antes da sede urbana de Morro do Pilar. Estima-se uma movimentação de 5.198 caminhões/carretas por ano, o que resulta em uma média de 14 carretas por dia. Esta estimativa engloba o transporte de bolas para os moinhos, CO2, amina, amido, soda, combustível, peças/equipamentos e outros insumos diversificados. 2.6.5.6 Iluminação Para os turnos noturnos será necessária a utilização de iluminação artificial, cujo projeto executado segue os seguintes parâmetros: - os veículos de apoio ou supervisão devem possuir iluminação adicional com foco móvel; - as frentes de basculamento ou descarregamento devem possuir holofotes individuais, com acionamento de emergência; - as áreas de beneficiamento, pilhas de estéril e barragens de rejeito também devem contar com sistema de iluminação fixo; - será obrigatório o uso de lanternas individuais para o deslocamento noturno nas áreas de lavra e beneficiamento; - quando as condições atmosféricas impedirem a visibilidade, mesmo com iluminação artificial, os trabalhos e o tráfego de veículos e equipamentos móveis devem ser suspensos. As instalações de superfície devem ser providas de iluminação de emergência, atendendo aos seguintes requisitos: - ligação automática no caso de falha do sistema principal; - ser independente do sistema principal; - prover iluminação suficiente que permita a saída das pessoas da instalação e; - ser testadas e mantidas em condições de funcionamento. O sistema de iluminação, individual, fixo ou móvel terá manutenção adequada para garantir seu funcionamento. Todas as máquinas em operação na área de lavra terão sistemas de iluminação próprios. A iluminação dos depósitos de explosivos e acessórios deverá ser externa. A instalações elétricas serão do tipo “anti exploção”, com grau de proteção adequado para instalação conforme norma técnica. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 242 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.6.5.7 Moradias O empreendimento priorizará a contratação de profissionais dos municípios vizinhos, entretanto, devido ao pequeno porte destes municípios e à baixa oferta de trabalhadores, espera-se que a maior parte da mão de obra será proveniente de outras partes do estado ou país. Este panorama futuro, combinado à proximidade das sedes municipais de Morro do Pilar e Santo Antônio do Rio Abaixo e a pouca infraestrutura urbana destes municípios, apontaram a necessidade de elaboração de um projeto para reestruturação e crescimento urbano para ambos locais. Assim, para este EIA considerou-se que os trabalhadores do empreendimento, na fase de operação, bem como outras pessoas atraídas para a região, ocupem os vazios urbanos (lotes vagos) disponíveis na malha urbana atual e os novos bairros projetados. Este projeto conceitual encontra-se detalhado no item “Proposição de Medidas Ambientais” deste EIA. Ressalta-se que a construção das moradias não será promovida pelo empreendedor, no formato de uma “vila-operária”, e portanto não é objeto deste EIA para licenciamento. É previsto que os trabalhadores serão transportados por ônibus, retornando para suas casas ao fim do expediente. Para implantação do empreendimento, conforme descrito no item 2.5.4.4 da fase de implantação desta caracterização do empreendimento, haverá a construção de alojamentos provisórios. Estes alojamentos poderão ser utilizados na fase inicial da operação, até a devida acomodação de todos os empregados. Ao final do período de uso os alojamentos serão desmobilizados, recuperando-se ambientalmente a área utilizada. 2.6.6 Quadro de pessoal O regime de operação será de 360 dias por ano, três turnos diários de revezamento com quatro turmas, para alcançar a operação efetiva de aproximadamente 7.500h/ano na usina e 6.500h/ano na mina. Na Tabela 2-63 a seguir, apresenta-se um resumo da mão de obra básica dimensionada para as atividades operacionais do projeto. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 243 Morro do Pilar Minerais S.A. Tabela 2-63 - Quantitativo de mão de obra operacional da mina. Área Quantidade Gerência Geral 3 Administração e Meio Ambiente 52 Segurança e Medicina do Trabalho 15 Operação – Mina 267 Manutenção – Mina 278 Gerência, Geologia e Outros – Mina 47 Operação – Usina 231 Manutenção – Usina 274 Laboratório e Controle de Qualidade 91 1258 TOTAL Ao todo, uma equipe de aproximadamente 1.260 pessoas é prevista para a operação da extração e beneficiamento. Durante a operação, haverá a necessidade de pessoal terceirizado para serviços de refeitório, segurança patrimonial e limpeza, que demandarão mão de obra adicional em regime integral. Serviços de consultoria especializada, sondagem, construção de acessos, decapeamentos e alguns outros, demandarão mão de obra terceirizada em regime temporário. Portanto, estima-se entre 250 a 500 empregados de empresas terceirizadas em regime integral e temporário. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 244 Morro do Pilar Minerais S.A. O transporte entre local de trabalho e a moradia dos trabalhadores, durante a fase de operação, será realizada através de ônibus. Estima-se uma média de 27 viagens por dia para atender a esta demanda. 2.6.7 Emissões, efluentes e resíduos Neste item são identificados todos os tipos efluentes líquidos, emissões atmosféricas, resíduos, ruídos e vibrações que serão gerados no empreendimento, considerando a sua fase de operação. Para as atividades industriais geradoras dessas emissões, efluentes e resíduos, serão desenvolvidos e apresentados programas com o objetivo do controle e mitigação de seus impactos. 2.6.7.1 Emissões de material particulado Durante diversas etapas do processo produtivo é previsto o lançamento de material particulado e gasoso para a atmosfera. O material particulado será gerado nas atividades e equipamentos que transportam e manuseiam materiais sólidos pulverulentos e, principalmente, nas vias e áreas da mina não pavimentadas, devido à movimentação de veículos. Na lavra serão executadas operações de desenvolvimento de mina, ou seja, perfuração, desmonte, carregamento e transporte de minério e estas operações serão, potencialmente, as principais fontes de geração de poeiras, gases de combustão e gases de detonação. Para minimização e controle da poeira gerada nas atividades de desmonte, carregamento e principalmente transporte de materiais em vias não pavimentadas internas, está prevista a utilização de sistema de aspersão, através de caminhões-pipa. Os efluentes gasosos característicos do empreendimento consistem nos fumos e gases produzidos na queima de combustíveis fósseis, basicamente o óleo diesel, requerido para os caminhões e equipamentos pesados da mina e para veículos leves em geral, assim como os fumos e gases gerados nas detonações para desmonte de rocha. Essas emissões não deverão ser significativas e o controle de gases gerados pelos motores desses equipamentos será efetuado com manutenções periódicas preventivas e corretivas, e regulagens adequadas dos motores, realizadas nas próprias oficinas da Planta Industrial. Na planta de Beneficiamento e concentração, nos pontos onde não houver a possibilidade de emissão de particulado e não tenha sido possível a instalação de equipamentos para contenção de particulado, haverá a instalação de supressores de pó (sistema de aspersão, filtros de mangas e etc) de modo a minimizar o impacto. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 245 Morro do Pilar Minerais S.A. A pilha pulmão será dotada de sistema de aspersão para contenção do material particulado (pó). A A Tabela 2-64 apresenta uma listagem com as principais fontes de emissões atmosféricas características do empreendimento, identificando a etapa do processo produtivo onde ela ocorre, a origem física da emissão e o poluente lançado. O Programa de Controle de Emissões Atmosféricas apresentará, com maior detalhe, as atividades previstas para o controle e minimização dos impactos das emissões geradas pelo empreendimento. Tabela 2-64 - Principais fontes de emissões atmosféricas no processo produtivo. Etapa do processo produtivo Tipo de Emissão Origem da Emissão Mineração – Mina a céu aberto Gases e material particulado Supressão de vegetação, Desmonte de rocha Mineração – Transporte de minério e estéril Gases e material particulado Movimentação de veículos em vias não pavimentadas Mineração – Pilhas de estéril e minério e barragem de rejeitos Material particulado Ação eólica sobre as pilhas Mineração – Britagem primária Material particulado Descarga de caminhões e atrito entre superfícies secas Mineração – Transporte de minério e estéril Material particulado Transferências entre equipamentos não estanques de manuseio Concentração Material particulado Transferências entre equipamentos não estanques de manuseio Ruas pavimentadas ou não e outras acessos Material particulado Movimentação automotores 2.6.7.2 de veículos Efluentes líquidos Durante o período de operação do empreendimento, é prevista a geração de efluentes líquidos em algumas atividades a serem executadas. Esses efluentes líquidos são de natureza industrial, pluvial e sanitário. Os principais efluentes líquidos serão o efluente da barragem de empilhamento de rejeito drenado, a drenagem da mina, os efluentes sanitários, os efluentes do laboratório químico, os efluentes oleosos de oficinas, os efluentes pluviais de pátios e áreas abertas e os efluentes resultantes de lavagem de pisos de galpões e prédios onde for necessária essa atividade. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 246 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.6.7.2.1 Efluentes da pilha de rejeitos Em condições normais de operação da mina e da usina de concentração, o efluente escoado a jusante da barragem de rejeitos deve corresponder, no mínimo, à vazão mínima residual determinada pelas Portarias Administrativas do IGAM nº 010/98 e 007/99. Essa vazão mínima pode ser garantida por meio do dreno de fundo. Normalmente, a barragem de rejeitos não deverá verter efluente. Durante o período chuvoso, é possível a ocorrência de vertimento de efluente que desaguará na drenagem natural do córrego Brumado, que se dirige para o Rio Picão. Outra descarga da barragem será proveniente da drenagem pluvial dos taludes. No Plano de Monitoramento e Acompanhamento, é previsto o monitoramento dessas águas em termos de quantidade e qualidade, para manutenção das vazões mínimas residuais e da qualidade correspondente à classe de enquadramento do curso de água. 2.6.7.2.2 Drenagem da mina No caso da mina, a geração de efluente líquido pode ser atribuída a duas fontes principais: a primeira delas trata das águas pluviais incidentes nas cavas. Há, ainda, as águas subterrâneas advindas do rebaixamento de nível de água dos aquíferos. Essas águas serão utilizadas para repor as vazões mínimas dos corpos de água afetados pelo rebaixamento e atendimento aos usuários porventura afetados e o excedente poderá ser utilizado nas atividades do empreendimento, incluindo o beneficiamento, dependo de outorga específica para o uso a ser solicitada posteriormente. As demandas para atendimento às vazões mínimas e usuários afetados e as vazões de bombeamento são apresentadas dentro do Programa de Gestão de Recursos Hídricos e determinadas pelos estudos hidrogeológicos. No que se refere aos efluentes pluviais nas áreas de mina e beneficiamento, tem-se uma contribuição que irá variar conforme o regime pluviométrico da região. As águas pluviais incidentes nas cavas serão coletadas e destinadas à drenagem natural, devidamente adequadas, uma vez que serão projetados e implantados diques e outros sistemas de contenção de sedimentos e separação de águas oleosas, quando for o caso. 2.6.7.2.3 Drenagem da usina de beneficiamento Em relação às águas pluviais incidentes na Planta de Beneficiamento, o sistema de drenagem pluvial irá coletar e conduzir a água de chuva através de dispositivos de drenagem (valetas, tubos, caixas de passagem, etc.) e irão direciona-la para bacias de sedimentação de sólidos, onde as partículas sólidas serão decantadas. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 247 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.6.7.2.4 Efluentes sanitários Os efluentes sanitários e águas servidas serão gerados em todas as áreas onde houver circulação de pessoas com consumo de água em banheiros, vestiários, refeitórios, bem como nas áreas administrativas e operacionais da planta de beneficiamento e da mina. Em todos os pontos geradores de efluentes sanitários, em especial nas edificações administrativas da planta, serão construídos sistemas para coleta do esgoto e direcionamento para tratamento do tipo fossa séptica e filtro anaeróbio ou lodo ativado ou ETE Compacta, construídos segundo normas específicas da ABNT. O efluente final tratado será direcionado a sistemas de infiltração em solo, quando possível. Nos casos em que não for possível, serão estudadas drenagens para as quais esse efluente tratado pode ser direcionado de forma a não alterar a classe de enquadramento desses cursos de água receptores. O lodo, que constitui a parte sólida, será periodicamente coletado do interior da fossa e encaminhado ao aterro sanitário. 2.6.7.2.5 Efluentes oleosos Os efluentes oleosos serão gerados, principalmente, nas atividades de lavagem de equipamentos e peças nas operações das oficinas de manutenção. A lavagem dos caminhões fora de estrada e outros veículos, bem como das máquinas e equipamentos móveis, inclusive limpeza de compartimentos e pisos de oficinas mecânica, hidráulica e caldeiraria, constituirão fontes potenciais de emissões de efluentes que possuam óleos como parte constituinte. O efluente oleoso será composto basicamente por água, óleos, graxas, sedimentos e produtos de limpeza diversos. O controle dos efluentes oleosos será realizado com a impermeabilização do piso das áreas onde serão realizadas as atividades de manutenção e lavagem dos veículos, equipamentos e peças. Estes efluentes serão coletados e direcionados para caixas de sedimentação e, posteriormente, para caixas separadoras de óleo e água (SAO). Os efluentes do posto de lavagem de veículos pesados serão direcionados para Estação de Tratamento de Efluente Industrial – ETEI - prevista na usina. Todos estes dispositivos de controle serão construídos conforme recomendado pelas Normas ABNT. 2.6.7.2.6 Efluentes de laboratório Como descrito no item Centro de caracterização mineral, o laboratório químico do centro de caracterização mineral trabalhará com difração de raios X, o que evita o lançamento de efluentes químicos como acontece com análises por via úmida. O pequeno volume resíduos gerados será encaminhado e tratado junto com os resíduos da planta industrial. 2.6.7.3 Resíduos sólidos Os principais resíduos sólidos a serem gerados no empreendimento serão o rejeito de processo metalúrgico, o estéril de mina, os resíduos de podas e de pequenas obras. Destacam-se, ainda, os Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 248 Morro do Pilar Minerais S.A. resíduos do refeitório, domésticos e industriais, os resíduos sanitários, aqueles não inertes/perigosos e os resíduos do ambulatório. Entretanto, como o rejeito de processo e o estéril de mina já foram descritos acima, estes resíduos não serão abordados neste item. Neste item são identificados os resíduos e as destinações finais previstas, porém, as formas de acondicionamento, armazenamento temporário e transporte serão detalhadas no Programa de Gestão de Resíduos Sólidos. No refeitório, basicamente, serão gerados resíduos orgânicos, plásticos, vidros, madeiras e embalagens em geral. Nas áreas administrativas e operacionais haverá a geração de outros tipos de resíduos recicláveis como sucatas ferrosas e não ferrosas, vidros, plásticos, borrachas; e não recicláveis provenientes principalmente das atividades de manutenção dos equipamentos e da planta. Para os resíduos recicláveis está prevista a implantação de um sistema de coleta seletiva e reaproveitamento dos resíduos gerados nas diversas áreas. Para tanto, o controle desses resíduos será detalhado no Programa de Gestão dos Resíduos Sólidos, visando adoção de medidas para otimização dos recursos, redução da geração de resíduos e definição dos destinos finais para cada tipo de resíduo. Os resíduos não recicláveis serão acondicionados, temporariamente, de forma adequada e segura, e encaminhados periodicamente para destinação final que pode ser o próprio aterro a ser implantado, co-processamento, retorno ao fabricante para tratamento, entre outros. Os resíduos orgânicos constituídos por restos e sobras de alimentos poderão ser segregados para destinação no aterro sanitário. Os resíduos sanitários serão gerados em diversas áreas da empresa e serão constituídos por papel sanitário e lodo das fossas sépticas. Durante a fase de operação do empreendimento serão gerados resíduos sólidos que são classificados como não inertes ou perigosos como, por exemplo, baterias ácidas, lâmpadas fluorescentes, pilhas, embalagens e resíduos de reagentes químicos, entre outros. Destacam-se óleos das caixas separadoras de água e óleo e eventuais derrames e vazamentos, as lamas das caixas separadoras de óleo dos lavadores de equipamentos e dos outros sistemas de separação e, ainda, outros resíduos do processo, produzidos em menor monta, tais como resíduos de vazamentos de reagentes e óleos, baterias, filtros de óleo, etc. Estes resíduos serão devidamente classificados conforme norma NBR 10.004 e serão armazenados na CMD até encaminhamento para incineração ou co-processamento ou para aterros industriais particulares. Em qualquer destes casos, os processos serão efetuados por empresas devidamente licenciadas para tal. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 249 Morro do Pilar Minerais S.A. O funcionamento do ambulatório nas instalações da empresa deverá gerar uma quantidade pequena de resíduos classificados como perigosos. Estes resíduos deverão ser devidamente separados e acondicionados para destinação final conforme descrito no Programa de Gestão de Resíduos Sólidos. 2.6.7.4 Ruídos e vibrações As fontes principais de emissão de ruído, características do empreendimento, consistem no trânsito de caminhões e nas detonações de ocorrência intermitente. Em menor escala há geração de ruído nas operações de bombeamento, britagem e transferências entre equipamentos, assim como na central de compressores. Como medidas mitigadoras a empresa deverá manter os caminhões e motores de máquinas e equipamentos devidamente regulados e, na medida do necessário, dotados de atenuadores próprios de ruído. Na mina, a maior preocupação será do ponto de vista ocupacional, e para tanto, serão adotadas em todo o empreendimento, medidas preventivas que priorizam o isolamento das fontes. Além disso, será obrigatório o uso de EPIs por parte dos funcionários que estiverem expostos em níveis significativos de ruídos, conforme previsto na legislação trabalhista. As operações de desmonte de rocha por explosivo produzem efeitos de vibração e sobrepressão acústica perceptíveis no ambiente. O efeito de sobrepressão acústica é mais perceptível em operações de mina a céu aberto e será minimizado pela realização de desmontes criteriosos, baseado nos seguintes procedimentos operacionais: - implantar um perímetro de controle e segurança com um raio de segurança a partir do limite da cava projetada; - implantar uma biruta para controle visual da direção dos ventos; - procurar observar a relação espaçamento/afastamento nos ajustes do plano de fogo; - executar malhas de perfuração perfeitamente demarcadas e perfuradas, evitando-se os repés; - iniciar adequadamente o fogo, evitando-se o lado mais engastado; - adotar sempre retardos entre carreiras ou filas compatíveis com a freqüência de vibração; - evitar detonar aos domingos, feriados e nos períodos de silêncio; - realizar as detonações apenas nos horários pré-estabelecidos; - cobertura do cordel detonante com uma camada de material fino com uma espessura mínima de 30 cm; - evitar detonar explosivos não confinados; - evitar detonar pela manhã ou após o pôr do sol, em dias claros e de ar parado; Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 250 Morro do Pilar Minerais S.A. - considerar as condições meteorológicas, direção e velocidade dos ventos, especialmente no período de inversão de radiação ou térmica; - procurar não dirigir a frente de detonação para o receptor passível de dano; - sempre iniciar a detonação com o menor número de furos por espera; - manter a carga por espera dentro do intervalo especificado. Na operação do empreendimento será feito o monitoramento sismográfico e monitoramento de ruído para medir os efeitos sobre estruturas mais próximas à atividade da mina. 2.6.8 Sistemas de controle 2.6.8.1 Aterro sanitário O aterro sanitário é projetado para suportar o recebimento de resíduos em todas as fases do empreendimento, incluindo implantação, operação e fechamento. Assim, na fase de operação será utilizada a mesma estrutura da fase de implantação, com uso continuado. 2.6.8.2 Central de Materiais Descartáveis - CMD Assim como o aterro sanitário, a central de materiais descartáveis é projetada para suportar o recebimento de resíduos em todas as fases do empreendimento, incluindo implantação, operação e fechamento. Assim, na fase de operação será utilizada a mesma estrutura da fase de implantação, com uso continuado. 2.6.8.3 Sistema de tratamento de efluente sanitário - ETE Na fase de operação será utilizada a mesma estrutura da fase de implantação, prevista para atendimento do canteiro central, implantada em área próxima da usina de beneficiamento. 2.6.8.4 Sistema de tratamento de efluente industrial – SAO e ETEI A concepção para o tratamento dos efluentes com resíduos sólidos e oleosos gerados no posto de lavagem de veículos pesados prevê que toda a água pluvial e de lavagem dos veículos pesados será coletada numa canaleta central para recolhimento da lama contaminada e altamente diluída, que a carreará para um fosso de separação de água dos sólidos por decantação, a lama precipitada no fundo será recolhida por pequenas pás carregadeiras do tipo bob cat e levada para área de secagem e daí para o aterro sanitário. O fosso decantador é o ponto por onde se dará entrada às contribuições dos efluentes das drenagens oleosas da oficina central de manutenção e da oficina de caldeiraria. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 251 Morro do Pilar Minerais S.A. A partir do decantador, os sólidos sedimentados serão direcionados através de gravidade para um sistema de extração superficial de óleo não solúvel, sendo o overflow isento de sólidos enviados para um SÃO, onde o óleo não solúvel restante será separado e direcionado para estocagem em um tanque de óleo recuperado de onde será periodicamente coletado por veículo de empresa especializada em reciclagem. O efluente líquido da caixa separadora de óleo (SAO), contendo óleo emulsionado e produtos químicos provenientes da lavagem de veículos, será transferido por bombeamento, para uma Estação de Tratamento de Efluentes – ETEI específica para efluentes oleosos, com capacidade entre 20 e 30 m³/h, para que através de um processo físico-químico promove a eliminação de óleos e graxas emulsionados e oriundos da lavagem de peças, de veículos e de oficinas para tornar o efluente líquido gerado em um recurso reutilizável ou um objeto de descarte seguro no meio ambiente local. O efluente bruto é recebido e estocado na ETEI num tanque de acúmulo fabricado em polietileno rotomoldado, de fundo plano e luva de saída roscada, com capacidade de armazenagem de 30.000l, aproximadamente o volume igual a 2 dias de descarte. Do tanque de acúmulo o efluente é transferido para o reator de quebra de emulsão, um tanque fabricado em polietileno rotomoldado com capacidade para 10.000l, e nele é injetado de forma automática e contínua um acidulante para baixar o pH para faixa de 1,5 a 2,0 pontos, situação na qual todo óleo emulsionado é separado do efluente. Do reator de quebra de emulsão o efluente é transferido para um SAO, que utiliza a diferença de densidade para separar os óleos menos densos, os quais são coletados na parte superior do tanque, enquanto a água é dirigida para a parte inferior, de onde sai do tanque através de um vertedor regulável. O efluente então segue por gravidade para um separador de óleo e graxa coalescente, sendo o óleo separado, acumulado em tambor instalado ao lado do separador para ser coletado e reciclado por empresa licenciada. Do SAO, o efluente sem óleo segue por gravidade para um reator de neutralização, um tanque fabricado em polietileno rotomoldado com capacidade para 10.000l, onde é injetado de forma automática e contínua um alcalinizante para elevar o pH para a faixa de 7,5 a 8,5. Do reator de neutralização o efluente segue por gravidade para o reator de floculação, um tanque fabricado em polietileno rotomoldado com capacidade para 10.000l, onde é injetado de forma automática e contínua um polímero catiônico que estimula a formação de aglomerados de partículas (flóculos). Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 252 Morro do Pilar Minerais S.A. Do reator de floculação o efluente segue por gravidade para o decantador lamelar, construído em aço carbono dotado de conjunto de lamelas coalescentes em PVC com vazão para 10.000 l/h, de separar o efluente floculado das partículas formadas através das forças vetoriais atuantes no conjunto das lamelas, fazendo com que as mesmas se depositem no fundo e o efluente clarificado saia pela parte superior do mesmo, sendo então transferido, por gravidade para o tanque de água clarificada. O acúmulo excessivo de sólidos no fundo é uma consequência do desenvolvimento da biomassa de alguns meses de operação contínua; o descarte do lodo é uma operação obrigatória, devendo ser realizada a cada semana, para evitar que o lodo venha a ser descarregado juntamente com o efluente tratado. O lodo retirado é transferido para um leito de secagem, uma célula retangular fabricado em aço carbono e dotado de manta de bidim, cuja função é proporcionar a desidratação dos lodos, que após decantado será descartado no aterro sanitário. Do decantador lamelar o efluente é transferido para um tanque de estocagem de água clarificada, um tanque fabricado em polietileno rotomoldado com capacidade para 30.000l,que tem como objetivo servir como ponto de amostragem e caixa de passagem para a decisão de reaproveitamento ou descarte no meio ambiente. Caso a opção seja de reaproveitamento então a água clarificada será transferida para um tanque de filtragem, construído em aço, em modelo tipo taça, contendo carvão ativado, quartzo e areia em granulometria decrescente, e que tem a finalidade de desmineralizar e desmetalizar a água clarificada. 2.7 Fase de fechamento O fechamento da mina significa que toda a atividade relativa à mineração ou dela decorrente cessará, de modo que a área possa receber novas formas de uso, como outros usos industriais, comerciais, residenciais, institucionais, agrícolas, pastoris ou de conservação ambiental. Estas definições estarão presentes no plano de fechamento, que será desenvolvido ao longo da operação da mina. Entretanto, algumas premissas e diretrizes podem ser definidas para guiar sua elaboração. O fechamento da mina normalmente inclui o descomissionamento da mina, estruturas industriais e de apoio operacional; a estabilização física das áreas lavradas, de pilhas e barragem; a revegetação; e o funcionamento de estruturas de apoio para que as atividades que conduzem ao fechamento sejam realizadas. Desta maneira, algumas estruturas utilizadas durante a operação do empreendimento serão utilizadas para auxiliar as atividades da fase de fechamento, sendo, portanto, as últimas estruturas a serem desmobilizadas, como: Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 253 Morro do Pilar Minerais S.A. • Ambulatório; • Apoio administrativo (refeitório e escritórios); • Posto para fornecimento de combustíveis; • Oficina de manutenção; • Sistemas de captação e distribuição de água; • Aterro sanitário e CMD; • Sistemas de drenagem; • Viveiro de mudas; • Portaria; • Sistema de fornecimento de energia elétrica. 2.7.1 Plano de fechamento O fechamento deve garantir que os novos usos sejam seguros, respeitadas eventuais restrições e para tanto deve ser elaborado um Plano de Fechamento conceitual, que se encontra apresentado no capítulo de Proposição de Medidas Ambientais. O plano de fechamento é o estabelecimento antecipado e planejado das medidas para o fechamento e pós-fechamento do empreendimento. Este plano deve estabelecer as bases técnicas e estimar recursos para a reparação dos danos ambientais e recuperação das áreas degradadas; possibilitar um uso futuro seguro; e manter os benefícios sociais obtidos, reduzindo os impactos negativos sobre população local envolvida. Com o desenvolvimento da atividade no empreendimento, ao longo dos anos, o Plano de Fechamento deve ser desenvolvido, tornando os conceitos criados em um projeto executivo, mais bem definido e regulatório. O Plano de Fechamento deve ser periodicamente atualizado ao longo da vida útil do empreendimento, adaptando-se assim, à natureza dinâmica típica deste tipo de projeto. 2.7.1.1 Destinação para usos futuros O plano de fechamento deve indicar alternativas de uso futuro para as áreas afetadas pelo empreendimento. Algumas opções podem ser indicadas, como o reestabelecimento do uso agrosilvopastoril atual, ou até mesmo o incentivo a plantação de candeia, aproveitando a aptidão e vocação natural da região para a cultura desta espécie. De qualquer maneira, este estudo deverá levar em conta as expectativas das partes interessadas sobre o futuro da área, como comunidade, produtores e órgãos ambientais. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 254 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.7.1.2 Implantação de programas e projetos de desenvolvimento local A implantação de programas e projetos de desenvolvimento local é prevista como Medidas Ambientais, no capítulo específico. Estes programas e projetos devem buscar manter os benefícios sociais obtidos com a presença do empreendimento na região, reduzindo os impactos negativos sobre população local envolvida após a cessão das atividades de mineração. 2.7.2 Estruturas de apoio 2.7.2.1 Ambulatório e portaria principal O ambulatório e a portaria principal, descritos anteriormente na fase de operação, servirão de apoio também na fase de fechamento. 2.7.2.2 Apoio administrativo (refeitório e escritório central) A unidade de preparo de refeições e refeitório será mantida e operará durante a fase de fechamento, apesar de que a demanda será reduzida devido ao menor número de trabalhadores. O escritório central será mantido em operação para acompanhamento administrativo do descomissionamento. 2.7.2.3 Operacionalização de posto de abastecimento de combustível e de oficina de manutenção de equipamentos e veículos Para a demanda das atividades da etapa de fechamento o posto de abastecimento de combustível e a oficina de manutenção de equipamentos e veículos serão mantidos, entretanto terão a capacidade reduzida com a desativação de parte das estruturas, como tanques de estocagem de combustível e equipamentos de manutenção pesada. 2.7.2.4 Aterro sanitário e CMD O aterro sanitário e o CMD continuarão a receber os resíduos sólidos provenientes das atividades de fechamento. Para o fechamento do aterro, prevê-se o fechamento das valas de acordo com os procedimentos técnicos determinados por normas regulamentadoras e monitorado conforme plano de monitoramento descrito no Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. A área do aterro será nivelada, de forma a criar uma configuração harmoniosa, compatível com o local de disposição. Para tanto, poderão ser usados equipamentos como motoniveladoras. Algumas culturas que não apresentam raízes profundas, e, portanto não têm contato direto com o solo, nem são consumidas in natura por pessoas, como por exemplo, a cana-de-açúcar e o milho, podem ocupar as áreas imediatamente após o encerramento das atividades, facilitando a reintegração da mesma à Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 255 Morro do Pilar Minerais S.A. paisagem, reduzindo custos e evitando a manutenção de estruturas de isolamento e proteção do local. Quanto ao CMD, todo o material proveniente do desmonte e que for passível de reaproveitamento ou reciclagem, ou houver destinações específicas que não o aterro sanitário, será encaminhado, triado e enviado a uma destinação final de acordo com as normas regulamentadoras. 2.7.2.5 Sistemas de drenagem Os sistemas de drenagem serão dimensionados ou adequados para permitir a autosustentabilidade das cavas, pilhas de estéril, áreas de apoio operacional e planta industrial, e outras áreas que serão desmontadas, restando platôs sem estruturas, no caso da não utilização futura de algumas destas estruturas. A manutenção deste sistema de drenagem será realizada no pós-fechamento, garantindo a estabilidade das áreas descomissionadas e aspectos como a criação de áreas degradadas. 2.7.2.6 Viveiro de mudas O viveiro de mudas terá sua função final realizada durante a fase de fechamentos, quando será utilizado como fonte de mudas produzidas a partir de mudas, sementes e propágulos resgatados durante a atividade de supressão da vegetação, para aplicação na recuperação de áreas degradadas. 2.7.2.7 Abastecimento de água O abastecimento de água na fase de fechamento será dividido em água industrial e água potável. A água industrial será usada principalmente para lavagem de veículos e equipamentos, combate a incêndio e umectação das vias. A água potável será consumida pelos profissionais envolvidos nesta fase, com o preparo de alimentos, higienização e consumo direto. A água industrial a ser utilizada nesta fase será a mesma utilizada na fase de operação, entretanto, como a demanda é menor, a captação será menor que a projetada para a operação. No período chuvoso espera-se que a água captada da área de disposição de rejeitos apresente vazão suficiente para esta demanda, entretanto no período seco, as captações principais de água nova sejam requeridas, funcionando como fonte de água, com vazão reduzida. 2.7.2.8 Distribuição de energia elétrica A distribuição de energia elétrica na fase de fechamento será feita pelo mesmo sistema utilizado na fase de operação. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 256 Morro do Pilar Minerais S.A. 2.7.3 Recuperação de áreas degradadas A recuperação de áreas degradadas inclui as atividades de estabilização física dos taludes das minas, pilhas e diques; a adequação e consolidação do sistema de drenagem e a conformação do terreno; e a revegetação, que inclui a retomada de solo orgânico e o plantio de espécies vegetais estocadas no viveiro de mudas. Mais detalhes sobre a recuperação de áreas degradadas pode ser encontrado no PRAD – Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, no capítulo de Proposição de Medidas Ambientais, adiante. 2.7.4 Descomissionamento O descomissionamento refere-se à desativação e demolição das estruturas físicas do empreendimento. Esta atividade inclui as tarefas de desmontagem das estruturas e equipamentos; demolição de edificações de alvenaria; a implantação de sistemas de manutenção das áreas recuperadas; e também a desmobilização da mão de obra da fase de operação. Em relação a esta última tarefa, o item mobilização da mão de obra na fase de operação apresenta um histograma com a programação completa, demonstrando a gradativa desmobilização dos trabalhadores nos últimos meses de operação do empreendimento. Em relação às tarefas de desmontagem e desmobilização de estruturas físicas e equipamentos, há a geração de resíduos sólidos de construção civil, sucata e também o aproveitamento de equipamentos em outras atividades que não a do empreendimento em questão; e também a geração de ruídos. 2.8 Referência bibliográfica Ávila, J. P. - The drained stacking of granular tailings: a disposal method for a low degree of saturation of tailings mass. Congresso “Tailings Confere/nce”. Documento nº Data: EIA-MOPI-002-03/12-V1 28/03/2012 Página: 257