INSTRUMENTOS PERFURO CONTUNDENTES. LESÕES PRODUZIDAS POR MECANISMO DE PERFURAÇÃO E CONTUSÃO PROJETEIS DE ARMA DE FOGO Lembrando que concentraremos o estudo relacionado aos projeteis de arma de fogo, mas não esquecendo de outros agentes lesivos que perfuram e contundem. Por exemplo a ponta de um guarda chuva, ou um prego com intensa pressão. CONCEITO DE ARMA DE FOGO. INSTRUMENTOS DE UM OU DOIS CANOS, ABERTOS NUMA DAS EXTREMIDADES E PARCIALMENTE FECHANDOS NA PARTE DE TRÁS , POR ONDE SE COLOCA O PROJETIL. O PROJETIL É LANÇADO A DISTÂNCIA ATRAVÉS DA FORÇA EXPANSIVA DOS GASES GERADOS NA COMBUSTÃO DE DETERMINADA QUANTIDADE DE POLVORA. PRODUZIDO O TIRO, ESCAPA PELA BOCA DO CANO DA ARMA, O PROJETIL ÚNICO OU VÁRIOS , GAZES SUPERAQUECIDOS, CHAMA, FUMAÇA, GRANULOS DE POLVORA INCOMBUSTA E A BUCHA CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS DE FOGO 1-DIMENSÃO: 1.1 PORTATEIS, (CANO CURTO OU LONGO) REVOLVER , RIFLE. 1.2- NÃO PORTÁTEIS.(METRALHADORAS PESADAS, PEÇAS DE ARTILHARIA) 2- MODO DE CARREGAR ; 2-1 ANTECARGA (CARREGA PELA BOCA, ESPINGARDA) 2-2 RETROCARGA (MUNIÇÀO PELA PARTE POSTERIOR DO CANO, NO PENTE OU NO TAMBOR) 3-FUNCIONAMENTO; 3.1-AUTOMÁTICA ; ACIONANDO UMA SÓ VEZ GATILHO, DISPARA TODO O PENTE OU CARGA.(METRALHADORA) 3.2-SEMI AUTOMATICA , O GATILHO É ACIONADO PARA CADA TIRO. (REVOLVER PISTOLA SEMI AUTOMÁTICA) 3.3 DE REPETIÇÃO; PARA CADA DISPARO COLOCAÇÃO DA MUNIÇÃO, ACIONAMENTO DO DISPARO E RETIRADA DA CAPSULA PARA NOVO MUNICIAMENTO.(GARRUCHA, CARTUCHEIRA DE UM SÓ CANO) 4-MODE PERCUSÃO: (CHOQUE ENTRE DOIS CORPOS) O PERCUSSOR ATINGE A ESPOLETA QUE CONTEM SUBSTÂNCIA QUÍMICA,QUE PEGA FOGO COM O IMPACTO, INCENDIANDO A POLVORA, PRODUZINDO GASES COM ALTA PRESSÃO. 4.1- PEDERNEIRA, PRODUÇAO DE FAISCA PELA IMPACTO DO PERCURSOR EM PEDRA DE SILEX. 4.2- ESPOLETA. INVOLUCRO DE METAL CONTENDO FULMINATO DE MERCURIO,QUE PERCUTIDO ,EXPLODE PRODUZINDO CHAMA QUE IRÁ DESENCADEAR A DETONAÇÃO. A ESPOLETA É COLOCADA NA PARTE SUPERIOR DE UM CANAL QUE SE COMUNICA COM O FUNDO DO CANO, ONDE ESTA A POLVORA. 4.3-PERCUSSÃO DIRETA NO CARTUCHO CONTENDO SUBSTANCIA QUIMICA QUE PERMITE DESENCADEAR O DISPARO. A PERCUSSÃO PODE SER CENTRAL OU CIRCULAR. 5 –QUANDO AO CALIBRE 5.1- PESO DO PROJÉTIL 5.2 DIÂMETRO INTERNO DO CANO MEDIDO NA BOCA. NAS ARMAS RAIADAS É MEDIDO NO ESPAÇO QUE SEPARA AS RAIAS. RAIAS SÃO SALIÊNCIAS ESPIRALADAS NO SENTIDO HORÁRIO OU ANTI HORÁRIO EM NUMERO DE 4 A 7, NA FACE INTERNA DO CANO CUJA FUNÇÃO É IMPRIMIR MOVIMENTO DE ROTAÇÃO NO PROJETIL GARANTINDO TRAJETÓRIA ESTÁVEL EXISTE ARMAS DE CANO LISO. (CARTUCHEIRA) MUNIÇÃO COMPOSTA DE 5 PARTES 1-CAPSULA ; RECEPTACULO DE LATÃO OU PAPELÃO PRENSADO CONTENDO OS ELEMENTOS DA MUNIÇÃO. 2-ESPOLETA CONTENDO STIFINATO DE CHUMBO, TETRAZENO, NITRATO DE BÁRIO,TRISSULFETO DE ANTIMONIO E ALUMINIO. PELO IMPACTO DO PERCUSSOR ESTAS SUBSTÂNCIAS INCENDEIAM E A POLVORA ENTRA EM COMBUSTÃO GERANDO GAZES COM ALTA PRESSÃO. . 3-BUCHA DISCO DE FELTRO, CARTÃO ,COURO OU BORRACHA QUE SEPARA A POLVORA DO PROJETIL 4-PÓLVORA SUBSTÂNCIA QUE EXPLODE COM A COMBUSTÃO. PÓLVORA BRANCA NÃO EMITE FUMAÇA CONTRÁRIO DA PÓLVORA PRETA. ENTRANDO EM COMBUSTÃO GERA 800cc DE GASES POR GRAMA DE PESO. 5-PROJETIL É O INSTRUMENTO PERFURO CONTUNDENTE. QUASE SEMPRE DE CHUMBO OU REVESTIDO POR UMA LIGA METÁLICA BALÍSTICA É a ciência ligada a criminalística que estuda as armas de fogo,sua munição e os efeitos dos tiros por elas produzidos, sempre que tiverem relação com infrações penais. CLASSIFICAÇÃO 1-BALÍSTICA INTERNA,TRATA DO FUNCIONAMENTO DAS ARMAS, SUA ESTRUTURA E MECANISMO, E TÉCNICA DO TIRO. 2-EXTERNA , ESTUDA O TRAJETO E A TRAJETÓRIA DO PROJETIL DESDE A SAÍDA DA ARMA ATÉ SEU IMPACTO FINAL. 3-BALÍSTICA DOS EFEITOS, ESTUDA OS EFEITOS PRODUZIDOS PELO PROJETIL DISPARADO, INCLUIDO OS RICOCHETES, IMPACTOS E AS LESÕES E DANOS SOFRIDOS PELO CORPO. IDENTIFICAÇÃO DA ARMA DE FOGO DIRETA: IDENTIFICAÇÃO FEITO NA PRÓPRIA ARMA . INDIRETA: IDENTIFICAÇÃO FEITA PELO ESTUDO COMPARATIVO MACROSCÓPICO E MICROSCÓPICO DE CARACTERÍSTICAS DEIXADAS PELA ARMA NA CAPSULA E SOBRETUDO NO PROJETIL. IDENTIFICAÇÃO DA ARMA PELO PROJETIL O PROJETIL AO PASSAR PELO CANO , QUENTE E ALTA PRESSÃO RECEBE SOBRE SUA SUPERFICIE MICRO DEPRESSÕES PROVOCADAS PELAS RAIAS , CONHECIDAS COMO ESTRIAS. ESTAS ESTRIAS NÃO SE REPRODUZEM JAMAIS EM DOIS OU MAIS CANOS DIFERENTES AINDA QUE FABRICADOS PELO MESMO FABRICANTES. PROJETIL ENCONTRADO NO CORPO DA VITIMA É COMPARADO COM UM PROJETIL DISPARADO COMO TESTE. AS DEFORMAÇÕES NA BASE DA CAPSULA OU NA ESPOLETA ORIUNDAS PELO IMPACTO DO PERCUSSOR. Balistica LESÕES PROVOCADAS PELO PROJETIL LESÕES DE ENTRADA LESÕES DE SAÍDA TRAJETO DO PROJETIL LEÕES DE ENTRADA TIRO ENCOSTADO TIRO A CURTA DISTÂNCIA TIRO Á DISTÂNCIA. TIRO ENCOSTADO Ferimento de entrada de forma irregular, pelo descolamento da pele provocada pelos gases. Crepitação gasosa ao redor da lesão Câmera de Hoffmann Os gases , fumaça e micro partículas de pólvora que não entrou em combustão penetram no tecido abaixo da pele. Os bordos da lesão são enegrecida No interior da lesão é encontrado carboxihemoglobina, nitritos, nitratos e enxofre decorrentes da combustão da pólvora. Em geral não há zona de tatuagem ou esfumaçamento Sinal de Werkgaertner Os tiros encostados imprime na pele um halo de tatuagem e esfumaçamento e o desenho da boca e da massa de mira do cano. Lesão perfuro contundente. Orifício de entrada Partículas da capsula Sinal de Werkgaertner Tatuagem e esfumaçamento Tiro encostado Tiro encostado TIRO A CURTA DISTÂNCIA OU A QUEIMA ROUPA As lesões de entrada Forma arredondada ou ovular (incidência do projétil) Orla de escoriação (movimento rotatório do projétil Bordas invertidas (trauma de fora para dentro) Halo de enxugo (limpa a superfície do projétil) Halo de tatuagem ( grãos de pólvora na pele) Orla de esfumaçamento (esfumaçamento na pele) Zona de queimadura (projétil quente ) Aréola equimótica (sufusão hemorrágica) Tiro à queima roupa Tiro de curta distancia Tiro a distancia Lesões de entrada DIÂMETRO MENOR QUE O PROJÉTIL FORMA ARREDONDADA OU OVULAR (DIREÇÃO DO PROJETIL) ORLA DE ESCORIAÇÃO (ZONA DE FISCH) HALO DE ENXUGO ARÉOLA EQUIMÓTICA BORDAS REVIRADAS PARA DENTRO. NO PULMÃO APARECE O HALO HEMORRÁGICO VISCERAL(SINAL DE BONNET) Orifício de entrada Perfuração por projétil em pulmão Equimose SINAL DE BONNET Orifício de entrada- projétil Descoloração dos bordos Bordos invertido +/- 2m 5m Orifício de entrada Escoriação e enxugo Tiro de longa distancia LESÕES DE SAÍDA DO PROJETIL FORMA IRREGULAR BORDAS VIRADAS PARA FORA MAIOR SANGRAMENTO NÃO APRESENTAM ORLA DE ESCORIAÇÃO NÃO APRESENTAM HALO DE ENXUGO Orifício de saída Orifício de saída Bordo evertido, irregular e sangrante FERIMENTO A BALA EM CADAVER JÁ EM ESTADO DE PUTREFAÇÃO Tiro de cartucheira Lesões de defesa Estilete Projétil Taurus .38 Papel 5cm Papel encostado Taurus .357 Magnum – compensador de recuo Papel Tecido Tecido TRAJETO NO INTERIOR DO CORPO TRANSFIXANTE EM LINHA RETA. TRANSFIXANTE EM DIREÇÃO DIFERENTE (RICOCHETE EM OSSOS) NÃO TRANSFIXA O CORPO, RETIRAR O PROJÉTIL SEMPRE COM A MÃO. MULTIPLOS FERIMENTOS DE SAIDA. BALA NO CORAÇÃO LEVADO PARA A ARTÉRIA ILÍACA. ASPECTOS PERICIAIS IDENTIFICAÇÃO DO ATIRADOR PELA ARMA IMPRESSÕES DIGITAIS RESIDUOGRAFIA Exame residuográfico. I encontro dos Peritos do Mercosul. P.ª 10/96 1-Os exames de recenticidade, não se revestem de idoneidade, por não definirem a data nem período provável de tiro de arma de fogo. 2-A especificidade dos reagentes disponíveis e a não garantia quanto as espécie química liberada na munição. 3-Excluir definitivamente a prova da parafina. Deve se usar a as técnicas com rodizinato de sódio,absorção atômica e de preferência a microscopia atômica de varredura 4-A presença de resíduos na mão do atirador, não pode ser usado com único elemento comprobatório da ocorrência, não devendo ser utilizado para diagnostico diferencial entre suicídio e homicídio. 4- Na determinação da distancia de tiro, deve ser usada a mesma arma e a mesma munição. IDENTIFICAÇÃO DA ARMA PELO PROJÉTIL PESO, FORMATO,COMPRIMENTO , DIÂMETRO COMPOSIÇÃO, CALIBRE, RAIAMENTO,ESTRIAS LATERIAS E DEFORMAÇÕES. IDENTIFICAÇÃO DA ARMA PELA CAPSULA MARCA PRODUZIDA PELA SUPERFICIE INTERNA DO CANO MARCA DO PERCUSSOR SOBRE A ESPOLETA MARCA DO EXTRATOR NA CAPSULA IDENTIFICAÇÃO DA ARMA PELA PÓLVORA ENCONTRADA NA CAPSULA, NA ARMA E NO COPO DA VITIMA DISTANCIA DO TIRO DIREÇÃO DO TIRO IMPRESSÕES INDUMENTÁRIAS DIAGÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE HOMICIDIO E SUICÍDIO ÁREAS ATINGINDAS, DIREÇÃO DO TIRO, DISTÂNCIA DO TIRO, MÃO DO SUICIDA