ANAKELY ALVES REZENDE
EFICIÊNCIA DE DIFERENTES PRODUTOS COMERCIAIS À BASE DE
Trichoderma spp. NO CONTROLE DA PODRIDÃO BRANCA DA HASTE DA SOJA
Dissertação apresentada à Universidade Federal de
Uberlândia, como parte das exigências do Programa de Pósgraduação em Agronomia – Mestrado, área de concentração
em Fitopatologia, para obtenção do título de “Mestre”.
Orientador
Prof. Dr. Fernando Cezar Juliatti
UBERLÂNDIA
2011
ANAKELY ALVES REZENDE
EFICIÊNCIA DE DIFERENTES PRODUTOS COMERCIAIS À BASE DE
Trichoderma spp. NO CONTROLE DA PODRIDÃO BRANCA DA HASTE DA SOJA
Dissertação apresentada à Universidade Federal de
Uberlândia, como parte das exigências do Programa de Pósgraduação em Agronomia – Mestrado, área de concentração
em Fitopatologia, para obtenção do título de “Mestre”.
APROVADA em 16 de dezembro de 2011.
Profa. Dra. Nilvanira Donizete Tebaldi
ICIAG/UFU
Prof. Dr. David de Souza Jaccoud Filho
UEPG
Profa. Dra. Juliana Araújo Santos Martins
IFTM
Prof. Dr. Fernando Cezar Juliatti
ICIAG-UFU
(Orientador)
UBERLÂNDIA
2011
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Sistema de Bibliotecas da UFU, MG, Brasil.
R467e
2011
Rezende, Anakely Alves, 1984Eficiência de diferentes produtos comerciais à base de Trichoderma
spp. no controle da podridão branca da haste da soja / Anakely Alves Rezende. -- 2011.
120 f. : il.
Orientador: Fernando Cezar Juliatti.
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Uberlândia,
Programa de Pós-Graduação em Agronomia.
Inclui bibliografia.
1. Agronomia - Teses. 2. Pragas - Controle biológico - Teses. 3. Soja Doenças e pragas - Controle - Teses. I. Juliatti, Fernando Cezar. II. Universidade Federal de Uberlândia. Programa de Pós-Graduação em Agronomia.
III. Título.
1.
CDU: 631
Grande é a tarefa que nos espera...
Para todos os seres humanos, constitui quase um dever pensar que
o que já se tiver realizado é sempre pouco
em comparação com o que resta por fazer.
João XXIII
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à Deus, pelas bênçãos e por ter me dado coragem para lutar e
perseverar nessa caminhada.
Aos meus pais, Odilon Urias de Rezende e Elizabeth Alves Rezende, pelo amor e exemplos
de vida.
Aos meus irmãos, Rodrigo Dantas Rezende e Viviane Alves Rezende, pelo apoio e incentivo
constante.
Aos meus avós, Odilon, Ana, Leoni e Maria, pelas orações e carinho.
Ao meu noivo, Rodrigo Rodrigues, pelo companheirismo e cumplicidade.
À Universidade Federal de Uberlândia, pela oportunidade e pelo suporte para realização do
curso.
À CNPq, pelo apoio financeiro através da bolsa de mestrado.
Ao professor Fernando Cezar Juliatti, pela orientação.
Aos membros da banca examinadora, professores Dra. Nilvanira Donizete Tebaldi, Dr. David
de Souza Jaccoud Filho e Dra. Juliana Araújo Santos Martins, pelas valiosas contribuições.
Aos professores do curso de pós-graduação da UFU, pelos conhecimentos compartilhados,
em especial Carlos Machado, Césio Humberto, Denise Garcia, Ednaldo Carvalho, Jonas
Jagër, Joaquim Carvalho e Maria Amelia.
Aos técnicos, Roberto Resende, Aires Ney e Adílio Júnior, pela ajuda e amizade.
Às empresas Itaforte Bioprodutos, Laboratório de Biocontrole Farroupilha, Ballagro e
Agrihaus, pela disponibilização dos produtos testados.
À empresa Manejo Agrícola, pela permanente disponibilidade e apoio.
Aos amigos do programa de pós-graduação em Agronomia e à equipe do Laboratório de
Micologia e Proteção de Plantas da UFU, Érika Sagata, Maristela Rey, Anderson Monteiro,
Fernanda Carvalho, Juliana Araújo, Karla Couto, Fausto Fernandes e Samilla Cândida.
À todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para realização deste trabalho.
Muito obrigada!
SUMÁRIO
RESUMO....................................................................................................................
i
ABSTRACT...............................................................................................................
ii
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................
1
2 REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................
3
2.1 Aspectos gerais da soja.........................................................................................
3
2.2 Aspectos gerais do mofo branco...........................................................................
4
2.3 Controle Biológico................................................................................................
5
2.4 Trichoderma spp...................................................................................................
7
2.4.1 Descrição do gênero..........................................................................................
7
2.4.2 Distribuição geográfica de Trichoderma spp....................................................
8
2.4.3 Trichoderma spp. como agente decompositor...................................................
9
2.4.4 Trichoderma spp. no crescimento vegetal.........................................................
10
2.4.5 Tratamento de sementes com Trichoderma spp................................................
11
2.4.6 Trichoderma spp. como agente biocontrolador.................................................
12
2.4.7 Mecanismos de ação de Trichoderma spp. no biocontrole................................
14
2.4.7.1 Competição.....................................................................................................
14
2.4.7.2 Antibiose.........................................................................................................
14
2.4.7.3 Hiperparasitismo.............................................................................................
15
2.4.8 Interação Trichoderma spp., plantas e patógenos..............................................
16
3 MATERIAL E MÉTODOS.....................................................................................
18
3.1 Obtenção dos isolados de Trichoderma spp.........................................................
18
3.1.1 Avaliação da qualidade dos bioprodutos...........................................................
18
3.1.1.1 Avaliação da concentração dos bioprodutos...................................................
18
3.1.1.2 Avaliação da viabilidade (% germinação) dos bioprodutos...........................
19
3.1.1.3 Avaliação da contaminação dos bioprodutos.................................................
19
3.2 Verificação da capacidade antagonista em cultura pareada dos isolados de
Trichoderma spp. contra Sclerotinia sclerotiorum, in vitro.......................................
19
3.3 Verificação do hiperparasitismo de Trichoderma spp. sobre S. sclerotiorum......
20
3.4 Teste de compatibilidade entre fungicidas e produtos biológicos........................
21
3.4.1 Compatibilidade dos isolados de Trichoderma spp. plaqueados em meio de
cultura contendo fungicidas........................................................................................
21
3.4.2 Compatibilidade entre produtos biológicos e fungicidas no tratamento de
sementes......................................................................................................................
23
3.5 Teste de sanidade de sementes de soja tratadas com Trichoderma spp................
24
3.6 Teste de germinação de sementes de soja tratadas com Trichoderma spp...........
25
3.7 Emergência em substrato e índice de velocidade de emergência.........................
25
3.8 Influência da aplicação de Trichoderma spp. na colonização e germinação de
escleródios..................................................................................................................
26
3.9 Avaliação da eficiência dos produtos biológicos no controle de S.
sclerotiorum, in vivo...................................................................................................
27
3.9.1 Dados do Ensaio................................................................................................
27
3.9.2 Delineamento experimental...............................................................................
27
3.9.3 Tratamentos.......................................................................................................
28
3.9.4 Avaliações..........................................................................................................
29
3.9.5 Análise estatística..............................................................................................
30
3.9.5.1 Coeficiente de Spearman................................................................................
30
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................
31
4.1 Obtenção dos isolados de Trichoderma spp.........................................................
31
4.1.1 Avaliação da viabilidade (% germinação), concentração e contaminação por
bactérias dos bioprodutos...........................................................................................
31
4.2 Verificação da capacidade antagonista em cultura pareada dos isolados de
Trichoderma spp. contra S. sclerotiorum, in vitro......................................................
33
4.3 Verificação do hiperparasitismo de Trichoderma spp. sobre S. sclerotiorum......
35
4.4 Teste de compatibilidade entre fungicidas e produtos biológicos........................
37
4.4.1 Compatibilidade dos isolados de Trichoderma spp. plaqueados em meio de
cultura contendo fungicidas........................................................................................
37
4.4.2 Compatibilidade entre produtos biológicos e fungicidas no tratamento de
sementes......................................................................................................................
43
4.5 Teste de sanidade de sementes de soja tratadas com Trichoderma spp................
48
4.6 Teste de germinação de sementes de soja tratadas com Trichoderma spp...........
52
4.7 Emergência em substrato e índice de velocidade de emergência.........................
55
4.8 Influência da aplicação de Trichoderma spp. na germinação e colonização de
escleródios..................................................................................................................
62
4.9 Avaliação da eficiência dos produtos biológicos no controle de Sclerotinia
sclerotiorum, in vivo...................................................................................................
63
5 CONCLUSÕES.......................................................................................................
73
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………...
74
ANEXO A..................................................................................................................
90
ANEXO B...................................................................................................................
91
ANEXO C...................................................................................................................
97
ANEXO D..................................................................................................................
102
ANEXO E...................................................................................................................
106
ANEXO F...................................................................................................................
108
LISTA DE TABELAS
TABELA 1- Descrição dos produtos biológicos, ingrediente ativo/microrganismo,
formulação, concentração declarada no rótulo e empresa fabricante. Uberlândia-MG,
2011.....................................................................................................................
18
TABELA 2- Fungicidas, ingredientes ativos e concentração do ingrediente ativo.
Uberlândia-MG, 2011..................................................................................................
22
TABELA 3- Níveis de seletividade dos fungicidas aos isolados de Trichoderma spp.
Uberlândia-MG, 2011...........................................................................................
22
TABELA 4- Produtos, ingrediente ativo, épocas das aplicações e dose para controle do
mofo branco (S. sclerotiorum) Uberlândia-MG, 2010..............................
28
TABELA 5- Porcentagem de germinação de conídios de Trichoderma spp. e
contaminação por bactérias dos bioprodutos. Uberlândia-MG, 2011..........................
31
TABELA 6- Concentração declarada no rótulo dos bioprodutos, concentração na Câmara
de Neubauer e concentração de colônias crescidas em placa de Petri. Uberlândia-MG,
2011..................................................................................................
32
TABELA 7- Porcentagem média da área da superfície do meio ocupada pelo
Trichoderma spp. e sua respectiva nota. Uberlândia-MG, 2011................................
34
TABELA 8- Índice de velocidade de crescimento das colônias dos isolados de
Trichoderma spp. plaqueados em meio de cultura contendo 6 concentrações de 7
fungicidas e uma testemunha, durante 7 dias de incubação e à temperatura de 22 ± 2°C.
Uberlândia-MG, 2011..........................................................................................
40
TABELA 9- Seletividade dos fungicidas nas diferentes concentrações, aos isolados de
Trichoderma spp. Uberlândia-MG, 2011................................................................
41
TABELA 10- Porcentagem de esporos germinados (x%) e porcentagem de redução na
germinação dos esporos (x‟%) em sementes de soja tratadas com fungicidas e
Trichoderma spp. após 3 intervalos de tempo de contato dos produtos com as sementes.
Uberlândia-MG, 2011.................................................................................
45
TABELA 11- Porcentagem da taxa de diminuição da germinação dos esporos de
Trichoderma spp. por hora. Uberlândia-MG, 2011.....................................................
47
TABELA 12- Porcentagem de sementes de soja contaminadas após tratamento com
Trichoderma spp., com e sem inoculação de S. sclerotiorum. Uberlândia-MG,
2011..............................................................................................................................
50
TABELA 13- Porcentagem de germinação de sementes de soja, plântulas anormais,
sementes com mofo branco e com Trichoderma spp., com e sem inoculação de S.
sclerotiorum,
após
tratamento
com
os
bioprodutos.
Uberlândia-MG,
2011.....................................................................................................................
54
TABELA 14- Número de plântulas anormais, com cotilédones necrosados e com mofo
branco, provenientes de sementes com e sem inoculação de S. sclerotiorum e tratadas
com Trichoderma spp. Uberlândia-MG, 2011...............................................
59
TABELA 15- Comprimento, Peso Fresco e Peso Seco de plântulas provenientes de
sementes tratadas com Trichoderma spp., com e sem inoculação de S. sclerotiorum.
Uberlândia-MG, 2011..................................................................................................
61
TABELA 16- Porcentagem de escleródios germinados e colonizados com Trichoderma
spp. Uberlândia-MG, 2011.....................................................................
62
TABELA 17- Porcentagem de incidência de mofo branco em plantas de soja, para os
diferentes tratamentos, em condições de campo. Uberlândia-MG, 2010................
65
TABELA 18- Porcentagem de severidade de mofo branco em plantas de soja, para os
diferentes tratamentos, em condições de campo. Uberlândia-MG, 2010................
66
TABELA 19- Índice de doença (ID) de mofo branco em plantas de soja e eficiência (E)
dos diferentes tratamentos, em condições de campo. Uberlândia-MG, 2010........
67
TABELA 20- Área abaixo da curva de progresso (AACPD) para incidência, severidade e
índice de doença (ID) de mofo branco na soja, para os diferentes tratamentos, em
condições de campo. Uberlândia-MG, 2010.....................................
68
TABELA 21- Peso de escleródios por parcela (gramas) e por hectare (kg ha -1) e
porcentagem de redução do peso de escleródios (%), para os diferentes tratamentos, em
condições de campo. Uberlândia-MG, 2010..........................................................
69
TABELA 22- Peso de Mil Grãos e Produtividade para os diferentes tratamentos, em
condições de campo, após a trilha da soja. Uberlândia-MG, 2010........................
70
TABELA 23- Correlação das variáveis analisadas para a eficiência do controle de S.
sclerotiorum. Uberlândia-MG, 2011........................................................................
71
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1- Escala diagramática para avaliação dos testes de culturas pareadas, de
acordo com escala proposta por Bell et al. (1982), modificada................................
20
FIGURA 2- Escala para avaliação da severidade de sintomas de S. sclerotiorum em
plantas individuais de soja...........................................................................................
29
FIGURA 3- Porcentagem da área da placa de Petri ocupada pelo patógeno(cinza escuro)
e pelo antagonista(cinza claro) obtida através do programa Quant (VALE et al.,
2003)......................................................................................................................
33
FIGURA 4- Fotomicrografia eletrônica de varredura das interações entre Trichoderma
spp. e S. sclerotiorum, evidenciando o estrangulamento e penetração das hifas do
antagonista sobre o patógeno. a.1 e a.2) Agrotrich (Trichoderma spp.); b.1 e b.2)
Ecotrich (Trichoderma harzianum); c.1 e c.2) Quality (Trichoderma asperellum); d.1 e
d.2) Trichodermil (Trichoderma harzianum).................................
36
FIGURA 5- Índice de velocidade média de emergência de sementes com e sem
inoculação de S. sclerotiorum, tratadas com Trichoderma spp. Uberlândia-MG,
2011..............................................................................................................................
56
FIGURA 6- Temperatura mínima – linha azul (oC), temperatura máxima – linha
vermelha ( oC), temperatura média – linha amarela ( oC), UR (%) – linha verde e
precipitação pluviométrica- linha roxa (mm)...............................................................
64
i
RESUMO
REZENDE, ANAKELY ALVES. Eficiência de diferentes produtos comerciais à base de
Trichoderma spp. no controle da podridão branca da haste da soja. UFU, 2011. 120p.
Dissertação (Mestrado em Agronomia/Fitopatologia) – Universidade Federal de Uberlândia
O manejo eficiente da podridão branca da haste da soja, causada pelo fungo Sclerotinia
sclerotiorum, pode ser obtido através do controle biológico com Trichoderma spp. o qual
possui propriedades antagônicas baseadas na ativação de um arsenal de mecanismos variados.
O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência de diferentes produtos à base de Trichoderma
spp. disponíveis no mercado, no controle da podridão branca da haste da soja. Os bioprodutos
comerciais utilizados foram: Agrotrich, Ecotrich, Quality e Trichodermil. Para isso, foram
realizados experimentos em laboratório e casa de vegetação, na Universidade Federal de
Uberlândia - UFU, a fim de se comprovar a qualidade desses bioprodutos, como
concentração, viabilidade e contaminação a partir de diluições seriadas; verificar a capacidade
antagônica e o hiperparasitismo dos isolados sobre o patógeno através da microscopia
eletrônica de varredura; a compatibilidade entre os bioprodutos e fungicidas após
plaqueamento em meio de cultura e após tratamento de sementes com os mesmos; verificar a
influência dos isolados na sanidade, germinação e emergência de sementes de soja com e sem
inoculação de S. sclerotiorum utilizando as técnicas dos testes em gerbox, rolo de papel e
bandeja; a influência na colonização e germinação de escleródios recuperados de solo tratado
com os bioprodutos e testar os produtos biológicos no campo, de forma isolada ou combinada
com os fungicidas químicos Fluazinam e Tiofanato Metílico, para o controle do mofo branco.
As avaliações para o teste de campo foram realizadas para as seguintes variáveis: incidência,
severidade, índice de doença (incidência x severidade), AACPD (Área Abaixo da Curva de
Progresso da Doença), peso de escleródios, peso de mil grãos e produtividade. Os resultados
obtidos demonstram que há diferença na qualidade dos produtos existentes no mercado,
embora todos os isolados analisados mostraram-se antagônicos à S. sclerotiorum. A
compatibilidade entre fungicidas e bioprodutos deve ser analisada com cautela, visto que
alguns fungicidas são incompatíveis com este antagonista. O tratamento de sementes com
Trichoderma spp. não interfere no vigor e germinação das sementes de soja sem inoculação
do patógeno. A eficiência do controle do mofo branco utilizando produtos biológicos à base
de Trichoderma spp. foi comprovada, em que se destacaram Quality e Trichodermil, pela
maior qualidade e viabilidade dos bioprodutos, o que propiciaram eficiência semelhante aos
fungicidas Fluazinam e Tiofanato Metílico.
Palavras-chave: Controle Biológico. Glycine max (L) Merrill. Sclerotinia sclerotiorum.
Antagonismo.
ii
ABSTRACT
REZENDE, ANAKELY ALVES. Efficiency of different commercial products with
Trichoderma spp. for the control of Sclerotinia stem rot of soybean. UFU, 2011. 120f.
Dissertation (Master‟s degree in Agriculture/Phytopathology) – Federal University of
Uberlândia
The efficient management of Sclerotinia stem rot of soybean (SSR), caused by Sclerotinia
sclerotiorum, can be obtained through biological control with Trichoderma spp. which has
antagonistic properties based on the activation of a diverse arsenal of mechanisms. The
objective of this research work was to evaluate the efficiency of different products with
Trichoderma spp. available, for the SSR control. The commercial bioproducts used were:
Agrotrich, Ecotrich, Quality and Trichodermil. For this, experiments were performed in
laboratory and greenhouse conditions, at the Federal University of Uberlândia - UFU, to
demonstrate the quality of this bioproducts, such as concentration, viability, and
contamination from serial dilutions; to verify the antagonistic capability and hyperparasitism
of the isolates against pathogen by scanning electron microscopy; compatibility between
fungicides and bioproducts after plating in culture medium and after treatment of seeds with
them; to verify the influence of isolated on seed health, germination and emergence of
soybean seeds with and without SSR inoculation using the techniques of seedling tests, paper
roll and tray; the influence on colonization and germination of sclerotia recovered from soil
treated with bioproducts, and testing biological products in the field, alone or in combination
with chemical fungicides Fluazinam and Thiophanate methyl to control SSR. The assessments
were done for the following variables: incidence, severity, disease index (incidence x
severity), AUDPC (Area Under the Disease Progress Curve), sclerotia weight, thousand
kernel weight and yield. The results shows that have difference in the products quality
available on the market, although all isolates analyzed proved to be antagonistic against S.
sclerotiorum. The compatibility between fungicides and bioproducts must be analyzed with
caution, given that some fungicides are incompatible with this antagonist. Seed treatment with
Trichoderma spp. not interferes with the vigor and germination of soybean without
inoculation. The efficiency SSR control using biological products with Trichoderma spp. has
been proved, that Quality and Trichodermil highlighted by the highest quality and viability of
bioproducts, which led to similar efficiency to Fluazinam and Thiophanate methyl.
Keywords: Biological Control. Glycine max (L) Merrill. Sclerotinia sclerotiorum.
Antagonism.
1
1 INTRODUÇÃO
O mofo branco ou podridão branca da haste causada pelo fungo Sclerotinia
sclerotiorum (Lib) de Bary é a segunda doença em importância que ocorre na cultura da soja.
A eficiência do controle químico reside, prioritariamente, no caráter preventivo do seu uso, ou
seja, antes da doença se manifestar. O controle curativo, apesar de reduzir comprovadamente
o potencial de inóculo, para safras posteriores, não reverte perdas. Faz-se necessário lembrar
seu alto poder destrutivo e capacidade de causar grandes prejuízos às culturas (JULIATTI;
JULIATTI, 2010).
O fungo
tem como
hospedeiros
mais de
400 espécies pertencentes a,
aproximadamente, 200 gêneros botânicos; entre as mais importantes culturas estão, além da
soja, o feijão, o girassol, o algodão, o tomate industrial, a batata e algumas outras hortaliças.
A disseminação se dá principalmente pelas sementes, que podem estar infectadas com o
micélio do fungo, ou por meio da contaminação, devida à presença de estruturas de
sobrevivência denominadas de escleródios (FURLAN, 2010).
As condições de clima favoráveis para seu desenvolvimento são alta umidade e
temperaturas amenas. Nesta situação, uma lavoura de soja pode sofrer, em média, perdas de
30% ou mais, em períodos chuvosos, e quando medidas preventivas não são tomadas
(FURLAN, 2009). A podridão branca da haste não interfere no peso de mil grãos, no entanto,
interfere no rendimento da soja, com perdas que podem chegar a até 39,5%, neste caso, com
uma incidência máxima de 30-40% (JULIATTI et al., 2011).
O controle biológico surgiu como uma alternativa racional, extremamente necessária e
essencial à agricultura na atualidade. A interação entre hospedeiro, patógeno e diversos
microrganismos que habitam o sítio de infecção podem apresentar potencial para limitar a
atividade do patógeno ou aumentar a resistência do hospedeiro. Portanto, o patógeno, o
hospedeiro e os antagonistas são componentes do controle biológico, que estão sob a
influência do ambiente, interagindo num sistema biológico (AGROLINE, 2010).
A manipulação do ambiente e a introdução de antagonistas, tanto no solo quanto nos
órgãos de propagação das plantas, pode garantir o controle biológico de fitopatógenos
veiculados pelo solo. Este tipo de controle raramente erradica os patógenos, pois depende da
manipulação do equilíbrio biológico existente no solo, sendo que as chances de sucesso são
aumentadas quanto maior e mais variada for a população microbiana do solo (NEUNFELD et
al., 2007).
2
Sabe-se que diversos microrganismos têm revelado potencial antagônico a diferentes
fitopatógenos, principalmente, fungos habitantes do solo. Entre os biocontroladores usados
contra patógenos do solo têm-se destacado isolados selvagens e melhorados de Trichoderma
spp. (REIS et al., 1995). Trichoderma spp. é um micoparasita necrotrófico eficaz no controle
de inúmeros fungos fitopatogênicos, principalmente aqueles com estruturas de resistência
consideradas difíceis de serem atacadas por microrganismos, como esporos, escleródios,
clamidósporos e microescleródios (MELO, 1996).
Os mecanismos de ação pelos quais o Trichoderma pode atuar são: antibiose,
hiperparasitismo, competição e também em alguns casos através de promoção de crescimento.
O conhecimento de mecanismos de ação é de fundamental importância no emprego de
métodos racionais de melhoramento genético e para aumentar a vantagem competitiva no
ambiente. Estes mecanismos variam de espécie para espécie e, também, de linhagem para
linhagem dentro da mesma espécie, de acordo com a interação hospedeiro-parasita. Com esta
visão, torna-se indispensável a integração do controle biológico com outros métodos
disponíveis, como o uso e incremento da cobertura vegetal ou palhada, controle químico e
variedades com resistência parcial ou menos suscetíveis (LARANJEIRA, 2001).
Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de diferentes
produtos comerciais à base de Trichoderma spp. no controle da podridão branca da haste da
soja, visando verificar e comprovar a:
a) Qualidade dos bioprodutos, como concentração, viabilidade e contaminação;
b) Capacidade antagônica e o hiperparasitismo dos isolados sobre o patógeno;
c) Compatibilidade entre bioprodutos e fungicidas;
d) Influência dos isolados na sanidade, germinação e emergência de sementes de
soja inoculadas ou não com o patógeno;
e) Influência na colonização e germinação dos escleródios; e
f) Eficiência dos bioprodutos no campo em combinação ou não com fungicidas.
3
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Aspectos gerais da soja
A soja (Glycine max L. Merrill), devido ao elevado teor de proteína de seus grãos,
cerca de 40%, constitui-se uma importante fonte de alimentação tanto animal, quanto humana.
Graças a estas características nutritivas e industriais e à adaptabilidade a diferentes latitudes,
solos e condições climáticas, o cultivo da soja se expandiu por todo o mundo. Constituindose, assim, uma das principais plantas cultivadas atualmente (JULIATTI et al., 2004).
A sustentação do patamar de segundo maior produtor mundial de soja e primeiro entre
os países emergentes tem sido mantido pelo Brasil através do aumento progressivo de áreas
de cultivo, e também pela elevação da produtividade nas lavouras (FAO, 2009).
A soja é a principal oleaginosa produzida no mundo, responsável por cerca da metade
do óleo vegetal produzido e por cerca de 20% do valor de exportações do agronegócio
brasileiro (MORAES FILHO, 2007). A produção nacional de soja estimada para a safra
2011/12 é de 72,97 milhões de toneladas, distribuídas em 24,9 milhões de hectares, com um
rendimento médio de 2.930 kg ha-1 (BRASIL, 2011).
Entre os principais fatores que limitam a obtenção de altos rendimentos em soja estão
as doenças. Aproximadamente 40 doenças causadas por fungos, bactérias, nematoides e vírus
já foram identificadas no Brasil. Esse número continua aumentando com a expansão da soja
para novas áreas e como consequência da monocultura. A importância econômica de cada
doença varia de ano para ano e de região para região, dependendo das condições climáticas de
cada safra. As perdas anuais de produção por doenças são estimadas em cerca de 15% a 20%,
entretanto, algumas doenças podem ocasionar perdas de quase 100% (KIMATI et al., 2011;
JULIATTI et al., 2004).
Devido a expansão de áreas irrigadas nos Cerrados, foi possível o cultivo da soja no
outono/inverno para a produção de sementes. No entanto, esse cultivo também favorecia a
sobrevivência dos fungos causadores da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), da
antracnose (Colletotrichum truncatum), do cancro da haste (Diaporthe phaseolorum var.
meridionalis), da podridão branca da haste (Sclerotinia sclerotiorum), da podridão vermelha
da raiz (Fusarium spp.) e dos nematoides. As culturas do feijão, ervilha, melancia e tomate,
cultivadas sob irrigação na mesma época, também podem ser afetadas por Sclerotinia
sclerotiorum, aumentando a quantidade de inóculo desse patógeno para a safra seguinte de
soja. A maioria dos patógenos é transmitida, externa e/ou internamente, através das sementes.
4
Portanto, o uso de sementes certificadas, oriundas de lavouras sadias, beneficiadas
adequadamente (livres de torrões, restos de culturas e estruturas de patógenos) e tratadas com
fungicidas apropriados é essencial para a prevenção e/ou a redução das perdas por doenças
(EMBRAPA SOJA, 2011). Dentre todas as doenças, a podridão branca da haste vem
ganhando importância na cultura da soja, devido os prejuízos causados, sendo considerada a
segunda doença mais importante à cultura (JULIATTI; JULIATTI, 2010).
2.2 Aspectos gerais do mofo branco
Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary é agente etiológico da podridão branca da
haste da soja. As doenças causadas pelo patógeno recebem diferentes denominações em
outros hospedeiros, entre elas: mofo branco, podridão da cabeça, podridão aquosa e podridão
da haste (PURDY, 1979).
Esse fungo é de ampla ocorrência, tanto em locais de clima tropical quanto temperado,
em regiões úmidas e secas. Possui uma ampla gama de hospedeiros, com pelo menos 408
espécies de plantas (BOLAND; HALL, 1994), incluindo principalmente as famílias
solanáceas, crucíferas, umbelíferas, compostas, quenopodiáceas e leguminosas, sendo assim
considerado um dos principais fungos fitopatogênicos (WILLETTS; WONG, 1980).
A doença foi descrita pela primeira vez no Brasil em batateira, em 1921 (CHAVES,
1964). As maiores perdas têm sido reportadas em cultivos de feijoeiro irrigados, nos plantios
de outono, inverno e primavera, principalmente quando a temperatura se aproxima da faixa de
20ºC, em média e com amplitude térmica variando de 15 a 25ºC. Apesar da doença ter seu
maior impacto no feijoeiro e tomateiro rasteiro, tem sido discutida também no cultivo da soja
(verão), principalmente nos altiplanos, acima de 700m, onde as menores temperaturas
noturnas têm provocado perdas em áreas sem rotação de culturas com plantas não hospedeiras
e sem a prática do uso da palhada (JULIATTI et al., 2011). O controle cultural pela cobertura
do solo com palhada pode inibir a formação de apotécios (FERRAZ et al., 1999;
FERGUSON; SHEW, 2001), servindo também como uma barreira física ao lançamento de
esporos a partir dos apotécios já formados, além do acréscimo de matéria orgânica no solo a
qual incentiva a proliferação de inúmeros fungos e bactérias benéficos que atuam no controle
biológico natural dos patógenos (LOBO JÚNIOR, 2005).
O fungo é capaz de infectar qualquer parte da planta, porém, as infecções iniciam-se
com frequência a partir das inflorescências e das axilas das folhas e dos ramos laterais. Os
5
primeiros sintomas são manchas aquosas que evoluem para coloração castanho-clara e logo
desenvolvem abundante formação de micélio branco e denso (ALMEIDA et al., 2005).
Ocasionalmente, nas folhas podem ser observados sintomas de murcha e seca. Em
poucos dias, o micélio transforma-se em massa negra e rígida, o escleródio, que é a forma de
resistência do fungo. Os escleródios variam em tamanho e podem ser formados tanto na
superfície como no interior da haste e das vagens infectadas (ALMEIDA et al., 2005).
A fase mais vulnerável da planta vai do estádio da floração plena ao início da
formação das vagens. Altas umidades relativas do ar e temperaturas amenas favorecem o
desenvolvimento do fungo. Escleródios caídos ao solo, sob alta umidade e temperaturas entre
10ºC e 21ºC, germinam e desenvolvem apotécios na superfície do solo (EMBRAPA SOJA,
2011).
Estes produzem ascosporos que são liberados ao ar e são responsáveis pela infecção
das plantas. A transmissão por semente pode ocorrer tanto através de micélio dormente
(interno) quanto por escleródios misturados às sementes. Uma vez introduzido em uma área, o
patógeno é de difícil erradicação por causa da sua ampla gama de hospedeiros e a longa
sobrevivência dos escleródios no solo (EMBRAPA SOJA, 2011), limitando a utilização de
práticas como a rotação de culturas. Na maioria das situações, não há disponibilidade de
cultivares resistentes e o controle químico nem sempre é eficiente (TEDESCO, 2009).
Recentemente, o uso da técnica de meio de cultura seletivo Neon, o qual permite a
detecção do micélio dormente em sementes de soja, tem demonstrado que a simples limpeza
no benefício das sementes (espiral e/ou mesa gravitacional), retirando a massa de escleródios
do lote de sementes, não impede a disseminação e a transmissão do patógeno nos campos de
produção, a curta e longa distância. Dependendo do lote de sementes, esta transmissão pode
chegar a 15%. Os níveis de infecção normalmente detectados variam de 0,25-1,0%
(JULIATTI et al., 2011).
Por todos estes fatores, grande importância tem sido dada a essa doença em função da
escassez de métodos eficientes para seu controle (POMELLA; RIBEIRO, 2009) e a utilização
de Trichoderma spp. como agente de controle biológico pode constituir uma medida eficaz.
2.3 Controle Biológico
O controle biológico é definido por Cook e Baker (1983) como a redução da soma de
inóculo ou das atividades determinantes da doença, provocada por um patógeno, realizada por
um ou mais organismos que não o homem. Nas atividades determinantes de doenças estão
6
envolvidos o crescimento, a infectividade, a virulência e outras qualidades do patógeno, ou
processos que determinam a infecção, o desenvolvimento de sintomas e a reprodução. Nos
organismos são incluídos os indivíduos ou as populações avirulentas ou hipovirulentas, dentro
das espécies patogênicas; a planta hospedeira manipulada geneticamente ou por práticas
culturais, ou microrganismos, para maior ou mais efetiva resistência contra o patógeno; e os
antagonistas dos patógenos, definidos como os microrganismos que interferem na
sobrevivência ou nas atividades determinantes de doenças causadas por fitopatógenos. Assim,
segundo esses autores, o controle biológico pode ser acompanhado por: práticas culturais para
criar um ambiente favorável aos antagonistas e à resistência da planta hospedeira ou ambas;
melhoramento da planta para aumentar a resistência ao patógeno ou adequar o hospedeiro
para as atividades dos antagonistas; introdução em massa de antagonistas e linhagens não
patogênicas ou outros organismos ou agentes benéficos (MICHEREFF; BARROS, 2001).
O uso de organismos benéficos para reduzir os efeitos negativos de agentes
patogênicos e promover respostas positivas em plantas, é uma prática tradicional, que aliada a
novos conhecimentos da microbiologia, é atualmente muito estudada, para o controle de
fitopatógenos (VINALE et al., 2008).
Para tornar o uso dos agentes de controle biológico mais efetivo para o controle de
doenças de plantas, é preciso entender como os agentes atuam e quais são as suas limitações
(HOWELL, 2003). Estes mecanismos são variados e complexos, e o efeito final, resultante de
diferentes mecanismos (HOWELL, 2003).
Na busca de alternativas para o controle da podridão branca da haste, o controle
biológico vem ganhando espaço, com a utilização de microrganismos antagonistas. Existem,
porém, mais de 30 espécies de fungos e de bactérias com efeitos antagônicos ao fungo
Sclerotinia sp., os quais parasitam escleródios e previnem sua formação, ou reduzem a
germinação carpogênica e, com isso, acarretam uma redução do potencial de inóculo. Entre os
fungos antagonistas a esse patógeno encontram-se: Trichoderma sp. (DAVET, 1988);
Gliocladium roseun (PHILLIPS, 1986) e Coniothyrium minitans (HUANG, 1980; ADAMS,
1979).
Devido a seu amplo espectro de ação, propriedades físico químicas e a versatilidade na
adaptação aos mais diversos ambientes, fungos antagônicos do gênero Trichoderma (Pers.)
vêm sendo largamente estudados como agentes de biocontrole de diversos fungos
fitopatogênicos (SILVA, 2000).
7
2.4 Trichoderma spp.
No Brasil, o primeiro registro do uso do Trichoderma como agente de controle
biológico de doenças de plantas foi em 1950, quando Forster (1950) descreveu a inativação do
vírus do mosaico do fumo (TMV) por filtrados da cultura de Trichoderma sp.
Três fatores são importantes para a obtenção de resultados eficazes com os agentes de
biocontrole: linhagens efetivas no campo contra diversos fitopatógenos, baixo custo de
produção envolvendo as formulações eficientes e forma, dose e épocas de aplicação
(POMELLA; RIBEIRO, 2009).
O Trichoderma spp. está entre os agentes de controle biológico mais estudados e
comercialmente vendidos como biopesticidas, biofertilizantes e inoculantes de solo
(HARMAN, 2000; HARMAN et al., 2004).
Devido aos benefícios do controle biológico, percebe-se que o mercado busca formas
mais seguras para utilizar estes produtos. Em 2007, no Brasil, cerca de 550 toneladas de
produtos à base de Trichoderma foram utilizadas, o que seria equivalente a uma área tratada
de 600.000 hectares de lavouras. Se for considerada somente a área de soja plantada no país
(22 milhões de hectares), observa-se que este mercado tem grande potencial de evolução
(POMELLA; RIBEIRO, 2009).
Para a agricultura, além do controle de patógenos, o uso de Trichoderma spp. pode
oferecer várias vantagens como: decomposição de matéria orgânica, uma microflora
competitiva/deletéria através da colonização da rizosfera e melhoria da sanidade e
crescimento das plantas (HARMAN et al., 2004).
2.4.1 Descrição do gênero
Microrganismos que são antagonistas a fungos fitopatogênicos têm sido usados para
controle de doenças, e 90% de tais aplicações é realizada com diferentes cepas do fungo
Trichoderma (BENITEZ et al., 2004). A maioria destas cepas é classificada como fungos
imperfeitos uma vez que não têm sido associados a nenhum estágio sexual conhecido, durante
a sua identificação e manipulação (KUBICEK; HARMAN, 1998; HOWELL, 2003;
BENITEZ et al., 2004; HARMAN et al., 2004). Esse hiperparasita tem a fase sexuada no
Phylum Ascomycota, Classe Euasmycetes, Ordem Hypocreales, Família Hypocreaceae,
gênero Hypocrea (MONTE, 2001). Espécies de Hypocrea e gêneros altamente relacionados
dentro de Hypocreales têm anamorfos como Trichoderma. Pesquisas têm relacionado um
8
grande número de teleomorfos de Hypocrea à anamorfos de Trichoderma (KUBICEK;
HARMAN, 1998), cuja sequência de transcrição de DNA ribossomal tem revelada esta
proximidade taxonômica (HERMOSA et al., 2000).
Portanto, Trichoderma é normalmente classificado como um gênero imperfeito,
pertencente à Subdivisão Deuteromicotyna, ordem Hifomicetes e família Moniliaceae
(MELO, 1991). Em 1794, o gênero Trichoderma foi descrito por Persoon, incluindo quatro
espécies na descrição, e em 1969 foi reclassificado por Rifai. A partir daí, um maior número
de espécies foi agregado ao gênero, chegando à atualidade com cerca de 83 taxons (espécies,
formas e variedades), incluindo Trichoderma e Hypocrea (SAMUELS, 2006). Na fase
teleomórfica, o gênero Hypocrea é classificado como ascomiceto da ordem Hypocreales, onde
predomina uma etapa sexual. A segunda fase, denominada anamórfica, prevalece uma etapa
assexual, que parece ser independente da fase teleomórfica, seja em nível de indivíduo ou de
população ou durante manipulações in vitro (HARMAN et al., 2004).
As espécies do gênero Trichoderma apresentam micélio constituído de hifas hialinas
muito ramificadas e de parede lisa. Em meio de cultura, as colônias apresentam, inicialmente,
superfície lisa e quase translúcida, tornando-se posteriormente flocosas e quase compactas
(ETHUR, 2006). O crescimento rápido em culturas, a produção de um micélio aéreo esparso,
o tipo de ramificação dos conidióforos e o modo de disposição das fiálides são características
utilizadas para distinguir as espécies desse gênero (BISSET, 1991). Porém, os poucos
caracteres morfológicos disponíveis são variáveis, em certa medida, levando a sobreposição
entre as espécies, o que torna a identificação das espécies de Trichoderma notoriamente difícil
(SAMUELS, 2006). Com isso, a análise macromolecular baseada nos ácidos nucléicos (DNA)
tem sido usada para diferenciar entre e dentro dos agregados de Trichoderma, podendo
demonstrar a diversidade genética de isolados individuais (HERMOSA et al., 2000).
2.4.2 Distribuição geográfica de Trichoderma spp.
Espécies do gênero Trichoderma são de ocorrência generalizada, facilmente isoladas
de solo, madeira em decomposição e outras formas de matéria orgânica vegetal
(PAPAVIZAS, 1985; HOWELL, 2003; HARMAN et al., 2004), sendo frequentemente
componentes dominantes da microflora do solo em grande variedade de habitats (KUBICEK;
HARMAN, 1998). Caracteristicamente, eles são cosmopolitas e saprófitas, podendo, porém,
ser também micoparasitas (KUBICEK; HARMAN, 1998). Por serem saprófitas, são hábeis
em crescer sobre uma variedade de hidratos de carbono complexos e substratos nitrogenados,
9
tendo uma marcante habilidade biossintética, ilustrado pela capacidade da maioria das
espécies em crescer em meios simples (KUBICEK; HARMAN, 1998).
Apesar de ser considerado um fungo de solo de vida livre, universalmente presente
neste meio, em todas as zonas climáticas, algumas espécies podem ser cosmopolitas (ex., T.
harzianum) ou limitadas na sua distribuição geográfica (ex., T. viride). Trichoderma
stromaticum tem possivelmente a distribuição mais restrita, é encontrado apenas associado à
plantas de cacau ou ao agente patogênico Crinipellis perniciosa, causador da vassoura de
bruxa no cacau (SAMUELS, 2006).
A temperatura possui grande influência na distribuição das espécies de Trichoderma.
Espécies
de
regiões
frias,
como
Trichoderma
oiride,
Trichoderma
polysporum
(DANIELSON; DAVEY, 1973) e Trichoderma minutisporum (SAMUELS, 2006) apresentam
temperatura ótima de desenvolvimento ao redor de 7°C. Já Trichoderma koningii e
Trichoderma hamatum suportam até 35°C; Trichoderma harzianum, 38°C e Trichoderma
pseudokoningii e Trichoderma satwnisporum, 40°C. Essas espécies são mais comuns em
regiões de clima tropical, suportando uma maior amplitude de variação de temperatura,
consequentemente são as que possuem maior distribuição. Outros fatores como umidade,
nutrientes, pH, tipo de solo, microbiota, aeração e teor de matéria orgânica influenciam na
distribuição das espécies deste gênero (DANIELSON; DAVEY, 1973), assim como na
sobrevivência no solo ou em substrato (HOWELL, 2003).
2.4.3 Trichoderma spp. como agente decompositor
O biocontrole pode também resultar numa interação direta entre o patógeno e o agente
de biocontrole, mecanismo conhecido como micoparasitismo, no qual os nutrientes do
patógeno são utilizados pelo agente de biocontrole (LUCON, 2000). Este mecanismo envolve
contato físico, síntese de enzimas hidrolíticas, com compostos tóxicos e/ou antibiose atuando
sinergisticamente com as enzimas (LORITO et al., 1993; BENITEZ et al., 2004). As enzimas
envolvidas nestes processos são de considerável importância comercial, existindo variação na
habilidade de vários Trichoderma do solo em degradar diferentes materiais vegetais
(KUBICEK; HARMAN, 1998).
Trichoderma é conhecido pela sua alta capacidade em produzir enzimas que degradam
celulose e quitina (MELO, 1991; HARMAN et al., 2004). Nas Filipinas, T. harzianum é
inoculado em pilhas de compostagem para acelerar a degradação da celulose
(BENGWAYAN, 2007). Trichoderma reesei foi considerado, segundo Samuels (2006), como
10
a melhor espécie conhecida para a produção comercial de celulase. Além da celulose e
quitina, Trichoderma spp. são capazes de degradar hidrocarboneto, cloranfenicol,
polissacarídeos e pesticidas xenobióticos usados na agricultura (HOWELL, 1998; HARMAN
et al., 2004). Eis um bom argumento para aumentar a utilização do Trichoderma spp., já que
questões relacionadas a problemas ambientais e ao custo de produção são as principais razões
para a atual expansão do mercado de controle biológico no país (BETTIOL; MORANDI,
2009).
2.4.4 Trichoderma spp. no crescimento vegetal
Algumas espécies de Trichoderma podem aumentar a germinação e a emergência de
sementes (MELO, 1998) e exercer efeitos positivos indiretos com a promoção do crescimento
da planta (KLEIFELD; CHET, 1992; YEDIDIA et al., 2001). Isto se dá numa relação
aparentemente simbiótica e não parasítica, entre o fungo benéfico e a planta, onde o agente de
controle biológico ocupa o nicho nutritivo e a planta é protegida de doenças. Após
desenvolver-se na espermosfera, Trichoderma spp. pode ser utilizado na inoculação de
sementes, pois acaba acompanhando o desenvolvimento do sistema radicular da planta
(HARMAN, 2000) contribuindo para o pioneirismo do fungo nessa estrutura (CHAO et al.,
1986). A capacidade do fungo em colonizar as raízes é um fator fundamental para sua
interferência no crescimento e na produtividade da planta (HARMAN, 2000; SAMUELS,
2006). Kleifeld e Chet (1992) verificaram que aplicação de Trichoderma spp. aumentou
significativamente a porcentagem de germinação, o peso seco de plântulas e a área foliar de
plantas de pimentão.
Ao estudar fungos associados à sementes de cevadilha vacariana, Bromus auleticus,
coletadas nas plantas e no solo, Silva e colaboradores (2007) concluiram que Trichoderma
spp. cumpre uma função específica na regeneração natural da planta, atuando no sentido de
preservar a sanidade das sementes durante sua vida no solo, e constituindo uma relação de
mutualismo. O potencial de Trichoderma também foi relatado por Lynck (1992) como agente
biológico na agricultura, estimulando o desenvolvimento de plantas, visto que proporcionou
aumento de 54% a 100% em plantas de alface, quando incorporado ao composto utilizado na
adubação. Melo (1996), utilizando duas linhagens mutantes de T. koningii hiperprodutoras de
celulase e antagônicas a Sclerotinia sclerotiorum, observou aumento na emergência e no peso
seco dos pepineiros. Sementes de milho inoculadas com T. harzianum resultaram em plantas
com maior acúmulo de matéria seca nas raízes (RESENDE et al., 2004). Em plantas jovens de
11
milho, os pêlos radiculares são colonizados por hifas de T. harzianum que se estabelecem nas
raízes, crescendo junto com o sistema radicular e permanecendo funcional durante todo o
ciclo da cultura anual (HARMAN, 2000). A promoção de crescimento vegetal ocasionada por
Trichoderma spp. pode envolver alguns fatores ainda pouco esclarecidos, como a produção de
hormônios e vitaminas, conversão de materiais a uma forma útil para a planta, absorção,
disponibilização e translocação de minerais e controle de patógenos (MELO, 1991). Espécies
de Trichoderma produzem ácidos orgânicos que reduzem o pH do solo e permitem a
solubilização de fosfato, micronutrientes e minerais como ferro, manganês e magnésio, úteis
para o metabolismo da planta (HARMAN et al., 2004). Segundo Ethur et al. (2005), a
variabilidade entre os isolados de Trichoderma spp., quanto à interferência no crescimento de
vegetais, consiste, principalmente, na produção de metabólitos secundários e na sua
capacidade de ser competitivo na rizosfera.
Uma direta interação planta-fungo pode ser responsável pelo aumento de resposta de
crescimento, assim como por outras respostas na planta (YEDIDIA et al., 2001). Embora não
seja o mecanismo mais importante associado à espécies de Trichoderma potenciais agentes de
controle biológico, esta ação é extremamente relevante por poder contribuir para a maior
tolerância das plantas a doenças por meio do aumento no crescimento da raiz ou parte aérea,
resistência a estresses bióticos ou abióticos, e mudanças no status nutricional da planta
(HOWELL, 2003).
2.4.5 Tratamento de sementes com Trichoderma spp.
As sementes infectadas constituem um dos mais eficientes meios de disseminação de
patógenos de plantas. Semente contendo estruturas de patógeno em sua superfície ou interior
é fonte primária de inóculo, desempenhando papel fundamental na transmissão ou introdução
de doenças num novo ambiente de cultivo. O uso de lotes de sementes contaminadas, mesmo
que em baixas proporções, pode resultar em graves epidemias no campo, e ainda afetar
diretamente a produtividade e o rendimento da cultura, ainda que não ocorra a morte total das
plantas (AGRIOS, 2005; CARMO et al., 1996).
Entre as principais doenças fúngicas da cultura da soja transmitidas por sementes estão
Antracnose (Colletotrichum truncatum), Mancha púrpura da semente (Cercospora kikuchii),
Cercosporiose (Cercospora sojina), Phomopsis (Phomopsis spp.), Fusarium (Fusarium
semitectum), Canco da haste (Diaporthe phaseolorum), Aspergillus (Aspergillus spp.),
12
Penicilium (Penicillium spp.), Mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum) (EMBRAPA SOJA,
2010) e Macrophomina phaseolina (JULIATTI et al., 2004).
O tratamento de sementes pode ser entendido como qualquer operação que envolva as
sementes, visando melhoria ou garantia de seu desempenho em condições de cultivo
(MACHADO, 2000). Pode ser feito pela aplicação de produtos de natureza química,
biológica, nutricional ou hormonal, de processos como embebição ou secagem, ou de distintas
formas de energia como a irradiação, calor, magnetismo ou eletricidade (GIMÉNEZSAMPAIO; SAMPAIO, 1994). Visando o controle, pode ser feito pela aplicação de
procedimentos que resultem na eliminação do inóculo associado às sementes, proteção das
sementes e da parte aérea contra ataque de patógenos presentes no solo e prevenção da
transmissão e disseminação de inóculo (MACHADO, 2000).
A semente em germinação e o solo ao seu redor representam um rico habitat para o
desenvolvimento de microrganismos e o estabelecimento dos mesmos (NELSON, 2004). A
maior parte dos trabalhos com tratamento biológico de sementes visa principalmente controlar
os patógenos que causam as podridões de sementes, o tombamento, a morte das plântulas e as
podridões radiculares, sendo verificada também ação sobre o crescimento das plantas
relacionado com a inibição de patógenos secundários da rizosfera (LUZ, 1993).
O tratamento biológico pode ser feito através da inoculação direta nas sementes ou
através da sua adição no substrato utilizado na produção de mudas, com a vantagem de uma
ação residual de proteção mais prolongada que os tratamentos químico e térmico,
principalmente se o microrganismo protetor encontrar condições favoráveis ao seu
desenvolvimento e estabelecimento no solo (MACHADO, 2000).
É possível obter a interação entre tratamento químico e biológico de sementes, para
estender o período de proteção das sementes às podridões radiculares. Após o fim do efeito
residual do fungicida sintético aplicado às sementes, T. harzianum pode prolongar a proteção
de raízes (LOBO JÚNIOR et al., 2009a).
Lifshitz et al. (1985, 1986) elucidaram o mecanismo básico do biocontrole
do
tratamento de sementes com Trichoderma spp. o qual produz um antibiótico suficientemente
cedo para conferir proteção ao embrião durante o período de suscetibilidade às doenças.
2.4.6 Trichoderma spp. como agente biocontrolador
Evidências sugerem que Trichoderma spp., além de saprófitas e simbiontes, podem ser
oportunistas e parasitas de outros fungos (SAMUELS, 2006). Com base nisso, as interações
13
de espécies desse gênero com vários fitopatógenos de diferentes culturas têm sido objeto de
estudo de muitas pesquisas. O uso de Trichoderma spp. já foi documentado para o controle de
Rhizoctonia solani, Sclerotium rolfsii, Sclerotinia sclerotiorum, Fusarium spp. e Pythium spp.
(MELO, 1998). Trichoderma virens é efetivo contra damping-off causado por S. sclerotiorum
(HUANG et al., 2000), Pythium ultimum e Rhizoctonia solani Kühn (LUMSDEN; LOCKE,
1989). No algodão, a atividade de supressão tem sido relatada contra Rhizoctonia solani
(HOWELL, 1982), Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum (ZHANG et al., 1996). No cacau,
T. stromaticum é eficaz no controle de Crinipellis perniciosa, patógeno causador da vassoura
de bruxa (SANOGO et al., 2002; SAMUELS, 2006). Foi verificado potencial antagônico in
vitro de Trichoderma spp. a Fusarium graminearum e Phytophthora capsici (REZENDE et
al., 2009), Colletotrichum graminicola e Rhizoctonia solani (CAIRES et al., 2009),
Sclerotinia sclerotiorum e Sclerotium rolfisii (SAGATA et al., 2009) e Macrophomina
phaseolina (SILVA et al., 2009).
Do ponto de vista do biocontrole, T. harzianum e T. asperellum são as espécies mais
estudadas além de outras espécies como T. koningii, T. viride, T. hamatum, e T.
pseudokoningii. Esse gênero apresenta características essenciais para um agente de controle
biológico, como ausência de impacto negativo ao meio ambiente, presença de estruturas de
reprodução de fácil propagação, principalmente em substratos naturais (SPIEGEL; CHET,
1998), capacidade de sobreviver em ambientes desfavoráveis, além de conter populações de
patógenos em condições de solo diferentes (VINALE et al., 2008).
Apesar dos esporos não apresentarem ação direta comprovada na ação de biocontrole
(LEWIS; PAPAVIZAS, 1984), a utilização do Trichoderma spp. na forma comercial, para o
controle de fitopatógenos, é realizada à base de esporos de várias espécies do gênero, como T.
asperellum, T. harzianum, T. polysporum e T. reesei. A atividade de biocontrole é relatada
para populações de Trichoderma de 105 – 107 ufc/g crescidas em meio controlado, como solo
fumigado (LEANDRO et al., 2007) e aplicado no solo em porções de um litro/m2, com 108
esporos/litro (MELO, 1991). Segundo Melo (1996), os conídios e clamidósporos de
Trichoderma são formulados e utilizados para o tratamento de solos, sementes, bulbos e
estolões, e ainda, pulverizados na parte aérea das plantas.
14
2.4.7 Mecanismos de ação de Trichoderma spp. no biocontrole
2.4.7.1 Competição
As interações competitivas entre Trichoderma e outros microrganismos são
complexas. O biocontrole com uso de cepas de Trichoderma spp. resulta tanto da competição,
na qual a demanda por nutrientes ou espaço excede o suprimento imediato (LUCON, 2000;
BENITEZ et al., 2004), como da habilidade de Trichoderma em produzir e/ou resistir a
metabólitos que impedem germinação de esporos (fungistase), mata a célula (antibiose) ou
modifica a rizosfera, por exemplo, pela acidificação do solo, restringindo o crescimento dos
patógenos (BENITEZ et al., 2004).
Segundo Harman et al. (2004), Trichoderma sp. compete por exsudados liberados
pelas sementes durante a germinação que estimulam a germinação de propágulos de fungos
fitopatogênicos. Competição por carbono, nitrogênio e outros fatores de crescimento,
somados à por espaço ou sítios específicos de competição, também são formas utilizadas pelo
Trichoderma para controlar populações de fitopatógenos (VINALE et al., 2008). Trichoderma
também possui grande capacidade de mobilizar nutrientes do solo tornando-se mais eficiente
e competitivo que outros microrganismos.
2.4.7.2 Antibiose
No mecanismo de antibiose, Trichoderma spp. produz metabólitos secundários com
atividade biológica. Estes metabólitos incluem um variado grupo de compostos naturais
quimicamente diferentes, possivelmente relacionados à sobrevivência do organismo produtor,
como simbiose, transporte metálico, diferenciação além de antibióticos capazes de inibir o
crescimento microbiano (VINALE et al., 2008). Diferentes cepas chegam a produzir mais que
100 tipos de metabólitos com potencial antifúngico (HARMAN et al., 2004), sendo a
capacidade de biocontrole possivelmente correlacionada à produção de antibióticos.
Isolados de Trichoderma são conhecidos por produzirem metabólitos voláteis e não
voláteis, como acetaldeído e etanol sob influência de fatores nutricionais (GEYPENS, 1977),
como pirona (CLAYDON et al., 1987), entre outros antibióticos (HOWELL, 2003;
PAPAVIZAS, 1985), que por sua vez são relatados como tendo ação inibidora e antagonista
sobre diversos microrganismos (MELO, 1991).
15
A capacidade para produzir esporos e enzimas degradadoras de parede celular, além
do seu efeito fungicida pode variar entre espécies e entre isolados da mesma espécie
(MARTINS-CORDER; MELO, 1998). O arsenal antifúngico de Trichoderma inclui grande
variedade de enzimas líticas (ex.: exoglucanase, endoglucanase, glucanases, celobioase,
celulases, quitinases), a maior parte desempenhando um importante papel no controle
biológico (PAPAVIZAS, 1985; VINALE et al., 2008). São capazes de parasitar e destruir até
mesmo as estruturas de resistência dos fitopatógenos, como os escleródios de Sclerotinia
sclerotiorum. A nutrição obtida destas fontes pode também afetar o grau de hiperparasitismo
(MELO, 1991).
2.4.7.3 Hiperparasitismo
A ação do fungo no biocontrole de fitopatógenos ocorre devido aos mecanismos de
hiperparasitismo, antibiose e competição ou uma combinação desses. De todos os
mecanismos de controle de doenças de plantas, o micoparasitismo é o mais complexo e com o
maior número de etapas envolvidas (LIMA et al., 1998). A interação micoparasita se inicia
por quimiotropismo, quando substâncias químicas produzidas pelo patógeno estimulam o
crescimento das hifas do antagonista na sua direção (CHET et al., 1988).
Conídios de T. harzianum, até mesmo em baixas condições nutricionais, requerem
apenas de 14 a 18 horas para completar a germinação e iniciar o crescimento micelial, e em
pouco tempo colonizar a superfície da planta o bastante para efetivar a interceptação da
germinação do patógeno (LIFSHITZ et al., 1986).
Ao entrarem em contato, lectinas do potencial hospedeiro, neste caso o patógeno, se
ligam a carboidratos da parede celular do Trichoderma (ELAD et al., 1983). Esta ligação
química provoca uma transdução de sinal, com a ativação de proteínas G, que irão induzir o
aumento de adenosina monofosfato cíclico (AMPc) intracelular. O AMPc atua como segundo
mensageiro, provocando divisão nuclear e rearranjo de citoesqueleto, induzindo o
enrolamento do micélio do antagonista ao redor das hifas do hospedeiro e a formação de
apressórios e estruturas em formato de gancho (OMERO et al., 1999).
Acredita-se que, após o reconhecimento e a resposta morfológica ao hospedeiro, um
decréscimo nos níveis de AMPc induzem a expressão enzimática do antagonista (ROCHARAMÍREZ et al., 2002; SILVA et al., 2004). A penetração de Trichoderma no lúmen das
hifas do hospedeiro irá depender da taxa de secreção de enzimas hidrolíticas extracelulares,
que degradam a parede celular do fungo e geram orifícios no local dos apressórios, permitindo
16
a invasão do interior do corpo do hospedeiro. A secreção enzimática constitui uma etapa
essencial no biocontrole de fungos (HARAN et al., 1995).
Embora existam muitos relatos da ação de Trichoderma sobre fitopatógenos,
principalmente micoparasitismo e/ou antibiose, resultados práticos de biocontrole são menos
frequentes devido a variações nas respostas e a interferência de vários fatores (HOWELL,
2003).
2.4.8 Interação Trichoderma spp., plantas e patógenos
A supressão de uma doença mediada por agentes de biocontrole e o êxito do
controlador é a consequência das interações entre plantas, agentes patogênicos e a
comunidade microbiana presente no ecossistema solo. Deste modo, compreender as relações
entre organismos está entre os fatores fundamentais para a manutenção do equilíbrio natural
das populações e dos ciclos biológicos (SCHAFER; KOTANEN, 2003).
Em adição à habilidade de Trichoderma em promover o crescimento de plantas,
disponibilizar nutrientes e oferecer proteção contra fitopatógenos, também pode induzir
resistência sistêmica e localizada (YEDIDIA et al., 1999; HARMAN et al., 2004). Neste caso,
os agentes de biocontrole estimulariam os mecanismos de autodefesa do vegetal (YEDIDIA et
al., 2001; BENITEZ et al., 2004), com respostas à presença do antagonista resultando em
mecanismos de resistência induzida à patógenos (LUCON, 2000; HARMAN et al., 2004).
De acordo com Howell e colaboradores (2000), pesquisas sobre o mecanismo de
biocontrole do agente Trichoderma virens para suprimir Rhizoctonia solani em sementes de
algodão mostram que micoparasitismo e produção de antibióticos não são os maiores
contribuidores para o sucesso do controle biológico. Segundo os autores, um possível
mecanismo para atividade de biocontrole em Trichoderma spp. é o estímulo à resposta de
defesa do hospedeiro a fitopatógenos. Uma variedade de cepas de T. virens, T. asperellum, T.
atroviride e T. harzianum são capazes de induzir mudanças metabólicas nas plantas
aumentando a resistência a uma ampla taxa de patógenos. As espécies de Trichoderma são
capazes de ativar a expressão de genes, denominados elicitors ligados a sistemas de resposta
de defesa da planta (HARMAN et al., 2004).
Alguns isolados de Trichoderma spp. induzem resistência sistêmica nas plantas
ativando a síntese de proteínas relacionadas à patogênese, antes mesmo que o patógeno
invada a planta hospedeira (HARMAN et al., 2004). Para a elucidação dos caminhos que
envolvem a indução de resistência, muitos progressos têm ocorrido. Em muitos casos, o ácido
17
salicílico e o ácido jasmônico, juntamente com o etileno ou óxido nitroso, induzem uma
cascata de eventos que provocam a produção de uma grande variedade de metabólitos e
proteínas com diversas funções na planta, modificando o proteoma vegetal (HARMAN et al.,
2004). Fungos semelhantes a Trichoderma hamatum 382 (T 382) não possuem esse efeito
(ZHANG et al., 1996), o que não compromete o controle de fitopatógenos, já que os
mecanismos pelos quais microrganismos rizosféricos induzem resistência sistêmica nas
plantas são diferentes (HARMAN et al., 2004).
Sementes de algodão tratadas com T. virens, efetivo no biocontrole, desencadeiam na
planta uma resposta de defesa durante o desenvolvimento das raízes da plântula. Uma parte
desta resposta se deve ao estímulo da síntese de terpenóides no sistema radicular, que é a
porção da planta colonizada pelo agente de biocontrole. A síntese de terpenóides pela planta
hospedeira se deve à colonização e penetração da epiderme e do tecido cortical da raiz
(HOITINK et al., 2006). As classes de diferentes metabólitos, como proteínas e compostos de
baixo peso molecular, produzidos por espécies de Trichoderma, também podem atuar como
indutores de resistência (HARMAN et al., 2004). O grau de proteção promovido por isolados
de Trichoderma spp. que induzem resistência sistêmica em plantas, pode ser tão efetivo como
os fungicidas (HOITINK et al., 2006). Por exemplo, o controle de Phytophthora capsici por
Trichoderma harmatum – T 382 e solução de metalaxyl (KHAN et al., 2004).
A habilidade de Trichoderma spp. em promover um controle sistêmico da doença
pode ser afetada conforme alguns fatores, como o tipo de substrato, podendo variar o grau de
supressão obtido. O controle de doenças foliares por Trichoderma spp. foi mais efetivo em
plantas crescidas em meio enriquecido com composto, que em substrato de musgo, o qual não
promove o crescimento de microrganismos (HOITINK et al., 2006). Dentre 500
microrganismos rizosféricos isolados de dois de 80 lotes diferentes de compostos,
naturalmente supressivos de doenças foliares, Trichoderma harmatum – T 382 foi
identificado como o promotor do grau mais significativo de controle de doenças foliares (SID
AHMED et al., 2000).
A busca pela melhoria na qualidade dos produtos biológicos deve ser constante, tanto
por meio de testes com novas formulações, como pela avaliação de métodos de aplicação.
Estudos devem ser conduzidos objetivando aprimorar a sua recomendação, quanto a dosagem
para as diferentes culturas, compatibilidade com defensivos agrícolas, intervalo e horário de
aplicação (POMELLA; RIBEIRO, 2009).
18
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Obtenção dos isolados de Trichoderma spp.
A maioria das etapas de laboratório foi desenvolvida no Laboratório de Micologia e
Proteção de Plantas (LAMIP), do Instituto de Ciências Ambientais e Agrárias, da
Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
O isolamento do fungo foi feito a partir dos produtos comerciais à base de
Trichoderma spp. Na Tabela 1, encontra-se a descrição dos bioprodutos avaliados. A ficha
técnica dos produtos utilizados nos experimentos encontra-se no Anexo A.
TABELA 1- Descrição dos produtos biológicos, ingrediente ativo/microrganismo,
formulação, concentração declarada no rótulo e empresa fabricante. Uberlândia-MG, 2011.
Bioprodutos
Agrotrich
Ecotrich
Ingrediente Ativo /
Microrganismo
Trichoderma spp.
T. harzianum
T. asperellum
Quality
Trichodermil
T. harzianum
Formulação
PM
WP
WG
SC
Concentração
Empresa
Declarada
Fabricante
1,0 x 10
8*
Agrihaus
5,0 x 10
10*
Ballagro
1,0 x 10
10*
Lab. Biocont. Farroupilha
2,0 x 10
9**
Itaforte
*unidade formadora de colônia (ufc) mL-1 ou ufc g-1
**conídios viáveis mL-1
Fonte: a autora.
3.1.1 Avaliação da qualidade dos bioprodutos
A verificação da qualidade dos bioprodutos torna-se importante e indispensável visto a
quantidade de produtos disponíveis no mercado. Apesar de não existir uma padronização nas
metodologias, a avaliação dos produtos é feita por basicamente três critérios: concentração na
placa, contagem de esporos e viabilidade. A verificação da contaminação por bactérias
também é importante já que a presença delas diminui a vida útil do produto.
3.1.1.1 Avaliação da concentração dos bioprodutos
Para a análise da concentração na placa de esporos dos bioprodutos realizou-se
diluições seriadas dos produtos em água destilada e autoclavada, as quais foram distribuídas
em placas de Petri contendo meio Batata-Dextrose-Ágar (BDA), sendo incubadas por 5 dias a
19
22 ± 2°C, com fotoperíodo de 12horas, para posterior contagem do número das colônias
formadas. Também foi verificada a concentração pela contagem de esporos na Câmara de
Neubauer em microscópio de luz.
3.1.1.2 Avaliação da viabilidade (% germinação) dos bioprodutos
A viabilidade é determinada através da porcentagem de germinação dos esporos, que
foi analisada após 24 horas, através da contagem de esporos viáveis e inviáveis em placa de
Petri com meio de cultura BDA, média de duas repetições por placa. Foram considerados
esporos viáveis aqueles que emitiram o tubo germinativo de tamanho igual ou maior que o
tamanho do próprio esporo.
3.1.1.3 Avaliação da contaminação dos bioprodutos
Para a análise de contaminação por bactérias, as diluições foram plaqueadas em meio
Triptona-Soja-Ágar (TSA) (ARAÚJO et al., 2001) modificado. Após 48 horas contou-se o
número de colônias ou ufc (unidades formadoras de colônias), por mL ou g.
Os testes foram realizados em delineamento de blocos casualizados, com quatro
repetições. Os dados obtidos para porcentagem de germinação e contaminação por bactérias
foram submetidos ao programa Sisvar para análise de variância e teste de Tukey, a 5% para
comparação das médias.
3.2 Verificação da capacidade antagonista em cultura pareada dos isolados de
Trichoderma spp. contra Sclerotinia sclerotiorum, in vitro
A verificação do antagonismo dos isolados de Trichoderma spp. contra o patógeno S.
sclerotiorum foi realizada utilizando-se a metodologia adaptada de cultura pareada descrita
por Mello et al. (2007). Foi utilizado o isolado de S. sclerotiorum proveniente de Jataí-GO
(GARCIA, 2008), pertencente ao LAMIP, considerado muito agressivo.
Discos de ágar contendo micélio do patógeno e do antagonista (5 mm de diâmetro)
foram retirados de colônias com três dias de cultivo e depositados, simultaneamente, em
extremidades opostas das placas de Petri com 9 cm de diâmetro, contendo meio BDA
solidificado. As placas foram incubadas a 22 ± 2°C com fotoperíodo de 12 horas (BARDIN;
HUANG, 2001).
20
Após sete dias de cultivo, avaliou-se o crescimento micelial dos fungos, conforme
escala proposta por Bell et al. (1982), modificada. De acordo com esta foi desenvolvida uma
escala diagramática (Figura 1), através do programa Quant (VALE et al., 2003), na qual os
isolados foram classificados de acordo com a área da placa ocupada pelo antagonista e pelo
patógeno.
Os experimentos foram realizados com quatro repetições, em delineamento de blocos
casualizados. Considerou-se o isolado como antagônico ou eficiente quando sua nota era
menor ou igual a 3,0 (acima de 50% da superfície da placa ocupada com o crescimento de
Trichoderma spp.). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e teste de
Tukey, a 0,05 de significância, para comparação das médias.
FIGURA 1- Escala diagramática para avaliação dos testes de culturas pareadas, de acordo
com escala proposta por Bell et al. (1982), modificada.
Fonte: a autora.
3.3 Verificação do hiperparasitismo de Trichoderma spp. sobre S. sclerotiorum
A verificação do hiperparasitismo foi realizada na Escola Superior de Agricultura
“Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP), no Núcleo de Apoio à Pesquisa em Microscopia Eletrônica
aplicada à Pesquisa Agropecuária (NAP/MEPA).
21
Para o estudo das interações entre o patógeno e o antagonista, discos de micélio (5 mm
de diâmetro) da região de confronto entre as colônias dos dois fungos foram retirados após 7
dias de cultivo pareado e submetidos ao procedimento, descrito por Bossola e Russel (1998),
adaptado por Tanaka e Kitajima (2009), onde os discos foram tratados com solução fixadora
de Karnovsky modificada (glutaraldeído 2,5% e paraformaldeído 2%, em tampão cacodilato
0,05 M a pH 7,2) para fixação, a 4°C, durante 17 horas, seguido de 4 lavagens com tampão
cacodilato 0,05 M (pH 7,2) e pós-fixados durante 1 hora, a 4°C, com tetróxido de ósmio
(OsO4) 1% em tampão cacodilato 0,01 M (pH 7,2). Em seguida, as amostras foram lavadas
três vezes com água destilada, e desidratadas em gradiente crescente de acetona (30, 50, 70,
90 e 100%) permanecendo cerca de 10 minutos em cada uma e na solução a 100%, tal
procedimento foi repetido por 3 vezes.
Para secagem ao ponto crítico, utilizou-se dióxido de carbono no secador Balzers
Critical Point Drayer CPO 050. As amostras foram, então, montadas sobre stubs de alumínio
e metalizadas com ouro (20 nm/180 segundos) em evaporador de ouro MED 010 da Balzers.
As visualizações foram realizadas ao microscópio eletrônico LEO 435 VP, com o
objetivo de observar o comportamento das hifas dos isolados de Trichoderma spp. sobre o
patógeno. Todas as repetições de pareamento de culturas representativas dos quatro isolados
do antagonista foram incluídas neste estudo.
3.4 Teste de compatibilidade entre fungicidas e produtos biológicos
3.4.1 Compatibilidade dos isolados de Trichoderma spp. plaqueados em meio de cultura
contendo fungicidas
O efeito de fungicidas sobre os isolados de Trichoderma spp. foi avaliado pelo
crescimento do antagonista na presença dos mesmos. A adição dos fungicidas foi feita no
meio de cultura BDA, depois de autoclavado e ainda líquido (±40ºC), de modo que a
concentração final do produto foi estabelecida considerando o volume de meio utilizado.
Em seguida, o meio de cultura contendo os fungicidas foi vertido em placas de Petri e
a inoculação dos isolados de Trichoderma spp. foi feita com discos das colônias de 5 mm de
diâmetro, no centro da placa. As placas foram incubadas em câmara de crescimento, com
temperatura de 22 ± 2ºC, fotoperíodo de 12 horas, por 7 dias.
O delineamento foi de blocos casualizados em esquema fatorial 4x7x5 e uma
testemunha adicional, com 4 repetições. Foram utilizados os quatro produtos biológicos, sete
22
fungicidas (Tabela 2), em cinco concentrações (0,1; 1; 10; 100 e 1000 ppm), e a concentração
de 0 ppm correspondendo à testemunha, constituída apenas de BDA.
TABELA 2- Fungicidas, ingredientes ativos e concentração do ingrediente ativo. UberlândiaMG, 2011.
Fungicidas
(nome comercial)
Ingrediente Ativo (i.a.)
Concentração do i.a.
(g L-1 ou g kg-1)
Tiofanato metílico + Fluazinam
350 + 52,5
Frowncide
Fluazinam
500
Cercobin
Tiofanato metílico
500
Fipronil + T. metílico + Piraclostrobina
250 + 225 + 25
Carbendazim
500
Fludioxonil + Metalaxyl-M
25 + 10
Procimidona
500
Certeza
Standak Top
Derosal
Maxim XL
Sumilex
Fonte: a autora.
As avaliações foram feitas diariamente, durante sete dias, medindo-se o diâmetro das
colônias. Ao final de sete dias, calculou-se o índice de velocidade de crescimento (IVC) das
colônias, de acordo com Lilly e Barnett (1951). Os isolados de Trichoderma spp. foram
classificados quanto à seletividade dos fungicidas (Tabela 3).
x  0,5 e submetidos à análise de variância em
Os dados foram transformados em
que foi aplicado o teste de Scott-Knott, a 5%, para comparação das médias. Também foi feita
a análise de regressão, a 0,10 de significância.
TABELA 3- Níveis de seletividade dos fungicidas aos isolados de Trichoderma spp.
Uberlândia-MG, 2011.
Seletividade
Índice de Velocidade de Crescimento
0%
Símbolo
-
Ruim
0-25 %
+
Regular
25-50 %
++
Boa
Muito boa
50-75 %
75-100 %
+++
++++
Ausência
Fonte: a autora.
23
3.4.2 Compatibilidade entre produtos biológicos e fungicidas no tratamento de sementes
Nos experimentos com tratamento de sementes, foi utilizada a cultivar de soja
NK7074RR, considerada suscetível a S. sclerotiorum (CAIRES, 2011).
Para o teste de compatibilidade entre produtos biológicos e fungicidas no tratamento
de sementes, pesou-se 100g de sementes de soja em saquinho plástico. No tratamento das
sementes, foram utilizadas as doses recomendadas dos produtos químicos (citados no teste
anterior – Tabela 2) e dos biológicos por hectare. Pesou-se em um Becker o produto biológico
e adicionou-se água para dissolução do mesmo.
Enquanto isso, pipetou-se o fungicida
aplicando-o direto nas sementes e homogeneizando até todas absorverem bem o produto. Em
seguida, com auxílio de pipeta, transferiu-se a suspensão do produto biológico, previamente
preparada, para as sementes já tratadas com o fungicida, homogeneizando-as também até
todas as sementes absorverem bem o produto. Como testemunha, preparou-se uma amostra
tratando somente com o produto biológico.
Coletou-se amostra em três diferentes tempos de contato dos produtos nas sementes
para a avaliação da compatibilidade por plaqueamento:
1º: 0 hora. Início;
2º: Após 3 horas;
3º: Após aproximadamente 16 horas.
O delineamento do teste foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 4x7x3,
sendo 4 produtos biológicos, 7 fungicidas e 3 intervalos de tempo, com 4 repetições. Para
cada tempo, coletou-se 10 sementes em um tubo Falcon, adicionou-se 2 mL de água, agitouse por 1 minuto, pipetou-se 100µl, plaqueando-os em BDA 1/5 acidificado (um mL de ácido
láctico/L) e incubou-se as placas a 25°C por 16 a 20h.
Após o período de incubação, inibiu-se a germinação com 1 gota de solução azul de
algodão e lactofenol em dois pontos de cada placa, colocando-se uma lamínula sobre cada
gota e levou-se ao microscópio para fazer a leitura. Contou-se 100 esporos de cada campo e
registrou-se apenas os esporos germinados. O resultado da contagem foi apresentado em
porcentagem, sendo a média do número de esporos germinados a cada 100 esporos contados
em 2 pontos da placa de Petri. Os dados de germinação obtidos foram transformados em
x  0,5 , submetidos à análise de variância e teste de Scott-Knott, a 0,05 de significância,
para comparação das médias, e regressão a 10% de probabilidade.
24
Os gráficos apresentados no Anexo D representam o comportamento dos tratamentos
submetidos à análise de regressão linear simples, a 10% de probabilidade, onde os dados
foram plotados para obtenção da equação (y = a + bx), sendo (y) a porcentagem final de
germinação dos esporos dos isolados de Trichoderma spp., (x) as horas após o tratamento, (a)
a porcentagem inicial de germinação dos esporos e (b) a taxa de germinação dos esporos,
indicada pelo coeficiente de regressão. A taxa de crescimento ou diminuição da porcentagem
de germinação foi determinada por [(a * 100) / b].
3.5 Teste de sanidade de sementes de soja tratadas com Trichoderma spp.
Para testar a eficiência dos antagonistas no controle de patógenos de sementes de soja,
foi realizado o teste de sanidade, por meio do método Blotter test, em amostra de 200
sementes com e sem inoculação de S. sclerotiorum, divididas em oito subamostras, colocadas
em caixas de plástico tipo Gerbox, sobre três folhas de papel filtro esterilizadas e umedecidas
com água destilada e esterilizada.
Para a inoculação de S. sclerotiorum, as sementes foram acondicionadas por três dias
em placas de Petri contendo meio de cultura com o patógeno, quando se notou o crescimento
do micélio nas mesmas.
Em seguida, foram tratadas com a dose comercial dos produtos biológicos
recomendada pelos fabricantes e homogeneizadas a fim de se obter uma distribuição uniforme
dos produtos.
Após a aplicação dos tratamentos, as sementes foram incubadas à temperatura de 25 ±
2°C, em regime de 12 horas de iluminação com lâmpadas fluorescentes, durante sete dias.
O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4x2, sendo
4 produtos biológicos e 2 inoculações (sementes com e sem inoculação de S. sclerotiorum). O
parâmetro avaliado foi incidência de fungos nas sementes de soja nos diferentes tratamentos
com Trichoderma spp. e os resultados foram expressos em porcentagem. Os dados foram
transformados em
x  0,5 , submetidos à análise de variância e a comparação de médias
feitas através do teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade.
25
3.6 Teste de germinação de sementes de soja tratadas com Trichoderma spp.
A porcentagem de germinação corresponde à porcentagem de sementes que produzem
plântulas normais sob condições controladas em limites de tempo especificados (BRASIL,
2009).
Para verificar a ação dos antagonistas na germinação de sementes de soja, foi realizado
o teste padrão de germinação em esquema fatorial 4x2, sendo 4 bioprodutos e 2 inoculações
(sementes com e sem inoculação), em delineamento inteiramente ao acaso. Esse teste foi
composto de quatro repetições de 50 sementes, totalizando 200 sementes. O teste foi realizado
em rolo de papel (RP), composto de três folhas de papel-filtro de 28 x 38 cm, duas debaixo
das sementes e uma cobrindo-as, umedecido com água destilada e autoclavada equivalente à
2,5 vezes o peso do papel seco (BRASIL, 2009).
As sementes de soja foram incubadas durante oito dias em câmara de crescimento sob
fotoperíodo de 12 horas e temperatura de 25 ± 2°C.
Para o teste de germinação, foram feitas duas avaliações, uma ao quinto dia, para a
verificação do vigor das sementes (BRASIL, 2009) e contabilização das plântulas normais,
anormais, com mofo branco e com Trichoderma spp., e a segunda no oitavo dia, quando
também foram avaliadas porcentagem de sementes com a presença de estruturas de S.
sclerotiorum e Trichoderma com auxílio de uma lupa e porcentangem de plântulas anormais
sendo aquelas que não mostraram potencial para continuar seu desenvolvimento e dar origem
a plantas normais, com deficiências do tipo hipocótilo apodrecido, sem hipocótilo, hipocótilo
danificado e sem raiz primária (NAKAGAWA, 1999), mesmo crescendo em condições
favoráveis.
Os dados obtidos foram transformados em
x  0,5 e submetidos à análise de
variância e teste de Scott-Knott, a 5%, para comparação das médias.
3.7 Emergência em substrato e índice de velocidade de emergência
A semeadura ocorreu em bandejas de plástico, preenchidas com areia esterilizada. O
delineamento experimental foi blocos casualizados com quatro repetições de 200 sementes de
soja, distribuídas em 5 linhas, por tratamento, utilizando-se sementes com e sem inoculação
de S. sclerotiorum.
26
O teste foi conduzido na casa de vegetação da UFU, sendo que o substrato foi
umedecido uniformemente para todos os tratamentos, após o cálculo da capacidade de
retenção de água da areia (BRASIL, 2009). O número de plântulas emergidas foi contado
diariamente, a partir do dia em que surgiram as primeiras plântulas normais. Estas eram
computadas e esse procedimento seguiu até a última contagem, realizada até o décimo
terceiro dia após o surgimento da primeira plântula normal.
A velocidade de emergência foi calculada empregando-se o índice de velocidade de
emergência ou germinação (MAGUIRE, 1962):
IVE = E1/N1 + E2/N2 + ... En/Nn
Onde: IVE = índice de velocidade de emergência.
E1, E2,... En = número de plântulas normais computadas na primeira contagem, na
segunda contagem e na última contagem.
N1, N2,... Nn = número de dias da semeadura à primeira, segunda e última contagem.
Também foram contabilizadas as plântulas anormais, as com cotilédones necrosados e
as infectadas com mofo branco. Outros parâmetros avaliados foram: comprimento parcial de
10 plântulas, obtido medindo-se do colo da plântula até o ápice das folhas, e comprimento do
sistema radicular, medindo-se até o final da raiz mais longa, ambos com a ajuda de uma régua
milimetrada. Para o peso fresco das 10 plântulas, a parte aérea mais as raízes foram lavadas
em água corrente e postas sobre papel filtro para absorção da água e, logo em seguida, feita a
pesagem. Para o peso seco, as plântulas foram colocadas em sacos de papel e levadas à estufa
a 65ºC para retirada da água dos tecidos, sendo pesadas após 24 horas. O delineamento
utilizado foi blocos casualizados, em esquema fatorial 4x2, sendo 4 produtos biológicos e 2
inoculações (sementes com e sem inoculação). Os dados obtidos foram transformados em
x  0,5 , e submetidos à análise de variância e teste de Scott-Knott, a 0,05 de significância,
para comparação das médias.
3.8 Influência da aplicação de Trichoderma spp. na colonização e germinação de
escleródios
Para avaliar o parasitismo de escleródios no solo, foram utilizados escleródios de 2mm
de diâmetro, os quais foram enterrados a 0,5 cm de profundidade em caixas plásticas tipo
Gerbox, contendo solo de cultivo autoclavado, onde foi aplicado os tratamentos com os
isolados de Trichoderma spp. e a testemunha, sendo pulverizada apenas com água destilada
27
esterilizada. Após cinco dias a 22 ± 2ºC os escleródios foram recuperados do solo e
transferidos para placas de Petri contendo meio de cultura BDA. Avaliou-se o número de
escleródios germinados e o número de escleródios parasitados após 10 dias. O experimento
foi conduzido em delineamento de blocos ao acaso, e cada tratamento consistiu de quatro
repetições, sendo submetido à análise de variância e teste de Tukey a 5%.
3.9 Avaliação da eficiência dos produtos biológicos no controle de S. sclerotiorum, in vivo
3.9.1 Dados do Ensaio
O ensaio foi realizado na Fazenda Eldorado, município de Uberlândia/MG, que está
localizada a 19º12‟54‟‟ latitude Sul e 47º56‟58‟‟ longitude Oeste, a 947 metros de altitude, no
período de 18 de dezembro de 2009 a 17 de abril de 2010, neste intervalo foram coletados os
dados climatológicos, como temperatura (ºC), umidade relativa (%) e precipitação (mm),
obtidos através da estação meteorológica instalada na propriedade.
A área escolhida situa-se sobre um latossolo vermelho amarelo escuro distrófico, com
histórico da doença. Foram semeadas 15 sementes m-1 linear e com um stand final de 10
plantas por metro linear. A instalação e a condução do experimento foram realizadas de
acordo com as recomendações da Embrapa Soja (2008). A cultivar utilizada no experimento
foi a Cv. BRS Valiosa RR desenvolvida pela EMBRAPA/EPAMIG, sendo considerada
suscetível ao mofo branco.
3.9.2 Delineamento experimental
O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com sete tratamentos e
uma testemunha, em quatro repetições. Cada parcela foi composta de seis linhas de 5,0 m de
comprimento, espaçadas de 0,5 m, totalizando 32 parcelas de 15,0 m2. Como área útil foram
consideradas apenas as 4 linhas centrais.
28
3.9.3 Tratamentos
Os produtos e as respectivas doses, utilizados para avaliar a eficiência de controle do
mofo branco, encontram-se na Tabela 4, bem como a descrição das condições em que foram
aplicados os tratamentos.
TABELA 4- Produtos, ingrediente ativo, épocas das aplicações e dose para controle do mofo
branco (S. sclerotiorum). Uberlândia-MG, 2010.
Tratamentos
Ingrediente Ativo
-
Testemunha
Dose (L-kg ha-1)
Épocas de aplicação*
1ª
2ª
3ª
-
-
-
4ª
Prod.
I.A.
-
-
Agrotrich
Trichoderma spp.
V4
V6
-
-
1
2,0 x 10 6
Ecotrich
T. harzianum
V4
V6
-
-
1
2,0 x 10 8
Quality
T. asperellum
V4
V6
-
-
1
2,0 x 10 9
Trichodermil
T. harzianum
V4
V6
-
-
1
2,0 x 10 9
Trichodermil +
T. harzianum +
V4
V6
-
-
1
2,0 x 10 9
Cercobin
Tiofanato metílico
-
-
R1
10 DAA
1
0,5
Cercobin
Tiofanato metílico
-
-
R1
10 DAA
1
0,5
Frowncide
Fluazinam
-
-
R1
10 DAA
1
0,5
*Aplicações em V4, V6, R1, R2 (10 DAA - dias após a última aplicação)
(a-23/12/2009; b-29/12/2009; c-13/01/2010 e d-22/01/2010).
Fonte: a autora.
As doses foram diluídas em volume de 200 L ha-1 e as pulverizações realizadas com o
auxílio de um pulverizador costal pressurizado a CO2, com pontas XR110.02. As aplicações
foram feitas nas seguintes condições:
a) V4 (23/12/2009)- Temperatura de 34,0ºC, UR 60% e vento de 3 Km h-1 ;
b) V6 (29/12/2009)- Temperatura de 33,0ºC, UR 65% e vento de 5 Km h-1 ;
c) R1 (13/01/2010)- Temperatura de 34,3ºC, UR 47% e ausência de ventos;
d) R2 (22/01/2010)- Temperatura de 27,2ºC, UR 61% e vento de 3 Km h-1.
As concentrações dos produtos biológicos foram aferidas pelo teste de viabilidade em
BDA (conídios viáveis mL-1) após incubação a 25 ± 2ºC por 5 dias.
29
3.9.4 Avaliações
As avaliações foram realizadas para as seguintes variáveis: incidência, severidade,
índice de doença (% incidência x % severidade) (JULIATTI; JULIATTI, 2010), Área Abaixo
da Curva de Progresso da Doença (AACPD), peso de escleródios, peso de mil grãos e
produtividade.
Para avaliar o progresso do mofo branco, foram atribuídas notas através da escala
visual desenvolvida por Juliatti e Juliatti (2010) (Figura 2).
FIGURA 2- Escala para avaliação da severidade de sintomas de S. sclerotiorum em plantas
individuais de soja.
Fonte: Juliatti, Juliatti (2010), p. 29.
As avaliações da doença foram realizadas em R4 (19/02/2010), R5.2 (06/03/2010) e R5.5
(20/03/2010), perfazendo, ao todo, três avaliações de incidência e severidade para estabelecer
a Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD) (CAMPBELL, MADDEN,
1990). Foi calculada a porcentagem de redução da AACPD pela fórmula: (% de Redução) =
100 – (Tratamento ÷ Testemunha) x 100 e a eficiência de Abott (1925) dos tratamentos pela
fórmula: (% de Controle) = 100 – (%Tratamento ÷ %Testemunha) x 100.
30
Quando as plantas estavam em estádio R8, realizou-se a colheita, em 17/04/2010.
Operou-se a colheita manual, nas duas linhas centrais de cada parcela, retirando 0,50 m de
cada extremidade como bordadura. A produtividade foi obtida pela trilha mecânica e
determinação do teor de umidade em cada parcela, a qual foi corrigida para 12%. Após a
colheita, separou-se os escleródios dos grãos com auxílio de peneiras para determinar o peso
destes por hectare. Os grãos de soja obtidos em cada parcela também foram pesados para
avaliação do peso de mil grãos (g) e da produtividade (kg ha-1).
3.9.5 Análise estatística
Os dados obtidos foram submetidos ao programa Sisvar (FERREIRA, 2000), para a
análise de variância (Anexo E), utilizando o teste de F, a nível de 0,05 de significância. Os
dados foram transformados em
x  0,5 e as médias foram comparadas, pelo teste de Tukey
5%, segundo Gomes (1990).
3.9.5.1 Coeficiente de Spearman
O coeficiente de Spearman foi utilizado para mensurar se houve correlação entre as
variáveis analisadas: incidência, severidade, índice de doença, peso de escleródios, peso de
mil grãos e produtividade, além de verificar se essas correlações são positivas ou negativas e
se foram significativas pelo teste T de Student.
31
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Obtenção dos isolados de Trichoderma spp.
4.1.1 Avaliação da viabilidade (% germinação), concentração e contaminação por
bactérias dos bioprodutos
Os bioprodutos Quality (T. asperellum) e Trichodermil (T. harzianum) não diferiram
estatisticamente entre si, apresentando viabilidade de 98%, seguido do Agrotrich
(Trichoderma spp.), com 90% e Ecotrich (T. harzianum), com 60% de germinação (Tabela 5).
Com relação à contaminação por bactérias, o bioproduto Ecotrich (T. harzianum) apresentou
os maiores resultados, com 6,0 x 106 ufc mL-1, diferindo dos demais tratamentos.
TABELA 5- Porcentagem de germinação de conídios de Trichoderma spp. e contaminação
por bactérias dos bioprodutos. Uberlândia-MG, 2011.
Bioprodutos
Porcentagem
Contaminação
Germinação (%)
por Bactérias (ufc mL-1)
Agrotrich (Trichoderma spp.)
90 b
3,0 x 10 6 a
Ecotrich (T. harzianum)
60 c
6,0 x 10 6 a
Quality (T. asperellum)
98 a
5,0 x 10 5 b
Trichodermil (T. harzianum)
98 a
1,0 x 10 6 a
CV (%)
2,53
36,87
Médias seguidas pela mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade.
Fonte: a autora.
Na Tabela 6, pode-se observar que a concentração obtida na câmara de Neubauer é
maior do que a concentração declarada no rótulo de todos os produtos, exceto para o Ecotrich
(T. harzianum). No entanto, esse valor não corresponde à concentração real dos bioprodutos,
já que são contabilizados todos os esporos presentes, ou seja, os esporos que irão germinar e
os que não irão germinar. Por isso é importante aferir a concentração na placa, onde pode-se
observar que apenas os bioprodutos Quality (T. asperellum) e Trichodermil (T. harzianum)
apresentaram concentrações superiores às declaradas, com 5,0 x 1010 ufc g-1 e 6,0 x 109
conídios viáveis mL-1, respectivamente.
32
TABELA 6- Concentração declarada no rótulo dos bioprodutos, concentração na Câmara de
Neuabuer e concentração de colônias crescidas em placa de Petri. Uberlândia-MG, 2011.
Concentração
Concentração na
Concentração
Declarada
Câmara de Neubauer
na Placa
Agrotrich (Trichoderma spp.)
1,0 x 10 8*
7,5 x 10 9*
1,0 x 10 7*
Ecotrich (T. harzianum)
5,0 x 10 10*
2,0 x 10 10*
3,0 x 10 6*
Quality (T. asperellum)
1,0 x 10 10*
9,0 x 10 10*
5,0 x 10 10*
Trichodermil (T. harzianum)
2,0 x 10 9**
2,0 x 10 10**
6,0 x 10 9**
Bioprodutos
*unidade formadora de colônia (ufc) mL-1 ou ufc g-1
**conídios viáveis mL-1
Fonte: a autora.
Vale ressaltar que o resultado da qualidade do bioproduto pode variar de acordo com a
metodologia utilizada, o lote do bioproduto, as condições de transporte e armazenamento,
bem como com o tipo da amostra enviada para a análise, de preferência sem violar ou abrir a
embalagem original.
A falta de padronização no protocolo de análise de produtos biológicos acarreta a
insegurança nos resultados obtidos, já que há uma discrepância muito grande entre os
laboratórios que fazem esta análise, o que pode prejudicar as empresas fabricantes e o próprio
agricultor. Em contrapartida, a falta de qualidade na fabricação e manutenção da viabilidade
de alguns bioprodutos pode interferir no resultado dos mesmos, e a responsabilidade e
preocupação em garantir a concentração declarada e eficiência da dose recomendada deve ser
da indústria e não do produtor agrícola.
No mercado, tem-se o Trichoderma comercializado no seu substrato de cultivo, que é
moído e embalado. Esta formulação é mais difícil de ser aplicada devido ao entupimento de
bicos. Ela também não permite uma longa viabilidade do fungo, além de permitir uma maior
contaminação por outros fungos e bactérias, diminuindo assim sua eficiência no campo. Há
outras formulações no mercado, como esporos puros, misturados em óleo, em suspensão
concentrada ou mesmo em grânulos dispersíveis em água (WG) que facilitam a aplicação.
Para aumentar a vida de prateleira, são acrescidos adjuvantes que protegem os propágulos
(POMELLA, 2011).
Nos últimos anos, houve uma evolução de alguns bioprodutos com o surgimento de
formulações oleosas. Essa formulação propicia maior estabilidade do ingrediente ativo
quando armazenado em temperatura ambiente (24-26ºC), facilitando a sua comercialização
sem perda de qualidade. Além disso, apresenta vantagens quanto à facilidade de aplicação,
33
proteção no campo da radiação UV, ação do antagonista sobre o patógeno e proteção do
ingrediente ativo em mistura com outros produtos químicos (ALVES et al., 2007; ALVES et
al., 2008; LOPES et al., 2008). É de suma importância a escolha de um produto com
qualidade aliada a uma formulação que lhe garanta eficiência na aplicação e no controle do
mofo branco.
4.2 Verificação da capacidade antagonista em cultura pareada dos isolados de
Trichoderma spp. contra S. sclerotiorum, in vitro
A capacidade antagônica dos isolados foi verificada através da determinação da área
da placa de Petri ocupada pelas colônias (Figura 3), após 7 dias de incubação e à temperatura
de 22 ± 2°C.
FIGURA 3- Porcentagem da área da placa de Petri ocupada pelo patógeno(cinza escuro) e
pelo antagonista(cinza claro) obtida através do programa Quant (VALE et al., 2003).
Fonte: a autora.
34
De acordo com a escala diagramática desenvolvida a partir da escala proposta por Bell
et al. (1982), modificada, os bioprodutos apresentaram nota 2,5 não diferindo estatisticamente
entre si na porcentagem da área ocupada pela antagonista (62,3% a 64,4%). Sendo
considerados portanto como eficientes no controle do mofo branco (Tabela 7).
TABELA 7- Porcentagem média da área da superfície do meio ocupada pelo Trichoderma
spp. e sua respectiva nota. Uberlândia-MG, 2011.
Bioprodutos
% área ocupada pelo antagonista
Nota
Agrotrich (Trichoderma spp.)
62,3 a
2,5
Ecotrich (T. harzianum)
64,2 a
2,5
Quality (T. asperellum)
63,6 a
2,5
Trichodermil (T. harzianum)
64,4 a
2,5
CV (%)
5,80
Médias seguidas pela mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade.
Fonte: a autora.
Testes de antagonismo in vitro são ferramentas importantes no processo de seleção de
isolados de biocontrole, pois fornecem informações úteis sobre a eficiência e a variabilidade
dos isolados e a suscetibilidade de patógenos aos respectivos agentes, em condições
controladas, minimizando o efeito de variáveis como temperatura, umidade e luz, e a
microflora do solo e suprimento com uma base alimentar uniforme (BELL et al., 1982). Estes
testes também facilitam a observação das interações antagonista-fitopatógeno, a nível
ultraestrutural, com o auxílio da microscopia ótica ou eletrônica (MARIANO, 1993).
Louzada e colaboradores (2009) identificaram 230 isolados como pertencentes ao
gênero Trichoderma spp. Destes, 50 isolados inibiram o crescimento micelial de Fusarium
solani e 111 de S. sclerotiorum, pelo teste de pareamento de culturas, apresentando notas
menores que 3. O antagonismo contra os dois patógenos foi observado em 10% dos isolados
(24 isolados). Silveira et al. (1994) encontraram resultados semelhantes com isolados de
Trichoderma spp., evidenciando a capacidade variável de inibir o crescimento micelial e
produção de escleródios de S. rolfsii em feijão caupi.
Carvalho et al. (2008) avaliaram o potencial antagônico de Trichoderma spp. sobre
Fusarium oxysporum pelo método de cultura pareada, de 10 isolados. Destes 9 isolados
apresentaram nota menor que 3. Delgado et al. (2007) classificaram 11 isolados de
Trichoderma spp. como altamente antagônicos a S. sclerotiorum. Oliveira et al. (2008)
verificaram o antagonismo de 10 isolados de Trichoderma spp. sobre S. sclerotiorum, sendo
35
que 4 isolados apresentaram nota 3, e 1 isolado apresentou nota 1, ficando classificado como
altamente antagônico ao mofo branco. Resultados similares foram obtidos por Mello et al.
(2007), em que vários isolados de Trichoderma spp. foram capazes de inibir o crescimento de
Sclerotium rolfsii, colonizando totalmente o patógeno.
A redução de crescimento de S. sclerotiorum pode ser atribuída à competição por
espaço e por nutrientes presentes no meio de cultura, como também pela liberação de
substâncias tóxicas (OLIVEIRA et al., 2008). Este efeito também foi relatado por Ávila et al.
(2005), ao avaliarem o antagonismo de outros isolados de Trichoderma spp. contra S. rolfsii e
S. sclerotiorum. Ethur e colaboradores (2005) conseguiram atestar 100% de eficácia de 8
isolados de Trichoderma spp. no controle de S. sclerotiorum. Resultados semelhantes foram
obtidos por Bell et al. (1982) com teste de pareamento in vitro de diversos isolados de
Trichoderma spp. com fitopatógenos Sclerotium rolfsii, Ceratobasidium, Phytophthora,
Pythium e Rhizoctonia solani (MARTELLETO, 2009).
A literatura refere-se à espécies de Trichoderma como parasitas de uma ampla gama
de fitopatógenos, a despeito da maioria dos agentes empregados no biocontrole de doenças de
plantas apresentarem certo grau de especialização. Entretanto, o nível de controle pode variar,
a depender do isolado e de sua adaptação às condições bióticas e abióticas específicas, dentro
e entre espécies de Trichoderma (DENNIS; WEBSTER, 1971a, b). Wells et al. (1972), por
sua vez, observaram que espécies de Trichoderma podem ser diferencialmente seletivas
contra diferentes fungos.
4.3 Verificação do hiperparasitismo de Trichoderma spp. sobre S. sclerotiorum
Dentre os mecanismos de ação do antagonista, o hiperparasitismo pode ocorrer tanto
pelo estrangulamento, como pela penetração das hifas do Trichoderma spp. sobre o patógeno,
o que pode ser observado pelas setas na figura 4, onde todos os isolados analisados
colonizaram o patógeno, seja penetrando ou estrangulando suas hifas. Nota-se também o
crescimento de hifas paralelas, estando de acordo com os dados obtidos por Louzada et al.
(2009).
36
FIGURA 4- Fotomicrografia eletrônica de varredura das interações entre Trichoderma spp. e
S. sclerotiorum, evidenciando o estrangulamento e penetração das hifas do antagonista sobre
o patógeno. a.1 e a.2) Agrotrich (Trichoderma spp.); b.1 e b.2) Ecotrich (Trichoderma
harzianum); c.1 e c.2) Quality (Trichoderma asperellum); d.1 e d.2) Trichodermil
(Trichoderma harzianum).
Fonte: a autora.
37
No hiperparasitismo, espécies do gênero do Trichoderma conseguem detectar e
localizar hifas de fungos suscetíveis, talvez em resposta a estímulos químicos produzidos
pelas hifas do hospedeiro, formando estruturas semelhantes à apressórios e enrolando-se
fortemente em toda extensão da hifa para, então, penetrar e digerí-la (MELO, 1991). Tal
mecanismo já foi demonstrado por vários pesquisadores através da interação entre T.
harzianum, Rhizoctonia solani, Pythium spp. e Sclerotim rolfsii (MELO, 1991).
Os dois tipos de interações verificadas neste trabalho, penetração e estrangulamento,
podem ser interpretados como ação hiperparasítica (AGRIOS, 2005) para ambas as espécies,
Trichoderma asperellum e T. harzianum, independente da formulação e do produto comercial
estudado, pareadas com o fungo patogênico S. sclerotiorum. Esta mesma ação foi observada
por Carvalho et al. (2008) no pareamento de Trichoderma e Fusarium oxysporum e por Melo
e Costa (2005) com T. harzianum e Rhizoctonia solani.
Interações entre o antagonista e o patógeno foram confirmadas também por Oliveira et
al. (2008) através do crescimento de hifas de Trichoderma em torno das hifas de S.
sclerotiorum, além do crescimento do antagonista por toda extensão das hifas do patógeno.
Estes resultados estão de acordo com Inbar et al. (1996) e Ávila et al. (2005), que
verificaram, através de microscopia eletrônica de varredura (MEV) e de luz, interações
semelhantes entre hifas de T. harzianum e S. sclerotiorum em condições in vitro de cultivo
simultâneo.
4.4 Teste de compatibilidade entre fungicidas e produtos biológicos
4.4.1 Compatibilidade dos isolados de Trichoderma spp. plaqueados em meio de cultura
contendo fungicidas
A partir dos dados coletados durante os sete dias de avaliação, pode-se calcular o
índice de velocidade de crescimento (IVC) das colônias dos isolados de Trichoderma spp. em
meio de cultura contendo diferentes concentrações de fungicidas. A análise de regressão
aplicada a estes dados, para os modelos linear e quadrádico, a 5% e 10% de probabilidade, foi
significativa, no entanto, as equações geradas apresentaram o coeficiente de determinação
(R2) muito baixo, ou seja, o grau de aproximação do modelo às médias não foi confiável. Com
isso, aplicou-se o modelo logarítmico, para ajustar as equações aos dados diretamente,
através da linearização, mas não foi possível determinar os pontos de máximo ou mínimo com
este modelo. Os gráficos e equações gerados encontram-se no Anexo B.
38
Através do teste de comparação de médias (Tabela 8), observa-se que na testemunha,
ou seja, concentração de 0 ppm, o bioproduto Quality (T. asperellum) apresentou o maior
índice de velocidade de crescimento (IVC= 14,1), não diferindo estatisticamente do
tratamento Trichodermil (T. harzianum) (IVC= 13,6), os quais diferiram dos trantamentos
Ecotrich (T. harzianum) (IVC= 12,8) e Agrotrich (Trichoderma spp.) (IVC= 12,0), que por
sua vez não diferiram entre si.
As respostas de compatibilidade variaram entre bioprodutos, fungicidas e
concentrações, seguindo uma tendência de quanto maior a concentração, menor o
desenvolvimento do antagonista. Os melhores resultados, ou seja, os que apresentaram maior
índice de velocidade de crescimento, em geral, foram obtidos nas concentrações de 0,1 e 1
ppm, para os fungicidas Cercobin (Tiofanato metílico) e Sumilex (Procimidona), o que
representa uma possível associação destes fungicidas com os biocontroladores numa
pulverização foliar, aplicação no solo ou em tratamento de sementes.
Com base nos níveis de seletividade (Tabela 9), o fungicida Certeza (Tiofanato
metílico + Fluazinam), na concentração de 0,1 ppm, apresentou seletividade muito boa para o
Quality (T. asperellum) com IVC de 12,1 a 5,9 (Tabela 8), boa para os bioprodutos Ecotrich
(T. harzianum) e Agrotrich (Trichoderma spp.), os quais não diferiram significativamente
entre si, e regular para o Trichodermil (T. harzianum). Na concentração de 1 ppm, houve
seletividade regular para todos os bioprodutos, já nas demais concentrações o fungicida
Certeza (Tiofanato metílico + Fluazinam) apresentou seletividade ruim e ausente.
Os IVC dos bioprodutos Agrotrich (Trichoderma spp.), Quality (T. asperellum) e
Trichodermil (T. harzianum) não diferiram significativamente entre si para o fungicida
Frowncide (Fluazinam) na concentração de 0,1 ppm, com médias de 4,8, 4,6 e 4,4,
respectivamente (Tabela 8). Para as demais concentrações, apenas o Quality (T. asperellum)
diferiu dos demais tratamentos, no entanto, todos obtiveram seletividade regular e ruim nas
concentrações testadas (Tabela 9). Este resultado sugere uma maior incompatibilidade de
Fluazinam para este agente de biocontrole.
Com o fungicida Cercobin (Tiofanato metílico) na concentração de 0,1 ppm, o
bioproduto Agrotrich (Trichoderma spp.), mesmo não diferindo dos demais tratamentos,
obteve a maior velocidade média de crescimento (IVC= 13,0), assim como na concentração
de 1 ppm (IVC= 12,2), não diferindo do tratamento Ecotrich (T. harzianum) (IVC= 12,0) e
diferindo significativamente do Trichodermil (T. harzianum) (IVC= 10,1) e Quality (T.
asperellum) (IVC= 6,7), apresentando muito boa seletividade aos mesmos. Para as
39
concentrações de 10 e 100 ppm todos bioprodutos apresentaram seletividade ruim e ausência
de seletividade a 1000 ppm.
O fungicida Standak Top (Fipronil + T. metílico + Piraclostrobina) na concentração de
0,1 ppm teve boa seletividade a todos os bioprodutos. Já Ecotrich (T. harzianum) apresentou
maior velocidade média de crescimento (IVC= 9,7), seguido dos tratamentos Agrotrich
(Trichoderma spp.) (IVC= 8,8) e Quality (T. asperellum) (IVC= 8,6), não diferindo entre si.
Na concentração de 1 ppm, o fungicida Standak Top (Fipronil + T. metílico + Piraclostrobina)
comportou-se com seletividade regular, já para as concentrações de 10 e 100 ppm e para o
Trichodermil (T. harzianum) a 1000 ppm, apresentou-se com seletividade ruim, e na
concentração de 1000 ppm para os demais bioprodutos houve ausência de seletividade.
Com o fungicida Derosal (Carbendazim), em todas as concentrações, os isolados
apresentaram um pequeno crescimento médio variando de 1,7 a 0 (Tabela 8), com diferença
significativa apenas para Agrotrich e Ecotrich a 1 ppm, obtendo seletividade ruim para todos
tratamentos, com exceção do Agrotrich (Trichoderma spp.) e Quality (T. asperellum) a 1000
ppm, os quais apresentaram ausência de seletividade.
Para o fungicida Maxim XL (Fludioxonil + Metalaxyl-M), na concentração de 0,1
ppm, apenas o Agrotrich (Trichoderma spp.) (IVC= 3,9) diferiu dos demais tratamentos
apresentando maior velocidade média de crescimento e seletividade regular. Na concentração
de 1 ppm, Agrotrich (Trichoderma spp.) e Ecotrich (T. harzianum) não diferiram
significativamente, apresentando seletividade ruim, assim como nas demais concentrações.
Com o fungicida Sumilex (Procimidona), na concentração de 0,1 ppm, o bioproduto
Quality (T. asperellum) apresentou a menor velocidade média de crescimento (IVC= 8,0) com
seletividade boa, diferindo significativamente dos demais biocontroles, que apresentaram
seletividade muito boa. Já para a concentração de 1 ppm, estes resultados foram invertidos,
onde o Quality (T. asperellum) obteve maior crescimento (IVC= 12,2), diferindo dos demais
tratamentos e demais concentrações. Essa variação pode ter sido em decorrência de algum
erro experimental na diluição ou plaquemanto, visto que, teoricamente, quanto maior a
concentração do fungicida menor o IVC. O bioproduto Trichodermil (T. harzianum) diferiu
dos demais tratamentos, apresentando o melhor resultado (IVC= 3,5) para a concentração de
10 ppm, com seletividade regular. Nas concentrações de 100 e 1000 ppm com os tratamentos
Quality (T. asperellum) e Trichodermil (T. harzianum) apresentaram seletividade regular, e
ruim para Agrotrich (Trichoderma spp.) e Ecotrich (T. harzianum), o qual se diferiu dos
demais a 1000 ppm.
40
TABELA 8- Índice de velocidade de crescimento das colônias dos isolados de Trichoderma
spp. plaqueados em meio de cultura contendo 6 concentrações de 7 fungicidas e uma
testemunha, durante 7 dias de incubação e à temperatura de 22 ± 2°C. Uberlândia-MG, 2011.
Fungicidas
Testemunha
Certeza
Frowncide
Cercobin
Standak Top
Derosal
Maxim XL
Sumilex
CV (%)
PPM
0,0
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
Agrotrich
(Trichoderma spp.)
12,0
aA
7,9
bC
3,7
aB
0,2
aA
0,1
aA
0,0
aA
4,8
bD
3,9
aC
2,6
aB
2,2
bB
0,7
aA
13,0
aC
12,2
cC
0,9
bB
0,2
aA
0,0
aA
8,8
bC
5,6
bB
0,3
aA
0,1
aA
0,0
aA
1,7
aC
1,0
bB
0,2
aA
0,2
aA
0,0
aA
3,9
bE
2,7
bD
1,9
aC
1,1
aB
0,3
aA
11,5
bD
9,7
aC
2,0
aA
3,2
aB
3,2
bB
Ecotrich
(T. harzianum)
12,8
aA
8,7
bC
4,0
aB
0,3
aA
0,0
aA
0,0
aA
3,0
aD
3,3
aD
2,1
aC
1,5
aB
0,5
aA
12,6
aC
12,0
cC
1,5
cB
0,1
aA
0,0
aA
9,7
bD
6,1
bC
0,4
aB
0,1
aA
0,0
aA
1,2
aB
1,0
bB
0,3
aA
0,5
aA
0,3
aA
2,0
aC
2,3
bC
2,3
aC
1,1
aB
0,5
aA
10,8
bD
9,3
aC
2,2
aA
3,0
aB
2,4
aA
Quality
(T. asperellum)
14,1
bA
12,1
cD
5,3
bC
0,8
bB
0,1
aA
0,0
aA
4,6
bC
4,7
bC
4,6
bC
3,6
cB
2,1
bA
12,0
aC
6,7
aB
0,3
aA
0,1
aA
0,0
aA
8,6
bA
5,4
bB
0,4
aB
0,4
aC
0,0
aD
1,3
aB
0,4
aA
0,0
aA
0,1
aA
0,0
aA
1,9
aC
1,3
aB
1,8
aC
1,1
aB
0,3
aA
8,0
aC
12,2
bD
2,1
aA
3,7
aB
3,9
bB
Trichodermil
(T. harzianum)
13,6
bA
5,9
aD
3,6
aC
0,5
aB
0,1
aA
0,0
aA
4,4
bC
3,8
aC
2,7
aB
2,3
bB
0,8
aA
12,6
aD
10,1
bC
1,7
cB
0,1
aA
0,0
aA
7,3
aC
4,7
aB
0,3
aA
0,2
aA
0,1
aA
1,1
aB
0,5
aA
0,2
aA
0,2
aA
0,1
aA
2,3
aC
2,5
bC
1,9
aC
1,0
aB
0,5
aA
11,2
bC
9,1
aB
3,5
bA
3,6
aA
3,5
bA
7,39
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna, não diferem
entre si, pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade, dados transformados em x  0,5 .
Fonte: a autora.
41
TABELA 9- Seletividade dos fungicidas em diferentes concentrações, aos isolados de
Trichoderma spp. Uberlândia-MG, 2011.
Fungicidas
PPM
Testemunha
0,0
0,1
1,0
10
100
1000
0,1
1,0
10
100
1000
0,1
1,0
10
100
1000
0,1
1,0
10
100
1000
0,1
1,0
10
100
1000
0,1
1,0
10
100
1000
0,1
1,0
10
100
1000
Certeza
Frowncide
Cercobin
Standak Top
Derosal
Maxim XL
Sumilex
Agrotrich
Ecotrich
Quality
(Trichoderma spp.) (T. harzianum) (T. asperellum)
++++
+++
++
+
+
++
++
+
+
+
++++
++++
+
+
+++
++
+
+
+
+
+
+
++
+
+
+
+
++++
+++
+
+
+
++++
+++
++
+
+
+
+
+
+
++++
++++
+
+
+++
++
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
++++
+++
+
+
+
Trichodermil
(T. harzianum)
++++
++++
++
+
+
++
++
++
++
+
++++
++++
+
+
+++
++
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+++
++++
+
++
++
++++
++
++
+
+
++
++
+
+
+
++++
++++
+
+
+++
++
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
++++
+++
++
++
++
Seletividade: (-) ausência: 0%;
(+) ruim: 0-25%;
(++) regular: 25-50%;
(+++) boa: 50-75%; (++++) muito boa: 75-100%.
Fonte: a autora.
Embora alguns tratamentos nas concentrações de 100 e 1000 ppm não tenham inibido
totalmente o crescimento do antagonista, todos os fungicidas analisados foram considerados
42
de baixa (ruim) seletividade, com exceção do bioproduto Quality (T. asperellum) com
seletividade regular com o fungicida Frowncide (Fluazinam), a 100 ppm, e juntamente com
Trichodermil (T. harzianum) para Sumilex (Procimidona), a 100 e 1000 ppm. Como as doses
dos fungicidas usualmente recomendadas a campo são acima de 100 ppm, com os resultados
obtidos nas condições deste trabalho, não se recomendaria a mistura dos mesmos com os
produtos biológicos, nas concentrações utilizadas de ambos.
No entanto, a exposição desta maneira dos isolados aos fungicidas pode resultar em
efeito falso negativo, já que o contato do antagonista foi de forma direta e por longo período
(7 dias). Estudos in vitro têm a vantagem de expor ao máximo o microrganismo à ação do
produto químico, fato que não ocorre em condições de campo, onde vários fatores servem de
obstáculo a essa exposição. Assim, constatada a inocuidade de um produto em laboratório,
espera-se que o mesmo seja seletivo no campo. Por outro lado, a alta toxicidade de um
produto in vitro nem sempre indica a sua elevada toxicidade no campo, mas sim a
possibilidade da ocorrência de danos dessa natureza (MOINO JÚNIOR; ALVES, 1999).
Algumas empresas disponibilizam resultados de compatibilidade entre seu bioproduto
e produtos químicos/insumos (Anexo C). Caso se tenha dúvida ou não se encontre esse tipo
de informação para um produto específico, o ideal é entrar em contato com o fabricante e
solicitar um estudo para o mesmo.
De acordo com Ávila et al. (2005), os princípios ativos de fungicidas comerciais
podem interferir no desenvolvimento e forma de ação dos agentes biocontroladores, por isso a
importância de se verificar a compatibilidade dos mesmos.
A compatibilidade com óleos e adjuvantes também é relevante e visa o
desenvolvimento de formulações que mantenham viáveis os fungos por períodos longos.
Estudando alguns extratos de sementes e plantas com Nomuraea rileyi, Devi e Prasad (1996)
concluíram que nenhum desses produtos foi detrimental ao fungo, contudo, podem retardar a
germinação dos esporos. Vale ressaltar que este efeito não prejudicou o tratamento com
Trichodermil (T. harzianum), único bioproduto avaliado formulado em óleo, visto que os
resultados obtidos na testemunha (0 ppm) não diferiram do melhor tratamento.
Muitas linhagens de Trichoderma são naturalmente tolerantes a agrotóxicos pela
capacidade de degradá-los, o que possibilita um manejo integrado com adoção de produtos
químicos e biológicos simultaneamente (ALVARENGA et al., 2007). Nessa estratégia, doses
do pesticida reduzidas a níveis subletais enfraquecem as estruturas do fitopatógeno, tornandoo mais susceptível à ação do antagonista e, após ter desempenhado sua função, é
biodegradado pelo agente de controle biológico (MELO et al., 2001). Esta é uma habilidade
43
interessante de certos fungos do gênero Trichoderma, pois além de se possibilitarem a
redução no uso de agrotóxicos, podem degradar xenobióticos, atuando dessa forma, na
biorremediação de solos poluídos (ESPOSITO; SILVA, 1998).
Paula Júnior et al. (2009), ao estudarem a sensibilidade de espécies de Trichoderma
aos fungicidas procimidiona, fluazinam, tiofanto metílico, fluazinam+tiofanato metílico,
cloreto de benzalcônio, carbendazim e fludioxonil, nas concentrações 10, 100 e 1000 ppm,
utilizados na cultura do feijoeiro in vitro, verificaram que a maioria inibiu o crescimento
micelial, demonstrando serem altamente tóxicos ao antagonista, com exceção dos fungicidas
fludioxonil e cloreto de benzalcônio, na concentração 1000 ppm, que possibilitaram o
crescimento de Trichoderma spp.
Sementes de algodão submetidas aos tratamentos com T. harzianum, carboxim+thiram
e carbendazim+thiram apresentaram porcentagem de germinação estatisticamente superior à
testemunha (FARIA et al., 2003), evidenciando a compatibilidade do bioprotetor com estes
produtos químicos.
As formulações de Trichoderma testadas por Lobo Júnior et al. (2009b) apresentaram
compatibilidade com o fungicida fludioxonil, usado nos tratamentos de sementes de feijão,
sem a mistura de outros insumos.
Alvarenga e colaboradores (2007) observaram que quatro linhagens de Trichoderma
avaliadas podem possibilitar um manejo integrado com fungicidas do grupo dos
benzimidazóis. Estes agem ligando-se aos microtúbulos citoplasmáticos, inibindo a mitose de
fungos (DAVIDSE, 1986). A tolerância a benzimidazol pode estar relacionada à baixa
afinidade entre o fungicida e a β-tubulina presente no citoplasma do fungo testado, ou ser
resultante de uma capacidade de metabolização do agrotóxico (QUEIROZ, 2000), o que não
pode ser observado neste trabalho com os tratamentos carbendazim e tiofanato metílico, já
que apresentaram baixa seletividade aos isolados de Trichoderma avaliados.
4.4.2 Compatibilidade entre produtos biológicos e fungicidas no tratamento de sementes
A interferência dos fungicidas sobre os isolados de Trichoderma spp., simulando o
tratamento de sementes feito pelos produtores e submetendo as sementes já tratadas a três
intervalos de tempo, foi verificada ao se comparar o efeito dos fungicidas sobre os
antagonistas pelo teste de médias, onde pode-se observar na Tabela 10, que para a testemunha
(0 ppm) os bioprodutos Quality (T. asperellum) e Trichodermil (T. harzianum) apresentaram
os melhores resultados para os três tempos não apresentando diferença significativa, com mais
44
de 87% de germinação, seguido dos tratamentos Agrotrich (Trichoderma spp.) e Ecotrich (T.
harzianum) os quais diferiram entre si.
Com o fungicida Certeza (Tiofanato metílico + Fluazinam), logo após o tratamento (0
hora), o bioproduto Agrotrich (Trichoderma spp.) apresentou 15,5% de germinação dos
esporos, seguido do tratamento Quality (T. asperellum) com 13%, não diferindo entre si.
Decorridas as 3 horas após o tratamento das sementes, houve redução na porcentagem de
germinação para todos os bioprodutos de 85% e após 16 horas mais de 90% de redução,
quando comparados com a testemunha.
Para o tratamento de sementes utilizando o fungicida Frowncide (Fluazinam), houve
redução de mais de 87% na germinação dos esporos de todos os isolados nos três tempos
analisados.
Com o fungicida Cercobin (Tiofanato metílico), imediatamente após o tratamento das
sementes com os bioprodutos, os tratamentos com Quality (T. asperellum) e Trichodermil (T.
harzianum) apresentaram os melhores resultados: ambos com 66% de esporos germinados,
não diferindo entre si. Após 3 horas, houve diferença significativa entre os tratamentos, onde
o bioproduto Trichodermil (T. harzianum) apresentou 87,3% de germinação, seguido do
tratamento Quality (T. asperellum) com 69,5%, Agrotrich (Trichoderma spp.) com 45,5% e
Ecotrich (T. harzianum) com 11,8% de germinação dos esporos. Após 16 horas, os melhores
resultados foram obtidos com os tratamentos Trichodermil (T. harzianum) e Quality (T.
asperellum), apresentando 50% e 49% de germinação, respectivamente, sem diferença
estatística significante.
Para o tratamento utilizando o fungicida Standak Top (Fipronil + T. metílico +
Piraclostrobina), o bioproduto Quality (T. asperellum) apresentou o melhor resultado no
tempo 0 hora (50,8%), diferindo dos demais tratamentos. Após 3 horas, Trichodermil (T.
harzianum) e Quality (T. asperellum) obtiveram a maior porcentagem de germinação dos
esporos, com 63,8% e 58,3%, respectivamente. Após as 16 horas do tratamento, todos os
isolados apresentaram mais de 60% de redução na germinação, comparados com a
testemunha.
Apenas o bioproduto Ecotrich (T. harzianum) apresentou redução na germinação
abaixo de 50% com o fungicida Derosal (Carbendazim), logo após o tratamento (0 hora), no
entanto não diferiu dos demais. Para 3 horas e 16 horas após o tratamento, todos os
bioprodutos apresentaram redução acima de 76% e acima de 92%, respectivamente.
Com o Maxim XL (Fludioxonil + Metalaxyl-M), durante os três intervalos de tempo,
os isolados apresentaram redução de 55% a 90% na germinação.
45
Com o fungicida Sumilex (Procimidona), os bioprodutos Quality (T. asperellum) e
Trichodermil (T. harzianum) apresentaram os melhores resultados nos 3 intervalos de tempo
analisados com geminação de 50% a 64,5%.
De modo geral, nas condições em que este trabalho foi conduzido, os fungicidas
Cercobin (Tiofanato metílico) e Sumilex (Procimidona) apresentaram compatibilidade para
tratamento de sementes com os bioprodutos Quality (T. asperellum) e Trichodermil (T.
harzianum), nos três tempos analisados, e o fungicida Standak Top (Fipronil + T. metílico +
Piraclostrobina) nos tempos 0 hora e 3 horas. A menor germinação dos demais tratamentos
deve estar mais relacionada à qualidade dos bioprodutos, do que com a sensibilidade dos
mesmos à exposição ao fungicida.
TABELA 10- Porcentagem de esporos germinados (x%) e porcentagem de redução na
germinação dos esporos (x‟%) em sementes de soja tratadas com fungicidas e Trichoderma
spp. após 3 intervalos de tempo de contato dos produtos com as sementes. Uberlândia-MG,
2011.
Fungicidas
Testemunha
Certeza
Frowncide
Cercobin
Standak Top
Derosal
Maxim XL
Sumilex
CV (%)
Tempo
0 hora
3 horas
16 horas
0 hora
3 horas
16 horas
0 hora
3 horas
16 horas
0 hora
3 horas
16 horas
0 hora
3 horas
16 horas
0 hora
3 horas
16 horas
0 hora
3 horas
16 horas
0 hora
3 horas
16 horas
Agrotrich
(Trichoderma spp.)
x% x'%
64,5
0
bA
68,3
0
bA
67,8
0
bA
15,5
76 bC
4,3
94 aB
0,5
99 aA
6,5
90 bB
0,5
99 aA
0,3
100 aA
21,5
67 bB
45,5
33 bC
15,0
78 bA
7,0
89 aB
7,8
89 aB
0,8
99 aA
16,5
74 aB
15,5
76 aB
4,0
94 bA
21,8
66 bC
13,5
80 bB
8,8
87 bA
24,5
62 bA
21,0
69 bA
18,3
73 bA
Ecotrich
(T. harzianum)
x% x'%
25,5
0
aA
47,0
0
aB
39,0
0
aB
5,3
79 aB
5,3
89 aB
0,0
100 aA
3,3
87 aB
0,0
100 aA
0,0
100 aA
7,8
69 aB
11,8
75 aC
2,5
94 aA
9,5
63 aC
5,3
89 aB
1,3
97 aA
14,3
44 aB
11,5
76 aB
0,5
99 aA
10,3
60 aC
6,5
86 aB
3,8
90 aA
10,5
59 aB
13,3
72 aB
7,0
82 aA
Quality
(T. asperellum)
x% x'%
87,3
0
cA
89,5
0
cA
88,0
0
cA
13,0
85 bB
12,8
86 bB
8,8
90 bA
3,5
96 aA
6,5
93 bA
4,3
95 bA
66,5
24 cB
69,5
22 cB
49,0
44 cA
50,8
42 cB
58,3
35 bB
35,3
60 bA
13,3
85 aB
10,8
88 aB
5,8
93 bA
25,8
70 bA
26,3
71 cA
24,8
72 cA
64,5
26 cA
64,5
28 dA
61,0
31 dA
Trichodermil
(T. harzianum)
x% x'%
87,0
0
cA
90,3
0
cA
88,0
0
cA
5,3
94 aA
9,0
90 bA
5,8
93 bA
2,5
97 aA
4,3
95 bA
3,5
96 bA
66,3
24 cB
87,3
03 dC
50,0
43 cA
13,5
84 bA
63,8
29 bC
35,5
60 bB
13,8
84 aB
12,0
87 aB
6,8
92 bA
19,0
78 bA
41,0
55 dC
27,0
69 cB
64,3
26 cB
53,3
41 cA
50,0
43 cA
9,77
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna, não diferem
entre si, pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade, dados transformados em x  0,5 .
Fonte: a autora.
46
Os resultados obtidos através da análise de regressão (Anexo D) não foram
significativos para o modelo linear, a 0,10 de significância, e por isso não apresentam linha de
tendência representada no gráfico, para os tratamentos: Testemunha x Agrotrich
(Trichoderma spp.); Testemunha x Quality (T. asperellum); Testemunha x Trichodermil (T.
harzianum); Frowncide (Fluazinam) x 4 produtos biológicos; Certeza (Tiofanto metílico x
Fluazinam) x Quality (T. asperellum); Certeza (Tiofanto metílico x Fluazinam) x
Trichodermil (T. harzianum); Maxim XL (Fludioxonil + Metalaxyl-M) x Quality (T.
asperellum); Maxim XL (Fludioxonil + Metalaxyl-M) x Trichodermil (T. harzianum);
Sumilex (Procimidona) x Quality (T. asperellum).
Para alguns tratamentos, a análise de regressão foi significativa, entretanto a equação
gerada a partir do modelo linear apresentou o coeficiente de determinação (R 2) muito baixo,
portanto o grau de associabilidade entre os dados observados e os estimados não foi confiável,
para: Testemunha x Ecotrich (T. harzianum), R2 = 10%; Cercobin (Tiofanato metílico) x
Agrotrich (Trichoderma spp.), R2 = 27%; Standak Top (Fipronil + T. metílico +
Piraclostrobina) x Trichodermil (T. harzianum), R2 = 01%.
Se uma equação, para uma variável independente em estudo, não é significativa até
10% (p ≥ 0,10), não quer dizer que não tenha equação; unicamente quer dizer que não foi
possível, com os dados obtidos, evidenciar o efeito (ALVAREZ V.; ALVAREZ, 2003).
De acordo com a Tabela 11, a taxa de diminuição da germinação dos esporos com o
fungicida Certeza (T. metílico + Fluazinam) foi de 6,5% e 6,1% a cada hora para os
bioprodutos Agrotrich (Trichoderma spp.) e Ecotrich (T. harzianum), respectivamente. O
fungicida Maxim XL (Fludioxonil + Metalaxyl-M) proporcionou, para os tratamentos com
Agrotrich (Trichoderma spp.) e Ecotrich (T. harzianum), uma taxa de diminuição da
germinação de 3,5% e 3,8% por hora, respectivamente. Para Sumilex (Procimidona), a taxa de
diminuição da germinação por hora foi de 1,2% para Trichodermil (T. harzianum), 1,4% para
Agrotrich (Trichoderma spp.) e 2,5% para Ecotrich (T. harzianum). Já para Cercobin
(Tiofanato metílico), o bioproduto Quality (T. asperellum) diminuía sua taxa de germinação a
cada hora após o tratamento com este fungicida em 1,8%, semelhante ao Trichodermil (T.
harzianum), com 2,0% de diminuição, enquanto o Ecotrich (T. harzianum) apresentou 4,4%.
A taxa de decréscimo da germinação dos bioprodutos foi de 2,2% para o Quality (T.
asperellum) e de 5,5% por hora para Agrotrich (Trichoderma spp.) e Ecotrich (T. harzianum)
para Standak Top (Fipronil + T. metílico + Piraclostrobina). Já para o tratamento com o
fungicida Derosal (Carbendazim), houve uma redução de 3,2% para Quality (T. asperellum) e
47
Trichodermil (T. harzianum), 4,7% para Agrotrich (Trichoderma spp.) e 6,0% para Ecotrich
(T. harzianum).
TABELA 11- Porcentagem da taxa de diminuição da germinação dos esporos de Trichoderma
spp. por hora. Uberlândia-MG, 2011.
Fungicidas
Testemunha
Certeza
Frowncide
Cercobin
Standak Top
Derosal
Maxim XL
Sumilex
Agrotrich
(Trichoderma spp.)
ns*
6,5
ns
--5,5
4,7
3,5
1,4
Ecotrich
(T. harzianum)
---**
6,1
ns
4,4
5,5
6,0
3,8
2,5
Quality
(T. asperellum)
ns
ns
ns
1,8
2,2
3,2
ns
ns
Trichodermil
(T. harzianum)
ns
ns
ns
2,0
--3,2
ns
1,2
*ns = não significativo
**--- = significativo com coeficiente de determinação (R2) muito baixo
Fonte: a autora.
A ordem de mistura dos produtos no tratamento de sementes é importante, sendo o
produto biológico sempre o último a ser adiconado, devendo ser bem distribuído nas
sementes. Após tratar as sementes com o bioproduto, estas não devem ficar expostas ao sol. É
recomendável que se efetue a semeadura o mais depressa possível, visto que com o decorrer
do tempo a germinação dos esporos diminui significativamente.
No manejo integrado, a utilização de produtos fitossanitários seletivos, em conjunto
com fungos antagonistas, pode ser uma estratégia mais segura e eficiente. Entretanto, alguns
produtos podem afetar o crescimento vegetativo dos fungos antagonistas ou alterar sua
composição genética (ALVES, 1998).
O tratamento das sementes é economicamente viável, principalmente se essa semente
for utilizada em condições ambientais desfavoráveis, predispondo-a aos fungos da semente ou
do solo (ADKINS et al., 1996). Ribas e colaboradores (2009), em testes realizados em
laboratório, verificaram a interferência dos princípios ativos tiofanato metílico, carbendazim,
captan, iprodiona e fluazinam no crescimento vegetativo e esporulação de Trichoderma spp.
Os resultados evidenciaram que tiofanto metílico demonstrou-se compatível a todos os cinco
isolados testados; captan foi compatível a 3 isolados e carbendazim e fluazinam mostraram-se
muito tóxicos para todos os isolados, corroborando com os resultados deste trabalho.
Parte da eficiência de isolados de Trichoderma spp. no controle biológico depende
também da sua capacidade de adaptação ao agroecossistema, do qual não são originários.
Além disso, é necessário que o antagonista seja compatível com os diversos insumos
48
aplicados no solo, com herbicidas e inseticidas em suas dosagens recomendadas. Nesse caso,
os isolados de Trichoderma spp. avaliados na Embrapa Arroz e Feijão têm sido compatíveis
com inseticidas do grupo dos neonicotinóides, como Imidacloprid e Thiametoxan. Não se
recomenda misturas de tanque de insumos sintéticos com Trichoderma spp. Quanto aos
fungicidas para tratamento de sementes, há restrições quanto ao ingrediente ativo
carbendazim, que tem matado os isolados já testados (LOBO JÚNIOR et al., 2009a), o que
corrobora com os resultados obtidos neste trabalho.
De acordo com Alves (1998), os estudos in vitro têm a vantagem de expor ao máximo
o microrganismo à ação do produto químico, fato que não ocorre em condições de campo,
onde vários fatores servem de obstáculo a essa exposição, protegendo o agente biológico.
Assim, constatada a inocuidade de um agrotóxico em laboratório, não há dúvidas sobre a sua
seletividade em condições de campo.
4.5 Teste de sanidade de sementes de soja tratadas com Trichoderma spp.
Os microrganismos encontrados no teste de sanidade de sementes de soja foram
Trichoderma, Sclerotinia, Fusarium, Penicillium, Aspergillus, Rhizopus, Phomopsis,
Nigrospora, Cladosporium, Periconia e Colletotrichum (Tabela 12).
De acordo com a Tabela 12, as sementes sem inoculação de S. sclerotiorum e tratadas
com os bioprodutos apresentaram 97% de colonização do Trichoderma para os produtos
Agrotrich (Trichoderma spp.) e Ecotrich (T. harzianum) e 100% de colonização para Quality
(T. asperellum) e Trichodermil (T. harzianum), além de reduzir os patógenos encontrados na
testemunha, com exceção de Nigrospora para Agrotrich (Trichoderma spp.), Quality (T.
asperellum) e Trichodermil (T. harzianum) e Fusarium para o tratamento com Agrotrich
(Trichoderma
spp.) e Quality (T. asperellum). Todos os tratamentos diferiram
significativamente da testemunha com relação à incidência de Penicillium, Aspergillus,
Rhizopus, Phomopsis, Cladosporium e Periconia. No entanto, não houve diferença entre os
tratamentos para Colletotrichum, mesmo estando presente apenas no Agrotrich (Trichoderma
spp.) e Ecotrich (T. harzianum).
Para as sementes de soja inoculadas com S. sclerotiorum, houve uma supressão no
desenvolvimento dos outros microrganismos, inclusive do Trichoderma para os tratamentos
com Agrotrich (Trichoderma spp.) e Ecotrich (T. harzianum), os quais apresentaram 4% das
sementes com o antagonista. Os tratamentos Quality (T. asperellum) e Trichodermil (T.
harzianum) não diferiram entre si, com 45% e 52%, respectivamente, e todos os tratamentos
49
diferiram da testemunha. Com relação à presença de S. sclerotiorum, apenas o Trichodermil
(T. harzianum) diferiu dos demais tratamentos, apresentando 40% de redução da incidência
deste patógeno, quando comparado à testemunha (Tabela 12).
O nível de contaminação dos bioprodutos com outros fungos é um fator de extrema
importância, pelo difícil controle de determinados patógenos, por isso a necessidade de se
garantir a qualidade destes produtos biológicos.
50
TABELA 12- Porcentagem de sementes de soja contaminadas após tratamento com Trichoderma spp., com e sem inoculação de S.
sclerotiorum. Uberlândia-MG, 2011.
Microrg.
Trichoderma
COM
SEM
0 aA
0 aA
0 aA 100 bB
97 bB
4 bA
0 aA
Ecotrich (T. harzianum)
97 bB
4 bA
Quality (T. asperellum)
100 bB
45 cA
0 aA
Trichodermil (T. harzianum)
100 bB
52 cA
0 aA
Tratamentos
Testemunha
Agrotrich (Trichoderma spp.)
SEM
Sclerotinia
COM
Penicillium
SEM
COM
SEM
3 aA
1 aA
15 bB
98 bB
31 cB
1 aA
0 aA 100 bB
2 aA
96 bB
60 aB
9,52
CV (%)
Fusarium
Rhizopus
SEM
COM
0 aA
19 cB
0 aA
6 bB
0 aA
2 aA
1 aA
5 bA
1 aA
3 aA
1 aA
9 bB
1 aA
2 aA
1 aA
6 bB
0 aA
0 aA
14 bB
3 aA
0 aA
0 aA
5 bA
6 bA
1 aA
1 aA
0 aA
1 aA
0 aA
1 aA
0 aA
0 aA
0 aA
0 aA
3,65
47,46
COM
Aspergillus
23,69
38,87
SEM
COM
30,39
...Continua...
TABELA 12, Cont.
Microrg.
Tratamentos
Testemunha
Agrotrich (Trichoderma spp.)
Phomopsis
SEM
Nigrospora
COM
Cladosporium
SEM
COM
SEM
COM
Periconia
SEM
Colletotrichum
COM
SEM
COM
2 bB
0 aA
9 bB
0 aA
12 bB
0 aA
1 bB
0 aA
0 aA
0 aA
0 aA
1 aA
12 bB
0 aA
2 aA
1 aA
0 aA
0 aA
1 aA
0 aA
Ecotrich (T. harzianum)
0 aA
1 aA
1 aA
3 aA
1 aA
0 aA
0 aA
0 aA
1 aA
1 aA
Quality (T. asperellum)
0 aA
1 aA
13 bB
2 aA
1 aA
0 aA
0 aA
0 aA
0 aA
1 aA
Trichodermil (T. harzianum)
0 aA
0 aA
15 bB
0 aA
0 aA
0 aA
0 aA
0 aA
0 aA
0 aA
CV (%)
20,75
38,23
21,14
10,52
15,67
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott, a 5% de
probabilidade, dados transformados em x  0,5 .
Fonte: a autora.
51
No tratamento de sementes, o produto funciona como um protetor, ou seja, um
fungicida contra Sclerotinia sclerotiorum, Fusarium spp. e Rhizoctonia spp., que são
patógenos causadores de tombamento em diversas culturas. É recomendada também a
aplicação do Trichoderma por pulverização, para que ocorra uma lavagem biológica do
solo, já que não se sabe exatamente onde estão os escleródios.
Em trabalho realizado por Lohmann et al. (2007), isolados de Trichoderma spp.
reduziram em, aproximadamente, 73% a ocorrência de damping-off (Sclerotium rolfsii)
em plântulas de soja, em comparação com à testemunha. Manzoni et al. (2006), em
estudos com sementes de aveia-preta e utilizando fungicida e o bioprotetor Agrotrich
(Trichoderma spp.), obtiveram a erradicação de Rhizopus sp. e Penicillium sp. Ainda
em estudos com o Agrotrich (Trichoderma spp.), Brand e colaboradores (2009),
reduziram a incidência em mais de 60% dos fungos identificados na avaliação da
sanidade de sementes de soja, como Rhizopus spp., Aspergillus spp., Fusarium spp.,
Cladosporium spp., Rhizoctonia spp., Penicillium spp. e Trichoderma spp.
No teste de sanidade de sementes tratadas com produtos biológicos e fungicidas,
Mertz et al. (2009) encontraram Fusarium spp. e Phomopsis sp. Segundo Henning e
França-Neto (1980), estudando a viabilidade de sementes de soja com alta incidência de
Phomopsis sp., a presença do fungo no tegumento das sementes foi o principal fator
responsável por baixos índices de germinação das sementes de soja quando avaliadas
em laboratório. Com relação ao Fusarium, várias espécies podem estar associadas às
sementes de soja, predominando a espécie F. semitectum. Esses fungos podem causar a
morte da semente, mesmo antes da emissão da radícula (FRANÇA-NETO; HENNING,
1984).
A importância da sanidade de sementes está no fato de que, aproximandamente,
90% das culturas utilizadas para a alimentação, tanto humana como animal, são
propagadas por sementes (HENNING, 2005) e o inóculo presente nelas pode resultar
em aumento das doenças no campo e sua introdução em áreas livres de patógenos.
A microbiolização de sementes constitui em um método útil e promissor para o
controle de patógenos das sementes e dos que sobrevivem no solo, sendo considerado
um importante método de aplicação de biocontroladores, tendo em vista a pequena
quantidade de material biológico requerido em relação àquela necessária para aplicação
no solo (LUZ, 1991). Uma manta de micélio ao redor da semente microbiolizada foi
observada sob microscópio, após a germinação dos esporos, fornecendo eficiente
52
proteção contra o ataque de patógenos externos (POMELLA; RIBEIRO, 2009). Tal fato
pode ser confirmado quando se faz o tratamento de sementes de forma homogeneizada e
utilizando bioprodutos de qualidade.
O aumento da demanda por produtos biológicos pode vir a gerar alguns produtos
sem validação científica, sem parcerias com universidades e com baixa qualidade,
podendo comprometer a qualidade dos biocontroladores (MORANDI; BETTIOL,
2009). Para utilizar o biocontrolador, é recomendável que obtenha-se informações das
empresas que comercializam produtos biológicos, como concentração, viabilidade e
nível de contaminação do produto. Trichodermil (T. harzianum) foi o primeiro produto
a base de Trichoderma registrado no Brasil para o controle de Fusarium solani e
Rhizoctonia solani na cultura do feijão. Ressaltando que existem solicitações de
diversas empresas sendo analisadas pelos órgãos competentes (MORANDI; BETTIOL,
2009).
4.6 Teste de germinação de sementes de soja tratadas com Trichoderma spp.
O vigor das sementes não foi afetado quando tratadas com os bioprodutos, tanto
para as sementes inoculadas e não inoculadas, não diferindo da testemunha (Tabela 13).
As sementes de soja inoculadas com S. sclerotiorum apresentaram maior vigor
(90% a 97%) do que as não inoculadas e tratadas com diferentes bioprotetores,
diferindo estatisticamente, com exceção da testemunha.
O mesmo resultado foi observado na segunda avaliação que variou de 95% a
98% de germinação para as sementes inoculadas e 83% a 90% de germinação para as
sementes não inoculadas, não diferindo da testemunha.
A menor porcentagem de plântulas anormais foi observada para o tratamento
com Ecotrich (T. harzianum) (4%), seguido pela testemunha (6%) e Trichodermil (T.
harzianum) (6%).
Nas sementes inoculadas com S. sclerotiorum, apenas os tratamentos Quality (T.
asperellum) e Trichodermil (T. harzianum) diferiram da testemunha, embora
apresentando 97% e 98%, respectivamente, de sementes contaminadas com mofo
branco, já que o patógeno foi inoculado antes do tratamento com os bioprodutos, o que
favoreceu seu crescimento. O tratamento de sementes com o bioprotetor é eficiente em
53
condições normais, em que a exposição da semente ao Trichoderma é feita antes do
contato com o patógeno.
A porcentagem de Trichoderma spp. presente nas sementes não inoculadas foi
entre 0,0 e 62,3%, correspondendo à testemunha e Trichodermil (T. harzianum), sendo
que todos os tratamentos com os produtos biológicos diferiram da testemunha e não
diferiram entre si. Os resultados obtidos nas sementes inoculadas diferiram das
sementes sem inoculação, com exceção da testemunha, apresentando as menores
médias, as quais variaram de 0,0 a 12,5%. Os tratamentos Quality (T. asperellum) e
Trichodermil (T. harzianum) apresentaram as maiores médias, diferindo dos demais
tratamentos. Vale destacar que a grande redução do crescimento de Trichoderma nas
sementes inoculadas deve-se ao fato do patógeno já estar estabelecido nas sementes.
A presença do patógeno favoreceu a germinação das sementes de soja,
corroborando com os resultados obtidos por Martelleto (2009) em sementes de tomate
infectadas com Rhizoctonia solani e tratadas com Trichoderma spp. Martins-Corder e
Melo (1997) demonstraram o potencial de agentes de controle biológico como
Trichoderma spp. na elevação da germinação de sementes, emergência e vigor de
plântulas de berinjela.
Cassiolato e Souza (2000) relataram que alguns microrganismos podem liberar
produtos da degradação da pectina da parede celular das plantas e enzimas
pectinolíticas,
evento
que poderia
favorecer
o
processo
de embebição
e,
consequentemente, acelerado o processo de germinação das sementes. O estímulo à
germinação também pode ter sido ocasionado pelo método utilizado para inoculação do
patógeno, colocando as sementes em contato com o meio de cultura, no qual o fungo se
desenvolvia, tendo cofatores como micronutrientes, compostos orgânicos e absorção de
água do meio influenciando a germinação das mesmas.
Brand et al. (2009) observaram que os tratamentos com Agrotrich (Trichoderma
spp.), em diferentes doses, apresentaram maior porcentagem de germinação das
sementes de soja em relação à testemunha, sendo que o percentual de plântulas
anormais e de sementes mortas não diferiu entre os tratamentos.
54
TABELA 13- Porcentagem de germinação de sementes de soja, plântulas anormais, sementes com mofo branco e com Trichoderma spp., com
e sem inoculação de S. sclerotiorum, após tratamento com os bioprodutos. Uberlândia-MG, 2011.
Sementes
Germinadas
COM
SEM
Tratamentos
SEM
1ª Av.
COM
Plântulas
Anormais
SEM
COM
2ª Av.
Sementes
com Mofo Branco
SEM
COM
2ª Av.
2ª Av.
Sementes com
Trichoderma
SEM
COM
2ª Av.
Testemunha
Agrotrich (Trichoderma spp.)
89 aA
90 aA
90 bA
95 aA
0 aA
6 aB
0 aA
100 bB
0,0 aA
0,0 aA
88 aA
97 aB
89 bA
98 aB
0 aA
16 bB
0 aA
99 bB
59,3 bB
2,3 bA
Ecotrich (T. harzianum)
82 aA
93 aB
83 aA
98 aB
0 aA
4 aA
0 aA
100 bB
59,8 bB
1,5 bA
Quality (T. asperellum)
88 aA
97 aB
90 bA
98 aB
0 aA
22 bB
0 aA
97 aB
61,5 bB
12,5 cA
Trichodermil (T. harzianum)
87 aA
97 aB
89 bA
98 aB
0 aA
6 aB
0 aA
98 aB
62,3 bB
11,8 cA
CV (%)
3,28
2,10
42,34
1,18
8,31
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott, a 5% de
probabilidade, dados transformados em x  0,5 .
Fonte: a autora.
55
Este efeito sobre a germinação da semente parece ser muito dependente da
espécie vegetal, do isolado utilizado na inoculação, da forma com que Trichoderma é
introduzido no sistema e do ambiente que se apresenta. Kleifeld e Chet (1992),
utilizando diferentes métodos de aplicação de T. harzianum T-203, observaram maior
percentual final de germinação de sementes de feijão, rabanete, tomate, pimentão e
abóbora quando estas foram tratadas com T. harzianum em preparado de farelo de trigo,
comparado à aplicação do fungo em suspensão conidial, tratamento de semente e
testemunha.
Um aspecto a ser considerado no tratamento de sementes com agentes de
controle biológico é a introdução do antagonista na área de plantio, podendo existir um
efeito a médio/longo prazo com o aumento de sua concentração, tornando o solo
supressivo a diversos patógenos (LAZZARETTI; BETTIOL, 1997).
4.7 Emergência em substrato e índice de velocidade de emergência
O tratamento de sementes com Trichoderma não prejudicou a emergência, visto
que o índice de velocidade de emergência (IVE) como os bioprotetores foi superior à
testemunha, tanto para as sementes com inoculação, como para as não inoculadas
(Anexo E).
De acordo com a Figura 5, com relação à inoculação das sementes com S.
sclerotiorum, não houve diferença entre os tratamentos com e sem inoculação, exceto
para o Agrotrich (Trichoderma spp.), o qual, para as sementes não inoculadas,
apresentou a maior velocidade de emergência (IVE=116), seguido pelo Quality (T.
asperellum) (IVE=115) e Trichodermil (T. harzianum) (IVE=102), todos os tratamentos
diferiram da testemunha (IVE=57). Para as sementes inoculadas com S. sclerotiorum,
apenas os tratamentos Quality (T. asperellum) (IVE=109) e Trichodermil (T.
harzianum) (IVE=100) diferiram significativamente da testemunha (IVE=61).
56
FIGURA 5- Índice de velocidade média de emergência de sementes com e sem
inoculação de S. sclerotiorum, tratadas com Trichoderma spp. Uberlândia-MG, 2011.
Médias seguidas pela mesma letra minúscula, para bioprodutos, e letra maiúscula, para
inoculação, não diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade,
dados transformados em x  0,5 .
Fonte: a autora.
Muitos patógenos de sementes e que sobrevivem no solo requerem nutrientes
exógenos para germinação, para penetração e para infecção, sendo muitas vezes
supridos por nutrientes originados da exudação das sementes e das raízes (LUZ, 1993).
Maiores percentuais de emergência de plântulas de arroz foram obtidos
proporcionalmente ao aumento de concentração de inóculo, quando as sementes foram
tratadas com T. harzianum desenvolvido em pó de substrato de sorgo (MISHRA;
SINHA, 2000).
A maior velocidade de emergência promovida por isolados de Trichoderma
também foi observada por outros autores em tomate (WINDHAM; ELAD, 1986;
TSAHOURIDOU; THANASSOULOPOULOS, 2002) e em pimentão (CHANG et al.,
1986; KLEIFELD; CHET, 1992). Raju et al. (1999), em teste feito com sementes de
cinco cultivares diferentes de sorgo infectadas por Fusarium moniliforme e tratadas com
T. harzianum, observaram redução significativa na incidência da doença, assim como
verificaram aumentos na porcentagem de germinação das sementes, no vigor das
plântulas e na emergência no campo. O efeito protetor dos tratamentos ocorre nas fases
iniciais do processo de germinação, período no qual se observa rápida colonização da
57
espermosfera por Trichoderma (SUDO-MARTELLETO, 2005; CHAO et al., 1986;
PAPAVIZAS, 1985).
O efeito dos isolados de Trichoderma sobre a emergência de plântulas pode estar
associado ao fato de que o fungo pode induzir a produção de fatores reguladores de
crescimento, como auxinas, giberelinas, citocininas e etileno (HINOJOSA, 2005), que
aumentam a velocidade da germinação das sementes e o acúmulo de massa seca de
parte aérea das plantas (WINDHAM; ELAD, 1986), através também da mineralização
da matéria orgânica no solo (ALTOMARE et al., 1999) e aumento de retirada e
translocação de minerais menos disponíveis com liberação de nutriente do solo ou
matéria orgânica (KLEIFELD; CHET, 1992; INBAR et al., 1994).
De acordo com a Tabela 14, a emergência de plântulas anormais não foi
influenciada pelo tratamento das sementes com os bioprodutos analisados, visto que não
houve diferença entre os tratamentos e a testemunha, nas duas avaliações realizadas,
tanto nas sementes inoculadas como nas sementes sem inoculação.
O número de cotilédones necrosados também foi maior nas sementes sem
inoculação, nas duas avaliações, no entanto não houve diferença significativa si (Tabela
14).
Plântulas infectadas com mofo branco só ocorreram nas sementes inoculadas
com o patógeno, no entanto, não houve diferença entre os tratamentos e a testemunha.
Na segunda avaliação, as médias variaram de 2% (Quality (T. asperellum) e
Trichodermil (T. harzianum)) a 5% (Testemunha e Ecotrich (T. harzianum)) (Tabela
14).
A competência de Trichoderma em se estabelecer na rizosfera é contraditória,
pois alguns estudos apontam que ele pode não ser muito competente nesta zona
radicular (AHMAD; BAKER, 1987; CHAO et al., 1986; PAPAVIZAS, 1981, 1985), e
outros
estudos
contradizem
esta
afirmação
(TSAHOURIDOU;
THANASSOULOPOULOS, 2002).
Alvarenga et al. (2007), avaliando os níveis de controle de linhagens de
Trichoderma contra S. sclerotiorum, observaram que as linhagens CEN219, CEN235,
CEN236 e CEN239 apresentaram maiores valores médios de plantas vivas, tanto de
feijão como de soja, significando percentuais de biocontrole de S. sclerotiorum
superiores a 80%.
58
Há uma grande complexidade no relacionamento da planta com os
microorganismos que habitam a rizosfera (HANDELSMAN; STABB, 1996), daí essa
variabilidade na supressão de patógeno por um mesmo antagonista. Pomella e Ribeiro
(2009) afirmam que o sucesso do programa de controle biológico é creditado ao
aumento do estande de plantas, devido a redução de tombamento ocasionado por
patógenos de solo como Fusarium sp. e Rhizoctonia solani, ao efeito fitotônico, que
promove um maior vigor às plantas e também a redução na incidência e severidade de
Sclerotinia sclerotiorum, o que permitiu reduzir a utilização de fungicidas químicos e
diminuição do custo de produção, tanto pelo aumento da produtividade, quanto pela
diminuição na utilização de agrotóxicos.
59
TABELA 14- Número de plântulas anormais, com cotilédones necrosados e com mofo branco, provenientes de sementes com e sem inoculação
de S. sclerotiorum e tratadas com Trichoderma spp. Uberlândia-MG, 2011.
Tratamentos
Plântulas Anormais
SEM
COM
Cotilédones Necrosados
SEM
COM
Plântulas Com Mofo
SEM
COM
1ª Avaliação (14 Dias Após Semeadura)
Testemunha
Agrotrich (Trichoderma spp.)
18 aB
9 aA
26 aB
12 aA
0 aA
2 aB
15 aB
7 aA
23 aA
16 aA
0 aA
1 aA
Ecotrich (T. harzianum)
21 aB
7 aA
23 aB
11 aA
0 aA
2 aB
Quality (T. asperellum)
21 aB
12 aA
27 aB
16 aA
0 aA
1 aA
Trichodermil (T. harzianum)
14 aA
11 aA
22 aA
19 aA
0 aA
1 aB
19,82
CV (%)
15,13
33,56
2ª Avaliação (20 Dias Após Semeadura)
Testemunha
Agrotrich (Trichoderma spp.)
22 aB
6 aA
27 aB
13 aA
0 aA
5 bB
21 aB
5 aA
23 aB
9 aA
0 aA
3 aB
Ecotrich (T. harzianum)
22 aB
5 aA
25 aB
11 aA
0 aA
5 bB
Quality (T. asperellum)
21 aB
13 bA
27 aA
20 aA
0 aA
2 aB
Trichodermil (T. harzianum)
17 aB
9 bA
27 aB
13 aA
0 aA
2 aB
CV (%)
16,29
15,61
34,40
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott, a 5% de
probabilidade, dados transformados em x  0,5 .
Fonte: a autora.
60
De acordo com a Tabela 15, não houve diferença entre os tratamentos em
relação ao comprimento da parte aérea, com médias entre 5,76cm e 7,88cm, apenas a
testemunha e o bioproduto Quality não apresentaram diferença em relação à inoculação,
enquanto os demais tratamentos obtiveram médias maiores com as sementes inoculadas
com S. sclerotiorium. Para o comprimento da raiz das plântulas originadas das sementes
sem inoculação, não houve diferença entre os tratamentos, já para as sementes
inoculadas, o Trichodermil (T. harzianum) apresentou o maior comprimento radicular
(8,26cm), diferindo da testemunha (7,02cm) e dos demais tratamentos.
O peso fresco da parte aérea das plântulas de sementes sem inoculação variou
entre 5,60g e 6,98g, não diferindo em relação aos bioprotetores. Para as sementes
inoculadas, os tratamentos Quality (T. asperellum) e Trichodermil (T. harzianum)
apresentaram as maiores médias, 8,96g e 8,63g, respectivamente, diferindo da
testemunha com 6,56g. Para o peso fresco da raiz, não houve diferença significativa
entre os bioprotetores, e as sementes inoculadas e não inoculadas tiveram as médias
variando entre 3,06g e 4,56g.
O peso seco da parte aérea foi maior para as plântulas das sementes com
inoculação, onde as médias variaram de 1,24g (testemunha) a 1,48g (Quality (T.
asperellum) e Trichodermil (T. harzianum)). Para as sementes sem inoculação, as
médias variaram entre 1,04g e 1,14g, correspondendo aos tratamentos Ecotrich (T.
harzianum) e Quality (T. asperellum), respectivamente. No entanto, não houve
diferença entre os bioprotetores e a testemunha.
Analisando o peso seco do sistema radicular, não houve diferença entre os
tratamentos tanto para as sementes com e sem inoculação. Apenas o tratamento com
Trichodermil (T. harzianum) diferiu em relação à inoculação, obtendo médias de 0,46g
e 0,61g para as sementes sem e com inoculação, respectivamente.
61
TABELA 15- Comprimento, Peso Fresco e Peso Seco de plântulas provenientes de sementes tratadas com Trichoderma spp., com e sem
inoculação de S. sclerotiorum. Uberlândia-MG, 2011.
Comprimento (cm)
Tratamentos
Parte Aérea
SEM
COM
Peso Fresco (g)
Raiz
SEM
Peso Seco (g)
Parte Aérea
COM
SEM
COM
Raiz
SEM
COM
Parte Aérea
SEM
COM
Raiz
SEM
COM
6,76 aA 7,32 aA
Testemunha
Agrotrich (Trichoderma spp.) 6,09 aA 7,48 aB
Ecotrich (T. harzianum)
6,26 aA 7,23 aB
Quality (T. asperellum)
6,76 aA 7,55 aA
8,07 aB 7,02 aA
6,12 aA 6,56 aA
4,09 aA 3,95 aA
1,07 aA 1,24 aA
0,47 aA 0,58 aA
8,84 aB 7,25 aA
5,60 aA 7,76 bB
3,06 aA 3,93 aA
1,04 aA 1,37 aB
0,44 aA 0,52 aA
8,51 aB 6,83 aA
6,13 aA 7,98 bB
4,03 aA 3,87 aA
1,12 aA 1,40 aB
0,51 aA 0,55 aA
8,35 aB 7,27 aA
6,98 aA 8,96 bB
4,56 aA 4,48 aA
1,14 aA 1,48 aB
0,51 aA 0,54 aA
Trichodermil (T. harzianum)
5,76 aA 7,88 aB
8,31 aA 8,26 bA
6,83 aA 8,63 bB
3,71 aA 4,38 aA
1,11 aA 1,48 aB
0,46 aA 0,61 aB
CV (%)
3,94
3,25
6,22
10,66
4,20
4,31
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott, a 5% de
probabilidade, dados transformados em x  0,5 .
Fonte: a autora.
62
Muitos estudos têm sido realizados demonstrando efetividade de Trichoderma
spp. no controle de tombamento, não só em soja, como também em outras culturas
como tomate, pimentão, pepino, cenoura, trigo, milho e várias outras. Trabalhos
também demonstram efeitos de Trichoderma spp. na qualidade das plântulas,
principalmente no aumento da massa fresca, massa seca, comprimento de raízes e parte
aérea (WINDHAM; ELAD, 1986; INBAR et al., 1994; ALTOMARE et al., 1999;
YEDIDIA et al., 1999, 2001). Vale ressaltar que a promoção do crescimento de plantas
depende da concentração, idade do inóculo e do vigor das sementes utilizadas, bem
como das condições climáticas, fisiológicas e edáficas (HARMAN, 2000).
4.8 Influência da aplicação de Trichoderma spp. na germinação e colonização de
escleródios
Os bioprodutos Trichodermil (T. harzianum) e Quality (T. asperellum)
apresentaram a menor porcentagem de germinação dos escleródios, 44,4% e 49,4%,
respectivamente, diferindo significativamente apenas da testemunha (88,3%), seguido
dos tratamentos com Ecotrich (T. harzianum) (54,4%) e Agrotrich (Trichoderma spp.)
(54,9%) (Tabela 16). Com relação à porcentagem de escleródios colonizados com
Trichoderma, o tratamento com Trichodermil (T. harzianum) apresentou o melhor
resultado, com 71%, seguido pelos tratamentos Quality (T. asperellum), Ecotrich (T.
harzianum), não diferindo entre si, e Agrotrich (Trichoderma spp.), o qual não diferiu
da testemunha.
TABELA 16- Porcentagem de escleródios germinados e colonizados com Trichoderma
spp. Uberlândia-MG, 2011.
Tratamentos
Testemunha
Agrotrich (Trichoderma spp.)
Ecotrich (T. harzianum)
Quality (T. asperellum)
Trichodermil (T. harzianum)
CV (%)
Escleródios
Germinados(%)
88,3 b
54,9 ab
54,4 ab
49,4 a
44,4 a
29,14
Escleródios
Colonizados(%)
0,0 c
26,3 bc
43,6 ab
44,8 ab
71,3 a
44,28
Médias seguidas pela mesma letra, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade.
Fonte: a autora.
63
A colonização de escleródios por Trichoderma spp. também foi observada por
Görgen et al. (2008) em 97% dos escleródios recuperados na camada de 0-5cm do solo
com palhada de Brachiaria ruziziensis, além da redução de apotécios m-2 formados no
campo. Lehner et al. (2009), avaliando o parasitismo de isolados de Trichoderma spp.
sobre apotécios e escleródios de Sclerotinia sclerotiorum, não observaram relação entre
a capacidade de reduzir a formação de estirpes e apotécios e a capacidade de parasitálos.
Santos e colaboradores (2011) testaram a atividade hiperparasítica de 20
isolados de Trichoderma spp. sobre escleródios de S. sclerotiorum em solo. Destes, 6
isolados destacaram-se e foram significativamente superiores à testemunha em, pelo
menos, dois critérios de avaliação. Morandi e colaboradores (2007) observaram que
dois isolados de Trichoderma spp. inibiram a germinação e parasitaram mais de 80%
dos escleródios. Além destes, mais quatro isolados também se destacaram, e um isolado
inibiu a germinação dos escleródios, porém não foi capaz de parasitá-los, o que sugere a
ocorrência de outros mecanismos de ação, como antibiose.
Não deve-se esperar que o jato dirigido ou mesmo o tratamento de sementes
sejam eficientes para controlar S. sclerotiorum, pois a área de contato do antagonista
com o solo é muito pequena, não ocorrendo a proliferação do antagonista, formando um
manto sobre o solo. Um elemento-chave para um melhor parasitismo dos escleródios é a
aplicação do produto biológico sob condições ambientais ideais, como alta umidade
relativa e temperatura, evitando-se os dias de sol pleno, pois a luz ultra-violeta (UV)
mata ou prejudica o desenvolvimento do antagonista. Outro ponto fundamental é a
eficiência do isolado e a quantidade de esporos viáveis da formulação (LOBO JÚNIOR
et al., 2009a).
4.9 Avaliação da eficiência dos produtos biológicos no controle de Sclerotinia
sclerotiorum, in vivo
Os dados climatológicos durante o período de condução do experimento
encontram-se na Figura 6. Percebe-se que ocorreu uma distribuição uniforme das
chuvas com faixas térmicas e UR (%) com ampla favorabilidade para o
desenvolvimento da cultura e da epidemia do mofo branco, o qual se desenvolve bem à
temperatura de 11ºC a 25ºC, porém pode se desenvolver numa ampla faixa, de 5ºC a
64
30ºC, sob alta umidade relativa e do solo (PRADO; ARAUJO, 2010). Nota-se que as
chuvas foram de baixa intensidade, permitindo a disseminação do patógeno no dossel de
plantas, tanto por autoinfecção quanto por aloinfecção. A lâmina de água máxima foi de
60 mm no dia 28/02/2010.
FIGURA 6- Temperatura mínima – linha azul (oC), temperatura máxima – linha
vermelha (oC), temperatura média – linha amarela (oC), UR (%) – linha verde e
precipitação pluviométrica- linha roxa (mm).
Fonte: a autora.
Apesar de haver produtos que, comprovadamente, reduzem a intensidade da
doença, o controle químico torna-se mais oneroso e os riscos de contaminação do
ambiente são altos. Ademais, como medida isolada, o controle químico pode ter
eficiência baixa, o que torna obrigatória a utilização de outras medidas, inclusive para
aumentar a sua eficiência. Existem várias práticas culturais, como a adoção do controle
biológico, que contribuem para a redução do inóculo do patógeno e da doença (PAULA
JÚNIOR. et al., 2006).
A área na qual foi instalado o ensaio apresentava uma distribuição média de 10
escleródios por metro quadrado, que permitiram uma germinação de 2 apotécios pela
mesma área.
65
Na Tabela 17, encontram-se os dados referentes à incidência do mofo branco.
Na primeira avaliação (19/02/10), as médias variaram entre 5,0% e 17,0%. Não houve
diferença entre os tratamentos e a testemunha.
Na segunda avaliação (06/03/10), as médias de incidência de mofo branco
variaram de 5,0% a 20,5%, correspondendo aos tratamentos Frowncide (Fluazinam) e
testemunha, respectivamente, diferindo significativamente entre si. Os demais
tratamentos apresentaram resultados intermediários.
Na última avaliação (20/03/10), as médias de incidência de mofo branco
variaram de 7,5% a 25,5%, correspondendo aos tratamentos Frowncide (Fluazinam) e
testemunha, respectivamente, diferindo significativamente entre si. Os tratamentos
Quality (T. asperellum) e Frowncide (Fluazinam) diferiram significativamente da
testemunha, no entanto não diferiram dos demais tratamentos.
TABELA 17- Porcentagem de incidência de mofo branco em plantas de soja, para os
diferentes tratamentos, em condições de campo. Uberlândia-MG, 2010.
Tratamentos
Testemunha
Agrotrich (Trichoderma spp.)
Ecotrich (T. harzianum)
Quality (T. asperellum)
Trichodermil (T. harzianum)
Trichodermil (T. harzianum) + Cercobin (T. metílico)
Cercobin (T. metílico)
Frowncide (Fluazinam)
Data
CV (%)
1ª AV (R4)
17,0 a
6,5 a
10,8 a
5,5 a
6,5 a
8,0 a
8,0 a
5,0 a
19/02/10
37,15
Incidência (%)
2ª AV (R5.2) 3ª AV (R5.5)
20,5 b
25,5 b
8,8 ab
12,3 ab
7,5 ab
10,8 ab
6,8 ab
9,3 a
7,0 ab
9,8 ab
6,3 ab
10,5 ab
9,0 ab
12,8 ab
5,0 a
7,5 a
06/03/10
20/03/10
31,70
23,69
Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey,
a 5% de probabilidade.
Fonte: a autora.
Os dados referentes à severidade do mofo branco, encontram-se na Tabela 18.
Na primeira avaliação, as médias de severidade de mofo branco variaram entre 8,8% e
18,8%. Não houve diferença estatística entre os tratamentos e a testemunha.
Na segunda avaliação, as médias de severidade de mofo branco variaram de
15,0% a 35,0%. Os tratamentos Frowncide (Fluazinam) e Trichodermil (T. harzianum)
+ Cercobin (Tiofanato metílico) apresentaram as menores médias de severidade,
diferindo da testemunha, mas não dos demais tratamentos.
66
Na última avaliação, as médias variaram de 22,5% a 40,0%. Os tratamentos
Frowncide (Fluazinam) e Trichodermil (T. harzianum) apresentaram as menores médias
de severidade, diferindo da testemunha, no entanto não diferiram dos demais
tratamentos, os quais apresentaram resultados intermediários.
TABELA 18- Porcentagem de severidade de mofo branco em plantas de soja, para os
diferentes tratamentos, em condições de campo. Uberlândia-MG, 2010.
Tratamentos
Testemunha
Agrotrich (Trichoderma spp.)
Ecotrich (T. harzianum)
Quality (T. asperellum)
Trichodermil (T. harzianum)
Trichodermil (T. harzianum) + Cercobin (T. metílico)
Cercobin (T. metílico)
Frowncide (Fluazinam)
Data
CV (%)
1ª AV (R4)
16,3 a
11,3 a
18,8 a
12,5 a
17,5 a
15,0 a
15,0 a
8,8 a
19/02/10
24,48
Severidade (%)
2ª AV (R5.2) 3ª AV (R5.5)
35,0 b
40,0 b
25,0 ab
27,5 ab
27,5 ab
32,5 ab
27,5 ab
27,5 ab
25,0 ab
22,5 a
17,5 a
23,8 ab
23,8 ab
28,8 ab
15,0 a
22,5 a
06/03/10
20/03/10
13,98
12,21
Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey,
a 5% de probabilidade.
Fonte: a autora.
Jaccoud Filho e colaboradores (2010) avaliaram a eficácia de fungicidas e
Trichoderma no controle do mofo branco e observaram, na testemunha, a incidência
final de 16,3% e severidade de 67,5%, nos demais tratamentos. A incidência situou-se
entre 1,3% e 11,6% e a severidade de 9,5% a 55,4%. Somente o tratamento com
fluazinam diferiu estatisticamente da testemunha, apesar dos demais tratamentos a base
de Trichoderma e ou associados ao fungicida tiofanto metílico apresentarem redução
nos níveis de incidência e severidade.
Lobo Júnior et al. (2009a) avaliaram a severidade de mofo branco em feijão, que
foi proporcional ao número de apotécios. Para os tratamentos com isolados de
Trichoderma, a severidade da doença foi menor em comparação à testemunha.
Na Tabela 19, encontram-se os dados referentes ao índice de doença e o
percentual de eficiência dos tratamentos. Na primeira avaliação de índice de doença, as
médias variaram entre 46,3, correspondendo a 84% de eficiência, e 292,5. Não houve
diferença entre os tratamentos e a testemunha. Na segunda avaliação, as médias
variaram de 67,5 a 732,5, correspondendo aos tratamentos Frowncide (Fluazinam), com
91% de eficiência, e testemunha, respectivamente. Todos os tratamentos diferiram da
67
testemunha. E na última avaliação, as médias variaram de 185,0 a 1045,0
correspondendo aos tratamentos Frowncide (Fluazinam) e testemunha, respectivamente.
Todos os tratamentos diferiram da testemunha. O tratamento Frowncide (Fluazinam), na
terceira avaliação, apresentou 82% de eficiência no controle do mofo branco em relação
à testemunha, seguido dos tratamentos Trichodermil (T. harzianum), Trichodermil (T.
harzianum) + Cercobin (Tiofanato metílico) e Quality (T. asperellum), com 79%, 78% e
76%, respectivamente.
TABELA 19- Índice de doença (ID) de mofo branco em plantas de soja e eficiência (E)
dos diferentes tratamentos, em condições de campo. Uberlândia-MG, 2010.
Tratamentos
Testemunha
Agrotrich (Trichoderma spp.)
Ecotrich (T. harzianum)
Quality (T. asperellum)
Trichodermil (T. harzianum)
Trichodermil + Cercobin
Cercobin (T. metílico)
Frowncide (Fluazinam)
Data
CV (%)
1ª AV (R4)
ID
E(%)
292,5 a
0
85,0 a
71
236,3 a
19
91,3 a
69
125,0 a
57
123,8 a
58
155,0 a
47
46,3 a
84
20/01/10
56,94
2ª AV (R5.2)
ID
E(%)
732,5 b
0
207,5 a
72
210,0 a
71
195,0 a
73
172,5 a
76
116,3 a
84
223,8 a
69
67,5 a
91
20/02/10
37,14
3ª AV (R5.5)
ID
E(%)
1045,0 b
0
318,8 a
69
357,5 a
66
255,0 a
76
223,8 a
79
235,0 a
78
326,3 a
69
185,0 a
82
04/03/10
28,71
Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey,
a 5% de probabilidade.
Fonte: a autora.
Os valores da Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD) para a
incidência (Tabela 20) variaram de 163,0 a 603,0, referindo-se aos tratamentos
Frowncide (Fluazinam) e testemunha, respectivamente. O tratamento Frowncide
(Fluazinam) apresentou maior redução da AACPD, 73%, seguido dos tratamentos
Quality (T. asperellum), Trichodermil (T. harzianum) e Trichodermil (T. harzianum) +
Cercobin (Tiofanato metílico) com mais de 60% de redução. O tratamento Frowncide
(Fluazinam) diferiu da testemunha, enquanto os demais tratamentos apresentaram
resultados intermediários.
Em relação aos valores da AACPD para a severidade (Tabela 20), houve
variação de 440,0 a 909,0, referindo-se aos tratamentos Frowncide (Fluazinam) e
testemunha, respectivamente, os quais diferiram entre si. O tratamento Frowncide
(Fluazinam) apresentou maior redução da AACPD, 52%, seguido do tratamento
Trichodermil (T. harzianum) + Cercobin (Tiofanato metílico), com 41% de redução. Os
68
tratamentos Agrotrich (Trichoderma spp.), Quality (T. asperellum), Trichodermil (T.
harzianum) e Trichodermil (T. harzianum) + Cercobin (Tiofanato metílico)
e
Frowncide (Fluazinam) não diferiram entre si.
Na Tabela 20, também se encontram os valores da AACPD para o índice de
doença, que variaram de 2621,0 a 20130,0, referindo-se ao Frowncide (Fluazinam) e
testemunha, respectivamente. Todos os tratamentos diferiram da testemunha, exceto o
Ecotrich (T. harzianum), o qual apresentou resultado intermediário. O tratamento
Frowncide (Fluazinam) apresentou maior redução da AACPD, 87%, seguido dos
tratamentos Trichodermil (T. harzianum) + Cercobin (Tiofanato metílico), Trichodermil
(T. harzianum), Quality (T. asperellum) e Agrotrich (Trichoderma spp.), com mais de
70% de redução.
TABELA 20- Área abaixo da curva de progresso (AACPD) para incidência, severidade
e índice de doença (ID) de mofo branco na soja, para os diferentes tratamentos, em
condições de campo. Uberlândia-MG, 2010.
Médias AACPD
Incidência Severidade
ID
603 b
909 c
20130 b
Testemunha
261 ab
657 abc
5878 a
Agrotrich (Trichoderma spp.)
265 ab
767 bc
7319 ab
Ecotrich (T. harzianum)
204 ab
685 abc
5297 a
Quality (T. asperellum)
219 ab
651 abc
5005 a
Trichodermil (T. harzianum)
224 ab
532 ab
4259 a
Trichodermil (T. harzianum) + Cercobin
280 ab
658 abc
6691 a
Cercobin (T. metílico)
163 a
440 a
2621 a
Frowncide (Fluazinam)
30,88
10,38
33,45
CV (%)
Tratamentos
Redução da AACPD (%)
Incid. Severid.
ID
0
0
0
57
28
71
56
16
64
66
25
74
64
28
75
63
41
79
54
28
67
73
52
87
Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey,
a 5% de probabilidade.
Fonte: a autora.
Em relação à análise de peso de escleródios (Tabela 21), não houve diferença
entre os tratamentos e a testemunha, a qual acrescentou, aproximadamente, 5,5 kg ha -1
de escleródios na área. O fungicida Frowncide (Fluazinam) apresentou menor peso de
escleródios, com 71% de redução dos escleródios formados em relação à testemunha,
seguido dos tratamentos Trichodermil (T. harzianum), Quality (T. asperellum) e
Trichodermil (T. harzianum) + Cercobin (Tiofanato metílico), todos com redução acima
de 60%.
69
TABELA 21- Peso de escleródios por parcela (gramas) e por hectare (kg ha-1) e
porcentagem de redução do peso de escleródios (%), para os diferentes tratamentos, em
condições de campo. Uberlândia-MG, 2010.
Peso Escleródios
Gramas/parcela
kg ha-1
6,55 a
Testemunha
5,46
4,64 a
Agrotrich (Trichoderma spp.)
3,87
5,85 a
Ecotrich (T. harzianum)
4,88
2,42 a
Quality (T. asperellum)
2,02
2,25 a
Trichodermil (T. harzianum)
1,88
2,50 a
Trichodermil (T. harzianum) + Cercobin (T. metílico)
2,08
3,41 a
Cercobin (T. metílico)
2,84
1,91 a
Frowncide (Fluazinam)
1,59
01/06/10
Data
32,57
CV (%)
Tratamentos
Porcentagem
de Redução
0
29
11
63
66
62
48
71
Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey,
a 5% de probabilidade.
Fonte: a autora.
Resultados semelhantes foram obtidos por Jaccoud Filho et al. (2010) em
relação ao peso de escleródios. O tratamento com fluazinam, com menos de 0,5 kg ha-1,
diferiu da testemunha, a qual produziu 3,0 kg ha -1 de escleródios, e apesar dos demais
tratamentos não diferirem, apresentaram redução no número de escleródios por hectare
de aproximadamente 2,0 kg ha-1, para o tratamento com Quality (T. asperellum), e 1,0
kg ha-1, para Trichodermil (T. harzianum).
Na Tabela 22, encontram-se os dados de peso de mil grãos. Os tratamentos
Frowncide (Fluazinam) (152g) e Quality (T. asperellum) (147g) apresentaram as
maiores médias, diferindo da testemunha (128g).
Quanto à produtividade (Tabela 22), as médias variaram de 1943 a 3015 kg ha-1,
correspondendo aos tratamentos testemunha e Frowncide (Fluazinam). Todos os
tratamentos diferiram da testemunha, exceto os tratamentos Agrotrich (Trichoderma
spp.) e Ecotrich (T. harzianum) que apresentaram resultados intermediários. Pelos
valores numéricos, percebe-se que o tratamento Frowncide (Fluazinam) chegou a
incrementar a produtividade em 18 sacas ha -1, seguido dos tratamentos Cercobin
(Tiofanato metílico), Quality (T. asperellum), Trichodermil (T. harzianum) e
Trichodermil (T. harzianum) + Cercobin (Tiofanato metílico).
70
TABELA 22- Peso de Mil Grãos e Produtividade para os diferentes tratamentos, em
condições de campo, após a trilha da soja. Uberlândia-MG, 2010.
Peso Mil Grãos
gramas
128 a
Testemunha
145 ab
Agrotrich (Trichoderma spp.)
136 ab
Ecotrich (T. harzianum)
147 b
Quality (T. asperellum)
146 ab
Trichodermil (T. harzianum)
146 ab
Trichodermil (T. harzianum) + Cercobin (T. metílico)
143 ab
Cercobin (T. metílico)
152 b
Frowncide (Fluazinam)
01/06/10
Data
2,96
CV (%)
Tratamentos
Produtividade
kg ha-1
sc ha-1
1943
32 (00)
2453
41 (+09)
2523
42 (+10)
2890
48 (+16)
2898
48 (+16)
2765
46 (+14)
2945
49 (+17)
3015
50 (+18)
01/06/10
5,79
a
ab
ab
b
b
b
b
b
Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey,
a 5% de probabilidade.
Fonte: a autora.
Jaccoud Filho e colaboradores (2010) avaliaram a eficácia de fungicidas e
Trichoderma no controle do mofo branco. No que se refere à produção, os tratamentos
com fluazinam e com Trichodermil (T. harzianum), intercalados com tiofanato metílico,
foram estatisticamente superiores a testemunha, e os demais tratamentos, embora não
tenham detectado diferenças estatísticas em relação à testemunha, proporcionaram
ganhos de produção.
Em Luziânia (GO), sob condições de sequeiro na safra 2005/2006, Lobo Júnior
et al. (2009a) observaram que a produtividade do feijoeiro obtida com tratamento de
sementes com 1,0 kg de T. harzianum „1306‟ em formulação pó molhável (108 conídios
viáveis g-1) + 100 mL de fludioxonil 100 kg-1 de sementes resultou em cerca de 400 kg a
mais do que somente com o tratamento químico, devido ao melhor controle de F. solani
e R. solani em raízes.
Ao avaliar a produtividade de feijão em plantio de sequeiro, em função da dose
dos tratamentos aplicados, a aplicação de T. asperellum (Turfal Ind. e Com. de Prod.
Biológicos e Agronômicos) gerou um aumento de até 807 kg ha -1, em relação à
testemunha, na dosagem de 800 mL ha -1, enquanto após aplicação de 1000 mL ha -1 de
T. harzianum foi superior à testemunha, em 957 kg ha-1 (LOBO JÚNIOR et al., 2009b).
Harman et al. (2004) consideraram que o aumento da produtividade
proporcionado por isolados selecionados de Trichoderma spp. é mais evidente sob
condições estressantes às plantas, em termos de presença de patógenos. Sob condições
próximas ao ideal, os benefícios às plantas são menos evidentes.
71
De acordo com Paula Júnior et al. (2007), na cultura do feijoeiro, o fungicida
fluazinam destacou-se no controle do mofo branco e ao reduzir a massa de escleródios
aderidos às vagens e misturados às sementes; também proporcionou ganhos na
produtividade, em comparação com os outros tratamentos. Segundo os autores, a
aplicação de Trichoderma não foi eficiente no controle da doença, provavelmente
devido às temperaturas amenas durante os experimentos e ao elevado potencial de
inóculo de S. sclerotiorum na área.
Na Tabela 23, pode-se verificar que a correlação entre todas as variáveis
analisadas foi significativa. O menor valor encontrado foi de 0,755 para incidência e
peso de escleródios, caracterizando uma forte correlação (CORREA, 2003). Para
incidência, severidade, índice de doença e peso de escleródios, a correlação foi positiva,
ou seja, quando uma destas variáveis tende a aumentar a outra também tende a
aumentar. A correlação entre peso de mil grãos e produtividade também foi positiva.
Em contrapartida, a correlação foi negativa para peso de mil grãos e produtividade,
quando correlacionadas com as demais variáveis, ou seja, o peso de mil grãos e a
produtividade tendem a diminuir com o aumento da incidência, severidade, índice de
doença e peso de escleródios.
TABELA 23- Correlação das variáveis analisadas para a eficiência do controle de S.
sclerotiorum. Uberlândia-MG, 2011.
Tratamentos
Incidência
Severidade
Índice de Doença
Peso de Escleródios
Peso de Mil Grãos
Produtividade
Incidência1 Severidade1
1,000
-
0,873*
1,000
-
Índice de
Peso de
Peso de
Produtividade3
Doença Escleródios2 Mil Grãos2
0,983*
0,755*
-0,873*
-0,877*
0,908*
0,909*
-0,947*
-0,860*
1,000
0,780*
-0,894*
-0,890*
1,000
-0,913*
-0,900*
1,000
0,875*
1,000
1
Incidência e Severidade (%). 2Peso de Escleródios e Peso de Mil Grãos (gramas).
3
Produtividade (kg ha1). * Significativo, a 5% de probabilidade (t de Student = 2,447).
Fonte: a autora.
Embora houvesse variação na concentração dos produtos biológicos em relação
ao teste de viabilidade da germinação, esta aparentemente não influenciou no
desempenho em campo, nas condições do presente trabalho, pois a maioria dos
bioprodutos funcionou e foi superior à testemunha. Com estes resultados, infere-se que
após a pulverização das folhas de soja o Trichoderma já inicia sua atividade no solo,
72
impedindo a ejeção dos ascocarpos e ascósporos, como foi demonstrado no teste de
germinação e colonização de escleródios, reduzindo assim a taxa de infecção da doença
e a infecção nas hastes. Consequentemente, reduz o progresso da doença com benefícios
na produtividade.
Doses excessivas de Trichoderma não forneceram aumento da produção,
nenhuma redução do inóculo ou controle de doenças, em comparação com as
testemunhas. É provável que em doses muito altas ocorra algum tipo de autoinibição ou
competição, afetando o desenvolvimento do antagonista (LOBO JÚNIOR et al., 2009a).
É essencial aplicar o antagonista na dose e número de esporos (conídios) viáveis
recomendados. Para não comprometer a viabilidade dos esporos, a embalagem do
produto deve ser mantida sob condições adequadas, de preferência em geladeira. Após a
data de vencimento, que deve constar nas embalagens, a viabilidade de esporos diminui
para abaixo do necessário, para reduzir o inóculo de patógenos no solo.
Em relação ao custo-benefício, é importante ressaltar que o agricultor deve estar
atento a informações sobre empresas que atuam no mercado e seus produtos, dando
preferência a produtos registrados de empresas do setor (MORANDI; BETTIOL, 2009).
É relevante lembrar que com controle biológico não se deve esperar o controle
total ou erradicação de fitopatógenos, mas sim a manutenção da população em níveis
suficientes para não provocar danos econômicos à cultura. Sendo assim, infere-se que o
controle biológico pode ser visto como um dos componentes do sistema integrado de
controle de doenças radiculares em soja (TEDESCO, 2009).
73
5 CONCLUSÕES
1- Os bioprotetores Agrotrich (Trichoderma spp.), Ecotrich (T. harzianum),
Quality (T. asperellum) e Trichodermil (T. harzianum) demonstraram eficiência
antagônica e hiperparasitismo sobre Sclerotinia sclerotiorum.
2- Apenas os fungicidas Frowncide (Fluazinam) e Sumilex (Procimidona)
apresentaram seletividade regular aos bioprodutos Quality (T. asperellum) e
Trichodermil (T. harzianum).
3- Após o tratamento de sementes, a porcentagem de germinação dos esporos de
Trichoderma foi melhor com os fungicidas Cercobin (Tiofanato metílico) e Sumilex
(Procimidona) para Quality (T. asperellum) e Trichodermil (T. harzianum), nos três
tempos analisados.
4- Os produtos biológicos reduziram a incidência de patógenos nas sementes e
não afetaram o vigor e a porcentagem de germinação das sementes de soja. O
bioproduto Quality (T. asperellum) apresentou maior velocidade média de emergência,
independente da inoculação.
5- A germinação dos escleródios foi menor em relação à testemunha. O
tratamento com Trichodermil (T. harzianum) apresentou os melhores resultados.
6- Os bioprotetores Quality (T. asperellum) e Trichodermil (T. harzianum)
tiveram eficiência semelhante aos tratamentos químicos, em condições de campo, e
incrementaram a produtividade.
74
REFERÊNCIAS
ABOTT, W.S. A method of computing the effectiveness of an insecticide. Journal of
Economic Entomology, Lanham, v. 18, p. 265-267, 1925.
ADAMS, P.B.; AYRES, W.A. Ecology of Sclerotinia species. Phytopathology, Saint
Paul, v. 69, p. 896–899, 1979.
ADKINS, S.W.; BOERSMA, M.; LAW, M. Relationship between vigour tests and
emergence of soybean when grown under a range of seedbed moisture conditions.
Australian Journal of Experimental Agriculture, v. 36, p. 93-97, 1996.
AGRIOS, G.N. Plant Pathology. Elsevier academic press. New York, 5.ed. 2005.
922p.
AGROLINE. Trichoderma spp - microrganismo utilizado no controle de
fitopatógenos. Agronline.com.br. Disponível em: <http://www.agronline.com.br/artigos
/artigo.php?id=91>. Acesso em: 12.jun.2010.
AHMAD, J.S.; BAKER, R. Rhizosphere competence of Trichoderma harzianum.
Phytopathology, Minnesota, v. 77, p. 182-189, 1987.
ALMEIDA, A.M.R.; FERREIRA, L.P.; YORINORI, J.T.; SILVA, J.F.V.; HENNING,
A.A.; GODOY, C.V. COSTAMILAN, L.M.; MEYER, M.C. 2005. Doenças da soja
(Glycine max L.) In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN
FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. (Ed.) Manual de Fitopatologia. 4.ed. Piracicaba:
Livroceres. 2005. v. 2. p. 642-664.
ALTOMARE, C.; NORVELL, W.A.; BJÖRKMAN, T.; HARMAN, G.E. Solubilization
of phosphates and micronutrients by the plant-growth-promoting and biocontrole fungus
Trichoderma harzianum Rifai 1295-22. Applied and Environmental Microbiology,
Washington, US: American Society for Microbiology, v. 65, n. 7, p. 2926-2933, 1999.
ALVARENGA, D.O.; QUEIROZ, P.R.; ALMEIDA, A.M.; MELLO, S.C.M. Aspectos
relacionados ao controle biológico do mofo branco causado por Sclerotinia
sclerotiorum. Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2007. 24p.
(Boletim de pesquisa e desenvolvimento, 168).
ALVAREZ V., V.H.; ALVAREZ, G.A.M. Apresentação de equações de regressão e
suas interpretações. Boletim informativo – Sociedade Brasileira de Ciência do Solo,
Campinas, SP: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, v. 29, n. 3, set./dez. 2003.
ALVES, S.B. (Ed.) Controle microbiano de insetos. Fungos entomopatogênicos.
Piracicaba: FEALQ, 1998. p. 289-382.
ALVES, S.B.; LOPES, R.B.; PAULI, G.; MASCARIN, G.M.; VIEIRA, S.A. Efeito de
diferentes formulações de Metarhizium anisopliae na proteção à radiação e eficiência no
controle de Mahanarva fimbriolata. In: SIMPÓSIO DE CONTROLE BIOLÓGICO,
10., 2007, Brasília, DF. Anais... Brasília, DF: [s.n.], 2007. 1 CD-ROM.
75
ALVES, S.B.; LOPES, R.B.; PAULI, G.; MASCARIN, G.M.; DELALIBERA Jr., I.
Eficiência de formulações de Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana no controle
de lagartas de Diatraea saccharalis em laboratório e campo. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 22., 2008, Uberlândia, MG. Anais... Uberlândia,
MG: [s.n.], 2008. 1 CD-ROM.
ARAÚJO, W.L.; MACCHERONI JUNIOR, W.; AGUILARVILDOSO, C.I.;
BARROSO, P.A.V.; SARIDAKIS, H.O.; AZEVEDO, J.L. Variability and interactions
between endophytic bactéria and fungi isolated from leaf tissues of citrus rootstocks.
Canadian Journal of Microbiology, Ottawa, CA: National Research Council of
Canada, v. 47, p. 229-236, 2001.
ÁVILA, Z.R.; CARVALHO, S.S.; BRAÚNA, L.M.; GOMES, D.M.P.A.; MELLO,
S.C.M. Seleção de isolados de Trichoderma spp. antagônicos a Sclerotium rolfsii e
Sclerotinia sclerotiorum. Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia,
2005. 30p. (Boletim de pesquisa e desenvolvimento, 117).
BARDIN, S.D.; HUANG, H.C. Research on biology and control of Sclerotinia diseases
in Canada. Canadian Journal of Plant Pathology, Ontario, Canada, CA: Canadian
Phytopatological Society, v. 23, n. 1, p. 88-98, 2001.
BELL, D.K.; WELLS, H.D.; MARKHAM, C.R. In vitro antagonism of Trichoderma
species against six fungal plant pathogens. Phytopathology, Saint Paul, Minn., v. 72, n.
4, p. 379-382, 1982.
BENGWAYAN, M.A. Rapid composting, a fast way to cash and safe vegetables.
Disponível em: <http://www.teachamantofish.org.uk/articles/RapidCompost.php>.
Acesso em: 29.out.2007.
BENITEZ, T.; RINCÓN, A.M.; LIMÓN, M.C.; CODÓN, A.C. Biocontrol mechanisms
of Trichoderma strains. International Microbiology, Madrid, v. 7, n. 4, p. 249-260,
2004.
BISSET, J. A revision of the genus Trichoderma III. Section Pachybasium. Canadian
Journal of Botany, Ottawa, CA: National Research Council of Canada, v. 69, p. 23732417, 1991.
BETTIOL, W.; MORANDI, M.A.B. Controle Biológico de Doenças de Plantas no
Brasil. In: BETTIOL, W.; MORANDI, M.A.B. (Org.). Biocontrole de Doenças de
Plantas: uso e perspectivas. Jaguariúna-SP: Embrapa Meio Ambiente, 2009. p. 7-14.
BOLAND, G.J.; HALL, R. Index of plant hosts of Sclerotinia sclerotiorum. Canadian
Journal of Plant Pathology, Ontario, Canada, CA: Canadian Phytopatological Society,
v. 16, p. 93-108, 1994.
BOSSOLA, J.J.; RUSSEL, L.D. Electron Microscopy. 2.ed. Boston: Jones and Bartlett
Publishers, 1998. 670p.
76
BRAND, S.C.; ANTONELLO, L.M.; MUNIZ, M.F.B.; BLUME, E.; SANTOS, V.J.;
REINIGER, L.R.S. Qualidade sanitária e fisiológica de sementes de soja submetidas a
tratamento com bioprotetor e fungicida. Revista Brasileira de Sementes, Brasilia, DF:
Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes, v. 31, n. 4, p. 087-094, 2009.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de
sementes. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília: Mapa/ACS, 2009.
CAIRES, A.M.; REZENDE, A.A.; JULIATTI, F.C. Ação de Trichoderma spp sobre
Colletotrichum graminicola e Rhizoctonia solani pelo método de culturas pareadas. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE FITIPATOLOGIA, 42., 2009, Rio de Janeiro, RJ.
Anais... Rio de Janeiro, RJ: [s.n.], 2009.
CAIRES, A.M. Reação de genótipos de soja transgêncios e convencionais à
podridão branca da haste. 2011. 52f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal
de Uberlândia, Uberlândia-MG, 2011.
CAMPBELL, C.L.; MADDEN, L.V. Introduction to plant disease epidemiology.
New York: J. Wiley, 1990. 532p.
CARMO, M.G.F.; KIMURA, O.; MAFFIA, L.A.; CARVALHO, A.O.C. Progresso da
pústula bacteriana do pimentão, causada por Xanthomonas campestris pv. vesicatoria
em condições de viveiro. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 21, p. 66-70, 1996.
CARVALHO, D.D.C.; OLIVEIRA, T.A.S; BRAÚNA, L.M.; MELLO, S.C.M. Isolados
de Trichoderma sp. antagônicos a Fusarium oxysporum. Comunicado Técnico,
Brasília, DF, n. 178, set., 2008.
CASSIOLATO, A.M.R.; SOUZA, N.L. Controle biológico de Rhizoctonia solani por
isolados de Rhizoctonia spp. Não patogênicos ou hipovirulentos. In: MELO, I.S. de;
AZEVEDO, J.L. de. Controle Biológico. Jaguariúna : EMBRAPA Meio Ambiente,
2000. 388p.
CHANG, YA-CHUN; CHANG, YIH-CHANG; BAKER, R.; KLEIFELD, O.; CHET, I.
Increased growth of plants in the presence of the biological control agent Trichoderma
harzianum. Plant Disease, Minnesota, v. 70, p. 145-148, 1986.
CHAO, W.L.; NELSON, E.B.; HARMAN, G.E.; HOCH, H.C. Colonization of the
rhizosphere by biological control agents applied to seeds. Phytopathology, Minnesota,
v. 76, p. 60-65, 1986.
CHAVES, G.M. Estudos sobre Sclerotinia sclerotiorum (Lib) de Bary. Experimentae,
Viçosa, v.4, n.2, p. 64-133, 1964.
CHET, I.; HARMAN, G.E.; BAKER, R. Trichoderma hamatum: its hyphal interactions
with Rhizoctonia solani and Pythium spp. Microbial Ecology, New York, v. 7, p. 2938, 1988.
77
CLAYDON, N.; ALLAN, M.; HANSON, J.R.; AVENT, G.A. Antifungal alkyl pyrones
of Trichoderma harzianum. Transactions of the British Micological Society, Londres,
v. 88, p. 503-513, 1987.
BRASIL. Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento de Safra
Brasileira de Grãos 2011/2012: Segundo Levantamento – Novembro/2011. Disponível
em:
<http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/11_11_09_15_03_02_
boletim_2o_levantamento_safra_2011_12.pdf>. Acesso em: 10.nov.2011.
COOK, R.J.; BAKER, K.F. Nature and practice of biological control of plant
pathogens. St. Paul: The American Phytopathological Society, 1983. 534p.
CORREA, S.M.B.B. Probabilidade e estatística. 2.ed. Belo Horizonte: PUC Minas
Virtual, 2003. 116p.
DANIELSON, R.M.; DAVEY, C.B. Non nutritional factors affecting the growth of
Trichoderma in culture. Soil Biology & Biochemistry, Elmsford, NY, US: Pergamon
Press, v. 5, p. 495-504, 1973.
DAVET, P. Criteria for selecting Trichoderma clones antagonistic to sclerotial fungi in
soil. Bulletin OEPP, Dijon, FR v.17, p.535-540, 1987.
DAVIDSE, L.C. Benzimidazole fungicides: mechanism of action and biological impact.
Annual Review of Phytopathology, Palo Alto, US, v. 24, p. 43-65, 1986.
DELGADO, G.V.; MARTINS, I.; MENÊZES, J.E.; MACEDO, M.A.; MELLO, S.C.M.
Inibição do crescimento de Sclerotinia sclerotiorum por Trichoderma spp. in vitro.
Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2007. (Boletim de Pesquisa
e Desenvolvimento, 214).
DENNIS, C.; WEBSTER, J. Antagonistic properties of species groups of Trichoderma
I. Production of non-volatile antibiotics. Transactions of the Bristish Mycological
Society, Cambridge, Inglaterra , GB: Cambridge University Press, v. 57, n. 1, p. 25-39,
1971a.
DENNIS, C.; WEBSTER, J. Antagonistic properties of species groups of Trichoderma
III. Hyphal interactions. Transactions of the Bristish Mycological Society,
Cambridge, Inglaterra , GB: Cambridge University Press, v. 57, n. 3, p. 363-369, 1971b.
DEVI, P.S.V.; PRASAD, Y.G. Compatibility of oils and antifeedants of plant origin
with the entomopathogenic fungus Nomuraea rileyi. Journal of Invertebrate
Pathology, San Diego, Calif., US: Academic Press, v. 68, n. 1, p. 91-93, 1996.
ELAD, Y.; BARAK, R.; CHET, I. Possible Roles of Lectins in Mycoparasitism.
Journal of Bacteriology, Washington, v. 154, n. 3, p. 1431-1435, 1983.
EMBRAPA SOJA. Tecnologias de Produção de soja-região central do Brasil- 2009 e
2010. Sistemas de Produção. Londrina: Embrapa Soja: Embrapa Cerrados: Embrapa
Agropecuária Oeste, 2008. 261p.
78
EMBRAPA SOJA. Tecnologias de produção de soja região central do Brasil 2011.
Sistemas de Produção. Londrina: Embrapa Soja: Embrapa Cerrados: Embrapa
Agropecuária Oeste, 2010. 255p.
EMBRAPA SOJA. Tecnologias de Produção de soja-região central do Brasil- 2012 e
2013. Sistemas de Produção. Londrina: Embrapa Soja, 2011. 262p.
ESPOSITO, E.; SILVA, M. Systematics and environmental application of the genus
Trichoderma. Critical Reviews in Microbiology, Boca Raton, US, v. 24, n. 2, p. 89-98,
1998.
ETHUR, L.Z.; BLUME, E.; MUNIZ, M.; SILVA, A.C.F.; STEFANELO, D.R.;
ROCHA, E.K. Fungos antagonistas a Sclerotinia sclerotiorum em pepineiro cultivado
em estufa. Fitopatologia Brasileira, Brasilia, DF: Sociedade Brasileira de
Fitopatologia, v. 30, n. 2, p. 127-133, 2005.
ETHUR, L.Z. Dinâmica populacional e ação de Trichoderma no controle de
fusariose em mudas de tomateiro e pepineiro. 2006. 154f. Tese (Doutorado em
Agronomia) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria – RS, 2006.
FAO. Acompanhamento da safra Brasileira de grãos 2009/2010: Primeiro
Levantamento – Outubro/2009. Disponível em: <http://www.fao.org.br/download/
ps200910.pdf>. Acesso em: 15.out.2011.
FARIA, A.Y.K.; ALBUQUERQUE, M.C.F; CASSETARI NETO, D. Qualidade
fisiológica de sementes de algodoeiro submetidas a tratamentos químico e biológico.
Revista Brasileira de Sementes, Brasilia, DF: Associação Brasileira de Tecnologia de
Sementes, v. 25, n. 1, p. 121-127, 2003.
FERGUSON, L.M.; SHEW, B.B. Wheat straw mulch and its impacts on three soilborne
pathogens of peanut in microplots. Plant Disease, Saint Paul, Minn., US: American
Phytopathological Society, v. 85, p. 661-667, 2001.
FERRAZ, L.C.L.; CAFÉ FILHO, A.C.; NASSER, L.C.B.; AZEVEDO, J.A. Effects of
soil moisture, organic matter and grass mulching on the carpogenic germination of
sclerotia and infection of bean by Sclerotinia sclerotiorum. Plant Pathology, Bognor
Regis, UK, v. 48, p. 77-82, 1999.
FERREIRA, F.A. Sistema Sisvar para análises estatísticas. Lavras: Universidade
Federal de Lavras, 2000. Disponível em: <http://www.dex.ulfa.br/danielff/
softwares.htm>. Acesso em: 10.nov.2011.
FORSTER, R. Inativação do vírus do mosaico comum do fumo pelo filtrado de culturas
de Trichoderma sp. Bragantia, Campinas-SP, v. 10, n. 5, p. 139-148, 1950.
FRANÇA-NETO, J.B.; HENNING, A.A. Qualidade fisiológica e sanitária de sementes
de soja. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1984. 39p.
79
FURLAN, S.H. Manejo do mofo branco na cultura da soja. Comunicado Técnico, São
Paulo, SP: Instituto Biológico, n. 111, jul. 2009. Disponível em:
<http://www.biologico.sp.gov.br/artigos_ok.php?id_artigo=111>.
Acesso
em:
09.nov.2011.
FURLAN, S.H. Importância do tratamento de sementes no manejo de Sclerotinia
sclerotiorum. Informativo ABRATES, Curitiba, PR: Associação Brasileira de
Tecnologia de Sementes, v. 20, n. 3, p. 58-61, 2010.
GARCIA, R.A. Produção de inóculo, efeito de extratos vegetais e de fungicidas e
reação de genótipos de soja à Sclerotinia sclerotiorum. 2008. 154f. Dissertação
(Mestrado) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia-MG, 2008.
GEYPENS, M. In vitro measurements of antagonism of Trichoderma spp. against
Rhizoctonia solani and significance of nutritional factors. Med. Fac. Landbouww.
Rijksuniv, Gent, Bélgica, p. 997-1007, 1977.
GIMÉNEZ-SAMPAIO, T.; SAMPAIO, N.V. Recobrimento de sementes. Informativo
ABRATES, Curitiba, PR: Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes, v. 4, n. 3,
dez., 1994.
GOMES, F.P. Curso de estatística experimental. 13.ed. Piracicaba: Nobel, 1990.
468p.
GÖRGEN, C.A.; CIVARDI, E.; PERRETO, E.; CARNEIRO, L.C.; SILVEIRA NETO,
A.N.; RAGAGNIN, V.; LOBO JÚNIOR, M. Controle de Sclerotinia sclerotiorum com
o manejo de Brachiaria ruziziensis e aplicação de Trichoderma harzianum. Circular
Técnica, Santo Antônio de Goiás, GO, n. 81, dez., 2008.
HANDELSMAN, J.; STABB, E.Y. Biocontrol of soilborne plant pathogens. The Plant
Cell, Rockville, US, v. 8, p. 1855-1869, 1996.
HARAN, S.; SCHICKLER, H.; OPPENHEIN, A.; CHET, I. New components of the
chitinolytic system of Trichoderma harzianum. Mycological Research, Cambridge,
GB, v. 99, n. 4, p. 441-446, 1995.
HARMAN, G.E. Myths and dogmas of biocontrol changes in perceptions derived from
research on Trichoderma harzianum T-22. Plant Disease, Minnesota, v. 84, n. 4, p.
377-393, abr., 2000.
HARMAN, G. E.; HOWELL, C. R.; VITERBO, A.; CHET, I.; LORITO, M.
Trichoderma species – opportunistic, avirulent plant symbionts. Nature Reviews,
London, GB: Nature Publishing Group, n. 2, p. 43-56, jan., 2004.
HENNING, A.A.; FRANÇA-NETO, J.B. Problemas na avaliação de germinação de
sementes de soja com alta incidência de Phomopsis sp. Revista Brasileira de
Sementes, Brasilia, DF: Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes, v. 2, n. 3, p.
9-22, 1980.
80
HENNING, A.A. Patologia e tratamento de sementes: noções gerais. 2.ed. Londrina:
Embrapa Soja, 2005. 52p. (Documentos, 264).
HERMOSA, M.R.; GRONDONA, I.; ITURRIAGA, E.A.; DIAZ-MINGUEZ, J.M.;
CASTRO, C.; MONTE, E.; GARCIA-ACHA, I. Molecular characterization and
identification of biocontrol isolates of Trichoderma spp. Applied and Environmental
Microbiology, Washington, US: American Society for Microbiology, v. 66, n. 5, p.
1890-1898, maio, 2000.
HINOJOSA, G. F. Auxina em plantas superiores: síntese e propriedades fisiológicas. In:
CID, L.P.B. Hormônios vegetais em plantas superiores. Brasília, DF: Embrapa
Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2005. p. 15-57.
HOITINK, H.A.J.; MADDEN, L.V.; DORRANCE, A.E. Systemic resistance induced
by Trichoderma spp.: Interactions between the host, the pathogen, the biocontrol agent,
and soil organic matter quality. Phytopathology, Saint Paul, Minn., US: American
Phytopathological Society, v. 96, p. 186-189, 2006.
HOWELL, C.R. Effect of Gliocladium virens on Pythium ultimum, Rhizoctonia solani,
and damping-off of cotton seedlings. Phytopathology, Saint Paul, Minn., US:
American Phytopathological Society, v. 72, p. 496-498, 1982.
HOWELL, C.R. The role of antibiosis in biocontrol. p.173-184 In: HARMAN, G.E.;
KUBICEK, C.P. (Ed). Trichoderma and Gliocladium: Enzymes, Biological Control
and Commercial Applications. London: Taylor & Francis, 1998.
HOWELL, C.R. Mechanism employed by Trichoderma species in the biological control
of plant diseases: the history and evolution of current concepts. Plant Disease,
Minnesota, v. 87, n. 1, p. 4-10, 2003.
HOWELL, C.R.; HANSON, L.E.; STIPANOVIC, R.D.; PUCKHABER, L.S. Induction
of terpenoid synthesis in cotton roots and control of Rhizoctonia solani by seed
treatment with Trichoderma virens. Phytopathology, Saint Paul, Minn., US: American
Phytopathological Society, v. 90, p. 248-252, 2000.
HUANG, H.C. Control of Sclerotinia wilt of sunflowers by hyperparasites. Canadian
Journal of Plant Pathology, Ontario, v. 2, p. 26- 32, 1980.
HUANG, H.C.; BREMER, E.; HYNES, R.K.; ERICKSON, R.S. Foliar application of
fungal biocontrole agents for the control of white mold by dry bean caused by
Sclerotinia sclerotiorum. Biological Control, Orlando, Fla., US: Academic Press, v. 18,
p. 270-276, 2000.
INBAR, J.; ABRAMSKY, M.; CHET, I. Plant growth enhancement and disease control
by Trichoderma harzianum in vegetable seedlings under commercial conditions.
European Journal of Plant Pathology, Dordrecht, Holanda, NL: Kluwer Academic
Publishers, v. 100, p. 337-346, 1994.
81
INBAR, J.; MENENDEZ, A.; CHET, I. Hyphal interaction between Trichoderma
harzianum and Sclerotinia sclerotiorum and its role in biological control. Soil Biology
and Biochemistry, Elmsford, NY, v. 28, n. 6, p. 757-763, 1996.
JACCOUD FILHO, D.S.; VRISMAN, C.M.; MANOSSO NETO, M.O.;
HENNEBERG, L.; GRABICOSKI, E.M.G.; PIERRE, M.L.C.; SARTORI, F.F.
Avaliação da eficácia de fungicidas e Trichoderma no controle do “Mofo Branco”
(Sclerotinia sclerotiorum) na cultura da soja. In: REUNIÃO DE PESQUISA DE SOJA
DA REGIÃO CENTRAL DO BRASIL, 31., 2010, Brasília, DF. Resumos, Brasília,
DF: [s.n.], ago., 2010.
JULIATTI, F.C.; POLIZEL,A.P.; JULIATTI, F.Ca. Manejo integrado de doenças na
cultura da soja. Uberlândia: EDUFU, 2004. 327p.
JULIATTI, F.C.; JULIATTI, F.C. Podridão branca da haste da soja: Manejo e uso de
fungicidas em busca da sustentabilidade nos sistemas de produção. Uberlândia:
Composer, 2010. 35p.
JULIATTI, F.C.; JULIATTI, F.C.; REZENDE, A.A.; SANTOS, R.R.; CAIRES, A.M.;
JACCOUD FILHO, D.S. Manejo sustentável. Cultivar – Grandes Culturas, Pelotas,
RS: Grupo Cultivar de Publicações n. 147, p. 12-18, ago. 2011.
KIMATI, H.; BERGAMIN FILHO, A.; AMORIM, L. Princípios gerais de controle. In:
AMORIM, L. , REZENDE, J. A. M. , BERGAMIN FILHO, A. (Org. ). Manual de
Fitopatologia: Princípios e conceitos. 4.ed. São Paulo: Ceres, 2011. v. 1. p. 307-324.
KHAN, J.; OOKA, J.J.; MILLER, S.A.; MADDEN, L.V.; HOITINK, H.A.J. Systemic
resistance induced by Trichoderma hamatum 382 in cucumber against Phytophthora
crown rot and leaf blight. Plant Disease, Saint Paul, Minn., US: American
Phytopathological Society, v. 88, p. 280-286, 2004.
KLEIFELD, O.; CHET, I. Trichoderma harzianum – interaction with plants and effect
on growth response. Plant and Soil, The Hague, Holanda, NL: Martinus Nijhoff
Publishers, v. 144, p. 267-272, 1992.
KUBICEK, C.P.; HARMAN, G.E. Trichoderma and Gliocladium: basic biology,
taxonomy and genetics. London: Taylor & Francis, 1998. v. 1. 278p.
LARANJEIRA, D. Situação atual do controle biológico de Fusarium spp. In:
REUNIÃO DE CONTROLE BIOLÓGICO DE FITOPATÓGENOS, 7., 2001, Bento
Gonçalves, RS. Anais... Bento Gonçalves, RS: [s.n], 2001. (Palestra).
LAZZARETTI, E.; BETTIOL, W. Tratamento de sementes de arroz, trigo, feijão e soja
com um produto formulado à base de células e de metabólitos de Bacillus subtilis.
Scientia Agrícola, Piracicaba, SP: USP, Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz, v. 54, n. 1/2, p. 89-96, 1997.
LEANDRO, L.F.S.; GUZMAN, T.; FERGUSON, L.M.; FERNANDEZ, G.E.;
LOUWS, F.J. Population dynamics of Trichoderma in fumigated and compost-amended
82
soil and on strawberry roots. Applied Soil Ecology, Amsterdam, NL: Elsevier Science,
v. 35, p. 237-246, 2007.
LEHNER, M.S.; VIEIRA, R.F.; LIMA, R.C.; FERRO, C.G.; SANTOS, P.H.;
TEIXEIRA, H.; PAULA JÚNIOR, T.J.; MORANDI, M.A.B. Parasitismo de isolados de
Trichoderma spp. sobre apotécios e escleródios de Sclerotinia sclerotiorum. In:
SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA EPAMIG, 6.,
2009, Belo Horizonte, MG. Resumos... Belo Horizonte, MG: [s.n.], 2009.
LEWIS, J.A.; PAPAVIZAS, G.C. A new approach to stimulate population proliferation
of Trichoderma species and other potential biocontrol fungi introduced into natural
soils. Phytopathology, Saint Paul, Minn., US: American Phytopathological Society, v.
74, n. 10, p. 1240-1244, 1984.
LIFSHITZ, R.; LIFSHITZ, S.; BAKER, R. Decrease in incidence of Rhizoctonia
preemergence damping-of by use of integrated chemical and biological controls. Plant
Disease, New York, n. 69, p. 431-439, 1985.
LIFSHITZ, R.; WINDHAM, M.T.; BAKER, R. Mechanism of biological control of
preemergence damping-off of pea by seed treatment with Trichoderma spp.
Phytopathology, Saint Paul, Minn., US: American Phytopathological Society, v. 76, p.
720-725, 1986.
LILLY, V.G.; BARNETT, H.L. Growth. Physiology of the fungi. New York: McgrawHill, 1951. 464p.
LIMA, L.H.C.; DE MARCO, J.L.; FELIX, C.R. Enzimas hidrolíticas envolvidas no
controle biológico por micoparasitismo. In: MELO, I.S.; AZEVEDO, J.L. (Org.).
Controle biológico. Jaguariúna, SP: Embrapa Meio Ambiente, 1998.
LOBO JÚNIOR, M. Cultivo do Feijão Irrigado na Região Noroeste de Minas
Gerais. Embrapa, 2005. Disponível em: <http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/
FontesHTML/Feijao/FeijaoIrrigadoNoroesteMG/doencas.htm.>
Acesso
em:
10.nov.2011.
LOBO JÚNIOR, M.; GERALDINE, A.M.; CARVALHO, D.D.C. Controle biológico
de patógenos habitantes do solo com Trichoderma spp., na cultura do feijoeito comum.
Circular Técnico, Santo Antônio de Goiás, GO, n. 85, dez., 2009a.
LOBO JÚNIOR, M.; BRANDÃO, R.S.; GERALDINE, A.M. Produtividade do
feijoeiro comum, em campo, em tratamentos com Trichoderma harzianum e
Trichoderma asperellum. Comunicado Técnico, Santo Antônio de Goiás, GO, n. 184,
dez., 2009b.
LOHMANN, T.R.; PAZUCH, D.; STANGARLIN, J.R.; SELZLEIN, C.; NACKE, H.
Seleção de isolados de Trichoderma spp. para controle de Sclerotium rolfsii em soja.
Revista Brasileira de Agroecologia, v. 2, n. 2, p. 1665-1668, 2007.
83
LOPES, R.B.; ALVES, S.B.; PAULI, G.; MASCARIN, G.M.; OLIVEIRA, D.G.P.;
VIEIRA, S.A. Efeito da formulação em óleo emulsionável de Metarhizium anisopliae e
Beauveria bassiana na proteção a fungicidas químicos. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 22., 2008, Uberlândia,MG. Anais... Uberlândia,
MG: [s.n.], 2008. CD-ROM.
LORITO, M.; HARMAN, G.E.; HAYES, C.K.; BROADWAY, R.M.; TRONSMO,
S.L.; WOO, S.L.; DI PIETRO, A. Chitinolytic enzymes produced by Trichoderma
harzianum: antifungal activity of purified endochitinase and chitobiosidase. Molecular
Plant Pathology, London, GB: Academic Press, v. 83, p. 302-307, 1993.
LOUZADA, G.A.S.; CARVALHO, D.D.C.; MELLO, S.C.M.; LOBO JÚNIOR, M.;
MARTINS, I.; BRAÚNA, L.M. Potencial antagônico de Trichoderma spp. originários
de diferentes agroecossistemas contra Sclerotinia sclerotiorum e Fusarium solani. Biota
Neotropica, Campinas, SP: Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo,
Centro de Referência em Informação Ambiental, v. 9, n. 3, 2009.
LUCON, C.M.M. Sideróforos e controle biológico de fitopatógenos. In: MELO, I.S. de;
AZEVEDO, J.L. de. Controle Biológico. Jaquariúna, SP: EMBRAPA Meio Ambiente,
2000. v. 3. p. 141-161.
LUMSDEN, R.D.; LOCKE, J.C. Biological control of damping off caused by Pythium
ultimum and Rhizoctonia solani with Gliocladium virens in soiless mix.
Phytopathology, Saint Paul, Minn., US: American Phytopathological Society, v. 79, p.
361-366, 1989.
LUZ, W.C. da. Controle biológico das doenças na espermosfera. In: BETTIOL, W.
Controle biológico de doenças de plantas. Jaguariúna: Embrapa-CNPDA, 1991. Cap.
3, p. 25-31. (Documentos, 15).
LUZ, W.C. da. Microbiolização de sementes para o controle de doenças. In: LUZ, W.C.
da; FERNANDES, J.M.; PRESTES, A.M. ; PICININI, E.C. Revisão Anual de
Patologia de Plantas, Passo Fundo, RS, v. 1, p. 33-77, 1993.
LYNCK, J. Pesquisa inglesa com agentes biológicos. Jornal Agroceres, São Paulo-SP,
v. 212, p. 2, 1992.
MACHADO, J.C. Tratamento de sementes no controle de doenças. Lavras: UFLA,
2000. 138p.
MAGUIRE, J.D. Speed of germination-aid selection and evaluation for seedling
emergence and vigor. Crop Science, Madison, Wis., US: Crop Science Society of
America, v. 2, n. 1, p. 176-177, 1962.
MANZONI, C.G.; BRAND, S.C.; CRUZ, J.L.; MENEZES J.P.; CAMARGO, R.F.;
BLUME, E.; MUNIZ, M.F.B. Tratamento sanitário de sementes de aveia-preta com
Trichoderma sp., extrato vegetal e agroquímico. In: JORNADAS DE JOVENS
PESQUISADORES DA AUGM, 14., 2006, Campinas, SP. Anais... Campinas, SP:
UNICAMP, 2006.
84
MARIANO, R. de L.R. Métodos de seleção in vitro para o controle biológico de
patógenos de plantas. In: FERNANDES, J.M.C.; PRESTES, A.M.; PICININI, E.C.
Passo Fundo: Revisão Anual de Patologia de Plantas, Passo Fundo, RS: Revisão
Anual de Patologia de Plantas, v. 1, p. 369-409, 1993.
MARTELLETO, M.S. Tratamento de sementes de tomate associado à
microbiolização com Trichoderma spp. 2009. 138f. Tese (Doutorado) – Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica-RJ, 2009.
MARTINS-CORDER, M.P.P.; MELO, I.S. Influência de Trichoderma viride e T.
koningii na emergência de plântulas e no vigor de mudas de berinjela. Revista
Brasileira de Biologia, v. 57, n. 1, p. 39-45, 1997.
MARTINS-CORDER, M.P.P.; MELO, I.S. Antagonismo in vitro de Trichoderma spp.
a Verticillium dahliae Kleb. Scientia Agricola, Piracicaba-SP, v. 55, n. 1, p. 1-7, 1998.
MELO, I.S. de. Potencialidades de utilização de Trichoderma spp. no controle biológico
de doenças de plantas. In: MELO, I.S. de. Controle Biológico de Doenças de Plantas.
Jaguariúna, SP: EMBRAPA-CNPDA, 1991. p. 135-156.
MELO, I.S. de. Trichoderma e Gliocladium como bioprotetores de plantas. Revisão
Anual de Patologia de Plantas, Passo Fundo, v. 4, p. 261-295, 1996.
MELO, I.S. de. Agentes microbianos de controle de fungos fitopatogênicos. In: MELO,
I.S. de.; AZEVEDO, J.L. Controle Biológico. Jaguariúna: EMBRAPA, 1998. p. 17-66.
MELO, I.S. de.; LEVANTEZI, K.; SPESSOTO, A.M.; FEICHTENBERGER, E.
Degradação do fungicida metalaxial por linhagens de Trichoderma spp. isoladas de
solos rizosféricos. In: MELO, I.S. de.; SILVA, C.M.M.S.; SCRAMIN, S.; SPESSOTO,
A. (Org.). Biodegradação. Jaguariúna, SP: Embrapa Meio Ambiente, 2001.
MELO, I.S. de.; COSTA, F.G. Desenvolvimento de uma formulação granulada a base
de Trichoderma harzianum para controle de fitopatógenos. Comunicado Técnico,
Jaguariúna, SP, n. 31, ago., 2005.
MELLO, S.C.M.; ÁVILA, Z.R.; BRAÚNA, L.M.; PÁDUA, R.R.; GOMES, D. Cepas
de Trichoderma para el control biológico de Sclerotium rolfsii Sacc. Fitosanidad, La
Habana, CU: Instituto de Investigaciones de la Sanidad Vegetal, v. 11, n. 1, p. 3-9,
2007.
MERTZ, L.M.; HENNING, F.A.; ZIMMER, P.D. Bioprotetores e fungicidas químicos
no tratamento de sementes de soja. Ciência Rural, Santa Maria, RS: UFSM, Centro de
Ciências Rurais, v. 39, n. 1, jan-fev, 2009.
MICHEREFF, S.J.; BARROS, R. Proteção de plantas na agricultura sustentável.
Recife: UFRPE, Imprensa Universitária, 2001. 368p.
85
MISHRA, D.S.; SINHA, A.P. Plant growth-promoting activity of some fungal and
bacterial agents on rice seed germination and seedling growth. Tropical Agriculture,
Trinidad, v. 77, n. 3, p. 188-191, jul., 2000.
MOINO JÚNIOR., A.; ALVES, S.B. Efeito de Trichoderma sp. no desenvolvimento de
Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. e Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorok. Scientia
Agrícola, Piracicaba-SP, v. 56, n. 1, p. 217-224, 1999.
MONTE, E. Understanding Trichoderma: between biotechnology and microbial
ecology. International of Microbiology, Barcelona, Spain, v.4, n.1-4, 2001.
MORAES FILHO, J.P. Prospecção para safra 2007/08 – soja. Brasília: CONAB –
Companhia Nacional de Abastecimento. 2007. 9p.
MORANDI, M.A.B.; POMELLA, A.W.V.; SANTOS, E.R.; FERNANDES, M.;
CAOVILA, L.E.; FERNANDES, A.O. Seleção de isolados de Trichoderma spp. para o
controle de Sclerotinia sclerotiorum, agente causal do mofo-branco do feijoeiro. In:
SEMINÁRIO SOBRE PRAGAS, DOENÇAS E PLANTAS DANINHAS DO
FEIJOEIRO, 6., 2007, Campinas, SP. Documentos, Campinas, SP: [s.n.], 2007.
MORANDI, M.A.B.; BETTIOL, W. Controle Biológico de Doenças de Plantas no
Brasil. In: BETTIOL, W.; MORANDI, M.A.B. (Eds.). Biocontrole de doenças de
plantas: usos e perspectivas. 1.ed. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2009. cap. 1,
p. 7-14.
NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados no desempenho das plântulas. In:
KRZYZANOWSKI, F.C.; VIEIRA, R.D.; FRANÇA NETO, J.B. (Eds.) Vigor de
sementes: conceitos e testes. Londrina : ABRATES, 1999.
NELSON, E.B. Microbial Dynamics and interactions in the spermosphere. Annual
Reviews of Phytopathology, Palo Alto, n. 42, p. 271-309. 2004.
NEUNFELD, T.H.; KRAEMER, B.; PERINI, L.J.; GREGOLIN, C.; KREIN, T.;
LOHMANN, T.R.; STANGARLIN, J.R. Controle biologic de Sclerotium rolfsii com
Trichoderma harzianum. In: ENCONTRO ANUAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA,
16., 2007, Rio de Janeiro, RJ. Anais... Rio de Janeiro, RJ: [s.n.], 2007.
OLIVEIRA, T.A.S.; CARVALHO, D.D.C.; MELLO, S.C.M. Avaliação da atividade
antagônica in vitro de isolados de Trichoderma spp. para biocontrole de Sclerotinia
sclerotiorum. Comunicado Técnico, Brasília, DF, n.177, ago., 2008.
OMERO, C.; INBAR, J.; ROCHA-RAMÍREZ, V.; HERRERA-ESTRELA, A.; CHET,
I.; HORWITZ, B.A.G Protein activators and cAMP promote mycoparasitic behaviour in
Trichoderma harzianum. Mycological Research, Cambridge, GB, v. 103, n. 12, p.
1637-1642, 1999.
PAPAVIZAS, G.C. Survival of Trichoderma harzianum in soil and in pea and bean
rhizosphere. Phytopathology, Minnesota, v. 71, p. 121-125, 1981.
86
PAPAVIZAS, G.C. Trichoderma and Gliocladium: biology, ecology, and potential for
biocontrol. Minnessota: Annual Reviews of Phytopathology, Minnesota, v. 23, p. 2354, 1985.
PAULA JÚNIOR., T.J.; LOBO JÚNIOR., M.; VIEIRA, R.F.; MORANDI, M.A.B.;
ZAMBOLIM, L. Controle alternativo do mofo-branco do feijoeiro. In: VENZON, M.;
PAULA JÚNIOR., T.J.; PALLINI, A. Tecnologias alternativas para o controle de
pragas e doenças. Viçosa: EPAMIG, 2006. p.1-24.
PAULA JÚNIOR., T.J.; ROCHA, P.R.R.; VIEIRA, R.F.; BERNARDES, A.; VALE,
F.X.R. Controle do mofo-branco do feijoeiro com fungicida e práticas culturais. In: 6º
Seminário sobre pragas, doenças e plantas daninhas do feijoeiro. Documentos, IAC,
Campinas. 79, 2007.
PAULA JÚNIOR, T.J.; SILVA, M.B.; LECCHI, M.G.; AZEREDO, J.O.; PEREIRA,
S.F.; PEREIRA, L.L. Sensibilidade de Trichoderma sp. a fungicidas utilizados na
cultura do feijão. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FITOPATOLOGIA TROPICAL
PLANT PATHOLOGY, 42., 2009, Rio de Janeiro, RJ. Anais... Rio de Janeiro, RJ:
[s.n.], 2009.
PHILLIPS, A.J.L. Carpogenic germination of sclerotia of Sclerotinia sclerotiorum: a
review. Phytophylactica, Pretoria, v. 19, p. 279-283, 1986.
POMELLA, A.W.V. Eficiência de Trichoderma no manejo do mofo branco do
feijoeiro. Revista Campo & Negócios, Uberlândia, MG, Ano 7, n. 95, 2011.
POMELLA, A.W.V; RIBEIRO, R.T.S. Controle biológico com Trichoderma em
grandes culturas – uma visão empresarial. In: BETTIOL, W.; MORANDI, M.A.B.
(Eds.). Biocontrole de doenças de plantas: usos e perspectivas. 1.ed. Jaguariúna:
Embrapa Meio Ambiente, 2009. cap. 15. p. 239-244.
PRADO, M.D.R do; ARAUJO, E.O. Mofo branco : A ameaça tem jeito. A granja– O
Brasil agrícola. 744ed, Dezembro, 2010.
PURDY, L.H. Sclerotinia sclerotiorum: history, diseases and symptomatology, host
range, geographic distribution, and impact. Phytopathology, Saint Paul, v. 69, p. 875880, 1979.
QUEIROZ, P.R. Transformação de Trichoderma harzianum com os genes da EGFP
e β-Tubulina. 2000. 129f. Dissertação (Mestrado) - Universidade de Brasília, Brasília,
DF, 2000.
RAJU, N.S.; NIRANJANA, S.R.; JANARDHANA, G.R.; PRAKASH, H.S.; SHEKAR
SHETY, H.; MATHUR, S.B. Improvemente of seed quality and field emergence of
Fusarium moniliforme infected sorghum seeds using biological agents. Journal of the
Science of Food and Agriculture, Índia, v. 79, p. 206-212, 1999.
REIS, A.; OLIVEIRA, S.M.A. de; MENEZES, M.; MARIANO, R. de L.R.; de
OLIVEIRA, S.M.A. Potencial de isolados de Trichoderma para biocontrole da murcha
87
de Fusarium do feijoeiro. Summa Phytopathologica, São Paulo, v. 21, n. 1, p. 16-20,
1995.
RESENDE, M.L.; OLIVEIRA, J.A.; GUIMARÃES, R.M.; PINHO, R.G.V.; VIEIRA,
A.R. Utilização de sementes de milho utilizando Trichoderma harzianum como
promotor do crescimento. Ciência Agrotécnica, Lavras, v. 28, n. 4, 2004.
REZENDE, A.A.; SAGATA, E.; JULIATTI, F.C. Potencial antagônico de Trichoderma
spp. sobre Fusarium graminearum e Phytophthora capsici. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE FITIPATOLOGIA, 42., 2009, Rio de Janeiro, RJ. Anais... Rio de
Janeiro, RJ: [s.n.], 2009.
RIBAS, P.P.; PAZ, I.C.P.; SANTIN, R.C.M.; GUIMARÃES, A.M.G.; SILVA, M.E.;
MATSUMURA, A.T.S. Toxicidade de princípios ativos de fungicidas comerciais sobre
Trichoderma spp. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FITIPATOLOGIA, 42., 2009,
Rio de Janeiro, RJ. Anais... Rio de Janeiro, RJ: [s.n.], 2009.
ROCHA-RAMÍREZ, V.; OMERO, C.; CHET, I.; HORWITZ, B.A.; HERRERAESTRELA, A. Trichoderma atroviride G-Protein α-Subunit gene Tga1 Is involved in
mycoparasitic coiling and conidiation. American Society for Microbiology, Ann
Arbor, Mich., US: American Society for Microbiology, v. 1, n. 4, p. 594-605, 2002.
SAGATA, E.; REZENDE, A.A.; JULIATTI, F.C. Desenvolvimento de Sclerotinia
sclerotiorum e Sclerotium rolfisii na presença de Trichoderma spp, in vitro. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE FITIPATOLOGIA, 42., 2009, Rio de Janeiro, RJ.
Anais... Rio de Janeiro, RJ: [s.n.], 2009.
SAMUELS, G.J. Trichoderma: Systematics, the sexual state, and ecology.
Phytopathology, Saint Paul, Minn., US: American Phytopathological Society, v. 96, p.
195-206, 2006.
SANOGO, S.; POMELLA, A.; HEBBAR, P.K.; BAILEY, B.; COSTA, J.C.B.;
SAMUELS, G.J.; LUMSDEN, R.D. Production and germination of conidia of
Trichoderma stromaticum, a mycoparasite of Crinipellis perniciosa on cacao.
Phytopathology, Saint Paul, Minn., US: American Phytopathological Society, v. 92, p.
1032-1037, 2002.
SANTOS, J.; PAULA JÚNIOR, T.J.; PRADO, A.L.; FERRO, C.G.; SANTOS, P.H.;
TEIXEIRA, H.; VIEIRA, R.F.; MORANDI, M.A.B. Atividade hiperparasítica de
Trichoderma spp. sobre escleródios de Sclerotinia sclerotiorum em solo. In: Seminário
de Iniciação Científica e Tecnológica – EPAMIG, 6., Belo Horizonte, MG. Artigos
Técnicos... Belo Horizonte, MG: [s.n.], 2011. Disponível em: <http://www.epamig.br
/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=121&dir=DESC&order=date&li
mit=10&limitstart=10>. Acesso em: 09.11.2011.
SCHAFER, M.; KOTANEN, P.M. The influence of soil moisture on losses of buried
seeds to fungi. Acta Oecologica, Paris, FR: Gauthier Villars, v. 24, p. 255-263, 2003.
88
SID AHMED, A.; PÈREZ SÁNCHEZ, C.; CANDELA, M.E. Evaluation of induction
of systemic resistance in pepper plants (Capsicum annuum) to Phytophthora capsici
using Trichoderma harzianum and its relation with capsidiol accumulation. European
Journal of Plant Pathology, Dordrecht, Holanda, NL: Kluwer Academic Publishers, v.
106, p. 817-824, 2000.
SILVA, P.R.Q. Transformação de Trichoderma harzianum com os genes egfp e (tubulina). 2000. 129p. Dissertação (Mestrado em Fitopatologia) - Universidade de
Brasília, Brasília, 2000.
SILVA, R.N.; SILVA, S.P.; BRANDÃO, R.L.; ULHOA, C.J. Regulation of N-acetil-βD-glucosaminidase produced by Trichoderma harzianum: evidence that cAMP controls
its expression. Research in Microbiology, Paris, v. 155, p. 667-671, 2004.
SILVA, G.M.; MAIA, M.S.; MORAES, C.O.C.; MEDEIROS, R.B.; SILVA, C.S.;
PEREIRA, D.D. Fungos associados a sementes de cevadilha vacariana (Bromus
auleticus) coletadas nas plantas e no solo. Fitopatologia Brasileira, Brasilia, DF:
Sociedade Brasileira de Fitopatologia, v. 32, p. 353-357, 2007.
SILVA, C.L.; MARTINS, J.A.S.; JULIATTI, F.C., REZENDE, A.A. Antagonismo de
Trichoderma spp sobre Macrophomina phaseolina, in vitro. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE FITIPATOLOGIA, 42., 2009, Rio de Janeiro, RJ. Anais... Rio de
Janeiro, RJ: [s.n.], 2009.
SILVEIRA, N.S.S.; MICHEREFF, S.J.; MENEZES, M.; TAKAKI, G.M.C. Potencial
de isolados de Trichoderma spp. no controle de Sclerotium rolfsii em feijoeiro. Summa
Phytopathologica, Jaguariuna, SP: Grupo Paulista de Fitopatologia, v. 20, n. 1, p. 2225, 1994.
SPIEGEL, Y.; CHET, I. Evolution of Trichoderma spp. as a biocontrol agent against
soilborne fungi and plant parasitic nematodes in Israel. Integrated Pest Management
Review, Israel, v. 3, p. 167-175, 1998.
SUDO-MARTELLETO, M. Seleção de isolados de Trichoderma spp. para o
tratamento de sementes de tomate visando a proteção contra patógenos de solo e
de armazenamento e promoção de crescimento. 2005. 112f. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica-RJ, 2005.
TANAKA, O.A.F.; KITAJIMA, E.W. Treinamento de Técnicas em Microscopia
Eletrônica de Varredura. Piracicaba: ESALQ – NAP/MEPA, 2009.
TEDESCO, V. Panorama e perspectivas de uso de Trichoderma spp, no manejo de
patógenos radiculares com ênfase na cultura da soja. 2009. 40f. Monografia
(Especialização) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre-RS, 2009.
TSAHOURIDOU, P.C.; THANASSOULOPOULOS, C.C. Proliferation of
Trichoderma koningii in the tomato rhizosphere and the supression of damping-off by
Sclerotium rolfsii. Soil Biology and Biochemistry, Elmsford, NY, US: Pergamon
Press, v. 34, p. 767-776, 2002.
89
VALE, F.X.R.; FERNANDES FILHO, E.I.; LIBERATO, J.R. QUANT. A software
plant disease severity assessment. In: INTERNATIONAL CONGRESS OF PLANT
PATHOLOGY, 8., 2003, Christchurch, Proceedings. Christchurch: [International
Society for Plant Pathology], 2003. p. 105.
VINALE, F.; SIVASITHAMPARAM, K.; GHISALBERTI, E.L.; MARRA, R.; WOO,
S.L.; LORITO, M. Trichoderma – plant – pathogen interactions. Soil Biology &
Biochemistry, Elmsford, NY, US: Pergamon Press, v. 40, p. 1- 10, 2008.
WELLS, H.D.; BELL, D.K.; JAWORSKI, C.A. Efficacy of Trichoderma harzianum as
a biocontrol agent for Sclerotium rolsfsii. Phytopathology, Saint Paul, Minn., US:
American Phytopathological Society, v. 62, n. 4, p. 442-447, 1972.
WILLETTS, H.J.; WONG, J.A.L. The biology of Sclerotinia sclerotiorum, S.
trifoliorum and S. minor with emphasis on specific nomenclature. Botanical Review,
Bronx, NY, US: New York Botanical Garden, v. 46, n. 2, p. 101-106, 1980.
WINDHAM, M.T.; ELAD, Y. A mechanism for increased plant growth induced by
Trichoderma spp. Phytopathology, Minnesota, v. 76, n. 5, p. 518-521, 1986.
YEDIDIA, I.; BENHAMOU, N.; CHET, I. Induction of defense responses in cucumber
plants (Cucumis sativus L.) by the biocontrol agent Trichoderma harzianum. Applied
and Environmental Microbiology, Washington, US: American Society for
Microbiology, v. 65, n. 3, p. 1061-1070, 1999.
YEDIDIA, I.; SRIVASTVA, A.K.; KAPULNIK, Y.; CHET, I. Effect of Trichoderma
harzianum on microelement concentrations and increased growth of cucumber plants.
Plant and Soil, Netherlands, v. 235, p. 235-242, 2001.
ZHANG, W.; DICK, W.A.; HOITINK, H.A.J. Compost-induced systemic acquired
resistance in cucumber to Pythium root rot and anthracnose. Phytopathology, Saint
Paul, Minn., US: American Phytopathological Society, v. 86, p. 1066-1070, 1996.
90
ANEXO A
Ficha técnica dos produtos utilizados.
1. Quality
Ingrediente ativo: Trichoderma asperellum
Concentração: 1,0 x 10 10
Formulação: WG – Granulado dispersível
2. Trichodermil
Ingrediente ativo: Trichoderma harzianum
Concentração: 2,0 x 10 9
Formulação: SC – Suspensão concentrada
3. Ecotrich
Ingrediente ativo: Trichoderma harzianum
Concentração: 5,0 x 10 10
Formulação: WP – Pó Molhável
4. Agrotrich
Ingrediente ativo: Trichoderma spp.
Concentração: 10 8
Formulação: PM – Pó Molhável
5. Cercobin
Ingrediente ativo: Tiofanato metílico
Concentração: 500 g.L-1
Formulação: SC – Suspensão concentrada
Classe: Fungicida
Modo de ação: Sistêmico
Grupo químico: Benzimidazol
Classe toxicológica: IV – Pouco tóxico
6. Frowncide
Ingrediente ativo: Fluazinam
Concentração: 500 g.L-1
Formulação: SC – Suspensão concentrada
Classe: Acaricida e fungicida
Modo de ação: Contato
Grupo químico: Fenilpiridinilamina
Classe toxicológica: II – Altamente tóxico
7. Sumilex
Ingrediente ativo: Procimidona
Concentração: 500 g.kg-1
Formulação: WP – Pó Molhável
Classe: Fungicida
Modo de ação: Sistêmico
Grupo químico: Dicarboximida
Classe toxicológica: II – Altamente tóxico
8. Certeza
Ingrediente ativo: Tiofanato metílico + Fluazinam
Concentração: 350 g.L-1 + 52,5 g.L-1
Formulação: SC – Suspensão concentrada
Classe: Fungicida
Modo de ação: Sistêmico e Contato
Grupo químico: Benzimidazol + Fenilpiridinilamina
Classe toxicológica: I – Extremamente tóxico
9. Maxim XL
Ingrediente ativo: Fludioxonil + Metalaxyl-M
Concentração: 25 g.L-1 + 10 g.L-1
Formulação: SC – Suspensão concentrada
Classe: Fungicida
Modo de ação: Sistêmico de contato
Grupo químico: Fenilpirrol + Acilalaninato
Classe toxicológica: III – Medianamente tóxico
10. Derosal
Ingrediente ativo: Carbendazim
Concentração: 500 g.L-1
Formulação: SC – Suspensão concentrada
Classe: Fungicida
Modo de ação: Sistêmico
Grupo químico: Benzimidazol
Classe toxicológica: II – Altamente tóxico
11. Standak Top
Ingrediente ativo: Piraclostrobina + T. metílico + Fipronil
Concentração: 25 g.L-1 + 225 g.L-1 + 250 g.L-1
Formulação: SC – Suspensão concentrada
Classe: Fungicida/Inseticida
Modo de ação: Sistêmico, Contato e Ingestão
Grupo químico: Estrobilurinas + Benzimidazol + Pirazol
Classe toxicológica: III – Medianamente tóxico
91
ANEXO B
Fungicida x Bioproduto x Concentração (PPM).
1B- Diâmetro (cm) das colônias dos isolados de Trichoderma plaqueados em meio de cultura contendo fungicidas. Uberlândia-MG, 2011.
Fungicidas
Testemunha
Certeza
Frowncide
Cercobin
Standak Top
Derosal
Maxim XL
Sumilex
1
PPM
0,0
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
DAP – dias após o plaqueamento
1 DAP1
2,02
1,3
1,1
0,0
0,0
0,0
1,0
0,7
0,0
0,0
0,0
1,9
1,8
0,0
0,0
0,0
1,4
1,1
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
1,4
1,2
0,0
0,0
0,0
2 DAP
3,0
1,9
1,2
0,0
0,0
0,0
1,3
1,2
1,0
0,8
0,0
3,9
3,4
1,1
0,2
0,0
2,4
1,8
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,6
0,6
0,0
0,0
0,0
3,0
2,1
0,9
1,1
1,2
Agrotrich (Trichoderma spp.)
3 DAP
4 DAP
5 DAP
4,9
9,0
9,0
3,0
4,7
5,5
1,7
1,8
2,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
1,8
2,7
3,2
1,6
2,2
2,5
1,5
1,9
2,1
1,3
1,5
1,8
0,3
0,0
1,0
6,9
9,0
9,0
6,2
8,0
8,9
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
3,8
5,5
6,3
2,6
3,3
3,5
0,2
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
1,2
1,7
1,5
0,4
1,1
1,1
0,0
0,4
0,0
0,0
0,4
0,0
0,0
0,0
0,0
0,9
2,6
4,0
0,7
1,8
2,6
0,0
1,2
2,2
0,0
1,0
1,4
0,0
0,0
0,2
5,4
8,8
9,0
4,0
6,8
8,4
1,1
1,3
1,4
1,5
2,3
2,7
1,4
2,2
2,7
6 DAP
9,0
6,8
2,1
0,6
0,0
0,0
3,8
2,9
2,2
2,0
1,2
9,0
9,0
1,1
0,0
0,0
7,2
3,7
0,9
0,0
0,0
1,7
1,1
0,0
0,0
0,0
5,7
3,8
3,6
1,7
1,0
9,0
9,0
1,6
2,9
2,9
7 DAP
9,0
8,3
2,2
0,9
0,6
0,0
4,6
3,7
2,7
2,4
1,2
9,0
9,0
1,2
1,0
0,0
8,4
4,2
1,0
0,9
0,0
2,1
1,1
0,6
0,4
0,0
6,1
4,3
4,3
1,9
1,0
9,0
9,0
2,2
4,0
3,8
1 DAP
2,2
1,4
1,0
0,0
0,0
0,0
0,6
0,6
0,0
0,0
0,0
2,0
2,1
0,8
0,0
0,0
1,3
1,1
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
1,2
1,0
0,0
0,0
0,0
2 DAP
3,6
2,1
1,3
0,0
0,0
0,0
1,0
1,0
0,8
0,3
0,0
3,5
3,5
0,9
0,0
0,0
2,3
1,8
0,2
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,6
0,0
0,0
0,0
0,0
2,7
2,1
1,0
1,1
1,0
Ecotrich (T. harzianum)
3 DAP
4 DAP
5 DAP
6,0
9,0
9,0
3,1
5,4
6,3
1,5
2,2
2,4
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
1,3
1,6
2,0
1,3
2,0
2,3
1,1
1,6
1,8
0,7
1,1
1,4
0,0
0,0
0,8
6,0
9,0
9,0
5,4
7,8
8,6
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
4,3
6,4
7,2
2,8
3,9
3,6
0,2
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
1,0
1,1
1,2
0,6
1,0
1,1
0,0
0,0
0,6
0,0
0,0
0,8
0,0
0,0
0,9
0,7
1,2
1,6
0,0
1,7
2,7
0,0
1,6
2,5
0,0
0,0
1,9
0,0
0,0
0,6
4,7
8,4
8,9
3,7
6,3
8,6
1,2
1,3
1,6
1,4
1,7
2,6
1,3
1,3
2,2
...Continua...
6 DAP
9,0
7,9
2,7
0,8
0,0
0,0
2,4
2,5
1,9
1,7
1,0
9,0
9,0
1,0
0,0
0,0
8,5
4,7
0,9
0,0
0,0
1,1
1,0
0,5
1,1
0,8
2,6
4,0
4,3
2,2
0,9
9,0
9,0
2,1
3,0
2,1
7 DAP
9,0
9,0
2,9
0,9
0,0
0,0
2,9
3,3
2,4
2,3
1,4
9,0
9,0
1,1
0,9
0,0
9,0
5,0
1,0
0,6
0,0
1,3
1,0
0,7
0,8
0,0
3,1
4,8
5,1
2,6
1,4
9,0
9,0
2,5
3,9
2,7
92
1B, Cont.
Fungicidas
Testemunha
Certeza
Frowncide
Cercobin
Standak Top
Derosal
Maxim XL
Sumilex
1
PPM
0,0
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
0,1
1
10
100
1000
1 DAP1
2,5
2,1
1,4
0,0
0,0
0,0
0,5
0,8
0,6
0,0
0,0
2,0
1,7
0,0
0,0
0,0
1,8
1,6
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
1,4
2,1
0,4
0,9
0,8
DAP – dias após o plaqueamento
Fonte: a autora.
2 DAP
4,3
3,6
2,0
0,0
0,0
0,0
1,5
1,4
1,3
1,3
0,8
4,1
2,6
0,0
0,0
0,0
3,0
2,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,8
0,4
0,0
0,0
0,0
2,4
3,7
0,8
1,1
1,4
Quality (T. asperellum)
3 DAP
4 DAP
5 DAP
8,0
9,0
9,0
5,4
7,6
8,6
2,4
2,7
2,8
0,9
0,5
0,8
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
2,2
2,6
3,5
2,0
2,8
3,5
2,0
2,7
3,7
1,9
2,5
3,0
1,3
1,4
1,6
5,9
7,3
7,9
3,3
3,3
3,6
0,0
0,3
0,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
3,8
4,5
5,1
2,8
2,3
2,3
0,8
0,0
0,0
0,0
0,4
0,5
0,0
0,0
0,0
1,0
1,2
1,3
0,4
0,6
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
1,1
1,2
1,3
0,8
1,0
1,0
0,0
1,0
2,1
0,0
0,8
1,4
0,0
0,0
0,5
3,5
4,6
5,9
5,6
7,8
8,6
1,0
1,1
1,2
1,4
1,8
2,3
1,8
1,9
2,4
6 DAP
9,0
9,0
2,9
0,7
0,0
0,0
3,9
3,5
4,0
3,3
2,0
8,3
3,6
0,4
0,0
0,0
5,7
2,3
0,2
0,0
0,0
1,4
0,0
0,0
0,0
0,0
2,0
1,3
3,4
1,7
0,7
6,3
8,9
1,3
2,6
2,6
7 DAP
9,0
9,0
3,0
1,0
0,5
0,0
4,7
4,4
4,9
3,9
2,2
8,4
3,8
0,9
0,8
0,0
6,3
2,6
0,8
1,1
0,0
1,6
0,6
0,0
0,8
0,0
1,9
1,6
4,0
2,1
1,0
6,9
9,0
1,5
3,4
2,9
1 DAP
2,1
1,2
1,0
0,3
0,0
0,0
1,1
0,8
0,4
0,0
0,0
2,1
2,1
0,9
0,0
0,0
1,4
0,9
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
1,5
1,2
0,4
0,8
0,8
2 DAP
4,2
1,5
1,3
0,0
0,0
0,0
1,3
1,0
0,7
0,6
0,0
3,5
3,3
1,0
0,0
0,0
1,9
1,6
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
1,0
0,4
0,0
0,0
0,0
2,7
2,1
0,9
1,1
0,9
Trichodermil (T. harzianum)
3 DAP
4 DAP
5 DAP
7,8
9,0
9,0
2,4
3,4
4,0
1,6
1,7
1,9
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
1,7
2,4
2,7
1,6
2,2
2,5
1,3
1,7
1,9
1,2
1,7
1,9
0,0
0,6
1,0
5,9
9,0
9,0
4,7
6,0
6,4
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
3,0
4,4
5,0
2,2
2,8
3,0
0,2
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,9
1,0
1,1
0,4
0,8
0,0
0,0
0,0
0,2
0,0
0,0
0,5
0,0
0,0
0,0
1,1
1,5
1,7
0,8
1,5
2,1
0,0
1,3
2,0
0,0
0,0
1,6
0,0
0,0
0,7
5,0
8,4
9,0
3,4
6,0
7,5
1,0
2,0
3,3
1,2
1,7
2,3
1,4
2,0
2,4
6 DAP
9,0
4,2
1,9
0,7
0,0
0,0
3,0
2,8
2,2
2,2
1,4
9,0
6,6
1,0
0,0
0,0
5,5
3,1
0,9
0,7
0,0
1,0
0,2
0,5
0,0
0,0
2,1
3,6
3,5
2,2
1,0
9,0
8,8
3,6
2,9
2,4
7 DAP
9,0
5,0
2,0
0,8
0,7
0,0
3,5
3,5
2,7
2,7
1,6
9,0
6,6
1,1
0,9
0,0
7,1
3,4
0,9
0,9
0,8
1,3
0,9
0,8
0,8
0,7
2,6
4,6
4,3
2,5
1,2
9,0
9,0
4,4
3,6
3,4
93
2B- Representação gráfica, ajuste das equações de regressão logarítmica (p < 0,10) e
coeficientes de determinação (R2) de índice de velocidade média de crescimento dos
isolados de Trichoderma spp. plaqueados em meio de cultura contendo o fungicida
Cercobin (T. metílico) nas concentrações de 0,1; 1; 10; 100 e 1000 ppm. UberlândiaMG, 2011.
3B- Representação gráfica, ajuste das equações de regressão logarítmica (p < 0,10) e
coeficientes de determinação (R2) da velocidade média de crescimento dos isolados de
Trichoderma spp. plaqueados em meio de cultura contendo o fungicida Certeza (T.
metílico + Fluazinam) nas concentrações de 0,1; 1; 10; 100 e 1000 ppm. UberlândiaMG, 2011.
94
4B- Representação gráfica, ajuste das equações de regressão logarítmica (p < 0,10) e
coeficientes de determinação (R2) da velocidade média de crescimento dos isolados de
Trichoderma spp. plaqueados em meio de cultura contendo o fungicida Derosal
(Carbendazim) nas concentrações de 0,1; 1; 10; 100 e 1000 ppm. Uberlândia-MG, 2011.
5B- Representação gráfica, ajuste das equações de regressão logarítmica (p < 0,10) e
coeficientes de determinação (R2) da velocidade média de crescimento dos isolados de
Trichoderma spp. plaqueados em meio de cultura contendo o fungicida Frowncide
(Fluazinam) nas concentrações de 0,1; 1; 10; 100 e 1000 ppm. Uberlândia-MG, 2011.
95
6B- Representação gráfica, ajuste das equações de regressão logarítmica (p < 0,10) e
coeficientes de determinação (R2) da velocidade média de crescimento dos isolados de
Trichoderma spp. plaqueados em meio de cultura contendo o fungicida Maxim XL
(Fludioxonil + Metalaxyl-M) nas concentrações de 0,1; 1; 10; 100 e 1000 ppm.
Uberlândia-MG, 2011.
7B- Representação gráfica, ajuste das equações de regressão logarítmica (p < 0,10) e
coeficientes de determinação (R2) da velocidade média de crescimento dos isolados de
Trichoderma spp. plaqueados em meio de cultura contendo o fungicida Standak Top
(Fipronil + T. metílico + Piraclostrobina) nas concentrações de 0,1; 1; 10; 100 e 1000
ppm. Uberlândia-MG, 2011.
96
8B- Representação gráfica, ajuste das equações de regressão logarítmica (p < 0,10) e
coeficientes de determinação (R2) da velocidade média de crescimento dos isolados de
Trichoderma spp. plaqueados em meio de cultura contendo o fungicida Sumilex
(Procimidona) nas concentrações de 0,1; 1; 10; 100 e 1000 ppm. Uberlândia-MG, 2011.
97
ANEXO C
Compatibilidade Bioprodutos x Insumos.
1C- Trichodermil (Trichoderma harzianum)
Teste de Compatibilidade*
Trichodermil (T. harzianum) X Insumos
Isolado: 1306
Avaliação: Germinação de Esporos
* Dados fornecidos pela empresa Itaforte Bioprodutos
(www.itarfortebioprodutos.com.br)
HERBICIDAS
Produto
Herburon500BR
Dose
2L/100L
% Germinação
51,11
Compatibilidade
MD - moderadamente tóxico
Dose
200g/100L
100ml/100kg
100g/100L
240g/100L
100mL/100L
450mL/100kg semente
% Germinação
7,02
8,18
125,23
2,92
0,89
0,82
7,34
Compatibilidade
MT - muito tóxico
MT - muito tóxico
C - compatível
MT - muito tóxico
MT - muito tóxico
MT - muito tóxico
MT - muito tóxico
Dose
150mL/100L
% Germinação
8,63
Compatibilidade
MT - muito tóxico
Dose
1%
1%
0,33%
0,33%
0,167%
1%
10L/100L
1%
1L/100L
35mL/L p/100kg sem.
% Germinação
97,09
84,76
3,02
63,57
57,41
39,8
0,74
25,57
5,46
26,77
Compatibilidade
C - compatível
C - compatível
MT - muito tóxico
C - compatível
MD - moderadamente tóxico
T - tóxico
MT - muito tóxico
MT - muito tóxico
MT - muito tóxico
MT - muito tóxico
FUNGICIDAS
Produto
Isatalonil PM
Maxim XL
Monceren PM
Orthocide 500
Rovral SC
Terraclor 750PM
VitavaxThiram 200SC
INSETICIDAS
Produto
Astro
ADUBOS/ADITIVOS
Produto
BioPiro
BioPiro + Pimenta + Alho
StubAid
CompostAid
Agromos
Humisolv
Humitec
Rocksil
Trafós K
Corante Laborsan verm.
98
2C- Quality (Trichoderma asperellum)
Teste de Compatibilidade*
Quality (T. asperellum) X Insumos
Isolado: Sf 04
Avaliação: Germinação de Esporos
Dosagens seguem a máxima recomendação do Compêndio de
Defensivos Agrícolas
* Dados fornecidos pelo Laboratório de Biocontrole Farroupilha
(www.grupofarroupilha.com)
TRATAMENTO DE SEMENTES
Produtos
Comol
Captan
Atento
Derosal Plus
Furadan
Protreat
Vitavax Thiran
TMS
Thiodan
Thiran
Sumilex 200 g
Derosal 500 SC
Crospstar 700 mL
Apron
Sumilex 200 g/ 100 kg
Acorda
Biozyne TF
Monceren
Standak Top
Standak
Booster Agrichem
Cercobin 200 g
Certeza
Cobalto EDTA
Cropstar
Cruiser
Gaucho
Inoculantes de soja e feijão
Máster Fix Gramínea
Maxin XL
Maxin Advanced
Molibdato de Sódio
Molibidêmio + Gallop
Nicomo
Permite
Pirâmide
Spectro
Resultados
Incompatível (compatível apenas com produtos “quelatizados”)
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
HERBICIDAS
Produtos
24-D
Aminol
Amplo
Aurora
Chart
Classic
Clorimuron Nortox
Cobra
Diuron
Dual Gold
Envoke
Resultados
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
99
Flex
Fusilade
Gallant
Gamit
Gramoxil
MSMA
Naja
Pivot
Podium S
Primoleo
Round-Up
Sencor
Staple
Verdict
Gesagard
Basagrand
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
FUNGICIDAS
Produtos
Aproach
Artea
Cantus
Carbendazin
Comet
Domark
Fegatex
Folicur 200 CE dose de 1000 mL/200L de calda
Frowncide 500 SC
Zignal
Manzate
Mertin
Nativo
Opera
Salute
Skip
Derosal 500 SC
Priori
Score
Alto 100
Amistar
Aureo
Battle
Cabrio Top
Cercobin
Cobre
Folicur dose de 500 mL/200L de calda
Forum
Kocide
Monceren
Porteiro
Priori Xtra
Provence
Ridomil (até 2 L/ ha)
Ronilan
Rovral
Sialex
Starky
Sumilex
Supera
Resultados
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
FERTILIZANTES
Produtos
Ácido Bórico
Brisk
Resultados
Incompatível
Incompatível
100
Biogain Max Rigrantec
Biogain Fúlvico Rigrantec
Nyon Boro Solo
MAP Purificado (aplicado via pivo na mesma caixa)
Agnus 200
Agrocolt
Biogain Alga Rigrantec
Biogain Húmico Rigrantec
Broadacre Mn Agrichem
Cal Super
Cloreto de Manganês
Cloreto de Potássio
Fereiacty Leg
Compostation
MAG FLO
MOP
Molibidato de Sódio
NP 10
Nitrato de Potássio
Octaborato de Sódio 20,5%
PD
Sulfato de Amônio
Sulfato de Cobalto
Sulfato de Cobre
Sulfato de Manganês
Sulfato de Zinco
Supra Bor
TA 35
Ureia
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Incompatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível (uso imediato)
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível (uso imediato)
Compatível
Compatível
ANTIBIÓTICOS
Produtos
Kasumim
Resultados
Compatível
INSETICIDAS
Produtos
Orthocide
Acces
Acefato
Actara
Alfa
Ampligo
Astro
Beluri
Calisto
Cipermetrina
Clorpirifos
Curyon
Demand
Engeo
Fury
Imidacloprid 700 WG
Karate
Lanate
Majesty
Match CE
Metafos
Mospilan
Pirinex
Prêmio-Du Pont
Polo
Provado 200 SC
Regente
Sabre
Resultados
Incompatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
101
Saurus
Talstar
Tracer
Vertimec
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
ESTIMULANTES VEGETAIS
Produtos
Green Mix (Humix)
Agro Moss
Compost-Aid
Soil Plex
Stubble-Aid
Resultados
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
BIOPRODUTOS
Produtos
Best
Biosafe
Rizos
Elite
Resultados
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
NEMATICIDAS
Produtos
Abamectina
Avicta
Eqnema
Resultados
Incompatível
Compatível
Compatível
HORMÔNIO VEGETAL
Produtos
Pix HC
Stimullus CS
Resultados
Compatível
Compatïvel
ADJUVANTES
Produtos
Avlo
Antideriva
Nimbus
Óleos vegetais emulsionáveis
Oppa
Sag
Tek-F
Water Mix
Resultados
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
CONDICIONADORES DE SOLO
Produtos
Ribumim
Fertium
Resultados
Compatível
Compatível
102
ANEXO D
Fungicida x Bioproduto x Tempo (hora).
1D- Representação gráfica, ajuste das equações de regressão linear e coeficientes de
determinação (R2) dos efeitos na germinação dos esporos dos antagonistas em sementes
de soja após 0, 3 e 16 horas de exposição aos bioprodutos (Testemunha). UberlândiaMG, 2011.
2D- Representação gráfica, ajuste das equações de regressão linear e coeficientes de
determinação (R2) dos efeitos na germinação dos esporos dos antagonistas em sementes
de soja tratadas com o fungicida Frowncide (Fluazinam) e os bioprodutos, após 0, 3 e
16 horas de exposição. Uberlândia-MG, 2011.
103
3D- Representação gráfica, ajuste das equações de regressão linear e coeficientes de
determinação (R2) dos efeitos na germinação dos esporos dos antagonistas em sementes
de soja tratadas com o fungicida Certeza (Tiofanato metílico + Fluazinam) e os
bioprodutos, após 0, 3 e 16 horas de exposição. Uberlândia-MG, 2011.
4D- Representação gráfica, ajuste das equações de regressão linear e coeficientes de
determinação (R2) dos efeitos na germinação dos esporos dos antagonistas em sementes
de soja tratadas com o fungicida Maxim XL (Fludioxonil + Metalaxyl-M) e os
bioprodutos, após 0, 3 e 16 horas de exposição. Uberlândia-MG, 2011.
104
5D- Representação gráfica, ajuste das equações de regressão linear e coeficientes de
determinação (R2) dos efeitos na germinação dos esporos dos antagonistas em sementes
de soja tratadas com o fungicida Sumilex (Procimidona) e os bioprodutos, após 0, 3 e 16
horas de exposição. Uberlândia-MG, 2011.
6D- Representação gráfica, ajuste das equações de regressão linear e coeficientes de
determinação (R2) dos efeitos na germinação dos esporos dos antagonistas em sementes
de soja tratadas com o fungicida Cercobin (Tiofanato metílico) e os bioprodutos, após 0,
3 e 16 horas de exposição. Uberlândia-MG, 2011.
105
7D- Representação gráfica, ajuste das equações de regressão linear e coeficientes de
determinação (R2) dos efeitos na germinação dos esporos dos antagonistas em sementes
de soja tratadas com o fungicida Standak Top (Fipronil + T. metílico + Piraclostrobina)
e os bioprodutos, após 0, 3 e 16 horas de exposição. Uberlândia-MG, 2011.
8D- Representação gráfica, ajuste das equações de regressão linear e coeficientes de
determinação (R2) dos efeitos na germinação dos esporos dos antagonistas em sementes
de soja tratadas com o fungicida Derosal (Carbendazim) e os bioprodutos, após 0, 3 e 16
horas de exposição. Uberlândia-MG, 2011.
106
ANEXO E
Índice de Velocidade de emergência (IVE)
1E- Número de plântulas emergidas provenientes de sementes tratadas com Trichoderma spp., com e sem inoculação de S. sclerotiorum e
velocidade média de emergência. Uberlândia-MG, 2011.
Tratamentos
Avaliações*
1ª Av.
2ª Av.
3ª Av.
4ª Av.
5ª Av.
6ª Av.
7ª Av.
8ª Av.
9ª Av.
10ª Av.
11ª Av.
12ª Av.
13ª Av.
SEM INOCULAÇÃO
Testemunha
18
34
60
71
85
93
101
106
111
114
116
116
118
Agrotrich (Trichoderma spp.)
18
44
73
85
97
108
116
118
120
126
126
127
127
Ecotrich (T. harzianum)
19
43
63
78
91
100
110
113
117
119
120
120
122
Quality (T. asperellum)
15
52
74
85
100
106
113
115
117
120
121
124
125
Trichodermil (T. harzianum)
20
47
56
67
77
92
96
102
107
110
111
113
113
COM INOCULAÇÃO
Testemunha
13
32
53
61
69
73
78
79
82
83
84
84
86
Agrotrich (Trichoderma spp.)
11
31
43
48
51
54
59
60
62
62
62
62
62
Ecotrich (T. harzianum)
11
36
64
71
80
84
88
90
92
93
94
94
95
Quality (T. asperellum)
18
34
46
52
57
59
61
62
63
65
65
65
65
Trichodermil (T. harzianum)
7
28
42
45
51
53
53
54
55
56
57
57
57
CV (%)
*As avaliações começaram a partir do quinto dia após a semeadura.
Fonte: a autora.
107
2E- Índice de velocidade média de emergência de sementes tratadas com Trichoderma
spp., com e sem inoculação de S. sclerotiorum e velocidade média de emergência.
Uberlândia-MG, 2011.
Tratamentos
Velocidade Média de Emergência
SEM
COM
57 aA
61 aA
116 bB
67 aA
Ecotrich (T. harzianum)
90 bA
80 aA
Quality (T. asperellum)
115 bA
109 bA
Trichodermil (T. harzianum)
102 bA
100 bA
Testemunha
Agrotrich (Trichoderma spp.)
23,84
CV (%)
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna, não diferem entre si pelo
teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade, dados transformados em x  0,5 .
108
ANEXO F- Análises de Variância
1F- Germinação dos produtos biológicos. Dados originais.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
3
3916.000000
1305.333333
273.209 0.0000
REP
3
17.000000
5.666667
1.186 0.3686
erro
9
43.000000
4.777778
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
15
3976.000000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
2.53
Média geral:
86.5000000
Número de observações:
16
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 4,82698000826528 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
2F- Contaminação por bactérias dos produtos biológicos. Dados originais.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
3
6700.000000
2233.333333
21.730 0.0002
REP
3
875.000000
291.666667
2.838 0.0982
erro
9
925.000000
102.777778
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
15
8500.000000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
36.87
Média geral:
27.5000000
Número de observações:
16
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 22,3878371257014 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
3F- Porcentagem média da área da superfície do meio ocupada pelo Trichoderma spp.
Dados originais.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
3
21.752819
7.250940
0.528 0.6742
REP
3
24.339619
8.113206
0.591 0.6365
erro
9
123.638106
13.737567
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
15
169.730544
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
5.80
Média geral:
63.9431250
Número de observações:
16
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 8,18497664497637 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
4F- Velocidade média de crescimento das colônias dos isolados de Trichoderma spp.
plaqueados em meio de cultura contendo fungicidas. Dados originais.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
3
4.335406
1.445135
6.146 0.0004
REP
3
0.104858
0.034953
0.149 0.9320
PROD
7
3168.483453
452.640493
1925.017 0.0000
PPM
5
5153.698134
1030.739627
4383.591 0.0000
TRAT*PROD
21
113.335027
5.396906
22.952 0.0000
TRAT*PPM
15
33.146236
2.209749
9.398 0.0000
PROD*PPM
23
272.156851
11.832907
50.324 0.0000
TRAT*PROD*PPM
69
175.159519
2.538544
10.796 0.0000
erro
429
100.873292
0.235136
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
575
9021.292775
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
14.55
Média geral:
3.3331250
Número de observações:
576
--------------------------------------------------------------------------------
109
5F- Porcentagem de esporos germinados em sementes de soja tratadas com os
bioprodutos após 0, 3 e 16 horas do tratamento com fungicidas. Dados originais.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
3
57503.708333
19167.902778
1039.557 0.0000
PROD
7
167869.791667
23981.398810
1300.614 0.0000
TEMPO
2
4344.395833
2172.197917
117.808 0.0000
TRAT*PROD
21
39226.666667
1867.936508
101.306 0.0000
TRAT*TEMPO
6
1342.666667
223.777778
12.136 0.0000
PROD*TEMPO
14
5097.770833
364.126488
19.748 0.0000
TRAT*PROD*TEMPO
42
6554.333333
156.055556
8.464 0.0000
REP
3
53.020833
17.673611
0.959 0.4126
erro
285
5254.979167
18.438523
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
383
287247.333333
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
16.18
Média geral:
26.5416667
Número de observações:
384
--------------------------------------------------------------------------------
6F- Porcentagem de sementes de soja infectadas após tratamento com Trichoderma spp.
Dados originais.
- Trichoderma spp.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRATAMENTO
4
58914.800000
14728.700000
436.539 0.0000
INOCUL
1
67280.000000
67280.000000
1994.091 0.0000
TRATAMENTO*INOCUL
4
23974.000000
5993.500000
177.639 0.0000
erro
63
2125.600000
33.739683
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
79
152892.800000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
11.66
Média geral:
49.8000000
Número de observações:
80
-------------------------------------------------------------------------------- Sclerotinia sclerotiorum
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRATAMENTO
4
4846.000000
1211.500000
114.843 0.0000
INOCUL
1
163805.000000
163805.000000 15527.708 0.0000
TRATAMENTO*INOCUL
4
4846.000000
1211.500000
114.843 0.0000
erro
63
664.600000
10.549206
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
79
174227.000000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
7.18
Média geral:
45.2500000
Número de observações:
80
-------------------------------------------------------------------------------- Fusarium spp.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRATAMENTO
4
2357.200000
589.300000
6.117 0.0003
INOCUL
1
1008.200000
1008.200000
10.465 0.0019
TRATAMENTO*INOCUL
4
3254.800000
813.700000
8.446 0.0000
erro
63
6069.400000
96.339683
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
79
12830.200000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
159.60
Média geral:
6.1500000
Número de observações:
80
--------------------------------------------------------------------------------
110
- Penicillium spp.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRATAMENTO
4
585.200000
146.300000
22.071 0.0000
INOCUL
1
156.800000
156.800000
23.655 0.0000
TRATAMENTO*INOCUL
4
693.200000
173.300000
26.144 0.0000
erro
63
417.600000
6.628571
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
79
1919.200000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
135.51
Média geral:
1.9000000
Número de observações:
80
-------------------------------------------------------------------------------- Aspergillus spp.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRATAMENTO
4
737.200000
184.300000
4.397 0.0034
INOCUL
1
231.200000
231.200000
5.516 0.0220
TRATAMENTO*INOCUL
4
1286.800000
321.700000
7.675 0.0000
erro
63
2640.800000
41.917460
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
79
5087.200000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
157.91
Média geral:
4.1000000
Número de observações:
80
-------------------------------------------------------------------------------- Rhizopus spp.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRATAMENTO
4
88.800000
22.200000
3.364 0.0147
INOCUL
1
45.000000
45.000000
6.818 0.0113
TRATAMENTO*INOCUL
4
92.000000
23.000000
3.485 0.0124
erro
63
415.800000
6.600000
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
79
711.800000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
270.43
Média geral:
0.9500000
Número de observações:
80
-------------------------------------------------------------------------------- Phomopsis spp.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRATAMENTO
4
5.200000
1.300000
0.781 0.5414
INOCUL
1
0.800000
0.800000
0.481 0.4906
TRATAMENTO*INOCUL
4
17.200000
4.300000
2.585 0.0454
erro
63
104.800000
1.663492
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
79
147.200000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
322.44
Média geral:
0.4000000
Número de observações:
80
-------------------------------------------------------------------------------- Nigrospora spp.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRATAMENTO
4
390.000000
97.500000
2.764 0.0350
INOCUL
1
1584.200000
1584.200000
44.913 0.0000
TRATAMENTO*INOCUL
4
678.800000
169.700000
4.811 0.0019
erro
63
2222.200000
35.273016
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
79
5491.000000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
113.13
Média geral:
5.2500000
Número de observações:
80
--------------------------------------------------------------------------------
111
- Cladosporium spp.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRATAMENTO
4
360.800000
90.200000
25.854 0.0000
INOCUL
1
168.200000
168.200000
48.210 0.0000
TRATAMENTO*INOCUL
4
372.800000
93.200000
26.713 0.0000
erro
63
219.800000
3.488889
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
79
1135.800000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
120.51
Média geral:
1.5500000
Número de observações:
80
-------------------------------------------------------------------------------- Periconia spp.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRATAMENTO
4
3.200000
0.800000
2.333 0.0653
INOCUL
1
0.800000
0.800000
2.333 0.1316
TRATAMENTO*INOCUL
4
3.200000
0.800000
2.333 0.0653
erro
63
21.600000
0.342857
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
79
31.200000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
585.54
Média geral:
0.1000000
Número de observações:
80
-------------------------------------------------------------------------------- Colletotrichum spp.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRATAMENTO
4
2.800000
0.700000
0.889 0.4758
INOCUL
1 0.000000000E+0000 0.00000000E+0000
0.000 0.9975
TRATAMENTO*INOCUL
4
2.000000
0.500000
0.635 0.6394
erro
63
49.600000
0.787302
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
79
60.800000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
443.65
Média geral:
0.2000000
Número de observações:
80
--------------------------------------------------------------------------------
7F- Porcentagem de sementes de soja germinadas, plântulas anormais, sementes com
mofo branco e com Trichoderma spp., após tratamento com os bioprodutos, com e sem
inoculação de S. sclerotiorum. Dados originais.
-1ª avaliação: Sementes Germinadas
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
165.400000
41.350000
1.186 0.3394
INOCUL
1
624.100000
624.100000
17.898 0.0002
TRAT*INOCUL
4
109.400000
27.350000
0.784 0.5454
REP
3
75.500000
25.166667
0.722 0.5478
erro
27
941.500000
34.870370
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
1915.900000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
6.53
Média geral:
90.4500000
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------
112
-2ª avaliação: Sementes Germinadas
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
64.600000
16.150000
1.075 0.3881
INOCUL
1
864.900000
864.900000
57.589 0.0000
TRAT*INOCUL
4
92.600000
23.150000
1.541 0.2185
REP
3
15.500000
5.166667
0.344 0.7937
erro
27
405.500000
15.018519
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
1443.100000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
4.18
Média geral:
92.6500000
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------1ª avaliação: Plântulas Anormais
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
513.400000
128.350000
4.555 0.0061
INOCUL
1
1123.600000
1123.600000
39.875 0.0000
TRAT*INOCUL
4
513.400000
128.350000
4.555 0.0061
REP
3
37.200000
12.400000
0.440 0.7262
erro
27
760.800000
28.177778
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
2948.400000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
100.16
Média geral:
5.3000000
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------1ª avaliação: Sementes com Mofo
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
16.400000
4.100000
2.661 0.0542
INOCUL
1
96825.600000
96825.600000 62843.538 0.0000
TRAT*INOCUL
4
16.400000
4.100000
2.661 0.0542
REP
3
2.400000
0.800000
0.519 0.6726
erro
27
41.600000
1.540741
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
96902.400000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
2.52
Média geral:
49.2000000
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------1ª avaliação: Sementes com Trichoderma
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
7649.400000
1912.350000
137.004 0.0000
INOCUL
1
18447.025000
18447.025000
1321.578 0.0000
TRAT*INOCUL
4
4739.600000
1184.900000
84.888 0.0000
REP
3
25.875000
8.625000
0.618 0.6094
erro
27
376.875000
13.958333
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
31238.775000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
13.80
Média geral:
27.0750000
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------
113
8F- Velocidade média de emergência. Dados originais.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
12795.802285
3198.950571
6.988 0.0005
REP
3
13185.283947
4395.094649
9.601 0.0002
INOCUL
1
1549.900502
1549.900502
3.386 0.0768
TRAT*INOCUL
4
3566.445485
891.611371
1.948 0.1313
erro
27
12359.818477
457.771055
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
43457.250697
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
23.84
Média geral:
89.7322500
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------
9F- Número de plântulas anormais, com cotilédones necrosados e com mofo. Dados
originais.
-1ª avaliação: Plântulas Anormais
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
154.400000
38.600000
1.287 0.2999
INOCUL
1
774.400000
774.400000
25.813 0.0000
REP
3
804.000000
268.000000
8.933 0.0003
TRAT*INOCUL
4
111.600000
27.900000
0.930 0.4613
erro
27
810.000000
30.000000
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
2654.400000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
41.18
Média geral:
13.3000000
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------1ª avaliação: Cotilédones Necrosados
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
88.850000
22.212500
0.517 0.7238
INOCUL
1
912.025000
912.025000
21.232 0.0001
REP
3
484.475000
161.491667
3.760 0.0224
TRAT*INOCUL
4
158.850000
39.712500
0.925 0.4643
erro
27
1159.775000
42.954630
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
2803.975000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
33.65
Média geral:
19.4750000
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------1ª avaliação: Plântulas com Mofo
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
2.000000
0.500000
0.679 0.6123
INOCUL
1
15.625000
15.625000
21.226 0.0001
REP
3
3.875000
1.291667
1.755 0.1796
TRAT*INOCUL
4
2.000000
0.500000
0.679 0.6123
erro
27
19.875000
0.736111
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
43.375000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
137.28
Média geral:
0.6250000
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------
114
-2ª avaliação: Plântulas Anormais
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
114.000000
28.500000
1.397 0.2615
INOCUL
1
1703.025000
1703.025000
83.501 0.0000
REP
3
331.075000
110.358333
5.411 0.0048
TRAT*INOCUL
4
189.600000
47.400000
2.324 0.0821
erro
27
550.675000
20.395370
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
2888.375000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
32.55
Média geral:
13.8750000
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------2ª avaliação: Cotilédones Necrosados
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
228.650000
57.162500
1.542 0.2183
INOCUL
1
1677.025000
1677.025000
45.245 0.0000
REP
3
802.475000
267.491667
7.217 0.0010
TRAT*INOCUL
4
81.850000
20.462500
0.552 0.6992
erro
27
1000.775000
37.065741
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
3790.775000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
31.50
Média geral:
19.3250000
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------2ª avaliação: Plântulas com Mofo
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
21.650000
5.412500
1.505 0.2286
INOCUL
1
115.600000
115.600000
32.144 0.0000
REP
3
40.400000
13.466667
3.745 0.0227
TRAT*INOCUL
4
21.650000
5.412500
1.505 0.2286
erro
27
97.100000
3.596296
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
296.400000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
111.55
Média geral:
1.7000000
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------
10F- Comprimento e peso das plântulas tratadas com Trichoderma spp. Dados originais.
-Comprimento Parte Aérea
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
1.027900
0.256975
0.763 0.5585
INOCUL
1
13.595560
13.595560
40.367 0.0000
REP
3
2.896400
0.965467
2.867 0.0551
TRAT*INOCUL
4
3.026740
0.756685
2.247 0.0904
erro
27
9.093600
0.336800
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
29.640200
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
8.40
Média geral:
6.9100000
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------
115
-Comprimento Raiz
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
2.794300
0.698575
2.270 0.0878
INOCUL
1
11.859210
11.859210
38.537 0.0000
REP
3
19.480410
6.493470
21.101 0.0000
TRAT*INOCUL
4
3.381940
0.845485
2.747 0.0488
erro
27
8.308890
0.307737
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
45.824750
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
7.05
Média geral:
7.8725000
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------Peso Fresco Parte Aérea
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
15.106060
3.776515
4.012 0.0111
INOCUL
1
27.076702
27.076702
28.767 0.0000
REP
3
56.947447
18.982482
20.168 0.0000
TRAT*INOCUL
4
3.830260
0.957565
1.017 0.4160
erro
27
25.413227
0.941231
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
128.373697
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
13.55
Média geral:
7.1597500
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------Peso Fresco Raiz
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
4.291015
1.072754
1.076 0.3878
INOCUL
1
0.545222
0.545222
0.547 0.4660
REP
3
46.229288
15.409763
15.456 0.0000
TRAT*INOCUL
4
2.000115
0.500029
0.502 0.7348
erro
27
26.918438
0.996979
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
79.984078
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
24.90
Média geral:
4.0092500
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------Peso Seco Parte Aérea
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
0.132390
0.033098
1.486 0.2343
INOCUL
1
0.873203
0.873203
39.194 0.0000
REP
3
1.104588
0.368196
16.526 0.0000
TRAT*INOCUL
4
0.052160
0.013040
0.585 0.6760
erro
27
0.601538
0.022279
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
2.763878
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
11.93
Média geral:
1.2507500
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------
116
-Peso Seco Raiz
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
0.013140
0.003285
0.407 0.8021
INOCUL
1
0.066422
0.066422
8.226 0.0079
REP
3
0.844767
0.281589
34.875 0.0000
TRAT*INOCUL
4
0.020940
0.005235
0.648 0.6329
erro
27
0.218008
0.008074
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
39
1.163277
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
17.17
Média geral:
0.5232500
Número de observações:
40
--------------------------------------------------------------------------------
11F- Porcentagem de escleródios germinados. Dados originais.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
4796.758550
1199.189637
4.154 0.0244
REP
3
741.366495
247.122165
0.856 0.4901
erro
12
3464.340330
288.695027
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
19
9002.465375
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
29.14
Média geral:
58.3025000
Número de observações:
20
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 38,3079473042491 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
12F- Porcentagem de escleródios colonizados com Trichoderma spp. Dados originais.
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
4
11046.178130
2761.544532
10.189 0.0008
REP
3
450.351760
150.117253
0.554 0.6553
erro
12
3252.321590
271.026799
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
19
14748.851480
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
44.28
Média geral:
37.1760000
Número de observações:
20
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 37,1172120115679 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
13F- Nível de incidência de mofo branco em plantas de soja. Dados originais.
-1ª avaliação
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
7
427.968750
61.138393
1.617 0.1852
REP
3
31.843750
10.614583
0.281 0.8387
erro
21
793.906250
37.805060
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
31
1253.718750
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
73.14
Média geral:
8.4062500
Número de observações:
32
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 14,5874788108397 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
117
-2ª avaliação
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
7
667.968750
95.424107
3.453 0.0128
REP
3
113.843750
37.947917
1.373 0.2784
erro
21
580.406250
27.638393
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
31
1362.218750
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
59.45
Média geral:
8.8437500
Número de observações:
32
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 12,4727342155728 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------3ª avaliação
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
7
875.718750
125.102679
3.986 0.0064
REP
3
83.593750
27.864583
0.888 0.4636
erro
21
659.156250
31.388393
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
31
1618.468750
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
45.62
Média geral:
12.2812500
Número de observações:
32
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 13,2919841557196 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
14F- Nível de severidade de mofo branco em plantas de soja. Dados originais.
-1ª avaliação
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
7
312.500000
44.642857
0.898 0.5259
REP
3
131.250000
43.750000
0.880 0.4672
erro
21
1043.750000
49.702381
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
31
1487.500000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
49.04
Média geral:
14.3750000
Número de observações:
32
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 16,726068536009 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------2ª avaliação
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
7
1074.218750
153.459821
3.423 0.0133
REP
3
102.343750
34.114583
0.761 0.5285
erro
21
941.406250
44.828869
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
31
2117.968750
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
27.29
Média geral:
24.5312500
Número de observações:
32
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 15,8848883402276 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
118
-3ª avaliação
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
7
975.000000
139.285714
3.184 0.0185
REP
3
293.750000
97.916667
2.238 0.1136
erro
21
918.750000
43.750000
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
31
2187.500000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
23.52
Média geral:
28.1250000
Número de observações:
32
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 15,6925782821618 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
15F- Nível de índice de doença (ID) de mofo branco em plantas de soja. Dados
originais.
-1ª avaliação
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
7
189087.500000
27012.500000
1.164 0.3641
REP
3
42375.000000
14125.000000
0.608 0.6169
erro
21
487525.000000
23215.476190
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
31
718987.500000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
105.54
Média geral:
144.3750000
Número de observações:
32
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 361,488156702444 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------2ª avaliação
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
7
1185700.000000
169385.714286
6.914 0.0002
REP
3
75256.250000
25085.416667
1.024 0.4021
erro
21
514481.250000
24499.107143
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
31
1775437.500000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
65.05
Média geral:
240.6250000
Número de observações:
32
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 371,347413759765 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------3ª avaliação
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
7
2189449.218750
312778.459821
6.861 0.0003
REP
3
26752.343750
8917.447917
0.196 0.8983
erro
21
957378.906250
45589.471726
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
31
3173580.468750
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
57.98
Média geral:
368.2812500
Número de observações:
32
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 506,567770403429 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
119
16F- Área abaixo da curva de progresso (AACPD) de mofo branco em plantas de soja.
Dados originais.
-AACPD Incidência
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
7
526075.750000
75153.678571
3.199 0.0181
REP
3
26466.062500
8822.020833
0.376 0.7715
erro
21
493300.187500
23490.485119
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
31
1045842.000000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
55.28
Média geral:
277.2500000
Número de observações:
32
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 363,622935082658 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------AACPD Severidade
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
7
554613.867188
79230.552455
4.369 0.0040
REP
3
53958.398438
17986.132813
0.992 0.4159
erro
21
380846.289063
18135.537574
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
31
989418.554688
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
20.32
Média geral:
662.5781250
Número de observações:
32
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 319,499727334322 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------AACPD Índice de Doença
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
7
828996124.218750 118428017.745536
6.248 0.0005
REP
3
15292988.281250
5097662.760417
0.269 0.8471
erro
21
398075811.718750
18955991.034226
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
31 1.242364924E+0009
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
60.89
Média geral:
7149.8437500
Número de observações:
32
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 10329,4815062584 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
17F- Peso de escleródios, Peso de Mil Grãos e Produtividade após a trilha da soja.
Dados originais.
-Peso de escleródios
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
7
88.518687
12.645527
1.938 0.1137
REP
3
3.203138
1.067713
0.164 0.9197
erro
21
137.005363
6.524065
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
31
228.727188
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
69.23
Média geral:
3.6893750
Número de observações:
32
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 6,059885394723 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
120
-Peso de Mil Grãos
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
7
1566.575000
223.796429
3.266 0.0165
REP
3
97.957500
32.652500
0.476 0.7020
erro
21
1439.082500
68.527738
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
31
3103.615000
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
5.80
Média geral:
142.7875000
Número de observações:
32
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 19,6398638928629 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------Produtividade
-------------------------------------------------------------------------------FV
GL
SQ
QM
Fc Pr>Fc
-------------------------------------------------------------------------------TRAT
7
3605108.690287
515015.527184
5.062 0.0017
REP
3
262726.595838
87575.531946
0.861 0.4768
erro
21
2136465.070863
101736.431946
-------------------------------------------------------------------------------Total corrigido
31
6004300.356987
-------------------------------------------------------------------------------CV (%) =
11.91
Média geral:
2678.8543750
Número de observações:
32
-------------------------------------------------------------------------------DMS: 756,734486120577 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
Download

ANAKELY ALVES REZENDE EFICIÊNCIA DE