Morro do Pilar Minerais S.A.
Estudo de Impacto Ambiental
Volume II
Alternativas tecnológicas e locacionais
Caracterização do empreendimento
Documento no.
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Índice
1
Alternativas tecnológicas e locacionais........................................................................... 1
1.1
Alternativas tecnológicas ............................................................................................... 1
1.1.1
Lavra .............................................................................................................................. 2
1.1.2
Transporte do minério britado para o beneficiamento ................................................... 3
1.1.3
Beneficiamento .............................................................................................................. 3
1.1.4
Escoamento do minério (produto)................................................................................ 13
1.1.5
Alternativa tecnológica escolhida ................................................................................. 13
1.1.6
Síntese das melhorias tecnológicas .............................................................................. 13
1.2
Alternativas locacionais................................................................................................ 14
1.2.1
Estudo de restrições ambientais................................................................................... 16
1.2.2
Projeto pré-conceitual.................................................................................................. 17
1.2.3
Alternativa locacional 1 ................................................................................................ 18
1.2.4
Alternativa locacional 2 ................................................................................................ 20
1.2.5
Alternativa locacional 3 ................................................................................................ 22
1.2.6
Alternativa locacional 4 ................................................................................................ 24
1.2.7
Síntese das melhorias locacionais................................................................................. 55
1.3
Hipótese da não implementação do projeto................................................................. 59
1.3.1
Implicações sobre o processo de ocupação da área de influência e dinâmica
populacional .............................................................................................................. 59
1.3.2
Implicações sobre a economia (local/regional/nacional)............................................... 60
1.3.3
Implicações sobre o estado de conservação dos recursos físicos e bióticos................... 62
1.4
Referências .................................................................................................................. 63
2
Caracterização do empreendimento............................................................................. 64
2.1
Histórico do empreendimento ..................................................................................... 69
2.2
Localização da área ...................................................................................................... 74
2.3
Informações gerais....................................................................................................... 75
2.3.1
Tipo de atividade e porte do empreendimento ............................................................ 75
2.3.2
Objetivos e justificativa do empreendimento ............................................................... 75
2.3.3
Declaração da utilidade pública ou de interesse social da atividade do
empreendimento ....................................................................................................... 78
2.4
Descrição da mina ........................................................................................................ 78
2.4.1
Reservas minerais ........................................................................................................ 79
2.5
Fase de planejamento .................................................................................................. 80
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2.5.1
Pesquisa mineral .......................................................................................................... 81
2.5.2
Gestão de relações institucionais ................................................................................. 84
2.5.3
Elaboração de estudos e projetos................................................................................. 87
2.5.4
Aquisição de terras....................................................................................................... 88
2.5.5
Mobilização e desmobilização de pessoal e serviços..................................................... 88
2.6
Fase de implantação .................................................................................................... 88
2.6.1
Mobilização de pessoal ................................................................................................ 90
2.6.2
Mobilização de pessoal - Fases de implantação e operação .......................................... 92
2.6.3
Acesso principal ........................................................................................................... 92
2.6.4
Canteiros de obra e alojamentos .................................................................................. 93
2.6.5
Insumos de obras para implantação ............................................................................104
2.6.6
Serviços preliminares ..................................................................................................105
2.6.7
Implantação de infraestrutura.....................................................................................115
2.6.8
Usina de beneficiamento.............................................................................................116
2.6.9
Empilhamento de rejeito drenado ...............................................................................137
2.6.10
Pilhas de estéril - PDE ..................................................................................................163
2.6.11
Paiol............................................................................................................................168
2.6.12
Transportador de Correia de Longa Distância - TCLD ...................................................169
2.6.13
Pré-stripping ...............................................................................................................170
2.6.14
.. Infraestruturas de apoio às obras : Área de Disposição de Material Excedente – ADME
e AE – Área de Empréstimo .......................................................................................................171
2.6.15
Emissões, efluentes e resíduos ....................................................................................171
2.6.16
Sistemas de controle ambiental ..................................................................................174
2.6.17
Cronograma de implantação .......................................................................................185
2.7
Fase de operação ........................................................................................................186
2.7.1
Mina ...........................................................................................................................187
2.7.2
Usina de beneficiamento.............................................................................................198
2.7.3
Pilhas de estéril ...........................................................................................................214
2.7.4
Empilhamento de rejeito drenado ...............................................................................222
2.7.5
Estruturas de apoio à operação do complexo do beneficiamento ................................233
2.7.6
Quadro de pessoal ......................................................................................................243
2.7.7
Emissões, efluentes e resíduos ....................................................................................245
2.7.8
Sistemas de controle ...................................................................................................251
2.8
Fase de fechamento ....................................................................................................253
2.8.1
Plano de fechamento ..................................................................................................254
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2.8.2
Estruturas de apoio .....................................................................................................255
2.8.3
Recuperação de áreas degradadas ..............................................................................257
2.8.4
Descomissionamento ..................................................................................................257
2.9
Referência bibliográfica ...............................................................................................257
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Índice de Figuras
Figura 1-1 – Layout do projeto pré-conceitual .............................................................................. 18
Figura 1-2 – Layout da alternativa locacional 1 ............................................................................. 20
Figura 1-3 – Layout das estruturas da alternativa locacional 2 ...................................................... 22
Figura 1-4 – Layout das estruturas da alternativa locacional 3 ...................................................... 24
Figura 1-5 – Alternativas locacionais da UBM ............................................................................... 26
Figura 1-6 – Alternativas locacionais dos acessos principais, britadores e TCLD ............................ 34
Figura 1-7 – Alternativas locacionais para empilhamento drenado de rejeito ............................... 36
Figura 1-8 – Alternativas locacionais para empilhamento de estéril.............................................. 43
Figura 1-9 – Alternativas locacionais para estruturas de apoio às obras........................................ 47
Figura 1-10 – Layout das estruturas da alternativa locacional 4 .................................................... 53
Figura 1-11 – Evolução das melhorias entre cada alternativa locacional ....................................... 57
Figura 2-1 – Diagrama mostrando o desenvolvimento do empreendimento e o uso das
estruturas nas fases de implantação e operação, de acordo com as etapas previstas no
empreendimento ......................................................................................................................... 65
Figura 2-2 – Delimitação das estruturas previstas de acordo com a fase (implantação, operação
ou comum a ambas fases) e etapas do empreendimento (etapa 1 e etapa 2). .............................. 66
Figura 2-3 – Poligonais DNPM – Projeto Morro do Pilar – Área Diretamente Afetada. .................. 70
Figura 2-4 – Armazenamento de testemunhos geológicos............................................................ 83
Figura 2-5 – Caixas de testemunho de sondagem. ........................................................................ 83
Figura 2-6 – Histograma de mão de obra – Equipe de implantação............................................... 90
Figura 2-7 - Histograma de mão de obra – Fase de operação – Equipe pré-operacional. ............... 91
Figura 2-8 – Histograma de mão de obra – fases de implantação e operação. .............................. 92
Como descrito no capítulo de alternativas locacionais, este traçado foi definido buscando a
mínima interferência com fragmentos florestais e aproveitando as características naturais do
relevo, evitando a necessidade de grandes cortes e aterro. A seguir, se encontra a Figura 2-9
com a localização do acesso em questão:..................................................................................... 93
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Figura 2-10 – Localização do acesso principal externo, outras estruturas da ADA e principais
estradas existentes. ..................................................................................................................... 93
Figura 2-11 – Layout / croqui do canteiro de obras central. .......................................................... 95
Figura 2-12 – Localização do canteiro central e dos canteiros avançados em relação a planta
geral do empreendimento. .......................................................................................................... 95
Figura 2-13 – Localização dos alojamentos. .................................................................................. 98
Figura 2-14 – Localização da barragem de empilhamento de rejeito drenado em relação a
outras estruturas do empreendimento – eixo do córrego do Brumado. ......................................138
Figura 2-15 – Detalhamento das áreas de disposição e diques da barragem de empilhamento
de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado. ...................................................................140
Figura 2-16 - Curva Cota x Volume do reservatório na EL 595,00m. .............................................144
Figura 2-17 - Seção típica do dique de partida do empilhamento de rejeito drenado do vale do
córrego do Brumado. ..................................................................................................................145
Figura 2-18 - Curva Cota x Volume do reservatório na EL 645,00 m. ............................................146
Figura 2-19 - Seção típica do maciço final do empilhamento de rejeito drenado do vale do
córrego do Brumado. ..................................................................................................................147
Figura 2-20 - Análise de percolação no dique de partida, considerando o reservatório
preenchido com água..................................................................................................................149
Figura 2-21 - Resultado da análise de estabilidade do dique de partida. ......................................150
Figura 2-22 - Resultado da análise de estabilidade do maciço final. .............................................151
Figura 2-23 – Esquema do sistema de drenagem interna do dique de partida. ............................152
Figura 2-24 - Esquema do fluxo no tapete drenante. ...................................................................154
Figura 2-25 – Croqui esquemático do sistema extravasor da barragem de empilhamento de
rejeito drenado do vale do córrego do Brumado – Etapas inicial e final. ......................................159
Figura 2-26 - Curva Cota x Volume – Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte – Etapa 1. .....160
Figura 2-27 - Curva Cota x Volume – Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte – Etapa 2. .....161
Figura 2-28 - Curva Cota x Volume – Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte – Etapa 3. .....161
Figura 2-29 - Curva Cota x Volume – Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte – Etapa 4. .....162
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Figura 2-30 - Análise de estabilidade do empilhamento de rejeito drenado do Pit Norte. ............163
Figura 2-31 – Localização das pilhas de estéril projetadas............................................................165
Figura 2-32 – Localização do TCLD sul..........................................................................................170
Figura 2-33 – Layout do aterro sanitário......................................................................................179
Figura 2-34 – Esquema simplificado dos principais processos da fase de operação do
empreendimento. .......................................................................................................................187
Figura 2-35 – Cava norte (MOPIN). ..............................................................................................188
Figura 2-36 – Cava sul (MOPIS)....................................................................................................189
Figura 2-37 – Sequenciamento em planta da cava norte (MOPIN). ..............................................193
Figura 2-38 - Sequenciamento em planta da cava sul (MOPIS).....................................................194
Figura 2-39 – Fluxograma de rota do beneficiamento..................................................................200
Figura 2-40 – Esquema da área de britagens, peneiramento e pilha de pulmão...........................202
Figura 2-41 - Esquema da área de prensagem (HPGR). ................................................................203
Figura 2-42 – Área de moagem primária, classificação, deslamagem e pré-concentração. ...........204
Figura 2-43 – Área de moagem de bolas secundária. ...................................................................206
Figura 2-44 – Área de remoagem. ...............................................................................................207
Figura 2-45 - Sistema de espessamento de concentrado, lamas e rejeitos. ..................................208
Figura 2-46 – Esquema do balanço de água do empreendimento – Etapa 1 e 2. ..........................209
Figura 2-47 – Análise de ruptura (FS Global= 1,9 / FS local=1,6). ..................................................222
Figura 2-48 – Sequência construtiva típica de uma barragem empilhamento de rejeito drenado.224
Figura 2-50 – Arranjo final e etapas construtivas do empilhamento de rejeito drenado na cava
norte...........................................................................................................................................229
Figura 2-51 – Planta, perspectiva, perfil e curva Cota x Volume da etapa 1 de operação do
empilhamento de rejeito drenado dentro da cava norte. ............................................................230
Figura 2-52 - Planta, perspectiva, perfil e curva Cota x Volume das etapas 2 e 3 de operação do
empilhamento de rejeito drenado dentro da cava norte. ............................................................231
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Figura 2-53 - Planta, perspectiva, perfil e curva Cota x Volume da etapa 4 (final) de operação do
empilhamento de rejeito drenado dentro da cava norte. ............................................................232
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Índice de Quadros
Quadro 1.1 – Denominação das estruturas previstas, de acordo com a fase (implantação,
operação ou comum a ambas fases) e etapas do empreendimento (etapa 1 e etapa 2),
referente a figura acima. .............................................................................................................. 67
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Índice de Tabelas
Tabela 1.1 - Relação de direitos minerários do Projeto Morro do Pilar – Área Diretamente
Afetada. ....................................................................................................................................... 71
Tabela 1.2 - Síntese dos estudos hidrológicos para os locais das captações. ................................. 73
Tabela 1.3 - Taxa de ocupação formal nos municípios da AII......................................................... 77
Tabela 1.4 - Codificação de litologias na área de exploração do minério. ...................................... 80
Tabela 1.5 - Recurso mineral inferido e potencial exploratório (MOPI Norte e Sul). ...................... 80
Tabela 1.6 – Volumes de demolição por etapa. ...........................................................................113
Tabela 1.7 - Quantitativos de movimentação de terra – UBM e suas estruturas, paiol, barragem
de empilhamento de rejeito drenado e alojamentos. ..................................................................114
Tabela 1.8 - Quantitativos de movimentação de terra – Canteiro de obras. .................................115
Tabela 1.9 - Quantitativos de movimentação de terra – Geral. ....................................................115
Tabela 1.11 – Equipamentos – Processo de peneiramento. .........................................................119
Tabela 1.12 – Equipamentos – Processo de britagem secundária e terciária. ...............................120
Tabela 1.13 – Equipamentos – Processo de prensagem. ..............................................................120
Tabela 1.14 – Equipamentos – Processo de moagem primária de bolas e classificação. ...............121
Tabela 1.15 – Equipamentos – Processo de deslamagem. ...........................................................122
Tabela 1.16 – Equipamentos – Pilha pulmão para britador. .........................................................122
Tabela 1.17 – Equipamentos – Processo de pré-concentração por flotação mecânica. ................123
Tabela 1.18 – Equipamentos – Processo de moagem secundária com ciclonagem de
classificação. ...............................................................................................................................124
Tabela 1.19 – Equipamentos – Processo de flotação em colunas. ................................................125
Tabela 1.20 – Equipamentos – Processo de remoagem. ..............................................................126
Tabela 1.20 – Equipamentos – Recebimentos, estocagem e preparação de reagentes /
distribuição de reagentes. ...........................................................................................................126
Tabela 1.21 – Equipamentos – Processo de espessamento de concentrado. ...............................127
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Tabela 1.23 – Equipamentos – Processo de espessamento de lamas. ..........................................127
Tabela 1.24 – Equipamentos – Processo de espessamento de rejeitos. .......................................128
Tabela 1.25 – Equipamentos – Processo de bombeamento para a barragem de empilhamento
de rejeito drenado. .....................................................................................................................128
Tabela 1.26 – Equipamentos – Tancagem para bombeamento do mineroduto............................128
Tabela 1.27 – Equipamentos – Sistema de ar comprimido. ..........................................................129
Tabela 1.27 –Equipamentos da oficina de manutenção de veículos pesados, de caldeiraria e
avançada. ...................................................................................................................................130
Tabela 1.28 – Equipamentos para o sistema de captação e adução de água recuperada da
barragem de empilhamento de rejeito drenado. .........................................................................133
Tabela 1.30 – Quantidade de rejeito gerado ao longo da fase de operação das duas etapas do
empreendimento. .......................................................................................................................223
Tabela 1.30 - Coordenadas do eixo da barragem de empilhamento de rejeito drenado na bacia
do córrego do Brumado - Dique de partida. ................................................................................138
Tabela 1.31 - Coordenadas do eixo da barragem de empilhamento de rejeito drenado na bacia
do córrego do Brumado - Dique final. .........................................................................................139
Tabela 1.32 - Áreas das bacias e dos diques da barragem de empilhamento de rejeito drenado
do vale do córrego do Brumado. .................................................................................................141
Tabela 1.33 - Coeficientes de permeabilidade (k) adotados nas análises de percolação. ..............148
Tabela 1.34 - Parâmetros de resistência adotados nas análises de estabilidade. ..........................150
Tabela 1.35 - Variáveis de “Wilkins”. ...........................................................................................155
Tabela 1.36 - Concepção do sistema extravasor da barragem de empilhamento de rejeito
drenado do vale do córrego do Brumado. ...................................................................................159
Tabela 1.37 - Parâmetros adotados para as análises de estabilidade do empilhamento de
rejeito drenado do Pit Norte. ......................................................................................................163
Tabela 1.39 – Áreas das pilhas de estéril. ....................................................................................166
Tabela 1.40 – Extensão dos acessos provisórios às pilhas de estéril. ............................................167
Tabela 1.41 – Emissões atmosféricas na fase de implantação. .....................................................172
Tabela 1.41 - Cronograma de implantação do empreendimento. ................................................186
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TABELA 1.42 - CRONOGRAMA DE PRÉ-OPERAÇÃO DO EMPREENDIMENTO....................................................186
Tabela 1.43 – Cava matemática selecionada (MOPIN). ................................................................190
Tabela 1.44 - Cava matemática selecionada (MOPIS)...................................................................191
Tabela 1.45 – Sequenciamento da cava norte (MOPIN). ..............................................................192
Tabela 1.46 – Sequenciamento da cava sul (MOPIS). ...................................................................194
Tabela 1.48 – Sequenciamento do projeto Morro do Pilar completo (MOPIN + MOPIS)...............195
Tabela 1.48 - Relação de equipamentos e estimativa de vida útil. ...............................................197
Tabela 1.50 – Dados base para dimensionamento da planta de beneficiamento. ........................199
Tabela 1.51 – Perdas de água no empreendimento. ....................................................................209
Tabela 1.52 - Balanço de água do empreendimento. ...................................................................210
Tabela 1.53 - Desgaste de bolas dos moinhos..............................................................................213
Tabela 1.53 - Tipos de estéreis. ...................................................................................................214
Tabela 1.55 – Empilhamento de estéril referente à cava norte (MOPIN)......................................216
Tabela 1.56 – Empilhamento de estéril referente à cava sul (MOPIS). .........................................217
Tabela 1.56 – Parâmetros de resistência. ....................................................................................221
Tabela 1.58 – Potências e demanda da planta industrial. ............................................................235
Tabela 1.59 - Quantitativo de mão de obra operacional da mina. ................................................244
Tabela 1.60 - Principais fontes de emissões atmosféricas no processo produtivo. .......................246
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ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS E LOCACIONAIS
O presente capítulo contempla todas as alternativas tecnológicas e locacionais estudadas para o
projeto minerário em apreço, incluindo a hipótese de sua não implantação. Neste sentido, seu
conteúdo atende às disposições do art. 5º da Resolução Conama 01/86; ao Termo de Referência
para Elaboração do EIA e Rima (Feam, EIA/Rima – GER001); e à legislação que dispõe sobre a
utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica (Lei Federal no 11.428, de
2006), que requer o estudo de alternativas técnicas e locacionais (art. 14) para autorizar a
supressão de vegetação primária e secundária no estágio avançado de regeneração nos casos de
utilidade pública e interesse social.
A análise comparativa das alternativas foi realizada com base em critérios técnicos (de engenharia
e de meio ambiente) e econômicos, o que permitiu que a alternativa fosse escolhida de acordo
com a proposta que acumula as melhores e mais adequadas características.
De modo a permitir que a concepção do Projeto Morro do Pilar fosse pautada por soluções que
levassem à minimização dos impactos ambientais potenciais, antecipou-se o início dos estudos
ambientais, a fim de que pudessem subsidiar a tomada de decisão sobre as melhores soluções
para o empreendimento, incluindo a escolha dos locais mais adequados para as estruturas do
empreendimento minerário, tais como a usina de beneficiamento, as pilhas de estéril e demais
instalações do empreendimento. Assim, o projeto conceitual foi construído de maneira integrada
com os estudos ambientais, refinando-se e adaptando-se às principais restrições apontadas
previamente. O resultado atingido representa, portanto, um aperfeiçoamento muito satisfatório
ao internalizar as soluções para os aspectos ambientais no projeto do empreendimento.
Ressalte-se que a opção por uma alternativa tecnológica está totalmente relacionada com o uso e
tamanho das estruturas acessórias ao beneficiamento do minério, sendo que cada uma destas
estruturas também condiciona a seleção de áreas para sua locação. Desta maneira, a escolha por
uma ou outra alternativa tecnológica condiciona, em parte, as alternativas locacionais.
1.1
Alternativas tecnológicas
A avaliação das alternativas tecnológicas do projeto é apresentada separadamente para a lavra e
para as estruturas de beneficiamento, incluindo estruturas inerentes, como disposição de estéril e
rejeito.
Tipicamente, as características macro do depósito mineral, tais como sua forma e tamanho, as
rochas que ocorrem envolvendo a jazida e o teor do minério, definem a alternativa de lavra. Da
mesma forma, as características micro do minério, como o tamanho e forma dos grãos dos
minerais, o teor do minério e suas características físicas, definem a alternativa tecnológica do
beneficiamento. Mesmo assim, várias alternativas tecnológicas foram avaliadas para assegurar
que as decisões tomadas estariam convergindo para a melhor e mais adequada.
A concepção do projeto pautou-se, desde o início, por uma filosofia inovadora: incorporar
soluções técnicas de engenharia para reduzir seus impactos ambientais potenciais e, ao mesmo
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tempo, para maximizar o aproveitamento eficiente do minério de ferro, que é um recurso não
renovável. Desta forma, a aplicação de tecnologias de lavra e beneficiamento objetivou, entre
outros:
•
reduzir a ‘pegada ecológica’ e a área impactada pelo empreendimento, adotando-se a
disposição de estéril e rejeito no interior das cavas lavradas;
•
obter alta eficiência no aproveitamento (recuperação) do ferro do minério;
•
reduzir o gasto energético;
•
reduzir o consumo de água nova;
•
reduzir o risco ambiental do empreendimento, com a eliminação de disposição tradicional
de rejeitos em barragem.
•
1.1.1
obter um produto de alta qualidade para o mercado consumidor;
Lavra
As dimensões e distribuição do corpo mineral e aspectos de ordem econômica, de segurança e
tecnológicos são os fatores determinantes para seleção do tipo de lavra a ser aplicado. A escolha
do método mais adequado para lavrar o minério depende também da resistência mecânica do
material a ser extraído (minério) e dos materiais a serem removidos (estéril).
No atual projeto, com base nas prospecções geológicas, o depósito ferrífero de Morro do Pilar
ocorre no sentido N-S, infletindo bruscamente na direção leste no seu extremo sul. A espessura
do itabirito varia muito, atingindo 100m ao sul de Morro do Pilar e variando de 10 a 50m na
porção norte. O corpo mineralizado mergulha suavemente, com pequena inclinação. Estas
características dimensionais apontam a escolha pela lavra a céu aberto, em bancadas
descendentes.
Considerando as diferentes características de resistências físicas dos materiais, a técnica de lavra
deve ser uma conjugação de desmonte por explosivos, para o material mais competente, e
escavadeiras, para o material mais friável.
Para o transporte do minério entre as frentes de lavra e os britadores primários, e também o
transporte do estéril até as pilhas, existem duas opções: transporte por caminhões ou correias
transportadoras.
O quadro a seguir esquematiza as vantagens e desvantagens de cada uma das opções:
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Quadro 1.1 – Comparativo de vantagens e desvantagens no transporte de minério aos britadores
primários e de estéril às pilhas
Transporte minério-britadores e
estéril-pilhas
Transporte por caminhões
Vantagens
Desvantagens
Confere maior mobilidade às Maior risco de acidentes
frentes de lavra
Maior número de postos de
trabalho
Menor risco de acidentes
Transporte por correias
transportadoras
Confere rigidez locacional às
frentes de lavra
Menor custo operacional
Maior custo de investimento
inicial
Com as informações do corpo mineralizado disponíveis é possível estimar que a operação de lavra
ocorra simultaneamente em 4 frentes, requerendo grande mobilidade no transporte, o que leva à
escolha do uso de caminhões. Além disto, embora ainda em aprofundamento de estudos, a
alternativa de transporte do estéril por correias não tem agora potencial para aplicação, sendo
também necessário o uso de caminhões.
Em vista das razões apresentadas acima, a alternativa tecnológica escolhida para a lavra é
composta por:
•
Cava a céu aberto;
•
Combinação de desmonte com explosivos e desmonte mecânico com escavadeiras; e
•
Transporte dos materiais da lavra até os britadores primários, pilhas ou estéril para locais
da cava já exaurida por caminhões fora-de-estrada.
1.1.2
Transporte do minério britado para o beneficiamento
Não há alternativas tecnológicas para o transporte do minério após processamento no britador
primário, ainda na lavra, até a usina de beneficiamento, a não ser com o uso de correias
transportadoras, sendo portanto a única opção.
1.1.3
Beneficiamento
A eficiência na recuperação dos minerais de interesse presentes no minério, o consumo
energético de seu beneficiamento, o consumo de água nova, a quantidade e características físicas
do rejeito gerado e, obviamente, a garantia da qualidade do produto final são os critérios para
definição do método de beneficiamento a ser aplicado.
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O tratamento de minérios corresponde à seleção de partículas minerais, baseando-se nas suas
características físicas e nas variações relativas de tamanho e composição entre os diferentes
minerais. Esta seleção depende da propriedade dos minerais, das características do separador e
do grau de recuperação esperado.
Genericamente o beneficiamento de minérios pode ser divido em quatro grandes grupos de
operações unitárias:
•
a cominuição: são as operações usadas para reduzir o tamanho das partículas, como a
britagem;
•
a classificação: são as operações que separam as partículas classificando-as por tamanho,
como o peneiramento;
•
a concentração: são as operações unitárias que buscam no universo de partículas os
diferentes minerais, separando-os com base nas suas características físicas e/ou físicoquímicas de superfície, como a flotação;
•
o desaguamento ou separação sólido-líquido: são as operações que buscam separar a
água do restante do material, como a filtragem.
A seguir, apresentam-se as alternativas tecnológicas do beneficiamento, de acordo com este
agrupamento genérico.
1.1.3.1
Cominuição
A cominuição é de vital importância no processamento mineral pela sua adequação de tamanho,
obtido através de sua redução de tamanho, permitindo que as etapas de tratamento posteriores
funcionem efetivamente para a classificação/concentração/separação sólido-líquido.
Os equipamentos mais comuns usados na cominuição podem ser divididos em duas classes
distintas: britagem (cominuição inicial) e moagem (cominuição final).
Em uma típica planta de beneficiamento de minério, a britagem se desenvolve em estágios em
série denominados britagem primária, secundária, terciária e eventualmente quaternária. Os
equipamentos que formam o leque de alternativas tecnológicas para a cominuição inicial são:
•
Britadores giratórios;
•
Britadores de mandíbulas;
•
Britadores cônicos;
•
Britadores de rolos;
•
Britadores de impacto.
Os equipamentos que formam o leque de alternativas tecnológicas para a moagem são:
•
Moinhos tubulares rotativos (de bolas e barras);
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•
Moinhos vibratórios;
•
Moinhos de rolos;
•
Moinhos de impacto.
Os britadores primários são equipamentos robustos e poderão ser de mandíbula, giratório ou do
tipo sizer – estas opções têm dimensões compatíveis com as demandas de produção deste
projeto. Optou-se pelo britador giratório porque, apesar de seu maior custo, tem capacidade de
receber grandes taxas de alimentação. Este equipamento também tem configuração capaz de
receber maiores blocos de rocha que os outros tipos. A britagem secundária e terciária será feita
em britador cônico.
Normalmente, a faixa típica de redução de tamanhos entre a última etapa de britagem e a
primeira etapa de moagem é de difícil solução, sempre requerendo um grande número de
equipamentos para fazer esta redução de tamanho, o que acarreta grandes instalações, grande
consumo energético e grande consumo de materiais de desgaste.
Para o projeto, foram realizados estudos para a aplicação da cominuição em HPGR (High Pressure
Grinding Rolls), conhecido também como prensa de rolos ou roller press. Esta tecnologia, ainda
muito pouco aplicada, substitui em parte a última britagem e a primeira moagem trazendo
enorme redução no consumo energético.
Comparativamente, foram analisadas a tradicional britagem quaternária seguida de moagem de
bolas, a tecnologia de moagem semi-autógena (SAG) e apenas moagem de bolas em dois estágios.
Em função dos resultados obtidos nos testes HPGR, da revisão no estado da arte em cominuição e
de outros testes realizados, concluiu-se que, para o minério de ferro de Morro do Pilar, a unidade
de cominuição com HPGR associada à moagem primária com moinho de bolas tem menores
custos operacionais e muito menor consumo de energia, além de eliminar a britagem quaternária
e etapas de moagem posteriores, bem como de tornar o circuito de operação mais simples.
Outra vantagem relevante do HPGR para o caso específico de Morro do Pilar é sua boa
aplicabilidade evitando a geração de superfinos de minério, normalmente perdidos no rejeito da
usina, transformando esta tecnologia como partícipe da maior recuperação do minério de ferro,
contribuindo para o racional aproveitamento do recurso mineral da jazida.
Desta maneira, a alternativa para cominuição selecionada é a britagem primária, seguida por
peneiramento, britagem secundária e terciária, HPGR (prensa de rolos) e moagem primária com
moinho de bolas.
1.1.3.2
Classificação
A classificação consiste na separação de partículas com base nas suas dimensões físicas. Os
processos de classificação são divididos em peneiramento e classificação (ou hidroclassificação)
propriamente dita.
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O peneiramento é um processo mecânico de separação que utiliza uma superfície perfurada para
tal. As partículas com dimensões superiores à da abertura considerada tendem a ficar retidas na
superfície. Os mecanismos envolvidos compreendem a estratificação e segregação, através de
equipamentos como peneiras vibratórias, rotativas e estáticas.
O equipamento selecionado foram as peneiras vibratórias, devido à simplicidade de
funcionamento e por ser uma tecnologia já usual no processo de beneficiamento do minério de
ferro, com tecnologia dominada em termos de instalação e manutenção.
A classificação é o processo de separação que se baseia na velocidade de sedimentação das
partículas imersas em um meio fluido. Na hidroclassificação, os equipamentos mais utilizados são
os cones estáticos, os hidrociclones e os classificadores espirais.
A classificação ocorre associada às moagens ou na etapa de deslamagem (descarte das partículas
ultrafinas que normalmente são minerais prejudiciais ao bom desempenho da concentração) e a
opção selecionada foi o uso de hidrociclones pela sua simplicidade operacional, menor
necessidade de área para sua implantação e uso de energia elétrica apenas no bombeamento da
polpa de alimentação.
1.1.3.3
Concentração
O principal objetivo deste processo é a recuperação dos minerais úteis contidos no minério. A
seleção do método de concentração depende de características da formação geológica do
minério, o que confere diferentes propriedades dos minerais a ser separados, como o tamanho
relativo dos cristais, cor, densidade, susceptibilidade magnética, condutividade elétrica,
molhabilidade superficial e solubilidade, entre outros.
Na indústria mundial de minério de ferro, várias tecnologias são aplicadas para a obtenção de
concentrados. Particularmente na região de Morro do Pilar, onde ocorrem jazimentos com
similaridades geológicas, a flotação e a separação magnética são os mais aplicados.
Atualmente, a flotação é o processo dominante no tratamento de quase todos os tipos de
minérios, devido à sua grande versatilidade e seletividade. Permite a obtenção de concentrados
com elevados teores e expressivas recuperações. O processo se baseia no comportamento físicoquímico das superfícies das partículas minerais presentes na polpa (minério e água), com auxílio
de reagentes específicos.
Na separação magnética, a propriedade dominante do material deve ser a susceptibilidade
magnética (propriedade de ser atraído por um imã).
Os estudos feitos em laboratório com amostras de minério de Morro do Pilar mostraram que a
separação magnética apresenta boa performance no caso de um estágio de pré-concentração,
mas não tem seletividade suficiente para atingir os teores de especificações comerciais do
concentrado final (pellet feed). Para atingir estes limites o desempenho da separação magnética
ficaria comprometido uma vez que se observaria uma redução na recuperação do minério de
ferro, traduzindo numa perda do material de interesse nos rejeitos da usina.
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Os estudos feitos com a flotação já se mostraram mais equilibrados, com resultado final mais
interessante tanto para a maior recuperação do minério de ferro, atingindo valores superiores a
80%, quanto para a obtenção de teores dentro das especificações comerciais, com ferro superior
a 69%.
Importante ressaltar que a separação magnética faz uso mais intenso de energia elétrica e
necessita de uma área muito maior para sua implantação quando se compara com a flotação.
Esta, às vezes mal avaliada, pode ser associada ao uso de reagentes o que, para um público leigo,
pode significar maior risco operacional.
Na verdade os reagentes utilizados na flotação de minério de ferro são, essencialmente, um
amido e uma amina. O amido tem sua ação nos óxidos de ferro (minerais como a hematita),
ficando adsorvido na superfície das partículas (processo físico-químico em que o amido “cola” na
superfície do mineral). Já a amina tem sua ação fundamental no óxido de silício (mineral como o
quartzo) ficando também adsorvido na sua superfície (fica “colado” no mineral). Com isto, apenas
uma pequena porção destes reagentes acompanha a água de processo. O projeto também prevê
o retorno de quase 100% da água de processo, reutilizando-a. Caso alguma pequena porção
destes reagentes entre em algum curso d’água, sua decomposição se dará naturalmente, com
rapidez.
A escolha da concentração por flotação como melhor alternativa tecnológica se justifica pela:
maior recuperação do minério com consequente menor perda em rejeitos e maior
aproveitamento do recurso mineral da jazida (1); maior teor do concentrado na flotação,
elevando a categoria do produto no mercado (2); a baixa capacidade de produção unitária dos
separadores magnéticos disponíveis no mercado (3); a alta complexidade de controle e
automação dos separadores magnéticos em uma planta industrial (4); e os altos valores de
investimento inicial (CAPEX) do concentrador magnético em comparação à flotação (5).
1.1.3.4
Desaguamento
A água desempenha um papel expressivo no tratamento de minérios. No entanto, numa
determinada etapa do processo se faz necessária sua retirada para poder se obter produtos com
baixa umidade e/ou para reutilização desta água recirculando-a no processo. Para o
desaguamento, foram consideradas as seguintes alternativas tecnológicas:
•
Sedimentação;
•
Filtragem;
•
Centrifugação; e
•
Secagem.
A sedimentação pode ser definida como a técnica de desaguamento obtida através da
concentração de partículas sólidas em suspensão num líquido, por ação da gravidade. A utilização
de reagentes específicos, denominados floculantes, favorece de sobremaneira as operações
pertinentes. Os equipamentos utilizados compreendem basicamente cones, espessadores e
clarificadores. Com o adensamento da polpa, estas operações fazem com que uma grande parte
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da água retorne imediatamente ao processo, reduzindo seu consumo como também reduzindo o
consumo de energia elétrica uma vez que a água é geralmente bombeada a curtas distâncias.
A filtragem é o método de desaguamento obtido pela passagem forçada de uma suspensão
aquosa (polpa de minério) através de um elemento filtrante que retém as partículas em sua
superfície. O processo pode ser conduzido sob a ação de vácuo ou pressão induzida. Os
equipamentos tradicionalmente utilizados são os filtros a vácuo, cerâmicos e os filtros-prensa.
A centrifugação é a técnica de desaguamento por um dispositivo rotativo, que induz uma
sedimentação forçada sob a ação de uma aceleração significativamente elevada. Tem raríssimas
aplicações na indústria mineral.
A secagem consiste na retirada da água contida no produto sólido particulado através da
evaporação por ação do calor. Trata-se de um processo caro, somente utilizado quando o produto
realmente precisa ser secado. Os equipamentos mais utilizados são os secadores de rotativos, de
bandejas e de leito fluidizado.
O processo de desaguamento ocorre em vários pontos do processo de beneficiamento, e os
equipamentos escolhidos são aqueles que melhor se adaptam às tecnologias de cominuição,
concentração e também que preencham requisitos de bombeamento. A fase de desaguamento
mais importante do processo é o espessamento de concentrado e de rejeito. O overflow de
ambos espessadores segue para tanques de distribuição para reaproveitamento da água de
processo, permitindo que o consumo de água reduza em até 75%.
1.1.3.5
Disposição de Estéril e rejeitos
A disposição do estéril da mina e de rejeitos provenientes de uma unidade de beneficiamento
constitui tarefa delicada, devido a questões econômicas e ambientais. A solução de disposição
depende das características do material da mina e do tipo de operação adotada no seu
beneficiamento. Por não possuir valor comercial, precisam ser descartados. Embora possam ser
feitos estudos futuros para avaliar a viabilidade mercadológica para potenciais usos futuros destes
materiais e das áreas ocupadas por eles, é preciso considerar que as soluções identificadas até
hoje carecem de uma escala proporcional ao volume gerado durante a vida útil de um
empreendimento minerário de grande porte.
Há ainda a alternativa de utilizar o rejeito e o estéril para o preenchimento das cavas, após sua
exaustão, como material que auxiliará a recuperação ambiental das áreas já lavradas. Esta
alternativa reduz as áreas destinadas à disposição destes materiais, com ganhos ambientais
efetivos.
A disposição de rejeitos oferece um pouco mais de alternativas uma vez que a polpa com o rejeito
poderia ser direcionada para locais mais flexíveis e também pode variar a forma como esta
disposição se dá.
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1.1.3.5.1 Disposição do estéril
No caso das pilhas de estéril, não existem alternativas tecnológicas para sua disposição, pois
devem ser feitas sempre em pilhas, com bancadas dotadas de todos os quesitos de segurança
estrutural de geotécnica e também de toda a infraestrutura de drenagem.
A única alternativa considerada foi a sua disposição dentro das cavas exauridas, o que somente
acontecerá após certo tempo de operação da mina. Assim, a disposição do estéril em pilhas fora
da cava será obrigatoriamente necessária nos primeiros anos de operação. Um maior
detalhamento sobre a localização das pilhas e a opção de disposição de parte do estéril na cava
exaurida será feito adiante, no item “alternativas locacionais”.
A disposição do estéril na mina traz os benefícios inerentes de usar uma área já alterada, como
também traz a redução de consumo de combustíveis pela redução da distância média de
transporte que os caminhões fora de estrada teriam que percorrer nestas operações.
1.1.3.5.2 Disposição do rejeito
Perante a necessidade de redução do consumo de água por imposições legais e éticas, restrições
de áreas de disposição, maior segurança geotécnica destas estruturas e redução da poluição de
nascentes e drenagens, buscaram-se novas tecnologias de disposição de rejeitos e de
reaproveitamento de água industrial.
Considerando o tipo de minério e processo de beneficiamento do mesmo, foram avaliadas três
alternativas de disposição de rejeitos, consideradas as mais apropriadas para a situação avaliada
(Pimenta de Ávila Consultoria, 2011):
a) disposição a seco, com o material filtrado, transportado por caminhões ou correias
transportadoras e disposto na forma de pilhas;
b) disposição na forma espessada, como pasta, bombeado desde a usina até um
determinado local, requerendo uma barragem para contenção do material depositado;
c) disposição na forma hidráulica, como são gerados os rejeitos na usina, bombeados e
aduzidos por tubulação até uma barragem.
O rejeito de flotação, na descarga da usina, apresenta teor de sólidos (TS) = 60 a 70%, enquanto
que a lama apresenta TS=28%. Estes valores são elevados se comparados com espessadores
convencionais, que normalmente resultam rejeitos com TS entre 35% a 45%, o que indica o bom
percentual de recuperação de água durante o processo.
1.1.3.5.3 Disposição a seco
Partindo-se do pressuposto que a filtragem dos rejeitos seria viável tecnicamente, a disposição a
seco tem os seguintes inconvenientes:
•
demanda de intenso tráfego de caminhões para transporte do material, que deverá
operar entre a usina e o local de disposição, com riscos ambientais e operacionais;
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•
demanda de intenso manuseio do material, que deverá ser descarregado em área
previamente preparada e movimentado por tratores – apesar de ser considerado como
disposição a seco, efetivamente o material ainda carregará uma umidade residual que
dificultará a fácil movimentação dos caminhões sobre a área;
•
distribuição de rejeitos pela área de trânsito dos caminhões e equipamentos de
espalhamento, já que os rejeitos ficarão agregados aos seus pneus e material rodante – o
rejeito se desagregará ao longo dos percursos;
•
demanda de uma barragem para contenção dos sólidos erodidos, pois a água de chuva
escoando sobre as praças de disposição dos rejeitos provocará erosões e carreamento dos
mesmos para fora da área de disposição;
•
possível demanda de volumes elevados de solo vegetal para revegetação do depósito, já
que o material depositado terá características inertes, demandando auxílio para
instalação e desenvolvimento da vegetação de proteção;
•
em épocas de seca, a depender das condições de vento, possibilidade de formação de
poeiras, já que o material, em sua grande maioria, é composto por granulometria fina do
rejeito.
Diante desses inconvenientes, essa opção, na etapa do Estudo de Alternativas, não foi
considerada a mais adequada para a disposição dos rejeitos, especialmente devido aos seguintes
pontos:
•
os dados demostram que, do rejeito total gerado ao longo dos nove anos de operação da
cava norte, 7% desse material é lama, que frequentemente não apresenta características
de filtragem, o que exigiria de qualquer forma a implantação de uma barragem para
contenção de lama;
•
há pouca disponibilidade de área para implantação de acessos e estruturas de disposição
na região, o que dificultaria a implantação dos diques de contenção de sólidos erodidos,
bem como dos acessos que deveriam ser abertos para o trânsito dos caminhões, visto que
a disposição de rejeitos ocupa grande parte da área.
1.1.3.5.4 Disposição na forma de pasta
Neste sistema, os rejeitos seriam espessados, em espessadores tipo HC ou HD – High Capacity ou
High Density, com uso de floculantes, a partir do qual seriam bombeados com teores de sólidos
elevados, ou seja, com características de uma pasta de elevada viscosidade.
São bombeados a partir da usina com bombas volumétricas (ou de deslocamento positivo),
aduzidos até os pontos de disposição por meio de tubulações de aço reforçadas, devido às
elevadas pressões de bombeamento. No local de disposição se requer uma estrutura para
contenção de material erodido e, também, para conter o material depositado, podendo ser
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constituído de dique de solo compactada, se em terrenos planos, ou como barragens, se em
vales.
Nestes sistemas, as estruturas de contenção apresentam menor porte que no caso da disposição
hidráulica, em termos de altura, mas podem apresentar volumes de aterro compactado mais
elevados que no caso de barragens, se a contenção for executada em terrenos planos,
demandando diques periféricos.
São sistemas que têm forte atrativo em áreas áridas, onde a disponibilidade de água é reduzida e
os custos e dificuldades para sua obtenção são significativos. A grande desvantagem desta opção
em relação ao sistema de disposição hidráulica é não se adequar a regiões com elevado índice
pluviométrico e relevo íngreme (vales encaixados), onde há concentração de fluxo e alto potencial
de erodibilidade (1).
Há também de se considerar seu elevado custo, tanto de investimento como operacional,
demandando elevado consumo de energia para o bombeamento dos rejeitos espessados, além de
floculantes para o espessamento. Destaca-se ainda que as bombas desses sistemas costumam
apresentar valores bastante elevados, o que muitas vezes inviabiliza a implantação da tecnologia
na comparação custo x benefício com outras alternativas.
Diante desses inconvenientes, essa opção, na etapa do Estudo de Alternativas, não foi
considerada a mais adequada para a disposição dos rejeitos, especialmente devido a:
•
no projeto em questão não foi identificada área adequada, ou seja, plana o suficiente,
para a implantação deste tipo de disposição;
•
a morfologia da área em estudo apresenta relevo dissecado, altos índices de erodibilidade
com escoamento superficial tendendo a ‘rápido’ e índices pluviométricos expressivos e
concentrados no verão.
1.1.3.5.5 Disposição hidráulica
A disposição hidráulica dos rejeitos de usinas de concentração é o método mais aplicado no Brasil
e no exterior. No caso do projeto, onde o processo de concentração será a úmido, a disposição
dos rejeitos é facilitada com este método.
No caso em estudo, os rejeitos, na forma de polpa, são aduzidos em geral por gravidade através
de tubulação até o reservatório, onde os sólidos se sedimentam e a água sobrenadante extravasa
para a drenagem natural ou é recuperada e reusada no processo (água recirculada). Comumente,
os rejeitos são armazenados em barragens, em vale natural, sendo a água recuperada através de
uma estação de bombeamento flutuante e, a partir de então, recirculada para a usina.
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Características similares à região do sistema de disposição de rejeitos da Manabi.
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Os custos de implantação e de operação deste sistema são inferiores aos dos sistemas já
comentados. São simples, operacionalmente, e com tecnologia já dominada, por ser a alternativa
de disposição mais comum. No caso em que os alteamentos são realizados com o próprio rejeito,
além do ganho de volume (pois o volume de rejeito é computado no volume do aterro dos
alteamentos), esse procedimento permite alteração nos materiais e na forma de execução ao
longo de sua construção, em função de experiências anteriores e da variação das características
do rejeito, melhorando o controle de qualidade do empilhamento e permitindo uma adequação
da estrutura em função das demandas de rejeito.
O diferencial deste projeto para disposição hidráulica do rejeito é na metodologia construtiva: o
empilhamento drenado de rejeitos, em contraposição com o barramento de rejeitos. Esta opção
consiste em construir uma estrutura de contenção na base da pilha, a fim de atuar como
dispositivo de segurança e de startup da disposição do rejeito em pilhas, sendo que o dique de
partida é alteado com o próprio rejeito para montante. Esta solução somente é possível devido a
inovações no processamento do minério, que produz um rejeito com características passíveis de
empilhamento.
Esse tipo de estrutura se mostra bastante atrativa no contexto das mineradoras, uma vez que é
necessariamente construída em etapas, diluindo os custos de implantação ao longo da sua vida
útil. Além disso, esse procedimento permite alteração nos materiais e na forma de execução ao
longo de sua construção, em função de experiências anteriores e da variação das características
do rejeito, melhorando o controle de qualidade do empilhamento e permitindo uma adequação
da estrutura em função das demandas de mercado do minério.
Outra grande vantagem do empilhamento de rejeito em contraposição à disposição de rejeito
barrado é relacionada à maior segurança e menor risco de acidentes. Como o rejeito será disposto
em pilhas, o rompimento do dique de partida é praticamente impossível e, em uma situação
hipotética de rompimento, o espraiamento do rejeito é restrito a poucos metros a jusante do
dique devido à sua baixa fluidez. Esta maior segurança se dá porque a grande porção de material
que estaria submetida aos maiores esforços para uma possível ruptura encontra-se drenado, o
que confere ao material muito maior resistência a esforços do que uma estrutura de barragem
onde o material disposto está saturado de água. Esta saturação de água, associado a outros
elementos como a pressão, pode levar o material “sólido” a ter características de “líquido”
aumento o risco da estrutura de contenção.
Mais informações sobre o processo produtivo, as características do rejeito e os procedimentos de
empilhamento estarão descritas no capítulo “Caracterização do Empreendimento”, do EIA.
A partir do estudo acima mencionado, concluiu-se que a alternativa mais viável, do ponto de vista
técnico, ambiental, econômico e de segurança, para atendimento à vida útil, seria uma barragem
de empilhamento de rejeito drenado, com disposição do material feita na forma hidráulica.
Ressalva-se que todas as alternativas tecnológicas de disposição de rejeitos foram consideradas
no estudo de alternativas locacionais, adiante.
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Ressalta-se que, tendo como objetivo a redução do comprometimento de áreas para disposição
de rejeito, o rejeito de flotação produzido aproximadamente a partir do ano 10 será destinado a
Empilhamentos Drenados dentro do Pit Norte, ou seja, da cava norte do empreendimento. Este
detalhamento e os volumes estocados nos empilhamentos drenados serão apresentados na
Caracterização do Empreendimento, assim como a localização destas estruturas será abordada no
Pit Norte adiante, item de alternativa locacional.
1.1.4
Escoamento do minério (produto)
Tal como mencionado no Volume I deste EIA, o sistema de escoamento do minério produzido não
faz parte do licenciamento ambiental da mina. Neste documento, menciona-se apenas que,
diante das vantagens e do caráter exportador do empreendimento, optou-se pela alternativa de
transporte do minério via mineroduto até o complexo portuário, a ser localizado no litoral norte
do estado do Espírito Santo, para daí partir para o mercado consumidor embarcado em navios de
grande porte.
O projeto do mineroduto deverá ser alvo de outro processo de licenciamento ambiental junto ao
órgão competente.
1.1.5
Alternativa tecnológica escolhida
Em síntese, com base nas informações apresentadas anteriormente, concluiu-se que a melhor
alternativa tecnológica para o empreendimento minerário é assim configurada:
•
Cava a céu aberto;
•
Combinação de desmonte com explosivos e desmonte mecânico com escavadeiras;
•
Transporte dos materiais da lavra até os britadores primários, pilhas ou estéril para locais
da cava já exaurida por caminhões fora-de-estrada;
•
Transporte do minério britado da área da lavra até a usina de beneficiamento por correias
transportadoras;
•
Cominuição com uso de britadores associado a HPGR (roll press) e moagem primária com
moinho de bolas;
•
Concentração por flotação;
•
Disposição do estéril em pilhas;
•
Disposição do rejeito em empilhamento drenado.
1.1.6
Síntese das melhorias tecnológicas
Diante dos estudos realizados, destacam-se os seguintes resultados obtidos pela alternativa
tecnológica escolhida:
a) A alta recuperação metalúrgica e a lavra não predatória favorecem o aproveitamento de
minérios de baixo teor, tornando possível o melhor rendimento de matérias-primas não
renováveis e até então sem aproveitamento econômico assegurado. Neste sentido, o
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b)
c)
d)
e)
f)
1.2
Projeto Conceitual demonstra que jazidas de minério de ferro, tidas antes como inviáveis
devido ao baixo teor, passam a ter sua explotação viável, ao adotar tecnologias e práticas
de engenharia avançadas para permitir o aproveitamento competitivo destes depósitos
minerais.
O menor consumo de energia elétrica foi favorecido pela escolha da cominuição por
HPGR. Além disso, a inclusão de uma etapa de pré-concentração permitiu reduzir em até
30% a quantidade de material que sofre a moagem pelo moinho de bolas da usina de
beneficiamento. Estas duas concepções de engenharia permitiram a economia de um
valor significativo de energia.
A redução do consumo de água nova captada, a partir da adoção de tecnologias e reuso
da água de processo, práticas que aparentemente encarecem o processo industrial, foram
adotadas com vistas a maximizar a quantidade de água reciclada no processo industrial e
a consequente importante diminuição dos impactos associados ao uso dos recursos
hídricos da região.
A tecnologia para desaguamento resultou em um rejeito que permite que a sua
disposição seja feita com empilhamento drenado, evitando-se o uso de barragens de
rejeito tradicionais. Esta concepção permite uma redução direta da área impactada pelo
empreendimento, além de facilitar a recuperação ambiental, pois as pilhas admitem ser
submetidas a uma recuperação definitiva, diferentemente das barragens de rejeitos, que
requerem manutenção permanente após a desativação da mineração. Além disto, esta
tecnologia permite que seja feita uma recuperação de água que pode ser reaproveitada
no processo industrial e é possui estrutura mais segura.
Na concepção do tratamento de rejeitos, os rejeitos grossos, finos e lamas podem
também ser dispostos nas próprias cavas esgotadas, diminuindo ainda mais a área
impactada pelo empreendimento minerário. Neste caso, a área impactada pelo
empreendimento pode será significativamente reduzida quando se compara à área de um
projeto convencional (com disposição dos rejeitos exclusivamente em barragem).
A recuperação das pilhas de estéril, de rejeito e das cavas favorece a redução do impacto
paisagístico, bem como um uso futuro compatível com as atividades econômicas
exercidas na região, o que potencializa a economia local e pode eliminar os custos de
manutenção do empreendimento desativado. Os empreendimentos convencionais
convivem com um custo permanente de manutenção das estruturas desativadas,
notadamente das barragens de rejeito, devido ao inerente risco de rompimento.
Alternativas locacionais
A seguir, apresenta-se um histórico da evolução da concepção integrada do projeto. Cada uma
das etapas pode ser considerada como uma alternativa locacional, seguindo uma ordem
cronológica com gradual aperfeiçoamento e refinamento de detalhe quanto à localização e forma
das estruturas do empreendimento.
Este aperfeiçoamento de projeto foi realizado em decorrência da antecipação dos estudos
ambientais e interação direta das equipes dos estudos ambientais e projetistas de engenharia de
minas. A antecipação dos estudos é representada pela elaboração do Estudo de Antecipação de
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Riscos e Incertezas Ambientais (Elo, 2010) para a implantação de um projeto minerário na região
de Morro do Pilar, na época ainda sem definições de localização precisa do corpo mineral e
estruturas anexas ao empreendimento; e também início antecipado do diagnóstico ambiental,
para subsidiar as indicações de restrições ambientais mais locais e específicas, que resultaram no
modelamento e adaptação do projeto conceitual.
As restrições apontadas são os critérios para seleção locacional de uma alternativa e têm o
objetivo de:
•
Minimizar a extensão espacial da área atingida pelas estruturas do empreendimento;
•
Minimizar a supressão vegetal de formações florestais, notadamente os estágios mais
avançados de Mata Atlântica;
•
Minimizar as interferências sobre os cursos d’água mais importantes e respectivas Áreas
de Preservação Permanente – APP (rio Santo Antônio, rio Picão, rio Preto e ribeirões Lages
e Mata Cavalos), sempre que a flexibilidade locacional assim possibilitar;
•
Evitar as interferências em locais onde houve registros de espécies endêmicas ou
ameaçadas;
•
Evitar a interferência do empreendimento sobre cavidades e abrigos naturais com indícios
de alta relevância;
•
Aproveitar ao máximo o relevo natural, minimizando o consumo de energia e materiais;
•
Minimizar os possíveis impactos decorrentes da proximidade com a sede urbana de Morro
do Pilar (poluição do ar, visual e sonora e vetores de expansão urbana);
•
Minimizar as interferências sobre acessos viários existentes, incluindo a Estrada Real;
•
Minimizar as interferências sobre os atrativos naturais e locais de lazer.
Como mencionado anteriormente, as alternativas tecnológicas condicionam em parte o uso e
tamanho das estruturas acessórias ao beneficiamento, como por exemplo, o tamanho das pilhas
de estéril e do empilhamento drenado de rejeitos.
A seleção das alternativas locacionais foi feita com base na localização do corpo mineralizado sob
as poligonais DNPM de posse do empreendedor, que é o componente do projeto com rigidez
locacional.
O estudo de alternativas locacionais foi realizado em duas etapas, diferenciando-se na escala de
adaptações. A primeira etapa considerou uma visão mais geral do layout do projeto, sem
detalhamentos, resultando em macro alterações no conceito do projeto. Tais adaptações estão
refletidas nas alternativas locacionais 1, 2 e 3. Decorrente da evolução do projeto e do maior nível
de detalhamento que ele alcança na alternativa locacional 4, a localização de algumas estruturas
somente foram definidas na etapa final, como canteiro de obras, alojamento, acessos principais,
portarias, posto de abastecimento, etc. Neste sentido, são representadas nas alternativas
locacionais 1, 2 e 3 apenas o arranjo das estruturas principais. Desta forma, a segunda etapa deste
estudo (alternativa 4) considerou um maior detalhamento e minúcia na avaliação das restrições
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ambientais, a partir de um projeto conceitual mais bem desenvolvido, resultando em adaptações
do projeto apresentadas como “sub-alternativas” locacionais, dentro da alternativa locacional 4.
Ao final deste item, encontra-se uma síntese das melhorias locacionais, com comparativos gerais
que comprovam as vantagens e justificam a definição da alternativa locacional final.
1.2.1
Estudo de restrições ambientais
O objetivo do estudo de restrições ambientais foi prover o empreendedor e projetistas com
informações instrumentais, de maneira a auxiliar nas decisões quanto a potenciais modificações e
readequações do projeto conceitual.
A partir dos resultados do diagnóstico ambiental, foi feita, quando passível de espacialização, a
consolidação dos dados em um Sistema de Informações Geográficas (SIG). Os temas que
embasaram a construção deste SIG foram:
•
Cobertura vegetal e uso do solo, subsidiadas por informações do inventário florestal
realizado;
•
Hidrografia (cursos d’água e nascentes) e respectivas APPs;
•
Unidades de conservação e zonas de amortecimento;
•
Áreas com ocorrência de cavernas e abrigos naturais;
•
Superfície de visada a partir da sede urbana de Morro do Pilar e proximidade;
•
Rede viária;
•
Edificações rurais e urbanas;
•
Ocorrências mais importantes de fauna;
•
Presença de outros empreendimentos;
•
Ocorrência de elementos do patrimônio cultural e natural;
•
Susceptibilidade erosiva.
Além disto, foi realizada uma reunião com os profissionais responsáveis pelo levantamento de
cada grupo temático no diagnóstico, com o objetivo de identificar e classificar as restrições
específicas. Com base nesta sobreposição, foi possível uma análise em conjunto das principais
restrições ambientais em relação ao pré-projeto apresentado. Estas restrições foram classificadas
de acordo com seu nível restritivo, a saber:
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Gravidade (G)
Interpretação
5
Restrição fatal, apenas deve ser devidamente demarcada e respeitada
(Presença de impeditivo enérgico, não gerenciável)
4
Pequena chance de ser removida, grande esforço e alto custo (Presença de
impeditivo enérgico, gerenciável a um alto custo estratégico e/ou
tecnológico)
3
Requer esforço e custo e não há garantia de que possa ser removida
(Presença de impeditivo gerenciável)
2
Requer certo esforço e custo para ser removida (Presença de condicionador
enérgico, que pode demandar investimentos ou custeios adicionais
significativos)
1
Nível leve, possível de ser negociada ou administrada (Presença de
condicionador gerenciável)
As restrições foram desenhadas, de modo a permitir a interpretação da equipe de engenharia
responsável pelo desenvolvimento do projeto da mina, para que dimensionassem as estruturas
do empreendimento considerando algumas premissas ambientais.
A especificação das restrições ambientais para cada uma das alternativas, por estrutura, embasou
o estudo de alternativas locacionais 4 e suas “sub-alternativas”. No item “Alternativas locacionais
4” encontra-se então a relação descritiva das restrições para cada uma das sub-alternativas das
estruturas principais.
1.2.2
Projeto pré-conceitual
Para orientar o foco dos estudos ambientais e a indicação de restrições ambientais, foi elaborado
em caráter preliminar um layout geral com as áreas pretendidas para implantação de cada uma
das estruturas. Um estudo de restrições ambientais foi realizado e, utilizando-se dos critérios
apresentados acima, sugestões foram feitas para a equipe projetista, a fim de aperfeiçoar o
projeto e indicar pontos críticos do território que pudessem exigir adaptações.
A usina de processamento de minério de ferro foi posicionada aproximadamente à meia distância
das cavas principais, visando minimizar o transporte de minério, facilitar o gerenciamento das
operações e promover diferentes opções de cenários para o sequenciamento de lavra. Neste
projeto pré-conceitual, os acessos principais e outras estruturas acessórias, como transportadores
de correias, portarias, viveiros, etc., não foram definidos, devido ao caráter inicial e preliminar
desta etapa. Tais estruturas foram devidamente estudadas e desenvolvidas no projeto
conceitual.
A seguir, apresenta-se o layout geral, denominado de projeto pré-conceitual:
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Figura 1-1 – Layout do projeto pré-conceitual
Após o primeiro estudo de restrições ambientais, as alternativas locacionais 1 a 3 foram
elaboradas. Em uma etapa posterior, com o incremento de qualidade e quantidade das
informações levantadas no diagnóstico ambiental, foi realizada uma segunda avaliação de
restrições ambientais, que resultou na alternativa locacional 4.
1.2.3
Alternativa locacional 1
A alternativa locacional 1 considera a alternativa tecnológica de um projeto convencional de
mineração de ferro – beneficiamento com flotação, utilização de barragens de rejeitos e nãoaproveitamento da cava exaurida para preenchimento com estéril ou rejeito. Esta opção
tecnológica implica uma maior área afetada, que seja capaz de abrigar todas estas estruturas de
apoio. A alternativa locacional 1 apresenta as seguintes estruturas e áreas:
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Tabela 1-1 – Estruturas e áreas da alternativa locacional 1
Estruturas
Cava NN
Cava NN
Cava NN
Cava norte
Cava sul
Cava sul
Estruturas acessórias
Barragem de rejeito 1
Barragem de rejeito 2
Barragem de rejeito 3
Barragem de rejeito 4
Barragem de rejeito 5
PDE NN
PDE NN
PDE NN
PDE norte 1
PDE norte 2
PDE norte 3
PDE norte 4
PDE sul 1
PDE sul 2
PDE sul 3
PDE sul 4
UBM
Estruturas lineares2
Ponte cava sul
Correia transp. Norte
Correia transp. Sul
Acesso NN
Acesso PDE norte
Acessos norte
Acessos sul
Estruturas pontuais3
Escritório
Estação de bombas
Paiol norte
Paiol sul
Britador Semimóvel norte
Britador Semimóvel sul
Caixa d’água
Subestação
Total
Área (ha)
31,67
63,24
28,36
732,15
330,09
77,00
769,02
345,78
373,75
136,80
349,21
45,73
36,73
64,06
71,41
92,70
42,06
261,84
284,66
89,44
85,75
58,61
86,66
0,19
32,73
10,97
141,53
1,63
140,12
91,02
12,56
11,01
12,57
12,57
2,28
1,94
0,78
12,37
4.940,99
A distribuição espacial destas estruturas pode ser visualizada na figura a seguir:
2
Para o cálculo de áreas afetadas no caso das estruturas lineares, foi considerada uma faixa de 40m ao longo dos
acessos e 20m ao longo das correias transportadoras.
3
Para o cálculo de áreas afetadas no caso das estruturas pontuais, foi considerado um raio de 100m em torno dos
paióis e britadores, e 200m em torno do escritório, caixa d’água e subestação.
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Figura 1-2 – Layout da alternativa locacional 1
1.2.4
Alternativa locacional 2
A alternativa locacional 2 eliminou: as cavas no extremo norte, situadas dentro do município de
Conceição do Mato Dentro e que fazem parte de sub-bacias que drenam para a margem esquerda
do rio Santo Antônio; e também a utilização de barragens de rejeito, substituindo por pilhas de
rejeito em função de uma eventual possibilidade tecnológica de produção do rejeito em pasta
(vide alternativas tecnológicas). A eliminação das cavas no extremo norte foi decidida
considerando a pequena dimensão do corpo mineral e baixa expectativa de produção, pelo
menos nesta etapa do projeto (em função do conhecimento geológico até então adquirido),
frente aos potenciais impactos ambientais e distância da estrutura de beneficiamento. A
alternativa locacional 2 apresenta as seguintes estruturas e áreas:
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Tabela 1-2 – Estruturas e áreas da alternativa locacional 2
Estruturas
Área (ha)
Cava norte
732,15
Cava sul
330,09
Cava sul
77,00
Estruturas acessórias
PDE norte 1
71,41
PDE norte 2
92,70
PDE norte 3
42,06
PDE norte 4
261,84
PDE sul 1
284,66
PDE sul 2
89,44
PDE sul 3
85,75
PDE sul 4
58,61
Pilhas de rejeito
401,30
UBM
86,66
Estruturas lineares4
Acesso P. rejeito e UBM
25,00
Ponte cava sul
0,19
Correia transp. Norte
32,73
Correia transp. sul
14,07
Acesso PDE norte
1,63
Acessos norte
140,12
Acessos sul
Estruturas pontuais
93,27
5
Escritório
12,56
Estação de bombas
11,23
Paiol norte
12,57
Paiol sul
12,57
Britador Semimóvel norte
2,28
Britador Semimóvel sul
1,94
Caixa d’água
0,78
Subestação
12,56
Total
3.377,47
A eliminação destas estruturas, especialmente a substituição das barragens de rejeito pelo
empilhamento drenado de rejeito, contribuiu para uma redução de 1.563,53ha se comparada à
alternativa locacional 1.
A distribuição espacial destas estruturas pode ser visualizada na figura a seguir:
4
Para o cálculo de áreas afetadas no caso das estruturas lineares, foi considerada uma faixa de 40m em torno dos
acessos e 20m em torno das correias transportadoras.
5
Para o cálculo de áreas afetadas no caso das estruturas pontuais, foi considerado um raio de 100m em torno dos
paióis e britadores, e 200m em torno do escritório, caixa d’água e subestação.
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Figura 1-3 – Layout das estruturas da alternativa locacional 2
1.2.5
Alternativa locacional 3
A alternativa locacional 3 considera a opção tecnológica de ocupar as áreas liberadas (exauridas)
das cavas para deposição do estéril e rejeito, após alguns anos de operação do empreendimento.
Adotando-se este procedimento, elimina-se a necessidade de uma das pilhas de rejeito, prevista
na alternativa locacional 2, reduzindo em 390ha a área diretamente afetada, quando comparadas.
A alternativa locacional 3 apresenta as seguintes estruturas e áreas:
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Tabela 1-3 – Estruturas e áreas da alternativa locacional 3
Cavas
Área (ha)
Cava norte
732,15
Cava sul
330,09
Cava sul
77,00
Estruturas acessórias
PDE norte 1
71,41
PDE norte 2
92,70
PDE norte 3
42,06
PDE norte 4
261,84
PDE sul 1
284,66
PDE sul 2
89,44
PDE sul 3
85,75
PDE sul 4
58,61
Pilha de rejeito
401,30
UBM
86,66
Estruturas lineares6
Acesso P. rejeito e UBM
25,00
Ponte cava sul
0,19
Correia transp. Norte
32,73
Correia transp. sul
14,07
Acesso PDE norte
1,63
Acessos norte
140,12
Acessos sul
Estruturas pontuais
93,27
7
Escritório
12,56
Estação de bombas
11,23
Paiol norte
12,57
Paiol sul
12,57
Britador Semimóvel norte
2,28
Britador Semimóvel sul
1,94
Caixa d’água
0,78
Subestação
12,56
Total
2.987,17
A distribuição espacial destas estruturas pode ser visualizada na figura a seguir:
6
Para o cálculo de áreas afetadas no caso das estruturas lineares, foi considerada uma faixa de 40m em torno dos
acessos e 20m em torno das correias transportadoras.
7
Para o cálculo de áreas afetadas no caso das estruturas pontuais, foi considerado um raio de 100m em torno dos
paióis e britadores, e 200m em torno do escritório, caixa d’água e subestação.
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Figura 1-4 – Layout das estruturas da alternativa locacional 3
1.2.6
Alternativa locacional 4
Com base na alternativa locacional 3, realizou-se um estudo de indicação de restrições
ambientais, baseado na localização preliminar de cada uma das estruturas e em informações mais
detalhadas obtidas no diagnóstico ambiental. Além disto, com base no desenvolvimento
progressivo do projeto conceitual, algumas características da tecnologia do beneficiamento e da
disposição do rejeito foram reformuladas, o que reflete diretamente no tipo, tamanho e
localização das estruturas auxiliares.
A alternativa locacional 4 representa a fase mais avançada de desenvolvimento do projeto, com
um nível maior de detalhamento das estruturas. As principais mudanças em comparação à
alternativa locacional 3 foram:
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•
Alteração no plano de lavra e sequenciamento de lavra, optando por lavrar inicialmente a
cava norte e, após sua exaustão, a cava sul;
•
Retirada da cavidade natural com sumidouro (indícios de alta relevância), até que
estejam concluídos os estudos de relevância das cavidades naturais, do plano de lavra;
•
Substituição da solução de empilhamento de rejeito em pasta para empilhamento
drenado de rejeitos, excluindo a área prevista para pilha de rejeito e criando uma área
para empilhamento drenado de rejeitos8;
•
Exclusão da pilha de estéril localizada a oeste da cava norte;
•
Exclusão da pilha de estéril na porção central;
•
Relocação das pilhas de estéril ao sul da cava sul;
•
Inclusão de disposição de estéril e rejeito dentro da cava norte, após exaustão,
concomitantemente com a operação da cava sul;
•
Exclusão do paiol sul, devido à proximidade a sede urbana de Morro do Pilar;
•
Relocação da Usina de Beneficiamento de Minério (UBM) para nordeste, mais próxima da
cava norte (onde iniciará a lavra) e mais distante da sede urbana de Morro do Pilar;
•
Relocação do escritório, caixa d’água, bombas e subestação, em função da relocação da
UBM.
1.2.6.1
Sequenciamento de lavra (norte – sul)
Apesar de não alterar a localização das estruturas, o sequenciamento de lavra escolhido
condiciona o tempo de incidência dos impactos e a localização da ocorrência dos impactos ao
longo do tempo. A lavra iniciará na cava norte (MOPIN), priorizando a produção do tipo de
material friável nos primeiros anos, que se encontra aflorante. Esta lavra se desenvolverá por oito
anos e meio até atingir sua exaustão. Posteriormente, a lavra terá continuidade na cava sul
(MOPIS), por pouco mais de 12 anos até atingir sua exaustão.
Este sequenciamento define duas etapas para implantação e operação do empreendimento,
dividindo as estruturas quanto ao seu uso, entre estruturas de apoio as obras, estruturas que
operarão apenas durante os primeiros anos (1ª etapa), estruturas que operarão nos anos finais
(2ª etapa) e estruturas de uso comum entre a 1ª e 2ª etapas.
A principal vantagem deste sequenciamento, lavrando diferentes frentes (uma após a outra) ao
longo do tempo, é a possibilidade de recuperação ambiental das áreas utilizadas durante a 1ª
etapa enquanto o empreendimento encontra-se em plena operação na 2ª etapa, antecipando
várias atividades do fechamento. A minimização do impacto relativo às alterações topográficas
típicas de lavras a céu aberto através do preenchimento destas com estéril e rejeitos gerados em
outras cavas é um importante aspecto desta alternativa. A recuperação ambiental das áreas da 1ª
8
Devido às propriedades físicas do rejeito, às características climáticas desfavoráveis (alta pluviosidade) e ainda ao
relevo dissecado com alta susceptibilidade erosiva, foi determinado que a disposição de rejeito seja via hidráulica, sem
a formação de pasta, necessitando de estrutura de barragem para contenção do que se denomina empilhamento
drenado de rejeitos.
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Documento nº
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etapa (pit norte), durante a 2ª etapa de operação pode significar o reestabelecimento da
conectividade local, devido ao reflorestamento.
Mais informações sobre a divisão do empreendimento em etapas e sobre o sequenciamento da
lavra poderão ser encontradas no capítulo de Caracterização do Empreendimento, neste EIA.
1.2.6.2
Alternativas locacionais da Unidade de Beneficiamento de Minério (UBM)
Considerando a alteração no plano de lavra, iniciando-se a exploração pela cava norte (ver
detalhamento do plano de lavra no Capítulo da Caracterização do Empreendimento, adiante), a
posição da UBM tornou-se estratégica, criando a necessidade de buscar áreas mais próximas à
cava norte para viabilizar economicamente o empreendimento, sempre em consonância com os
aspectos relativos às restrições ambientais da região.
Assim, três alternativas locacionais na porção norte da AID foram encontradas e, com base na
sobreposição das alternativas com as restrições ambientais, optou-se pela posição mais
satisfatória em termos ambientais, altimétricos, de relevo e econômicos.
Figura 1-5 – Alternativas locacionais da UBM
Cada uma das opções condiciona a localização dos acessos, portarias, administração central,
transportadores de correias, bem como de outras estruturas de apoio, incluindo as obras. Deste
modo, a localização destas estruturas somente poderá ser definida após a escolha da melhor
alternativa para UBM.
Segue tabela que caracteriza as principais restrições ambientais relacionadas às alternativas da
UBM.
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Quadro 1.4 – Restrições ambientais em relação às alternativas A, B e C, da alternativa 4 da UBM.
Características
Alternativa A
Alternativa B
Alternativa C
Área (m²)
730.777,7
554.755,3
504.238,4
Área (ha)
73,1
55,47
50,42
Nível 5
Nível 4
Nível 3
Localiza-se em subbacia onde houve registros de ictiofauna
ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3)
Sobreposição a fragmento de FESD estágio médio de regeneração
em uma pequena porção oeste (nível 3);
Localiza-se em subbacia onde houve registros de ictiofauna
ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3)
Nível 2
Área muito próxima e com possibilidade de visada direta a partir
de MOPI – distâncias entre 1 e 4km (nível 2);
Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2);
Atinge cursos d’água com potencial de existência de ictiofauna
ameaçada (nível 2);
Existência de APP (nível 2);
Existência de APP (nível 2);
Restrições ambientais Existência de APP (nível 2);
Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2);
Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2);
Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2);
Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos
florestais (nível 2);
Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2);
Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos
florestais (nível 2);
Sobreposição a MG-232 (MOPI-Carmésia) (nível 2);
Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos
florestais (nível 2);
Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2);
Pouca visada possível a partir de MOPI (nível 1);
Grande visada possível a partir de MOPI (nível 1);
Sobreposição de acessos vicinais tipo I e II
Sobreposição de acessos vicinais tipo II
Sobreposição de acessos vicinais tipo II
Presença de olhos d'água ou nascentes (quatro)
Presença de olhos d'água ou nascentes (três)
Presença de olhos d'água ou nascentes (dois)
Nível 1
Pouca visada possível a partir de MOPI (nível 1);
Informações Adicionais
Presença de edificações (uma)
Presença de edificações (três)
Grande proximidade com povoado do Carioca
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A tabela anterior permite verificar que nenhuma das alternativas propostas atinge os graus de
restrição 4 e 5.
A alternativa A apresenta a maior área entre as alternativas apresentadas, entretanto isto pode
ser explicado pelo maior nível de desenvolvimento de projeto desta alternativa, que acaba
agregando estruturas não previstas nos projetos das alternativas A e B. As principais restrições
observadas são: pouca visada possível a partir de MOPI (nível 1); presença de fauna terrestre
ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); presença de FESD em estágio inicial de
regeneração (nível 2); apresenta algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2);
sobreposição a fragmento de FESD estágio médio de regeneração na porção oeste (nível 3); e está
localizada em sub-bacia onde houve registros ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos
d´água (nível 3). Ressalta-se que as espécies da fauna ameaçadas foram registradas também em
outras áreas não afetadas pelo empreendimento, e que programas específicos para a conservação
e resgate destas espécies são propostos ao final deste EIA.
Em relação à alternativa B, observam-se as seguintes restrições: sobreposição à MG-232 (MOPICarmésia) (nível 2); presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível
2); presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); apresenta algumas áreas de
altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); trata-se de uma área mais próxima e com possibilidade
de visada direta a partir de MOPI – distâncias entre 1 e 4km (nível 2); e está localizada em subbacia onde houve registros ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3). Uma
restrição técnica ressalta para a alternativa B, pois esta área demanda volumes de terraplenagens
proibitivos em termos de prazo e custos, além de gerar mais impactos ambientais devido a
demanda de mais áreas para disposição de material excedente (ADME).
As principais alternativas relacionadas à alternativa C são: vários pontos de visada possível a partir
de MOPI (nível 1); apresenta algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2);
presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); presença de
FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); e está localizada em sub-bacia com potencial de
existência de ictiofauna ameaçada (nível 2).
A seguir, apresenta-se um quadro comparativo, elencando as vantagens e desvantagens de cada
uma das alternativas:
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Quadro 1.2 – Vantagens e desvantagens das alternativas locacionais para UBM
Alternativa
Vantagens
Desvantagens
Alternativa de UBM A
Concentra os impactos nas
proximidades da cava, em
área vizinha também a pilhas
Requer supressão de Floresta
Estacional Semidecidual em
estágios médio e inicial de
regeneração
Menor movimentação de
terra entre as três
alternativas (requer menos
áreas de empréstimo e
ADMEs)
Flexibilidade e
disponibilidade de áreas
aptas para locar canteiro de
obras
Presença de fauna terrestre
ameaçada
Maior distância da cava sul
Riscos estruturais para as
edificações devido à vibração
das detonações na cava norte
Proteção natural do relevo
em relação à sede urbana de
MOPI, evitando visada direta,
e reduzindo impactos
ocasionados por ruído,
vibração e poeira
Não interfere em estrada
estadual ou de ligação
intermunicipal
Maior proximidade com a
cava norte, reduzindo
emissões atmosféricas
Não requer acesso cavaoficina longo
Não há necessidade de TCLD
para a cava norte
Alternativa de UBM B
Requer supressão vegetal
insignificante de formações
florestais
Documento nº
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Necessidade de relocação de
estrada estadual (MG-232)
Necessidade de construção
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Alternativa
Vantagens
Desvantagens
Proteção natural do relevo
em relação à sede urbana de
MOPI
de TCLD a partir da cava
norte
Localização em posição
altimétrica desfavorável
Movimentação de grande
volume de terra (requerendo
mais áreas de empréstimo e
ADMEs (aumentando
impactos por emissões
atmosféricas e supressão
vegetal), e forçando a um
cronograma irreal de
terraplanagem.
Maior custo de investimento
inicial devido a maior
distância da cava norte
Alternativa de UBM C
Não requer supressão vegetal Maior distância a percorrer
entre a cava norte e oficina
de formações florestais
Distância intermediária entre
as duas cavas
Maior flexibilidade e
disponibilidade de áreas
aptas para locar canteiro de
obras
Acesso para obras e
operação sem interferência
sobre a Estrada Real
Não interfere em estrada
estadual ou de ligação
intermunicipal
Necessidade de construção
de TCLD mais longo a partir
da cava norte (aumentando
impactos por emissões
atmosféricas e supressão
vegetal)
Posição isolada do restante
das estruturas do
empreendimento,
aumentando a área de
vizinhança e necessidade de
aquisição de terras
(aumentando os impactos
socioeconômicos)
Grande proximidade com
núcleo do Carioca (o que
poderia gerar impactos
Documento nº
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Alternativa
Vantagens
Desvantagens
socioeconômicos e
possivelmente motivar a
relocação desta população)
Sobreposição à APP
preservada em pequeno
fragmento florestal
Maior custo de investimento
inicial devido a maior
distância da cava norte
A alternativa A é a mais adequada do ponto de vista de engenharia, devido a sua grande
proximidade com a cava norte e do início da operação ser nesta cava. Sua principal restrição é a
necessidade de supressão de formações florestais em estágio médio e inicial de regeneração, bem
como a presença de fauna ameaçada. Entretanto, foi considerado que esses fatores ambientais
sofrerão impactos negativos diretos das atividades de lavra na cava norte e da operação das
pilhas de estéril adjacentes. Deste modo, o isolamento do fragmento florestal e a ampliação dos
efeitos de borda (poeira e maior incidência de luminosidade) já seriam causados pela lavra, tal
como os impactos do ruído e vibração causados pela movimentação de veículos e equipamentos
poderiam atingir a fauna.
Nesse sentido, se a UBM não for implantada no local proposto pela alternativa A, este fragmento
será mantido, porém sofrerá os impactos associados à lavra. Além disso, haverá uma maior área
impactada pela disposição de material excedente gerado em meio aos trabalhos de
terraplenagem, se comparado com outras alternativas. Por isso, o efeito de borda, o próprio
isolamento do fragmento florestal e da fauna ali residente, bem como o aumento da área
impactada pela disposição de material excedente acabam por justificar que a implantação da
UBM seja feita na alternativa A.
A alternativa B foi estudada em detalhe, com o desenvolvimento de um projeto conceitual em
que se calcularam os volumes de movimentação de terra que seriam necessários. O resultado
obtido motivou a desclassificação desta alternativa, pois os volumes destacaram-se por ser muito
elevados, requerendo grandes áreas para disposição de material excedente. Esta solução acaba
por afetar mais áreas, além das estruturas projetadas para o empreendimento. Além disso, tal
volume acarretaria um cronograma de terraplanagem inviável, que se estenderia para prazos
irreais do ponto de vista de exequibilidade. Como demonstrado pelo quadro a seguir, além de
reduzir os volumes, há um equilíbrio entre cortes e aterros para a alternativa A.
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Quadro 1.3 – Volumes de movimentação de terra para as alternativas A e B da UBM
Locação
Escavação
Aterro
B (22/19)
15.219.803
6.034.366
A (25/23)
9.215.152
9.068.562
Outra ressalva em relação à alternativa B refere-se à necessidade de relocação da MG-232.
Embora este impacto deva ser considerado visto que a opção para o empilhamento drenado de
rejeitos também requer a relocação deste acesso viário, a relocação da MG-232 neste caso seria
de um trecho ainda maior.
A alternativa C apresenta restrições ambientais parecidas com a alternativa B, entretanto,
apresenta ainda outras complicações do ponto de vista da engenharia, devido a sua distância da
cava norte ser maior. Uma restrição séria, no tocante ao meio socioeconômico, é a grande
proximidade com o núcleo do Carioca9. Além de moradias localizadas dentro da área da UBM, que
necessariamente seriam relocadas, outras moradias do núcleo do Carioca estão localizadas entre
200m e 1,2km dos limites da alternativa C, o que geraria um forte impacto sobre esta
comunidade, havendo o risco de ser necessário a relocação de todos os moradores. Outra
característica que levou a desclassificação desta alternativa foi sua localização isolada do restante
das estruturas do complexo minerário, pois, no cenário geral, esse fato incrementa a ampliação e
difusão dos impactos pela região de estudo, resultando em uma maior área afetada. No caso
alternativa A, ocorre exatamente o contrário: os impactos ficam mais confinados e com menor
difusão espacial.
Com a configuração na alternativa A, tem-se que, devido à proximidade e distribuição da cava
norte e pilhas de estéril, a UBM na alternativa A confinará os impactos negativos em uma única
área, diminuindo sua difusão para áreas mais distantes e menos afetadas pelo empreendimento.
Diante das vantagens e desvantagens apresentadas, a alternativa A torna-se a mais adequada sob
os pontos de vista ambiental e de engenharia, sendo inclusive a alternativa com menor impacto
antrópico.
1.2.6.3
Alternativas locacionais das estruturas dependentes
Definida a alternativa locacional da UBM, pôde-se então definir as alternativas locacionais dos
britadores primários, transportadores de correias de longa distância – TCLDs, acessos principais,
CMD (central de materiais descartáveis), viveiro de mudas, posto de abastecimento,
armazenamento de água e administração e outras estruturas de apoio.
9
Antiga fazenda, que foi sendo divida/ocupada ao longo das últimas décadas, denominada Fazenda Carioca, que
originou o nome atual. Atualmente é a região na zona rural de Morro do Pilar que concentra o maior número de
pessoas, com adensamento populacional, caracterizado por forte presença de posseiros, no entorno . Esta área,
chamada de “Carioca” não representa uma comunidade reconhecida pelo poder público e nem mesmo por sua
população, não tendo sido detectada relação direta de parentesco ou características históricas comuns.
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Como as alternativas da UBM condicionam cada uma destas estruturas, não faz sentido discutir
alternativas locacionais destas estruturas que são dependentes para as opções já descartadas de
UBM. O posto de abastecimento, CMD e viveiro de mudas tem grande flexibilidade locacional,
embora sejam condicionados pela localização do acesso principal da planta industrial. Todas estas
estruturas foram agrupadas e tem a discussão de alternativas em conjunto, pois são estruturas
interdependentes.
Cada uma das alternativas representa melhorias de projeto embasadas nas restrições ambientais
previamente apontadas. Desta maneira, a primeira alternativa proposta foi a “C”; em seguida,
após melhorias, a “B”; e finalmente, após mais melhorias contornando algumas restrições
ambientais, a “A”.
A figura a seguir ilustra três alternativas locacionais para o conjunto de estruturas e acessos.
Alguns trechos das alternativas são coincidentes, como uma parte do acesso interno entre a
portaria e a unidade de beneficiamento ou a localização do britador primário para a cava sul.
Restrições do relevo local levaram a coincidência deste trecho do acesso interno, não havendo
alternativas viáveis para tal. O britador primário sul apresentou rigidez locacional, devido às
restrições impostas pela localização confinada da cava sul, entre o rio Preto e a estrada principal,
que liga Morro do Pilar a Santo Antônio do Rio Abaixo, considerada como um trecho da Estrada
Real. Assim, neste caso, também não existem alternativas locacionais para esta estrutura.
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Figura 1-6 – Alternativas locacionais dos acessos principais, britadores e TCLD
A alternativa C representa a primeira proposição feita para localização destas estruturas. Estas
alternativas foram sobrepostas às restrições ambientais e alterações foram sugeridas, conforme
integração entre as equipes projetistas e de meio ambiente. As principais restrições e alterações
desta alternativa são no acesso principal externo, evitando grande interferência sobre um
fragmento florestal bem desenvolvido; e no TCLD, que leva à UBM, devido a complicações de
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engenharia no vértice do TCLD localizado dentro da área da barragem. O resultado foi a relocação
destas estruturas, gerando a alternativa locacional B.
A alternativa B apresenta como principais alterações em relação a alternativa C, o traçado do
TCLD sul e o traçado do acesso principal externo (coincidente com a alternativa A). Outras
alterações são observadas na região da portaria, no início do acesso principal externo, com as
estruturas de CMD, posto de abastecimento e viveiro de mudas. Após outra rodada de análises,
foram apontadas como maiores restrições da alternativa B: a localização do britador norte e
acesso interno entre o britador e a oficina (devido à topografia complicada e necessidade de
grande movimentação de terra); e também a quantidade de vértices no TCLD sul, o que
complicam sua operação e aumenta os custos de implantação e manutenção, além de apresentar
um maior comprimento e a necessidade de motores em cada um dos vértices, gerando impactos
como ruído, vibração, poluição visual, poluição atmosférica e maior consumo de energia. As
melhorias da alternativa B resultaram na proposição da alternativa A.
A alternativa A apresenta então uma nova proposta de localização para o britador norte, mais
próximo da usina de beneficiamento, eliminando a necessidade de um TCLD para a cava norte,
reduzindo a distância a ser percorrida pelos caminhões fora-de-estrada entre o britador e a
oficina e ainda não requerendo a remodelagem da pilha de estéril a leste de sua posição. Além
disto, propõe uma nova localização para a portaria principal, mais próxima à usina de
beneficiamento, reunindo as estruturas de apoio (CMD, viveiro de mudas e posto de
abastecimento) em uma área interior. A alternativa A agrupa as características de menor
interferência ambiental e com maiores vantagens locacionais, sendo a alternativa escolhida para
tais estruturas.
1.2.6.4
Alternativas locacionais da barragem de empilhamento de rejeito drenado
Devido à substituição da solução de empilhamento de rejeito em pasta para empilhamento
drenado de rejeitos, via hidráulica, excluiu-se a área prevista para pilha de rejeito e criou-se
quatro alternativas para empilhamento drenado de rejeitos 10.
Em concomitância com a decisão da alternativa locacional da UBM dentro das alternativas
locacionais nº 4, foram avaliadas quatro alternativas locacionais para a barragem de
empilhamento de rejeito drenado, em alternativa às outras soluções de disposição de rejeito
apresentadas nas alternativas 1, 2 e 3.
10
Devido às propriedades físicas do rejeito, às características climáticas desfavoráveis (alta pluviosidade) e ainda ao
relevo dissecado com alta susceptibilidade erosiva, foi determinado que a disposição de rejeito seja via hidráulica, sem
a formação de pasta, necessitando de estrutura de barragem para contenção do que se denomina empilhamento
drenado de rejeitos.
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Figura 1-7 – Alternativas locacionais para empilhamento drenado de rejeito
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Quadro 1.5 – Comparativo quantitativo entre as alternativas locacionais para empilhamento
drenado de rejeito
Alternativa Alternativa Alternativa
B
C
D
Características
Alternativa A
Volume de
acumulação
(Mm³)
156
74,2
65,3
13,3
Área (ha)
540,95
281,29
205,36
135,99
Volume / área
(m³/m²)
28,84
26,38
31,80
9,78
Perímetro (m)
25.473,73
22.651,86
11.199,21
24.194,64
Área /
perímetro
(m²/m)
212,36
124,18
183,37
56,21
A seguir, encontra-se o quadro 1.5, que caracteriza as principais restrições ambientais
relacionadas às alternativas do empilhamento drenado de rejeito:
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Quadro 1.5 – Restrições ambientais em relação às alternativas do Empilhamento Drenado de Rejeito
Características
Alternativa A
Cavidade 017 atingida na extremidade oeste
(nível 3);
Sobreposição a fragmento de FESD estágio
médio de regeneração na porção nordeste
(nível 3);
Interferência com faixa de servidão da LT Anglo
na porção leste (nível 3);
Alternativa B
Localizada em subbacia onde houve registros
ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos
d´água (nível 3);
Atinge pequenos fragmentos de FESD estágio
médio de regeneração (nível 3);
Alternativa C
Localizada em subbacia onde houve registros
ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos
d´água (nível 3);
Atinge pequeno fragmento de FESD estágio
médio de regeneração na porção nordeste
(nível 3);
Interferência com faixa de servidão da LT Anglo Interferência com faixa de servidão da LT Anglo
cruzando porção central (nível 3);
cruzando porção leste (nível 3);
Área muito próxima e com possibilidade de
visada direta a partir de MOPI – distâncias
entre 1 e 4km (nível 2);
Restrições ambientais
Sobreposição com a Estrada Real na
extremidade oeste (nível 2);
Alternativa D
Presença de elemento cultural relevante elemento imaterial (Estórias do Mata Cavalo)
(nível 2);
APP em área fora de cava (nível 2);
Área muito próxima e com possibilidade de
visada direta a partir de MOPI – final da
estrutura toca áreas urbanas e alonga-se com
visada possível por toda a estrada com
elevada circulação de pessoas (nível 2);
Atinge Estrada Real em dois pequenos trechos
(nível 2);
APP em área fora de cava (nível 2);
APP em área fora de cava (nível 2);
Presença de FESD em estágio inicial de
regeneração (nível 2);
Presença de FESD em estágio inicial de
regeneração (nível 2);
Presença de FESD em estágio inicial de
regeneração no porção centro norte (nível 2);
Presença de fauna terrestre ameaçada
associada a fragmentos florestais (nível 2);
Sobreposição a MG-232 (MOPI-Carmésia)
(nível 2);
Área predominantemente ocupada por
fragmentos de FESD estágio inicial de
regeneração (nível 2);
Presença de fauna terrestre ameaçada
associada a fragmentos florestais (nível 2);
Algumas áreas de altíssima susceptibilidade
erosiva (nível 2);
Presença de fauna terrestre ameaçada
associada a fragmentos florestais (nível 2);
Presença de fauna terrestre ameaçada
associada a fragmentos florestais (nível 2);
Áreas de altíssima susceptibilidade erosiva
distribuídas por toda a estrutura (nível 2);
Presença de propriedades rurais (nível 1);
Presença de propriedades rurais (nível 1);
Presença de propriedades rurais (nível 1);
Intervenção em estrada local (nível 1);
Intervenção em estrada local (nível 1);
Sobreposição APA rio Picão (nível 1);
Grande proximidade com rio Sto. Antônio –
700m do barramento (nível não medido);
Presença de DNPM de terceiros na extremidade Grande visada possível a partir de MOPI (nível
oeste (Vale S.A.) (nível 1)
1);
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APP em área fora de cava (nível 2);
Presença de propriedades rurais (nível 1);
Intervenção em estrada local (nível 1);
Grande proximidade com rio Sto. Antônio –
450m do barramento (nível não medido);
Pouca visada possível a partir de MOPI (nível
1);
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A alternativa A tem a maior área e maior capacidade de acumulação entre as alternativas
apresentadas. As principais restrições observadas são: (1) interferência em uma cavidade natural
(A1); (2) sobreposição a um fragmento de FESD em estágio médio de regeneração; (3) e
sobreposição à faixa de servidão da LT proposta pela Anglo American. Uma vez que não há como
evitar a interferência no remanescente de FESD (2), devido à sua localização na porção inicial após
o barramento, deverão ser previstas medidas de compensação florestal compatíveis; a restrição
(3) pode ser resolvida tanto com alterações de projeto, evitando-se tal sobreposição, e através de
negociação para deslocamento das torres da LT projetada, que ainda não está em fase de
implantação
A alternativa B mostra-se pouco viável, devido a uma restrição importante: a presença de
ictiofauna (peixes) ameaçada e endêmica, como o andirá e a pirapetinga, na sub-bacia onde está
inserida. No caso de estruturas como os empilhamentos drenados, os cursos d’água diretamente
afetados sofreriam intervenções que causariam impactos de alta magnitude à ictiofauna local. De
qualquer maneira, esta alternativa ainda carece de estudos de longo prazo adicionais para
verificar sua viabilidade. Alterações de projeto não solucionariam esse impacto, que é relevante
por se tratar de contribuintes da bacia do rio Santo Antônio, cuja biota aquática deve ser
prioritariamente protegida. Outro fator importante a ser considerado é a proximidade com o leito
do rio Santo Antônio, pois, embora não apresente um nível de restrição definido, por ser atingido
em caso de acidente com a estrutura de empilhamento, apesar de que, conforme mencionado
nas alternativas tecnológicas, trata-se de alternativa mais segura se comparada com a barragens
tradicionais, possuindo grande confiabilidade estrutural.
A alternativa C apresenta relativamente poucas restrições ambientais, mas apresenta situação
similar à alternativa ‘B’: interferência com a ictiofauna endêmica e ameaçada (andirá e
pirapetinga), bem como interferência direta com a LT que irá abastecer o projeto Minas-Rio em
Conceição do Mato Dentro. Assim como a alternativa B, outro fator importante a ser considerado
é a proximidade com o leito do rio Santo Antônio, pois, embora não apresente um nível de
restrição definido, poderia ser atingido em caso de acidente com a estrutura de empilhamento.
A alternativa D apresenta pequena capacidade de acumulação e seus impactos podem ser
maiores que as vantagens de sua instalação diante do volume de rejeito total, que poderá ser
abrigado nas outras alternativas. A porção montante desta estrutura atinge a área urbana de
Morro do Pilar e, além de causar remoção de população urbana, pode ter consequências
sanitárias importantes (desenvolvimento de vetores de doenças e acúmulo de esgotos). A própria
relação área x perímetro desta estrutura é muito baixa comparada às demais alternativas devido
ao seu caráter longitudinal.
Após as melhorias realizadas no projeto para otimizar o aproveitamento, motivadas pela presença
de restrições ambientais, a alternativa A apresentou maior eficiência técnica, considerando a
grande capacidade/área (28,84m³/m²); também seu formato mais compacto (relação
área/perímetro = 212,36 m²/m); além disto, apresenta menor quantidade e gravidade de
restrições ambientais. A capacidade desta alternativa adequa-se ao projeto, tendo em vista que
tem vida útil de 7 anos de deposição de rejeitos grossos, o que aproxima-se muito da vida útil do
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Pit Norte (8,5 anos) – ou seja, esta opção viabiliza a disposição do rejeito gerado do Pit Sul e uma
pequena parte do rejeito gerado do Pit Norte no próprio Pit Norte. Caso a alternativa de
disposição de rejeitos fora da cava tenha menor capacidade, é provável que futuramente, durante
os primeiros anos da operação fosse necessário buscar outra alternativa para disposição dos
rejeitos, já que a disposição no Pit Norte não seria possível por não haver áreas lavradas com
volumes liberados para receber rejeito. A área total ocupada por esta estrutura, incluindo a área
de disposição de rejeitos grossos, lama, bacias de sedimentação e diques, é de 540,95ha.
Quadro 1.6 – Vantagens e desvantagens das alternativas locacionais para empilhamento drenado
de rejeitos
Alternativa
Alternativa A
Vantagens
Desvantagens
Interferência em estrada
estadual (MG-232)
Não interfere diretamente
em cursos d’água de
importância regional
Maior capacidade,
viabilizando o tempo
necessário para que haja
liberação de volume no pit
norte para que lá sejam
depositados os rejeitos nos
últimos anos do projeto.
Visualização possível a partir
de alguns pontos da sede
urbana de Morro do Pilar
Menor distância da sede
urbana de Morro do Pilar
Grande relação volume x
área
Forma natural da bacia
otimiza o aproveitamento
(maior relação área x
perímetro)
Localização na sub-bacia do
rio Picão – a mais degradada
entre as sub-bacias da AID e
sem a presença de ictiofauna
ameaçada
Presença de poucas moradias
rurais diretamente afetadas
Presença de poucos
fragmentos florestais, que se
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Alternativa
Vantagens
Desvantagens
encontram já isolados na
paisagem
Alternativa B
Proximidade com a planta
industrial, origem da geração
de rejeitos
Presença de ictiofauna
ameaçada na sub-bacia
hidrográfica
Maior distância e
impossibilidade de
visualização a partir da sede
urbana de Morro do Pilar
Proximidade com o leito do
rio Santo Antônio
Não interfere diretamente
em cursos d’água de
importância regional
Relação volume x área
mediana a baixa
Capacidade total não suporta
todo o rejeito. Requer outra
solução para disposição de
rejeito complementar, não
aproveitando o
sequenciamento natural do
projeto Pit Norte/Pit sul).
Presença marcante de
fragmentos florestais
contínuos
Alternativa C
Maior distância e
impossibilidade de
visualização a partir da sede
urbana de Morro do Pilar
Não interfere diretamente
em cursos d’água de
importância regional
Presença de ictiofauna
ameaçada na sub-bacia
hidrográfica
Proximidade com o leito do
rio Santo Antônio
Relação volume x área
mediana
Capacidade total não suporta
todo o rejeito. Requer outra
solução para disposição de
rejeito complementar, não
aproveitando o
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Alternativa
Vantagens
Desvantagens
sequenciamento natural do
projeto Pit Norte/Pit sul).
Presença de fragmentos
florestais
Alternativa D
Localizada em sub-bacia
degradada e sem presença
de ictiofauna ameaçada
Sem presença de fragmentos
florestais
Baixíssima relação volume x
área; caráter longitudinal
Pequena capacidade
Interferência em leito do rio
Picão
Grande distância da planta
industrial, origem da geração
de rejeitos
Interferência e proximidade
com a sede urbana de Morro
do Pilar
Capacidade total não suporta
todo o rejeito. Requer outra
solução para disposição de
rejeito complementar, não
aproveitando o
sequenciamento natural do
projeto Pit Norte/Pit sul).
Receberia drenagem pluvial e
esgoto sanitário de Morro do
Pilar
Considerando os fatores expostos, com destaque para a importância da restrição representada
pela presença de ictiofauna ameaçada nas sub-bacias hidrográficas onde estão localizadas as
alternativas B e C; e a não interferência no leito principal do rio Picão, levaram à escolha do
empilhamento drenado A para disposição de rejeitos do projeto Morro do Pilar Mineração. É
importante considerar que esta alternativa, em conjunto com a disposição de rejeitos no interior
da cava norte, será capaz de acondicionar o rejeito produzido ao longo de toda vida útil das
minas, com margem de segurança. As alternativas B e C poderão tornar-se viáveis futuramente,
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após conclusões sobre a ecologia das espécies ameaçadas da ictiofauna local, que serão objeto de
estudos de longo prazo.
A maior vantagem deste tipo de disposição de rejeitos é a alta segurança em relação a acidentes,
com riscos praticamente nulos de rompimento da barragem, por se tratar de resíduo de baixo
teor de umidade, e que no caso hipotético de acidente, não haveria uma onda de espalhamento
do rejeito. Esta opção tecnológica é apresentada no item 1.1.3.5 – Disposição de Estéril e Rejeito,
na discussão de alternativas tecnológicas, neste capítulo.
1.2.6.5
Alternativas locacionais das pilhas de estéril
A alternativa locacional 4 para as pilhas de estéril consiste no seguinte arranjo:
Figura 1-8 – Alternativas locacionais para empilhamento de estéril
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Dentro da discussão de alternativas locacionais 4, não houve sub-alternativas para as pilhas de
estéril. Comparando-se a alternativa locacional 4 com as demais alternativas, a localização das
pilhas de estéril foi bastante alterada, incorporando melhorias ambientais e respeitando as
restrições identificadas. As principais alterações foram:
•
Exclusão da pilha de estéril localizada a oeste da cava norte, devido à sobreposição em
floresta estacional semidecidual em bom estado de conservação; e devido à
impossibilidade de empilhamento de rejeito em pasta, como descrito no item
“alternativas tecnológicas”;
•
Exclusão da pilha de estéril na porção central, devido à proximidade a sede urbana de
Morro do Pilar, evitando potenciais impactos sobre a qualidade do ar e bem estar da
população (poeira, ruído e poluição visual);
•
Relocação das pilhas de estéril ao sul da cava sul, devido à sobreposição em floresta
estacional semidecidual e à disponibilidade de áreas de pastagem nas proximidades.
Para compensar a redução de áreas e da capacidade total das pilhas de estéril, foi desenvolvida a
solução de empilhamento de estéril dentro da cava norte, à medida que as frentes de lavra forem
sendo exauridas. Estas estruturas podem ser visualizadas nas figuras a seguir, para a porção norte
e sul do empreendimento. Salienta-se que esta solução não garante o acondicionamento total do
estéril dentro da cava, e não soluciona a necessidade de acondicionamento do estéril nos
primeiros anos de operação, enquanto porções da cava norte não estejam exauridas e liberadas,
justificando a necessidade de pilhas fora da cava.
As pilhas de estéril eliminadas precisam, portanto, ter seus volumes compensados em outros
locais. Procurou-se ocupar áreas a leste do empreendimento, onde o processo de antropização é
avançado, com presença predominante de pastagens.
Devido à grande proporção destas estruturas, que exigem áreas extensas para tornarem-se
viáveis do ponto de vista de capacidade e custo operacional, há rigidez nas suas dimensões, não
podendo ser fragmentada em diversas pilhas menores. Assim, é inevitável que as pilhas de estéril
não sobreponham alguma restrição ambiental e, portanto, foram selecionadas as áreas que
agrupam a menor quantidade de restrições dentro do universo de áreas disponíveis ao redor do
empreendimento. Outro critério técnico restritivo para a localização das pilhas é a distância a ser
percorrida entre a cava e as pilhas, que deve ser a mais curta possível, evitando impactos relativos
ao transporte do material (via caminhões) e também reduzindo custos operacionais.
1.2.6.6
Alternativas locacionais para estruturas auxiliares da implantação (canteiro de obras,
depósito de materiais e alojamentos)
As estruturas de apoio às obras tem caráter temporário, operando apenas durante a fase de
implantação do empreendimento. Algumas premissas técnicas orientaram a localização destas
estruturas, a saber:
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•
Pequena distância entre canteiro de obras central e a UBM;
•
Pequena distância entre o depósito de insumos e a UBM;
•
Afastamento razoável entre canteiro de obras central e alojamento;
•
Localização de alojamento fora da área limitada pela portaria principal do
empreendimento;
•
Relevo favorável para evitar grandes movimentações de terraplanagem (cortes e aterros).
Cada uma das alternativas representa melhorias de projeto embasadas nas restrições ambientais
previamente apontadas. Desta maneira, a primeira alternativa proposta foi a “C”; em seguida,
após melhorias, a “B”; e finalmente, após mais melhorias contornando algumas restrições
ambientais, a “A”.
Com base nessas premissas apresentadas, foi proposta inicialmente a alternativa C para o
canteiro de obras, tendo em comum com a alternativa B a área de depósito de obras e
alojamento. Após a sobreposição desta alternativa de canteiro com as restrições ambientais,
buscou-se uma alternativa para evitar a supressão vegetal de parte de um fragmento florestal
existente na sua porção norte. O resultado após esta avaliação foi alternativa B, localizando o
canteiro de obras em área de pastagem. Os demais locais aparentemente liberados para
instalação do canteiro de obras, em pastagem, apresentam relevo muito desfavorável,
requerendo grandes cortes e aterros, bem como acessos complicados. A principal restrição destas
alternativas de canteiro de obras é a grande distância a ser percorrida entre este local e a área da
usina de beneficiamento, onde as obras serão mais intensas na implantação.
Buscando solucionar a falta de áreas que atenderiam aos critérios técnicos e ambientais, e ainda
considerando que a área destinada ao empilhamento drenado de rejeitos será futuramente
preenchida, locou-se um depósito de obras dentro desta estrutura. O depósito de obras é uma
estrutura temporária, que operará apenas na fase de implantação, estocando materiais e insumos
para as obras. Na fase de operação, o local seria ocupado pelo empilhamento drenado. Contudo,
esta alternativa demandaria aterro dentro da área do empilhamento drenado, reduzindo sua
capacidade de armazenamento de rejeito, e ainda haveria alto volume de movimentação de terra
requerido para preparar um aterro capaz de abrigar o depósito de obras, o que inviabilizou esta
alternativa.
A alternativa A tomou como principal premissa reduzir a distância a ser percorrida entre a obra e
o canteiro de obras, respeitando sempre que possível as restrições ambientais locais. Outra
premissa que definiu a localização do alojamento foi estar fora da área de obras, do lado externo
da portaria principal.
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Para o canteiro de obras, a solução encontrada foi posicionar suas estruturas no mesmo local que
futuramente será utilizado como pilha de estéril. Após a finalização da fase de implantação, com a
desmobilização de infraestrutura do canteiro, esta área estará liberada para o desenvolvimento
da pilha. Esta solução dará uma destinação futura adequada para uma área afetada durante a
fase de implantação.
Para o alojamento dos trabalhadores da fase de implantação, optou-se por fragmentar um grande
alojamento, apresentado nas alternativas B e C, em três áreas menores, com limites respeitando
APPs, relevo mais suave e proximidade com o acesso principal já existente, formando a alternativa
A. Além disto, enquanto as outras alternativas previam a preparação de um grande platô para a
instalação dos alojamentos e outras estruturas no mesmo nível, a alternativa A considera os
desníveis altimétricos locais e a construção dos alojamentos deve se escalonada, adaptando-se
aos desníveis naturais.
Para o depósito de obras, a opção da fragmentação de uma grande área de estocagem, nas
alternativas B e C, em três menores também foi feita, resultando na alternativa A. Áreas anexas à
área de usina foram previstas para que a pré-montagem dos equipamentos e recebimento dos
insumos a serem utilizados nas obras possa ser feita com uma maior facilidade logística.
Outra vantagem da alternativa A, por ter estruturas como o canteiro e depósitos de materiais
dentro da área de portaria, é conferir maior controle e segurança dos insumos, e ao mesmo
tempo possibilitar mais qualidade de vida aos trabalhadores, que terão seu horário de descanso
fora e distante da área de obras.
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Figura 1-9 – Alternativas locacionais para estruturas de apoio às obras
Segue tabela que elenca as principais restrições ambientais relacionadas às alternativas do
Canteiro de Obras, Alojamento e Canteiros avançados/Depósito de Obras.
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Quadro 1.7 – Restrições ambientais em relação às alternativas do Canteiro de Obras
Características
Alternativa A
Alternativa B
Alternativa C
Área (m²)
267.521,7
164.626,8
196.940,6
Área (ha)
26,8
16,46
19,69
Nível 5
Nível 4
Nível 3
Localiza-se em subbacia onde houve registros de ictiofauna
ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3)
Sobreposição a fragmento de FESD estágio médio de regeneração
em uma pequena porção oeste (nível 3);
Localiza-se em subbacia onde houve registros de ictiofauna
ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3)
Localiza-se em subbacia onde houve registros de ictiofauna
ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3)
Nível 2
Área muito próxima e com possibilidade de visada direta a partir
de MOPI – distâncias entre 1 e 4km (nível 2);
Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2);
Restrições ambientais Existência de APP (nível 2);
Existência de APP (nível 2);
Existência de APP (nível 2);
Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2);
Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2);
Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2);
Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos
florestais (nível 2);
Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2);
Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos
florestais (nível 2);
Sobreposição a MG-232 (MOPI-Carmésia) (nível 2);
Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos
florestais (nível 2);
Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2);
Pouca visada possível a partir de MOPI (nível 1);
Grande visada possível a partir de MOPI (nível 1);
Sobreposição de acessos vicinais tipo II
Sobreposição de acessos vicinais tipo II
Sobreposição de acessos vicinais tipo II
Presença de olhos d'água ou nascentes (um)
Presença de olhos d'água ou nascentes (um)
Presença de olhos d'água ou nascentes (um)
Nível 1
Informações Adicionais
Presença de edificações (uma)
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Quadro 1.8 – Restrições ambientais em relação às alternativas dos Alojamentos
Características
Alternativa A
Alternativa B
Alternativa C
Área (m²)
481.315,6
184.776,7
184.776,7
Área (ha)
48,1
18,48
18,48
Nível 5
Nível 4
Nível 3
Localiza-se em subbacia onde houve registros de ictiofauna
ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3)
Nível 2
Área muito próxima e com possibilidade de visada direta a partir Localiza-se em subbacia com potencial de existência de ictiofauna Localiza-se em subbacia com potencial de existência de ictiofauna
de MOPI – distâncias entre 1 e 4km (nível 2);
ameaçada (nível 2);
ameaçada (nível 2);
Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2);
Restrições ambientais Existência de APP (nível 2);
Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2);
Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos
florestais (nível 2);
Sobreposição a MG-232 (MOPI-Carmésia) (nível 2);
Existência de APP (nível 2);
Existência de APP (nível 2);
Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2);
Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2);
Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos
florestais (nível 2);
Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2);
Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos
florestais (nível 2);
Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2);
Sobreposição de acessos vicinais tipo I
Sobreposição de acessos vicinais tipo I
Nível 1
Pouca visada possível a partir de MOPI (nível 1);
Informações Adicionais
Sobreposição de acessos vicinais tipo II
Presença de olhos d'água ou nascentes (dois)
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Quadro 1.9 – Restrições ambientais em relação às alternativas dos Depósitos de Obras
Características
Alternativa A
Alternativa B
Alternativa C
Área (m²)
30.000,0
161.030,0
161.030,0
Área (ha)
3,0
16,10
16,10
Nível 5
Nível 4
Nível 3
Localiza-se em subbacia onde houve registros de ictiofauna
ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3)
Sobreposição a fragmento de FESD estágio médio de regeneração
na porção oeste (nível 3);
Sobreposição a fragmento de FESD estágio médio de regeneração
na porção oeste (nível 3);
Sobreposição a fragmento de FESD estágio médio de regeneração
na porção oeste (nível 3);
Nível 2
Área muito próxima e com possibilidade de visada direta a partir Área muito próxima e com possibilidade de visada direta a partir
de MOPI – distâncias entre 1 e 4km (nível 2);
de MOPI – distâncias entre 1 e 4km (nível 2);
Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2);
Algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2);
Restrições ambientais Existência de APP (nível 2);
Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2);
Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos
florestais (nível 2);
Existência de APP (nível 2);
Existência de APP (nível 2);
Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2);
Presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2);
Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos
florestais (nível 2);
Localiza-se em subbacia com potencial de existência de ictiofauna
ameaçada (nível 2);
Presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos
florestais (nível 2);
Localiza-se em subbacia com potencial de existência de ictiofauna
ameaçada (nível 2);
Pouca visada possível a partir de MOPI (nível 1);
Pouca visada possível a partir de MOPI (nível 1);
Sobreposição de acessos vicinais tipo I e II
Sobreposição de acessos vicinais tipo I e II
Presença de olhos d'água ou nascentes (um)
Presença de olhos d'água ou nascentes (um)
Nível 1
Grande visada possível a partir de MOPI (nível 1);
Informações Adicionais
Sobreposição de acessos vicinais tipo I
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O Quadro 6.7 permite verificar que nenhuma das alternativas propostas para os canteiros de
obras atinge os graus de restrição 4 e 5.
A alternativa A apresenta a maior área entre as alternativas apresentadas. As principais
restrições observadas são: presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos
florestais (nível 2); presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); apresenta
algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); trata-se de uma área muito
próxima e com possibilidade de visada direta a partir da sede urbana de Morro do Pilar –
distâncias entre 1 e 4km (nível 2); sobreposição a fragmento de FESD estágio médio de
regeneração na porção oeste (nível 3); e está localizada em sub-bacia onde houve registros
ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3).
Em relação à alternativa B, observam-se as seguintes restrições: pouca visada possível a partir
da sede urbana de Morro do Pilar (nível 1); sobreposição à MG-232 (Morro do Pilar-Carmésia)
(nível 2); presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2);
presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); apresenta algumas áreas de
altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2); e está localizada em sub-bacia onde houve registros
ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3).
As principais restrições relacionadas à alternativa C são: grande visada possível a partir da sede
urbana de Morro do Pilar (nível 1); apresenta algumas áreas de altíssima susceptibilidade
erosiva (nível 2); presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais
(nível 2); presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); e está localizada em
sub-bacia onde houve registros ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3).
No cotejo das alternativas, além das restrições avaliadas, adotou-se como requisito posicionar
o canteiro em área que já seria futuramente impactada. A escolha recaiu sobre a alternativa A,
uma vez que será futuramente ocupada pela pilha de estéril norte 2.
O Quadro 6.8 também permite verificar que nenhuma das alternativas propostas para os
alojamentos atinge os graus de restrição 4 e 5.
A alternativa A apresenta a maior área entre as alternativas apresentadas. As principais
restrições observadas são: pouca visada possível a partir de Morro do Pilar (nível 1);
sobreposição à MG-232 (Morro do Pilar-Carmésia) (nível 2); presença de fauna terrestre
ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); presença de FESD em estágio inicial de
regeneração (nível 2); apresenta algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2);
trata-se de uma área muito próxima e com possibilidade de visada direta a partir de Morro do
Pilar – distâncias entre 1 e 4km (nível 2); e está localizada em sub-bacia onde houve registros
ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água (nível 3).
Nas alternativa B e C, destacam-se as principais restrições: presença de fauna terrestre
ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); presença de FESD em estágio inicial de
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regeneração (nível 2); apresenta algumas áreas de altíssima susceptibilidade erosiva (nível 2);
Localiza-se em sub-bacia com potencial de existência de ictiofauna ameaçada (nível 2).
O Quadro 6.9 também permite verificar que nenhuma das alternativas propostas para
depósitos de obras atinge os graus de restrição 4 e 5.
As principais restrições relacionadas à alternativa A são: grande visada possível a partir de
Morro do Pilar (nível 1); presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos
florestais (nível 2); presença de FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); sobreposição
a fragmento de FESD estágio médio de regeneração na porção oeste (nível 3); e está localizada
em sub-bacia onde houve registros ictiofauna ameaçada em alguns de seus cursos d´água
(nível 3).
As alternativas B e C apresentam as maiores áreas entre as alternativas apresentadas. As
principais restrições observadas são: pouca visada possível a partir de Morro do Pilar (nível 1);
Localiza-se em sub-bacia com potencial de existência de ictiofauna ameaçada (nível 2);
presença de fauna terrestre ameaçada associada a fragmentos florestais (nível 2); presença de
FESD em estágio inicial de regeneração (nível 2); apresenta algumas áreas de altíssima
susceptibilidade erosiva (nível 2); trata-se de uma área mais próxima e com possibilidade de
visada direta a partir de Morro do Pilar – distâncias entre 1 e 4km (nível 2); sobreposição a
fragmento de FESD estágio médio de regeneração na porção oeste (nível 3).
Com base nas restrições apontadas e as vantagens apresentadas para a alternativa A, esta foi a
alternativa selecionada para o conjunto de estruturas de apoio às obras (canteiro de obras,
alojamentos e depósitos de obras).
1.2.6.7
Síntese da alternativa locacional 4
Após a discussão das “sub-alternativas” locacionais da alternativa locacional 4, obteve-se o
seguinte arranjo geral do empreendimento:
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Figura 1-10 – Layout das estruturas da alternativa locacional 4
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A alternativa locacional 4 apresenta as seguintes estruturas e áreas:
Tabela 1-4 - Estruturas e áreas da alternativa locacional 411
Estrutura
11
Área sobreposta (ha)
Área real (ha)
2,51
2,51
0,20
0,20
1,56
1,56
Acesso cava - PDE norte 1 (Estrada de
minério/estéril PDE norte 1)
Acesso cava - PDE norte 2 (Estrada de
minério/estéril PDE norte 2)
Acesso cava - PDE sul 1 (Estrada de
minério/estéril PDE sul 1)
Acesso cava - PDE sul 2 (Estrada de
minério/estéril PDE sul 2)
Acesso interno
6,17
6,17
14,70
14,20
Acesso principal externo
15,16
15,16
Alojamento 1
14,56
14,56
Alojamento 2
8,47
8,47
Alojamento 3
25,11
25,11
Antena
0,06
0,06
Aterro sanitário
2,15
2,15
Britador norte
11,99
11,99
Britador sul
15,44
15,44
Canteiro de obras *
26,75
26,75
Cava norte ** (Lavra à céu aberto norte)
752,54
751,93
Cava sul (Lavra à céu aberto sul)
317,92
317,92
Cava sul (Lavra à céu aberto sul)
77,00
77,00
CMD (Pátio de resíduos/sucata)
4,26
4,26
Canteiro avançado / Depósito de Materiais 1
1,00
1,00
Canteiro avançado / Depósito de Materiais 2
1,00
1,00
Canteiro avançado / Depósito de Materiais 3
1,00
1,00
Duto de lama (Mineroduto – lama)
4,41
4,41
Duto de rejeito (Mineroduto – rejeito)
5,12
5,12
Barragem de empilhamento de rejeito drenado
540,95
540,95
Empilhamento de rejeito drenado na cava
norte
Estação de Tratamento de Esgoto - ETE
226,01
0,0
0,09
0,09
Oficinas e administração
15,93
15,91
Paiol
6,78
6,78
PDE cava 1 ** (Pilha de estéril/rejeito cava
norte 1)
PDE cava 2 ** (Pilha de estéril/rejeito cava
norte 2)
PDE cava 3 ** (Pilha de estéril/rejeito cava
norte 3)
PDE cava 4 ** (Pilha de estéril/rejeito cava
34,06
4,34
98,85
1,07
100,73
12,63
147,45
65,32
Nota: Correlação entre as denominações das estruturas e de acordo com a DN/74: UBM = UTM (Unidade de
Tratamento de minério); CMD = Pátio de resíduos/sucata; cava = lavra a céu aberto; duto de rejeito = mineroduto
(de rejeito); duto de lama = mineroduto (de lama); acessos cava - PDE = estrada de minério/estéril; PDE = pilha de
estéril/rejeito; PDE cava = pilha de estéril/rejeito dentro da cava.
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Estrutura
Área sobreposta (ha)
Área real (ha)
PDE norte 1 (Pilha de estéril/rejeito norte 1)
69,37
69,37
PDE norte 2*(Pilha de estéril/rejeito norte 2)
92,70
67,42
PDE norte 3 (Pilha de estéril/rejeito norte 3)
316,73
316,73
PDE sul 1 (Pilha de estéril/rejeito sul 1)
294,52
294,52
PDE sul 2 (Pilha de estéril/rejeito sul 2)
225,14
225,14
Ponte cava sul
0,19
0,19
Portaria
1,35
1,35
Posto de abastecimento
1,55
1,55
Recuperação de água
5,43
5,43
Reservatório de água e galpão de geologia
5,94
5,94
Transportador de Correia de Longa Distância TCLD sul
Unidade de Beneficiamento de Minério - UBM
(Unidade de Tratamento de Minério – UTM)
Viveiro de Mudas
5,42
5,41
51,20
51,20
0,47
0,47
3.546,84
2.999,69
norte 4)
TOTAL
* Sobreposição do canteiro de obras e PDE norte 2
** Sobreposição de parte das Pilhas de Estéril na Cava Norte
1.2.7
Síntese das melhorias locacionais
A alternativa locacional escolhida (4) tem as seguintes estruturas:
•
duas cavas (Norte e Sul);
•
cinco pilhas de estéril fora de cava (3 na porção norte e 2 na porção sul);
•
quatro pilhas de estéril sobrepostas à cava norte;
•
uma pilha de rejeito drenado;
•
uma usina de beneficiamento (UBM);
•
dois paióis;
•
Escritório, subestação, caixa d’água, estação de bombas e dois britadores semimóveis;
•
Solução de preenchimento do Pit Norte com empilhamento drenado de rejeitos
proveniente do beneficiamento do minério do Pit Sul.
Excluindo-se as cavas, que tem rigidez locacional, todas as estruturas auxiliares à atividade de
mineração e beneficiamento foram localizadas buscando-se respeitar critérios restritivos e, ao
mesmo tempo atender às especificidades de projeto, sejam de implantação ou operacionais.
Normalmente, há um trade-off12 a ser considerado, uma vez que certas estruturas estariam
12 Um trade-off se refere, geralmente, a perder uma qualidade ou aspecto de algo, mas ganhando em troca outra
qualidade ou aspecto. É uma expressão que define uma situação em que há conflito de escolha.
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melhor localizadas do ponto de vista ambiental em certos locais, entretanto, perde-se na
eficiência da produção e custos de implantação ou operacionais.
A tabela a seguir resume a quantidade de área afetada por cada uma das alternativas e a
diferença entre cada uma delas, indicando uma redução total de 1.941,31 ha entre a
alternativa 1 e 4. Ressalta-se que a alternativa 4 apresenta estruturas adicionais se comparada
às outras alternativas, como acessos principais, portarias, viveiro de mudas, posto de
abastecimento. Isto se deve ao maior nível de detalhamento desta etapa do projeto, como já
mencionado anteriormente. Deste modo, estas novas áreas estão contabilizadas na ADA total
desta alternativa locacional, adicionando áreas que não são contabilizadas para as ADAs das
demais alternativas locacionais.
Tabela 1-5 – Áreas afetadas e diferenças entre cada alternativa locacional
Alternativas
ADA (ha)
Diferença (ha)
Alternativa 1
4.940,99
-
Alternativa 2
3.377,47
- 1.563,53
Alternativa 3
2.987,17
- 390,30
Alternativa 4
2.999,69
+ 12,52
A Alternativa 4 teve um pequeno acréscimo de área se comparado com a alternativa 3, mas
isto pode ser explicado devido ao maior detalhamento e desenvolvimento que esta alternativa
teve. Seguramente, caso a alternativa 3 fosse desenvolvida e detalhada, teria uma área maior,
pois não foram consideradas algumas áreas complementares e de estruturas de apoio. Isto
pode ser observado ao comparar o número de estruturas entre as tabelas 6.4 e 6.5. Sendo
assim, a alternativa 4 tem o uso de áreas otimizado em relação às outras alternativas.
A seguir, apresenta-se a Figura 1-11, que facilita a comparação das alternativas e ilustra a
evolução do layout do empreendimento.
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Figura 1-11 – Evolução das melhorias entre cada alternativa locacional
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A tabela a seguir sintetiza, para cada uma das alternativas, a quantidade de cada tipologia
vegetal afetada pelas estruturas do empreendimento. Nota-se uma gradual redução entre as
alternativas 1 e 4 das tipologias florestais afetadas, compensada pelo aumento gradual da
ocupação nas pastagens.
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Tabela 1-6 – Quantitativo das tipologias vegetais afetadas por alternativa locacional
Tipologias vegetais
Alternativa 1*
Alternativa 2
Alternativa 3
Alternativa 4
Área (ha)
%
Área (ha)
%
Área (ha)
%
Área (ha)
%
Área plantada
78,66
1,6%
59,13
1,8%
54,08
1,8%
78,82
2,6%
Candeial
50,79
1,0%
50,79
1,5%
50,79
1,7%
43,75
1,5%
Corpo d'água
19,02
0,4%
7,97
0,2%
6,43
0,2%
5,88
0,2%
Edificação
26,83
0,5%
15,43
0,5%
10,25
0,3%
11,30
0,4%
FESD estágio inicial*
1.370,32
27,7%
854,53
25,3%
760,40
25,5%
694,55
23,2%
FESD estágio médio
555,44
11,2%
534,31
15,8%
526,24
17,6%
483,16
16,1%
Pastagem*
2.602,26
52,7%
1.640,87
48,6%
1.380,65
46,2%
1.467,37
48,9%
Campo sujo
55,02
1,1%
55,02
1,6%
55,02
1,8%
53,47
1,8%
Campo rupestre
95,50
1,9%
95,50
2,8%
95,50
3,2%
87,27
2,9%
Solo exposto
2,09
0,0%
0,88
0,0%
0,57
0,0%
0,65
0,0%
Áreas úmidas/alagadiças
85,05
1,7%
62,93
1,9%
47,14
1,6%
72,62
2,4%
TOTAL
4.940,99 100,0% 3.377,37 100,0% 2.987,07 100,0% 2.998,85 100,0%
A alternativa locacional 4 apresenta uma série de melhorias e ganhos ambientais em
comparação às alternativas anteriores, como menor área afetada; menor interferência sobre
formações florestais, maior afastamento da sede urbana de Morro do Pilar; e estruturas
localizadas de forma a aproveitar proteção natural do relevo em relação à sede urbana de
Morro do Pilar. Estas melhorias tornam esta alternativa locacional a mais vantajosa e viável
ambientalmente, sendo o projeto conceitual definido para o empreendimento.
1.3
Hipótese da não implementação do projeto
Para realizar a análise dos efeitos da não implementação do projeto, é preciso considerar o
estado atual das condições socioambientais e as tendências de evolução da região. Esta
hipótese pode ser analisada em relação às suas implicações sobre diversos aspectos,
apresentados a seguir:
1.3.1
Implicações sobre o processo de ocupação da área de influência e dinâmica
populacional
O processo atual de ocupação da área rural e urbana de Morro do Pilar é reflexo da
estagnação e isolamento econômico que o município sofre há décadas. Com base no
diagnóstico ambiental previamente realizado, notou-se o decrescimento populacional ao longo
dos anos, efeito do êxodo rural e migração da sede urbana de Morro do Pilar para polos
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econômicos regionais (Conceição do Mato Dentro, por exemplo) ou metrópoles (Belo
Horizonte, por exemplo).
A migração, por sua vez, pode ser resultado da busca por uma maior capacitação, por uma
escolaridade de melhor qualidade, ou por melhores condições de trabalho, dentre outros
motivos. Os habitantes de Morro do Pilar que desejam ingressar em um curso técnico,
profissionalizante ou superior devem percorrer uma distância mínima de 28 quilômetros, para
encontrá-los em Conceição do Mato Dentro. Esse município vem se adaptando para fazer
frente às transformações decorrentes do recebimento de empresas relacionadas à atividade
mineradora. Foram abertos recentemente cursos técnicos em mineração, geologia e segurança
do trabalho e ofertados cursos de capacitação de pedreiro, encanador instalador predial,
eletricista instalador predial e pintor de obras; todos eles para atender uma crescente
demanda por mão-de-obra local mais qualificada. No entanto, ainda que todos os habitantes
de Morro do Pilar optassem por estudar mais, eles não encontrariam espaço para se inserirem
no mercado de trabalho, ou seriam obrigados a exercer funções aquém de suas capacidades.
Em estudo realizado pela Geonatura, concluiu-se que apenas 35,7% dos habitantes com ensino
superior estão inseridos no mercado de trabalho local. Por outro lado, 75,4% dos indivíduos
com ensino médio completo exercem atividades remuneradas. Esses resultados são reflexos
de uma economia pouco dinâmica e incapaz de absorver uma mão-de-obra mais capacitada.
Prova disso é o fato de que 56,5% da população amostrada em pesquisa realizada em fevereiro
de 2011 deve ser sustentada pela parcela da população potencialmente ativa. Esse valor é
similar à razão de dependência do Brasil há quinze anos (IBGE, 1999), e cerca de 6 p.p. superior
àquela brasileira esperada para 2010 (BRITO, 2008). Adicionalmente, merece destaque o fato
de que 62,9% dos habitantes de Morro do Pilar não estão inseridas no mercado de trabalho.
Na hipótese da não implementação do empreendimento, o cenário de evasão da população
jovem e economicamente ativa do município poderá não ser revertido. A possibilidade de
criação de novos empregos, com a consequente necessidade de indivíduos aptos para exercer
cargos que requerem maior capacitação, será extinta. Não serão abertas oportunidades para a
instalação, no município, de escolas particulares voltadas para a formação superior dos jovens
e nem mesmo para a oferta de cursos técnicos voltados para o mercado de trabalho local,
como vem ocorrendo em Conceição do Mato Dentro.
Esses fatores, somados, podem resultar na manutenção de uma economia frágil, sustentada
pelo serviço público e dependente de programas de transferência de renda.
O distanciamento das políticas públicas estaduais e federais para municípios do porte e
características como Morro do Pilar é notável, o que ocasiona abandono e desinteresse por
parte de seus moradores.
1.3.2
Implicações sobre a economia (local/regional/nacional)
Não existem, no município de Morro do Pilar, empreendimentos com o horizonte de atuação
de longo prazo, empresas de grande porte e nem mesmo perspectivas de crescimento como as
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que o empreendimento minerário proposto poderá proporcionar. A própria atividade prévia
ao empreendimento, representada pelos estudos de sondagem geológica e estudos
ambientais, já refletiu no incremento de empregos e renda para alguns setores do comércio
local. A não geração de muitos empregos e a não capacitação da mão de obra local são efeitos
negativos decorrentes da hipótese da não implementação do empreendimento.
A arrecadação de impostos e royalties não ocorrerá na hipótese da não implementação do
empreendimento. No caso da extração de minério de ferro, 2% do faturamento líquido do
empreendimento deve ser distribuído entre as esferas municipal, estadual e federal. Há ainda
uma previsão de que esse montante aumente, havendo movimentações para elevar para 4%, o
que elevaria significativamente esta arrecadação. Deverá ser encaminhada ao Congresso
Nacional uma proposta de revisão desse valor, conforme declarado pela presidente Dilma
Rousseff (PSDB MG, 2011).
Conforme estabelecido pela Constituição de 1988, a Compensação Financeira pela Exploração
de Recursos Minerais (CFem) estipula que, dos 2% do valor do faturamento líquido da venda
do produto mineral, o maior montante deve ser destinado ao município produtor: 65% do
valor total arrecadado são encaminhados ao Município, 23% ao Governo Estadual e 12% ao
Governo Federal. Esse recurso, por sua vez, deverá ser aplicado “em projetos que revertam em
prol da comunidade local, na forma de melhoria da infraestrutura, da qualidade ambiental, da
saúde e educação” (MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA). Seria uma fonte de recursos digna de
consideração para que o município pudesse realizar investimentos em áreas tão importantes e
que exercem influência direta na qualidade de vida de seus habitantes.
Adicionalmente, há que se destacar que em dois anos o preço da tonelada do minério de ferro
aumentou cerca de 200%, conforme ilustra o gráfico adiante. Caso o projeto não seja
implementado, Morro do Pilar não se beneficiará com a alta dos preços da commodity.
Gráfico 1.1 – Preço do minério de ferro, em centavos de dólar por tonelada métrica seca,
janeiro 2010 – dez 2011
Fonte: Index Mundi. Disponível em: http://www.indexmundi.com/pt/pre%E7os-demercado/?mercadoria=min%c3%a9rio-de-ferro&meses=60
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Tabela 1-7 – Taxas de variação em diferentes períodos
Taxa de variação jan/2010 a jul/2010
0,04%
Taxa de variação jul/2010 a jan/2011
42,2%
Taxa de variação jan/2011 a jul/2011
-3,7%
Taxa de variação jul/2011 a dez/2011
-21,1%
Taxa de variação jan/2011 a dez/2011
-24,0%
Atualmente, o minério de ferro constitui-se como um produto em crescente demanda
mundial, sendo a principal matéria prima da indústria metalúrgica e uma das principais
commodities comercializadas internacionalmente.
Segundo relatório do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (2011), o
aumento das exportações de minério de ferro em fevereiro do ano corrente contribuiu de
forma importante para garantir o superávit da balança comercial. Segundo o Ministério, as
exportações somaram US$16,733 bilhões, dos quais US$2,7 bilhões foram vendas desta
commodity. Este valor representa um aumento de 111% em comparação com o mesmo
período de 2010; aquele é um recorde para os meses de fevereiro. Esses resultados, por sua
vez, resultaram em uma arrecadação maior da CFem entre janeiro de 2010 e dezembro de
2011. No primeiro período, União, Estado e Municípios foram beneficiados com R$54 milhões
pela atividade mineradora. Um ano depois, o valor recolhido foi de R$108 milhões. A projeção
para o inteiro ano é de R$1,3 bilhões.
Na hipótese da não implementação do empreendimento, não só o município perderia a
oportunidade de ser englobado na repartição da arrecadação da CFem e de contribuir de
modo efetivo para o superávit da balança comercial brasileira e para o crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB), como haveria perda da oportunidade, por parte do país, de ganhos de
exportação.
1.3.3
Implicações sobre o estado de conservação dos recursos físicos e bióticos
Como poderá ser observado no diagnóstico socioeconômico e no mapeamento do uso do solo
e cobertura vegetal, há uma pressão antrópica no sentido leste-oeste, com tendência para
transformação gradual da paisagem florestal em pastagem onde o relevo é mais favorável à
ocupação ou para degradação dos estágios mais avançados de Mata Atlântica, representados
pelo corte seletivo de madeira, queimadas, etc.
Nesse contexto, a não implementação do empreendimento significa a manutenção dessas
condições, ou seja, representa, a médio e longo prazo, a perda qualitativa e quantitativa dos
remanescentes florestais, com a ampliação dos estágios iniciais de regeneração e com perda
pontual e gradual da conectividade ecológica e dos habitats da fauna. Esta hipótese se firma
na falta de capitalização dos proprietários rurais, que tem produção muito reduzida e
insuficiente para dinamizar a economia local, situação que pode motivar a extração seletiva de
madeira para complementação da fonte de renda.
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Cabe ainda salientar que essas áreas a oeste do empreendimento tem classe de aptidão
agrícola restrita para o uso de pastagem plantada, mostrando que a tendência seria mesmo o
aproveitamento da madeira. Além disso, o corte indiscriminado da vegetação tornaria alta a
susceptibilidade erosiva dessas áreas, uma vez que estas são consideradas como de média
susceptibilidade erosiva.
Essa média susceptibilidade é atribuída à cobertura vegetal (floresta semidecidual em estágio
avançado de regeneração) que situada em um relevo declivoso consegue conter instalação de
processos erosivos, mantendo a conservação do solo. Caso ocorra a retirada dessa cobertura,
os processos erosivos se instalarão com maior facilidade, ocasionando vários problemas
ambientais, como erosão, perda de solo e assoreamento de cursos d’água, com a consequente
degradação da qualidade ambiental da área de estudo.
1.4
Referências
CARVALHO, J.A.; GARCIA, R. O envelhecimento da população brasileira: um enfoque
demográfico. 2003. Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/csp/v19n3/15876.pdf>.
Acesso em: 9 mai. 2011.
DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL (DNPM). Exportações de minério de
ferro ajudam a balança comercial brasileira a ter superávit. Fev. 2010. Disponível em:
<http://www.dnpm.gov.br/conteudo.asp?IDSecao=99&IDPagina=72&IDNoticiaNoticia=522>.
Acesso em: 12 mai. 2011.
ELO CONSULTORIA E MEIO AMBIENTE. Estudo de Antecipação dos Riscos e Incertezas
Ambientais, 2010.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/n
otasindicadores.shtm>. Acesso em: 12 mai. 2011.
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Compensação financeira pela exploração de recursos
minerais. Disponível em:<http://www.dnpm-pe.gov.br/Legisla/CFem.php>. Acesso em: 12
mai. 2011.
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR. Balança comercial
brasileira.
Fev.
2011.
Disponível
em:
<http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1299020394.ppt>. Acesso em: 12 mai. 2011.
PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA DE MINAS GERAIS (PSDB MG). Antonio
Anastasia tem a promessa de que royalties da mineração serão revistos. Fev. 2011.
Disponível
em:
<http://psdbmg.wordpress.com/2011/02/22/antonio-anastasia-tem-apromessa-de-que-royalties-da-mineracao-serao-revistos/>. Acesso em: 12 mai. 2011.
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2
CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Este documento caracteriza o empreendimento minerário Morro do Pilar, que prevê a
produção de minério de ferro por um período total de 20 anos, em duas etapas de produção:
a. Primeira etapa – Etapa 1 – Produção máxima de 55 Mtpa (milhões de toneladas por
ano), base seca, de minério de ferro ROM (Run of Mine), a qual irá gerar 25,0 Mtpa
(base úmida) de minério de ferro concentrado nos primeiros nove anos de operação
do projeto;
b. Segunda etapa – Etapa 2 – Produção máxima de 69 Mtpa, base seca, de minério de
ferro ROM, a qual irá gerar 25 Mtpa (base úmida) de minério de ferro concentrado nos
últimos 11 anos de operação do projeto.
O 9º ano do projeto corresponde ao final da etapa 1 e início da etapa 2. Ao longo deste ano, a
extração de minério será realizada concomitantemente nos conjuntos de minas
compreendidas nas duas etapas, sendo a produção total após beneficiamento mantida em 25
Mtpa (base úmida) de minério.
No presente estudo ambiental está sendo licenciada a viabilidade de todo o projeto Morro do
Pilar, ou seja, as etapas 1 e 2 de extração do minério. Entretanto, para operação do
empreendimento serão solicitadas licenças específicas para cada etapa do projeto. Para
melhor elucidar a caracterização desse empreendimento sob uma perspectiva temporal,
apresentam-se a Figura 2-1 e a Figura 2-2 a seguir, que ilustram como será o desenvolvimento
desse empreendimento, considerando as fases de implantação e operação, com suas etapas
de extração de minério de ferro, a saber, etapa 1 (cava norte) e etapa 2 (cava sul).
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Figura 2-1 – Diagrama mostrando o desenvolvimento do empreendimento e o uso das
estruturas nas fases de implantação e operação, de acordo com as etapas previstas no
empreendimento
Implantação
Operação
Etapa 1
(ano 1 a 9)
Estruturas de apoio à fase de
implantação
(canteiros, alojamentos)
Em
obras
Estruturas utilizadas durante
as fases de implantação e de
operação (etapas 1 e 2)
(CMD, ETE, aterro sanitário,
viveiro de mudas, acessos)
Em
obras
Etapa 2
(ano 9 a 20)
Em funcionamento
Em funcionamento
Estruturas operacionais
Etapas 1 e 2
(UBM, barragem de empilham.
drenado, oficinas, postos de
abastecimento, paiol)
Em obras
Estruturas Operacionais Etapa 1
(cava N, PDEs N, PDEs na cava,
britador primário N)
Em obras
Comissionamento e
testes
Pre-stripping
Estruturas Operacionais Etapa 2
(cava S, PDEs S, britador
primário S, TCLD)
Em funcionamento
Em funcionamento
Em
obras
Comissionamento,
testes e
prestripping
Em funcionamento
Como pode ser observado, existem cinco grupos de estruturas, categorizados quanto ao
momento de implantação e operação. Antes da fase de operação, que configura a extração
propriamente dita do minério serão realizados os procedimentos de comissionamento na
usina de beneficiamento. Ressalta-se, assim, que estes procedimentos ocorrerão em paralelo
com as últimas atividades de construção. Ainda anteriormente à operação, será realizado o
pré-stripping das áreas a serem mineradas, que objetiva liberar as frentes de lavra com a
retirada do estéril para o início da operação. Esta ordem cronológica de desenvolvimento do
empreendimento é considerada durante a avaliação de impactos ambientais, pois os impactos
incidirão sobre momentos e locais diferentes ao longo do tempo.
Ressalta-se que as estruturas exclusivas da etapa 2 serão implantadas durante a operação da
etapa 1 e o início da operarão destas estruturas ocorrerá a partir do 9º ano do
empreendimento.
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Figura 2-2 – Delimitação das estruturas previstas de acordo com a fase (implantação, operação
ou comum a ambas fases) e etapas do empreendimento (etapa 1 e etapa 2).
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Quadro 2.1 – Denominação das estruturas previstas, de acordo com a fase (implantação,
operação ou comum a ambas fases) e etapas do empreendimento (etapa 1 e etapa 2),
referente a figura acima.
Nome
Etapa Nº
Nome
Etapa Nº
Nome
37 PDE norte 3
2 Duto de Lama
21 Cava sul
38 Acesso interno
3 Duto de Rejeito
22 Ponte cava sul
39 Acesso interno
23 PDE sul 1
40 Acesso interno
24 Britador sul
41 Acesso interno
4 Posto de Abastecimento
5 Recuperação de água
6
Unidade de Tratamento de
Minério - UTM
7
Reservatório de água e Galpão de
Geologia
25
Acesso cava - PDE sul 2 (estrada
de minério)
Etapa II
20 Cava sul
Comum à etapa I e II
1 Paiol
26 PDE sul 2
42 Acesso interno
43 Acesso interno
Acesso cava - PDE sul 1 (estrada
de minério)
8 Oficinas e Administração
27
9 Empilhamento Drenado
28 TCLD sul
10 PDE norte 2
29
Empilhamento drenado de
rejeitos na cava
46 Aterro sanitário
11 Cava norte
30
Canteiro Avançado / Depósito de
Materiais 1
47
31
Canteiro Avançado / Depósito de
Materiais 2
13 PDE cava 2
32
Canteiro Avançado / Depósito de
Materiais 3
14 PDE cava 1
33 Canteiro de Obras
15 PDE cava 3
45 Antena
34 Alojamento 1
16 PDE cava 4
35 Alojamento 2
17 Britador Norte
36 Alojamento 3
Estruturas de apoio à implantação
Acesso cava - PDE norte 1 (estrada
de minério)
Etapa I
12
44 Acesso interno
CMD (central de materiais
descartáveis)
Etapa
Estruturas comuns a implantação e operação
Nº
48 Portaria
49 Viveiro de Mudas
50 Acesso principal - externo
51 ETE
18 PDE norte 1
19
Acesso cava - PDE norte 2 (estrada
de minério)
O empreendimento, cuja concepção foi definida de acordo com o resultado da avaliação de
alternativas tecnológicas e locacionais, é descrito a seguir, considerando:
•
Histórico do empreendimento;
•
Localização geográfica e acesso ao empreendimento;
•
Informações gerais:
o
Tipo de atividade e porte do empreendimento;
o
Síntese dos
objetivos,
justificativa
e
análise de custo-benefício do
empreendimento;
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o
Declaração da utilidade pública ou de interesse social da atividade do
empreendimento;
o
•
Reservas minerais na área de influência e na área do empreendimento;
Identificação e descrição do empreendimento nas fases de:
o
Planejamento;
o
Implantação;
o
Operação;
o
Desativação.
A tabela a seguir apresenta uma listagem das estruturas do projeto Morro do Pilar.
Tabela 2-1 - Listagem das estruturas do projeto Morro do Pilar. 13
Dados gerais - Estruturas do empreendimento
Estruturas
Parâmetro
Usina de beneficiamento de minério - UBM (Unidade de Tratamento de Minério - UTM) Capacidade
Barragem de empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado
Barragem de empilhamento de rejeito drenado dentro da cava norte
Quantidade
Mtpa
69
ha
540,95
Área
ha
226
Duto de rejeito (Mineroduto - rejeito)
Extensão
Km
5,12
Duto de lama (Mineroduto - lama)
Extensão
Km
4,41
Oficina pesada
Área
ha
4,95
Oficina leve / Posto de abastecimento
Área
ha
0,14 Capacidade
m3/dia
400
Oficina de brocas
Área
ha
0,02
Paiol
Área
ha
6,78 Estação de Tratamento de Água - ETA
Capacidade
l/s
5,5
Estação de Tratamento de Esgoto - ETE
Capacidade
l/s
17
Área
ha
1,13 Potência
KV
230
Aterro sanitário
Área
ha
2,15
Central de Materiais Descartáveis - CMD (Pátio de resíduos/sucata)
Área
ha
4,26
Posto de abastecimento
Sistema de abastecimento de energia
Viveiro de mudas
Acessos internos
Acesso principal externo
13
Área
Unidade
Área
ha
0,47
Número
mudas / ano
30.000
Extensão
Km
10,39 Área
ha
14,20 Extensão
Km
9,6
Área
ha
15,16 Nota: As denominações entre parênteses correspondem às terminologias da DN/74.
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Continuação da tabela 2-2 - Listagem das estruturas do projeto Morro do Pilar.
Dados gerais - Estruturas do empreendimento
Estruturas
Parâmetro
Unidade
Quantidade
Produção
Mtpa
55
Área
ha
751,93 PDE norte 1 (Pilha de estéril/rejeito norte 1)
Área
ha
69,37
PDE norte 2 (Pilha de estéril/rejeito norte 2)
Área
ha
92,7
PDE norte 3 (Pilha de estéril/rejeito norte 3)
Área
ha
316,73
PDE cava norte 1 (Pilha de estéril/rejeito cava norte 1)
Área
ha
34,06
PDE cava norte 2 (Pilha de estéril/rejeito cava norte 2)
Área
ha
98,85
PDE cava norte 3 (Pilha de estéril/rejeito cava norte 3)
Área
ha
100,73
PDE cava norte 4 (Pilha de estéril/rejeito cava norte 4)
Área
ha
147,45
Extensão
Km
0,72
Área
ha
2,51 Extensão
Km
0,07
Área
ha
0,20 Produção
Mtpa
69
Área
ha
394,92 Britador sul
Área
ha
15,44 PDE sul 1 (Pilha de estéril/rejeito sul 1)
Área
ha
294,52
Área
ha
225,14
Extensão
Km
0,51
1,56 Cava norte (Lavra à céu aberto norte)
Acesso PDE norte 1 (Estrada de minério/estéril PDE norte 1)
Acesso PDE norte 2 (Estrada de minério/estéril PDE norte 2)
Cava sul (Lavra à céu aberto sul)
PDE sul 2 (Pilha de estéril/rejeito sul 2)
Acesso PDE sul 1 (Estrada de minério/estéril PDE sul 1)
Acesso PDE sul 2 (Estrada de minério/estéril PDE sul 2)
Transportador de Correia de Longa Distância (TCLD)
Área
ha
Extensão
Km
1,96
Área
ha
6,17 Extensão
m
10.059
Área
ha
5,41 Em anexo, apresenta-se a planta “Plano Diretor– Arranjo Geral”, contendo todas as estruturas
do empreendimento.
2.1
Histórico do empreendimento
O Projeto Morro do Pilar para produção de minério de ferro foi desenvolvido pela Manabi
Holding S.A., empresa de prospecção e desenvolvimento mineral controladora dos direitos
minerários de Morro do Pilar. A Manabi S.A. detém em seu portfólio um conjunto grande de
direitos minerários no estado de Minas Gerais e tem foco na produção de minérios de ferro. A
Figura 2-3 e Tabela 2-3 a seguir apresentam as poligonais dos 22 processos minerários
existentes na área diretamente afetada pelo Projeto Morro do Pilar, estando os mesmos em
diferentes fases junto ao DNPM, a saber: quatro processos com Relatório Final de Pesquisa
Aprovado, 9 processos na fase de Autorização de Pesquisa, nove processos na fase de
Requerimento de Pesquisa, dois processos na fase de Disponibilidade e processo com
requerimento de lavra e um processo com concessão de lavra (direito minerário da Vale S.A.).
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
Página:
69
Morro do Pilar Minerais S.A.
Figura 2-3 – Poligonais DNPM – Projeto Morro do Pilar – Área Diretamente Afetada.
Fonte: Diagnóstico EIA – Projeto Morro do Pilar.
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
Página:
70
Morro do Pilar Minerais S.A.
Tabela 2-3 – Relação de direitos minerários do Projeto Morro do Pilar – Área Diretamente Afetada.
PROCESSO
831232/2009
NÚMERO ANO ÁREA (ha)
831232
FASE
NOME
ÚLTIMO EVENTO
2009
1999,47 REQUERIMENTO DE PESQUISA ANGLO FERROUS MINAS RIO MINERAÇÃO S.A.
1500,46 REQUERIMENTO DE PESQUISA BRAZMINCO LTDA
833682/2010
833682
2010
813886/1973
813886
1973
993 REQUERIMENTO DE LAVRA
KOBRASCO
100 - REQ PESQ/REQUERIMENTO PESQUISA PROTOCOLIZADO EM 15/06/2009
SUBSTÂNCIAS
MINÉRIO DE FERRO
USO
INDUSTRIAL
ETAPA
COMUM
100 - REQ PESQ/REQUERIMENTO PESQUISA PROTOCOLIZADO EM 14/09/2010
MINÉRIO DE FERRO
INDUSTRIAL
ETAPA 1
418 - CONC LAV/RAL ANO BASE APRESENTADO EM 15/03/1988
FERRO
NÃO INFORMADO
COMUM
300923/2011
300923
2011
751,44 DISPONIBILIDADE
DADO NÃO CADASTRADO
1828 - DISPONIB/ÁREA DESCARTADA LIBERADA PARA EDITAL EM 08/11/2011
DADO NÃO CADASTRADO
DADO NÃO CADASTRADO
ETAPA 1
301055/2011
301055
2011
75,72 DISPONIBILIDADE
DADO NÃO CADASTRADO
1828 - DISPONIB/ÁREA DESCARTADA LIBERADA PARA EDITAL EM 08/11/2011
DADO NÃO CADASTRADO
DADO NÃO CADASTRADO
COMUM
832650/2004
832650
2004
834933/2007
834933
2007
1780,11 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA
INGO GUSTAV WENDER
244,08 REQUERIMENTO DE PESQUISA INGO GUSTAV WENDER
236 - AUT PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO EM 08/11/2011
MINÉRIO DE PLATINA
INDUSTRIAL
COMUM
135 - REQ PESQ/CUMPRIMENTO EXIGÊNCIA PROTOCOLI EM 14/04/2011
MINÉRIO DE FERRO
INDUSTRIAL
COMUM
830990/2005
830990
2005
1656,14 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA
INGO GUSTAV WENDER
236 - AUT PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO EM 08/11/2011
MINÉRIO DE PLATINA
INDUSTRIAL
ETAPA 2
832651/2004
832651
2004
1281,54 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA
INGO GUSTAV WENDER
236 - AUT PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO EM 08/11/2011
MINÉRIO DE PLATINA
INDUSTRIAL
COMUM
INGO GUSTAV WENDER
832649/2004
832649
2004
1248,54 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA
832240/2009
832240
2009
1331,73 REQUERIMENTO DE PESQUISA ITALO FLAVIO CONSOLI
236 - AUT PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO EM 08/11/2011
MINÉRIO DE PLATINA
INDUSTRIAL
ETAPA 1
100 - REQ PESQ/REQUERIMENTO PESQUISA PROTOCOLIZADO EM 28/09/2009
MINÉRIO DE FERRO
INDUSTRIAL
COMUM
832096/2005
832096
2005
580 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA
MORRO DO PILAR MINERAIS S.A.
282 - AUT PESQ/TRANSF DIREITOS -CESSÃO TOTAL EFETIVADA EM 06/04/2011
MINÉRIO DE PLATINA
INDUSTRIAL
COMUM
832570/2007
832570
2007
1360,1 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA
MORRO DO PILAR MINERAIS S.A.
264 - AUT PESQ/PAGAMENTO TAH EFETUADO EM 28/07/2011
MINÉRIO DE FERRO
INDUSTRIAL
ETAPA 2
833493/2007
833493
2007
134,02 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA
MORRO DO PILAR MINERAIS S.A.
282 - AUT PESQ/TRANSF DIREITOS -CESSÃO TOTAL EFETIVADA EM 26/05/2011
MINÉRIO DE FERRO
INDUSTRIAL
COMUM
831920/2008
831920
2008
469,88 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA
MORRO DO PILAR MINERAIS S.A.
264 - AUT PESQ/PAGAMENTO TAH EFETUADO EM 28/07/2011
MINÉRIO DE FERRO
INDUSTRIAL
ETAPA 2
833587/2008
833587
2008
1262,98 AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA
MORRO DO PILAR MINERAIS S.A.
282 - AUT PESQ/TRANSF DIREITOS -CESSÃO TOTAL EFETIVADA EM 26/05/2011
MINÉRIO DE FERRO
INDUSTRIAL
ETAPA 2
831113/2011
831113
2011
1899,85 REQUERIMENTO DE PESQUISA MORRO DO PILAR MINERAIS S.A.
100 - REQ PESQ/REQUERIMENTO PESQUISA PROTOCOLIZADO EM 14/04/2011
MINÉRIO DE FERRO
INDUSTRIAL
COMUM
830638/2010
830638
2010
518,02 REQUERIMENTO DE PESQUISA TERRATIVA MINERAIS S.A.
100 - REQ PESQ/REQUERIMENTO PESQUISA PROTOCOLIZADO EM 19/04/2010
MINÉRIO DE FERRO
INDUSTRIAL
COMUM
832612/2010
832612
2010
1980,82 REQUERIMENTO DE PESQUISA TERRATIVA MINERAIS S.A.
100 - REQ PESQ/REQUERIMENTO PESQUISA PROTOCOLIZADO EM 13/07/2010
MINÉRIO DE FERRO
INDUSTRIAL
COMUM
831521/2010
831521
2010
1863,64 REQUERIMENTO DE PESQUISA TERRATIVA MINERAIS S.A.
100 - REQ PESQ/REQUERIMENTO PESQUISA PROTOCOLIZADO EM 22/06/2010
MINÉRIO DE FERRO
INDUSTRIAL
COMUM
831710/2010
831710
2010
1496,13 REQUERIMENTO DE PESQUISA TERRATIVA MINERAIS S.A.
100 - REQ PESQ/REQUERIMENTO PESQUISA PROTOCOLIZADO EM 24/06/2010
MINÉRIO DE FERRO
INDUSTRIAL
COMUM
813885
1973
436 - CONC LAV/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO EM 02/06/2009
FERRO
NÃO INFORMADO
COMUM
813885/1973
993 CONCESSÃO DE LAVRA
VALE S. A.
Estes processos não têm prioridade sobre os polígonos de titularidade (em processo de transferência) da Morro do Pilar Minerais S.A., pertencente à Manabi.
Em relação aos processos 830.459/1973 da Vale S.A. e 813.886/1973 da Kobrasco , pequena parte de suas áreas atinge a estrutura de empilhamento drenado de rejeitos da Área Diretamente Afetada.
Processos minerários que interceptam a cava norte
Processos minerários que interceptam a cava sul
Fonte: Diagnóstico EIA – Projeto Morro do Pilar.
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
Página:
28/03/2012
71
Morro do Pilar Minerais S.A.
Observa-se que algum destes processos ainda apresenta a empresa Terrativa Minerais S.A. ou
Ingo Gustav Wender, sócio e diretor desta empresa como titular. Esta situação se deve ao fato de
que a alteração de titularidade junto ao DNPM somente pode ser solicitada após a emissão do
Alvará de Pesquisa Mineral, o que ainda não ocorreu para a alguns dos processos adquiridos pela
Morro do Pilar Minerais S.A.. Já os processos que se encontram em fase de Autorização de
Pesquisa apresentam pedido de cessão dos direitos minerários em análise pelo referido órgão. Há
também um processo em nome da BHP Biliton Metais S.A. com cessão dos direitos para Ingo
Gustav Wender, efetivada através de despacho publicado no Diário Oficial da União em 13 de
julho de 2009, que também faz parte do portifólio da Manabi/Morro do Pilar para este projeto.
Os trabalhos de pesquisa, bem como a elaboração dos relatórios finais para os processos DNPM
nº 830.990/2005, 832.649/2004, 832.650/2004 e 832.651/2004 foram realizados pela empresa
Terrativa Minerais S.A., devidamente apresentados e aprovados pelo DNPM. Tais documentos
demonstraram a existência de importantes recursos de minério de ferro, com características
físicas, mineralógicas, químicas e tecnológicas, que classificam a jazida como de significativa
importância, capaz de suportar a implantação de um futuro empreendimento minerário de classe
mundial, juntamente com as demais áreas que compõem o prospecto da empresa.
Estas pesquisas foram calcadas em campanha de sondagem diamantada e executadas em várias
etapas, sendo a primeira iniciada em março de 2008 pela BHP Billiton Metais S.A. com a execução
de 14 furos de sondagem em Morro do Pilar Norte e Morro do Pilar Sul, pesquisa esta assegurada
por um acordo de opção de compra firmado com a Terrativa Minerais S.A. Após o não exercicio
desta opção, a BHP Billiton Metais S.A. devolveu os direitos minerários para a Terrativa Minerais
S.A., que continuou desenvolvendo as campanhas de sondagem até 2011.
Em abril de 2009, a Supram Jequitinhonha, em Diamantina, emitiu as declarações nº
119525/2009, 119526/2009, 119573/2009, 119726/2009, 119662/2009, 119930/2009,
119937/2009, 119947/2009, 119993/2009, 119994/2009 e 120011/2009, desobrigando o
empreendedor Ingo Gustav Wender a licenciar ou obter autorização ambiental para
funcionamento das atividades de sondagem rotativa a diamante sem comercialização, por esta
atividade não estar enquadrada na Deliberação Normativa Copam nº 74/2004 ou por a atividade
ter porte ou potencial poluidor inferiores àqueles relacionados na referida Deliberação.
A base para o desenvolvimento da rota de processo considerada no estudo de engenharia do
Projeto Morro do Pilar foi desenvolvida parcialmente pela Terrativa e complementada com os
estudos de cominuição e concentração em testes em escala de bancada e piloto desenvolvidos
pela equipe de desenvolvimento de processos da Manabi.
Os estudos contêm uma completa caracterização tecnológica do minério, capaz de suportar todas
as premissas de engenharia adotadas neste projeto, com destaque para os estudos de cominuição
em prensa de rolos executados na KHD na Alemanha e testes em escala piloto na Fundação
Gorceix em Ouro Preto/MG.
Documento nº
EIA-MOPI-002-03/12-V1
Data:
28/03/2012
Página:
72
Morro do Pilar Minerais S.A.
Estes estudos apresentam os principais parâmetros e critérios, tais como consumo específico de
energia elétrica, consumo de reagentes e outros insumos, geração de produtos e rejeitos e suas
características.
Pode-se afirmar que os estudos ambientais foram iniciados antecipadamente, com o objetivo de
que a concepção do Projeto Morro do Pilar fosse pautada por soluções que levassem à
minimização dos impactos ambientais potenciais. Em resumo, os trabalhos realizados foram os
seguintes:
•
Relatório de Avaliação Ambiental Preliminar – Sete Soluções e Tecnologia Ambiental Ltda,
maio de 2010;
•
Estudo de Antecipação de Riscos e Incertezas – Elo Consultoria em Meio Ambiente,
outubro de 2010;
•
Levantamento hidrológico e hidrogeológico da região do projeto – Hidrovia Hidrogeologia
e Meio Ambiente Ltda, iniciado em julho de 2010;
•
Estudo de restrições ambientais e Estudo de Impacto Ambiental – Geonatura Serviços em
Meio Ambiente Ltda, julho de 2010 a março de 2012.
Visando orientar o processo de outorga para captação de água superficial na área do Projeto
Morro do Pilar, no município homônimo ao projeto, a ERHA (Engenharia de Recursos Hídricos
Aplicada Ltda.) elaborou os estudos hidrológicos que subsidiaram a escolha dos pontos de
captação em função das demandas do empreendimento. Assim, no dia 10 de janeiro de 2011, a
Terrativa Minerais S.A. protocolizou sob o número 156/2011 e 157/2011, processo requerendo
outorga de direito de uso de águas públicas no Instituto de Gestão das Águas (IGAM), solicitando
autorização para realizar captação em curso de água para fins de consumo industrial.
O processo 156/2011 se refere à captação no ponto de coordenadas geográficas 19º 15’ 18”S /
43º 21’ 16”W no Rio Preto, Fazenda do Engenho, município de Morro do Pilar/MG. De acordo
com os estudos realizados (Tabela 2-4), neste ponto, existe uma disponibilidade hídrica de 0,101
m3/s, que foi solicitada na íntegra. Já o processo 157/2011 se refere à captação no ponto de
coordenadas geográficas 19º 13’ 43”S / 43º 13’ 41”W no Rio Santo Antônio, Fazenda Capela
Velha, município de Santo Antônio do Rio Abaixo/MG. De acordo com os estudos realizados
(Tabela 2-4), neste ponto, existe uma disponibilidade hídrica de 0,728m3/s, considerando
0,433m3/s da demanda de terceiros, tendo sido solicitada uma vazão de 0,718m3/s.
Tabela 2-4 – Síntese dos estudos hidrológicos para os locais das captações.
Local
QMLT
(m³/s)
Q7,10
(m³/s)
Vazão Residual
(m³/s)
Demanda de
Terceiros (m³/s)
Disponibilidade
Hídrica (m³/s)
Ponto 1 –
Rio Preto
2,91
0,338
0,237
-
0,101
Ponto 2 –
Rio Santo Antônio
33,2
3,86
2,70
0,433
0,728
Documento nº
EIA-MOPI-002-03/12-V1
Data:
28/03/2012
Página:
73
Morro do Pilar Minerais S.A.
No dia 30 de setembro de 2011, a Morro do Pilar Minerais S.A. solicitou alteração da
denominação social dos processos e no dia 17 de novembro de 2011 foi emitido ofício pelo órgão
responsável, informando o deferimento da outorga. A publicação do deferimento dos dois pontos
de captação ocorreu no Diário Oficial de Minas Gerais no dia 16/12/2011 através das seguintes
portarias:
•
Portaria 3.697/2011 (válida até 16/12/2016): Rio Preto 19o15’18” e 43o21’16” – 101 l/s;
•
Portaria 3.698/2011 (válida até 16/12/2016): Rio Santo Antônio 19o13’37” e 43o14’18” –
718 l/s.
Estas outorgas foram solicitadas para uso industrial na usina de beneficiamento do minério. Para
o uso da água no mineroduto será solicitada retificação junto ao orgão responsável.
A empresa realizou também o cadastro de 33 pontos de uso de água para uso insignificante,
visando os trabalhos de sondagem. Estes pontos foram cadastrados no Registro de Uso Legal
junto ao IGAM, tendo validade até a data de convocação do IGAM para a regularização.
2.2
Localização geográfica e acesso
O Projeto Morro do Pilar está localizado próximo à cidade de Morro do Pilar, vizinha ao município
de Conceição do Mato Dentro, a uma distância aproximada de 165 km de Belo Horizonte, a capital
do estado de Minas Gerais, na região Sudeste do Brasil.
No Volume I, capítulo 2 (Localização do Empreendimento Minerário), encontra-se maior
detalhamento sobre a localização e inserção regional do empreendimento.
A infraestrutura viária para atender o empreendimento é composta pelas seguintes rotas:
•
A MG-010, que será utilizada para o tráfego de veículos leves;
•
A BR-120 e as estradas intermunicipais de Passabém, São Sebastião do Rio Preto, Santo
Antônio do Rio Abaixo e Morro do Pilar, que será utilizada para o tráfego de veículos leves
e pesados.
Na rota para o transporte de carga pesada, é prevista a implantação de alças para desvio do
tráfego rodoviário, que passa dentro dos seguintes centros urbanos: Passabém, São Sebastião do
Rio Preto e Santo Antônio de Rio Abaixo.
Para o trecho da estrada intermunicipal entre Santo Antônio do Rio Abaixo e Morro do Pilar, estão
previstas melhorias em sua infraestrutura. Além disso, está prevista a implantação de acesso
principal para o empreendimento, denominado nesta caracterização “Acesso principal externo”,
que se inicia a aproximadamente 2km antes da sede urbana de Morro do Pilar, de forma evitar
que o tráfego pesado passe por esta cidade.
Documento nº
EIA-MOPI-002-03/12-V1
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28/03/2012
Página:
74
Morro do Pilar Minerais S.A.
A descrição do acesso principal externo para o empreendimento é feita no item 2.5.3. As demais
intervenções citadas para as estradas intermunicipais serão objeto de entendimentos com os
respectivos órgãos gestores e não estão contempladas no presente EIA.
A MG-232, que liga as cidades Morro do Pilar e Carmésia, terá seu acesso interrompido quando da
operação da barragem de empilhamento de rejeito drenado. O acesso principal externo previsto
para ser implantado para o empreendimento poderá servir como solução de interferência para
esta rodovia. As tratativas já foram iniciadas com o Departamento de Estradas de Rodagem – DER,
órgão responsável por sua gestão.
Da mesma forma que a MG-232, a estrada intermunicipal que liga as cidades Morro do Pilar e
Conceição do Mato Dentro terá seu acesso interrompido com a evolução das obras de
implantação do empreendimento, o pré-stripping da cava norte, bem como do enchimento da
barragem de empilhamento de rejeito drenado na fase de operação do empreendimento. Assim,
um novo acesso será projetado para relocação desta estrada, como solução para esta
interferência.
Ressalta-se que as intervenções nestas duas estradas não estão englobadas neste licenciamento
ambiental, pois dependem de entendimentos a serem firmados com os órgãos públicos
pertinentes.
2.3
Informações gerais
2.3.1
Tipo de atividade e porte do empreendimento
Segundo a listagem das atividades da Deliberação Normativa Copam no 74/2004, a atividade
deste empreendimento enquadra-se na categoria A-02-04-6 - Lavra a céu aberto com tratamento
a úmido – minério de Ferro.
Como mencionado, este empreendimento prevê a exploração de duas minas sequencialmente,
sendo projetada uma produção máxima de 69 Mtpa (milhões de toneladas por ano), base seca, de
minério de ferro ROM (Run of Mine), cuja massa será processada em planta de beneficiamento
por concentração por flotação. Esta produção irá gerar 25,0 Mtpa de pellet feed.
Estas quantidades caracterizam este empreendimento como de grande porte.
2.3.2
Objetivos e justificativa do empreendimento
2.3.2.1
Objetivos do empreendimento
O objetivo do empreendimento é realizar a extração de minério ferro (canga, itabirito, itabiritos
friáveis e hematitas) a partir do desenvolvimento de lavra a céu aberto e beneficiá-lo em planta
composta por cominuição e concentração para obtenção de minério de ferro - pellet feed, nome
comercial dado ao produto com tamanho inferior a 0,15mm.
Documento nº
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28/03/2012
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75
Morro do Pilar Minerais S.A.
2.3.2.2
Justificativas do empreendimento
O empreendimento é justificado pela ocorrência, no município de Morro do Pilar, de recursos
minerais estimados da ordem de 2,69 bilhões de toneladas de minério de ferro, que estão sendo
viabilizados em reservas lavráveis mediante trabalhos de pesquisa mineral desenvolvido pelo
empreendedor. Estes recursos podem ser economicamente explotados diante da demanda
mundial de ferro para produção de aço, matéria prima básica e indispensável para inúmeros bens
de consumo, com demanda crescente por muitos anos à frente.
O projeto envolve investimentos da ordem de 2,5 bilhões de dólares, distribuídos ao longo da fase
de implantação. Estima-se que os investimentos a serem feitos para o fechamento do projeto
sejam da ordem de 4 a 8% do CAPEX do empreendimento. Estes investimentos resultarão em
recolhimento de tributos em benefício do município Morro do Pilar, localizado no estado de
Minas Gerais, além da expressiva movimentação econômica que ocorrerá no mesmo.
Parte da relevância social do empreendimento advém do próprio recolhimento de tributos que
devem ser empregados em prol da população, em educação, saúde, infraestrutura, entre outros.
Entretanto, a mais importante contribuição social do empreendimento será realizada por meio da
geração de postos de trabalho diretos e indiretos. O recrutamento desta mão de obra será feito
de maneira prioritária na região onde o empreendimento será implantado, porém, conforme os
perfis profissionais necessários poderão ser recrutadas pessoas de outras regiões do país. Na
Tabela 2-5 a seguir é apresentada a taxa de ocupação formal dos municípios da Área de Influência
Indireta – AII – do empreendimento.
Documento nº
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28/03/2012
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76
Morro do Pilar Minerais S.A.
Tabela 2-5 - Taxa de ocupação formal nos municípios da AII.
O incremento da oferta de empregos diretos e indiretos causado pelo empreendimento irá
certamente contribuir para aumento destas taxas nestes municípios, principalmente nos
municípios Morro do Pilar e Santo Antônio do Rio Abaixo.
O projeto é relevante economicamente no âmbito nacional e principalmente no âmbito estadual,
haja vista que, quando em plena operação, o empreendimento representará um aumento de
cerca 10% na produção Estadual (referência produção 2010) de minério de ferro, consolidando a
liderança do estado como líder da produção de minério de ferro no Brasil.
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Morro do Pilar Minerais S.A.
2.3.3
Declaração da utilidade pública ou de interesse social da atividade do
empreendimento
A lavra dos recursos minerais - bens de domínio da União, nos termos do art. 20, inciso IX da
Constituição da República — será efetuada mediante autorização ou concessão, sempre no
interesse nacional, conforme dispõe o art. 176, § 1° da CR/1988.
Demais disso, segundo o art. 5° do Decreto-Lei n° 3.365, de 21.06.1941, o aproveitamento
industrial das minas e jazidas minerais é considerado uma atividade de utilidade pública, para fins
de desapropriação e constituição de servidões administrativas. Em igual modo, consoante o art.
2°, inciso I, alínea ‘c’ da Resolução Conama n° 369, de 28.03.2006, as atividades de pesquisa e
extração de substâncias minerais, com exceção da areia, argila, saibro e cascalho, são
consideradas de utilidade pública, para fins de intervenção ou supressão da cobertura vegetal em
áreas de preservação permanente.
2.3.4
Reservas minerais
Dentre os grandes depósitos de ferro conhecidos na região entre as cidades de Conceição do
Mato Dentro e Morro do Pilar podemos citar três depósitos importantes, os quais são descritos de
forma sintética a seguir:
•
O depósito da Serra do Sapo, ao norte de Conceição do Mato Dentro, com 15 km de
extensão, direção NNW / SSE e camadas de itabirito que atingem 300 m de espessura
(100 m em média), mergulhando suavemente (20°) para ENE.
•
O depósito da Serra da Serpentina, iniciando-se em Conceição do Mato Dentro, indo até o
sul de Santo Antônio do Rio Abaixo, com 32 Km de comprimento, direção NW a WNW / SE
a ESE e mergulho suave para NE a NNE. Na Serra da Serpentina são duas as camadas de
itabirito, nos primeiros 20 km ao sul de Conceição do Mato Dentro (repetição por
falhamentos de empurrão). A camada principal (de leste) tem espessura máxima de 100
m e se interrompe poucos quilômetros ao norte de Santo Antônio do Rio Abaixo. A
camada de oeste é contínua, com espessura média de 30 m e diminui gradativamente
para o sul.
•
O depósito no entorno de Santo Antônio do Rio Abaixo, onde se observa somente uma
camada de itabiritos.
Todos os três depósitos tem características mineralógicas e químicas semelhantes mantendo uma
mineralogia muito simples: quartzo, hematita especular, tabular e globular e magnetita. Tem
como características marcantes o baixo teor em ferro (25-40% de Fe); baixos teores de
contaminantes; produção quase exclusiva de finos para pelotização e produto final de alta
qualidade: mais de 68% de Ferro total e sílica mais alumina abaixo de 1,8%.
Além destes três depósitos descritos, são conhecidos ainda na região, com as mesmas
características geológicas, os depósitos de Itapanhoacanga e Serro.
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2.3.4.1
Reservas minerais do empreendimento
O depósito de minério do projeto Morro do Pilar se inicia ao norte do território do município de
Morro do Pilar, tendo extensão de 22 km, com direção NS, infletindo bruscamente para leste no
seu extremo sul. A espessura do itabirito varia muito neste depósito, atingindo 100 m ao sul de
Morro do Pilar e variando de 10 a 50 m no trecho ao norte desta cidade. O depósito mineral é
continuo, porém devido a descontinuidade nos direitos minerarios da empresa Morro do Pilar
Minerais S.A., a área foi dividida em duas: Morro do Pilar Norte (“MOPIN”) e Morro do Pilar Sul
(“MOPIS”).
O minério de Morro do Pilar pode ser dividido em três tipos: itabiritos, itabiritos friáveis e
hematitas. O minério itabirítico padrão tem teores médios de 32,93% de Fe; 50,5% de SiO2;
0,058% de P; 0,88% de Al2O3 e 1,78% de FeO, quando aplicado um teor de corte >25% de Fe. Sem
o teor de corte, os teores globais ficam em 30,25% de Fe; 53,0% de SiO2; 0,063% de P; 1,43% de
Al2O3 e 1,73% de FeO. O Itabirito friável, incluindo os pulverulentos, tem teores médios de 48,14%
de Fe; 27,2% de SiO2; 0,018% de P; 2,44% de Al2O3 e 0,84% de FeO. Os corpos de hematitas são
raros, se restringindo a lentes com teores médios globais de 61,42% de Fe; 9,2% de SiO2; 0,011%
de P; 1,69% de Al2O3 e 0,60% de FeO.
O primeiro Relatório de Recursos foi elaborado pela Coffey Mining em Agosto 2010 com base em
critérios definidos pelo Código JORC e, posteriormente revisado após campanha complementar
de sondagem, resultando em um considerável aumento dos recursos minerais. Com base nestas
informações adicionais, em abril de 2011, a Coffey Mining elaborou o Mineral Resources and
Scoping Study of the Morro do Pilar Project, posteriormente auditado pela SRK Consulting (U.S.),
Inc., (SRK) e obtida a certificação JORC, quando da aquisição do projeto pela Morro do Pilar
Minerais S.A.
O trabalho desenvolvido pela Coffey Mining seguiu as melhores práticas internacionais de
avaliação de recursos. A partir dos dados da pesquisa geológica, foram desenvolvidas análises
estatísticas para definição das litologias e sua classificação, posteriormente interpretadas e
modeladas em seções perpendiculares as direções das estruturas principais. As amostras
utilizadas na estimativas de teores foram compostas em um suporte de 5 m de comprimento,
respeitando os contatos litológicos com quebra na litologia. Foram executados dois Modelos de
Blocos distintos para Morro do Pilar Norte e Morro do Pilar Sul com blocos de tamanho 50m X
50m X 10m sub-blocados em 12,5m X 12,5m X 5m. A variografia executada não apresentou
resultados satisfatórios para as duas áreas, devido ao número relativamente pequeno de
compositas, mesmo assim a Krigagem foi o método de estimativa de teores utilizado com raios de
busca de 100m (Recursos Medidos), 200m (Recursos Indicados), 600m (Recursos Inferidos) e
ilimitado (Potencial Geológico) visando o preenchimento de todos os blocos do modelo, com um
mínimo de 4 e um máximo de 24 compositas para estimar o bloco.
O recursos minerais no projeto de Morro do Pilar são da ordem de 2,69 bilhões de toneladas
estando 1,13 bilhões de toneladas na classe de Recursos Inferidos e o restante, 1,57 bilhões de
toneladas na classe de Potencial Geológico. Para suportar um estudo de potencial da área a
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Coffey Mining interpretou e considerou a continuidade das camadas mineralizadas para
estimativa de um potencial exploratório. Cabe salientar que, para ser considerado como recurso
mineral, este potencial necessita de mais informações como sondagem, análises químicas e,
também, de respectivos estudos metalúrgicos. Na Tabela 2-6 a seguir, são apresentadas as
litologias da área da exploração do minério de ferro.
Tabela 2-6 - Codificação de litologias na área de exploração do minério.
LITOLOGIA
CLASSE
CÓDIGO
CGA
HEM
IT
ITF
SOL
QTZ
QFE
Canga
Hematitas
MINÉRIO
Itabiritos
Itabiritos Friável
Solos
ESTÉRIL Quartzitos – Unidade de Topo Grupo Serra da Serpentina
Quartzitos Ferruginosos
A Tabela 2-7 a seguir apresenta os resultados do recurso mineral inferido e material classificado
como potencial exploratório separados pelas áreas definidas e por litologia dos complexos Norte
(MOPI Norte) e Sul (MOPI Sul), com data base de 09 de agosto de 2010.
Tabela 2-7 - Recurso mineral inferido e potencial exploratório (MOPI Norte e Sul).
Área
Recursos (Mt) - JORC
Potencial
Medido Indicado Inferido Total Geológico
Morro do Pilar Norte
Morro do Pilar Sul
TOTAL
-
26
369
732
1.101
26
395
732
1.127
499
1.066
1.565
Total
894
1.798
2.692
Fe
35,22
28,94
31,03
Teores Médios - ROM
SiO2 Al 2O3 Mn
P
47,02
53,31
51,22
1,40
2,26
1,97
0,05
0,08
0,07
PPC
0,02 0,55
0,08
0,6
0,06 0,58
Em síntese, o recurso total inferido e o exploratório potencial de MOPI foi estimado em 2,692
bilhões de toneladas (Bt), dos quais 1,127 milhões de toneladas (Mt) são de recursos inferidos e
1,565 Mt é o potencial exploratório. Os recursos minerais inferidos de MOPIN foram estimados
em 395 Mt com teores médios de 35,22% Fe, 47,02% SiO2, 1,40% Al2O3, 0,05% Mn, 0,02% P e
0,55% LOI, valores estes obtidos sem aplicar teor de corte. Os recursos minerais inferidos de
MOPIS são de 732 Mt com teores médios de 28,94% Fe, 53,31% SiO2, 2,26% Al2O3, 0,08% Mn, 0,08
% P e 0,6% LOI, valores estes obtidos sem aplicar teor de corte.
2.4
Fase de planejamento
A fase de planejamento é composta, basicamente, pelos estudos e pelo desenvolvimento dos
projetos que antecedem o licenciamento ambiental e a implantação do empreendimento.
Na fase de planejamento, é possível listar as seguintes atividades:
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a. Pesquisa mineral:
•
Abertura de acessos e praças de sondagem;
•
Sondagens em campo;
•
Armazenamento dos testemunhos de sondagem;
•
Realização de testes laboratoriais.
b. Gestão de relações institucionais:
•
Contatos com órgãos públicos e entidades diversas (ONGs, institutos de pesquisa,
universidades etc.);
•
Contatos com lideranças locais.
c. Elaboração de estudos e projetos:
•
Pesquisa de dados secundários;
•
Levantamento de dados em campo (levantamento topográfico, pesquisa socioeconômica,
levantamento de fauna e flora, levantamento da hidrografia e nascentes, inventário
florestal, medições de qualidade do ar e níveis de ruído, pesquisa espeleológica e
arqueológica, amostragem de solos etc.);
•
Organização, sistematização e mapeamento de dados (elaboração de relatórios,
mapeamento do uso e ocupação do solo, reuniões, elaboração de projeto conceitual,
etc.);
d. Aquisição de terras.
e. Mobilização e desmobilização de pessoal e serviços.
2.4.1
Pesquisa mineral
Como mencionado anteriormente, as atividades de pesquisa mineral foram dispensadas de
licenciamento em abril de 2009. A Supram Jequitinhonha, em Diamantina, emitiu as declarações
nº 119525/2009, 119526/2009, 119573/2009, 119726/2009, 119662/2009, 119930/2009,
119937/2009, 119947/2009, 119993/2009, 119994/2009 e 120011/2009, desobrigando o
empreendedor Ingo Gustav Wender a licenciar ou obter autorização ambiental para
funcionamento das atividades de sondagem rotativa a diamante sem comercialização, por esta
atividade não estar enquadrada na Deliberação Normativa Copam nº 74/2004 ou por a atividade
ter porte ou potencial poluidor inferiores àqueles relacionados na referida Deliberação.
As atividades descritas a seguir não são consideradas objeto da avaliação de impactos este
estudo, embora estejam elencadas e descritas a seguir.
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2.4.1.1
Sondagens em campo
A primeira campanha de sondagem em Morro do Pilar foi realizada pela BHP Billiton Metais S.A.
(BHP) em março de 2008, quando a mesma possuia uma opção de compra com Ingo Gustav
Wender, sócio e Diretor da empresa Terrativa Minerais S.A. A BHP executou 8 furos de sondagem
com diâmetro NQ-em Morro do Pilar Norte e 6 furos de sondagem com o mesmo diâmetro em
Morro do Pilar Sul no período de 3 meses, num total de 1.191,30 metros de sondagem. Estes
furos foram executados pela Longyear e as análises químicas das amostras realizadas no
laboratório da SGS/Geosol, em Vespasiano, MG.
Após a BHP Billiton Metais S.A. devolver os direitos minerários por não ter exercido sua opção de
compra, a Terrativa Minerais S.A continuou a execução de sondagem dos principais alvos. Com
equipamentos e equipe própria de sondagem, compreendendo cinco sondas rotativas Sondeq
SS71 capazes de perfurar em diâmetro NQ a uma profundidade de aproximadamente 400 metros,
a empresa executou um total de 16.109,80 metros de sondagem rotativa em diâmetro NQ, sendo
1.191,30 metros em 2008, 2.550,95 m em 2009, 5.770,95 m em 2010 e 6.596,70 m em 2011.
Todos os furos de sondagem executados são verticais, sendo realizadas medidas de desvio para os
mais profundos.
Para realização das sondagens foram abertos acessos e praças de sondagem. Todas as atividades
envolvidas na operação de sondagem, descrições geológicas e geotécnicas, amostragem, QA/QC,
etc foram realizadas segundo procedimentos operacionais específicos. As análises químicas das
amostras realizadas no laboratório da SGS/Geosol, em Vespasiano, MG.
Após a finalização dos furos, suas coordenadas foram levantadas utilizando GPS-Geodésico e
garantindo o posicionamento X, Y, Z da boca do furo. Todos os furos encontram-se marcados em
campo através de marcos de concreto com placas de identificação em alumínio contendo
informações como área, nome do furo, profundidade e coordenadas X, Y, Z.
2.4.1.2
Armazenamento dos testemunhos de sondagem
Na base do projeto, Morro do Pilar, a empresa possui um galpão (Figura 2-4) galpão dispõe de
estrutura adequada para o desenvolvimento das atividades de descrição e amostragem dos
testemunhos.
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Figura 2-4 – Armazenamento de testemunhos geológicos.
Figura 2-5 – Caixas de testemunho de sondagem.
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2.4.1.3
Realização de testes
Estudos de desenvolvimento de processo foram realizados para avaliar alternativas de préconcentração e concentração. Os trabalhos realizados foram os seguintes:
•
Testes de cominuição em HPGR (High Pressure Grinding Roll) –-Laboratório da KHD
(Kloeckner Humboldt Deutz), Colônia, Alemanha - abr.2010;
•
Estudo de tratamento de rejeitos – FLSmidth nas instalações do PCM, Ouro Preto, MG set. 2010;
•
Determinações de Consumo específico de energia por determinação do “Work Index”–
UFMG-DEMIN, Belo Horizonte, MG - jul. a out. 2010;
•
Testes de beneficiamento mineral em escala bancada e piloto – Fundação Gorceix,
dezembro 2011;
•
Análises químicas – SGS, Vespasiano, MG.
Com base nos resultados destes testes, a equipe de processos minerais pode desenvolver o
projeto conceitual do empreendimento, determinando quais são os processos mais eficientes
para obtenção do produto final com os menores custos ambientais possíveis.
2.4.2
Gestão de relações institucionais
No âmbito deste processo, são feitos os contatos institucionais com órgãos, entidades e
lideranças locais, visando divulgar o empreendimento e obter subsídios para o desenvolvimento
do projeto. Tais contatos abrangem os órgãos públicos das diversas esferas governamentais, bem
como entidades e instituições de pesquisa que possam dispor de dados sobre a região do
empreendimento ou ter condições de participar do desenvolvimento dos estudos.
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A gestão das relações institucionais tem sido aplicada na prática, desde o início, com um diálogo
claro e estruturado com as partes interessadas ligadas ao empreendimento.
A gestão das relações institucionais e de comunicação da Morro do Pilar Minerais S.A. é feita por
meio de contatos com órgãos, entidades e lideranças governamentais, lideranças da sociedade
civil, formais e informais, com o objetivo de apresentar o empreendimento e obter subsídios para
o aprimoramento do projeto.
Ao longo do processo a Morro do Pilar Minerais vai implantar Comitês de Relacionamento com
Comunidades, Instituições Públicas (governos e órgãos reguladores), ONGs e um telefone 0800
para denúncias, contribuições e informações.
A Morro do Pilar Minerais está estruturando projetos integrados às comunidades onde atua, de
forma a contribuir com o desenvolvimento socioeconômico e ambiental da região.
Além disso, está empreendendo esforços concentrados para encontrar parceiros nas diversas
esferas governamentais, em instituições de pesquisa e na sociedade civil em geral, que possam
contribuir e ou dispor de dados e informações sobre a região do empreendimento ou, que
tenham condições de contribuir com o aprimoramento do projeto a ser implantado.
Instrumentos de cooperação como estes são importantes para aprimorar o projeto Morro do
Pilar, otimizando o uso de recursos privados e públicos e contribuindo para o desenvolvimento
regional, mediante a identificação de objetivos de interesse mútuo, somando esforços para uma
mesma finalidade e, consequentemente, beneficiando o coletivo da sociedade. Neste sentido, as
reuniões interinstitucionais têm grande expressividade neste processo, pois elas são muitas vezes,
a materialização e integração destes objetivos e interesses com os mais diversos públicos.
Com o objetivo de compartilhar cada etapa do processo, desde a constituição da empresa, em
março de 2010, foram realizadas reuniões com o executivo, o legislativo e comunidades locais dos
municípios de Morro do Pilar e Santo Antônio do Rio Abaixo. Foram também realizados estudos
socioeconômicos, diagnóstico e mapeamento das partes interessadas, através de parcerias com
especialistas em diversos temas, com o objetivo de estruturar pareceres sobre o empreendimento
e melhorar a formatação do projeto Morro do Pilar Minerais.
A seguir, apresenta-se o Plano de Relacionamento Institucional e de Comunicação do Projeto
Morro do Pilar:
Etapa 1
•
Alinhamento interno do projeto Manabi (Projeto Morro do Pilar - MOPI, Projeto Morro
Escuro - MOES, Mineroduto e Porto).
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Etapa 2
Divulgar para as partes interessadas de relacionamento da empresa sobre o projeto
•
Manabi (o que é, objetivos, ações, números macros, etc.);
Elaborar
•
cronograma
de
visitas
aos
governos,
Ministério
Público,
órgãos
ambientais, instituições da sociedade civil, comunidades, entre outros;
•
Estruturar diagnóstico do território e levantar as potencialidades locais;
•
Visitar o público selecionado para apresentar a proposta Morro do Pilar Minerais.
•
Preparar as audiências públicas;
•
Estruturar diálogo e projeto a ser desenvolvido em cada localidade, com
acompanhamento e mensuração de resultados.
Etapa 3
Divulgar interna e externamente as ações proativas e de compensação para as partes
interessadas, durante as etapas de construção do projeto (projetos, volume de recurso
investido - institucional, social e ambiental, número de beneficiados, resultados a serem
alcançados, etc).
•
Etapa 4
•
Estruturar eventos internos e externos para divulgação dos marcos do projeto Morro do
Pilar Minerais e dos projetos desenvolvidos pela empresa junto à sua área de atuação.
A seguir, apresenta-se histórico das principais reuniões realizadas até o momento com partes
interessadas.
•
Reunião de apresentação da Morro do Pilar Minerais para o poder público local (executivo
e legislativo) de Morro do Pilar e Santo Antônio do Rio Abaixo (setembro e
novembro/2011 e janeiro de 2012);
•
Reunião de apresentação da Morro do Pilar Minerais para a comunidade de Morro do
Pillar (novembro/2011 e janeiro de 2012);
•
Mapeamento dos stakeholders;
•
Estudo socioeconômico prévio de Morro do Pilar;
•
Treinamento das equipes de campos das empresas parceiras sobre responsabilidade social
e relacionamento com comunidade, meio ambiente e saúde e segurança;
•
Identificação e contratação de especialistas para apoio na estruturação de parecer sobre o
projeto Morro do Pilar Minerais;
•
Reuniões prévias de apresentação da Morro do Pilar Minerais com: Fiemg, SindExtra, Sesi,
Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Recursos Hídricos,
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Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, AMDA, Revista Ecológico, Sebrae,
entre outros (outubro, novembro e dezembro/2011);
•
Estruturação de agenda para encontros de apresentação do Projeto MOPI para o governo
(executivo e legislativo) e comunidade de Morro do Pilar e Santo Antônio do Rio Abaixo;
•
Estruturação de agenda para encontros prévios com instituições relevantes para
apresentação do Projeto Morro do Pilar Minerais.
2.4.3
Elaboração de estudos e projetos
O processo de elaboração de estudos busca obter os dados e conhecimento técnico para as
definições de projeto do empreendimento minerário, assim como subsídios para elaboração do
presente EIA. Para tanto, são realizadas tarefas destinadas à obtenção de dados secundários e
primários, os quais são organizados e sistematizados para subsidiar as avaliações técnicas de
engenharia e de meio ambiente.
Como resultado dessas tarefas, tem-se a consolidação de dados que permitem fazer a análise das
alternativas locacionais e a escolha daquele mais adequada do ponto de vista técnico, ambiental e
econômico.
A descrição evolutiva dos estudos e projetos elaborados para o empreendimento pode ser
verificada no capítulo de Alternativas Tecnológicas e Locacionais, deste EIA.
No tocante à área de meio ambiente, são feitos os levantamentos relativos aos meios físico,
biótico e socioeconômico, com vistas à elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e respectivo
Relatório de Impacto Ambiental. Esse Estudo é apresentado ao órgão ambiental para fins de
requerimento da Licença Prévia - LP.
2.4.3.1
Levantamento de dados em campo
Diversos temas necessitam de levantamento de dados em campo, o que envolve o deslocamento
e estadia em Morro do Pilar de equipes de técnicos especialistas em cada área temática.
Trabalhos como o levantamento topográfico (tradicional e perfilhamento a laser – aéreo),
levantamento da hidrografia e nascentes, levantamento de fauna e flora, inventário florestal,
medições de qualidade do ar e níveis de ruído, amostragem de solos, pesquisa socioeconômica,
pesquisa geológica, espeleológica e arqueológica etc., são exemplos de levantamentos de dados
em campo.
Outro aspecto relativo ao levantamento de dados em campo é o contato pessoal entre os
técnicos e moradores, da área rural e urbana, representados pela pesquisa socioeconômica ou
qualquer outra atividade que possa requerer autorização dos proprietários para acesso às
propriedades privadas.
Os seguintes estudos e projetos já foram ou estão sendo realizados no âmbito do projeto MOPI:
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•
Estudos de viabilidade – Empresa responsável: Terrativa Minerais S/A;
•
Projeto conceitual – Empresa responsável: ECM S.A. Projetos Industriais;
•
Estudo de Impacto Ambiental – Empresa responsável: Geonature Serviços em Meio
Ambiente Ltda.;
•
Estudos de disposição de rejeito – Empresa responsável: Pimenta de Ávila Consultoria;
•
Estudos de caracterização da mina – Empresa responsável: Coffey Consultoria;
•
Estudos de suprimento de energia elétrica – Empresa responsável: Dalben Consultoria;
•
Estudos e projeto de acessos e vias – Empresa responsável: C&P consultoria;
•
Depósito de estéril – Empresa responsável: Fontes consultoria.
2.4.4
Aquisição de terras
Para a implantação do Projeto Morro do Pilar, será necessária aquisição de imóveis rurais que
conterão, além do pit das minas, as instalações industriais e áreas auxiliares.
A Morro do Pilar Minerais, por intermédio da Consultoria Vaz de Mello, está realizando o
cadastramento e avaliação dos imóveis contidos na área de interesse e realizará um processo de
negociação com cada proprietário.
A aquisição de terras e de benfeitorias seguirá as normas específicas emanadas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (NBR 14653 – 1 Avaliação de Bens – Parte 1: Procedimentos
Gerais e NBR 14653-3 (Avaliação de Bens – Parte 3: Imóveis Rurais).
A partir de pesquisa de valor de mercado regional, os imóveis serão avaliados considerando as
benfeitorias disponíveis (edificações, culturas, criações e outras).
2.4.5
Mobilização e desmobilização de pessoal e serviços
No âmbito deste processo, a mobilização da mão-de-obra nesta fase, necessária ao
desenvolvimento de estudos ocorreu mediante a contratação de empresas especializadas, que
foram responsáveis pela seleção e capacitação de trabalhadores. Na sua maioria, as pessoas
envolvidas nas atividades já compõem o quadro de empregados das empresas contratadas. Uma
fração menor deste efetivo mobilizado para elaboração desta etapa é realizada por contratos
temporários, que com o final das atividades são desmobilizados. Além dos efetivos das empresas
contratadas, a equipe técnica da Morro do Pilar Minerais teve participação efetiva nesta fase.
Nesta fase do projeto foram envolvidos 89 técnicos.
2.5
Fase de implantação
A atividade de implantação deste empreendimento compreende a execução das obras de
terraplenagem, construção civil, montagem eletromecânica, comissionamento e o pré-stripping. A
seguir, são listadas as estruturas a serem implantadas no projeto:
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•
Usina de beneficiamento de minério de ferro e sua infraestrutura:
o
Vias internas;
o
Britagem primária e sua infraestrutura;
o
Estruturas para beneficiamento do minério;
o
Oficinas de manutenção pesada e leve de veículos e equipamentos;
o
Postos de abastecimento de veículos pesados e leves;
o
Reservatórios de água (bruta e recuperada);
o
Unidades e interconexões de apoio à fase de operação do complexo de
beneficiamento (sistema de tratamento de efluentes industriais - ETEI; sistema de
tratamento de água bruta – ETA; sistema de distribuição de água
recuperada/reservatório de água recuperada; subestações elétricas);
o
Unidades de apoio operacional e administrativo (edifícios administrativos;
cozinha/refeitórios; vestiários; portaria principal/balança).
•
Empilhamento de rejeito drenado:
o
Barragem de empilhamento de rejeito drenado e recuperação de água - Vale do
córrego do Brumado;
o
Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte.
•
Pilhas de estéril;
•
Paiol de explosivos;
•
Transportador de correia de longa distância – TCLD MOPIS;
•
Sistemas de controle ambiental:
o
Aterro sanitário;
o
Sistema de drenagem provisória;
o
Rede coletora e sistema de tratamento de esgotos;
o
Sistema de contenção e separação de óleo – SAO;
o
Centro de Materiais Descartáveis - CMD;
o
Bacia de sedimentação de efluente de concreto;
o
Viveiro de mudas.
Para o desenvolvimento de tais atividades, será necessária a implantação de infraestrutura de
obra, composta pelos seguintes itens:
•
Canteiros de obras;
•
Alojamentos temporários;
•
Estradas de acessos e de serviços;
•
Suprimento de energia;
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•
Suprimento de água;
•
Infraestrutura de apoio à obra (AEs e ADMEs).
O empreendimento está apresentado nos itens a seguir.
2.5.1
Mobilização de pessoal
2.5.1.1
Mobilização de pessoal – Fase de implantação
O empreendimento possui um cronograma de implantação previsto para 34 meses. Ao longo
desse período, o quadro funcional será dinâmico e variável, sendo que, no pico de obra, a
estimativa é de um quantitativo de 6.000 trabalhadores, os quais serão alojados em edificações a
serem instaladas em áreas pré-determinadas, próximas às obras e fora dos núcleos urbanos.
Uma pequena parcela deste total de trabalhadores poderá ser alojada em residências
desocupadas ou em edificações a serem construídas em lotes disponíveis nas cidades de Morro
do Pilar e Santo Antônio do Rio Abaixo.
O empreendedor incentivará todas as contratadas a aproveitar, na medida do possível, a mão-deobra direta e indireta disponível na região de influência da obra, dentro de uma atuação de
responsabilidade social com as comunidades locais. As contratações serão realizadas ao longo da
construção das estruturas, conforme histograma apresentado na Figura 2-6 a seguir:
4215
411
782
2240
1600
1415
980
980
650
650
170
170
170
170
170
170
170
170
1465
1646
2156
2486
2563
1844
2629
3070
3437
4552
5251
6002
6002
6002
5672
5208
Figura 2-6 – Histograma de mão de obra – Equipe de implantação.
M1 M3 M5 M7 M9 M11 M13 M15 M17 M19 M21 M23 M25 M27 M29 M31 M33
O regime de trabalho será concentrado no turno diurno, porém haverá atividade de construção
em regime ininterrupto, obedecendo à legislação trabalhista vigente.
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O transporte dos trabalhadores na fase de implantação, entre os alojamentos e as frentes de
obras será realizado através de ônibus, e estima-se, para atender a demanda no pico das obras, a
utilização de 123 viagens por dia.
Após a conclusão dos serviços de implantação deste empreendimento, o efetivo de mão-de-obra
contratada será desmobilizado, sendo que alguns dos trabalhadores que participaram desta fase
poderão fazer parte das equipes da fase operacional.
2.5.1.2
Mobilização de pessoal – Equipe de operação
A contratação da mão-de-obra para fase de operação do empreendimento ocorrerá desde o início
da fase de implantação, conforme histograma apresentado na Figura 2-7 a seguir. Durante a fase
de implantação, esta equipe recebe a denominação de equipe pré-operacional.
A mobilização gradual da equipe de operação é necessária, pois esta equipe acompanhará a
instalação dos equipamentos, os testes e comissionamento da unidade de beneficiamento,
atuarão na definição de procedimentos operacionais e participarão de capacitações e
treinamentos internos; atividades estas que devem ser feitas antes do início da fase de operação.
Esta mão de obra ficará nos alojamentos durante a fase de implantação. Na medida que forem
instaladas residências nos núcleos urbanos de Morro do Pilar e Santo Antônio do Rio Abaixo, a
acomodação desta mão de obra passará a ser gradativamente nestas localidades.
Figura 2-7 - Histograma de mão de obra – Fase de operação – Equipe pré-operacional.
A Morro do Pilar Minerais buscará aproveitar, na medida do possível, a mão-de-obra direta e
indireta disponível na região de influência da obra.
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2.5.2
Mobilização de pessoal - Fases de implantação e operação
Assim, durante os 34 meses da fase de implantação do empreendimento, haverá contratação de
mão de obra tanto para a fase de implantação quanto para a fase de operação do
empreendimento, conforme histograma apresentado na FIGURA 2-8 a seguir.
Figura 2-8 – Histograma de mão de obra – fases de implantação e operação.
2.5.3
Acesso principal externo
Durante o início da fase de implantação, será utilizada como rota de transporte uma parte da
estrada que liga a cidade de Morro do Pilar à cidade de Carmésia (a rodovia MG-232). Embora o
trecho se inicie em Morro do Pilar, o tráfego não passará pela sede urbana.
Com a evolução das obras, um novo acesso será implantado para tornar-se o acesso principal ao
empreendimento, o qual também poderá servir como solução para a interferência que a MG-232
sofrerá durante a fase de operação do empreendimento, que se refere ao enchimento da
barragem de empilhamento de rejeito drenado.
Esse novo acesso a ser construído terá aproximadamente 9,6 km, iniciando-se na estrada
intermunicipal entre a cidade de Morro do Pilar e a cidade de Santo Antônio do Rio Abaixo, de um
ponto situado a aproximadamente 2 km de distância da sede municipal da cidade de Morro do
Pilar. Este acesso chegará à portaria principal do empreendimento e à MG-232, que terá seu
acesso interrompido quando da operação do empreendimento. Este acesso será operado
inicialmente sem pavimentação na fase de obras e poderá receber pavimentação asfáltica para a
fase de operação, quando também poderá ser utilizado como alternativa à MG-232, caso o órgão
responsável, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) se posicione favorável a esta
alternativa de relocação.
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Como descrito no capítulo de alternativas locacionais, este traçado foi definido buscando a
mínima interferência com fragmentos florestais e aproveitando as características naturais do
relevo, evitando a necessidade de grandes cortes e aterro. A seguir, se encontra a Figura 2-9 com
a localização do acesso em questão:
Figura 2-10 – Localização do acesso principal externo, outras estruturas da ADA e principais
estradas existentes.
2.5.4
Canteiros de obra e alojamentos
Para a implantação do Projeto Morro do Pilar, será utilizado um canteiro de obras central onde se
localizarão as estruturas de apoio compartilhadas e, distribuídas ao longo da obra, serão
utilizados canteiros avançados, mais próximos às frentes de trabalho facilitando a condução das
atividades.
Face à localização do empreendimento, que se encontra afastado de grandes centros urbanos,
associada à necessidade de um grande número de mão de obra para a execução das atividades se
Documento nº
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torna imperativo a construção de alojamentos para abrigar os trabalhadores na fase de
construção do empreendimento.
2.5.4.1
Canteiro central
A localização do canteiro central foi escolhida levando em consideração uma área próxima à
planta de beneficiamento, com facilidade de acesso para chegada de insumos e escoamento para
a área de implantação, e principalmente um local com baixo impacto ambiental. O local que
atende a estes critérios é uma área que será ocupada por uma pilha de estéril, na fase de
operação, após a desmobilização do canteiro. A discussão das alternativas locacionais para esta
estrutura encontra-se no capítulo específico.
As edificações a serem construídas irão obedecer às exigências mínimas previstas nas Normas
Regulamentadoras: NR-10 (instalações e serviços em eletricidade), NR18 (segurança do trabalho
na construção civil) e NR24 (condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho) da portaria
Nº 3.214 de 08.06.78 do Ministério do trabalho.
O canteiro ocupará uma área de aproximadamente 133.000 m², contando com uma infraestrutura
básica e instalações de apoio que será capaz de atender as novas demandas, sendo composto
pelas seguintes benfeitorias:
•
Escritório da proprietária e da gerenciadora;
•
Escritórios das subcontratadas e supervisões de montagem;
•
Estacionamento com capacidade de 450 vagas veículos leves;
•
Vestiário para atender 600 pessoas simultâneas;
•
Restaurante com cozinha industrial e refeitório;
•
Ambulatório médico;
•
Brigada de incêndio;
•
Sanitários;
•
Estação de Tratamento de Efluentes – ETE, que receberá todo efluente da obra(exceto
alojamentos);
•
Estacionamento para veículos pesados;
•
Depósito de resíduos temporário;
•
Almoxarifado coberto para armazenamento de equipamentos e materiais de uso na obra;
•
Almoxarifado externo para armazenamento de equipamentos e materiais de uso na obra;
•
Central de concreto;
•
Área de convivência do canteiro;
•
Estação de Tratamento de Água – ETA para 20 m³/h;
•
Caixa d’água elevada.
O croqui do canteiro central está apresentado na Figura 2-11 sua localização na planta geral do
empreendimento na Figura 2-12.
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Figura 2-11 – Layout / croqui do canteiro de obras central.
Figura 2-12 – Localização do canteiro central e dos canteiros avançados em relação a planta geral
do empreendimento.
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2.5.4.2
Canteiros obra avançados
Próximo às frentes de serviços estarão distribuídos canteiros de obra avançados, com estruturas
básicas que suportaram o avanço das atividades, assim distribuídos:
a) Planta de beneficiamento
Parte da obra que terá maior concentração de atividades e, por conseguinte, maior numero de
mão de obra mobilizado, contará com:
•
3 canteiros de obra avançados, compostos de escritórios, em sua maioria containers,
dotados de sanitários, banheiros químicos, áreas de pré-montagens de equipamentos,
áreas de armazenamentos de materiais e equipamentos de pronto aplicação, vestiários;
•
2 refeitórios.
b) Outras frentes de obra
Outras frentes de obra que também contarão com canteiros avançados são:
•
Britagem primária (MOPIN e MOPIS);
•
Barragem de empilhamento de rejeito drenado;
•
TCLD – Transportador de Carga de Longa Distância entre britagem e planta de
beneficiamento;
•
Paiol.
Estas áreas por terem uma menor concentração de mão de obra contarão com canteiro de obra
proporcionalmente menor aos utilizados na planta de beneficiamento, porém com as mesmas
estruturas, sendo um canteiro avançado por frente de serviço. Devido à distância, estes canteiros
também contarão com refeitório para eliminar a necessidade de transporte.
2.5.4.3
Central de concreto
Estrutura de apoio, instalada no canteiro de obras central, a central de concreto terá uma
capacidade de produção em torno de 200m³/hora. Esta Central de Concreto contará com a
seguinte estrutura: entrada e saída de caminhões, escritórios e sanitários, refeitório, laboratório,
pátio de armazenamento de matérias primas, pátio destinado às betoneiras, usina dosadora de
cimento e sala de controle. Contará ainda com um sistema de tratamento de esgotamento
sanitário a ser definido posteriormente, podendo ser fossas sépticas e filtro anaeróbio ou ETE
compacta, além de um sistema de tratamento dos efluentes de concreto (bate-lastro). Os
detalhes deste sistema encontram-se detalhados a seguir, no item “Sistemas de Controle
Ambiental”.
A central de concreto terá um layout onde as áreas afins estejam próximas, facilitando a
mobilidade dos trabalhadores, máquinas e veículos.
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2.5.4.4
Alojamentos
A localização dos alojamentos provisórios foi estabelecida de acordo com as expectativas
estratégicas e logísticas do empreendimento, quanto à facilidade de implantação, disponibilidade
de área e proximidade dos locais de execução dos serviços, minimizando os trajetos para
transporte e deslocamento. Esta medida vai permitir menor trânsito nas estradas da região e
centralizar as ações de gestão de meio ambiente, tais como tratamento de efluentes sanitários e
coleta e destinação de resíduos sólidos.
Além disso, nos estudos de alternativas realizados para avaliação da localização dos alojamentos
foram consideradas todas as restrições ambientais, tendo sido inclusive realizada análise quanto à
ocupação local (comunidades existentes próximas da ADA), com objetivo de mitigar os impactos
ambientais e sociais. No volume II – Estudos de alternativas tecnológicas e locacionais – deste EIA,
estão detalhadas todas as premissas avaliadas para definição da locação destas estruturas.
As áreas dos alojamentos serão providas de infraestrutura necessária e estarão divididas em três
terrenos, nas quais as empreiteiras contratadas ficarão responsáveis pela construção e controle
de suas instalações. Será exigido pela Morro do Pilar Minerais, o atendimento das exigências
previstas nas seguintes Normas Regulamentadoras: NR18 (segurança do trabalho na construção
civil), NR-10 (instalações e serviços em eletricidade) e NR24 (condições sanitárias e de conforto
nos locais de trabalho) da portaria Nº 3.214 de 08.06.78 do Ministério do trabalho.
Planeja-se que as áreas destinadas aos alojamentos comportem um contingente de
aproximadamente 6.000 profissionais, volume atingido na fase de pico dos serviços.
Os alojamentos serão dotados também de sistemas de controle ambiental, como tratamento de
esgotos sanitários e efluentes de cozinha e refeitório, além de uma central de armazenamento
temporário de resíduos (CMD). Os efluentes sanitários de escritórios, refeitório e dos vestiários
serão direcionados para estação tratamento de efluentes líquidos (ETE) do tipo modular e
compacta. Os efluentes tratados serão lançados em corpo de agua superficial em concordância
com a resolução Conama 357/05 e Deliberação Normativa Copam 10/86.
A central de armazenamento temporário de resíduos será dividida em baias, o que permitirá o
armazenamento individualizado dos resíduos de diferentes classes até a sua destinação
adequada. Os resíduos ficarão depositados até que haja volume mínimo que viabilize o seu
transporte até o destino final, de acordo com o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos,
a ser elaborado para a fase da implantação do empreendimento.
Está prevista a construção três sites para abrigar todo o quadro de mão-de-obra direta prevista
para essa fase do empreendimento. A localização dos alojamentos está apresentada na Figura 213.
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Figura 2-13 – Localização dos alojamentos.
Os alojamentos terão as seguintes estruturas:
a. Prédios de alojamento, composto por conjuntos de quartos divididos por um banheiro
comunitário, distribuídos da seguinte forma:
o Prédios para o nível 1 para alojamento do pessoal de nível gerencial;
o Prédios para o nível 2 para alojamento do pessoal de nível de supervisão;
o Prédios para o nível 3 para alojamento do pessoal operacional.
b. Prédios de escritórios para administração, compostos por área comum, banheiros, copa e
posto bancário;
c. Um (1) prédio para portaria;
d. Um prédio de refeitório e cozinha;
e. Cinco (5) prédios de área de serviço e lavanderia;
f. Uma (1) ETE;
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g.
h.
i.
j.
Uma (1) ETA;
Um caixa d água elevada;
Locais para recolhimento da coleta seletiva e estocagem de lixo para descarte (CMD);
Área de lazer com centro de convivência, campo de futebol, quadra, salão de TV e jogos.
Em relação à execução das obras de instalação dos alojamentos das empreiteiras, será instalado
um pequeno canteiro de obras de modo a servir de suporte para as atividades de terraplenagem e
construção civil. É importante ressaltar que as áreas serão entregues cercadas no seu perímetro
externo, para que as empreiteiras executem os serviços de terraplenagem, arruamento,
drenagem e pavimentação, de acordo com a locação de suas edificações. Haverá distribuição de
posteamento com iluminação no arruamento e nos acessos.
A seguir, são apresentadas algumas diretrizes que deverão orientar as definições em relação às
soluções estruturais, ambiência e materiais de acabamento a serem adotados para as áreas de
alojamentos e canteiros:
Soluções estruturais das edificações
A empresa contratada deverá adotar sistemas estruturais compatíveis com a necessidade dos
prédios, baseado nos critérios de economia e tempo de uso.
Conforto ao meio ambiente
Identificação de fontes de ruído, calor, poeira, fumaça e exposição de chuva, para que os efeitos
prejudiciais sejam reduzidos.
Recomendação para especificação dos prédios de alojamentos:
-
Uso de cores claras, externamente e internamente;
-
Utilização máxima de luz natural;
-
Estudos de implantação, visando orientar a escolha de uma orientação adequada, a fim
de potencializar a ventilação natural.
Recomendação para os prédios administrativos, incluindo os que utilizam ar condicionado:
-
Uso de cores claras;
-
Localização dos prédios de forma que minimize os efeitos do calor durante no período do
dia;
-
Proteção solar para janelas com brises;
-
Uso de iluminação natural, se limitando nas características térmicas do prédio;
-
Uso de aberturas para garantir ventilação nos lugares sem ar condicionado ou ventilação
mecânica.
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Para áreas externas:
-
Uso de cores claras;
-
Instalação de cobertura nas calçadas entre os prédios, para proteção contra o sol e chuva;
-
Uso de vegetação, de forma a não prejudicar o desempenho da ventilação.
Iluminação e ventilação Natural
Estes itens devem ser aplicados sempre que possível, aproveitando as características do local.
Para assegurar as eficiências nessas soluções é necessário manter adequadamente os telhados
com desníveis para captação da ventilação.
Nos prédios em que não funcionam operações que produzem calor, a iluminação natural deve ser
levada em conta para tirar vantagens da iluminação solar, sem deteriorar o conforto térmico. Nos
prédios que existe geração de calor e onde geralmente não possui problemas de insolação, é
possível usar iluminação natural, sem causar problemas térmicos.
Soluções naturais térmicas devem ser aplicadas nos prédios administrativos e de alojamentos,
sendo que em cada caso deve ser analisado o balanço térmico. A ventilação é importante para
reduzir o excesso de calor, e sendo assim, todo prédio deverá ter sistema projetado de ventilação
natural a fim de se conseguir o melhor resultado e conforto ambiental.
Telhado e cobertura
Os telhados e coberturas dos prédios dos alojamentos devem ser projetados baseados nas
necessidades de ventilação, condições do ambiente, custo, rapidez e facilidade de instalação.
Piso
A seleção de materiais deve ser feita com cuidado para suprir as necessidades individuais de cada
setor.
Construções internas nas áreas comuns
Os sanitários dentro dos lotes devem estar localizados próximos às áreas dos dormitórios,
minimizando o percurso, a fim de atender às normas brasileiras e de construção.
Materiais
Os materiais de construção devem ser selecionados para cada utilização e a especificação deve
levar em conta seu desempenho, grau de combustão, não emissão de gases tóxicos, vida útil,
facilidade de manutenção, disposição no mercado, facilidade de instalação e investimento. Além
disso, deverá ser dada prioridade à utilização de materiais pré-moldados e/ou modulados que
permitam sua reutilização, quando da desmobilização dos alojamentos e canteiros.
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Sinalização
Deverão estar fixadas em locais para identificar claramente as principais áreas do site e de todos
os prédios.
2.5.4.5
Acessos aos canteiros e alojamentos
No início da fase de implantação do empreendimento, será utilizado como acesso para o canteiro
de obras e para os alojamentos, trecho da MG-232 que liga a cidade de Morro do Pilar à cidade de
Carmésia. Com a evolução das obras, um novo acesso foi projetado para tornar-se o acesso
principal ao empreendimento, tanto para a fase de implantação quanto para a fase de operação
(ver descrição deste acesso no item 2.5.3).
As estradas de acessos ao canteiro de obras central e aos alojamentos para fase de obra serão
executadas em acabamento primário, sem pavimentação asfáltica, com largura variável de 5 a 8
metros, com drenos pluviais laterais. Nestas vias, serão utilizados caminhões pipas para
umectação, visando reduzir a emissão de particulados.
2.5.4.6
Sistema de abastecimento de água
A água necessária para fase de construção, que irá abastecer os canteiros de obra e os
alojamentos será obtida através de captação em poços profundos. É prevista a construção de
cinco poços profundos de capacidade máxima de 20m³/h cada, sendo dois na planta de
beneficiamento e um em cada área de alojamento. Para a construção dos poços e captação de
água, a empresa contratada será a responsável em obter as outorgas no órgão competente,
atendendo à legislação pertinente. A água total ou parcial para esta fase também poderá ser
obtida a partir de captação de água superficial em cursos d´água da região e bombeada até os
reservatórios das áreas, a fim de ser distribuída para os pontos de consumo, o que será feito por
caminhões pipa e tubulações.
As águas depois de captadas serão armazenadas em “castelos” com capacidade de 20 m³,
distribuídos pela planta. Os “castelos” serão construídos ao lado dos poços. Para a água
proveniente de capitação superficial os “castelos” estarão posicionados próximos aos centros
consumidores. A partir destes reservatórios a água será distribuída para planta, sendo seu uso
separado para uso industrial e água potável. A parcela de água destinada para uso humano
passará por estação de tratamento de água – ETA, antes de seu uso. Já a água industrial terá sua
distribuição feita diretamente a partir dos reservatórios, podendo ser feito por caminhão ou
tubulação.
Serão realizados testes laboratoriais frequentes, atendendo à legislação vigente, para atestar a
qualidade da água potável.
Tanto a água potável como a água industrial terão reservatórios distribuídos pela obra, próximos
aos pontos de consumo. Os reservatórios distantes serão abastecidos por caminhão pipa, sendo
utilizados caminhões distintos para transporte de cada tipo de água para evitar contaminação.
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Os caminhões pipa serão abastecidos diretamente no tanque de estocagem de água industrial.
Será utilizado o sistema de abatimento de material particulado (despoeiramento) de forma
intensa, durante, principalmente, a obra de terraplanagem, através do uso de caminhões pipa,
atividade importante para garantir a qualidade do ar durante a fase de implantação.
2.5.4.6.1 Consumo de água para os alojamentos
O consumo de água irá aos padrões de potabilidade exigidos na PORTARIA nº. 518 do ano de 2004
do Ministério da Saúde.
Serão considerados os seguintes critérios para cálculo do consumo e da ETA:
•
Consumo humano: 80 l/pessoa /dia;
•
Restaurantes / refeitórios: 25 l/refeição/dia;
•
Rega de jardins: 1,5 l/dia/m²;
•
Vestiários: 40 l/pessoa/banho.
Sendo assim:
•
Consumo humano alojamentos: 6.000 pessoas x 80 l/pessoa/dia = 480.000 l/dia =
20,0m³/h;
•
Restaurantes / Refeitórios alojamentos: 6.000 refeições x 25 l/refeição/dia = 150.000 l/dia
= 6,25 m³/h;
•
Vestiários alojamentos: Somente funcionários do turno por banho: 6.000 pessoas x
40l/pessoa/banho = 240.000 l/dia = 10,0 m³/h;
•
Outros consumos alojamentos= 0,3 m³/h.
Total de consumo de água para os alojamentos:
TOTAL= 20,0+6,25+10,0+0,3 = 36,55 m³/h.
2.5.4.6.2 Consumo de água para os canteiros de obra
O consumo de água para os canteiros de obra é definido por consumos de obras similares. Este
consumo será utilizado para todos os processos de construção desde a limpeza de áreas como,
fabricação de concreto com a água industrial até o consumo de água potável para consumo
humano. Não há índices que projetem os consumos na sua totalidade.
Assim, consumo de água para canteiro de obras está sendo estimado em: 20 m³/h.
2.5.4.6.3 Consumo de água total
Somando o consumo para os canteiros de obra e o consumo de água para os alojamentos, o
consumo total máximo de água para fase de construção está previsto em 57 m³/h.
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2.5.4.6.4 Estação de Tratamento de Água – ETA
As ETAs tanto do canteiro quanto do alojamento serão fornecidas como unidades operacionais
completas, na modalidade turn key, entrega em operação, na seguinte configuração:
a.
b.
c.
d.
Bombas de alimentação da ETA;
Calha Parshall;
Tanque de mistura rápida dotado de agitador com variador de frequência;
Casa de Química, incluindo:

01 tanque diário de sulfato de alumínio de 1,0 m³, em polipropileno, dotado de
sonda de nível;

01 tanque diário de cal hidratada de 1,0 m³, em polipropileno, dotado de sonda
de nível;

01 cilindro de cloro de 50,0 kg de carga;

01 tanque diário de flúor de 1,0 m³, em polipropileno, dotado de sonda de nível;

04 bombas dosadoras dotadas de variadores de frequência, com suas respectivas
reservas;

01 painel elétrico;

Controle automático de pH on-line para manter as condições ideais de floculação.
e. Floculador mecânico primário, dotado de palheta em madeira de lei acionado por meio
de motor com variador de velocidades e redutor, diretamente acoplados, com seções
circulares;
f. Floculador mecânico secundário, dotado de palheta em madeira de lei acionado por meio
de motor com variador de velocidades e redutor, diretamente acoplados, com seções
circulares;
g. Decantador de escoamento horizontal dotado de módulos tubulares;
h. Filtro horizontal de camada dupla;
i. Tanque de contato;
j. Turbidímetro on-line para monitoramento da turbidez do efluente;
k. Instrumentação pertinente completa;
l. Sistemas de adensamento de lodo completo composto de: tanque pulmão, duas bombas
de lodo (uma operacional e uma reserva), adensador de lodo dotado de raspador de lodo
mecanizado, duas bombas de lodo adensado (Tipo deslocamento positivo) e uma
centrífuga de lodo.
As capacidades das ETAs serão suficientes para atender aos volumes calculados no item anterior,
tanto para os alojamentos como para o canteiro de obras.
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2.5.4.7
Sistema de abastecimento de energia
Toda a demanda de energia elétrica para as obras de implantação será suprida pela CEMIG Central de Energia de Minas Gerais, por meio de uma linha de distribuição em 13,8 kV
proveniente da cidade de Conceição do Mato Dentro.
Tanto em relação aos alojamentos quanto para os canteiros de obras será fornecido um ponto
para tomada de energia elétrica em 13,8 kV. Caberá à empresa contratada, usuária da energia em
realizar o rebaixamento da tensão, bem como a interligação e a distribuição, a partir deste ponto,
de acordo com os padrões técnicos e de segurança definidos.
O consumo de energia durante a fase de implantação do empreendimento está estimado em
750MWh/mês, o que representa um consumo médio de aproximadamente 1 MWh/h.
Serão também utilizados geradores a diesel para suprimento de energia para atividades em
execução em áreas isoladas e para suprimento de energia de emergência, para o caso de falta de
energia no sistema.
2.5.4.8
Sistema de abastecimento de combustível
Com a existência de frota móvel de equipamentos e veículos leves em geral será necessário o
suprimento de óleo diesel e gasolina/álcool. A empresa responsável pela obra terá, em seu
canteiro, locais específicos de armazenamento e abastecimento adequados conforme a norma.
A empresa contratada pelas obras deverá utilizar caminhão-tanque (comboio) ou kits de tanques
de combustível, que não deverão ultrapassar a capacidade de 15,0m3. Esses tanques serão
instalados sobre bacia de contenção, respeitando a legislação vigente (NBR 17.505) e normas
internas, de modo a evitar acidentes.
2.5.5
Insumos de obras para implantação
Para a implantação das obras, serão utilizados materiais e insumos inerentes à construção civil.
Os agregados de construção civil (argila, areia, brita, pedra, aço e cimento) serão adquiridos de
diversos fornecedores, devidamente cadastrados e licenciados para operar. Tendo em vista a
reduzida produção de agregados de construção civil na região e considerando o elevado
quantitativo de consumo previsto nas obras de implantação do empreendimento, prevê-se que a
maioria dos fornecedores deverá estar situada em outras regiões produtoras, possivelmente da
região metropolitana de Belo Horizonte, podendo ser estendido esta área de fornecimento para
outras regiões para atender a alta demanda do empreendimento.
Nas regiões adjacentes ao projeto foram encontrados áreas com formações geológicas que
apresentam características de rocha que atendem a geração de agregados. Estas áreas poderão
ser desenvolvidas por empresas especializadas para suprir as necessidades parciais ou totais do
empreendimento.
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2.5.5.1
Transporte de insumos
A mobilização inicial (primeiros equipamentos) será feita através de acessos já existentes. A
continuidade da mobilização dos equipamentos e insumos de maior porte será feita pelo novo
acesso que será construído na fase de implantação do empreendimento, o qual foi denominado
nesta Caracterização do Empreendimento como acesso principal externo. Este acesso está
descrito no item 2.5.3.
Durante as obras de implantação do empreendimento, haverá necessidade de importação de
alguns equipamentos de grande porte, assim como transporte de insumos de grande volume e ou
peso.
Estes produtos importados terão como principal via de translado o transporte transoceânico,
devendo, portanto, aportar prioritariamente no país pelos portos mais próximos ao
empreendimento, como os portos do Rio de Janeiro, Santos ou Vitória.
Após o desembarque nos portos, os equipamentos e insumos seguirão via transporte terrestre
até a área do empreendimento utilizando as rodovias federais (BR) 381, 262, 116, 040, 120 e a
rodovia estadual MG 232. A rota final a ser utilizada a partir da BR-120 será feita por estradas
intermunicipais, passando por Santa Maria de Itabira, Passabém, São Sebastião do Rio Preto,
Santo Antônio do Rio Abaixo e por fim, Morro do Pilar. Esta rota final já é asfaltada entre Santa
Maria de Itabira a Santo Antônio do Rio Abaixo. São previstos melhoramentos nesta rota e obras
para contornar as vias urbanas. Conforme já mencionado, tal implantação e operação não estão
englobadas por este EIA.
As operações de transportes especiais, além de todas as medidas preventivas, também deverão
ser acompanhadas por técnicos especializados, com veículos devidamente identificados e
adaptados para esta atividade, com acompanhamento por batedores durante todo o período de
realização.
Estima-se que no pico das obras da Fase de Implantação sejam realizadas 200 viagens de veículos
leves por dia e ocorra a chegada de 15 caminhões pesados por dia, com equipamentos e insumos.
2.5.6
Serviços preliminares
Para dar início às obras de implantação do empreendimento será necessária a execução de
diversos serviços preliminares citados a seguir.
2.5.6.1
Serviços de sondagem
A sondagem de reconhecimento à percussão permite obter, além da amostragem do terreno,
seus índices de resistência à penetração, definindo sua consistência (solos predominantes
coesivos) e/ou compacidade (solos granulares não coesivos), bem como, por correlação e sua
adequada interpretação, parâmetros aproximados de suas tensões admissíveis à compressão,
cisalhamento e adensamento.
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
Página:
105
Morro do Pilar Minerais S.A.
2.5.6.2
Supressão da vegetação
A supressão de vegetação será precedida do inventário florestal das áreas. Os serviços de
supressão compreendem remoção de vegetação rasteira, corte, destocamento de árvores.
A madeira passível de aproveitamento será armazenada temporariamente até a destinação final.
O solo orgânico superficial, que será utilizado para recomposição de áreas degradadas, será
provisoriamente armazenado na área do aterro sanitário, para posterior utilização. Os demais
materiais orgânicos não aproveitáveis (galhos, excesso de folhas) serão depositados no aterro
sanitário.
Com base nas plantas e no mapa de cobertura vegetal, será definida a área a ser demarcada em
campo para preservar a cobertura vegetal lindeira às frentes de obra, utilizando-se fita zebrada,
tinta spray ou placas de sinalização para a demarcação das áreas.
As informações detalhadas quanto à supressão vegetal necessária para implantação e operação
do empreendimento encontram-se no capítulo “Meio biótico” do volume 7 - Análise de impacto deste EIA.
A Tabela 2-8, integrante do item “Perda de exemplares da flora” da análise de impacto ambiental
desenvolvida no Volume VII – Prognóstico ambiental deste estudo ambiental, mostra os
quantitativos de supressão de vegetação por tipologia vegetal em cada estrutura do
empreendimento.
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
Página:
106
Morro do Pilar Minerais S.A.
Tabela 2-8 - Distribuição da supressão vegetal na ADA por tipologia vegetal e estrutura do empreendimento.
Acesso cava - PDE Norte 1
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
0,0%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
0,0%
Edificação
0,0%
FESD estágio inicial
1.115,94
4,4%
FESD estágio médio
14.847,28 59,1%
Pastagem
9.163,52 36,5%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
0,0%
TOTAL
25.126,75 100,0%
Acesso cava - PDE Norte 2
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
0,0%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
0,0%
Edificação
0,0%
FESD estágio inicial
0,0%
FESD estágio médio
0,0%
Pastagem
2.028,49 100,0%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
0,0%
TOTAL
2.028,49 100,0%
Acesso cava - PDE sul 1
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
0,0%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
28,71
0,2%
Edificação
890,29
5,7%
FESD estágio inicial
4.602,23 29,4%
FESD estágio médio
870,56
5,6%
Pastagem
9.251,30 59,1%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
0,0%
TOTAL
15.643,08 100,0%
Acesso cava - PDE sul 2
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
7.288,53 11,8%
Candeial
3.954,16
6,4%
Corpo d'água
0,0%
Edificação
0,0%
FESD estágio inicial
21.120,84 34,2%
FESD estágio médio
1.229,15
2,0%
Pastagem
28.080,66 45,5%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
0,0%
TOTAL
61.673,34 100,0%
Acessos internos
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
1.978,65
1,4%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
10,98
0,0%
Edificação
220,75
0,2%
FESD estágio inicial
40.042,50 28,2%
FESD estágio médio
57.913,30 40,8%
Pastagem
41.850,09 29,5%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
0,0%
TOTAL
142.016,27 100,0%
Acesso principal - externo
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
3.032,24
2,0%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
189,26
0,1%
Edificação
0,0%
FESD estágio inicial
5.523,37
3,6%
FESD estágio médio
0,0%
Pastagem
142.297,78 93,9%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
85,34
0,1%
Campo hidromórfico
439,48
0,3%
TOTAL
151.567,48 100,0%
Alojamento 1
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
0,0%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
0,0%
Edificação
0,0%
FESD estágio inicial
0,0%
FESD estágio médio
0,0%
Pastagem
145.598,72 100,0%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
0,0%
TOTAL
145.598,72 100,0%
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
Página:
28/03/2012
107
Alojamento 2
Área (m²)
%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
83.526,87 98,7%
0,0%
0,0%
0,0%
1.127,27
1,3%
84.654,14 100,0%
Morro do Pilar Minerais S.A.
Distribuição da supressão vegetal na ADA por tipologia vegetal e estrutura do empreendimento (continuação).
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
Alojamento 3
Área (m²)
3.988,36
245.793,06
1.281,31
251.062,74
Britador sul
Área (m²)
Documento nº
97.792,44
14.563,51
37.832,04
4.163,29
154.351,28
Antena
%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
1,6%
0,0%
97,9%
0,0%
0,0%
0,0%
0,5%
100,0%
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
63,4%
9,4%
24,5%
0,0%
0,0%
0,0%
2,7%
100,0%
Canteiro de obras
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
24.767,41
9,3%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
3.149,78
1,2%
Edificação
3.507,30
1,3%
FESD estágio inicial
20.950,68
7,8%
FESD estágio médio
32.060,29 12,0%
Pastagem
169.319,50 63,3%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
13.766,72
5,1%
TOTAL
267.521,67 100,0%
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
Área (m²)
%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
588,00 100,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
588,00 100,0%
Página:
28/03/2012
Aterro sanitário
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
0,0%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
0,0%
Edificação
0,0%
FESD estágio inicial
0,0%
FESD estágio médio
0,0%
Pastagem
21.470,03 100,0%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
0,0%
TOTAL
21.470,03 100,0%
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
108
Cava norte
Área (m²)
134.665,26
195.491,34
3.456,98
788,22
2.403.927,05
2.799.086,41
1.127.270,93
%
1,8%
2,6%
0,0%
0,0%
32,0%
37,2%
15,0%
0,0%
853.555,85 11,4%
1.025,18
0,0%
0,0%
7.519.267,23 100,0%
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
Britador norte
Área (m²)
18.392,23
88.092,94
13.448,12
119.933,28
%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
15,3%
73,5%
11,2%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
100,0%
Cava sul
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
Área (m²)
184.404,63
710,94
756,99
1.858.047,58
899.547,61
454.560,57
534.713,23
14.546,92
1.985,28
3.949.273,75
%
0,0%
4,7%
0,0%
0,0%
47,0%
22,8%
11,5%
13,5%
0,4%
0,1%
0,0%
100,0%
Morro do Pilar Minerais S.A.
Distribuição da supressão vegetal na ADA por tipologia vegetal e estrutura do empreendimento (continuação).
CMD
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
Área (m²)
563,17
%
1,3%
0,0%
0,0%
3.455,70
8,1%
0,0%
0,0%
38.563,29 90,6%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
42.582,17 100,0%
Duto de lama
Área (m²)
7.760,14
Documento nº
185,48
286,83
5.656,79
3.255,45
26.468,54
470,21
44.083,44
%
17,6%
0,0%
0,4%
0,7%
12,8%
7,4%
60,0%
0,0%
0,0%
0,0%
1,1%
100,0%
Depósito de materiais 1
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
0,0%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
0,0%
Edificação
0,0%
FESD estágio inicial
0,0%
FESD estágio médio
10.000,00 100,0%
Pastagem
0,0%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
0,0%
TOTAL
10.000,00 100,0%
Depósito de materiais 2
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
0,0%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
0,0%
Edificação
0,0%
FESD estágio inicial
3.943,21 39,4%
FESD estágio médio
0,0%
Pastagem
6.056,79 60,6%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
0,0%
TOTAL
10.000,00 100,0%
Depósito de materiais 3
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
0,0%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
0,0%
Edificação
0,0%
FESD estágio inicial
9.875,47 98,8%
FESD estágio médio
0,0%
Pastagem
124,53
1,2%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
0,0%
TOTAL
10.000,00 100,0%
Duto de rejeito
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
3.767,71
7,4%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
296,07
0,6%
Edificação
313,89
0,6%
FESD estágio inicial
7.406,71 14,5%
FESD estágio médio
3.853,04
7,5%
Pastagem
35.548,13 69,4%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
0,0%
TOTAL
51.185,54 100,0%
Barragem de empilhamento de rejeito drenado
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
216.123,29
4,0%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
22.739,59
0,4%
Edificação
31.791,33
0,6%
FESD estágio inicial
655.254,13 12,1%
FESD estágio médio
278.956,54
5,2%
Pastagem
3.699.034,69 68,4%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
4.027,55
0,1%
Campo hidromórfico
501.614,11
9,3%
TOTAL
5.409.541,23 100,0%
Oficinas e administração
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
0,0%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
0,0%
Edificação
0,0%
FESD estágio inicial
0,0%
FESD estágio médio
67.127,82 42,2%
Pastagem
91.938,47 57,8%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
0,0%
TOTAL
159.066,30 100,0%
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
Página:
28/03/2012
109
Morro do Pilar Minerais S.A.
Distribuição da supressão vegetal na ADA por tipologia vegetal e estrutura do empreendimento (continuação).
Paiol
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
Área (m²)
4.622,30
%
6,8%
0,0%
0,0%
0,0%
23.484,50 34,7%
0,0%
39.657,18 58,5%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
67.763,98 100,0%
PDE cava 4
Área (m²)
80.786,57
27.184,10
Documento nº
6.384,72
174.867,87
53.564,37
305.183,65
5.239,94
653.211,23
%
12,4%
4,2%
0,0%
1,0%
26,8%
8,2%
46,7%
0,0%
0,8%
0,0%
0,0%
100,0%
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
PDE cava 1
Área (m²)
806,18
23.998,56
18.597,23
43.401,97
%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
1,9%
55,3%
42,8%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
100,0%
PDE norte 1
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
0,0%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
0,0%
Edificação
0,0%
FESD estágio inicial
109.239,82 15,7%
FESD estágio médio
13.145,26
1,9%
Pastagem
568.250,61 81,9%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
3.057,01
0,4%
TOTAL
693.692,69 100,0%
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
Página:
28/03/2012
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
PDE cava 2
Área (m²)
%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
32,5%
48,9%
18,5%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
100,0%
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
PDE norte 2
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
42.012,58
6,2%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
12.713,89
1,9%
Edificação
4.105,63
0,6%
FESD estágio inicial
12.183,56
1,8%
FESD estágio médio
64.902,13
9,6%
Pastagem
500.739,93 74,3%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
37.519,90
5,6%
TOTAL
674.177,62 100,0%
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
110
3.486,18
5.241,61
1.985,18
10.712,97
PDE cava 3
Área (m²)
10.048,42
265,77
52.101,05
2.336,04
61.573,96
126.325,24
PDE norte 3
Área (m²)
101.246,57
11.718,92
18.453,59
1.012.084,08
181.800,46
1.832.473,65
9.545,28
3.167.322,54
%
0,0%
8,0%
0,0%
0,2%
41,2%
1,8%
48,7%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
100,0%
%
3,2%
0,0%
0,4%
0,6%
32,0%
5,7%
57,9%
0,0%
0,0%
0,0%
0,3%
100,0%
Morro do Pilar Minerais S.A.
Distribuição da supressão vegetal na ADA por tipologia vegetal e estrutura do empreendimento (continuação).
PDE sul 1
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
PDE sul 2
Área (m²)
86.760,73
652,99
27.703,62
234.966,90
1.927,74
2.548.304,12
232,58
36.157,96
2.936.706,64
%
3,0%
0,0%
0,0%
0,9%
8,0%
0,1%
86,8%
0,0%
0,0%
0,0%
1,2%
100,0%
Posto de abastecimento
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
0,0%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
0,0%
Edificação
0,0%
FESD estágio inicial
3.201,11 20,6%
FESD estágio médio
0,0%
Pastagem
12.342,05 79,4%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
0,0%
TOTAL
15.543,15 100,0%
Documento nº
%
0,9%
0,2%
0,1%
0,2%
3,5%
0,0%
2.029.521,34 90,1%
0,0%
0,0%
0,0%
113.353,86
5,0%
2.251.433,43 100,0%
Ponte cava sul
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
0,0%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
197,43 10,2%
Edificação
0,0%
FESD estágio inicial
1.747,02 89,8%
FESD estágio médio
0,0%
Pastagem
0,0%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
0,0%
TOTAL
1.944,45 100,0%
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
Recuperação de água
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
18,38
0,0%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
0,0%
Edificação
0,0%
FESD estágio inicial
11.075,51 20,4%
FESD estágio médio
2.713,11
5,0%
Pastagem
38.992,07 71,8%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
1.480,61
2,7%
TOTAL
54.279,68 100,0%
Reservatório de água e galpão de geologia
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
0,0%
Candeial
12.874,37 21,7%
Corpo d'água
0,0%
Edificação
0,0%
FESD estágio inicial
25.272,24 42,5%
FESD estágio médio
20.634,46 34,7%
Pastagem
636,13
1,1%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
0,0%
TOTAL
59.417,21 100,0%
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
Área (m²)
19.663,62
3.545,94
2.274,96
5.105,36
77.968,36
Página:
28/03/2012
111
Portaria
Área (m²)
%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
2.380,01 17,7%
0,0%
11.097,19 82,3%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
13.477,20 100,0%
TCLD sul
Área (m²)
1.636,64
36,74
391,13
7.312,92
3.270,84
39.076,60
213,63
2.200,19
54.138,70
%
3,0%
0,0%
0,1%
0,7%
13,5%
6,0%
72,2%
0,0%
0,0%
0,4%
4,1%
100,0%
Morro do Pilar Minerais S.A.
Distribuição da supressão vegetal na ADA por tipologia vegetal e estrutura do empreendimento (continuação).
UBM
Tipologia
Área plantada
Candeial
Corpo d'água
Edificação
FESD estágio inicial
FESD estágio médio
Pastagem
Campo sujo
Campo rupestre
Solo exposto
Campo hidromórfico
TOTAL
Documento nº
Área (m²)
52.597,11
431,54
8.559,93
70.297,44
156.426,36
223.711,24
512.023,62
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
%
10,3%
0,0%
0,1%
1,7%
13,7%
30,6%
43,7%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
100,0%
Página:
28/03/2012
Viveiro de mudas
Tipologia
Área (m²)
%
Área plantada
638,66 13,6%
Candeial
0,0%
Corpo d'água
0,0%
Edificação
0,0%
FESD estágio inicial
0,97
0,0%
FESD estágio médio
0,0%
Pastagem
4.001,74 85,5%
Campo sujo
0,0%
Campo rupestre
0,0%
Solo exposto
0,0%
Campo hidromórfico
39,74
0,8%
TOTAL
4.681,11 100,0%
112
Morro do Pilar Minerais S.A.
2.5.6.2.1 Demolição
Foram detectadas interferências na área de intervenção do empreendimento, sendo estas
basicamente, pequenas edificações, postes, cabos elétricos e cercas. Existem na área do
empreendimento atualmente 49 edificações, sendo que 34 serão demolidas para liberação de
áreas para a primeira etapa do empreendimento, e 15 para liberação de áreas para a segunda
etapa de operação. Considerou-se para a estimativa do volume de resíduos de construção civil
cada edificação tendo 60m² e gerando 5m³ de entulho a cada m². Desta maneira, estima-se que
cada edificação gera em média 300m³ de entulho, totalizando 14.700m³ de resíduos sólidos
relativos à demolição destas construções. A Tabela 2-9 a seguir resume estes volumes:
Tabela 2-9 – Volumes de demolição por etapa.
Moradias (n)
Outras edificações (n)
TOTAL
Volume de demolição (m³)
(n edificação x 60m² x 5m³)
Etapa 1
20
14
34
Etapa 2
14
1
15
TOTAL
34
15
49
10.200,0
4.500,0
14.700,0
Os resíduos provenientes da demolição das edificações (material inerte) serão encaminhados para
descarte na Pilha de estéril PDE Norte 3. Materiais em bom estado, possíveis de aproveitamento,
como postes e madeiras de cercas, serão separados e, devidamente armazenados, para posterior
utilização na instalação do empreendimento ou por terceiros.
Os demais materiais serão encaminhados para a Central de Materiais Descartáveis – CMD, para
posterior destinação final, procedimento que será efetuado por empresas contratadas e
licenciadas para tal fim.
2.5.6.2.2 Terraplenagem
Os serviços de terraplenagem são executados após a supressão de vegetação da área e as
seguintes tarefas são previstas: escavação, transporte de material excedente para aterro e
compactação de aterros. Poderá haver necessidade de desmonte de material de 3ª categoria com
a utilização de explosivos.
Durante os trabalhos de terraplenagem as vias serão umectadas utilizando caminhões-pipa,
visando redução da emissão de particulados para atmosférica.
Os projetos de terraplenagem foram estudados no sentido de equilibrar os volumes de corte e
aterro, visando minimizar a geração de material excedente dos cortes e a retirada de material de
empréstimo para o aterro. O volume excedente da atividade de terraplenagem dos platôs para
instalação da Planta de Beneficiamento será de 3.488.066m3.
Para construção do dique de partida da barragem de empilhamento de rejeito drenado serão
necessários 1.300.000m3 de solo. Serão elaborados estudos geotécnicos na área da barragem de
Documento nº
Data:
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28/03/2012
Página:
113
Morro do Pilar Minerais S.A.
empilhamento de rejeito drenado, bem como, do solo excedente da terraplenagem dos platôs da
usina de beneficiamento, buscando maximizar o uso dos solos provenientes destes locais na
construção do dique de partida.
Assim, o dique de partida da barragem de empilhamento de rejeito drenado será provavelmente
construído com solos provenientes de terraplenagem na área da própria barragem e/ou com os
solos excedentes da terraplenagem dos platôs para instalação da usina de beneficiamento, após
análise geotécnica que conclua pela viabilidade de uso dos solos para construção em barragem.
Os outros materiais necessários à construção da barragem (argila, brita, pedra) são insumos e
serão adquiridos de diversos fornecedores, devidamente cadastrados e licenciados para operar.
O excedente de solo de terraplenagem dos platôs da usina de beneficiamento será depositado na
área da pilha de estéril – PDE Norte 3. O local e a maneira de disposição serão descritos com
detalhe após o desenvolvimento do projeto executivo.
A estimativa de volumes de movimentação de terra pode ser visualizada nas Tabela 2-10, Tabela
2-11 e Tabela 2-12 a seguir:
Tabela 2-10 - Quantitativos de movimentação de terra – UBM e suas estruturas, paiol, barragem
de empilhamento de rejeito drenado e alojamentos.
ÁREA 0500 - GERAL DA INFRAESTRUTURA
(ITM, OFICINA, ADMINISTRATIVO,PORTARIA, CMD, PAIOL, ALOJAMENTO, BRITAGEM NORTE E RESERVATÓRIO)
Item
Unidade
Qde
DESMATAMENTO, LIMPEZA DO TERRENO E DEMOLIÇÕES
Desmatamento com destocamento de vegetação com Ø<=30 cm com remoção para área
de depósito - DMT até 1.000m
Escavação, carga, transporte, descarga e espalhamento de camada de solo superficial
para área de depósito - DMT até 1.000m
m²
1.135.224
m³
340.567
ESCAVAÇÕES
m³
8.814.803
ATERROS
m³
5.326.737
SUBLEITO
m²
624.133
REVESTIMENTO
m³
84.654
Documento nº
Data:
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Tabela 2-11 - Quantitativos de movimentação de terra – Canteiro de obras.
ÁREA 0520 - INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS
(CANTEIRO OBRAS)
Item
Unidade
Qde
DESMATAMENTO, LIMPEZA DO TERRENO E DEMOLIÇÕES
Desmatamento com destocamento de vegetação com Ø<=30 cm com remoção para área
de depósito - DMT até 1.000m
Escavação, carga, transporte, descarga e espalhamento de camada de solo superficial
para área de depósito - DMT até 1.000m
m²
272.833
m³
81.850
ESCAVAÇÕES
m³
400.349
ATERROS
m³
3.741.825
SUBLEITO
m²
213.280
REVESTIMENTO
m³
52.683
Tabela 2-12 - Quantitativos de movimentação de terra – Geral.
GERAL - GERAL
Item
Unidade
Qde
DESMATAMENTO, LIMPEZA DO TERRENO E DEMOLIÇÕES
Desmatamento com destocamento de vegetação com Ø<=30 cm com remoção para área
de depósito - DMT até 1.000m
Escavação, carga, transporte, descarga e espalhamento de camada de solo superficial
para área de depósito - DMT até 1.000m
m²
1.408.057
m³
422.417
ESCAVAÇÕES
m³
9.215.152
ATERROS
m³
9.068.562
SUBLEITO
m²
837.413
REVESTIMENTO
m³
137.338
2.5.7
Implantação de infraestrutura
2.5.7.1
Acessos internos
Para a interligação das diversas áreas do empreendimento serão implantadas estradas internas
em acabamento primário, sem pavimentação asfáltica, com respectivos rotatórios e dispositivos
de segurança. A pista de rolamento deverá possuir entre 5 e 8 metros de largura, dependendo do
local e da necessidade de sua instalação e serão dotadas de drenos pluviais laterais realizados
com corte do terreno natural. Serão utilizados caminhões pipas para umectação destas vias para
reduzir a emissão de particulados.
Documento nº
Data:
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Ao todo, considerando todos os trechos de acessos internos, serão 10,39 km de extensão.
2.5.7.2
Sistema de drenagem
Consiste na construção sistemas de drenagens com o objetivo de se controlar o escoamento das
águas pluviais através da construção de meio-fio, sarjetas, caixas de dissipação, valetas de pé e
crista de aterros e bueiros, caso necessário.
Esses serviços permitirão que as águas pluviais escoem em perfeita harmonia com plano
superficial de escoamento da bacia considerada, evitando o desenvolvimento de processos
erosivos e posterior comprometimento do ambiente em seu entorno.
A execução da drenagem contempla a execução de meios-fios, descidas d’água, canaletas de
drenagem e drenagens sub superficiais.
O dimensionamento destas estruturas será elaborado oportunamente na execução do projeto
executivo da planta de beneficiamento, incluindo estudos hidrológicos e projeto de drenagem.
2.5.8
Usina de beneficiamento
2.5.8.1
Obras civis e montagem eletromecânica
O escopo dos serviços relacionados às obras civis e montagem eletromecânica da usina de
beneficiamento abrange as seguintes áreas e subáreas:
•
Britagem primária;
•
Peneiramento;
•
Britagem secundária;
•
Britagem terciária;
•
Prensagem;
•
Moagem primária;
•
Deslamagem;
•
Flotação mecânica;
•
Moagem secundária;
•
Flotação em colunas;
•
Remoagem;
•
Espessamento de concentrado;
•
Espessamento de lamas;
•
Espessamento de rejeitos;
•
Oficinas;
•
Postos de abastecimento;
•
Unidades e interconexões de apoio à fase de operação do complexo de beneficiamento:

sistema de tratamento de efluentes industriais - ETEI;
Documento nº
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•

sistema de tratamento de água bruta – ETA;

sistema de distribuição de água recuperada/reservatório de água recuperada;
 subestações elétricas.
Unidades de apoio operacional e administrativo:

Prédio administrativo da usina

Escritório central / Sala de controle;

Centro de treinamento;

Cozinha central / Refeitório;

Refeitório da usina;

Vestiário da mina;

Vestiário da usina;

Portaria principal / Balança.
Os serviços de obras civis se constituem na execução de fundações e superestruturas para
equipamentos, edifícios, reservatórios, muros de contenção, bem como: lajes de piso, acessos,
rampas, bacias de contenção, drenagens, embutidos metálicos e elétricos, tratamento de esgotos
e acabamentos prediais (alvenarias, pintura, revestimentos, pisos, esquadrias, louças, coberturas
em fibrocimento, etc.).
O arranjo básico entre os diversos prédios e áreas de processo será elaborado levando-se em
consideração entre outros fatores, os seguintes:
•
Otimização do caminhamento dos transportadores;
•
Previsão das áreas e meios necessários à montagem, operação e manutenção;
•
Previsão dos espaços necessários aos cabos, tubos, dutos, em pipe racks ou fora dele;
•
Áreas de circulação e acessos com segurança;
•
Previsão de áreas livres para ampliações futuras;
•
Mínimo de interferência com o meio ambiente;
•
Aproveitamento ao máximo do relevo/ topografia.
Os espaços entre equipamentos, prédios, etc., serão sempre amplos permitindo pequenas
alterações durante o detalhamento do projeto. As rampas máximas dos acessos às instalações
não ultrapassarão os 8 %.
Os caimentos das drenagens pluviais serão direcionados, sempre que possível, para fora das
instalações, devendo sua inclinação ter preferencialmente uma declividade maior ou igual a 1%.
Os prédios de processamento a úmido terão o piso inferior revestido em concreto. Nestes pisos
serão implantadas canaletas de drenagem, com dimensões e inclinações compatíveis com os
volumes das vazões dos drenos na área do entorno para evitar transbordos e assoreamentos. As
canaletas terão tampas metálicas tipo grade, para permitir o escoamento de águas de limpeza e
eventuais descargas de caixas de bombas.
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
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Estas canaletas, no caso de drenagem de caixas de polpas, possuirão inclinações mínimas
compreendidas entre 1% a 6%. Inclinações maiores poderão ser aceitas em casos específicos e,
justificados tecnicamente.
O sistema de ventilação dos prédios com cobertura será natural, através de lanternins, com
venezianas colocadas ao longo do tapamento lateral em sua porção inferior. Os telhados e
tapamentos terão faixas com telhas translúcidas para permitir iluminação natural durante o dia.
Os locais de estocagem e manuseio de produtos químicos serão dotados de proteções (lavaolhos) e bacias de contenção.
Os equipamentos foram dimensionados em conformidade com as condições do uso de uma
mineração, serviço extra-pesado, em ambiente com poeira, umidade e sujeito a intempéries.
Serão levadas em conta as informações dos fornecedores de equipamentos e sistemas referentes
às limitações específicas de vibração, temperatura ou pressão na operação normal dos
equipamentos e estas deverão ser implantadas e supervisionadas para garantir assim uma
operação confiável e segura.Considerando as características acima, as áreas da britagem primária
e da planta de beneficiamento terão os equipamentos listados nos itens a seguir.
2.5.8.1.1 Britagem primária
A britagem primária será implantada próxima a cava, para reduzir a distância de transporte entre
a mina e a usina. Haverá duas britagens primárias, uma para etapa 1, instalada no pit norte e
outra para etapa 2, instalada na borda da cava do pit sul, está ultima será construída no final da
exploração da cava norte, similar à da etapa 1.
A Tabela 2-13 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de britagem
primária.
Tabela 2-13 - Equipamentos – Processo de britagem primária.
2005 - BRITAGEM
PRIMÁRIA
Potência Total
Potência Unitária
AP-2005-01/02
2
BR-2005-01/02
2
PR-2005-01
1
PR-2005-02
1
RM-2005-01/02
SI-2005-01/02
2
2
TE-2005-01/02
2
TE-2005-03/04
2
TR-2005-01/02
2
EX-2005-01
DM-2005-01
1
1
TR-2005-03
1
Alimentador de placas
Peso (t) = 58,0; Largura (mm) = 2500; Comprimento (m) = 13,0; Desnível
(m) = 3,0. Apresenta inversor de frequência.
Britador Giratório
Modelo: 60-110 ou similar; Peso(t): 588,10
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 100/20; Altura de elevação (m) = 28/40; Vão (m) = 13,2;
Translação (m) = 41,2; Peso (t) = 0,04
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 100/20; Altura de elevação (m) = 28/40; Vão (m) = 13,2;
Translação (m) = 41,2; Peso (t) = 0,04
Rompedor de matacos
Silo
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 2,0; Altura de elevação (m) = 4,0; Translação (m) = 20,0;
Peso (t) = 0,035
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = 5,0; Translação (m) = 13,0;
Peso (t) = 0,17
Transportador de Correia
Peso (t) = 95,8; Largura (mm) = 2000; Comprimento (m) = 65,0; Desnível
(m) = 6,0
Extrator de Sucatas
Detector de Metais
Transportador de Correia
Peso (t) = 381,84; Largura (mm) = 2000; Comprimento (m) = 245; Desnível
(m) = 6,0
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
Página:
118
300
600
1.000
2.000
140
140
140
140
56
-
112
-
6
11
8
15
450
900
800
800
Morro do Pilar Minerais S.A.
Das instalações de britagem primária, o minério segue para a usina de beneficiamento. Os
equipamentos de cada etapa da usina são apresentados nos itens seguintes.
2.5.8.1.2 Peneiramento
A Tabela 2-14 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de peneiramento.
Tabela 2-14 – Equipamentos – Processo de peneiramento.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
Potência Total
(kW)
2011 - PENEIRAMENTO
3.633
AL-2011-01 a 07
7
Alimentador de Correia
Peso (t) = 19,40; Largura (mm) = 1800; Comprimento (m) = 10,7; Desnível
(m) = 0,0
DV-2011-01
1
Divisor de Fluxo
Peso (t) = 10,0
EX-2011-01/02
2
Extrator de Sucatas
PN-2011-01 a 07
7
Peneira Vibratória
Tipo: Banana; Modelo: BS 12' x 28'; Peso(t): 23,24
PR-2011-01
1
PR-2011-02
1
SI-2011-01
1
TE-2011-01/02
2
TE-2011-03
1
TE-2011-04
1
TR-2011-01/02
2
TR-2011-03
1
TR-2011-04
1
TR-2011-05
1
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 40/5; Altura de elevação (m) = 23,5; Vão (m) = 12,0;
Translação (m) = 100,0; Peso (t) = 0,04
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 12,0; Altura de elevação (m) = 48,0; Vão (m) = 11,5;
Translação (m) = 100,0; Peso (t) = 0,02
Silo
100
700
15
15
55
385
90
90
12
12
-
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = 18,0; Translação (m) = 67,0;
Peso (t) = 0,045
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 2,0; Altura de elevação (m) = 17,0; Translação (m) = 68,0;
Peso (t) = 0,02
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = 15,0; Translação (m) = 5,0;
Peso (t) = 0,05
Transportador de Correia Móvel
Peso (t) = 66,7 ; Largura (mm) = 2400; Comprimento (m) = 40,0; Desnível
(m) = 0,0
Transportador de Correia
Peso (t) = 423; Largura (mm) = 1200; Comprimento (m) = 400,0; Desnível
(m) = 32,0
Transportador de Correia
Peso (t) = 390,35; Largura (mm) = 1000; Comprimento (m) = 410,0;
Desnível (m) = 32,0
Transportador de Correia
Peso (t) = 502,4; Largura (mm) = 2000; Comprimento (m) = 325,0; Desnível
(m) = 6,0
-
16
31
5
5
16
16
220
440
630
630
500
500
810
810
2.5.8.1.3 Britagem secundária e terciária
A Tabela 2-15 a seguir apresenta os equipamentos necessários para os processos de britagem
secundária e terciária.
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
Página:
119
Morro do Pilar Minerais S.A.
Tabela 2-15 – Equipamentos – Processos de britagem secundária e terciária.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
Potência Total
(kW)
2012 - BRITAGEM SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA
AL-2012-01 a 04
4
AL-2012-06 a 10
5
BR-2012-01 a 04
4
BR-2012-06 a 10
5
PR-2012-01
1
PR-2012-02
1
SI-2012-01/02
2
TL-2012-01
1
TR-2012-01
1
TR-2012-02
1
TR-2012-03
1
10.014
Alimentador de Correia
Peso (t) = 18,60; Largura (mm) = 1200; Comprimento (m) = 12,8; Desnível
(m) = 0,0
Alimentador de Correia
Peso (t) = 23,25; Largura (mm) = 1200; Comprimento (m) = 16,0; Desnível
(m) = 0,0
40
160
40
200
Britador cônico
Modelo: HP 800; Peso(t): 64,10
700
2.800
Britador cônico
Modelo: HP 5
450
2.250
12
12
69
69
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 7,5; Altura de elevação (m) = 41,0; Vão (m) = 10,0;
Translação (m) = 87,0; Peso (t) = 0,004
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 30/5; Altura de elevação (m) = 20,0; Vão (m) = 8,5;
Translação (m) = 87,0; Peso (t) = 0,018
Silo
-
Talha Manual
Capacidade (t) = 7,0; Altura de elevação (m) = 5,0; Translação (m) = 6,0;
Peso (t) = 0,05
Transportador de Correia Móvel
Peso (t) = 28,94; Largura (mm) = 1200; Comprimento (m) = 43; Desnível (m)
= 0,0
Transportador de Correia Móvel
Peso (t) = 198,1; Largura (mm) = 1000; Comprimento (m) = 35,0; Desnível
(m) = 0,0
Transportador de Correia
Peso (t) = 972,37; Largura (mm) = 2400; Comprimento (m) = 431,0;
Desnível (m) = 44,3
-
-
55
55
55
55
4.413
4.413
2.5.8.1.4 Prensagem
A Tabela 2-16 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de prensagem.
Tabela 2-16 – Equipamentos – Processo de prensagem.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
Potência Total
(kW)
2022 - PRENSAGEM
9.499
AL-2022-01/02
2
Alimentador de Correia
Peso (t) = 36,53; Largura (mm) = 2400; Comprimento (m) = 13,0; Desnível
(m) = 0,0
DV-2022-01
1
Divisor de Fluxo
Peso (t) = 6,0
HP-2022-01/02
2
Prensa de Rolos
Modelo: 2,4 m x 1,65 m
PR-2022-01
1
PR-2022-02
1
MO-2022-01
1
Moega
DM-2022-01/02
2
Detector de Metais
SI-2022-01/02
2
Silo
TR-2022-01
1
TR-2022-02
1
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 120/45; Altura de elevação (m) = 25,0; Vão (m) = 13,8;
Translação (m) = 71,0; Peso (t) = 0,055
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 7,5; Altura de elevação (m) = 52,0; Vão (m) = 9,5;
Translação (m) = 60,0; Peso (t) = 0,005
250
500
10
10
3.600
7.200
94
94
24
24
-
Transportador de Correia Reversível
Peso (t) = 578,0; Largura (mm) = 3000; Comprimento (m) = 22,40; Desnível
(m) = 0,0
Transportador de Correia
Peso (t) = 410,30; Largura (mm) = 2000; Comprimento (m) = 250,0;
Desnível (m) = 27,4
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
Página:
120
-
271
271
1.400
1.400
Morro do Pilar Minerais S.A.
2.5.8.1.5 Moagem primária de bolas e classificação
A Tabela 2-17 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de moagem
primária de bolas e classificação.
Tabela 2-17 – Equipamentos – Processo de moagem primária de bolas e classificação.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
Potência Total
(kW)
2035 - MOAGEM PRIMÁRIA DE BOLAS E CLASSIFICAÇÃO
35.972
AL-2035-01/02
2
Alimentador de Correia
Peso (t) = 35,12; Largura (mm) = 2400; Comprimento (m) = 12,5; Desnível
(m) = 0,0
AL-2035-04 a 09
6
Alimentador Rotativo de Bolas
-
BL-2035-01/02
2
Balança Integradora
-
BP-2035-01 a 04
4
Bomba de Polpa
Modelo:750MCU; Peso (t) = 60,0
CI-2035-01/02
2
Hidrociclone
Bateria de 18 ciclones de 32"
CX-2035-01/02
2
Caixa de Polpa
DP-2035-01/02
2
Desviador de Fluxo
Tipo: Arado; Peso (t) = 0,5
DV-2035-01
1
Divisor de Fluxo
Peso (t) = 6,0
MO-2035-01/02
2
Moinho de bolas
Modelo: 24' x 36'
PR-2035-01
1
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 25/10; Altura de elevação (m) = 30,0; Vão (m) = 33,5;
Translação (m) = 215,0; Peso (t) = 0,075
SI-2035-01/02
2
Silo
-
-
SI-2035-04 a 10
7
Silo
-
-
TE-2035-01
1
TE-2035-02/03
2
TE-2035-04
1
TL-2035-01/02
2
TL-2035-03
1
PR-2035-02
1
TR-2035-01
1
TR-2035-03
1
TR-2035-04
1
TR-2035-05
1
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
60
3.310
13.240
-
-
-
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 2,0; Altura de elevação (m) = 8,0; Curso (m) = 7,0 (raio de
giro) Translação (m) = 7,0; Peso (t) = 0,06
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 2,0; Altura de elevação (m) = 8,0; Curso (m) = 7,0 (raio de
giro) Translação (m) = 7,0; Peso (t) = 0,02
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 7,0; Altura de elevação (m) = 19,0; Translação (m) = 36,0;
Peso (t) = 0,05
Talha Manual
Capacidade (t) = 3,0; Altura de elevação (m) = 6,0; Translação (m) = 24,0;
Peso (t) = 0,03
Talha Manual
Capacidade (t) = 3,0; Altura de elevação (m) = 6,0; Translação (m) = 24,0;
Peso (t) = 0,03
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 25/10; Altura de elevação (m) = 31,0; Vão (m) = 33,5;
Translação (m) = 215,0; Peso (t) = 0,075
Transportador de Correia
Peso (t) = 49,45; Largura (mm) = 2000; Comprimento (m) = 29,0; Desnível
(m) = 9,38
Transportador de Correia
Peso (t) = 46,41; Largura (mm) = 600; Comprimento (m) = 130,0; Desnível
(m) = 0,0
Transportador de Correia
Peso (t) = 41,41; Largura (mm) = 600; Comprimento (m) = 116,0; Desnível
(m) = 0,0
Transportador de Correia
Peso (t) = 46,41; Largura (mm) = 600; Comprimento (m) = 130,0; Desnível
(m) = 0,0
Documento nº
30
Página:
121
2
4
10
10
11.000
22.000
47
47
4
4
4
8
40
40
-
-
47
47
500
500
4
4
4
4
4
4
Morro do Pilar Minerais S.A.
2.5.8.1.6 Deslamagem
A Tabela 2-18 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de deslamagem.
Tabela 2-18 – Equipamentos – Processo de deslamagem.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
Potência Total
(kW)
2040 - DESLAMAGEM
6.302
BP-2040-01 a 04
4
Bomba de Polpa
Modelo: 20" x 18" - AH WEIR; Peso (t) = 23,56
900
3600
BP-2040-07 a 14
8
Bomba de Polpa
Modelo: 14" x 12" - AH WEIR; Peso (t) = 8,54
330
2640
CI-2040-01 a 04
4
Hidrociclone
Bateria de 20 ciclones de 20"
-
CI-2040-07 a 14
8
Hidrociclone
Bateria de 124 ciclones de 4"
-
CX-2040-01/02
2
Caixa de Polpa
-
CX-2040-04 a 07
4
Caixa de Polpa
-
PN-2040-01 a 04
4
Peneira de Proteção
Área útil = 6 m²; Tela 1º deck (mm) = 1,5; Peso (t) = 3,5
PR-2040-01
1
PR-2040-02
1
PR-2040-03
1
PR-2040-04
1
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) =
Translação (m) = 215,0; Peso (t) = 0,02
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 7,0; Altura de elevação (m) =
Translação (m) = 70,0; Peso (t) = 0,005
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) =
Translação (m) = 122,0; Peso (t) = 0,02
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 7,0; Altura de elevação (m) =
Translação (m) = 122,0; Peso (t) = 0,005
3,7
15
30,0; Vão (m) = 30,0;
13
13
10,0; Vão (m) = 10,0;
11
11
30,0; Vão (m) = 30,0;
13
13
10,0; Vão (m) = 10,0;
11
11
2.5.8.1.7 Pilha pulmão de britado
A Tabela 2-19 a seguir apresenta os equipamentos necessários para a pilha pulmão de britado.
Tabela 2-19 – Equipamentos – Pilha pulmão para britador.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
2015 - PILHA PULMÃO PARA BRITADO
Potência Total
(kW)
4.804
AP-2015-01 a 03
3
Alimentador de placas
Peso (t) = 46,32; Largura (mm) = 2000; Comprimento (m) = 10,5; Desnível
(m) = 3,0. Apresenta inversor de frequência.
EX-2015-01
1
Extrator de Sucatas
TE-2015-01
1
TE-2015-02
1
TR-2015-01
1
TR-2015-02
1
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 7,0; Altura de elevação (m) = 8,5; Translação (m) = 82,0;
Peso (t) = 0,08
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 7,0; Altura de elevação (m) = 14,0; Translação (m) = 7,0;
Peso (t) = 0,08
Transportador de Correia
Peso (t) = 290,7; Largura (mm) = 2000; Comprimento (m) = 170,0; Desnível
(m) = 45,0
Transportador de Correia
Peso (t) = 467,8; Largura (mm) = 2000; Comprimento (m) = 290,0; Desnível
(m) = 48,0
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
Página:
122
119
358
16
16
16
16
2.207
2.207
2.207
2.207
Morro do Pilar Minerais S.A.
2.5.8.1.8 Pré Concentração por flotação mecânica
A Tabela 2-20 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de préconcentração por flotação mecânica.
Tabela 2-20 – Equipamentos – Processo de pré-concentração por flotação mecânica.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
Potência Total
(kW)
2045 - PRÉ-CONCENTRAÇÃO POR FLOTAÇÃO MECÂNICA
AG-2045-01 a 04
4
Agitador para polpa
BP-2045-01/02
2
Bomba de Polpa
Modelo: 12" x 10" - AH WEIR; Peso (t) = 6,30
BP-2045-03/04
2
Bomba de Polpa
Modelo: 20" x 18" - AH WEIR; Peso (t) = 24,34
BP-2045-05/06
2
8.564
75
300
300
600
1.250
2500
Bomba de Polpa
Modelo: 12" x 10" - AH WEIR; Peso (t) = 6,90
370
740
CF-2045-01 a 10
10
Célula de Flotação tipo Tanque - Estágio Rougher
Volume (m³) = 200; Número de linhas = 2; Número de tanques = 5
220
2.200
CF-2045-13 a 18
6
Célula de Flotação tipo Tanque - Estágio Scavenger 1
Volume (m³) = 200; Número de linhas = 2; Número de tanques = 3
220
1.320
CF-2045-21 a 24
4
Célula de Flotação tipo Tanque - Estágio Scavenger 2
Volume (m³) = 200; Número de linhas = 2; Número de tanques = 2
220
880
CR-2045-01 a 04
4
Condicionador de Polpa
-
CX-2045-01/02
2
Caixa de Polpa
-
CX-2045-03/04
2
Caixa de Polpa
-
TE-2045-01 a 04
4
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = 10,0; Translação (m) = 10,0;
Peso (t) = 0,4
CX-2045-05/06
2
Caixa de Polpa
6
24
-
2.5.8.1.9 Moagem secundária com ciclonagem de classificação
A Tabela 2-21 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de moagem
secundária.
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
Página:
123
Morro do Pilar Minerais S.A.
Tabela 2-21 – Equipamentos – Processo de moagem secundária com ciclonagem de classificação.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
Potência Total
(kW)
2050 - MOAGEM SECUNDÁRIA COM CICLONAGEM DE CLASSIFICAÇÃO
14.202
BP-2050-01/02
2
Bomba de Polpa
Modelo: 20" x 18" - AH WEIR; Peso (t) = 25,72
CI-2050-01/02
2
Hidrociclone
Bateria de 16 ciclones de 20"
-
-
CI-2050-03/04
2
Hidrociclone
Bateria de 20 ciclones de 20"
-
-
CX-2050-01
1
Caixa de Polpa
DP-2050-01
1
Desviador de Fluxo
Tipo: Arado; Peso (t) = 0,5
2
2
MO-2050-01
1
Moinho de bolas - 24' x 36'
11.000
11.000
TL-2050-01
1
Talha Manual
Capacidade (t) = 3,0; Altura de elevação (m) = 6,0; Translação (m) = 24,0;
Peso (t) = 0,03
1.600
3200
-
-
2.5.8.1.10 Flotação em colunas
A Tabela 2-22 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de flotação em
colunas.
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
Página:
124
Morro do Pilar Minerais S.A.
Tabela 2-22 – Equipamentos – Processo de flotação em colunas.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
Potência Total
(kW)
2055 - FLOTAÇÃO EM COLUNAS
8.666
AG-2055-01 a04
4
Agitador para polpa
75
300
BP-2055-01 a 04
4
Bomba de Polpa
Modelo: 20" x 18" - AH WEIR; Peso (t) = 22,48
560
2240
BP-2055-05/06
2
Bomba de Polpa
Modelo: 650 MMC; Peso (t) = 45,96
1.000
2000
BP-2055-07/08
2
Bomba de Polpa
Modelo: 20" x 18" - AH WEIR; Peso (t) = 23,56
900
1800
BP-2055-09
1
Bomba de Polpa
Modelo: 20" x 18" - AH WEIR; Peso (t) = 22,48
560
560
CF-2055-01 a 28
28
Colunas de Flotação - Estágio Cleaner
Diâmetro (m) = 5,0; Altura (m) = 14,5
-
-
CF-2055-35 a 46
12
Colunas de Flotação - Estágio Recleaner
Diâmetro (m) = 5,0; Altura (m) = 14,5
-
-
CF-2055-49 a 56
8
Célula de Flotação - Estágio Scavenger Cleaner
Volume (m³) = 200; Número de linhas = 2; Número de tanques = 2
220,0
1.760
CR-2055-01 a 04
4
Condicionador de Polpa
-
CX-2055-01/02
2
Caixa de Polpa
-
CX-2055-03/04
2
Caixa de Polpa
-
CX-2055-05/06
2
Caixa de Polpa
-
CX-2055-07
1
Caixa de Polpa
-
TE-2055-01
1
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = 6,0; Translação (m) = 30,0;
Peso (t) = 0,4
DI-2055-01 a 05
5
Distribuidor de Polpa
6
-
2.5.8.1.11 Remoagem
A Tabela 2-23 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de remoagem.
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
6
Página:
125
Morro do Pilar Minerais S.A.
Tabela 2-23 – Equipamentos – Processo de remoagem.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
Potência Total
(kW)
2056 - REMOAGEM
35.458
BP-2056-01 a 03
3
Bomba de Polpa
Modelo: 16" x 14" - AH WEIR; Peso (t) = 14,78
CI-2056-01 a 03
3
Hidrociclone
Bateria de 12 ciclones de 20"
-
CI-2056-04 a 06
3
Hidrociclone
Bateria de 10 ciclones de 20"
-
CX-2056-01 a 03
3
Caixa de Polpa
-
DP-2056-01/02
2
Desviador de Fluxo
Tipo: Arado; Peso (t) = 0,5
2
4
MO-2056-01 a 03
3
Moinho de bolas - 22' x 44'
11.000
33.000
TR-2056-01
1
4
4
TR-2056-02
1
6
6
TR-2056-03
1
4
4
SI-2056-01
1
TE-2056-01
1
40
40
TL-2056-01 a 03
3
800
Transportador de Correia
Peso (t) = 31,00; Largura (mm) = 600; Comprimento (m) = 87,0; Desnível
(m) = 0,0
Transportador de Correia
Peso (t) = 41,00; Largura (mm) = 600; Comprimento (m) = 115,0; Desnível
(m) = 0,0
Transportador de Correia
Peso (t) = 28,56; Largura (mm) = 600; Comprimento (m) = 80,0; Desnível
(m) = 0,0
2400
Silo
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 7,0; Altura de elevação (m) = 19,0; Translação (m) = 36,0;
Peso (t) = 0,05
Talha Manual
Capacidade (t) = 3,0; Altura de elevação (m) = 6,0; Translação (m) = 24,0;
Peso (t) = 0,03
-
2.5.8.1.12 Recebimento, estocagem e preparação de reagentes / 2071 - distribuição de
reagentes
A Tabela 2-24 a seguir apresenta os equipamentos necessários para a área de recebimento,
estocagem e preparação de reagentes / distribuição de reagentes.
Tabela 2-24 – Equipamentos – Recebimentos, estocagem e preparação de reagentes / distribuição
de reagentes.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
Potência Total
(kW)
2060 - RECEBIMENTO, ESTOCAGEM E PREPARAÇÃO DE REAGENTES / 2071 - DISTRIBUIÇÃO DE REAGENTES
PR-2060-01
1
TE-2060-01
1
TE-2060-02
1
PR-2060-02
1
1
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 2,0; Altura de elevação (m) =
Translação (m) = 21,0; Peso (t) = 0,003
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 2,0; Altura de elevação (m) =
Peso (t) = 0,02
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 2,0; Altura de elevação (m) =
Peso (t) = 0,02
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 2,0; Altura de elevação (m) =
Translação (m) = 55,0; Peso (t) = 0,003
14,0; Vão (m) = 20,0;
6
6
32,0; Translação (m) = 50,0;
4
4
14,0; Translação (m) = 50,0;
4
4
14,0; Vão (m) = 8,0;
6
6
900
900
Outros equipamentos: bombas, amostradores, etc.
Documento nº
Data:
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28/03/2012
920
Página:
126
Morro do Pilar Minerais S.A.
2.5.8.1.13 Espessamento de concentrado
A Tabela 2-25 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de espessamento
de concentrado.
Tabela 2-25 – Equipamentos – Processo de espessamento de concentrado.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
Potência Total
(kW)
2065 - ESPESSAMENTO DE CONCENTRADO
921
BP-2065-01/01R
2
Bomba de Polpa
Modelo: 20" x 18" - AH WEIR; Peso (t) = 21,88
CX-2065-01
1
Caixa de Polpa
ES-2065-01
1
Espessador de Concentrado
Tipo: Coluna central; Diâmetro (m) = 48
TL-2065-01
1
Talha Manual
Capacidade (t) = 15,0; Altura de elevação (m) = 4,0; Translação (m) =
125,0; Peso (t) = 0,06
450
900
-
21
21
-
2.5.8.1.14 Espessamento de lamas
A Tabela 2-26 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de espessamento
de lamas.
Tabela 2-26 – Equipamentos – Processo de espessamento de lamas.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
Potência Total
(kW)
2075 - ESPESSAMENTO DE LAMAS
588
BP-2075-01/02/01R/02R
4
Bomba de Polpa
Modelo: 12" x 10" - AH WEIR; Peso (t) = 6,04
CX-2075-01
1
Caixa de Polpa
ES-2075-01
1
Espessador de Lama
Tipo: Coluna central; Diâmetro (m) = 90
132
-
60
2.5.8.1.15 Espessamento de rejeitos
A Tabela 2-27 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o processo de espessamento
de rejeitos.
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
528
Página:
127
60
Morro do Pilar Minerais S.A.
Tabela 2-27 – Equipamentos – Processo de espessamento de rejeitos.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
Potência Total
(kW)
2080 - ESPESSAMENTO DE REJEITOS
1.721
BP-2080-01/01R
2
Bomba de Polpa
Modelo: 16" x 14" - AH WEIR; Peso (t) = 12,95
CI-2080-01/02
2
Hidrociclone
Bateria de 4 ciclones de 26"
BP-2080-02
1
Bomba de Polpa
Modelo: 20" x 18" - AH WEIR; Peso (t) = 23,80
PR-2080-01
1
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 7,0; Altura de elevação (m) = 20,0; Vão (m) = 8,0;
Translação (m) = 20,0; Peso (t) = 0,005
CX-2080-01/02
2
Caixa de Polpa
ES-2080-01
1
Espessador de Rejeitos
Tipo:Coluna central; Diâmetro (m) = 58
330
660
1.000
1000
11
11
-
50
50
2.5.8.1.16 Bombeamento para a barragem de empilhamento de rejeito drenado
A Tabela 2-28 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o bombeamento para a
barragem de empilhamento de rejeito drenado.
Tabela 2-28 – Equipamentos – Processo de bombeamento para a barragem de empilhamento de
rejeito drenado.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
Potência Total
(kW)
2085 - EMPILHAMENTO DRENADO DE REJEITOS
2.100
BA-2085-01/01R
2
Bomba de Água
Modelo: HIGRA MI-345; Peso (t): 2,5
150
300
BA-2085-02/02R
2
Bomba de Água
Modelo: KSB-RDL 300-620A; Peso (t): 5,54
900
1.800
2.5.8.1.17 Tancagem para bombeamento do mineroduto
A Tabela 2-29 a seguir apresenta os equipamentos necessários para a área de tancagem para
bombeamento do mineroduto.
Tabela 2-29 – Equipamentos – Tancagem para bombeamento do mineroduto.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
2070 - TANCAGEM PARA BOMBEAMENTO DO MINERODUTO
AG-2070-01 a 04
4
Agitadores do tanques de mineroduto
DI-2070-01
1
Distribuidor de Polpa
TQ-2070-01 a 04
4
Tanque
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
Potência Total
(kW)
600
150
600
-
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2.5.8.1.18 Sistema de ar comprimido
A Tabela 2-30 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o sistema de ar comprimido.
Tabela 2-30 – Equipamentos – Sistema de ar comprimido.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
Potência Total
(kW)
3035 - SISTEMA DE AR COMPRIMIDO
TE-3035-01
1
TE-3035-02
1
15
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 3,0; Altura de elevação (m) = 7,0; Translação (m) = 35,0;
Peso (t) = 0,1
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = 6,0; Translação (m) = 30,0;
Peso (t) = 0,4
9
9
6
6
2.5.8.1.19 Oficinas
A finalidade do conjunto de oficinas é ser o ponto de convergência da administração, controle,
planejamento, execução e análise dos serviços de manutenção que envolva os recursos de oficina,
tais como programação, porte, sequência e volume de trabalho, tanto para os equipamentos
móveis em geral quanto para os equipamentos industriais do beneficiamento, além de incluir os
escritórios administrativos de gerência de manutenção e o almoxarifado específico.
a)
Oficina de manutenção pesada
Características das edificações:
o
Prédio fechado com cobertura e tapamento lateral, com acessos frontais abertos:

estrutura metálica;

cobertura e fechamento lateral telha trapezoidal galvanizada com espessura de
0,65 mm e telha trapezoidal translúcida;

pé direito útil da oficina - 15 m;

sistema de ventilação natural / brisas;

medidas de cada box comp. 24 m x larg. 15 m;

piso dos boxes da oficina em concreto para suportar as 198,0 t de uma pá
carregadeira frontal tipo CAT 994 F;

piso do resto da oficina em concreto para suportar 30 t;

sistema de iluminação natural com telhas translúcidas intercaladas na cobertura e
artificial com lâmpadas de vapor metálico.

Estruturas/equipamentos das oficinas:

equipamento de manutenção nos boxes - ponte rolante com carro duplo;

equipamento de manuseio para oficinas e almoxarifado - ponte rolante com
carro duplo;

plataforma elevada do almoxarifado - metálica com chapa xadrez;
Documento nº
Data:
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Página:
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
sobrecarga da plataforma do almoxarifado - 3.000 kgf/m² (2);

descarregamento no almoxarifado - por empilhadeira de garfo e ponte;

rolante para a plataforma elevada.

Escritórios das oficinas - estrutura metálica com alvenaria de blocos de concreto.
A Tabela 2-31 a seguir apresenta os equipamentos necessários nas oficinas de veículos pesados,
de caldeiraria e avançada.
Tabela 2-31 –Equipamentos da oficina de manutenção de veículos pesados, de caldeiraria e
avançada.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
4015 - OFICINA DE VEÍCULOS PESADOS/OFICINA CENTRAL DE MANUTENÇÃO, VESTIÁRIO E ESCRITÓRIO DA MANUTENÇÃO
PR-4015-01
1
PR-4015-02
1
BUSINESS CASE
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 35,0; Altura de elevação (m) = 16,0; Vão (m) = 23,0;
Translação (m) = 120,0; Peso (t) = 0,03
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 25,0; Altura de elevação (m) = 16,0; Vão (m) = 23,0;
Translação (m) = 90,0; Peso (t) = 0,025
Quantidade
128
69
69
59
Potência
Unitária (kW)
Descrição
Potência Total
(kW)
59
Potência Total
(kW)
4030 - OFICINA DE CALDEIRARIA
PR-4030-01
BUSINESS CASE
1
69
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 35,0; Altura de elevação (m) = 15,0; Vão (m) = 23,0;
Translação (m) = 40,0; Peso (t) = 0,03
Quantidade
69
Potência
Unitária (kW)
Descrição
69
Potência Total
(kW)
4070 - OFICINA AVANÇADA, SALA DE CONTROLE PRINCIPAL E ESCRITÓRIO DA OPERAÇÃO
PR-4070-01
1
Ponte Rolante
Capacidade (t) = 10,0; Altura de elevação (m) = 6,0; Vão (m) = 18,0;
Translação (m) = 30,0; Peso (t) = 0,015
28
28
A área útil da oficina de manutenção pesada é aproximadamente 4,95ha, e está localizado ao lado
da usina de beneficiamento, com uma estrada de acesso interna exclusiva para o deslocamento
de caminhões fora de estrada, que faz a ligação com a área da cava/britador norte.
b)
Oficina de manutenção leve
Localizadas em área contígua ao posto de abastecimento, descrito adiante, terão área útil de
0,14ha, e estão dimensionadas para operações de manutenção leve, como lubrificação, lavagem,
inspeção, pequenos reparos e calibragem de pneus.
c)
Oficina de brocas
Localizada em área contígua ao paiol, descrito adiante, terá área útil de 0,02ha, e está
dimensionada para operações de manutenção e afilamento de brocas e perfuratrizes utilizadas
nas operações de preparação dos furos para detonação com o uso de explosivos.
Documento nº
Data:
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Página:
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2.5.8.1.20 Postos de abastecimento
•
Posto de abastecimento de veículos pesados
Este posto tem a finalidade de reabastecer e prestar pequenos serviços aos caminhões fora de
estrada que fazem o transporte de ROM da mina para os britadores e terá as seguintes
instalações, equipamentos e sistemas:

anques de óleo diesel filtrado verticais: ao tempo e dentro de bacia de contenção
em concreto com drenagem oleosa;

escadas e estrutura do passadiço: metálica com piso gradeado;

bombas e filtros: ao tempo e dentro de caixa de contenção com drenagem
oleosa;

box do posto de abastecimento: área coberta com estrutura metálica e cobertura
com telha trapezoidal galvanizada e aberto nas laterais para receber caminhão
caminhões fora de estrada;

escritório, ferramentaria e salas diversas: em alvenaria de blocos de concreto;
com porta e janelas; com cobertura de telha trapezoidal galvanizada de espessura
de 0,65mm;

quantidade de boxes de abastecimento: 01 com acesso reto e sem manobra;

piso do box de abastecimento: em bloquete intertravado, para suportar peso de
um caminhão fora de estrada;

piso do posto: em bloquete intertravado, para suportar o peso dos equipamentos
dimensionados;

sistema de iluminação do posto: natural com telhas translúcidas na cobertura e
artificial com lâmpadas de vapor metálico;

equipamento de abastecimento: sistema duplo com bicos especiais;

sistema de atendimento avançado: ilha de lubrificação, lavagem, inspeção,
pequenos reparos e calibragem de pneus;

separação lama/água oleosa: pequeno fosso de decantação em concreto.
No posto de abastecimento haverá, em área contígua, uma pequena oficina para manutenção
leve, com área útil total de 0,14ha.
2.5.8.1.21 Sistema de tratamento de efluente industrial – ETEI
Na área do posto de lavagem de veículos pesados são gerados efluentes contendo sólidos e
resíduos oleosos, além de contaminantes químicos oriundos dos produtos utilizados para a
lavagem dos caminhões (detergentes, desengraxantes), para os quais há necessidade de
tratamento posterior visando atender os parâmetros de emissão de efluentes normalizados pelo
Conama Nº NR-357.
Documento nº
Data:
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Página:
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O efluente líquido da caixa separadora de óleo (SAO), contendo óleo emulsionado e produtos
químicos provenientes da lavagem de veículos, será transferido por bombeamento, para uma
Estação de Tratamento de Efluentes – ETEI específica para efluentes oleosos, com capacidade
entre 20 e 30 m³/h, para que através de um processo físico-químico promove a eliminação de
óleos e graxas emulsionados e oriundos da lavagem de peças, de veículos e de oficinas para
tornar o efluente líquido gerado em um recurso reutilizável ou um objeto de descarte seguro no
meio ambiente local.
Os dispositivos de tratamento e funcionamento da ETEI são descritos no 2.6.8.4, pois se trata de
um sistema de controle ambiental para a fase de operação.
2.5.8.1.22 Sistema de tratamento de água bruta –ETA
O sistema de geração de água potável estará localizado ao lado do reservatório elevado de água
nova, e consta de bombas de alimentação, da estação de tratamento de água – ETA e do
reservatório de água potável.
A ETA deverá adequar a água bruta, proveniente de captação nos rios Santo Antônio e Preto, aos
padrões de potabilidade exigidos na PORTARIA nº. 518 do ano de 2004 do Ministério da Saúde.
Configuração da ETA
As ETAs serão fornecidas como unidade operacional completa, na modalidade turn key, entrega
em operação, na seguinte configuração:
•
um escritório com laboratório incluso e sanitário;
•
bombas de alimentação da ETA;
•
calha Parshall;
•
tanque de mistura rápida dotado de agitador com variador de frequência;
•
casa de química, incluindo:
•
01 tanque diário de sulfato de alumínio de 1m³, em polipropileno, dotado de sonda de
nível;
•
01 tanque diário de cal hidratada de 1m³, em polipropileno, dotado de sonda de nível;
•
01 cilindro de cloro de 50 kg de carga;
•
01 tanque diário de flúor de 1,0 m³, em polipropileno, dotado de sonda de nível;
•
04 bombas dosadoras dotadas de variadores de freqüência, com suas respectivas
reservas;
•
01 painel elétrico de força e de controle;
•
controle automático de pH on-line para manter as condições ideais de floculação;
•
floculador mecânico primário, dotado de palheta em madeira de lei acionado por meio de
motor com variador de velocidades e redutor, diretamente acoplados, com seções
circulares;
Documento nº
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•
floculador mecânico secundário, dotado de palheta em madeira de lei acionado por meio
de motor com variador de velocidades e redutor, diretamente acoplados, com seções
circulares;
•
decantador de escoamento horizontal dotado de módulos tubulares;
•
filtro Horizontal de camada dupla;
•
tanque de contato;
•
turbidímetro on-line para monitoramento da turbidez do efluente;
•
instrumentação pertinente completa;
•
sistema de adensamento de lodo completo composto de: tanque pulmão, duas bombas
de lodo (uma operacional e uma reserva), adensador de lodo dotado de raspador de lodo
mecanizado, duas bombas de lodo adensado (tipo deslocamento positivo) e uma
centrífuga de lodo.
Reservatório de água potável
A água potável produzida pela ETA será transferida para um reservatório, um tanque construído
em concreto, com capacidade de 500 m³ e localizado em frente a ETA.
2.5.8.1.23 Sistema de captação e adução de água recuperada da barragem de empilhamento de
rejeito drenado e reservatório de água recuperada
A Tabela 2-32 a seguir apresenta os equipamentos necessários para o sistema de captação e
adução de água recuperada da barragem de empilhamento de rejeito drenado.
Tabela 2-32 – Equipamentos para o sistema de captação e adução de água recuperada da
barragem de empilhamento de rejeito drenado.
BUSINESS CASE
Quantidade
Potência
Unitária (kW)
Descrição
Potência Total
(kW)
3015 - SISTEMA DE CAPTAÇÃO E ADUÇÃO DE ÁGUA RECUPERADA
TE-3015-01
1
TE-3015-02
1
11
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = 6,5; Translação (m) = 12,5;
Peso (t) = 0,45
Talha Elétrica
Capacidade (t) = 5,0; Altura de elevação (m) = 8,0; Translação (m) = 25,0;
Peso (t) = 0,45
6
6
6
6
2.5.8.1.24 Subestações elétricas
A planta terá seu suprimento de energia elétrica por uma linha de transmissão de 230kV (objeto
de licenciamento específico) que alimentará uma subestação principal onde a tensão será
abaixada para nível de 34,5kV para distribuição interna. A partir da Subestação Elétrica (SE)
principal, sairão linhas de distribuição de 34,5kV, em cabos de alumínio nú, sustentados por
postes de concreto e fixos em cruzetas de madeira. Estas linhas alimentarão subestações
secundárias dentro da planta, próximo às cargas. Nas SEs secundárias haverá o rebaixamento da
tensão de distribuição de 34,5kV para as tensões dos equipamentos da área, os seguintes níveis
de tensão:
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•
Equipamentos: 13,8kV, 4,16kV, 440V;
•
Serviços auxiliares: 380V, 220V, 110V;
•
Sistemas de controle: 115Vcc e 110 Vca.
As subestações principal e secundárias terão transformadores de tensão, com liquido isolante tipo
óleo mineral, e em suas instalações serão contemplados sistemas de coleta de efluente conforme
norma ABNT, responsáveis pela coleta em caso de vazamentos. As salas elétricas serão
construídas em alvenaria ou em do tipo containers, obedecendo à norma regulamentadora NR 10
na elaboração de seu projeto e execução.
Basicamente, os serviços relacionados à construção das subestações elétricas constituem na
execução de superestrutura em concreto pré-moldado, lajes de piso, lajes de cobertura e
patamares de escadas em painéis alveolares protendidos e fundações, bacias de contenção e
caixas separadoras de água e óleo em concreto armado moldado in loco, acabamentos prediais
(alvenarias, pintura, revestimentos, pisos, esquadrias, bancadas e pias, coberturas em
fibrocimento, etc.) e instalações hidráulicas e elétricas.
A subestação elétrica terá uma área aproximada de 1,13ha.
2.5.8.1.25 Unidades de apoio operacional e administrativo
•
Prédio administrativo da usina
Será composto por três blocos interligados, sendo dois com escritórios, e um com um
auditório para 40 pessoas. Os escritórios serão compostos por sala de gerência, salas
para supervisores de operação, salas para técnicos de processo e de operação, salas
de engenheiros de processo e operação, sala de IPPC, sala de apoio de turno, salas
para reuniões e vídeo-conferência, além de sanitários, copa.
A edificação terá em torno de 485,0m² de área construída e 785,0m² de área de
cobertura e será equipada com ar condicionado.
•
Escritório central / Sala de controle
O escritório central estará localizado na entrada do platô dos prédios administrativos,
ao lado da cozinha central. A edificação será composta por três blocos retangulares,
sendo que um deles abrigará o Centro de Processamento de Dados – CPD - e os
demais abrigarão o escritório central. As edificações terão 839 m² de área construída
e 1204 m² de área de cobertura.
Em um dos blocos do escritório central estará alocado a gerência geral, o
planejamento em longo prazo, a gestão econômica, a gerência de meio ambiente e o
setor de tecnologia da informação - TI. No outro bloco, estará o setor de qualidade, o
setor de comunicação, a administração, o setor de suprimentos e o setor de recursos
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humanos. Para atender a todo o escritório central, haverá sala de reuniões, sala para
videoconferência, copa e sanitários.
O sistema construtivo será constituído de superestrutura em pilares e vigas de
concreto, vedação em alvenaria de tijolos cerâmicos e cobertura com telha de
fibrocimento para a sala de controle, e sistema construtivo em pré-fabricado de
madeira, do tipo modular, desmontável e remontável e com cobertura com telha de
fibrocimento, para o escritório central.
Os escritórios serão equipados com ar condicionado de janela.
•
Centro de treinamento
O centro de treinamento estará localizado ao lado da cozinha central e refeitório, no
platô dos prédios administrativos. Estará equipado com um auditório com
capacidade para 100 pessoas, uma sala de treinamento para 41 pessoas, uma outra
sala de treinamento para 24 pessoas e uma sala de reuniões para 12 pessoas.
Terá também sala para treinamento de computação para 6 pessoas, sala de analistas,
depósito para guarda de matéria, sanitários e copa. A edificação terá 1204m² de área
construída e 1775m² de área de cobertura.
O sistema construtivo será constituído de superestrutura em pilares e vigas de
concreto, vedação em alvenaria de tijolos cerâmicos e cobertura com telha de
fibrocimento.
O centro de treinamento será equipado com ar condicionado tipo split-system.
•
Cozinha Central / Refeitório
A cozinha central/refeitório estará localizada ao lado do escritório central/sala de
controle e ao lado do centro de treinamento. A cozinha, com capacidade de
produção de 2.000 refeições por dia, e o refeitório dimensionado para 1.300
refeições por dia, atenderão ao pessoal da Morro do Pilar Minerais e aos eventuais
terceiros. O refeitório central terá capacidade para 250 lugares. A edificação abrigará
o conjunto composto pela lanchonete e pelos sanitários. A edificação terá em torno
de 1204m² de área construída e 1775m² de área de cobertura.
O sistema construtivo será constituído de superestrutura em pilares e vigas de
concreto, vedação em alvenaria de tijolos cerâmicos e cobertura com telha de
fibrocimento para a cozinha, lanchonete e sanitários, e sistema construtivo em préfabricado de madeira, do tipo modular, desmontável e remontável e com cobertura
com telha de fibrocimento, para o refeitório.
Documento nº
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O refeitório será equipado com ar condicionado tipo split-system. As áreas de
cocção, preparo de café e lanches e higienização de louças serão providas de sistema
de exaustão.
•
Refeitório da usina
O refeitório da usina estará localizado ao lado do vestiário da usina. Receberá as
refeições semi-prontas da cozinha central. A cozinha terá capacidade de distribuição
de 1.000 refeições e o refeitório terá 200 lugares. A edificação terá em torno de
470,0m² de área construída e 588,0m² de área de cobertura.
O sistema construtivo será constituído de superestrutura em pilares e vigas de
concreto, vedação em alvenaria de tijolos cerâmicos e cobertura com telha de
fibrocimento, para a área de cozinha, enquanto que, para área de refeitório, será
adotado o sistema construtivo em pré-fabricado de madeira, do tipo modular,
desmontável e remontável, com cobertura também em telha de fibrocimento.
O refeitório será equipado com ar condicionado tipo split-system.
•
Vestiário da mina
O vestiário da mina estará localizado ao lado do escritório da mina, no platô da
britagem primária. Atenderá aos funcionários que trabalham na operação da mina e
terá um total de 150 armários no vestiário masculino e 30 no feminino. As
instalações sanitárias estarão dimensionadas para atender até 75 funcionários
simultaneamente.
A edificação terá 292,0m² de área construída e 353,0m² de área de cobertura e será
composta por sala de armários, sala de treinamento e diálogo de segurança, sala de
rádio, almoxarifado, sala de supervisores e instrutores, vestiários masculino e
feminino, de copa e bebedouros.
O sistema construtivo será constituído de superestrutura em pilares e vigas de
concreto, vedação em alvenaria de tijolos cerâmicos e com cobertura em telha de
fibrocimento. O posicionamento das janelas permitirá a ventilação cruzada no
interior da edificação.
•
Vestiário da usina
O vestiário da usina estará localizado ao lado do refeitório da usina e atenderá aos
funcionários que trabalham na usina. Terá um total de 750 armários no vestiário
masculino e 100 no feminino. As louças sanitárias estarão dimensionadas para
atender, no máximo, 250 funcionários simultaneamente. A edificação terá 257,0m²
de área construída e 343,0m² de área de cobertura.
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Página:
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O sistema construtivo será constituído de superestrutura em pilares e vigas de
concreto, vedação em alvenaria de tijolos cerâmicos e com cobertura em telha de
fibrocimento. O posicionamento das janelas permitirá a ventilação cruzada no
interior da edificação.
•
Portaria principal / Balança
A portaria principal estará localizada na entrada da planta, de forma a controlar a
entrada e saída de veículos e pessoas. A edificação será destinada ao controle de
acesso, à segurança patrimonial, à recepção e ao treinamento.
Será adotado o sistema construtivo em pré-fabricado de madeira, do tipo modular,
desmontável e remontável, com cobertura com telha de fibrocimento.
A edificação terá 99,0m² de área construída e 137,0m² de área de cobertura e será
equipada com ar condicionado de janela.
2.5.9
Empilhamento de rejeito drenado
O rejeito do processo da exploração do minério será depositado de acordo com a tecnologia de
empilhamento de rejeito drenado, em contraposição à disposição tradicional de rejeitos. Esta
tecnologia será descrita em detalhes nos subitens da fase de operação desta estrutura.
Considerando a produção total de rejeitos prevista para os 20 anos de operação do
empreendimento foi projetada a implantação de duas estruturas: a barragem de empilhamento
de rejeito drenado do Vale do córrego do Brumado e o empilhamento de rejeito drenado dentro
do Pit Norte. Uma síntese das alternativas locacionais estudadas para implantação desta estrutura
foi apresentada no capítulo de alternativas locacionais.
Para o início da operação da barragem de empilhamento de rejeito drenado, a área a ser utilizada
será preparada, envolvendo os mesmos serviços preliminares comuns às outras áreas do
empreendimento: sondagem, supressão de vegetação, demolição de interferências, remoção da
camada superficial de solo orgânico.
2.5.9.1
Barragem de empilhamento de rejeito drenado - Vale do Córrego do Brumado Localização e caracterização da disposição de rejeito
Para definição da melhor disposição do rejeito, a Morro do Pilar Minerais desenvolveu em
parceria com a consultoria Pimenta de Ávila, renomada empresa da área, um estudo de
alternativas para avaliar a melhor condição tecnológica e locacional para disposição de rejeito.
O estudo de alternativas realizado, concluiu que, para disposição dos rejeitos, a alternativa mais
viável, dos pontos de vista, técnico e econômico, seria a utilização do vale do córrego Brumado,
na região próxima a planta, com uma elevação final definida 645,0m. A localização do ponto
definido no estudo de alternativas é apresentada na Figura 2-14 a seguir:
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Figura 2-14 – Localização da barragem de empilhamento de rejeito drenado em relação a outras
estruturas do empreendimento – eixo do córrego do Brumado.
O eixo da barragem de empilhamento de rejeito drenado foi locado nas proximidades da
confluência do córrego Brumado com o rio Picão, segundo as coordenadas apresentadas nas
Tabela 2-33 e Tabela 2-34 a seguir:
Tabela 2-33 - Coordenadas do eixo da barragem de empilhamento de rejeito drenado na bacia do
córrego do Brumado - Dique de partida.
Ombreira
Coordenada Norte (N)
Coordenada Leste (E)
Direita
N = 7.875.630,405
E = 674.630,195
Esquerda
N = 7.876.054,123
E = 674.921,519
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Tabela 2-34 - Coordenadas do eixo da barragem de empilhamento de rejeito drenado na bacia do
córrego do Brumado - Dique final.
Ombreira
Coordenada Norte (N)
Coordenada Leste (E)
Direita
N = 7.875.634,347
E = 674.446,294
Esquerda
N = 7.876.232,081
E = 674.855,561
Os estudos de alternativas tecnológicas de disposição de rejeitos apontaram como alternativa
mais indicada à disposição hidráulica. O lançamento do rejeito nesses aterros é feito por via
hidráulica e os equipamentos mais comumente utilizados são os Hidrociclones ou os Spiggotings,
os quais geram as chamadas “praias” do aterro. Essa definição será realizada em etapas
posteriores de projeto. Uma das características mais importantes dos aterros hidráulicos é a
segregação sedimentar, onde o material lançado sofre uma classificação em função da
granulometria, da forma das partículas e da densidade real dos grãos, formando um gradiente de
concentração dentro do conjunto. O conhecimento da segregação do material é fundamental
para que se possa avaliar com maior precisão o comportamento do material lançado, responsável
pela estabilidade e segurança do empilhamento.
A Figura 2-15 a seguir, apresenta detalhamento das áreas de disposição na barragem de
empilhamento de rejeito drenado no vale do córrego do Brumado, de acordo com o tipo de
rejeito, e a localização dos diques.
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Figura 2-15 – Detalhamento das áreas de disposição e diques da barragem de empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado.
Dique de sela 5B
Captação de água
Corpo de lançamento
de rejeito de flotação
Canal extravasor
Dique de sela 6
Maciço final
Dique de sela 5A
Dique de partida
Ponto de lançamento
de lama
Dique de sela 4
Ponto de lançamento
de lama
Dique de sela 3
Dique de sela 2
Dique de sela 1
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Lançamento de rejeito
de flotação
Captação de água
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A Tabela 2-35 a seguir apresenta os principais dados de área da barragem de empilhamento de
rejeito drenado do vale do córrego do Brumado.
Tabela 2-35 - Áreas das bacias e dos diques da barragem de empilhamento de rejeito drenado do
vale do córrego do Brumado.
Áreas - empilhamento drenado do Brumado
bacia total + diques + sedimentacao
bacia de sedimentação (A)
dique da bacia de sedimentacao (B)
(A + B)
Bacia de disposicao de rejeito fino + grosso
Bacia de empilhamento drenado de rejeito grosso
Bacia de disposição de lamas
Bacia de disposição de lamas + diques laterais
Diques de contenção lateral
dique 1
dique 2
dique 3
dique 4
dique 5
Diques principais
Dique p.1
Dique p.3
Dique p.2
ha
540,95
0,85
0,26
1,11
209,72
50,72
249,19
253,93
0,85
1,50
0,52
0,92
0,95
14,72
5,01
11,03
Para transporte do rejeito grosso e lama entre a usina de beneficiamento e a área da barragem de
empilhamento de rejeito drenado são previstas tubulações separadas, com pontos de lançamento
distintos. O duto de lama tem extensão de 4,4km e o duto de rejeito tem extensão de 5,1km.
O balanço de massas, os estudos de dimensionamento do reservatório e os estudos locacionais do
eixo, bem como a análise das características dos rejeitos de flotação, mostraram que conceito
mais apropriado para o sistema de disposição de rejeitos em questão, seria o conceito do
empilhamento de rejeito drenado em que o dique de partida é alteado com o próprio rejeito para
montante.
O empilhamento drenado se caracteriza por um maciço permeável, construído com rejeitos
granulares e, portanto com boa drenabilidade. Desta forma, obtêm-se maciços não saturados
com uma maior estabilidade. Ademais, em caso de rupturas, o empilhamento drenado apresenta
um menor potencial de dano, pois como o rejeito se encontra drenado, a massa carreada não
atingirá grandes distâncias. Além disso, obtêm-se condições mais seguras para os alteamentos
para montante, pois o rejeito lançado (fundação para os alteamentos) apresenta boa
drenabilidade e portanto, o adensamento ocorre de maneira rápida, ou seja, há um ganho de
resistência condicionando a construção dos alteamentos.
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Os empilhamentos drenados são construídos em etapas: dique de partida em aterro compactado
convencional e alteamentos sucessivos utilizando como material de construção o rejeito de
flotação. A forma de construção dos empilhamentos drenados representa também um fator que
contribui para que este tipo de estrutura se caracterize como uma solução bastante atrativa, pois
como esta estrutura é construída em etapas, seus custos de implantação são diluídos ao longo da
sua vida útil.
A capacidade de armazenamento de rejeito é para 7 anos de lançamento de rejeito da
concentração e 20 anos de lançamento de lama. Para os 13 anos de lançamento de rejeito de
concentração restantes até a exaustão da mina, está previsto o aproveitamento da cava da mina
do pit norte, utilizando o mesmo processo da barragem do empilhamento de rejeito drenado do
vale do córrego Brumado.
2.5.9.1.1 Características do vale selecionado - Córrego Brumado
O córrego do Brumado está encaixado em um vale aberto. Trata-se de um vale extenso, com
aproximadamente 6 km de extensão, cuja capacidade de armazenamento, em função do conceito
adotado para estruturas de barramento, pode atingir a ordem de 156 Mm3 de rejeitos.
Esse vale encontra-se localizado a nordeste da cidade Morro do Pilar – MG. O curso d’água
principal (córrego do Brumado) se configura como um afluente do rio Picão, que se caracteriza
como um dos afluentes do rio Santo Antônio. A área de drenagem de sua bacia de contribuição
atinge 12 km2.
2.5.9.1.2 Estudos e projetos geotécnicos, hidrológicos e hidráulicos do sistema de
empilhamento de rejeito drenado
Estudos e projetos geotécnicos
Os estudos geotécnicos desenvolvidos para o empilhamento de rejeito drenado contemplaram os
seguintes tópicos:
•
Dimensionamento do dique de partida;
•
Dimensionamento do maciço final;
•
Análises de percolação;
•
Análises de estabilidade;
•
Dimensionamento do sistema de drenagem interna; e
•
Monitoramento e instrumentação do empilhamento de rejeito drenado.
Para o dimensionamento do dique de partida, do maciço final, bem como para a definição do
sequenciamento dos alteamentos foram utilizados resultados de análises de percolação e de
estabilidade, desenvolvidas para a condição de operação normal do empilhamento, ou seja, com
um modelo de fluxo estabelecido (regime permanente). A análise de percolação foi desenvolvida
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de forma a fornecer a rede de fluxo, bem como a linha piezométrica, as quais subsidiaram as
análises de estabilidade. Já as análises de estabilidade, desenvolvidas com a linha piezométrica
fornecida pela análise de percolação, forneceram os fatores de segurança (FS) para o
empilhamento de rejeito drenado, para diversas superfícies de ruptura, na condição normal de
operação.
As análises de percolação subsidiaram ainda o dimensionamento da drenagem interna do dique
de partida, fornecendo dados de vazão percolada na entrada de cada dispositivo proposto. Esses
dados também permitiram projetar um sistema de drenagem interna otimizado, o que reflete
diretamente nos custos de implantação do empilhamento, dado o elevado custo dos materiais
envolvidos.
Por fim, as análises de percolação e de estabilidade também permitiram a elaboração de uma
carta de risco, com determinação de elevações das linhas piezométricas para as condições de
normalidade, de alerta e de emergência, para utilização na rotina de monitoramento do
empilhamento de rejeito drenado. A partir dessa carta de risco então, foram dimensionados os
instrumentos necessários para o monitoramento e controle da segurança do empilhamento.
2.5.9.1.2.1 Dique de partida
O conceito de empilhamento de rejeito drenado, em que o dique é alteado com o próprio rejeito,
adotado para o sistema de disposição de rejeitos, exige, para sua implantação, a construção de
um dique de partida inicial, o qual deve suportar os alteamentos que serão executados com o
rejeito de flotação. Esse dique normalmente é executado como uma barragem convencional, de
aterro compactado. Dentro desse contexto, a elevação do dique de partida deve ser definida
levando-se em consideração as seguintes premissas:
•
possuir a menor altura possível, de forma a reduzir os custos de implantação do mesmo;
•
permitir que o reservatório formado fosse capaz de receber a disposição de rejeitos por
um período de no mínimo um ano;
•
permitir a disposição dos sedimentos estimados para o mesmo período;
•
fornecer uma borda livre tal que permita a otimização das dimensões do sistema
extravasor operacional.
Sendo assim, utilizando-se a produção de rejeitos, os cálculos de volume a ser depositado no
dique de partida mostraram que, para atender às premissas acima mencionadas (volume para um
ano de operação), o dique de partida do empilhamento de rejeito drenado do córrego do
Brumado deveria ser capaz de armazenar no mínimo 17 Mm3.
Estudos e projetos hidrológicos/hidráulicos
Os estudos hidrológicos/hidráulicos, por sua vez, apontaram para a necessidade de uma borda
livre mínima de 2,5m no dique para que o sistema extravasor, dimensionada com os critérios
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definidos no estudo, apresentasse dimensões consideradas razoáveis do ponto de vista de
implantação e operação.
Analisando-se a curva Cota x Volume Figura 2-16 do reservatório pôde-se concluir então que, para
atendimento a todas as premissas acima descritas, o dique de partida deveria ter sua crista
implantada na elevação 595,0m.
Figura 2-16 - Curva Cota x Volume do reservatório na EL 595,00m.
Co
Características do dique de partida
Considerando a elevação da crista mencionada, foi definida então a geometria do maciço do
dique de partida. A geometria inicial de um dique é comumente definida de acordo com a
experiência da projetista e com as boas práticas de engenharia de barragens. Essa geometria
inicial deve ser testada nas análises de percolação e estabilidade, de forma a assegurar que os
fatores de segurança (FS) mínimos exigidos pela norma brasileira sejam atendidos. Em função dos
resultados obtidos nessas análises, a geometria do dique é então ajustada, caso os FS obtidos
sejam inferiores a 1,5 ou, otimizada, caso os mesmos sejam muito superiores a esse mesmo valor.
Ressalta-se que a otimização ou não do talude é uma prerrogativa da projetista, que deve levar
em consideração para essa decisão, sua experiência em projetos semelhantes, bem como o nível
de confiança das informações disponibilizadas para o estudo.
Dentro desse contexto, a geometria do dique de partida foi definida com as seguintes
características:
•
Elevação da crista: 595,0m;
•
Altura entre bermas: 10,0m;
•
Inclinação dos taludes entre bermas: 1V:2H;
•
Inclinação do talude de montante: 1V:2H;
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•
Largura da crista: 10,0m;
•
Largura das bermas: 5,0m;
•
Comprimento da crista: 515,0m.
Visando garantir a segurança da barragem e atendendo às recomendações internacionais para
projetos de barragens, a estrutura foi dotada de um dreno de fundo, de um filtro de areia
inclinado na face do talude de montante (dreno de paramento), ambos interligados a um tapete
drenante sob toda a sua base, cujas dimensões foram definidas com base nos resultados de
vazões obtidos nas análises de percolação. O tapete, por sua vez, se interliga ao dreno de pé de
enrocamento, o qual além de contribuir para a segurança do pé do dique, delimita o off-set final
da estrutura.
A seção típica final do dique de partida é apresentada na Figura 2-17 a seguir.
Figura 2-17 - Seção típica do dique de partida do empilhamento de rejeito drenado do vale do
córrego do Brumado.
2.5.9.1.2.2 Maciço final
O maciço final do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado foi então
definido como um maciço heterogêneo, formado por um dique de partida inicial em aterro
compactado e alteado com rejeito de flotação. A elevação final da crista do empilhamento, da
mesma forma que para o dique de partida, foi definida em função do volume de rejeito, e
sedimentos a serem depositados. Conforme premissa definida pela Morro do Pilar Minerais, o
período considerado para o cálculo do volume final deveria ser de 20 anos de operação, sendo 7
anos para disposição de rejeito e lama e 13 somente para lama. Nesse caso, o volume final obtido
foi de 156,0Mm3.
Analisando-se mais uma vez a curva Cota x Volume do reservatório do empilhamento de rejeito
drenado Figura 2-18, pôde-se concluir que a crista final deveria ser implantada na elevação
645,0m.
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Figura 2-18 - Curva Cota x Volume do reservatório na EL 645,00 m.
As barragens alteadas com a utilização de rejeito podem ser construídas através de 03 métodos:
pelo método de montante, pelo método de linha de centro ou pelo método de jusante. A escolha
do método construtivo, que deverá ser aquele que garanta a segurança da estrutura, está
condicionada pelas características do rejeito, pela topografia do vale e pela altura final do
empilhamento de rejeito drenado.
No caso do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado, dada a geometria
do vale, para que o empilhamento pudesse atingir a elevação final de 645,0m, foi necessária a
adoção do alteamento pelo método de montante.
As elevações dos alteamentos foram definidas de acordo com a premissa de que os alteamentos
deveriam possuir 5,0m de altura, para não comprometer a estabilidade da estrutura. Assim,
foram definidos 10 alteamentos, a partir do dique de partida na El. 595,0 m.
Dentro desse contexto, a geometria do maciço final do empilhamento de rejeito drenado do
córrego do Brumado foi consolidada com as seguintes características:
•
Elevação da crista: 645,0m;
•
Altura entre bermas: 5,0m;
•
Inclinação dos taludes entre bermas: 1V:2H;
•
Inclinação dos taludes de montante: 1V:2H;
•
Largura da crista na elevação: 10,0m;
•
Largura das bermas: 5,0m;
•
Comprimento da crista: 725,0m.
No que diz respeito à drenagem interna, dado que o rejeito de flotação se configura como um
material de boa drenabilidade, com características semelhantes a de uma areia, optou-se pela
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não extensão do filtro inclinado e do tapete drenante durante os alteamentos. Portanto, o
sistema de drenagem interno do empilhamento de rejeito drenado final permanecerá com a
configuração definida para o dique de partida, ou seja, constituiu-se basicamente de dreno de
fundo, dimensionados para atender à vazão percolada pelo empilhamento, dada pela análise de
percolação, mais a vazão de fundo de talvegue, constitui-se também de um dreno de paramento
(localizado no talude de montante), de um tapete drenante de areia e de um dreno de pé de
enrocamento.
De modo a aproveitar toda água percolada através do empilhamento de rejeito drenado, está
previsto a implantação de um dique de 5 metros de altura. A vazão ecológica será mantida
através de sistema extravasor e o volume restante será recuperado por um sistema de
bombeamento constante.
Quanto ao sistema de drenagem superficial do talude de jusante, o mesmo foi concebido com
canaletas de bermas circulares e descidas d´água retangulares. Visto que o empilhamento de
rejeito drenado final apresenta grandes extensões de bermas, as descidas d´água serão
implantadas não só nas duas ombreiras, mas também em posições intermediárias no talude,
visando minimizar as dimensões dos dispositivos das bermas.
Por fim, visando assegurar a integridade do talude de jusante no que diz respeito a erosões, foi
definido um sistema de proteção vegetal dos taludes, cujas espécies a serem utilizadas deverão
ser definidas posteriormente. Dada a granulometria do rejeito de flotação, para viabilizar a
implantação da cobertura vegetal, foi prevista a cobertura de todo o talude de jusante uma
camada de 30 cm de laterita.
Uma seção típica do maciço final da barragem do empilhamento de rejeito drenado é
apresentada na Figura 2-19 a seguir:
Figura 2-19 - Seção típica do maciço final do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego
do Brumado.
2.5.9.1.2.3 Análises de percolação
As análises de percolação feitas para o empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do
Brumado foram desenvolvidas visando-se obter informações sobre o fluxo da água no interior do
maciço, mais especificamente a linha piezométrica, cuja posição condiciona efetivamente a
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estabilidade do maciço, bem como as vazões na entrada dos dispositivos de drenagem interna
propostos, de forma a permitir o dimensionamento dos mesmos.
Para as análises foi utilizado o Programa Slide (versão 5.0), desenvolvido pela empresa
RocScience.
Foram realizadas modelagens de percolação para o dique de partida e para elevação final do
empilhamento, em regime permanente. Para todas as análises, foram utilizadas as seções, do
dique de partida e do maciço final, consideradas as mais críticas. A “praia” de decantação foi
modelada como nula, no caso do dique de partida (maciço em solo) e com um comprimento de
200m, no caso do maciço final, de forma a atender à premissa definida para o projeto. A elevação
da “praia” de rejeito de flotação foi adotada como 2,5m abaixo da elevação da crista, no caso do
dique de partida (EL. 5925 m), visando atender à borda livre que se mostrou necessária nos
estudos hidráulicos para o dimensionamento do vertedouro operacional. Já para o maciço final,
foi adotada uma borda livre de 2,5m, estabelecendo a elevação do nível da “praia” para as
análises na EL. 642,5m.
Os parâmetros utilizados nas análises foram estimados pela projetista e encontram-se
apresentados na Tabela 2-36 a seguir:
Tabela 2-36 - Coeficientes de permeabilidade (k) adotados nas análises de percolação.
Materiais
k (m/s)
Rejeito de flotação
1,00E-05
Rejeito de flotação - Compactado
1,00E-06
Maciço argiloso
1,00E-8
Filtro
1,00E-03
Fundação
1,00E-09
Das análises de percolação foram obtidas as vazões para o dimensionamento dos dispositivos de
drenagem interna. As vazões que condicionaram o dimensionamento do filtro vertical, inclinado e
do tapete drenante foram obtidas dos resultados da análise do dique de partida, uma vez que
esses dispositivos somente serão implantados nessa fase do empilhamento. O dreno de fundo,
que atenderá a todas as etapas do empilhamento foi, por sua vez, dimensionado considerando-se
as vazões que percolam pelo filtro inclinado e pelo tapete drenante e mais a vazão do fundo do
vale. Os resultados das análises mostraram as seguintes vazões:
•
filtro vertical e inclinado: q = 8x10-9m³/s;
•
tapete drenante: q = 3,2x10-7m³/s.
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A Figura 2-20 a seguir mostra o resultado obtido na análise do dique de partida, considerando o
reservatório preenchido por água. Os resultados foram obtidos por modelagem no Slide (versão
5.0).
Figura 2-20 - Análise de percolação no dique de partida, considerando o reservatório preenchido
com água.
2.5.9.1.2.4
Análises de estabilidade
As análises de estabilidade feitas para o empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do
Brumado foram desenvolvidas visando-se avaliar a segurança do empilhamento, do ponto de
vista da estabilidade de seus taludes, com relação a rupturas locais e global, pela fundação e entre
bermas. Foi avaliado apenas o talude de jusante, para diversas condições de saturação, visto que
o mesmo se configura como o talude crítico para a estabilidade global do empilhamento.
Para as análises foi utilizado o Programa Slide (versão 5.0) desenvolvido pela empresa canadense
Rocscience.
Foram realizadas análises de estabilidade para o dique de partida e para elevação final do
empilhamento. Para obtenção do FS de segurança de ambas estruturas para condição de
operação normal, foi incorporada ao modelo, a linha piezométrica obtida na análise de
percolação, para a condição de regime permanente.
Para as análises foi considerado o critério de ruptura de Mohr–Coulomb e o método de equilíbrio
limite de Spencer. Este método de equilíbrio limite satisfaz tanto o equilíbrio de forças quanto o
de momentos, assumindo uma função seno de forças entre as fatias.
As análises foram realizadas em condições saturadas e considerando parâmetros de resistência
associados a uma condição drenada e utilizando-se de superfícies de ruptura circulares.
Os parâmetros utilizados nas análises foram estimados pela projetista e encontram-se
apresentados na
Tabela 2-37 a seguir:
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Tabela 2-37 - Parâmetros de resistência adotados nas análises de estabilidade.
Material
γ (kN/m³)
Ângulo de atrito - φ (°) Coesão – c (kPa)
Rejeito de flotação
20
35
20
Maciço argiloso
18
27
40
Filtro
20
40
2
Fundação
20
30
20
Das análises de estabilidade foram obtidos os fatores de segurança (FS), para a ruptura global,
para as condições de normalidade, alerta e emergência. Ressalta-se que, para o dique de partida,
tendo em vista que o mesmo sofrerá processos de alteamento desde o início da operação do
empilhamento, foi verificada a estabilidade apenas para ruptura global, na condição da freática
normal. Também foram obtidos FS para rupturas locais e entre bermas. Os resultados das análises
mostraram os FS apresentados nas Figura 2-21 e Figura 2-22 a seguir:
Figura 2-21 - Resultado da análise de estabilidade do dique de partida.
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Figura 2-22 - Resultado da análise de estabilidade do maciço final.
Observando-se os resultados apresentados nas figuras acima, pode-se concluir que os taludes de
jusante das estruturas, tanto do dique de partida como do maciço final atendem, para todas as
condições analisadas, os fatores de segurança preconizados pela norma brasileira NBR 13028
“Mineração – Elaboração e Apresentação de Projeto de Barragens para Disposição de Rejeitos,
Contenção de Sedimentos e Reserva de Água”, em que para o talude de jusante em condição
normal de operação, o FSmín = 1,5.
Considerando que o FS para a condição de operação normal obtido para a ruptura global do dique
de partida e do maciço final se mostraram pouco acima do FSmín, a geometria do mesmo foi
considerada adequada para as premissas de projeto.
Dado o baixo nível de confiabilidade das características dos rejeitos, não foram realizadas análises
de estabilidade para condição do final de construção e rebaixamento rápido. Em fases posteriores
do projeto, mediante resultados mais precisos dos parâmetros de resistência dos materiais, essas
análises deverão ser realizadas de modo a atender a NBR 13028.
2.5.9.1.2.5 Drenagem interna
O sistema de drenagem interna do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do
Brumado, dada às características da estrutura, foi concebido separadamente para o dique de
partida, que deverá operar por apenas um ano, e para o maciço final, que atingirá sua elevação
máxima após 19 anos de operação do empilhamento.
O sistema de drenagem interna do dique de partida foi concebido como um sistema composto
por um filtro vertical e inclinado, um tapete drenante e um dreno de fundo (Figura 2-23).
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Figura 2-23 – Esquema do sistema de drenagem interna do dique de partida.
O dimensionamento desses dispositivos foi realizado considerando-se um fluxo laminar pelos
mesmos, sendo adotada, portanto, a Lei de Darcy:
q = k *i * A
onde:
q = vazão que chega ao filtro, dada pela análise de percolação;
k = coeficiente de permeabilidade do material do filtro/dreno, considerando que ambos serão
executados, a princípio, com areia, k = 1,0 x 10-4m/s;
i = gradiente hidráulico;
A = área da seção transversal ao fluxo.
O gradiente hidráulico é determinado pela equação:
i=
∆H
∆L
Sendo:
∆H = diferença de carga total entre a entrada e a saída da água;
∆L = Comprimento/altura do dispositivo;
A = área da seção transversal, obtida pela equação: A = B * L ,
onde:
B = largura / espessura do dispositivo;
L = comprimento do dispositivo.
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Filtro vertical e inclinado
Como a vazão obtida da análise de percolação é dada em vazão/metro, para ambos os
dispositivos o comprimento L pode ser considerado igual a 1.
No caso do filtro inclinado, o fluxo pode ser considerado como vertical, o que faz com que o
gradiente hidráulico seja unitário.
A vazão obtida a partir das análises de percolação desenvolvidas com o programa Slide, para o
dique de partida, resultou em uma vazão igual a q = 8 x 10-9m3/s/m. Adotando-se um fator de
segurança para essa vazão igual a 10, tem-se que a vazão de dimensionamento do filtro inclinado
é igual a q = 8 x 10-8m3/s/m.
Substituindo-se os valores de gradiente hidráulicos e vazão na equação de Darcy, obtêm-se os
seguintes resultados:
•
largura do filtro vertical e inclinado: B = 0,1cm;
As boas práticas de engenharia de barragens recomendam que, para se evitar possíveis
estrangulamentos e comatações dos dispositivos de drenagem interna durante sua execução e
operação, não devem ser adotados valores inferiores a 80cm para o filtro vertical ou inclinado.
Tapete drenante
Para o tapete drenante, considerando-se que o ∆L é, no mínimo, 10 vezes maior que o ∆H, o
gradiente hidráulico foi considerado como 0,1.
O comprimento para o cálculo da vazão foi considerada como metade do comprimento da crista e
para o cálculo da espessura, o comprimento longitudinal (eixo do córrego) da crista até o dreno
de pé. A Figura 2-24 a seguir apresenta o esquema do fluxo no tapete drenante.
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Figura 2-24 - Esquema do fluxo no tapete drenante.
A vazão obtida a partir das análises de percolação desenvolvidas com o programa Slide, para o
dique de partida, resultou em uma vazão igual a q = 3,2 x 10-7m3/s/m. Adotando-se um fator de
segurança para essa vazão igual a 10, tem-se que a vazão de dimensionamento do filtro inclinado
é igual a q = 3,2 x 10-6m3/s/m.
Substituindo-se os valores de gradiente hidráulico e vazão na equação de Darcy, obtém-se os
seguintes resultados:
•
espessura do tapete drenante: B = 1,0m.
As boas práticas de engenharia de barragens recomendam que não devem ser adotados valores
inferiores à 1,0m para o tapete drenante. Os tapetes drenantes de areia também não devem
exceder 2,0m de espessura, devido aos altos custos relacionados a esse material. Caso espessuras
maiores sejam obtidas no dimensionamento, o tapete de areia deve ser substituído por um
tapete sanduíche (com brita), minimizando sua espessura.
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Dreno de fundo
O tapete drenante se interliga, no final, a um dreno de pé, que deverá ser construído no offset de
jusante do dique de partida, de forma a proteger a saída do tapete e, principalmente, proteger o
pé do maciço do dique, evitando-se assim possíveis rupturas pelo pé da estrutura.
Para o dimensionamento do dreno de fundo, foi utilizado o método de Wilkins, dado que o fluxo
nesse dispositivo não é mais laminar, mas sim, turbulento. Considerando as formulações de
Wilkins, tem-se que a área útil da seção transversal do dreno de fundo é dada pela seguinte
equação:
A=
Q
n * Vv
onde:
Q= vazão de projeto;
n = porosidade do material do dreno de fundo;
Vv = velocidade do fluxo no dreno de fundo.
Para o cálculo da velocidade de fluxo, “Wilkins” estabelece a seguinte correlação:
Vv = W * m 0,5 * i 0,54
onde:
Vv = velocidade do fluxo no dreno de fundo;
W = constante empírica que depende da forma e da rugosidade das partículas da rocha e da
viscosidade da água;
m = raio hidráulico médio;
i = gradiente hidráulico.
Para cálculo da seção do dreno, Wilkins estabelece correlações entre o tamanho do bloco
adotado para a construção do dreno e os parâmetros da sua equação de velocidade, acima
apresentada. Essas correlações encontram-se apresentadas na
Tabela 2-38 a seguir:
Tabela 2-38 - Variáveis de “Wilkins”.
Rock Size
In
0,75
2,00
m
in
0,09
0,24
Documento nº
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m0,5
in0,5
0,30
0,49
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W.m0,5
in/s
10,00
16,00
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Rock Size
In
6,00
8,00
24,00
48,00
m
in
0,75
0,96
3,11
6,43
m0,5
in0,5
0,87
0,98
1,76
2,54
W.m0,5
in/s
28,00
32,00
58,00
84,00
Para o cálculo do dreno de fundo do empilhamento de rejeito drenado, foi adotado brita 3, cujo
bloco apresenta diâmetro médio de 1,77”, o qual apresenta uma porosidade n = 0,28. Para esse
diâmetro a correlação W.m0,5 dada pela Tabela 2-38 é igual a 16in/s.
Da mesma forma que o tapete drenante, foi adotado para o dreno de fundo um gradiente
hidráulico igual a 0,1. Substituindo-se os valores obtidos para a correlação W.m0,5 e para o
gradiente hidráulico na equação de velocidade de fluxo de Wilkins, tem-se que a velocidade do
fluxo, pelo dreno de fundo do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado,
será igual a 10,06cm/s.
O dreno de fundo do empilhamento de rejeito drenado deverá ser capaz de suportar o fluxo
proporcionado pela soma das vazões do filtro inclinado e do tapete drenante do dique de partida,
pois os mesmos se interligam no dreno de fundo, mais a vazão do fundo do vale. As vazões que
percolam pelo filtro e pelo tapete foram obtidas através das análises de percolação efetuadas
para o dique de partida, tendo sido apresentadas no dimensionamento desses dispositivos.
Correspondem a 3,2 x 10-7m3/s/m.
Da mesma forma que para os dimensionamentos do filtro e do tapete do dique de partida, para o
dimensionamento do dreno de fundo, às vazões obtidas através da modelagem feita no Slide foi
aplicado um fator de segurança igual a 10.
As vazões obtidas pela simulação numérica são fornecidas em m3/s/m e, portanto, devem ser
totalizadas em função dos seus comprimentos. Considerando-se o comprimento da crista,
respectivamente, tem-se que a vazão total Q, que percola pelo dreno de fundo, resulta em
2.320cm3/s.
Substituindo-se, na equação de fluxo turbulento de Wilkins, os valores da porosidade do bloco
selecionado (brita 3, aproximadamente 2”) e os valores da velocidade de fluxo e vazão total
obtidos nos cálculos acima descritos, tem-se que a área útil necessária na seção hidráulica do
dreno de fundo, para atender à toda vazão de projeto, deve ser, no mínimo, igual 0,1m2.
Diante desse resultado, definiu-se que o dreno de fundo teria uma seção trapezoidal com as
seguintes dimensões:
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•
base menor (b) = 0,80m;
•
base maior (B) = 3,8m;
•
altura (h) = 1,0m.
Para atender aos critérios de drenos e filtros definidos por Terzaghi e fundamentais para o
perfeito funcionamento de sistemas de drenagem interna, foram definidas camadas de transição
entre os materiais do dreno de fundo e o aterro compactado. Considerando que o material do
dreno feito de brita 3 está em contato com o tapete drenante de areia, foram definidas três
camadas de transição entre os dois materiais, cada uma com 25cm de espessura e constituídas
pelos seguintes materiais, intercalados na sequência do dreno para o tapete: brita 1, brita 0 e
areia. O tapete drenante, por sua vez, está em contato com o material do aterro. Normalmente as
areias comerciais fazem uma transição adequada com os materiais utilizados para a construção de
aterros. No entanto, em fases posteriores desse projeto, quando se dispuser de informações
sobre a granulometria do material de empréstimo, esses critérios deveriam ser reavaliados para a
relação solo compactado x areia.
Da mesma forma que no sistema de drenagem do dique de partida, visando proteger a saída do
dreno de fundo e, principalmente, proteger o pé do maciço final contra rupturas locais, o dreno
de fundo será interligado, no offset final do empilhamento, a um dreno de pé construído em
enrocamento, também com brita 3.
2.5.9.1.2.6 Monitoramento e instrumentação do empilhamento de rejeito drenado
Será executado na fase operacional, o monitoramento e o controle dos fatores que irão contribuir
para o aumento da segurança do empilhamento de rejeito drenado.
No caso do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado, dado o conceito da
estrutura (empilhamento de rejeito drenado), o método construtivo selecionado (alteamentos
por montante), a dimensão do reservatório (cerca de 168Mm3) e a altura final do maciço, os
cuidados com o controle e monitoramento do maciço e de suas estruturas anexas serão
considerados atividades com prioridade de nível 1 na rotina de operação do empilhamento.
Para fase operacional será desenvolvido um Manual de Operação do Empilhamento de rejeito
drenado, um Plano de Controle e Monitoramento e um Plano de Ações Emergenciais (PAE).
Considerando que as condições de fluxo e de poropressão em barragens são condicionantes de
sua estabilidade e que, em barragens de grande porte deslocamentos consideráveis da estrutura
também podem vir a provocar uma ruptura, foram previstos os seguintes instrumentos para o
empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado:
•
piezômetros do tipo Casagrande;
•
piezômetros elétricos;
•
inclinômetros;
•
marcos superficiais; e
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•
medidores de nível d`água nas ombreiras.
Os instrumentos acima mencionados visam permitir o controle e monitoramento dos fatores
críticos relacionados à estabilidade da estrutura.
Além desses instrumentos, o projeto de instrumentação propôs também a implantação de
medidores de nível d’água na saída dos drenos de fundo. Esses medidores têm a função de
fornecer informações para verificação da aderência das vazões utilizadas no dimensionamento da
drenagem interna e, eventualmente, propor ações corretivas caso, as vazões utilizados no cálculo
não se mostrem adequados à situação verificada em campo.
2.5.9.1.2.7 Sistema extravasor
O sistema extravasor do empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado está
posicionado no lado esquerdo do reservatório. Para a etapa inicial (El. 595,00 m), a concepção do
sistema de extravasamento da estrutura consiste na utilização de vertedouro do tipo emboque de
canal com seção trapezoidal e revestimento em enrocamento. Já para a etapa final (El. 645,00 m),
o tipo de vertedouro a ser adotado é de soleira espessa com emboque em seção retangular e
revestimento em concreto.
Segurança do sistema extravasor frente às cheias de projeto
O critério de segurança, adotado para dimensionamento do sistema extravasor de emergência do
empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado, mesmo para etapas
operacionais, fica associado a evento de cheia com TR = 10.000 anos, com borda livre
remanescente14 mínima igual a 1,0 m.
Esse critério adotado para a cheia de projeto é fixado em função da dimensão da estrutura e do
nível de risco a jusante, em caso de acidente com ruptura do maciço, conforme critérios definidos
pelo ICOLD (1992)15. Esses critérios foram ajustados pelo CBDB e efetivamente recomendados
para aplicação no caso de estruturas de mineração (Pinheiro, 2011)16.
Características do sistema extravasor
O canal extravasor associado à etapa inicial será escavado em solo, com declividades baixas,
acompanhando a curva de nível e protegido por colchão de enrocamento. O canal extravasor da
etapa final será executado, ao longo de toda a sua extensão, em seção retangular de concreto
armado. Para garantir a curva de descarga da estrutura, será instalada uma soleira espessa no
trecho inicial do canal. No trecho final, está prevista a instalação de uma bacia de dissipação, para
14 É definida como sendo a borda livre associada ao nível de água máximo calculado pelo modelo hidrológico, no
momento da passagem da cheia de projeto.
15 ICOLD – International Committe on Large Dams, Selection of Design Flood – Current Methods, Bulletin 82, Paris,
1992.
16 PINHEIRO, M. C. Diretrizes para Elaboração de Estudos Hidrológicos e Dimensionamentos Hidráulicos em Obras de
Mineração. 1ª edição 2011.
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posterior descarte da vazão defluente do reservatório no córrego sem nome, afluente da margem
esquerda do rio Picão.
A Tabela 2-39 a seguir apresenta a concepção do sistema extravasor da barragem de
empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado, para as etapas inicial e final da
operação e a Figura 2-25 apresenta um croqui esquemático do mesmo.
Tabela 2-39 - Concepção do sistema extravasor da barragem de empilhamento de rejeito drenado
do vale do córrego do Brumado.
Etapa de
alteamento
Elevação da
crista do maciço
(m)
Elevação da
soleira do
extravasor (m)
Etapa Inicial
595,00
592,50
Etapa Final
645,00
642,50
Tipo de
extravasor
Emboque de
canal revestido
com colchão de
enrocamento –
seção trapezoidal
com taludes
1V:2H
Soleira espessa,
seção retangular
em concreto
armado
Largura
(m)
6,50 (base
menor)
3,00
Figura 2-25 – Croqui esquemático do sistema extravasor da barragem de empilhamento de rejeito
drenado do vale do córrego do Brumado – Etapas inicial e final.
2.5.9.2
Empilhamento de rejeito drenado – Pit Norte
De acordo com a produção de rejeitos do empreendimento como um todo e considerando a
premissa de deposição de rejeitos em área de cava com o término do processo de exploração,
evitando-se que novas áreas para disposição do rejeito fossem afetadas, optou-se por depositar
os rejeitos, a partir do oitavo ano, no Pit Norte.
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O empilhamento de rejeito drenado na área do Pit Norte foi definido para um volume total de
aproximadamente 290Mm³, de modo a atender o rejeito de pré-concentração e concentração
produzido (aproximadamente 285Mm³) nos 12 anos restantes de operação da mina.
Tem-se como premissa para este projeto, que o rejeito de flotação gerado apresenta
características que permitem sua disposição na forma de empilhamento de rejeito drenado, fato
este que será confirmado ao longo do desenvolvimento da engenharia básica.
Para definição da capacidade de armazenamento, foi locada a estrutura e elaboradas as curvas
Cota x Volume (ver Figura 2-26, Figura 2-27, Figura 2-28 eFigura 2-29 a seguir).
Figura 2-26 - Curva Cota x Volume – Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte – Etapa 1.
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Figura 2-27 - Curva Cota x Volume – Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte – Etapa 2.
Figura 2-28 - Curva Cota x Volume – Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte – Etapa 3.
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Figura 2-29 - Curva Cota x Volume – Empilhamento de rejeito drenado - Pit Norte – Etapa 4.
Análises de Estabilidade
Com a estrutura locada, foram selecionadas então as seções consideradas mais críticas do ponto
de vista de estabilidade das estruturas e foram desenvolvidas as análises de estabilidade das
mesmas.
As análises de estabilidade foram desenvolvidas utilizando o programa computacional Slide
(Versão 5.0), desenvolvido pela empresa Rocscience. Para as análises, adotou-se o critério de
ruptura de Mohr–Coulomb e o método de equilíbrio limite de Morgenstern-Price. Este método de
equilíbrio limite satisfaz tanto o equilíbrio de forças quanto o de momentos, sendo assumida uma
função seno de forças entre as fatias.
Nas análises de todos os empilhamentos considerou-se um regime de percolação estabelecido,
simulado pela posição da linha freática, buscando representar a condição normal da linha freática,
verificando ao atendimento ao FSmín preconizado pela norma brasileira (NBR 13028 “Mineração –
Elaboração e Apresentação de Projeto de Barragens para Disposição de Rejeitos, Contenção de
Sedimentos e Reserva de Água”). Para a análise foi considerada uma “praia” com um
comprimento de 200 m para a avaliação da condição normal de operação.
Considerando que não foram fornecidos resultados de ensaios para os parâmetros de resistência
dos materiais, esses parâmetros foram estimados pela projetista, de acordo com a experiência em
projetos semelhantes. Foram adotados os mesmos parâmetros para todas as análises. A Tabela
2-40 a seguir apresenta os parâmetros utilizados como dados de entrada do programa Slide.
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Tabela 2-40 - Parâmetros adotados para as análises de estabilidade do empilhamento de rejeito
drenado do Pit Norte.
Material
Peso Específico - γ (kN/m³) Ângulo de Atrito - φ (°) Coesão - c (kPa)
Rejeito de Flotação
20
35
20
Aterro Compactado
18
27
40
Fundação
20
20
30
O resultado da análise encontra-se apresentado na Figura 2-30 a seguir.
Figura 2-30 - Análise de estabilidade do empilhamento de rejeito drenado do Pit Norte.
4,285
Analisando-se a Figura 2-30 acima, pode-se concluir que a geometria inicialmente adotada, para o
empilhamento, atende ao FSmín preconizado pela norma para as condições normais de operação
(FS = 1,5). Entretanto, ressalta-se que na fase de desenvolvimento do projeto conceitual desse
empilhamento, essa análise necessariamente deverá ser revista e a geometria ajustada conforme
os novos resultados.
2.5.10
Pilhas de estéril - PDE
A preparação das pilhas de estéril irá ocorrer antes do início da operação da mina. Assim, as
atividades de preparação constituem nas obras de remoção de materiais naturais inconsistentes
eventualmente encontrados nas fundações, construção do sistema de drenagem interna. A
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supressão vegetal e demolição de edificações e outras interferências já foi caracterizada
anteriormente e engloba as áreas das pilhas de estéril.
As atividades de conformação e criação da pilha de estéril propriamente dita, se iniciam de fato
na etapa de pre-stripping que, para a cava norte, ocorre antes do final da implantação, como
atividade pré-operacional para permitir a lavra do minério. No caso da cava sul, também há um
pre-stripping, que ocorrerá num período de 12 a 18 meses antes do início da lavra na cava sul, ou
seja, durante os últimos anos de operação da cava norte. Como as PDEs são estruturas que dão
suporte a atividades relacionadas à operação, as atividades de conformação destas estruturas
será descrita adiante, na fase de operação. Além das atividades de conformação, a construção dos
dispositivos de drenagem superficial que incluem canais periféricos, descidas d’água, instalação
de instrumentação de controle, etc, também se encontram descritos na fase de operação.
A seguir a Figura 2-31 apresenta a localização e formato final das pilhas de estéril projetadas.
Ressalta-se que as PDEs referentes a cava norte operarão nos primeiros 8 anos (etapa 1), e as
pilhas referentes à cava sul operarão nos 12 anos subsequentes. Ainda há a previsão de criação de
pilhas de estéril dentro da cava norte, em porções já exauridas, à medida que forem sendo
lavradas.
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Figura 2-31 – Localização das pilhas de estéril projetadas.
As PDEs cava 1, cava 2, cava 3 e cava 4 serão implantadas dentro da cava norte após a exaustão
da lavra. A pilha de estéril Norte 2 será implantada na área ocupada na fase de implantação pelo
canteiro de obras principal. Entretanto, nestes casos a área total prevista para as pilhas de estéril
extrapola a área das estruturas anteriormente implantadas no local, como pode ser observado na
Tabela 2.41 a seguir.
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Tabela 2-41 – Áreas das pilhas de estéril.
Estrutura
Área fora da cava ou da Área dentro da cava ou
área do canteiro (ha) da área do canteiro (ha)
PDE cava 1 *
PDE cava 2 *
PDE cava 3 *
PDE cava 4 *
PDE norte 1
PDE norte 2 **
PDE norte 3
PDE sul 1
PDE sul 2
TOTAL
4,34
1,07
12,63
65,32
69,37
67,42
316,73
294,52
225,14
1.056,54
Área total (ha)
29,72
97,78
88,10
82,13
25,28
323,00
34,06
98,85
100,73
147,45
69,37
92,70
316,73
294,52
225,14
1.379,54
* As PDEs cava 1, 2, 3 e 4 sobrepõe parte da cava norte, após a exaustão da lavra no sequenciamento.
** O canteiro de obra sobrepõe parte da área que futuramente será ocupada pela PDE norte 2.
Ressalva-se que Pilha de Estéril Norte 3 funcionará como ADME na fase de implantação para
recebimento do material excedente das atividades de terraplanagem e, posteriormente, o uso
desta PDE será continuado com o material estéril proveniente da cava norte.
2.5.10.1
Sequência de formação
Para elucidar o que será abordado como implantação e operação, o projeto das PDEs considera a
seguinte sequência de formação:
Etapa 1 – Implantação
•
Locação dos limites do espaldar da pilha final;
•
Supressão vegetal parcial na área do espaldar da pilha;
•
Tratamento das fundações com limpeza na área de fundação dos drenos e remoção de
solos moles;
•
Construção de diques de contenção de finos e clarificação do efluente final.
Etapa 2 - Operação
•
Início da formação da pilha com a construção do acesso até a região do pé da pilha;
•
Lançamento de enrocamento (estéril rochoso) e construção da estrutura de proteção do
pé da pilha.
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Etapa 3: (em função da geração de estéreis) - Operação
•
Formação da pilha sequencialmente até a elevação final.
2.5.10.2
Características principais
As pilhas foram previstas para serem executadas de baixo para cima (método ascendente), em
plataformas horizontais, com altura parcial máxima de 20m entre bermas e ângulo de face dos
taludes de 27°, garantindo sempre fator de segurança igual ou maior que 1,50, conforme a NBR
13.029. A seguir, as características comuns das pilhas projetadas:
• largura dos acessos construtivos: 30,0 m;
• largura dos acessos definitivos: 15,0 m;
• largura das bermas: 7,0 e 15,0 m;
• altura máxima entre bermas: 20,0 m;
• inclinação do talude entre bermas: 2H/1V (27%).
2.5.10.3
Acessos provisórios às pilhas
As pilhas serão providas a princípio, de acesso construtivo provisório com 30m de largura e
declividade longitudinal máxima de 10%, saindo das proximidades da cava da mina, prolongandose ao longo das encostas do vale, até chegar ao fundo deste.
Contarão ainda com acessos definitivos com 15m de largura a ser construído à medida que são
formadas e que também servirão para a manutenção das mesmas e para receber canais de
drenagem superficial.
As bermas foram concebidas com inclinação transversal máxima de 5% para permitir dupla
finalidade: prestar como acesso rodoviário e se constituir em dispositivos de drenagem
superficial.
A Tabela 2-42 a seguir elenca a extensão de cada um dos acessos provisórios entre as cavas e as
pilhas:
Tabela 2-42 – Extensão dos acessos provisórios às pilhas de estéril.
Estrutura
Extensão (km)
0,72
0,07
0,52
1,96
Acesso cava - PDE norte 1
Acesso cava - PDE norte 2
Acesso cava - PDE sul 1
Acesso cava - PDE sul 2
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2.5.10.4
Diques para retenção de sedimentos
Os diques de retenção de sedimentos foram dimensionados para atender à geração de
sedimentos exógenos provenientes da área da bacia de contribuição natural, sedimentos
provenientes da pilha conduzidos pelos dispositivos de drenagem superficial e periférica de cada
estrutura. Os diques concebidos serão construídos a jusante da pilha.
2.5.11
Paiol
O paiol de explosivo será um paiol permanente, de superfície e seu projeto deverá ser aprovado
pela Polícia de Segurança Pública, de acordo com o previsto no Decreto-Lei n.º 376/84 de 30 de
Novembro e pela parte aplicável do Decreto-Lei n.º 142/79 de 23 de Maio e da Portaria n.º
506/85 de 25 de Julho.
A construção deverá possuir uma zona de segurança superior a 150 metros, sem construções, vias
de comunicação ou linhas de transporte de energia e telefônicas, exceto as necessárias para o
funcionamento do paiol, ou emissores de ondas hertzianas com potência superior a 100W. Esta
área deve ser mantida limpa de produtos combustíveis ou facilmente inflamáveis, sobretudo
ervas secas e deve estar sinalizada.
O paiol será bem ventilado com porta ampla, abrindo para fora e terá instalado um pára-raios,
devendo sua ligação a terra ser verificada de 6 em 6 meses. Os detonadores serão armazenados
em outra construção (paiolins), a distância suficiente do paiol para evitar o rebentamento por
simpatia.
No paiol existirão meios de combate a incêndios, de modo a extinguir qualquer princípio de fogo.
Estes meios serão colocados em locais acessíveis e convenientemente sinalizados.
A temperatura e umidade no interior de um paiol será controlada de modo a evitar temperaturas
elevadas ou umidade excessiva. Em tempo muito úmido, serão colocados no interior do paiol,
vasos abertos contendo cloreto de cálcio seco, na quantidade de 1 Kg/10m3, que serão removidos
uma vez por mês.
Os explosivos serão armazenados na sua embalagem de origem e serão preservados da ação da
umidade, do choque e da corrente elétrica. Os produtos explosivos deverão ser mantidos
afastados do lume, de substâncias facilmente inflamáveis ou corrosivas e de locais onde se der a
explosão de tiros.
A lotação do paiol não pode, em caso algum, ser excedida.
No interior do paiol não devem ser usadas ferramentas de ferro ou qualquer outro material capaz
de produzir faíscas ou carregar-se de eletricidade estática.
Não será permitida a entrada de pessoas não credenciadas no paiol. As pessoas que
habitualmente usam o paiol usarão vestuário adequado, isento de fibras sintéticas. O calçado será
de material semicondutor e anti-estático e não terá partes metálicas expostas.
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Não será permitida a entrada no paiol de pessoas transportando:
2.5.12
•
Fósforos, isqueiros e acendedores;
•
Tabaco sob qualquer modalidade;
•
Calçado com cardas ou protetores metálicos;
•
Artigos de ferro;
•
Dispositivos de iluminação de chama nua;
•
Armas de fogo e/ou munições.
Transportador de Correia de Longa Distância - TCLD
Para o transporte do minério britado entre a cava sul e a usina de beneficiamento está prevista a
construção de uma Correia Transportadora de Longa Distância (TCLD). Esta estrutura atravessará
propriedades de terceiros, nas quais está prevista implantação de faixa de servidão de 30,0m,
considerando o eixo de implantação da correia.
O TCLD terá 10.059,0m de extensão e largura de 4,0m. A correia transportadora é montada
dentro de galeria, que dependendo da topografia do terreno poderá ser instada no nível do solo,
ou montada sobre colunas metálicas acima do nível do solo.
O TCLD é todo construído em estruturas metálicas, instalados sobre bases civis, onde serão
necessários os serviços de terraplanagem nos trechos onde a correia estiver próximo ao nível do
solo, nas casas de transferências e nas áreas das bases das estruturas de apoio; e obras civis na
construção das fundações de apoio das estruturas metálicas do TCLD e da casa de transferência e
demais obras de apoio.
Na descarga (retorno da correia) serão instalados sistemas de limpeza, a seco, denominado
raspadores e sistema de virador de correia, para minimizar queda de material pela parte inferior
da correia. A correia transportadora é instalada dentro de galerias, com tapamentos laterais e
coberturas que impedem a emissão de poeira pelo vento.
O traçado previsto do TCLD em relação às demais estruturas do empreendimento pode ser visto
na Figura 2-32 a seguir.
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Figura 2-32 – Localização do TCLD sul.
2.5.13
Pré-stripping
O processo de pré-stripping consiste na remoção das camadas de solo, bem como das formações
rochosas existentes sobrejacentes ao corpo de minério a ser explorado.
No projeto Morro do Pilar este procedimento para o Pit Norte tem duração total prevista para 12
- 18 meses e, conforme mencionado no início desta caracterização está previsto para ser realizado
na fase implantação. A atividade se repetirá para o Pit Sul, com as mesmas características.
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2.5.14
Infraestruturas de apoio às obras : Área de Disposição de Material Excedente –
ADME e AE – Área de Empréstimo
Conforme informado em item anterior, os projetos de terraplenagem foram estudados no sentido
de equilibrar os volumes de corte e aterro, visando minimizar a geração de material excedente
dos cortes e a retirada de material de empréstimo para o aterro.
O volume excedente da atividade de terraplenagem dos platôs para instalação da planta de
Beneficiamento será de 3.488.066m3. Por outro lado, para construção do dique de partida da
barragem de empilhamento de rejeito drenado serão necessários 1.300.000m3 de solo. Assim,
serão elaborados estudos geotécnicos de solos existentes na área da barragem de empilhamento
de rejeito drenado, bem como, do solo excedente da terraplenagem dos platôs da usina de
beneficiamento, buscando maximizar o uso dos solos provenientes destes locais.
Portanto, as áreas de empréstimo para construção do dique de partida da barragem de
empilhamento de rejeito drenado estarão preferencialmente dentro da área da própria barragem
ou, não existirão, caso se viabilize a utilização de todo o volume necessário para construção da
barragem, com os solos excedentes da terraplenagem dos platôs da usina de beneficiamento.
Caso não seja encontrado dentro da área da barragem e no material excedente da movimentação
da área da planta, o material faltante será adquirido como insumo de construção.Os outros
materiais necessários à construção da barragem (argila, brita, pedra) são insumos e serão
adquiridos de diversos fornecedores, devidamente cadastrados e licenciados para operar.
O excedente de solo da terraplenagem dos platôs da usina de beneficiamento será depositado na
área da pilha de estéril – PDE Norte 3. O local e a maneira de disposição serão descritos com
detalhe após o desenvolvimento do projeto executivo.
2.5.15
Emissões, efluentes e resíduos
Serão identificados a seguir todos os tipos efluentes líquidos, emissões atmosféricas, resíduos,
ruídos e vibrações que serão gerados no empreendimento, considerando a sua fase de
implantação.
Para as atividades industriais geradoras dessas emissões, efluentes e resíduos, serão
desenvolvidos e apresentados os sistemas de controle ambiental e programas específicos com o
objetivo do controle e mitigação de seus impactos. Alguns dos sistemas de controle previstos,
citados a seguir, foram apresentados pormenorizados no item específico relativo aos alojamentos
provisórios, canteiros de obras (ETA) e usina de beneficiamento na fase de operação (ETEI).
2.5.15.1
Emissões de material particulado e gasoso
Durante a fase de implantação do empreendimento é previsto o lançamento de material
particulado e gasoso para a atmosfera.
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O material particulado será gerado nas atividades e equipamentos que transportam e manuseiam
materiais sólidos pulverulentos e, principalmente, nas vias e áreas não pavimentadas, como
ADMEs e AEs, devido à movimentação de equipamentos e veículos.
Os efluentes gasosos característicos do empreendimento consistem nos fumos e gases produzidos
na queima de combustíveis fósseis, basicamente o óleo diesel, requerido para os caminhões e
equipamentos de terraplenagem e para veículos leves em geral, assim como, os fumos e gases
gerados nos processos de soldagem das montagens eletromecânicas.
Estas emissões de efluentes gasosos não deverão ser significativas e o controle de gases gerados
pelos motores desses equipamentos será efetuado com manutenções periódicas preventivas e
corretivas, e regulagens adequadas dos motores, realizadas nas próprias oficinas dos canteiros de
obras.
O Tabela 2-43 a seguir apresenta uma listagem com as principais fontes de emissões atmosféricas
características da fase de implantação do empreendimento, identificando o processo onde ela
ocorre, a origem física da emissão e o poluente lançado.
Tabela 2-43 – Emissões atmosféricas na fase de implantação.
Etapa do processo produtivo
Tipo de emissão
Origem da emissão
Gases e material particulado
Uso de motosserra e
movimentação de equipamentos
motores.
Terraplenagem
Gases e material particulado
Serviços de escavações e aterros,
descarga de caminhões, desmonte
com uso de explosivos e áreas com
solo exposto.
Obras civis
Gases e material particulado
Serviços de construção civil,
movimentação de veículos.
Montagem eletromecânica
Fumos e gases
Processos de soldagem e uso de
equipamentos de montagem.
Transporte de materiais
Gases e material particulado
Movimentação de veículos em vias
não pavimentadas.
Ruas pavimentadas ou não e outros
acessos
Material particulado
Movimentação de veículos
automotores.
AEs
Gases e material particulado
Serviços de escavações e desmonte
com uso de explosivos.
ADMEs
Material particulado
Movimentação de veículos
automotores e áreas com solo
exposto.
Supressão vegetal
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2.5.15.2
Efluentes líquidos
Durante o período de implantação do empreendimento é prevista a geração de efluentes líquidos
em algumas atividades a serem executadas. Esses efluentes líquidos são de natureza industrial,
pluvial e sanitário.
Os principais efluentes líquidos serão os efluentes sanitários, os efluentes oleosos das oficinas dos
canteiros, os efluentes pluviais de alojamentos e canteiros e os efluentes resultantes de lavagem
de caminhões-betoneira.
2.5.15.2.1 Efluentes sanitários
Os efluentes sanitários serão provenientes de diversas instalações sanitárias alojamentos e dos
canteiros de obra, tais como, banheiros, restaurante, refeitórios, copas, bebedouros.
A geração de efluentes líquidos sanitários foi estimada em 120 litros/pessoa/dia (NBR 13.969), o
que totalizará aproximadamente 30m³/h.
2.5.15.2.2 Efluentes pluviais
Será construído sistema de drenagem pluvial para o período de implantação. As águas coletadas
serão direcionadas para fora das áreas de construção, com instalação de sistema de quebra de
energia, onde for necessário para evitar a erosão do solo.
Dentro da área de construção, onde ocorrer volumes relevantes de finos, serão construídas bacias
de sedimentação para minimizar o carreamento de finos para fora da área, podendo estes serem
construídos no topo dos platôs, ou na base, no ponto de descida das águas pluviais.
2.5.15.2.3 Efluentes oleosos
Os efluentes oleosos serão gerados, principalmente, nas atividades de lavagem de equipamentos
e peças nas operações das oficinas de manutenção dos canteiros de obras. A lavagem dos
caminhões, equipamentos e de outros veículos, bem como das máquinas e equipamentos móveis,
inclusive limpeza de compartimentos e pisos de oficinas mecânicas, constituirão fontes potenciais
de emissões de efluentes que possuam óleos como parte constituinte.
O efluente oleoso será composto basicamente por água, óleos, graxas, sedimentos e produtos de
limpeza diversos.
2.5.15.2.4 Efluentes de lavagem de concreto
Nos canteiros de obra será necessária a instalação de bacias de sedimentação para receber o
efluente proveniente da lavagem das betoneiras/caminhões betoneira, sistema denominado
bate-lastro, as quais deverão ser devidamente dimensionadas para as vazões máximas de
trabalho.
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2.5.15.3
Resíduos sólidos
Os principais resíduos sólidos a serem gerados na implantação do empreendimento serão
oriundos das atividades dos canteiros de obras e alojamentos (lixo doméstico), de limpeza do
terreno, terraplanagem, demolições de interferências, escavações e nas obras civis (inertes,
madeira, sucata, papelão, embalagem, etc).
Nos refeitórios e alojamentos, basicamente, serão gerados resíduos orgânicos, plásticos, vidros,
madeiras e embalagens em geral.
Nos canteiros de obras, haverá a geração de outros tipos de resíduos recicláveis, como sucatas
ferrosas e não ferrosas, vidros, plásticos, borrachas, madeira, embalagens, além de resíduos
inertes.
Os resíduos sanitários serão gerados em diversas áreas do empreendimento e serão constituídos
por papel sanitário e lodo das fossas sépticas ou das ETEs.
O funcionamento dos ambulatórios nos canteiros de obras e alojamentos deverá gerar uma
quantidade pequena de resíduos sólidos de saúde.
Neste item são identificados os resíduos e as destinações finais previstas, porém, as formas de
coleta seletiva, acondicionamento, armazenamento temporário e transporte serão detalhadas no
Programa de Gestão de Resíduos Sólidos, a ser desenvolvido em fases posteriores deste projeto.
2.5.15.4
Ruídos e vibrações
As fontes principais de emissão de ruído, características do empreendimento, consistem na
movimentação de máquinas e veículos para execução dos processos de limpeza do terreno,
terraplanagem e demais obras civis e de montagem do maquinário, que envolvem o uso de
ferramentas pesadas (que geram ruídos de impacto).
Outra fonte de ruído e vibrações durante a fase de implantação é eventual desmonte com o uso
de explosivos nos serviços de terraplanagem.
2.5.16
Sistemas de controle ambiental
Durante a fase de implantação do empreendimento, os alojamentos e os canteiros de obras
deverão ser dotados de diversos sistemas de controle ambiental inerentes às atividades
realizadas, a fim de controlar possíveis fontes de geração de resíduos, efluentes líquidos e
emissões atmosféricas. O dimensionamento dos sistemas ficará a cargo da empreiteira contratada
para a realização dos serviços, em função do número de equipamentos e máquinas constante em
seu planejamento de obra. Os sistemas de controle ambiental previstos para o empreendimento
estão apresentados a seguir:
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2.5.16.1
Sistema de controle de resíduos sólidos
Os resíduos sólidos gerados durante as obras serão gerenciados pela empresa contratada pelo
empreendedor. A empresa contratada deverá prever um Programa de Gestão de Resíduos
Sólidos, incluindo a estimativa da quantidade de resíduos a serem gerados nestes locais e a
proposta de disposição/destino destes resíduos.
Serão definidas, nos canteiros de obras e nos alojamentos, áreas específicas para segregação e
estocagem temporária desses resíduos.
Na área da usina de beneficiamento está prevista a implantação de uma Central de Materiais
Descartáveis – CMD, que irá operar desde o início da fase de implantação, e todo o resíduo sólido
e/ou lixo será destinado a esta, para triagem, classificação e destinação.
É prevista a instalação de um aterro sanitário que atenderá ambas as fases de implantação,
operação e fechamento do empreendimento.
Central de Materiais Descartáveis - CMD
A central de materiais descartáveis é um espaço para armazenamento dos materiais a serem
descartados, constituídos de áreas especificas destinadas ao armazenamento de resíduos
conforme sua tipologia. Os resíduos que não serão depositados no aterro sanitário previsto, serão
recolhidos e transportados por empresas ambientalmente regularizadas, para em seguida terem
sua disposição final determinada.
•
Central de Materiais Descartados - CMD

proteção: completamente cercado com alambrado de tela metálica;

acesso: portão com controle de acesso;

pátios: pavimentação em bloco de concreto intertravado para suportar
caminhões semi-reboque tipo 2S3 com PBT de até 60t;

proteção dos pátios: cercados com alambrado de tela metálica e portão de
acesso;

portaria e escritório: em alvenaria de blocos de concreto, portas e janelas, com
cobertura de telha trapezoidal galvanizada com espessura de 0,65mm;

galpões: fechados com cobertura e tapamento lateral em lona sintética;

estrutura dos galpões: metálica leve de chapa galvanizada;

acesso aos galpões: porta corrediça de duas folhas em trilho superior;

cobertura e fechamento lateral: lona sintética de PVC reforçada em trama de
poliéster;

pé direito útil dos galpões: 9,5 m no centro e 5 m na lateral;

piso dos galpões: em concreto para suportar um caminhão médio tipo 2C com
PBT de até 30t;
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
sistema de ventilação dos galpões: natural através das aberturas na junção da
cobertura superior com as laterais;

sistema de iluminação dos galpões: natural através de faixas translúcidas na
cobertura e nas laterais;

meio ambiente: pátios com drenagem pluvial controlada para evitar
contaminação do ambiente.
Esta estrutura será implantada no início da fase de implantação, e operará nesta mesma fase, na
fase de operação e fechamento, como sistema de controle ambiental para os resíduos sólidos
descartáveis e especiais, gerados pelo empreendimento.
A área prevista para esta estrutura é de 4,26ha, incluindo acessos, saias de aterro e a área útil do
CMD.
Aterro sanitário
A implantação do aterro sanitário seguirá o estabelecido pela NBR 8419, de 1992 e a NBR 13.086
de 2005, sem prejuízo de outras especificações mais restritivas.
O aterro sanitário do projeto Morro do Pilar será do tipo controlado, sistema de
impermeabilização de base e receberá resíduos industriais inertes e não perigosos.
O aterro sanitário, que tem por conceito dispor em caráter final, resíduos sólidos no solo, por
meio de confinamento em camadas cobertas com material inerte, segundo normas técnicas
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde e à segurança, minimizando os impactos
ambientais (incluindo impermeabilização lateral e inferior do terreno, drenagem de águas
pluviais, coletas e tratamento de líquidos percolados e coletas de biogás, se for o caso),
representa o último grau dentro da ordem controle de resíduos sólidos, e será usado como
referencia para o local de disposição efetiva e permanente de resíduos sólidos inertes e não
recicláveis, tais como:
•
Resíduos sólidos desidratados de estações de tratamento de efluentes – ETEs e de
estações de tratamento de água – ETAs;
•
Vidros temperados em geral, cristais, louças e porcelanas;
•
Espelhos e lentes de óculos;
•
Papel celofane, papel carbono, papel plastificado, etiquetas e adesivos.
Os resíduos orgânicos constituídos por restos e sobras de alimentos poderão ser segregados para
destinação no aterro sanitário.
Resíduos sólidos, como por exemplo, lâmpadas de todos os tipos, baterias ácidas, pilhas, ampolas
de remédio, óleos das caixas separadoras de água e óleo, e ainda, outros resíduos produzidos em
menor monta, tais como resíduos de vazamentos de baterias, filtros de óleo, etc serão
devidamente classificados conforme norma NBR 10.004 e armazenados na CMD como resíduos
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Classe I (Perigosos), até encaminhamento para incineração ou co-processamento ou para aterros
industriais particulares. Em qualquer destes casos, os processos serão efetuados por empresas
devidamente licenciadas para tal.
Os resíduos provenientes dos ambulatórios deverão ser devidamente separados e acondicionados
para destinação final, conforme definidos na alínea “a” do artigo 1º da Lei 5.420, de 16/06/2000.
Deverá ser prevista a implantação de benfeitorias e equipamentos que possibilitem a obtenção
dos resultados preconizados na citada lei.
O aterro sanitário também abrigará a pilha de estocagem de solo superficial (fértil) que restou
após a conclusão da implantação e que necessita ser estocado para uso em geral.
Os critérios para a seleção de área são os seguintes:
•
Topografia: A área deve ter características planas, com inclinação máxima em torno de
10%; evitar terrenos em topos de morros;
•
Dimensões: Devem ser coerentes com a vida útil pretendida, a priori pode ser
considerada a regra primária de 1 m² por tonelada de resíduo a ser aterrada por dia;
•
Solo: Deve ter composição predominantemente homogênea e argilosa; evitar terrenos
com matacões e rochas aflorantes;
•
Proteção contra enchentes: Devem ser evitadas áreas sujeitas a inundações e flutuações
excessivas de lençol freático como as várzeas de rios, pântanos e mangues;
•
Distâncias de corpos de água: Deve ser mantida a distância mínima de 200 m de corpos
de água;
•
Profundidade do lençol freático – A cota máxima do lenço freático deve estar o mais
distante possível da cota de fundo da vala, considerando 3 m para solos argilosos e ainda
mais para solos arenosos;
•
Distância de residências: Recomendam-se distâncias mínimas de 500 m de residências
isoladas e 2.000 m para áreas urbanizadas;
•
Ventos predominantes: A direção dos ventos predominantes não deve possibilitar o
carreamento de poeira ou maus odores para núcleos habitacionais;
•
Acesso: A possibilidade de fácil acesso em qualquer época do ano e em qualquer situação
meteorológica.
O método para disposição de resíduos é o sistema de valas, por ser o ideal para pequenas
quantidades geradas diariamente e por não necessitar de equipamentos para o preenchimento
de valas escavadas com detenções apropriadas, onde os resíduos são depositados sem
compactação e a cobertura final com terra é realizada manualmente.
A vida útil do aterro para a primeira etapa do empreendimento será de oito anos. Se for
considerada a geração média de 0,5 t de resíduos por dia, ter-se-á um total de 1.440 t e com um
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peso específico de 0,5 t/m³ aproximadamente. Com isso, o volume de material será de 2.880 m³,
a serem dispostos em valas no final dos oito anos.
Antes da exaustão do aterro, será iniciada a construção da ampliação do aterro, com mesmas
características, contíguo ao mesmo, para mais oito anos e, assim sucessivamente, até a
paralisação das operações.
Cada vala terá largura de 3 m (para facilidade de disposição por um só lado e também para o
cobrimento), com altura de 3 m (para segurança) e com comprimento de 14 m, que permitirá
lançamento lateral por até cinco caminhões em cada vala. Cada vala absorverá resíduos por seis
meses e o volume considerado para cada uma delas foi de 144 m³.
Além da área das valas, o aterro terá área de circulação, área para manobra de veículos, área para
estocagem de solo fértil, cinturão vegetal, instalações de apoio e área para estacionamento
interno. Considerando a área total, incluindo saias de aterro, acessos internos, portaria, balança,
etc., a área do aterro sanitário totaliza 2,15 ha. A Figura 2-33 a seguir apresenta o layout do aterro
sanitário.
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Figura 2-33 – Layout do aterro sanitário.
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Quanto à impermeabilidade do terreno, no caso das valas, a alternativa viável é o uso de
sintéticos, como as mantas de polietileno de alta densidade – PEAD de 2,0 mm de espessura,
garantindo a proteção do aquífero freático.
2.5.16.2
Sistemas de drenagem
Consiste na construção de drenagens, que permitirão que as águas pluviais percorram em perfeita
harmonia, com plano superficial de escoamento da bacia considerada, evitando o
desenvolvimento de processos erosivos e posterior comprometimento do ambiente em seu
entorno.
2.5.16.2.1 Drenagem pluvial
As águas pluviais incidentes nas áreas de canteiros e alojamentos serão coletadas por dispositivos
de drenagem (calhas, valetas, tubos, caixas de passagem, etc.) e destinadas à drenagem natural,
devidamente adequadas, uma vez que serão projetados e implantados sistemas de contenção de
sedimentos e separação de águas oleosas, quando for o caso.
2.5.16.2.2 Drenagem provisória
Em virtude dos grandes movimentos de terra (obras de terraplenagem), os solos naturais e
aqueles provenientes de áreas de empréstimos ficam temporariamente expostos e, em situação
de chuvas, estão sujeitos ao desbaste e carreamento pelos escoamentos superficiais.
Os dispositivos de drenagem provisória nestas áreas irão propiciar a detenção parcial dos sólidos
transportados pelas águas pluviais. Estes dispositivos são aplicados para situações específicas,
relacionadas com a posição das obras, com o caminhamento natural dos escoamentos superficiais
do entorno, podendo constituir-se em valetas de drenagem combinadas com a instalação de
bacias de contenção de sólidos e a execução de obras de terraceamento (em curvas de nível). Vale
lembrar que esses dispositivos devem possuir revestimento de proteção (vegetal ou outro), além
de se constituírem, pela própria temporalidade e natureza das construções, em elementos de
pequeno porte destinados, portanto, a uma atuação eficiente para os eventos pluviométricos de
intensidades normais ou pouco superiores às médias locais.
Os dispositivos de drenagem provisória necessários para um correto direcionamento das águas
pluviais serão implantados gradativamente, à medida que as frentes de serviço forem avançando,
podendo ser mantidos após a conclusão das obras.
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2.5.16.3
Rede coletora e sistema de tratamento de esgotos sanitários
Para a escolha do sistema de tratamento de esgoto deverão ser considerados fatores que
combinem um bom e estável desempenho, a simplicidade e baixo custo de construção e operação,
além do baixo impacto ambiental em função das características do corpo receptor.
O sistema será composto por tubulações coletoras enterradas e caixas de passagem que
conduzirão o efluente por gravidade até os dispositivos iniciais de tratamento. Os tubos serão em
PVC rígido, com junta elástica, tipo coletor de esgoto, conforme a norma NBR 7.362 da ABNT e as
conexões em PVC rígido, com junta elástica, tipo coletor de esgoto, conforme a norma NBR 10.569
da ABNT.
O efluente sanitário será tratado em instalação adequada e para isto estão previstas Estações de
Tratamento de Efluentes – ETEs, devidamente dimensionadas para receber e tratar os picos de
vazão causados pela sazonalidade do uso das instalações e devidamente localizadas para que
tenha condições de receber o efluente na elevação final resultante dos caimentos necessários
para a captação e transferência a partir dos pontos de geração.
As ETEs deverão adequar o efluente proveniente dos despejos sanitários para o padrão Conama
357, podendo liberar esta água para o ambiente ou reaproveitá-la no consumo como água de
serviço.
Ambas as ETEs, a do canteiro central e a dos alojamentos, serão dimensionadas para a capacidade
máxima de 6.000 pessoas. O dimensionamento se deve a condição de segurança para garantir que
uma unidade nunca vá ser sobrecarregada e corra o risco de “afogar-se” na ocorrência dos picos
de uso característicos da soma das atividades da cozinha/restaurante com a dos sanitários,
vestiários e lavanderias, quando após o café da manhã, no preparo do almoço, após o almoço
(limpeza de utensílios), no preparo do jantar e após o jantar (limpeza de utensílios), etc.
Os sistemas serão implantados atendendo às seguintes normas:
•
NBR 7.229 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos;
•
NBR 9.648 – Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário;
•
NBR 9.649 – Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário;
•
NBR 12.209 – Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário;
•
NBR 13.969 – Tanques sépticos – Unidades de tratamento complementar e disposição
final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e operação;
•
Resolução Conama 357.
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Poderão ser utilizados os sistemas fossa séptica e filtro anaeróbico ou lodos ativados ou ETE
compacta. No detalhamento do projeto, será avaliada a melhor opção técnica e ambiental a ser
implantada, com garantia de atendimento às normas vigentes.
O efluente final poderá ser disposto de acordo com as seguintes alternativas:
•
jardinagem: o efluente poderá ser usado para irrigação e ajardinamento nas áreas verdes
do complexo ou para umectar as estradas;
•
descarte: em conformidade com a legislação local pertinente, o efluente poderá ser
disposto em um corpo receptor, podendo ser um córrego, rede de drenagem pluvial ou
rede coletora de esgoto local, quando esta estiver em operação.
Periodicamente, serão colhidas amostras do efluente líquido da ETE para análise, a fim de verificar
sua adequabilidade para descarte no ambiente para atender as exigências de meio ambiente; os
resíduos sólidos gerados deverão ser coletados, secos ao sol e, após, serão depositados no aterro
sanitário.
Para as áreas de construção propriamente ditas (canteiros avançados), haverá conjuntos de
banheiros em containers, com sistema de fossa e sumidouro e/ou banheiros químicos que terão
seu efluente retirado diariamente por caminhões-fossa.
2.5.16.4
Sistema de contenção e SAO
O controle dos efluentes oleosos será realizado com a impermeabilização do piso das áreas onde
serão realizadas as atividades de manutenção e lavagem dos veículos, equipamentos e peças.
O canteiro central e os canteiros avançados serão dotados de tanque de contenção e separador de
água e óleo, dimensionados adequadamente para as vazões de trabalho. Estes dispositivos de
controle serão construídos conforme recomendado pelas Normas ABNT.
Todos os efluentes oleosos gerados nas instalações de limpeza e manutenção mecânica de
veículos, máquinas e equipamentos serão enviados ao SAO (separador de água e óleo) e,
posteriormente, encaminhados para tratamento e refino por empresa especializada e licenciada
para tal atividade.
Os efluentes oleosos deverão ser acondicionados em bombonas e os resíduos como borra oleosa e
estopa contaminada em tambores, na Central de Materiais Descartáveis, até a viabilização da
destinação final.
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2.5.16.5
Bacia de sedimentação de efluente de concreto
Nos canteiros de obras, será necessária a instalação de bacias de sedimentação para receber o
efluente proveniente da dosagem de concreto e argamassas, das águas oriundas da lavagem das
betoneiras, bem como das águas pluviais provindas do pátio de estocagem. Esse sistema de
decantação é denominado bate-lastro.
As paredes dos tanques de decantação serão em concreto e impermeabilizadas, projetadas para
atender o volume máximo de efluentes estimado para os períodos de mobilização das obras de
concretagem, sendo realizadas limpezas periódicas.
Toda água utilizada deste processo será reciclada e reutilizada em sistema fechado de circulação,
sendo todos os resíduos sólidos constituídos dos sedimentos recuperados (concreto magro nãoestrutural) reaproveitados na confecção de blocos, contra pisos, etc.
Caso o resíduo de concreto não seja reutilizado, este será destinado como entulho à ADME (PDE
Norte 3). A água proveniente do tanque de decantação será reutilizada na própria lavagem dos
caminhões betoneira e/ou na umectação dos canteiros de obra.
2.5.16.6
Sistema de aspersão
As emissões de material particulado provenientes das atividades de terraplanagem e da
movimentação de veículos no terreno em vias não pavimentadas serão controladas pela
umectação das vias por meio de caminhões-pipa.
Haverá um significativo consumo de água durante a fase de implantação, particularmente no
processo de terraplenagem, nas tarefas de abatimento de material particulado e compactação de
aterros.
Os caminhões-pipa para o abatimento dos particulados gerados nas vias de acesso às obras serão
abastecidos diretamente no tanque de estocagem de água industrial.
2.5.16.7
Viveiro de mudas
O projeto Morro do Pilar terá necessidade de recomposição florestal, seja na área própria ou na(s)
de compensações. Isto leva à necessidade de produção de mudas próprias de mata nativa para
atender as exigências legais para obtenção de licenças de desmatamento, além daquelas do Plano
de Controle Ambiental – PCA.
Para isto, será necessária obtenção de mudas das espécies determinadas e, portanto, a
implantação de um viveiro de mudas para atender aos vinte anos de vida útil do empreendimento,
bem como para as exigências do plano de fechamento.
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Viveiros florestais são superfícies de terreno, com características próprias, que se destinam à
produção, ao manejo e à proteção das mudas até que tenham idade e tamanho suficientes para
que possam ser levadas a campo, resistir às condições adversas do meio e ter um bom
crescimento.
O tamanho do viveiro a ser construído vai depender da quantidade de mudas a produzir, do
tamanho dos recipientes, da forma de distribuição das mudas no espaço interno e do tempo que
as mudas permanecerão no viveiro. A premissa inicial para o projeto Morro do Pilar será para
instalação de um módulo com capacidade aproximada de 30 mil mudas nativas por ano.
As mudas restantes necessárias serão adquiridas de terceiros. Outra alternativa seria a ampliação
do viveiro em outros módulos, de acordo com a necessidade de produção.
Considerando que para recuperação de uma área venham a ser necessárias 1.111 mudas por
hectare, assim as 30 mil mudas produzidas no viveiro contribuirão para plantar 27 hectares/ano.
As atividades do projeto serão realizadas com a participação da comunidade, onde pessoas e
famílias serão capacitadas, para coleta de sementes, produção de mudas, valorização dos
remanescentes de cerrado que existem, ou até mesmo, árvores matrizes produtoras de sementes.
2.5.16.7.1 Características do viveiro de mudas
Será um viveiro do tipo permanente, para produção de mudas por semeadura direta em tubetes,
que possibilita uma maior rentabilidade, diminui mão de obra na produção e no plantio das
mudas, usa-se menos insumos, facilita o transporte, diminuindo custos operacionais, maior
quantidade de mudas produzida em um pequeno espaço.
Será implantado em área não totalmente plana (inclinação ideal entre 1% a 3%), para evitar o
alagamento e facilitar a execução dos tratos culturais e o acesso e trânsito de máquinas, veículos e
pessoas. Preferencialmente deverá ter áreas de face para o norte, que são mais quentes, mais
ensolaradas e protegidas do vento sul.
Terá estrutura de aramado, com pilares em madeira-de-lei e cobertura de sombrite 50%,
assentado sobre arame liso galvanizado. O sombrite 50% deve atender à maioria das espécies
cultivadas na região. Haverá um pedilúvio (1,00 x 1,00m) que será assentado na entrada principal
do viveiro, de modo a permitir o controle fitos sanitário na circulação de máquinas e pessoas.
O módulo proposto apresenta a dimensão de 24 x 24m, perfazendo uma área de 576m². O viveiro
está dividido em quatro sub-módulos, com áreas de circulação pavimentadas com brita, para
facilitar o acesso de máquinas, veículos e pessoas, e permitir uma melhor drenagem das águas;
limitadas com meio-fio, que pode ser de qualquer material disponível no local (madeira, tijolos,
blocos de cimento, etc.). Esses sub-módulos deverão ser nivelados com areia, que além de
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oferecer uma melhor condição para a sustentação dos sacos e outros recipientes, também
funcionará como controladora de plantas invasoras.
O viveiro terá uma cerca ao redor, com uma entrada controlada, um estacionamento externo e
um interno para veículos de serviço, e como área de apoio terá uma portaria com escritório, copa
e sanitários e um galpão para estoque e manipulação de sementes e para as ferramentas.
O sistema de irrigação será elevado por nebulização, onde a distribuição da água é mais uniforme,
fazendo com que as mudas recebam a mesma quantidade e evitando-se o desperdício. Em todas
as etapas de produção deverá haver abundancia no suprimento de agua. Para gerar até 30.000
mudas mínimas por ano o consumo esperado é de 3.000l por dia.
Os solos a serem utilizados deverão ser de textura solta, com boa drenagem, para se evitar
acúmulo de água, o que pode acarretar excesso de umidade e, por consequência, aparecimento
de pragas ou doenças no viveiro.
O viveiro de mudas será implantado no início das atividades, visto que é atividade principal para a
recuperação e o repovoamento da flora nativa.
O viveiro deverá ser legalizado, conforme as exigências da Lei nº. 10.711, de 05 de agosto de 2003,
notadamente o registro como produtor de mudas e o registro do viveiro no Ministério de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
2.5.16.8
Revegetação
Após a execução das obras, será implementado revestimento vegetal das áreas expostas, tais
como taludes, áreas de disposição de material excedente e banquetas, a fim de preservar estas
áreas susceptíveis à erosão. Concluídas as etapas de construção, será feita revegetação por meio
de mudas ou do plantio direto manual de um mix de sementes de espécies herbáceas e arbustivas
pertencentes às famílias das leguminosas, gramínea, crucífera e composta, independentemente da
topografia do terreno.
A seleção das espécies terá como objetivo, principalmente, o eficiente e rápido recobrimento do
solo para prevenir a ocorrência dos processos erosivos, conjugado com o bom aspecto visual,
baixo custo de aquisição e manutenção, acrescidas as características agronômicas adequadas.
Contudo, essas informações serão detalhadas no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas
(PRAD) que poderá será elaborado em fases de desenvolvimento do projeto futuras.
2.5.17
Cronograma de implantação
As Tabela 2-44 e Tabela 2-45 a seguir apresentam os macro cronogramas de implantação do
empreendimento, sendo apresentado separadamente o cronograma da implantação do
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empreendimento e o cronograma dos procedimentos pré-operacionais previstos ainda na fase de
implantação.
Tabela 2-44 – Cronograma de implantação do empreendimento.
ATIVIDADES
M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M9 M10 M11 M12 M13 M14 M15 M16 M17 M18 M19 M20 M21 M22 M23 M24 M25 M26 M27 M28 M29 M30 M31 M32 M33 M34
TERRAPLANAGEM E
EMPILHAMENTO DRENADO
OBRAS CIVIS
MONTAGEM ELETROMECÂNICA
PRÉ-COMISSIONAMENTO
COMISSIONAMENTO MINÉRIO
Tabela 2-45 - Cronograma de pré-operação do empreendimento.
ATIVIDADES
M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M9 M10 M11 M12 M13 M14 M15 M16 M17 M18 M19 M20 M21 M22 M23 M24 M25 M26 M27 M28 M29 M30 M31 M32 M33 M34
NORMATIZAÇÃO E
PROCEDIMENTOS
TREINAMENTO /
EXECUÇÃO DO PLANO
OPERACIONAL
PRE-STRIPPING
2.6
Fase de operação
Para sintetizar os principais processos e respectivos produtos e insumos compreendidos na fase de
operação do empreendimento foi elaborado o macro fluxograma a seguir (Figura 2-34).
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Figura 2-34 – Esquema simplificado dos principais processos da fase de operação do
empreendimento.
Pilhas de estéril
Água
Retirada de estéril
Pré stripping
Operação
de lavra
Extração do
minério
Beneficiamento
do minério
Minério
Mercado
consumidor
Rejeito
Empilhamento de
rejeito drenado
2.6.1
Mina
Considerando a forma de ocorrência normalmente comum em minério de ferro, ou seja, corpos de
média a grandes dimensões, aflorantes ou cobertos por pequena espessura de capeamento, o
método de lavra mais apropriado deverá ser o de cava a céu aberto, em bancadas descendentes,
consideradas nesta fase com 10m de altura e ângulo geral de talude de 40o, que após a definição
da escala de produção, deverá ser revista, para melhor se adaptar ao porte dos equipamentos.
Após a abertura e o desenvolvimento das cavas, a lavra deverá prosseguir com as operações
convencionais de preparação das frentes, perfuração, desmonte com explosivos (quando
necessário) ou tratores de esteiras e de pneus, carregamento por meio de escavadeiras e/ou pás
carregadeiras, transporte do minério por caminhões fora de estrada até um britador primário e, a
partir daí, o transporte do minério deverá ser feito por correias transportadoras diretamente para
a usina de beneficiamento. O transporte dos materiais marginais e estéreis, algumas vezes de
rejeito desaguado, deverá ser feito por caminhões até as pilhas de estéril, ou para as partes das
cavas próximas já exauridas.
O empreendimento é composto por duas cavas, uma a norte e outra a sul da sede urbana de
Morro do Pilar, denominadas então de MOPIN (Figura 2-35) e MOPIS (Figura 2-36), em síntese são
compostas por: Cangas, Hematita, Itabiritos e Itabirito Friável;
Os parâmetros utilizados para a operacionalização das cavas finais da mina foram:
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•
Altura dos bancos: 10m;
•
Berma mínima: 6m;
•
Ângulo de face: 60°;
•
Praça mínima no fundo da cava: 50m;
•
Raio de curvatura da rampa mínimo: 30m;
•
Largura de rampa: 10m - 30m;
•
Inclinação máxima de rampas: 10%;
•
Ângulo geral de talude: 40º.
Figura 2-35 – Cava norte (MOPIN).
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Figura 2-36 – Cava sul (MOPIS).
2.6.1.1
Otimização
Os estudos para estabelecer as cavas matemáticas, a partir de uma função benefício definida,
foram desenvolvidos usando o software WHITLE. A metodologia aplicada utiliza uma sequência de
avanços na cava, a partir de algoritmo específico que busca os blocos de diferentes teores para
definir a cava ótima, considerando os diferentes parâmetros econômicos, principalmente a
receita. Foram estabelecidos programas de produção anuais, para a definição da sequência de
lavra dos blocos de minério e estéril e a evolução das geometrias ao longo da vida da mina até
atingir a cava final.
Para definição destas cavas, todos os blocos classificados como recursos inferidos e potencial
geológico foram considerados, como também foi considerado um limite físico de 50 metros nas
margens dos principais rios (rio Santo Antônio e rio Preto), um buffer de proteção da caverna 01
de 250m e ainda 30m das margens do ribeirão das Lajes na sua porção a montante da caverna,
onde há seu sumidouro. Para estabelecer estas sequências de expansões das cavas no tempo,
utilizou-se um fator de receita entre 50 e 150% do preço de venda do produto para uma produção
anual de 25Mtpa (milhões de toneladas por ano).
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Para cada área estudada, foram estabelecidas cavas que maximizam o benefício obtido com a
lavra do minério, baseado principalmente no custo de produção e preços de venda assumidos,
sem, entretanto, considerar os investimentos. As Figura 2-37 e Figura 2-38 mostram a cava
matemática selecionada, cavas 5 e 4, para MOPIN e MOPIS, respectivamente.
Tabela 2-46 – Cava matemática selecionada (MOPIN).
Projeto Morro do Pilar Norte
Cavas geradas considerando Recursos Potencial e Inferido e ângulo geral de 40°
Preço
Mov. Total Estéril Minério
REM
(US$/tConc)
(Mt)
(Mt)
(Mt)
Teor de ROM (%)
SiO2 Al2O3 Mn P
Cava
nº
Fator de Receita
1
0,3
30,4
61,90
13,19
48,71
0,27 58,78 9,36
3,40
0,01 0,03 2,77
69,67
80,00
2
0,4
40,5
185,75
49,31
136,43
0,36 45,22 30,71
2,52
0,04 0,02 1,47
53,59
80,00
73,13
3
0,5
50,6
568,07
276,87
291,20
0,95 39,12 40,92
1,69
0,04 0,02 0,84
46,36
80,00
135,00
4
0,6
60,7
954,77
578,03
376,74
1,53 37,62 43,20
1,62
0,04 0,02 0,74
44,59
80,00
167,98
5
0,7
70,8
1532,85
1066,02
466,82
2,28 36,62 44,85
1,49
0,04 0,02 0,65
43,40
80,00
202,59
6
0,8
81,0
2171,77
1628,60
543,17
3,00 36,03 45,82
1,42
0,04 0,02 0,59
42,70
80,00
231,97
7
0,9
91,1
2532,37
1954,42
577,95
3,38 35,82 46,15
1,40
0,04 0,02 0,58
42,45
80,00
245,39
8
1,0
101,2
3028,55
2412,12
616,43
3,91 35,66 46,44
1,37
0,05 0,02 0,56
42,26
80,00
260,53
Fe
Conc. Magnética
PPC Rec. Massa (%) Rec. Met. (%) Conc (Mt)
33,94
9
1,1
111,3
3315,24
2677,84
637,40
4,20 35,52 46,63
1,38
0,05 0,02 0,55
42,10
80,00
268,33
10
1,2
121,4
3512,41
2862,90
649,50
4,41 35,47 46,71
1,37
0,05 0,02 0,55
42,04
80,00
273,01
11
1,3
131,6
3641,94
2984,81
657,13
4,54 35,41 46,79
1,37
0,05 0,02 0,54
41,97
80,00
275,78
12
1,4
141,7
3805,05
3138,37
666,67
4,71 35,31 46,93
1,38
0,05 0,02 0,54
41,85
80,00
278,97
13
1,5
151,8
4141,46
3458,77
682,68
5,07 35,20 47,10
1,36
0,05 0,02 0,53
41,72
80,00
284,81
14
1,6
161,9
4329,93
3637,69
692,23
5,25 35,09 47,25
1,36
0,05 0,02 0,53
41,59
80,00
287,92
15
1,7
172,0
4583,67
3878,93
704,74
5,50 34,93 47,47
1,37
0,05 0,02 0,53
41,40
80,00
291,79
16
1,8
182,2
4727,29
4016,15
711,14
5,65 34,86 47,57
1,38
0,05 0,02 0,53
41,32
80,00
293,82
17
1,9
192,3
4958,52
4237,67
720,85
5,88 34,75 47,72
1,38
0,05 0,02 0,53
41,19
80,00
296,86
18
2,0
202,4
5079,33
4353,26
726,07
6,00 34,67 47,82
1,39
0,05 0,02 0,53
41,09
80,00
298,37
19
2,1
212,5
5218,88
4487,24
731,64
6,13 34,60 47,92
1,39
0,05 0,02 0,53
41,01
80,00
300,01
20
2,2
222,6
5476,63
4736,91
739,72
6,40 34,54 48,00
1,39
0,05 0,02 0,53
40,94
80,00
302,79
21
2,3
232,8
5659,52
4912,61
746,91
6,58 34,42 48,15
1,40
0,05 0,02 0,53
40,79
80,00
304,72
22
2,4
242,9
5973,64
5217,92
755,72
6,90 34,37 48,22
1,40
0,05 0,02 0,52
40,73
80,00
307,82
23
2,5
253,0
6260,20
5495,23
764,97
7,18 34,25 48,37
1,41
0,05 0,02 0,52
40,59
80,00
310,56
24
2,6
263,1
6790,24
6012,49
777,76
7,73 34,20 48,44
1,41
0,05 0,02 0,52
40,53
80,00
315,28
25
2,7
273,2
7214,70
6425,60
789,10
8,14 34,10 48,58
1,42
0,05 0,02 0,52
40,41
80,00
318,95
26
2,8
283,4
7392,65
6599,08
793,57
8,32 34,07 48,63
1,42
0,05 0,02 0,52
40,38
80,00
320,40
27
2,9
293,5
7479,45
6683,24
796,21
8,39 34,03 48,68
1,42
0,05 0,02 0,52
40,33
80,00
321,10
28
3,0
303,6
7768,28
6965,84
802,44
8,68 33,99 48,73
1,42
0,05 0,02 0,52
40,28
80,00
323,29
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
Página:
190
Morro do Pilar Minerais S.A.
Tabela 2-47 – Cava matemática selecionada (MOPIS).
Projeto Morro do Pilar Sul
Cavas geradas considerando Recursos Potencial e Inferido e ângulo geral de 40°
Cava
nº
Fator de Receita
Preço
Mov. Total Estéril Minério
REM
(US$/tConc)
(Mt)
(Mt)
(Mt)
1
0,3
30,4
0,16
0,01
0,15
0,06 43,15 36,95
0,84
0,03 0,02 0,27
51,14
80,00
0,08
2
0,4
40,5
237,38
60,47
176,91
0,34 30,10 52,16
2,35
0,06 0,07 0,53
35,67
80,00
63,12
3
0,5
50,6
1159,71
615,99
543,72
1,13 29,08 53,28
2,31
0,07 0,08 0,58
34,47
80,00
187,41
4
0,6
60,7
1963,13
1211,70
751,42
1,61 28,70 53,71
2,28
0,07 0,09 0,61
34,01
80,00
255,60
5
0,7
70,8
2459,99
1619,14
840,85
1,93 28,61 53,83
2,26
0,07 0,09 0,62
33,91
80,00
285,13
6
0,8
81,0
2788,55
1902,78
885,77
2,15 28,58 53,88
2,24
0,07 0,09 0,63
33,87
80,00
300,02
7
0,9
91,1
3207,15
2275,69
931,46
2,44 28,57 53,91
2,23
0,07 0,09 0,63
33,86
80,00
315,35
8
1,0
101,2
3647,74
2674,85
972,89
2,75 28,53 53,96
2,22
0,08 0,09 0,63
33,81
80,00
329,00
Fe
Teor de ROM (%)
SiO2 Al2O3 Mn P
Conc Magnética
PPC Rec. Massa (%) Rec. Met. (%) Conc (Mt)
9
1,1
111,3
4062,06
3055,93 1006,14 3,04 28,51 53,99
2,21
0,08 0,09 0,63
33,79
80,00
339,96
10
1,2
121,4
4262,23
3242,15 1020,08 3,18 28,51 54,00
2,21
0,08 0,09 0,64
33,79
80,00
344,66
11
1,3
131,6
4426,52
3396,47 1030,05 3,30 28,51 54,00
2,20
0,08 0,09 0,63
33,79
80,00
348,10
12
1,4
141,7
4516,10
3481,26 1034,83 3,36 28,52 53,99
2,20
0,08 0,09 0,63
33,80
80,00
349,78
13
1,5
151,8
4621,07
3580,99 1040,08 3,44 28,52 53,99
2,20
0,08 0,09 0,63
33,80
80,00
351,59
14
1,6
161,9
4704,93
3661,11 1043,82 3,51 28,53 53,99
2,19
0,08 0,09 0,63
33,81
80,00
352,92
15
1,7
172,0
4781,75
3734,66 1047,09 3,57 28,53 53,99
2,19
0,08 0,09 0,63
33,81
80,00
354,05
16
1,8
182,2
4845,57
3796,00 1049,58 3,62 28,53 53,99
2,19
0,08 0,09 0,63
33,81
80,00
354,91
17
1,9
192,3
4900,43
3848,92 1051,51 3,66 28,53 53,99
2,19
0,08 0,09 0,63
33,81
80,00
355,60
18
2,0
202,4
4950,54
3897,33 1053,21 3,70 28,54 53,98
2,19
0,08 0,09 0,63
33,83
80,00
356,21
19
2,1
212,5
4969,02
3915,14 1053,88 3,71 28,54 53,99
2,19
0,08 0,09 0,63
33,83
80,00
356,42
20
2,2
222,6
5047,34
3991,07 1056,27 3,78 28,54 53,98
2,19
0,08 0,09 0,63
33,83
80,00
357,26
21
2,3
232,8
5062,73
4006,03 1056,70 3,79 28,54 53,98
2,19
0,08 0,09 0,63
33,83
80,00
357,42
22
2,4
242,9
5075,23
4018,13 1057,10 3,80 28,54 53,98
2,19
0,08 0,09 0,63
33,83
80,00
357,54
23
2,5
253,0
5093,07
4035,50 1057,57 3,82 28,54 53,98
2,19
0,08 0,09 0,63
33,83
80,00
357,70
24
2,6
263,1
5127,78
4069,33 1058,45 3,84 28,54 53,98
2,19
0,08 0,09 0,63
33,83
80,00
358,01
25
2,7
273,2
5177,68
4118,01 1059,67 3,89 28,54 53,98
2,19
0,08 0,09 0,63
33,83
80,00
358,43
26
2,8
283,4
5191,63
4131,63 1060,00 3,90 28,54 53,98
2,19
0,08 0,09 0,63
33,83
80,00
358,54
27
2,9
293,5
5193,58
4133,53 1060,04 3,90 28,54 53,98
2,19
0,08 0,09 0,63
33,83
80,00
358,56
2.6.1.2
Sequenciamento da lavra
Os estudos de sequenciamento de lavra foram desenvolvidos com o uso do software SURPAC,
tendo consistido no estabelecimento dos programas de produção anuais, na definição da
sequência de lavra dos blocos de minério e estéril e na evolução das geometrias ao longo da vida
da mina até atingir as cavas finais definidas pela otimização.
Para o desenvolvimento dos programas de produção do projeto conceitual de Morro do Pilar,
foram definidas as áreas a serem lavradas visando à otimização do fluxo de materiais na mina.
Sendo assim, estabeleceu-se que a lavra fosse desenvolvida no sentido leste, iniciando-se nos
locais que apresentavam afloramentos do corpo mineral e áreas de maior teor de Fe, com o
objetivo de reduzir os custos operacionais nos primeiros anos de lavra.
Outro aspecto estudado também foi quanto à redução de custos e impactos ambientais. Para tal,
foi proposta a disposição de estéreis e rejeitos dentro das cavas (backfill), no decorrer da vida da
mina. Seguindo este conceito, a lavra iniciará na área Morro do Pilar Norte (MOPIN), priorizando
no início a produção do tipo friável, que se encontra aflorante e, se desenvolverá por oito anos e
meio, até atingir os limites finais da cava 5 definida pela otimização. Posteriormente, a lavra será
continuada em Morro do Pilar Sul (MOPIS) por mais de 12 anos, até atingir os limites finais da cava
4 definida na otimização desta área.
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
Página:
191
Morro do Pilar Minerais S.A.
Os estudos consideraram um ramp-up na produção até ser atingida plena capacidade da usina de
beneficiamento. Está previsto para o primeiro ano da lavra de MOPIN, uma produção em torno de
50% da plena, sendo que do segundo ano em diante, a produção passa para a nominal de projeto
(Tabela 2-48). A Relação Estéril – Minério (REM) também será menor nos dois primeiros anos,
estabilizando na média para os demais anos. No 9º ano, a produção será desviada para MOPIS,
porém dividida em ambas as cavas, sendo que nos primeiros seis meses a produção será em
MOPIN e, no restante do ano em MOPIS, seguindo a lavra nesta cava até os limites definidos pela
otimização como sua exaustão.
As Tabela 2-48, Tabela 2-49 e Tabela 2-50 apresentam os dados relativos ao minério e ao estéril,
bem como a relação entre eles, de acordo com o sequenciamento de lavra de cada uma das cavas
(cava norte e cava sul) e os somatórios para ambas as cavas. As Figura 2-37 e Figura 2-38 ilustram
o sequenciamento de lavra em cada uma das cavas.
Tabela 2-48 – Sequenciamento da cava norte (MOPIN).
Sequenciamento Morro do Pilar Norte
Periodo
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Total
Minério
12,63
53,90
53,30
53,67
52,86
53,32
53,32
53,32
46,08
432,40
Estéril
Mov. Total
(Mt)
8,46
21,10
37,03
90,93
62,38
115,68
155,50
209,16
153,29
206,15
154,58
207,90
154,58
207,90
154,58
207,90
133,60
179,68
1.014,00
1.446,39
Conc.
6,02
25,00
25,00
25,00
25,07
25,00
25,00
25,00
21,61
202,69
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
REM
(t/t)
0,67
0,69
1,17
2,90
2,90
2,90
2,90
2,90
2,90
2,35
Fe
SiO2
Al2O3
Mn
P
PPC
0,05
0,04
0,03
0,04
0,04
0,04
0,04
0,04
0,04
0,04
0,014
0,015
0,015
0,018
0,017
0,018
0,018
0,018
0,018
0,017
0,54
0,52
0,55
0,77
0,53
0,65
0,65
0,65
0,65
0,62
%
36,97
36,00
36,41
36,16
36,81
36,40
36,40
36,40
36,40
36,39
44,41
46,28
45,90
45,48
45,02
45,06
45,06
45,06
45,06
45,34
Página:
192
1,53
1,16
0,97
1,42
1,22
1,57
1,57
1,57
1,57
1,38
Morro do Pilar Minerais S.A.
Figura 2-37 – Sequenciamento em planta da cava norte (MOPIN).
Caverna +
faixa de 250 m
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
Página:
193
Morro do Pilar Minerais S.A.
Tabela 2-49 – Sequenciamento da cava sul (MOPIS).
Sequenciamento Morro do Pilar Sul
Periodo
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Total
Minério
9,19
65,83
67,32
67,03
68,80
65,85
68,19
68,19
68,19
68,19
68,19
66,44
751,43
Estéril
Mov. Total
(Mt)
14,77
23,96
105,97
171,80
108,35
175,67
107,92
174,96
110,71
179,50
106,44
172,29
110,06
178,25
110,06
178,25
110,06
178,25
110,06
178,25
110,06
178,25
107,22
173,66
1.211,68
1.963,10
Conc.
3,40
25,00
25,00
25,00
25,07
25,00
25,00
25,00
25,00
25,00
25,00
24,36
277,83
REM
(t/t)
1,61
1,61
1,61
1,61
1,61
1,62
1,61
1,61
1,61
1,61
1,61
1,61
1,61
Fe
SiO2
Al2O3
Mn
P
PPC
0,06
0,06
0,07
0,07
0,07
0,07
0,08
0,08
0,08
0,08
0,08
0,08
0,07
0,089
0,063
0,073
0,074
0,083
0,103
0,090
0,090
0,090
0,090
0,090
0,090
0,085
0,55
0,59
0,62
0,59
0,59
0,54
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,61
%
28,73
29,48
28,83
28,95
28,29
29,47
28,46
28,46
28,46
28,46
28,46
28,46
28,70
54,01
52,48
53,05
53,44
53,97
52,84
54,15
54,15
54,15
54,15
54,15
54,15
53,71
2,26
2,68
2,75
2,46
2,51
2,11
2,10
2,10
2,10
2,10
2,10
2,10
2,28
Figura 2-38 - Sequenciamento em planta da cava sul (MOPIS).
Documento nº
Data:
EIA-MOPI-002-03/12-V1
28/03/2012
Página:
194
Morro do Pilar Minerais S.A.
Tabela 2-50 – Sequenciamento do projeto Morro do Pilar completo (MOPIN + MOPIS).
Sequenciamento Morro do Pilar
Periodo
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Total
2.6.1.3
Minério
12,63
53,90
53,30
53,67
52,86
53,32
53,32
53,32
55,27
65,83
67,32
67,03
68,80
65,85
68,19
68,19
68,19
68,19
68,19
66,44
1.183,82
Estéril
Mov. Total
(Mt)
8,46
21,10
37,03
90,93
62,38
115,68
155,50
209,16
153,29
206,15
154,58
207,90
154,58
207,90
154,58
207,90
148,37
203,64
105,97
171,80
108,35
175,67
107,92
174,96
110,71
179,50
106,44
172,29
110,06
178,25
110,06
178,25
110,06
178,25
110,06
178,25
110,06
178,25
107,22
173,66
2.225,67
3.409,50
Conc.
6,02
25,00
25,00
25,00
25,07
25,00
25,00
25,00
25,01
25,00
25,00
25,00
25,07
25,00
25,00
25,00
25,00
25,00
25,00
24,36
480,52
REM
(t/t)
0,67
0,69
1,17
2,90
2,90
2,90
2,90
2,90
2,68
1,61
1,61
1,61
1,61
1,62
1,61
1,61
1,61
1,61
1,61
1,61
1,88
Fe
SiO2
Al2O3
Mn
P
PPC
0,05
0,04
0,03
0,04
0,04
0,04
0,04
0,04
0,05
0,06
0,07
0,07
0,07
0,07
0,08
0,08
0,08
0,08
0,08
0,08
0,06
0,01
0,015
0,015
0,018
0,017
0,018
0,018
0,018
0,029
0,063
0,073
0,074
0,083
0,103
0,090
0,090
0,090
0,090
0,090
0,090
0,060
0,54
0,52
0,55
0,77
0,53
0,65
0,65
0,65
0,64
0,59
0,62
0,59
0,59
0,54
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,64
0,62
%
36,97
36,00
36,41
36,16
36,81
36,40
36,40
36,40
35,12
29,48
28,83
28,95
28,29
29,47
28,46
28,46
28,46
28,46
28,46
28,46
31,51
44,41
46,28
45,90
45,48
45,02
45,06
45,06
45,06
46,55
52,48
53,05
53,44
53,97
52,84
54,15
54,15
54,15
54,15
54,15
54,15
50,65
1,53
1,16
0,97
1,42
1,22
1,57
1,57
1,57
1,68
2,68
2,75
2,46
2,51
2,11
2,10
2,10
2,10
2,10
2,10
2,10
1,95
Desvio dos cursos d´água principais
Os ribeirões Mata Cavalos e Lajes são dois cursos d´água que necessitarão de soluções de
engenharia para que o plano de lavra possa ser empreendido. Os estudos para definição das
soluções mais adequadas serão realizados após a obtenção da LP, quando será dada continuidade
ao monitoramento para fins de modelagem do sistema hídrico superficial e subterrâneo. As
soluções buscarão manter vazões a montante e a jusante do sistema endocárstico, cujo leito
fluvial será preservado antes do sumidouro. Além disso, soluções deverão ser definidas para a
lavra a jusante da caverna, onde há a confluência com o ribeirão Mata Cavalos e há necessidade
de manutenção do fluxo fluvial. Tais estudos deverão levar em conta as seguintes referências
quanto ao regime hídrico nestas sub-bacias:
a. Intervenção no ribeirão das Lajes
•
A montante da cava, a Q=0,113 m³/s na estação seca e 0,521 m³/s na estação chuvosa.
b. Intervenção no ribeirão Mata Cavalos
•
A montante da cava, a Q=0,441 m³/s na estação seca e 5,13 m³/s na estação chuvosa.
•
A jusante da confluência com o ribeirão das Lajes, a Q=0,674 m³/s na estação seca e 2,66
m³/s na estação chuvosa.
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Concluída a modelagem matemática, poder-se-á elaborar o projeto executivo com o
detalhamento dos sistemas de captação e restituição da água superficial em ponto a jusante da
cavidade e da cava. Trata-se de solução integrada com o plano de lavra, pois envolve os dois
cursos d´agua e o avanço de lavra.
Uma das opções a ser estudada é a utilização de canais de concreto ao longo de bancadas da lavra,
com finalidade de manter os fluxos fluviais de ambos os cursos d’água. Nesta configuração, os
canais teriam escoamento livre em rampa, sem a necessidade de bombeamentos ou sistemas
dissipadores de energia.
Tais estudos subsidiarão a obtenção das outorgas cabíveis para as intervenções que vierem a ser
projetadas.
2.6.1.4
Desmonte
A canga e o minério ou estéril compactos serão desmontados por explosivos encartuchados
(emulsão) na carga de fundo e granulados (tipo ANFO) na carga de coluna, iniciados por cordel
detonante com retardos. Os explosivos serão carregados em furos de 6” a 10” de diâmetro e 13m
de profundidade, perfurados por perfuratriz percussiva/rotativa acionada por compressor portátil.
A formação ferrífera local é composta de intercalações de itabiritos e itabiritos friáveis. O material
macio é removido diretamente pela máquina de carga dos caminhões, preferencialmente
escavadeira. Quando a frente encontrar uma passagem de material resistente, principalmente
com o aprofundamento da lavra, haverá necessidade de emprego de explosivos.
Os minérios ou estéreis friáveis serão desmontados por meio de escavadeiras, tratores de esteira
do porte dos convencionais D11-N ou D8-L Caterpillar, ou similares, de outras marcas, com o uso
de escarificador ou explosivo, quando necessário.
2.6.1.5
Carregamento e transporte
O carregamento do minério e estéril será feito diretamente nos caminhões por escavadeiras, com
caçamba com capacidade de 29m3, tipo Hitachi EX-5500, ou similar, em alguns casos, por grandes
pás-carregadeiras.
O transporte de minério até o britador primário e, de estéril até os depósitos permanentes ou
temporários será feito por caminhões basculantes fora-de-estrada com capacidade de 240t,
similares ao Caterpillar CAT 793 D.
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2.6.1.6
Dimensionamento dos equipamentos
A frota de equipamentos de mina necessários para o desenvolvimento do Projeto Morro do Pilar,
considerando-se a utilização de equipamentos e frota própria de caminhões e equipamentos
auxiliares para lavra e britagem, foi estimada a partir do banco de dados da Coffey Mining.
A Tabela 2-51 apresenta a relação de equipamentos necessários, bem como a estimativa de vida
útil destes.
Tabela 2-51 - Relação de equipamentos e estimativa de vida útil.
2.6.1.7
Sistema de drenagem
O planejamento de lavra adota o método de bancadas em céu aberto, propiciando que o
escoamento das águas superficiais seja realizado via gravidade, por meio de canaletas e/ou
escadas hidráulicas dimensionadas através de estudos hidrológicos. O sistema de drenagem deve
ser feito com base na topografia, estudos hidrológicos e hidrogeológicos, visando evitar
complicações operacionais como, acúmulo de água em bermas, instabilidade de taludes e
condições operacionais pouco favoráveis durante as chuvas.
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As águas dos bancos superiores passarão aos inferiores através da lateral interna da estrada de
acesso, onde será implantada canaleta para condução das águas, forrada com massa de solo
cimento, sempre que o piso apresentar baixa consistência.
À medida que o número de bancos for aumentando, a cada três bancos será construída uma
pequena bacia escavada (sump) para o amortecimento do fluxo. Estas micro bacias serão
posicionadas na lateral da praça, próximas do ponto de início da rampa de descida para o banco
subjacente. Por medidas de segurança, estes sumps serão devidamente sinalizados e demarcados
com bastões refletores.
No período crítico das chuvas, de novembro a março, a lavra no banco inferior, em cava, poderá
ser desativada, devido ao acúmulo de água em sua bacia. Logo após as chuvas, haverá a secagem
desta bacia, por via natural, evaporação / infiltração, ou, de maneira forçada, via bombeamento
do líquido. Neste caso, a água será preferencialmente utilizada no empreendimento (a depender
de outorga de uso da água) ou conduzida para o fundo da grota mais próxima. Caso seja
necessário o trabalho nas posições mais profundas da cava durante o período de chuvas, também
deverá ser realizado o bombeamento.
Os caminhos das águas deverão ser forrados com massa de cimento, quando o solo não
apresentar consistência, formando canaletas protegidas. Nos trechos de maior declividade (>15%),
as canaletas serão transformadas em escadas dissipadoras de energia. Nos pontos de mudança
brusca de direção serão construídas caixas receptoras que servirão para quebrar a velocidade das
águas, evitando possíveis danos e erosões no terreno.
2.6.1.8
Paiol
O paiol de explosivos terá capacidade para o consumo em cerca de dois meses de produção. O
consumo previsto será de 100g/t a 200g/t desmontada.
A descrição das estruturas e regras a serem seguidas no paiol estão descritas no item 2.5.11.
2.6.2
Usina de beneficiamento
Como consequência dos estudos realizados de caracterização mineralógica e testes de
desenvolvimento de concentração, a rota de processo a ser utilizada no Projeto Morro do Pilar
tem sua tecnologia largamente comprovada em minérios do estado de Minas Gerais.
As recuperações metalúrgicas do ferro em percentagens de 80% e recuperações em massa que
atingem 44% são consideradas realistas, pois os resultados de desenvolvimento de processo
obtidos até o momento demonstraram que há potencial para atingir valores até superiores.
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Para conseguir-se a liberação dos minerais de ferro, está prevista a tradicional etapa de
cominuição que compreenderá a britagem primária em britador giratório, secundária e terciária
em britador cônico, e, o quarto estágio de cominuição em prensa de rolos (HPGR) seguidas de
moagem primária (fazendo parte de um estágio de pré-concentração), moagem secundária
(concentração) e remoagem em moinho de bolas. Prevê-se uma pilha cônica de regularização após
a britagem terciária, no intuito de conferir estabilidade de alimentação para a prensa de rolos. A
remoagem tem o objetivo de adequar a granulometria do produto pellet feed às exigências
operacionais do mineroduto.
A pré-concentração será realizada por flotação mecânica, seguida por concentração por flotação
em colunas. O concentrado pellet feed será remoído e depois bombeado por mineroduto por
cerca de 531 km até o terminal portuário - Porto Norfe, localizado no município de Linhares, onde
será filtrado, empilhado e embarcado em navios. Ressalva-se que o mineroduto e o terminal
portuário não são objeto deste EIA.
Os dados de base para o dimensionamento preliminar da planta de concentração de minério de
ferro e também, empregados na demonstração de viabilidade econômica do empreendimento
encontram-se na Tabela 2-52. O fluxograma simplificado da rota de processo adotada encontra-se
na Figura 2-39, que resume a rota de processo definida, destacando as operações e sistemas
básicos envolvidos.
Tabela 2-52 – Dados base para dimensionamento da planta de beneficiamento.
Fluxo
Granulometria (mm)
Vazão (t/h)
Teor Fe (%)
ROM
-1.500
7.935
37,5
Lamas
-0,005
265
25,0
Pré-concentrado
-0,4
4.563
48,9
Rejeito Pré-concentrado
-0,4
1.785
10,3
Concentrado final
-0,15
2.917
68,0
Rejeito final
-0,15
1.645
15,0
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Figura 2-39 – Fluxograma de rota do beneficiamento.
D E S L AMAG E M
B R IT AG E M
P R IMÁR IA
MO AG E M 1ª
F L O T AÇ ÃO ME C ÂNIC A
MO AG E M 2ª
F L O T AÇ ÃO C O L UNAS
B R IT AG E M
S E C UND ÁR IA E
T E R C IÁR IA
P E NE IR AME NT O
E S P E S S AD O R D E
R E J E IT O
E S P E S S AD O R D E
C O NC E NT R AD O
E S P E S S AD O R D E
L AMAS
V AI P AR A
MINE R O D UT O
R E MO AG E M
P R E NS AG E M
E MP IL HAME NT O
D R E NAD O D E R E J E IT O S
T ANC AG E M D O
MINE R O D UT O
As principais unidades de produção estão a seguir relacionadas:
•
Britagem primária;
•
Peneiramento;
•
Britagem secundária;
•
Britagem terciária;
•
Prensagem;
•
Moagem primária;
•
Deslamagem;
•
Flotação mecânica;
•
Moagem secundária;
•
Flotação em colunas;
•
Remoagem;
•
Espessamento de concentrado;
•
Espessamento de rejeitos;
•
Espessamento de lamas.
A seguir, encontra-se a descrição do processo de beneficiamento.
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2.6.2.1
Equipamentos e operações na usina de beneficiamento
A empresa responsável pela etapa inicial de engenharia (projeto conceitual) foi a ECM S.A. Para
estimativas de porte e capacidade de equipamentos, considerou-se na grande maioria dos
dimensionamentos um fator de projeto de 20%.
As premissas estabelecidas na atual etapa do projeto tomaram como base:
•
Etapa 1 – Pit Norte: capacidade nominal máxima de alimentação de ROM (Run of Mine) de
55Mtpa (base seca) de minério. O regime de operação indica a alimentação da britagem
primária durante 6.570 h/ano numa capacidade nominal de 7.935 t/h (base seca).
•
Etapa 2 – Pit sul: capacidade nominal máxima de alimentação de ROM de 69Mtpa (base
seca) de minério. Neste caso, a taxa de alimentação da britagem primária durante as
mesmas 6.570 h/ano indica a uma taxa de 9.682 t/h (base seca).
2.6.2.2
Área de britagens e peneiramento
Os britadores primários serão equipamentos robustos e estão definidos atualmente como do tipo
giratório. Na medida em que os estudos do depósito se desenvolverem, será possível avaliar a
alternativa de britadores de mandíbula, redundando em valores de investimentos menores que a
opção atual pelo tipo giratório.
O minério após a britagem primária estará com granulometria menor que 200mm.
Após a área de britagem primária, o minério estará em condições de alimentar o peneiramento. O
principal equipamento desta instalação está definido como sendo peneira vibratória do tipo
banana 12’x28’, podendo ser escolhida dentre vários fornecedores. Tal peneira possui dois decks,
sendo o retido no primeiro deck (+50mm), direcionado para a britagem secundária, com
peneiramento em circuito fechado. O retido no segundo deck (+25mm) é direcionado para a
britagem terciária, também em circuito fechado com peneiramento. Já o passante, no segundo
deck seguirá para a pilha pulmão.
Na britagem secundária, será adotado britador do tipo cônico, modelo HP 800, de fabricação
METSO ou similar de outro fabricante.
Na britagem terciária, será adotado também britador do tipo cônico, modelo HP 5, de fabricação
METSO ou similar de outro fabricante.
Todas as etapas de processos anteriores são atendidas também por equipamentos de manuseio,
como transportadores de correia fixos e móveis, alimentadores de correia, alimentadores de
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placa, dentre outros, bem como, por silos e moegas para regularização da alimentação, conforme
identificado das tabelas já apresentadas na fase de implantação desta caracterização.
Após os circuitos de britagens e peneiramento, o minério é alimentado numa pilha pulmão cônica
com capacidade total de estocagem de 220kt. A recuperação da pilha, para posterior alimentação
do circuito da prensa de rolos, se dará através de alimentadores de placas posicionados sob a
pilha. Serão empregados três alimentadores deste tipo. O minério disposto na pilha pulmão terá
granulometria de 25mm.
A Figura 2-40 apresenta o desenho esquemático da área de britagens, peneiramento e pilha
pulmão.
Figura 2-40 – Esquema da área de britagens, peneiramento e pilha de pulmão.
A potência instalada das britagens, peneiramento e pilha pulmão, encontra-se, nesta etapa de
projeto de engenharia, em torno de 23MW.
2.6.2.3
Área do HPGR
A partir da recuperação da pilha pulmão, o minério é transportado para a prensagem de rolos,
para ser reduzido para a granulometria abaixo de 4mm. O equipamento adotado terá como
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dimensões principais 2,4m x 1,65m e poderá ser adquirido junto a Polysius ou KHD. Serão
adotadas 2 unidades de prensa de rolos nesta etapa. A instalação industrial contará ainda, com
moega e silo de regularização com alimentador de correia.
Depois de moído no HPGR, o material menor que 4,0mm seguirá para a área de moagem primária
e pré-concentração via transportador de correia.
A Figura 2-41 apresenta o desenho esquemático da área de prensagem.
Figura 2-41 - Esquema da área de prensagem (HPGR).
2.6.2.4
Área de moagem primária, classificação, deslamagem e pré-concentração
A moagem primária será alimentada por alimentadores de correias, sob silos de regularização,
alimentados por um transportador de correia oriundo da prensagem. O moinho de bolas primário
deve ter dimensões principais da ordem de 24’ x 36’, sendo adotados dois equipamentos do tipo.
A moagem deve trabalhar com carga circulante de aproximadamente 250% da alimentação do
moinho e com taxas em torno de 16.500t/h.
Em circuito fechado haverá a classificação, a qual recirculará o material maior que 0,15mm para a
moagem e o menor que 0,15mm para a deslamagem. Tal classificação ocorrerá em hidrociclones.
A etapa de deslamagem tem como objetivo a redução sensível do percentual de lamas no minério
e também, o direcionamento deste para a pré-concentração por flotação mecânica.
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Hidrociclones recebem via caixas de polpa e bombeamento, o minério oriundo da classificação em
menor que 0,15mm. O overflow (-0,03mm) é direcionado para hidrociclones de 4’’. O overflow
deste último (-0,005mm) é bombeado para o espessamento de lamas, enquanto o underflow é
bombeado para a etapa de pré-concentração por flotação mecânica.
A etapa de pré-concentração por flotação mecânica recebe por gravidade o underflow dos
hidrociclones da deslamagem, o qual alimenta os condicionadores de flotação, equipados com
agitadores. Tais tanques alimentam por gravidade três estágios de flotação: rougher, scavenger 1
e scavenger 2 em células mecânicas.
Os três estágios estarão em série. O concentrado do estágio rougher é bombeado para a moagem
secundária e seu rejeito é direcionado por gravidade para o scavenger 1. O concentrado do
scavenger 1 é recirculado com o rougher 1 e seu rejeito é encaminhado para o scavenger 2. O
concentrado deste último é recirculado para o rougher 1 e seu rejeito é bombeado para o ciclone
desaguador, para ser então, bombeado para o empilhamento de rejeito drenados.
A Figura 2-42 apresenta o desenho esquemático da área de moagem primária, classificação,
deslamagem e pré-concentração por flotação mecânica.
Figura 2-42 – Área de moagem primária, classificação, deslamagem e pré-concentração.
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Um dos importantes efeitos destas etapas do processo é o descarte de aproximadamente 30% de
sua massa de alimentação, já com características de rejeito para disposição, reduzindo a demanda
de equipamentos, insumos e energia nas etapas a jusante do processo.
2.6.2.5
Área de moagem de bolas secundária com ciclonagem de classificação e concentração
por flotação em colunas
O concentrado rougher da flotação mecânica seguirá para alimentação da pré-classificação da
moagem secundária através de hidrociclones.
O underflow desta pré-classificação (+0,15mm) alimentará o moinho de bolas de dimensões
principais 24’ x 36’. A descarga do moinho seguirá para uma caixa de polpa e desta será bombeado
para hidrociclones.
O overflow das baterias de hidrociclones da pré-classificação da moagem (-0,15mm), juntamente
com o overflow das baterias de hidrociclones de classificação (-0,15mm) seguirá para a etapa
seguinte de flotação em colunas.
O underflow das baterias de hidrociclones de classificação da moagem seguirá para alimentação
do moinho em circuito fechado com carga circulante de aproximadamente 130%.
A polpa proveniente da etapa de moagem secundária será recebida nos condicionadores de polpa,
equipados com agitadores de polpa. Destes condicionadores a polpa seguirá para a segunda etapa
de condicionamento através de outro conjunto de condicionadores, também equipados com
agitadores de polpa. A polpa então seguirá por gravidade para caixas de polpa onde será
bombeada para os distribuidores de polpa.
Os distribuidores de polpa alimentarão a etapa cleaner de flotação em colunas.
O concentrado cleaner seguirá para a etapa recleaner de flotação via caixas de polpa e
bombeamento.
O concentrado recleaner seguirá para etapa seguinte de remoagem via caixas de polpa e
bombeamento.
O rejeito cleaner e recleaner seguirá para células de flotação scavenger-cleaner. O concentrado
dessas células seguirá para a etapa cleaner de flotação em colunas via caixas de polpa e
bombeamento, retornando ao circuito e gerando carga circulante.
O rejeito das células seguirá para a etapa de espessamento de rejeito final.
A Figura 2-43 apresenta o desenho esquemático da área de moagem secundária, ciclonagem e
flotação em colunas.
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Figura 2-43 – Área de moagem de bolas secundária.
2.6.2.6
Área de remoagem
O concentrado recleaner proveniente da flotação em colunas alimentará a pré-classificação da
remoagem, realizada através de hidrociclones.
O underflow desta pré-classificação (+0,044mm) alimentará os moinhos de bolas com dimensões
principais 22’ x 44’. A descarga dos moinhos será encaminhada via caixas de polpa e
bombeamento para hidrociclones.
O underflow da bateria de hidrociclones de classificação (+0,044mm) retornará a moagem
gerando carga circulante de aproximadamente 250%, enquanto o overflow das baterias de
hidrociclones da pré-classificação (-0,044mm) juntamente com o overflow da bateria de
hidrociclones da classificação (-0,044mm) seguirá para a etapa de espessamento de concentrado
final.
A Figura 2-44 apresenta o desenho esquemático da área de remoagem.
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Figura 2-44 – Área de remoagem.
2.6.2.7
Sistemas de espessamento de concentrado, lamas, rejeitos
O produto proveniente da remoagem (-0,044mm) seguirá para o espessador de concentrado via
caixa de polpa e bombeamento.
O underflow proveniente do espessamento de concentrado (até 72% de sólidos) será recebido por
um distribuidor de polpa e, a partir deste, distribuído para tanques equipados com agitadores de
polpa. Destes tanques a polpa será encaminhada para alimentação do mineroduto.
O overflow do espessador de concentrado seguirá para o tanque de distribuição de água de
processo.
O rejeito final da flotação mecânica (pré-concentração) alimentará hidrociclones, responsáveis
pelo desaguamento do rejeito.
O overflow dos ciclones desaguadores será encaminhado via caixa de polpa e bombeamento
juntamente com o rejeito da flotação em colunas para o espessador de rejeitos.
O underflow do espessador de rejeito será bombeado para uma caixa de polpa que receberá
também o underflow dos ciclones desaguadores. Desta caixa o rejeito será bombeado para o
empilhamento de rejeito drenados.
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O overflow do espessador de rejeitos seguirá para o tanque de distribuição de água de processo.
Quanto às lamas, overflow proveniente do segundo estágio da deslamagem seguirá via caixa de
polpa e bombeamento para o espessador de lamas.
O underflow do espessador de lama será bombeado para o empilhamento de rejeito drenado. O
overflow seguirá por gravidade para um tanque de distribuição de água de processo.
A Figura 2-45 apresenta o desenho esquemático da área de espessamento de concentrado, rejeito
e lamas.
Figura 2-45 - Sistema de espessamento de concentrado, lamas e rejeitos.
2.6.2.8
Sistemas de captação, recuperação e distribuição de águas
A captação da água nova será dará em dois pontos distintos em cursos d’água nas proximidades
do projeto: Rio Santo Antônio e Rio Preto. Tal volume (aproximadamente 2.880 m3/h) será
bombeado ao tanque de água nova da planta de beneficiamento. Ressalva-se que a captação e
adução de água nova não são objeto deste EIA.
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Outra fonte de água será o empilhamento de rejeito drenado. Este proporcionará a geração de
água livre que será recuperada via bombeamento para o tanque de distribuição de água de
processo numa vazão aproximada de 1.100m3/h. Ainda na mesma estrutura do empilhamento de
rejeito drenado, a jusante do dique de partida, haverá um dreno de fundo que possibilitará a
captação de aproximadamente mais 70m3/h de água.
2.6.2.9
Balanço de água
O balanço hídrico leva em conta todas as demandas do empreendimento para processamento do
minério de ferro em ambas as etapas, incluindo os usos em utilidades, como refrigeração,
reagentes, selagem, serviços e aspersão.
A seguir, se encontra um esquema (Figura 2-46) Figura 2-46e um quadro (Tabela 2-53)
especificando as entradas e saídas de água no sistema, e também uma tabela (Tabela 2-54) com as
perdas de água em utilidades estimadas:
Figura 2-46 – Esquema do balanço de água do empreendimento – Etapa 1 e 2.
Água nova = 3.597m³/h
Polpa do mineroduto = 1.044m³/h
ROM = 425 m³/h
Água recuperada no
reservatório = 1.109m³/h
Água recuperada no
dreno de fundo = 70m³/h
UF espessador de rejeitos = 1.429m³/h
UBM
UF espessador de lamas = 1.037m³/h
Perdas em utilidades = 1.691m³/h
Tabela 2-53 – Perdas de água no empreendimento.
Aplicação
Água de refrigeração
Água para reagentes
Água de selagem
Água de serviço
Consumo intermitente
Água para aspersão
TOTAL
m³/h perda (%) perda (m³/h)
200,0
2%
4,0
398,0
0%
1.728,0
30%
518,4
1.049,0
50%
524,5
2.009,0
30%
602,7
42,0
100%
42,0
5.426,0
1.691,6
Água recuperada de utilidades
3.734,1
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Tabela 2-54 - Balanço de água do empreendimento.
Fluxo
Vazão (m³/h)
ROM
425,0
Água recuperada no reservatório
1.109,0
Entrada
Água recuperada no dreno de fundo
70,0
Água nova (captação)
3.597,0
Polpa do minério
1.044,0
UF espessador de rejeitos
1.429,0
Saída
UF espessador de lamas
1.037,0
Perdas em utilidades
1.691,0
2.6.2.10
Origem
Distribuição de Reagentes
a. Amina
A solução preparada de amina será recebida em dois Tanques de Recebimento de onde será
bombeado pelas Bombas Parafuso para o Tanque de Diluição, seguindo através das Bombas de
Reagente para outros dois Tanques de Distribuição.. Destes tanques a solução de amina será
bombeada através das Bombas Parafuso para o condicionamento da flotação mecânica e através
das Bombas Parafuso para o condicionamento da flotação em colunas.
b. Amido e soda
A soda será recebida através de caminhões, em solução de concentração 50% em peso, e
transferida para dois Tanques de Recebimento de Soda.
Dos tanques de recebimento, a soda será bombeada através das Bombas de Reagente para o
Tanque de Diluição de Soda, dotado de Agitador de Reagente. Nesse tanque a solução irá receber
água de forma a obter-se uma solução a 10% em peso de soda.
Em seguida, a solução seguirá através das Bombas de Reagente para o Tanque de Distribuição de
Soda. Desse tanque, a solução será transferida para a moagem de bolas, condicionamento da
flotação mecânica e condicionamento da flotação em colunas, através das Bombas de Reagente.
Haverá distribuição de soda também para a gelatinização do amido através das Bombas de
Reagente.
Para drenagem da área de recebimento de soda, haverá uma bacia de contenção.
O amido será recebido através de caminhões, em sua forma sólida, granulada.
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Os caminhões basculantes descarregarão o amido em dois Silos de Recebimento de Amido,
provido de Filtro de Mangas, de onde será transferido, por meio das Roscas Dosadoras, para o
Tanque de diluição primária.
No Tanque de Diluição de Amido, dotado do Agitador de Reagente, será adicionada água até que a
solução atinja uma concentração de 10% em peso.
A suspensão de amido seguirá, através das Bombas de Reagente, para o Tanque de Gelatinização
de Amido, dotado do Agitador de Reagente. Para gelatinizar o amido, será adicionada solução de
soda a 10% em peso, bombeada pelas Bombas de Reagente até o Tanque de Gelatinização de
Soda. Desse, a soda irá, através das Bombas de Reagente, para o tanque de distribuição do amido
gelatinizado.
Do Tanque de Distribuição, dotado do Agitador de Reagente, o amido gelatinizado será bombeado
através das Bombas de Reagente para o condicionamento da flotação mecânica e em colunas.
Para o descarregamento dos Big Bags de amido está sendo prevista a instalação de Ponte Rolante
com capacidade de 2 t.
Para manutenção das bombas de reagentes e dos agitadores de reagentes está sendo prevista a
instalação de Ponte Rolante com capacidade de 2 t.
c. Floculante
O floculante será recebido na forma sólida granulada, em sacos, que serão armazenados em
galpão de estocagem. Do Galpão de estocagem o floculante será encaminhado para três Silos de
Dosagem. Destes silos o floculante será retomado respectivamente por Roscas Dosadoras para os
respectivos Tanques de Diluição, equipado com os Agitadores de Reagente.
As Bombas de Reagente transferirão a solução de floculante para o Tanque de Distribuição e deste
bombeado através das Bombas de Reagente para o espessador de concentrado.
As Bombas de Reagente transferirão a solução de floculante para o Tanque de Distribuição e deste
bombeado através das Bombas de Reagente para o espessador de rejeito.
As Bombas de Reagente transferirão a solução de floculante para o Tanque de Distribuição e deste
bombeado através das Bombas de Reagente para o espessador de lama.
Para o transporte de Big Bags de floculante está sendo prevista a instalação de Ponte Rolante com
capacidade de 2 t.
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d. CO2
O dióxido de carbono (CO2) será recebido através de caminhão e descarregado em três Tanques de
Estocagem. Desses, o reagente será enviado ao Sistema de Vaporização, de onde será dosado para
os espessadores de rejeitos e concentrado.
2.6.2.10.1 Consumo de reagentes e corpos moedores
a. Amina
•
Consumo específico na flotação mecânica: 90 g/t;
•
Consumo específico na flotação em colunas: 30 g/t;
•
Recebimento em caminhões, diluída a 50%;
•
Concentração de distribuição: 1%;
•
Capacidade de estocagem: 15 dias;
•
Capacidade do tanque de diluição: 1h;
•
Capacidade dos tanques de distribuição: 8h.
b. Amido
•
Consumo específico na flotação mecânica: 500 g/t;
•
Consumo específico na flotação em colunas: 400 g/t;
•
Recebimento a granel;
•
Concentração de diluição: 6%;
•
Concentração de distribuição: 5%;
•
Capacidade de estocagem: 5 dias;
•
Capacidade do tanque de diluição: 0,5 h;
•
Capacidade do tanque de gelatinização: 2 h;
•
Capacidade dos tanques de distribuição: 6 h.
c. Soda
•
Consumo específico na moagem: 168 g/t;
•
Consumo específico na flotação mecânica: 135 g/t;
•
Consumo específico na flotação em colunas: 135 g/t;
•
Consumo na gelatinização – relação amido / soda = 6;
•
Recebimento líquido a 50% em caminhões;
•
Concentração de distribuição: 10%;
•
Capacidade de estocagem: 10 dias;
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•
Capacidade do tanque de diluição: 0,5 h;
•
Capacidade dos tanques de distribuição: 8 h.
d. Floculantes
•
Consumo específico no espessador de concentrado: 5 g/t;
•
Consumo específico no espessador de rejeitos: 10 g/t;
•
Consumo específico no espessador de lamas: 25 g/t;
•
Recebimento em sacos de 25 kg;
•
Capacidade de estocagem: 90 dias;
•
Capacidade mínima dos silos de dosagem: 48 horas;
•
Capacidade mínima dos tanques de diluição: 1h;
•
Capacidade dos tanques de distribuição: 8h;
•
Diluição a 0,20%;
•
Distribuição a 0,05%.
e. CO2
•
Consumo específico no espessador de lamas: 134 g/t;
•
Consumo específico no espessador de rejeitos: 48 g/t;
•
Autonomia de estocagem: 25 dias;
•
Unidade fornecida em comodato.
f.
Corpos Moedores
Tabela 2-55 – Desgaste de bolas dos moinhos.
Desgaste
(g/kWh)
Equipamento / componente
Moinho de Bolas Primário
79
Moinho de Bolas Secundário
70
Moinho de Bolas Terciário
83
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2.6.2.11
Subestação principal
A subestação principal, após instalada, operará continuamente, requerendo atividades de controle
e de manutenção periódica, para distribuição de energia elétrica para todas as unidades do
empreendimento.
As principais características do sistema foram apresentadas no item 2.5.8.1.24, na fase de
implantação; e detalhes sobre o fornecimento e consumo de energia podem ser encontrados no
2.6.5.2 – Sistema de abastecimento de energia, adiante.
2.6.3
Pilhas de estéril
Como descrito no item 2.5.10, na fase de implantação, a formação de fato das pilhas de estéril é
uma atividade relacionada à operação do empreendimento, apesar de ser iniciada na etapa de
implantação, com o pré-stripping da cava norte. Assim, as atividades de conformação e construção
dos dispositivos de drenagem superficial e a instalação de instrumentação de controle ocorrem na
fase de operação do empreendimento.
Os materiais estéreis a serem gerados durante os 8 anos de operação da etapa 1 (cava norte)
somam aproximadamente 1.014Mt, correspondendo a aproximadamente 533,68Mm³,
considerando a densidade aparente média final após consolidação da pilha de 1,9 t/m³. Os
materiais estéreis a serem gerados durante os 12 anos de operação da etapa 2 (cava sul) somam
aproximadamente 1.211,68Mt, correspondendo a aproximadamente 637,72Mm³, considerando a
densidade aparente média final após consolidação da pilha de 1,9 t/m³.
A Tabela 2-56 a seguir resume os tipos de estéreis existentes.
Tabela 2-56 – Tipos de estéreis.
Denominação
Procedência
Características
Estéril solo/laterítico
Decapeamento
Material decomposto e canga laterítica.
Estéril franco
Desenvolvimento
Material rochoso, desmontado por explosivo.
Ressalta-se que a disposição de parte desses estéreis será feita também dentro das cavas norte e
sul, sempre simultaneamente à operação de lavra. Portanto, a utilização das cavas para disposição
de estéril, reduzirá as áreas operacionais e a distância média de transporte dos materiais, bem
como, garantirá a disposição de volume correspondente a vinte anos de geração de estéreis, de
acordo
com
as
Tabela
2-57,
Tabela
2-58
e
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Tabela 2-59, a seguir. As pilhas de estéril previstas dentro da cava sul estão em fase de
detalhamento de projeto e portanto, estas estruturas não foram delimitadas na planta geral do
empreendimento apresentada nesta caracterização do empreendimento. Entretanto, o projeto
conceitual foi desenvolvido com a premissa de que o volume de estéril estará disposto na área da
cava.
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Tabela 2-57 – Empilhamento de estéril referente à cava norte (MOPIN).
Empilhamento de Estéril Referente ao Morro do Pilar Norte
Periodo
Ano
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Total
Documento nº
Minério
Estéril
12,63
53,90
53,30
53,67
52,86
53,32
53,32
53,32
46,08
432,40
8,46
37,03
62,38
155,50
153,29
154,58
154,58
154,58
133,60
1.014,00
Mov. Total
Estéril Acumulado
21,10
90,93
115,68
209,16
206,15
207,90
207,90
207,90
179,68
1.446,39
8,46
45,50
107,87
263,37
416,66
571,24
725,82
880,40
1.014,00
1.014,00
(Mt)
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Pilha de Deposição
Sequencia de Empilhamento
PDE Norte 3
PDE Norte 3
PDE Norte 3
PDE Norte 3
PDE Norte 3 / PDE Norte 2
PDE Norte 2 / PDE Norte 1
PDE Norte 1 / PDE Cava Norte 4 / PDE Cava Norte 3
PDE Cava Norte 3 / PDE Cava Norte 2
PDE Cava Norte 2 / PDE Cava Norte 1
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Tabela 2-58 – Empilhamento de estéril referente à cava sul (MOPIS).
Empilhamento de Estéril Referente ao Morro do Pilar Sul
Periodo
Ano
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Total
Documento nº
Minério
Estéril
Mov. Total
Estéril Acumulado
23,96
171,80
175,67
174,96
179,50
172,29
178,25
178,25
178,25
178,25
178,25
173,66
1.963,10
14,77
120,74
229,09
337,01
447,72
554,16
664,22
774,28
884,33
994,39
1.104,45
1.211,68
1.211,68
(Mt)
9,19
65,83
67,32
67,03
68,80
65,85
68,19
68,19
68,19
68,19
68,19
66,44
751,43
14,77
105,97
108,35
107,92
110,71
106,44
110,06
110,06
110,06
110,06
110,06
107,22
1.211,68
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Pilha de Deposição
Sequencia de Empilhamento
PDE Sul 1
PDE Sul 1
PDE Sul 1
PDE Sul 1 / PDE Sul 2
PDE Sul 2
PDE Sul 2
PDE Sul 2
PDE Sul 2
PDE Sul 2
PDE Sul 2
PDE Sul 2
PDE Sul 2
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Tabela 2-59 – Tabela resumo da capacidade de cada pilha de estéril.
Capacidade de Empilhamento por Pilha de Estéril
CAVA
PILHA
PDE Norte 3
PDE Norte 2
PDE Norte 1
PDE Cava Norte 4
PDE Cava Norte 3
PDE Cava Norte 2
PDE Cava Norte 1
NORTE
Total Cava Norte
SUL
PDE Sul 1
PDE Sul 2
Total Cava Sul
ESTÉRIL (Mt)
408,98
110,89
25,02
155,37
136,19
149,16
28,39
1.014,00
ESTÉRIL ACUMULADO (Mt)
408,98
519,87
544,89
700,26
836,45
985,61
1.014,00
1.014,00
303,35
908,34
1.211,68
303,35
1.211,68
1.211,68
Capacidade Total
2.225,68
Para o projeto conceitual das pilhas, admitiu-se que a densidade aparente natural média “in situ”
é entre 2,00 e 3,15 t/m³, parâmetros relativos à predominância de materiais gnáissico-graníticos e
aqueles associados à formação ferrífera. Estes materiais devem-se acomodar na pilha com
densidade empolada aparente natural média de 1,9 t/m³.
As pilhas serão formadas e acabadas com lançamento dos estéreis pelo método ascendente, em
camadas de espessura máxima de 20 metros, durante períodos de estiagem. Durante períodos
chuvosos, quando os acessos estarão em piores condições de tráfego, será admitido o lançamento
de estéreis de cima para baixo (em ponta de aterro), segundo camadas de espessura máxima de
20 metros, e taludes provisórios, a serem conformados por retaludamento, para adquirir
inclinações correspondentes às 2H/1V.
2.6.3.1
Drenagem superficial
A execução da drenagem superficial será feita à medida que as pilhas se elevam utilizando, sempre
que possível com materiais naturais, tais como: enrocamentos (estéril rochoso) e coberturas
lateríticas, que são materiais a serem lavrados na mina, e que serão mais convenientes para a
desativação, quando da integração da pilha com a natureza local, além da utilização de gabiões
dos tipos “caixa” e “colchão” e eventualmente, concreto projetado.
Em resumo, serão preconizados:
•
Conformação das bermas e acessos internos das pilhas, com materiais lateríticos
compactados, de forma a constituírem canais de coleta e condução das águas de chuva;
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•
Canais periféricos em gabiões tipo “colchão” e/ou em concreto projetado em função da
vazão, declividade do terreno e velocidade do fluxo, com bacias de dissipação de energia
em degrau ou dissipação na estrutura em enrocamento do pé da pilha;
•
Conformação da plataforma final da pilha para efeito de desativação da mesma;
•
Barragem B1, para retenção de sedimentos, amortecimento de cheias e clarificação do
efluente final;
•
Descidas d’água escavadas na pilha ao longo dos taludes, revestidas com gabiões tipo
“colchão”.
Os diques concebidos terão capacidade para armazenar 2 anos de sedimentos, considerando que
as taxas de geração de sedimento irão diminuir quando os taludes finais estiverem acabados e
protegidos com revestimento vegetal. Como procedimento intrínseco à manutenção destes
diques, fixa-se o intervalo de 2 anos como referência às operações de limpeza da sua bacia de
acumulação. Este período ficou condicionado à geração de sedimentos oriundos dos vales naturais
e da pilha em formação.
2.6.3.2
Instrumentação de controle
A instalação da instrumentação de controle será executada à medida que a pilha é formada. A
instrumentação de controle prevista e relacionada a seguir será objeto de detalhamento quando
da elaboração dos projetos básico e executivo, onde serão apresentados os detalhes de instalação,
práticas de inspeções visuais e de monitoramento, além de níveis de leitura aceitáveis.
Os níveis d’água, assim como os níveis de pressão internos desenvolvidos no interior do maciço da
pilha serão monitorados, respectivamente, por indicadores de nível d’água (INAs) e piezômetros
(PZs).
As vazões efluentes das drenagens internas deverão ser monitoradas durante todo o ano (durante
períodos de estiagem e de chuvas) por meio da placa de leitura de vazões, a ser instalada
imediatamente após o pé do talude de jusante da pilha.
O projeto não prevê o monitoramento de vazões provenientes de dispositivos de drenagem
superficial das pilhas.
O projeto também não prevê a instalação de instrumentos de monitoramento de deformações da
pilha por julgar que estes fenômenos ocorrerão de forma intensa e errática durante sua formação
e que não interferirão nas condições finais de sua estabilidade.
O sistema projetado atende às necessidades de disposição dos materiais estéreis a serem gerados
durante a lavra da mina. O projeto atende às recomendações da norma da ABNT: NBR
13.029/2006.
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2.6.3.3
Estabilidade
As pilhas serão formadas pelos diversos solos e rochas das cavas, tais como itabiritos, filitos,
quartzitos e rochas básicas em diversos estados de alteração. A pilha é um conjunto considerado
homogêneo, apesar de ser composta por elementos heterogêneos, como estados de alteração,
umidades, estados de adensamento e/ou de compacidade.
Estes materiais, com densidade aparente natural “in situ” entre 2,00 e 3,15 t/m³, serão lançados
na pilha em sua forma mais solta (Densidade aparente natural ~1,5 t/m³), sofrendo a compactação
informal, mas imediata promovida pela circulação de equipamentos de transporte e de
espalhamento e, consolidação crescente com o tempo promovida pelos incrementos das camadas
sobrepostas, passando a um valor médio aproximado de 1,90 t/m3 quando em estado consolidado
com consequente incremento dos parâmetros de resistência.
Os parâmetros geomecânicos de resistência para os materiais considerados foram estimados a
partir de parâmetros tradicionais da literatura geotécnica e advindos de experiências com
litologias semelhantes.
Trabalhou-se com uma margem de segurança, reduzindo-se a magnitude desses parâmetros para
efeito de análise de estabilidade, conforme é apresentado na Tabela 2-60. Ressalta-se que estes
parâmetros serão objetos de revisão quando da elaboração dos projetos básicos e executivos a
partir das investigações geológico-geotécnicas prevista neste projeto.
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Tabela 2-60 – Parâmetros de resistência.
Tensões Efetivas
Peso
Materiais
Específico Aparente
(kN/m3)
Peso Específico
Saturado
3
(kN/m )
Coesão
Ângulo
(kN/m2)
de Atrito (°)
Fundação (solo coluvionar)
14
17
5
25
Fundação (solo residual)
17
19
30
30
Estéril lançado
18
22
15
30
Enrocamento
28
28
0
42
Para realização das análises de estabilidade foi utilizado o programa de computador SLIDE 5.0
(Rocscience Inc.) obtidos segundo os métodos de Bishop simplificado, analisando ruptura globais e
locais, sendo esta última considerada como ruptura entre bermas.
Para as condições gerais estudadas (parâmetros e geometria), foi definido uma seção tipo de
maior altura, sendo esta considerada a mais crítica e representativa das estruturas neste
momento. A análise mostrou fatores de segurança acima dos mínimos admissíveis quanto à
ruptura global da pilha e ruptura dos taludes entre bermas, conforme Figura 2-47.
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Figura 2-47 – Análise de ruptura (FS Global= 1,9 / FS local=1,6).
2.6.4
Empilhamento de rejeito drenado
O lançamento do rejeito nas estruturas será feito por via hidráulica e os equipamentos mais
comumente utilizados são os Hidrociclones ou os Spiggotings, os quais geram as chamadas
“praias” do aterro. Essa definição será realizada em etapas posteriores de projeto. Durante a
operação a segregação sedimentar ocorre no material lançado. Este sofre uma classificação em
função da granulometria, da forma das partículas e da densidade real dos grãos, formando um
gradiente de concentração dentro do conjunto.
A Tabela 2-61 a seguir apresenta as quantidades de geração de rejeito ao longo da fase de
operação das duas etapas de produção do empreendimento.
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Tabela 2-61 – Quantidade de rejeito gerado ao longo da fase de operação das duas etapas do
empreendimento.
Geração de Rejeitos MOPI - Long Prazo
Anos Pit
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
N
N
N
N
N
N
N
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
Productio ROM
Produção @8%
n dry basis dry basis
Mtpa
Mtpy
Mtpy
25,0
25,0
25,0
25,0
25,0
25,0
25,0
25,0
25,0
25,0
25,0
25,0
25,0
25,0
25,0
25,0
25,0
25,0
25,0
25,0
23,0
23,0
23,0
23,0
23,0
23,0
23,0
23,0
23,0
23,0
23,0
23,0
23,0
23,0
23,0
23,0
23,0
23,0
23,0
23,0
Rejeito Préconcentração
Mtpa (bs)
52,2
52,2
52,2
52,2
52,2
52,2
52,2
52,2
69,5
69,5
69,5
69,5
69,5
69,5
69,5
69,5
69,5
69,5
69,5
69,5
Rejeito
Lamas
Acumulado (MT)
Concentração Mtpa
Mtpa (bs)
(bs)
17,5
17,5
17,5
17,5
17,5
17,5
17,5
17,5
30,3
30,3
30,3
30,3
30,3
30,3
30,3
30,3
30,3
30,3
30,3
30,3
10,0
10,0
10,0
10,0
10,0
10,0
10,0
10,0
12,6
12,6
12,6
12,6
12,6
12,6
12,6
12,6
12,6
12,6
12,6
12,6
1,6
1,6
1,6
1,6
1,6
1,6
1,6
1,6
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
29,2
58,3
87,5
116,6
145,8
174,9
204,1
233,2
279,7
326,2
372,7
419,2
465,7
512,2
558,6
605,1
651,6
698,1
744,6
791,1
Rejeito a ser disposto no empilhamento da cava do Pit Norte
Rejeito a ser disposto no empilhamento do Brumado
2.6.4.1
Sequencia construtiva do empilhamento de rejeito drenado
A preparação da área para receber o empilhamento de rejeito drenado, assim como a construção
do dique de partida e dos dispositivos de segurança estão descritos no item 2.5.9, na fase de
implantação.
A Figura 2-48 a seguir apresenta a sequência construtiva da barragem de rejeito drenado. Com a
construção do dique de partida concluída, bem como, a drenagem de fundo da barragem
implantada, inicia-se o lançamento de rejeito, o qual se sedimentará junto à face do dique de
partida. Quando o preenchimento com rejeito se aproxima do nível do dique de partida, inicia-se a
elevação do maciço com o uso do próprio material. Esta atividade se repete sucessivamente até a
barragem de rejeito drenado alcançar a cota máxima de projeto.
Documento nº
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Figura 2-48 – Sequência construtiva típica de uma barragem empilhamento de rejeito drenado.
A Foto 2.1 a seguir mostra a construção de uma barragem similar à projetada, no início do dique
de partida.
Foto 2.1 - Barragem em construção, similar à projetada.
Fonte: Artigo “The drained stacking of granular tailings: a disposal method for a low degree of saturation of tailings mass
– Ávila, J. P. in Congresso “Tailings Conference”.
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À medida que o rejeito drenado apróxima da borda do maciço, o alteamento deste é realizado
com próprio rejeito, em maciços de 5 metros, com uso de máquinas. Esta operação se repete até
que seja alcançado a cota máxima projetada para barragem de rejeito drenado.
A Foto 2.2 a seguir mostra a superfície de uma barragem similar à projetada após alguns dias de
deposição do rejeito.
Foto 2.2 - Superfície de barragem similar à projetada, após alguns dias de deposição do rejeito.
Fonte: Artigo “The drained stacking of granular tailings: a disposal method for a low degree of saturation of tailings mass
– Ávila, J. P. in Congresso “Tailings Conference”.
A Foto 2.3 e Foto 2.4 a seguir, mostram uma barragem de empilhamento de rejeito drenado,
similar à projetada, em operação.
Documento nº
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Foto 2.3 - Barragem de empilhamento de rejeito drenado, similar à projetada, em operação.
Fonte: Artigo “The drained stacking of granular tailings: a disposal method for a low degree of saturation of tailings mass
– Ávila, J. P. in Congresso “Tailings Conference”.
Foto 2.4 - Barragem de empilhamento de rejeito drenado, similar à projetada, em operação.
Fonte: Artigo “The drained stacking of granular tailings: a disposal method for a low degree of saturation of tailings mass
– Ávila, J. P. in Congresso “Tailings Conference”.
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Documento nº
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Sempre que houver a elevação do maciço haverá a recuperação da face do mesmo com o
colocação de material laterítico, revegetação da face e construção dos sistemas de drenagem.
A Foto 2.5 a seguir mostra a recuperação da face de um maciço alteado em uma barragem de
rejeito drenado similar.
Foto 2.5 - Recuperação de um maciço alteado em barragem de rejeito drenado similar.
2.6.4.2
Barragem de empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado
O lançamento de rejeitos na estrutura do vale do córrego do Brumado se dará em dois pontos. O
mais próximo do maciço principal (porção leste da estrutura) será dedicado à deposição do rejeito
de pré-concentração e concentração (granulometria mais grossa). Tal localização se dá por
motivos de garantia de estabilidade geotécnica do barramento, além da possibilidade de
potencialização do dreno de fundo do barramento para percolação da água.
O efeito de classificação por granulometria citado no parágrafo anterior implicará a formação de
uma “praia de rejeitos” com ângulo da ordem 0,5% e extensão aproximada de 200m. Esta
conformação ocasionará o acúmulo de água livre a qual será captada e aproveitada na planta de
beneficiamento.
Quanto à água que percolará no rejeito será captada via dreno de fundo do dique de partida. Tal
volume de água será devidamente contido entre o dique de partida e um pequeno de dique a
jusante, e então, bombeado para aproveitamento na planta de beneficiamento, respeitando a
vazão ecológica que será mantida no curso d’água. Tal ponto de lançamento será alterado de
acordo com a conformação da deposição no sentido de montante para jusante.
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O segundo ponto de lançamento será localizado na outra extremidade da estrutura (porção oeste)
para a deposição das lamas do processo. Tais lamas, também terão sua água aproveitada
juntamente com a água livre dos rejeitos de pré-concentração e concentração.
Em paralelo as ações de monitoramento dos pontos de disposição, o maciço do empilhamento de
rejeito drenado, bem como, a “praia de rejeitos” serão objeto de monitoramento e controle, tanto
por instrumentos instalados nos mesmos, como por rotinas de coleta de amostras e realização de
ensaios.
2.6.4.3
Empilhamento de rejeito drenado no Pit Norte
A operação do empilhamento de rejeito drenado dentro do Pit Norte se dará da mesma forma que
o empilhamento de rejeito drenado do vale do córrego do Brumado. A construção do
empilhamento de rejeito na cava será feita em quatro etapas, como demonstrado pelas figuras a
seguir (Figura 2-49, Figura 2-50, Figura 2-51 e Figura 2-52). O arranjo final desta estrutura é
apresentado nas Figura 2-49 a seguir, e totalizará 226 ha totalmente inseridos dentro da área já
lavrada.
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Figura 2-49 – Arranjo final e etapas construtivas do empilhamento de rejeito drenado na cava
norte.
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Figura 2-50 – Planta, perspectiva, perfil e curva Cota x Volume da etapa 1 de operação do empilhamento de rejeito drenado dentro da cava norte.
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Figura 2-51 - Planta, perspectiva, perfil e curva Cota x Volume das etapas 2 e 3 de operação do empilhamento de rejeito drenado dentro da cava norte.
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Figura 2-52 - Planta, perspectiva, perfil e curva Cota x Volume da etapa 4 (final) de operação do empilhamento de rejeito drenado dentro da cava norte.
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2.6.5
Estruturas de apoio à operação do complexo do beneficiamento
2.6.5.1
Sistema de abastecimento de água
Distribuição de água bruta e potável e tratamento de água bruta
A água nova será captada diretamente dos rios Santo Antônio e Preto e transferida através das
bombas de água para o tanque de distribuição de água bruta. Ressalta-se que a captação e adução
de água bruta não é objeto deste EIA.
O tanque de distribuição de água bruta será responsável pela distribuição de água para as
utilidades, sistema de refrigeração, reagentes, selagem, serviços e sistema de combate ao
incêndio.
Para o consumo humano a água bruta será encaminhada para tratamento na ETA que deverá
adequar a água bruta proveniente das captações, aos padrões de potabilidade exigidos na
PORTARIA nº. 518 do ano de 2004 do Ministério da Saúde.
Dimensionamento da ETA
Os seguintes critérios foram utilizados para cálculo do consumo da ETA:
•
Consumo humano: 80 l/pessoa/dia, inclui lavagens e higiene pessoal;
•
Restaurante / Refeitório: 25 l/refeição/dia;
•
Rega de Jardins: 1,5 l/dia/m²;
•
Vestiários e banheiros: 40 l/pessoa/2 descargas por dia.
Total: 145 litros/pessoa/dia.
Considerando um efetivo direto de operação de aproximadamente 1.260 profissionais, somando
mais 25% de terceirizados para serviços de hotelaria, e ainda uma população flutuante de até 2 %;
teremos, então, um total de 1.606, adotando 1.600 pessoa/dia no beneficiamento.
Sendo assim:
•
Consumo humano: 1.600 pessoas x 80 l/pessoa/dia = 128.000 l/dia = 5,3 m³/h;
•
Restaurante / Refeitório: 1.400 refeições x 25 l/refeição/dia = 35.000 l/dia = 1,5m³/h;
•
Vestiários: Equipe operacional própria e subcontratados - por banho: 1.000 pessoas x
40l/pessoa = 40.000 l/dia = 1, 7 m³/h e,
•
Outros consumos = 0,2 m³/h.
Total de consumo de água = 5,3+1,5+1,7+0,2= 8,7 m³/h ou 9 m³/h.
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A ETA terá capacidade para atender a vazão nominal de 9 m³/h.
Amostras desta água também deverão ser periodicamente analisadas de maneira a atender as
exigências de controle e de registro de dados do meio ambiente.
Distribuição de água potável
A água potável produzida pela ETA será transferida para um reservatório, um tanque construído
em concreto, com capacidade de 500 m³ e localizado em frente a ETA, de onde será distribuída,
por gravidade, através do pipe rack ou, de forma enterrada, em tubulação de aço galvanizado para
os pontos de uso nas unidades de apoio administrativo, nas unidades de apoio industrial e no
beneficiamento.
Para a britagem primária o encaminhamento da tubulação de água potável sai do reservatório,
desce e encontra o caminho de serviços que acompanha o TCLD, passando pelo depósito de
explosivos, e chegando à britagem primária e nas unidades de apoio a mina, em paralelo com a
tubulação de água de incêndio.
Distribuição de água de processo
O overflow do espessador de concentrado, juntamente com o overflow do espessador de rejeito, a
água captada do espessamento drenado serão recebidas no tanque de distribuição de água de
processo. Esse tanque receberá também a água recuperada de utilidades. Quatro bombas de
polpa serão responsáveis pela distribuição de água para processo, aspersão e consumo
intermitente.
Outro tanque será responsável por receber o overflow proveniente do espessador de lama. Deste
tanque a água será transferida através de três bombas de polpa para o uso no processo e serviços.
As inovações tecnológicas pretendidas no processo possibilitam a recuperação de água
introduzida no processo e a utilização de uma área mínima para a o sistema de disposição de
rejeitos drenado.
2.6.5.2
Sistema de abastecimento de energia
A energia utilizada na Mina e Usina de Beneficiamento será fornecida através da linha de
transmissão de alimentação de 230 kV, que abastecerá a subestação principal, e a partir dessa
para as demais subestações. Pela característica do empreendimento a legislação atual de
comercialização de energia posiciona o empreendimento na categoria de CONSUMIDOR LIVRE,
que tem como característica a liberdade de realizar compra de energia no mercado livre de venda
de energia firmando contratos de longa duração com empresas geradoras. A negociação
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contratual para compra de energia será realizada com um dos grandes fornecedores na área –
FURNAS, CEMIG e ELETRONORTE.
A demanda da planta está estimada em 125MWh, distribuídos conforme a seguir:
Tabela 2-62 – Potências e demanda da planta industrial.
SUBESTAÇÃO
KW
POTÊNCIA
KVAr
KVA
FP
SE-2091-01 - SUBESTAÇÃO DA BRITAGEM
PRIM ÁRIA
3.718,5
2.441,3
4.448,3
0,84
SE-2093-01 - SUBESTAÇÃO DA BRITAGEM
SECUNDÁRIA/TERCIÁRIA /PENEIRAM ENTO (M T)
12.417,0
8.983,2
15.325,8
0,81
SE-2093-02 - SUBESTAÇÃO DO PENEIRAM ENTO
(BT)
1.062,5
434,1
1.147,7
0,93
SE-2094-01 - SUBESTAÇÃO DA PRENSSAGEM /
PILHA PULM ÃO /REAGENTES
10.569,2
4.770,4
11.595,9
0,91
SE-2095-01 - SUBESTAÇÃO DA M OAGEM
PRIM ÁRIA
29.862,1
14.672,9
33.272,2
0,90
SE-2095-02 - SUBESTAÇÃO DA M OAGEM
SECUNDÁRIA /REM OAGEM
54.447,1
32.755,6
63.540,7
0,86
SE-2096-01 - SUBESTAÇÃO DA FLOTAÇÃO EM
COLUNAS/M ECÂNICA
15.036,5
11.601,9
18.992,1
0,79
SE-2097-01 - SUBESTAÇÃO DO ESPESSAM ENTO
DE LAM AS/CONCENTRADO/REJEITOS /
M INERODUTO
7.696,7
4.988,8
9.172,1
0,84
SE-3055-01 - SUBESTAÇÃO DA BARRAGEM DE
REJEITOS (ÁGUA RECUPERADA)
1.072,6
762,5
1.316,0
0,82
SE-3050-01 - SUBESTAÇÃO DA CAPITAÇÃO E
ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA (RIO STO ÂNTONIO)
5.563,8
4.063,0
6.889,4
0,81
SE-3050-02 - SUBESTAÇÃO DA CAPITAÇÃO E
ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA (RIO PRETO)
1.233,3
954,7
1.559,7
0,79
SE-4080-01 - OFICINAS
800,0
500,0
943,4
0,85
SE-5050-01 - INSTALAÇÕES ADM INISTRATIVAS
250,0
187,8
312,7
0,80
M INA
1.500,0
929,6
1.764,7
0,85
TOTAL
145.229,3
88.046,0
169.834,2
0,86
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2.6.5.3
Sistema de abastecimento de combustível
Este posto tem a finalidade de reabastecer e prestar pequenos serviços aos caminhões fora de
estrada que fazem o transporte de ROM da Mina para os britadores, e será constituído pelas
seguintes instalações, sistemas e equipamentos:

Estocagem de óleo diesel com 02 (dois) tanques diários de óleo diesel filtrado, com
capacidade nominal de 200 m³ cada, 210 m³ máxima, recebendo óleo já filtrado da
estocagem de óleo;

Conjunto de instalações abrigadas, que abrangerá escritório, ferramentaria e almoxarifado
(com estantes para ferramentas), sala do sistema de geração de ar comprimido, sala de
painéis elétricos, copa e sanitários (com roupeiros);

Área com piso em concreto e coberta, em função da diversidade dos serviços que serão
ofertados aos caminhões fora de estrada, serviços estes que exigem condições idênticas as
de uma baia de oficina;

Área cercada e parcialmente coberta que conterá o sistema criogênico para o
recebimento, a estocagem de nitrogênio líquido, o sistema de geração de nitrogênio gás e
os vasos de estocagem de ar comprimido seco para pneus e para o atendimento normal
para a lubrificação e estações de serviço;

Área de tancagem descoberta para os óleos lubrificantes, hidráulicos, de transmissão,
fluído de refrigeração e recolhimento de óleos usados, incluindo as bombas de
recebimento, recirculação e transferência;

Sistema de abastecimento duplo, com bomba normal e bomba reserva, com mangueiras e
dispositivos especiais de acoplamento aos tanques dos caminhões e medição de vazão
para registro remoto;

Estrutura para ilha de lubrificação que conterá os dispositivos retráteis para
operacionalizar as operações das mangueiras com o bicos e pistolas especiais para os
óleos lubrificantes, os hidráulicos, o de transmissão, o fluído de refrigeração e ar de
instrumentos;

Sistema de engraxamento a partir de tambor atendido por bomba pneumática
alimentando bico aplicador específico;

Lavadora pressurizada com água quente, vapor e servida com detergente, para limpar
(evitar a contaminação dos sistemas hidráulicos) as áreas específicas dos caminhões que
serão motivo de inspeções, atendimentos e reparos e também de peças e pequenos
subconjuntos que necessitarem de atenção especial;
Documento nº
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
Sistema de canaletas para drenagem oleosa e contaminada, que coletará das bacias de
contenção das tancagens e da área de atendimento dos caminhões e direcionará para uma
ETE, que também receberá contribuição da tancagem de óleo combustível.

Bancadas com tampo de aço e gavetas, para execução de inspeções e pequenos reparos
em sub conjuntos e peças.
O posto poderá atender a um caminhão tipo CAT 793 D de cada vez, em área coberta e com piso
de concreto, com previsão de espaço, com piso, para possibilitar um caminhão estacionado à
espera na entrada.
Os sistemas descritos anteriormente possibilitarão ao posto, a prestação dos seguintes serviços
aos caminhões:

Reabastecimento de combustível;

Lavagem de pontos específicos do caminhão e de peças, para inspeções e serviços;

Inspeções rápidas para diagnosticar, caracterizar problemas relatados de última hora e
definir providências;

Executar pequenas manutenções e reparos em componentes e sistemas, para manter o
caminhão em operação sem necessitar recolhe-lo à oficina central e mantê-lo em
operação o máximo possível;

Complementação e/ou troca total dos óleos lubrificantes, hidráulicos e de transmissão;

Complementação e/ou troca total do fluído de refrigeração;

Complementação e/ou troca total de graxa;

Inspeção e calibragem de pneus;

Atendimento às necessidades fisiológicas dos motoristas.
O conjunto destes serviços está sendo identificado como “Pit Stop”, visto a similaridade com o tipo
de atendimento a um carro de corridas quando para no box, para ser atendido de forma a poder
voltar a competir, ou seja, voltar rapidamente a trabalhar no pit.
Todos os serviços do Posto também poderão ser prestados à noite e em qualquer tempo, em
função do piso, da drenagem oleosa, da cobertura e da iluminação.
Para o combate a incêndio, o Posto propriamente dito terá um conjunto de extintores, em
carrinhos e manuais, nas capacidades e tipos adequados e distribuídos de forma tal a atender a
todas as exigências de segurança.
As condições de instalação dos tanques diários de óleo diesel são idênticas àquelas da tancagem
de óleo combustível citadas no item anterior.
Documento nº
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O acesso dos caminhões e utilitários que abastecerão o sistema de nitrogênio, o sistema de óleos
lubrificantes, hidráulicos e de transmissão e que trarão as peças e material de consumo para os
serviços de atendimento do Posto, se processará da mesma forma que para o óleo combustível.
Todo o manuseio de equipamentos nas condições de manutenção será prestado através de
caminhões munck ou guindastes hidráulicos móveis.
A sala dos compressores terá uma monovia para instalação de talha mecânica manual para 2 t,
disponibilizando-os para um caminhão munck.
Características do Posto de abastecimento de veículos pesados
•
tanques de óleo diário filtrado verticais, ao tempo e dentro de bacia de contenção em
concreto com drenagem oleosa;
•
escadas e estrutura do passadiço metálica com piso gradeado;
•
bombas e filtros ao tempo e dentro de caixa de contenção com drenagem oleosa;
•
box do posto de abastecimento área coberta com estrutura metálica e cobertura com
telha trapezoidal galvanizada e aberto nas laterais para receber caminhão CAT 793 D;
•
escritório, ferramentaria e salas diversas em alvenaria de blocos de concreto, porta e
janelas, com cobertura de telha trapezoidal galvanizada com espessura de 0,65 mm;
•
quantidade de boxes 01 com acessos reto e sem manobra;
•
dimensões do box, comp. 24 m x larg. 16 m;
•
piso do box de abastecimento em bloquete intertravado, para suportar as 178t de um
caminhão sujo tipo CAT 793 D;
•
piso do posto em bloquete intertravado para suportar um caminhão médio tipo 2C com
PBT de até 30 t;
•
sistema de iluminação natural com telhas translúcidas na cobertura e artificial com
lâmpadas de vapor metálico;
•
equipamento de abastecimento sistema duplo com bicos especiais;
•
sistema de atendimento avançado ilha de lubrificação, lavagem, inspeção, pequenos
reparos e calibragem de pneus;
•
separação lama/água oleosa pequeno fosso de decantação em concreto.
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2.6.5.3.1 Sistema de detecção e combate a incêndio
Sistema de detecção e de alarme de incêndio
O sistema de detecção e de alarme de incêndio será composto por centrais supervisoras do tipo
micro-processada analógica modular. Os equipamentos periféricos serão endereçáveis, o que
permitirá a imediata localização, quando alarmados.
Estes sistemas têm como objetivo garantir o mais alto padrão de proteção aos ocupantes das
áreas, além de preservar os investimentos em ativos.
Os equipamentos serão dotados de características para suportar choque mecânico, esbarros,
trancos e quaisquer colisões indevidas, devendo suportar, ainda, vibrações de características
constantes.
O sistema de detecção e de alarme de incêndio deverá garantir a identificação precoce de
ocorrências que possam gerar incêndio (fumaça e variações parametrizadas de temperatura),
acionar sistemas auxiliares (de combate, de manobra de equipamentos, de controle de acesso, de
destravamento de portas e TR), de forma completamente automática, e também auxiliar na
desocupação de áreas sob risco.
A detecção será automática através de sensores de fumaça e de temperatura (não podendo ser
detectores que tenham princípios radioativos) ou, poderá ser manual, acionada pelo usuário,
mediante constatação visual de um foco de incêndio.
Serão instalados detectores lineares de temperatura ao longo de todo o bandejamento das salas
de cabo das subestações e nas áreas dos transformadores.
Será fornecida uma estação de trabalho com um programa aplicativo de gerenciamento do
sistema de detecção e alarme de incêndio que, além de monitorar o funcionamento de todos os
elementos, será responsável pela realização dos comandos pré-definidos, onde o pessoal da
vigilância terá acesso, tais como:
•
Agrupamento de sensores e vinculação a uma sinalização ou ação;
•
Acionamento de alarmes sonoros visuais em sequência, associados ao local e à
intensidade do risco;
•
Coordenação de evacuação de áreas;
•
Acionamento dos dispositivos de desligamento de aparelhos de ar condicionado, de
exaustores ou de ventiladores.
Documento nº
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Sistema de combate e de extinção de incêndio
O sistema de combate e de extinção de incêndio será composto por centrais supervisoras do tipo
micro-processada analógica modular. Os equipamentos periféricos serão endereçáveis, o que
permitirá a imediata localização, quando alarmados.
Este sistema tem como objetivo garantir o mais alto padrão de proteção aos ocupantes das áreas,
além de preservar os investimentos em ativos.
Os equipamentos serão dotados de características para suportar choque mecânico, esbarros,
trancos e quaisquer colisões indevidas, devendo suportar, ainda, vibrações de características
constantes.
O sistema de combate e de extinção de incêndio será responsável por debelar focos de incêndio
detectados nos locais onde será instalado.
Foi prevista sua instalação nas salas elétricas (dentro dos painéis elétricos), na sala de cabos das
subestações, na sala de controle e no CPD. Nestes locais, o combate será feito através de gás
inerte localizado em baterias de cilindros ou em cilindros individuais, conforme o tipo de
instalação.
A operação do sistema será automática através da central do sistema. Existirá a possibilidade de
acionamento manual pelo pessoal presente nos locais de atuação do sistema.
Todo o sistema será monitorado na central de vigilância/bombeiros e também, na sala de
controle.
O encaminhamento da tubulação seguirá o pipe-rack e as características exigidas pela norma do
Corpo de Bombeiros para distribuição e acessibilidade dos hidrantes e caixas de mangueiras com
acessórios.
A reserva de água para combate a incêndio será integrada a dois reservatórios de água nova. A
reserva de água será situada no fundo dos tanques, garantindo sempre a manutenção do volume
mínimo de água para este fim.
A reserva de água de incêndio de um dos reservatórios garantirá o sistema de combate a incêndio
para as redes de incêndio (hidrantes) da britagem primária, das instalações de apoio à mina, da
estocagem e fabricação de explosivos, do TCLD e do bombeamento do mineroduto.
O encaminhamento da tubulação de água de incêndio sai do reservatório citado acima, desce e
encontra o caminho de serviços que acompanha o TCLD, passando pelo depósito de explosivos, e
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chegando à britagem primária e nas unidades de apoio a mina, com a distribuição de hidrantes e
caixas de mangueiras com acessórios conforme exigida pela norma do Corpo de Bombeiros.
A reserva de água do outro reservatório será para garantir a pressurização das redes de hidrante e
para o bombeamento booster por bomba elétrica e bomba diesel, para as áreas do
beneficiamento e das unidades de apoio administrativo e industrial.
2.6.5.4
Centro de caracterização mineral
O centro de caracterização mineral da Morro do Pilar Minerais será composto por planta piloto,
laboratório de tratamento de minérios e laboratório para análise química, com objetivo de:
•
Desenvolver processos e auxiliar a operação da usina de beneficiamento de minérios;
•
Caracterização mineral e análises químicas de amostras de testemunhos de sondagem,
afloramentos, canaletas e trincheiras;
•
Análises químicas para controle de produção da usina de beneficiamento.
A planta piloto deverá ter capacidade para 400kg/h e terá por objetivo simular a rota de processo
industrial e realizar testes em menor escala. As etapas previstas são peneiramento, britagem,
moagem, circuitos para classificação em classificador espiral ou hidrociclones, deslamagem em
hidrociclones e flotação em células.
O laboratório de tratamento de minérios deverá ser equipado para realizar as seguintes
atividades: quarteamento de polpa e sólidos em pequena (20kg) e média escala (200kg);
peneiramento e britagem; moagens em bancada; deslamagem em baldes e hidrociclones; testes
de flotação em bancada; ensaios de sedimentação; análises granulométricas e análises
mineralógicas em lupa.
O laboratório de análises químicas deverá ser composto por estufas, chapas, balanças,
pulverização e preparação de pastilhas. As analises químicas serão obtidas por difração de raios X.
Um dos principais atrativos da difração de raios X é a simplicidade de preparação das amostras já
pulverizadas e, a não emissão de efluentes químicos, como acontece em análises por via úmida.
Todos os resíduos serão recolhidos e, serão tratados e dispostos em conjunto com os resíduos
similares industriais.
2.6.5.5
Transporte de insumos
Para atender a demanda de insumos da operação serão utilizadas as mesmas vias de acesso
utilizadas para o fornecimento de insumos e equipamentos pesados durante a fase de
implantação, a saber, a partir da BR-120, por Santa Maria de Itabira, seguindo por Passabém – São
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Sebastião do Rio Preto – Santo Antônio do Rio Abaixo – novo acesso projetado para o
empreendimento antes da sede urbana de Morro do Pilar.
Estima-se uma movimentação de 5.198 caminhões/carretas por ano, o que resulta em uma média
de 14 carretas por dia. Esta estimativa engloba o transporte de bolas para os moinhos, CO2, amina,
amido, soda, combustível, peças/equipamentos e outros insumos diversificados.
2.6.5.6
Iluminação
Para os turnos noturnos será necessária a utilização de iluminação artificial, cujo projeto
executado segue os seguintes parâmetros:
-
os veículos de apoio ou supervisão devem possuir iluminação adicional com foco móvel;
-
as frentes de basculamento ou descarregamento devem possuir holofotes individuais,
com acionamento de emergência;
-
as áreas de beneficiamento, pilhas de estéril e barragens de rejeito também devem contar
com sistema de iluminação fixo;
-
será obrigatório o uso de lanternas individuais para o deslocamento noturno nas áreas de
lavra e beneficiamento;
-
quando as condições atmosféricas impedirem a visibilidade, mesmo com iluminação
artificial, os trabalhos e o tráfego de veículos e equipamentos móveis devem ser
suspensos.
As instalações de superfície devem ser providas de iluminação de emergência, atendendo aos
seguintes requisitos:
-
ligação automática no caso de falha do sistema principal;
-
ser independente do sistema principal;
-
prover iluminação suficiente que permita a saída das pessoas da instalação e;
-
ser testadas e mantidas em condições de funcionamento.
O sistema de iluminação, individual, fixo ou móvel terá manutenção adequada para garantir seu
funcionamento. Todas as máquinas em operação na área de lavra terão sistemas de iluminação
próprios.
A iluminação dos depósitos de explosivos e acessórios deverá ser externa. A instalações elétricas
serão do tipo “anti exploção”, com grau de proteção adequado para instalação conforme norma
técnica.
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2.6.5.7
Moradias
O empreendimento priorizará a contratação de profissionais dos municípios vizinhos, entretanto,
devido ao pequeno porte destes municípios e à baixa oferta de trabalhadores, espera-se que a
maior parte da mão de obra será proveniente de outras partes do estado ou país. Este panorama
futuro, combinado à proximidade das sedes municipais de Morro do Pilar e Santo Antônio do Rio
Abaixo e a pouca infraestrutura urbana destes municípios, apontaram a necessidade de
elaboração de um projeto para reestruturação e crescimento urbano para ambos locais.
Assim, para este EIA considerou-se que os trabalhadores do empreendimento, na fase de
operação, bem como outras pessoas atraídas para a região, ocupem os vazios urbanos (lotes
vagos) disponíveis na malha urbana atual e os novos bairros projetados. Este projeto conceitual
encontra-se detalhado no item “Proposição de Medidas Ambientais” deste EIA.
Ressalta-se que a construção das moradias não será promovida pelo empreendedor, no formato
de uma “vila-operária”, e portanto não é objeto deste EIA para licenciamento.
É previsto que os trabalhadores serão transportados por ônibus, retornando para suas casas ao
fim do expediente.
Para implantação do empreendimento, conforme descrito no item 2.5.4.4 da fase de implantação
desta caracterização do empreendimento, haverá a construção de alojamentos provisórios. Estes
alojamentos poderão ser utilizados na fase inicial da operação, até a devida acomodação de todos
os empregados. Ao final do período de uso os alojamentos serão desmobilizados, recuperando-se
ambientalmente a área utilizada.
2.6.6
Quadro de pessoal
O regime de operação será de 360 dias por ano, três turnos diários de revezamento com quatro
turmas, para alcançar a operação efetiva de aproximadamente 7.500h/ano na usina e 6.500h/ano
na mina. Na Tabela 2-63 a seguir, apresenta-se um resumo da mão de obra básica dimensionada
para as atividades operacionais do projeto.
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Tabela 2-63 - Quantitativo de mão de obra operacional da mina.
Área
Quantidade
Gerência Geral
3
Administração e Meio Ambiente
52
Segurança e Medicina do Trabalho
15
Operação – Mina
267
Manutenção – Mina
278
Gerência, Geologia e Outros – Mina
47
Operação – Usina
231
Manutenção – Usina
274
Laboratório e Controle de Qualidade
91
1258
TOTAL
Ao todo, uma equipe de aproximadamente 1.260 pessoas é prevista para a operação da extração e
beneficiamento.
Durante a operação, haverá a necessidade de pessoal terceirizado para serviços de refeitório,
segurança patrimonial e limpeza, que demandarão mão de obra adicional em regime integral.
Serviços de consultoria especializada, sondagem, construção de acessos, decapeamentos e alguns
outros, demandarão mão de obra terceirizada em regime temporário. Portanto, estima-se entre
250 a 500 empregados de empresas terceirizadas em regime integral e temporário.
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O transporte entre local de trabalho e a moradia dos trabalhadores, durante a fase de operação,
será realizada através de ônibus. Estima-se uma média de 27 viagens por dia para atender a esta
demanda.
2.6.7
Emissões, efluentes e resíduos
Neste item são identificados todos os tipos efluentes líquidos, emissões atmosféricas, resíduos,
ruídos e vibrações que serão gerados no empreendimento, considerando a sua fase de operação.
Para as atividades industriais geradoras dessas emissões, efluentes e resíduos, serão
desenvolvidos e apresentados programas com o objetivo do controle e mitigação de seus
impactos.
2.6.7.1
Emissões de material particulado
Durante diversas etapas do processo produtivo é previsto o lançamento de material particulado e
gasoso para a atmosfera.
O material particulado será gerado nas atividades e equipamentos que transportam e manuseiam
materiais sólidos pulverulentos e, principalmente, nas vias e áreas da mina não pavimentadas,
devido à movimentação de veículos. Na lavra serão executadas operações de desenvolvimento de
mina, ou seja, perfuração, desmonte, carregamento e transporte de minério e estas operações
serão, potencialmente, as principais fontes de geração de poeiras, gases de combustão e gases de
detonação.
Para minimização e controle da poeira gerada nas atividades de desmonte, carregamento e
principalmente transporte de materiais em vias não pavimentadas internas, está prevista a
utilização de sistema de aspersão, através de caminhões-pipa.
Os efluentes gasosos característicos do empreendimento consistem nos fumos e gases produzidos
na queima de combustíveis fósseis, basicamente o óleo diesel, requerido para os caminhões e
equipamentos pesados da mina e para veículos leves em geral, assim como os fumos e gases
gerados nas detonações para desmonte de rocha. Essas emissões não deverão ser significativas e
o controle de gases gerados pelos motores desses equipamentos será efetuado com manutenções
periódicas preventivas e corretivas, e regulagens adequadas dos motores, realizadas nas próprias
oficinas da Planta Industrial.
Na planta de Beneficiamento e concentração, nos pontos onde não houver a possibilidade de
emissão de particulado e não tenha sido possível a instalação de equipamentos para contenção de
particulado, haverá a instalação de supressores de pó (sistema de aspersão, filtros de mangas e
etc) de modo a minimizar o impacto.
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A pilha pulmão será dotada de sistema de aspersão para contenção do material particulado (pó). A
A Tabela 2-64 apresenta uma listagem com as principais fontes de emissões atmosféricas
características do empreendimento, identificando a etapa do processo produtivo onde ela ocorre,
a origem física da emissão e o poluente lançado. O Programa de Controle de Emissões
Atmosféricas apresentará, com maior detalhe, as atividades previstas para o controle e
minimização dos impactos das emissões geradas pelo empreendimento.
Tabela 2-64 - Principais fontes de emissões atmosféricas no processo produtivo.
Etapa do processo produtivo
Tipo de Emissão
Origem da Emissão
Mineração – Mina a céu aberto
Gases e material particulado
Supressão de vegetação, Desmonte
de rocha
Mineração – Transporte de minério
e estéril
Gases e material particulado
Movimentação de veículos em vias
não pavimentadas
Mineração – Pilhas de estéril e
minério e barragem de rejeitos
Material particulado
Ação eólica sobre as pilhas
Mineração – Britagem primária
Material particulado
Descarga de caminhões e atrito
entre superfícies secas
Mineração – Transporte de minério
e estéril
Material particulado
Transferências entre equipamentos
não estanques de manuseio
Concentração
Material particulado
Transferências entre equipamentos
não estanques de manuseio
Ruas pavimentadas ou não e outras
acessos
Material particulado
Movimentação
automotores
2.6.7.2
de
veículos
Efluentes líquidos
Durante o período de operação do empreendimento, é prevista a geração de efluentes líquidos
em algumas atividades a serem executadas. Esses efluentes líquidos são de natureza industrial,
pluvial e sanitário.
Os principais efluentes líquidos serão o efluente da barragem de empilhamento de rejeito
drenado, a drenagem da mina, os efluentes sanitários, os efluentes do laboratório químico, os
efluentes oleosos de oficinas, os efluentes pluviais de pátios e áreas abertas e os efluentes
resultantes de lavagem de pisos de galpões e prédios onde for necessária essa atividade.
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2.6.7.2.1 Efluentes da pilha de rejeitos
Em condições normais de operação da mina e da usina de concentração, o efluente escoado a
jusante da barragem de rejeitos deve corresponder, no mínimo, à vazão mínima residual
determinada pelas Portarias Administrativas do IGAM nº 010/98 e 007/99. Essa vazão mínima
pode ser garantida por meio do dreno de fundo.
Normalmente, a barragem de rejeitos não deverá verter efluente. Durante o período chuvoso, é
possível a ocorrência de vertimento de efluente que desaguará na drenagem natural do córrego
Brumado, que se dirige para o Rio Picão. Outra descarga da barragem será proveniente da
drenagem pluvial dos taludes.
No Plano de Monitoramento e Acompanhamento, é previsto o monitoramento dessas águas em
termos de quantidade e qualidade, para manutenção das vazões mínimas residuais e da qualidade
correspondente à classe de enquadramento do curso de água.
2.6.7.2.2 Drenagem da mina
No caso da mina, a geração de efluente líquido pode ser atribuída a duas fontes principais: a
primeira delas trata das águas pluviais incidentes nas cavas. Há, ainda, as águas subterrâneas
advindas do rebaixamento de nível de água dos aquíferos. Essas águas serão utilizadas para repor
as vazões mínimas dos corpos de água afetados pelo rebaixamento e atendimento aos usuários
porventura afetados e o excedente poderá ser utilizado nas atividades do empreendimento,
incluindo o beneficiamento, dependo de outorga específica para o uso a ser solicitada
posteriormente. As demandas para atendimento às vazões mínimas e usuários afetados e as
vazões de bombeamento são apresentadas dentro do Programa de Gestão de Recursos Hídricos e
determinadas pelos estudos hidrogeológicos.
No que se refere aos efluentes pluviais nas áreas de mina e beneficiamento, tem-se uma
contribuição que irá variar conforme o regime pluviométrico da região. As águas pluviais
incidentes nas cavas serão coletadas e destinadas à drenagem natural, devidamente adequadas,
uma vez que serão projetados e implantados diques e outros sistemas de contenção de
sedimentos e separação de águas oleosas, quando for o caso.
2.6.7.2.3 Drenagem da usina de beneficiamento
Em relação às águas pluviais incidentes na Planta de Beneficiamento, o sistema de drenagem
pluvial irá coletar e conduzir a água de chuva através de dispositivos de drenagem (valetas, tubos,
caixas de passagem, etc.) e irão direciona-la para bacias de sedimentação de sólidos, onde as
partículas sólidas serão decantadas.
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2.6.7.2.4 Efluentes sanitários
Os efluentes sanitários e águas servidas serão gerados em todas as áreas onde houver circulação
de pessoas com consumo de água em banheiros, vestiários, refeitórios, bem como nas áreas
administrativas e operacionais da planta de beneficiamento e da mina. Em todos os pontos
geradores de efluentes sanitários, em especial nas edificações administrativas da planta, serão
construídos sistemas para coleta do esgoto e direcionamento para tratamento do tipo fossa
séptica e filtro anaeróbio ou lodo ativado ou ETE Compacta, construídos segundo normas
específicas da ABNT. O efluente final tratado será direcionado a sistemas de infiltração em solo,
quando possível. Nos casos em que não for possível, serão estudadas drenagens para as quais esse
efluente tratado pode ser direcionado de forma a não alterar a classe de enquadramento desses
cursos de água receptores. O lodo, que constitui a parte sólida, será periodicamente coletado do
interior da fossa e encaminhado ao aterro sanitário.
2.6.7.2.5 Efluentes oleosos
Os efluentes oleosos serão gerados, principalmente, nas atividades de lavagem de equipamentos e
peças nas operações das oficinas de manutenção. A lavagem dos caminhões fora de estrada e
outros veículos, bem como das máquinas e equipamentos móveis, inclusive limpeza de
compartimentos e pisos de oficinas mecânica, hidráulica e caldeiraria, constituirão fontes
potenciais de emissões de efluentes que possuam óleos como parte constituinte.
O efluente oleoso será composto basicamente por água, óleos, graxas, sedimentos e produtos de
limpeza diversos. O controle dos efluentes oleosos será realizado com a impermeabilização do
piso das áreas onde serão realizadas as atividades de manutenção e lavagem dos veículos,
equipamentos e peças. Estes efluentes serão coletados e direcionados para caixas de
sedimentação e, posteriormente, para caixas separadoras de óleo e água (SAO). Os efluentes do
posto de lavagem de veículos pesados serão direcionados para Estação de Tratamento de Efluente
Industrial – ETEI - prevista na usina. Todos estes dispositivos de controle serão construídos
conforme recomendado pelas Normas ABNT.
2.6.7.2.6 Efluentes de laboratório
Como descrito no item Centro de caracterização mineral, o laboratório químico do centro de
caracterização mineral trabalhará com difração de raios X, o que evita o lançamento de efluentes
químicos como acontece com análises por via úmida. O pequeno volume resíduos gerados será
encaminhado e tratado junto com os resíduos da planta industrial.
2.6.7.3
Resíduos sólidos
Os principais resíduos sólidos a serem gerados no empreendimento serão o rejeito de processo
metalúrgico, o estéril de mina, os resíduos de podas e de pequenas obras. Destacam-se, ainda, os
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resíduos do refeitório, domésticos e industriais, os resíduos sanitários, aqueles não
inertes/perigosos e os resíduos do ambulatório. Entretanto, como o rejeito de processo e o estéril
de mina já foram descritos acima, estes resíduos não serão abordados neste item.
Neste item são identificados os resíduos e as destinações finais previstas, porém, as formas de
acondicionamento, armazenamento temporário e transporte serão detalhadas no Programa de
Gestão de Resíduos Sólidos.
No refeitório, basicamente, serão gerados resíduos orgânicos, plásticos, vidros, madeiras e
embalagens em geral. Nas áreas administrativas e operacionais haverá a geração de outros tipos
de resíduos recicláveis como sucatas ferrosas e não ferrosas, vidros, plásticos, borrachas; e não
recicláveis provenientes principalmente das atividades de manutenção dos equipamentos e da
planta.
Para os resíduos recicláveis está prevista a implantação de um sistema de coleta seletiva e
reaproveitamento dos resíduos gerados nas diversas áreas. Para tanto, o controle desses resíduos
será detalhado no Programa de Gestão dos Resíduos Sólidos, visando adoção de medidas para
otimização dos recursos, redução da geração de resíduos e definição dos destinos finais para cada
tipo de resíduo.
Os resíduos não recicláveis serão acondicionados, temporariamente, de forma adequada e segura,
e encaminhados periodicamente para destinação final que pode ser o próprio aterro a ser
implantado, co-processamento, retorno ao fabricante para tratamento, entre outros.
Os resíduos orgânicos constituídos por restos e sobras de alimentos poderão ser segregados para
destinação no aterro sanitário. Os resíduos sanitários serão gerados em diversas áreas da empresa
e serão constituídos por papel sanitário e lodo das fossas sépticas.
Durante a fase de operação do empreendimento serão gerados resíduos sólidos que são
classificados como não inertes ou perigosos como, por exemplo, baterias ácidas, lâmpadas
fluorescentes, pilhas, embalagens e resíduos de reagentes químicos, entre outros. Destacam-se
óleos das caixas separadoras de água e óleo e eventuais derrames e vazamentos, as lamas das
caixas separadoras de óleo dos lavadores de equipamentos e dos outros sistemas de separação e,
ainda, outros resíduos do processo, produzidos em menor monta, tais como resíduos de
vazamentos de reagentes e óleos, baterias, filtros de óleo, etc.
Estes resíduos serão devidamente classificados conforme norma NBR 10.004 e serão armazenados
na CMD até encaminhamento para incineração ou co-processamento ou para aterros industriais
particulares. Em qualquer destes casos, os processos serão efetuados por empresas devidamente
licenciadas para tal.
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O funcionamento do ambulatório nas instalações da empresa deverá gerar uma quantidade
pequena de resíduos classificados como perigosos. Estes resíduos deverão ser devidamente
separados e acondicionados para destinação final conforme descrito no Programa de Gestão de
Resíduos Sólidos.
2.6.7.4
Ruídos e vibrações
As fontes principais de emissão de ruído, características do empreendimento, consistem no
trânsito de caminhões e nas detonações de ocorrência intermitente. Em menor escala há geração
de ruído nas operações de bombeamento, britagem e transferências entre equipamentos, assim
como na central de compressores.
Como medidas mitigadoras a empresa deverá manter os caminhões e motores de máquinas e
equipamentos devidamente regulados e, na medida do necessário, dotados de atenuadores
próprios de ruído.
Na mina, a maior preocupação será do ponto de vista ocupacional, e para tanto, serão adotadas
em todo o empreendimento, medidas preventivas que priorizam o isolamento das fontes. Além
disso, será obrigatório o uso de EPIs por parte dos funcionários que estiverem expostos em níveis
significativos de ruídos, conforme previsto na legislação trabalhista.
As operações de desmonte de rocha por explosivo produzem efeitos de vibração e sobrepressão
acústica perceptíveis no ambiente. O efeito de sobrepressão acústica é mais perceptível em
operações de mina a céu aberto e será minimizado pela realização de desmontes criteriosos,
baseado nos seguintes procedimentos operacionais:
-
implantar um perímetro de controle e segurança com um raio de segurança a partir do
limite da cava projetada;
-
implantar uma biruta para controle visual da direção dos ventos;
-
procurar observar a relação espaçamento/afastamento nos ajustes do plano de fogo;
-
executar malhas de perfuração perfeitamente demarcadas e perfuradas, evitando-se os
repés;
-
iniciar adequadamente o fogo, evitando-se o lado mais engastado;
-
adotar sempre retardos entre carreiras ou filas compatíveis com a freqüência de vibração;
-
evitar detonar aos domingos, feriados e nos períodos de silêncio;
-
realizar as detonações apenas nos horários pré-estabelecidos;
-
cobertura do cordel detonante com uma camada de material fino com uma espessura
mínima de 30 cm;
-
evitar detonar explosivos não confinados;
-
evitar detonar pela manhã ou após o pôr do sol, em dias claros e de ar parado;
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-
considerar as condições meteorológicas, direção e velocidade dos ventos, especialmente
no período de inversão de radiação ou térmica;
-
procurar não dirigir a frente de detonação para o receptor passível de dano;
-
sempre iniciar a detonação com o menor número de furos por espera;
-
manter a carga por espera dentro do intervalo especificado.
Na operação do empreendimento será feito o monitoramento sismográfico e monitoramento de
ruído para medir os efeitos sobre estruturas mais próximas à atividade da mina.
2.6.8
Sistemas de controle
2.6.8.1
Aterro sanitário
O aterro sanitário é projetado para suportar o recebimento de resíduos em todas as fases do
empreendimento, incluindo implantação, operação e fechamento. Assim, na fase de operação
será utilizada a mesma estrutura da fase de implantação, com uso continuado.
2.6.8.2
Central de Materiais Descartáveis - CMD
Assim como o aterro sanitário, a central de materiais descartáveis é projetada para suportar o
recebimento de resíduos em todas as fases do empreendimento, incluindo implantação, operação
e fechamento. Assim, na fase de operação será utilizada a mesma estrutura da fase de
implantação, com uso continuado.
2.6.8.3
Sistema de tratamento de efluente sanitário - ETE
Na fase de operação será utilizada a mesma estrutura da fase de implantação, prevista para
atendimento do canteiro central, implantada em área próxima da usina de beneficiamento.
2.6.8.4
Sistema de tratamento de efluente industrial – SAO e ETEI
A concepção para o tratamento dos efluentes com resíduos sólidos e oleosos gerados no posto de
lavagem de veículos pesados prevê que toda a água pluvial e de lavagem dos veículos pesados
será coletada numa canaleta central para recolhimento da lama contaminada e altamente diluída,
que a carreará para um fosso de separação de água dos sólidos por decantação, a lama precipitada
no fundo será recolhida por pequenas pás carregadeiras do tipo bob cat e levada para área de
secagem e daí para o aterro sanitário.
O fosso decantador é o ponto por onde se dará entrada às contribuições dos efluentes das
drenagens oleosas da oficina central de manutenção e da oficina de caldeiraria.
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A partir do decantador, os sólidos sedimentados serão direcionados através de gravidade para um
sistema de extração superficial de óleo não solúvel, sendo o overflow isento de sólidos enviados
para um SÃO, onde o óleo não solúvel restante será separado e direcionado para estocagem em
um tanque de óleo recuperado de onde será periodicamente coletado por veículo de empresa
especializada em reciclagem.
O efluente líquido da caixa separadora de óleo (SAO), contendo óleo emulsionado e produtos
químicos provenientes da lavagem de veículos, será transferido por bombeamento, para uma
Estação de Tratamento de Efluentes – ETEI específica para efluentes oleosos, com capacidade
entre 20 e 30 m³/h, para que através de um processo físico-químico promove a eliminação de
óleos e graxas emulsionados e oriundos da lavagem de peças, de veículos e de oficinas para tornar
o efluente líquido gerado em um recurso reutilizável ou um objeto de descarte seguro no meio
ambiente local.
O efluente bruto é recebido e estocado na ETEI num tanque de acúmulo fabricado em polietileno
rotomoldado, de fundo plano e luva de saída roscada, com capacidade de armazenagem de
30.000l, aproximadamente o volume igual a 2 dias de descarte.
Do tanque de acúmulo o efluente é transferido para o reator de quebra de emulsão, um tanque
fabricado em polietileno rotomoldado com capacidade para 10.000l, e nele é injetado de forma
automática e contínua um acidulante para baixar o pH para faixa de 1,5 a 2,0 pontos, situação na
qual todo óleo emulsionado é separado do efluente.
Do reator de quebra de emulsão o efluente é transferido para um SAO, que utiliza a diferença de
densidade para separar os óleos menos densos, os quais são coletados na parte superior do
tanque, enquanto a água é dirigida para a parte inferior, de onde sai do tanque através de um
vertedor regulável.
O efluente então segue por gravidade para um separador de óleo e graxa coalescente, sendo o
óleo separado, acumulado em tambor instalado ao lado do separador para ser coletado e
reciclado por empresa licenciada.
Do SAO, o efluente sem óleo segue por gravidade para um reator de neutralização, um tanque
fabricado em polietileno rotomoldado com capacidade para 10.000l, onde é injetado de forma
automática e contínua um alcalinizante para elevar o pH para a faixa de 7,5 a 8,5.
Do reator de neutralização o efluente segue por gravidade para o reator de floculação, um tanque
fabricado em polietileno rotomoldado com capacidade para 10.000l, onde é injetado de forma
automática e contínua um polímero catiônico que estimula a formação de aglomerados de
partículas (flóculos).
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Do reator de floculação o efluente segue por gravidade para o decantador lamelar, construído em
aço carbono dotado de conjunto de lamelas coalescentes em PVC com vazão para 10.000 l/h, de
separar o efluente floculado das partículas formadas através das forças vetoriais atuantes no
conjunto das lamelas, fazendo com que as mesmas se depositem no fundo e o efluente clarificado
saia pela parte superior do mesmo, sendo então transferido, por gravidade para o tanque de água
clarificada.
O acúmulo excessivo de sólidos no fundo é uma consequência do desenvolvimento da biomassa
de alguns meses de operação contínua; o descarte do lodo é uma operação obrigatória, devendo
ser realizada a cada semana, para evitar que o lodo venha a ser descarregado juntamente com o
efluente tratado.
O lodo retirado é transferido para um leito de secagem, uma célula retangular fabricado em aço
carbono e dotado de manta de bidim, cuja função é proporcionar a desidratação dos lodos, que
após decantado será descartado no aterro sanitário.
Do decantador lamelar o efluente é transferido para um tanque de estocagem de água clarificada,
um tanque fabricado em polietileno rotomoldado com capacidade para 30.000l,que tem como
objetivo servir como ponto de amostragem e caixa de passagem para a decisão de
reaproveitamento ou descarte no meio ambiente.
Caso a opção seja de reaproveitamento então a água clarificada será transferida para um tanque
de filtragem, construído em aço, em modelo tipo taça, contendo carvão ativado, quartzo e areia
em granulometria decrescente, e que tem a finalidade de desmineralizar e desmetalizar a água
clarificada.
2.7
Fase de fechamento
O fechamento da mina significa que toda a atividade relativa à mineração ou dela decorrente
cessará, de modo que a área possa receber novas formas de uso, como outros usos industriais,
comerciais, residenciais, institucionais, agrícolas, pastoris ou de conservação ambiental. Estas
definições estarão presentes no plano de fechamento, que será desenvolvido ao longo da
operação da mina. Entretanto, algumas premissas e diretrizes podem ser definidas para guiar sua
elaboração.
O fechamento da mina normalmente inclui o descomissionamento da mina, estruturas industriais
e de apoio operacional; a estabilização física das áreas lavradas, de pilhas e barragem; a
revegetação; e o funcionamento de estruturas de apoio para que as atividades que conduzem ao
fechamento sejam realizadas. Desta maneira, algumas estruturas utilizadas durante a operação do
empreendimento serão utilizadas para auxiliar as atividades da fase de fechamento, sendo,
portanto, as últimas estruturas a serem desmobilizadas, como:
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•
Ambulatório;
•
Apoio administrativo (refeitório e escritórios);
•
Posto para fornecimento de combustíveis;
•
Oficina de manutenção;
•
Sistemas de captação e distribuição de água;
•
Aterro sanitário e CMD;
•
Sistemas de drenagem;
•
Viveiro de mudas;
•
Portaria;
•
Sistema de fornecimento de energia elétrica.
2.7.1
Plano de fechamento
O fechamento deve garantir que os novos usos sejam seguros, respeitadas eventuais restrições e
para tanto deve ser elaborado um Plano de Fechamento conceitual, que se encontra apresentado
no capítulo de Proposição de Medidas Ambientais.
O plano de fechamento é o estabelecimento antecipado e planejado das medidas para o
fechamento e pós-fechamento do empreendimento. Este plano deve estabelecer as bases técnicas
e estimar recursos para a reparação dos danos ambientais e recuperação das áreas degradadas;
possibilitar um uso futuro seguro; e manter os benefícios sociais obtidos, reduzindo os impactos
negativos sobre população local envolvida.
Com o desenvolvimento da atividade no empreendimento, ao longo dos anos, o Plano de
Fechamento deve ser desenvolvido, tornando os conceitos criados em um projeto executivo, mais
bem definido e regulatório. O Plano de Fechamento deve ser periodicamente atualizado ao longo
da vida útil do empreendimento, adaptando-se assim, à natureza dinâmica típica deste tipo de
projeto.
2.7.1.1
Destinação para usos futuros
O plano de fechamento deve indicar alternativas de uso futuro para as áreas afetadas pelo
empreendimento. Algumas opções podem ser indicadas, como o reestabelecimento do uso
agrosilvopastoril atual, ou até mesmo o incentivo a plantação de candeia, aproveitando a aptidão
e vocação natural da região para a cultura desta espécie.
De qualquer maneira, este estudo deverá levar em conta as expectativas das partes interessadas
sobre o futuro da área, como comunidade, produtores e órgãos ambientais.
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2.7.1.2
Implantação de programas e projetos de desenvolvimento local
A implantação de programas e projetos de desenvolvimento local é prevista como Medidas
Ambientais, no capítulo específico. Estes programas e projetos devem buscar manter os benefícios
sociais obtidos com a presença do empreendimento na região, reduzindo os impactos negativos
sobre população local envolvida após a cessão das atividades de mineração.
2.7.2
Estruturas de apoio
2.7.2.1
Ambulatório e portaria principal
O ambulatório e a portaria principal, descritos anteriormente na fase de operação, servirão de
apoio também na fase de fechamento.
2.7.2.2
Apoio administrativo (refeitório e escritório central)
A unidade de preparo de refeições e refeitório será mantida e operará durante a fase de
fechamento, apesar de que a demanda será reduzida devido ao menor número de trabalhadores.
O escritório central será mantido em operação para acompanhamento administrativo do
descomissionamento.
2.7.2.3
Operacionalização de posto de abastecimento de combustível e de oficina de
manutenção de equipamentos e veículos
Para a demanda das atividades da etapa de fechamento o posto de abastecimento de combustível
e a oficina de manutenção de equipamentos e veículos serão mantidos, entretanto terão a
capacidade reduzida com a desativação de parte das estruturas, como tanques de estocagem de
combustível e equipamentos de manutenção pesada.
2.7.2.4
Aterro sanitário e CMD
O aterro sanitário e o CMD continuarão a receber os resíduos sólidos provenientes das atividades
de fechamento.
Para o fechamento do aterro, prevê-se o fechamento das valas de acordo com os procedimentos
técnicos determinados por normas regulamentadoras e monitorado conforme plano de
monitoramento descrito no Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. A área do aterro será
nivelada, de forma a criar uma configuração harmoniosa, compatível com o local de disposição.
Para tanto, poderão ser usados equipamentos como motoniveladoras. Algumas culturas que não
apresentam raízes profundas, e, portanto não têm contato direto com o solo, nem são consumidas
in natura por pessoas, como por exemplo, a cana-de-açúcar e o milho, podem ocupar as áreas
imediatamente após o encerramento das atividades, facilitando a reintegração da mesma à
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paisagem, reduzindo custos e evitando a manutenção de estruturas de isolamento e proteção do
local.
Quanto ao CMD, todo o material proveniente do desmonte e que for passível de
reaproveitamento ou reciclagem, ou houver destinações específicas que não o aterro sanitário,
será encaminhado, triado e enviado a uma destinação final de acordo com as normas
regulamentadoras.
2.7.2.5
Sistemas de drenagem
Os sistemas de drenagem serão dimensionados ou adequados para permitir a autosustentabilidade das cavas, pilhas de estéril, áreas de apoio operacional e planta industrial, e
outras áreas que serão desmontadas, restando platôs sem estruturas, no caso da não utilização
futura de algumas destas estruturas. A manutenção deste sistema de drenagem será realizada no
pós-fechamento, garantindo a estabilidade das áreas descomissionadas e aspectos como a criação
de áreas degradadas.
2.7.2.6
Viveiro de mudas
O viveiro de mudas terá sua função final realizada durante a fase de fechamentos, quando será
utilizado como fonte de mudas produzidas a partir de mudas, sementes e propágulos resgatados
durante a atividade de supressão da vegetação, para aplicação na recuperação de áreas
degradadas.
2.7.2.7
Abastecimento de água
O abastecimento de água na fase de fechamento será dividido em água industrial e água potável.
A água industrial será usada principalmente para lavagem de veículos e equipamentos, combate a
incêndio e umectação das vias. A água potável será consumida pelos profissionais envolvidos
nesta fase, com o preparo de alimentos, higienização e consumo direto.
A água industrial a ser utilizada nesta fase será a mesma utilizada na fase de operação, entretanto,
como a demanda é menor, a captação será menor que a projetada para a operação. No período
chuvoso espera-se que a água captada da área de disposição de rejeitos apresente vazão
suficiente para esta demanda, entretanto no período seco, as captações principais de água nova
sejam requeridas, funcionando como fonte de água, com vazão reduzida.
2.7.2.8
Distribuição de energia elétrica
A distribuição de energia elétrica na fase de fechamento será feita pelo mesmo sistema utilizado
na fase de operação.
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2.7.3
Recuperação de áreas degradadas
A recuperação de áreas degradadas inclui as atividades de estabilização física dos taludes das
minas, pilhas e diques; a adequação e consolidação do sistema de drenagem e a conformação do
terreno; e a revegetação, que inclui a retomada de solo orgânico e o plantio de espécies vegetais
estocadas no viveiro de mudas.
Mais detalhes sobre a recuperação de áreas degradadas pode ser encontrado no PRAD – Plano de
Recuperação de Áreas Degradadas, no capítulo de Proposição de Medidas Ambientais, adiante.
2.7.4
Descomissionamento
O descomissionamento refere-se à desativação e demolição das estruturas físicas do
empreendimento. Esta atividade inclui as tarefas de desmontagem das estruturas e
equipamentos; demolição de edificações de alvenaria; a implantação de sistemas de manutenção
das áreas recuperadas; e também a desmobilização da mão de obra da fase de operação. Em
relação a esta última tarefa, o item mobilização da mão de obra na fase de operação apresenta um
histograma com a programação completa, demonstrando a gradativa desmobilização dos
trabalhadores nos últimos meses de operação do empreendimento.
Em relação às tarefas de desmontagem e desmobilização de estruturas físicas e equipamentos, há
a geração de resíduos sólidos de construção civil, sucata e também o aproveitamento de
equipamentos em outras atividades que não a do empreendimento em questão; e também a
geração de ruídos.
2.8
Referência bibliográfica
Ávila, J. P. - The drained stacking of granular tailings: a disposal method for a low degree of
saturation of tailings mass. Congresso “Tailings Confere/nce”.
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EIA-MOPI-Volume II