SUA VOZ, SUA IDENTIDADE - Cuide bem dela.
Adaptação: Fga. Márcia Leody Corrêa Nascimento
[email protected] e http://ww.marcialeody.hpg.ig.com.br
Colaboração: Marlene Serruya
http://www2.connection.com.br/mserrvia
O QUE É A VOZ?
É o meio de comunicação mais primitivo. É o som produzido na laringe através da
vibração das pregas vocais e amplificado pelo peito, garganta, boca e cabeça.
A voz é uma atividade natural e espontânea, intimamente ligada à emoção. É
através da voz que conseguimos que as pessoas ouçam o que pretendemos
comunicar.
Quanto ao aspecto físico, participam em conjunto da voz: as emoções, a cultura e
o ambiente, as profissões e a história de cada um. Por isso dizemos que a voz é
única.
Podemos, também, dizer que a voz é um documento.
AS ALTERAÇÕES NA VOZ
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Disfonia - É a alteração na emissão da voz por mecanismo laríngeo
incorreto, quer seja de origem orgânica ou funcional. (rouquidão, tremor,
debilidade na voz, excesso de nasalização).
Afonia - É a perda da emissão sonora. Na afonia, conserva-se a
articulação, mas se perde a fonação de maneira que a fala é um sussurro.
ORIENTAÇÕES PARA MANTER UMA BOA VOZ
Assim com se faz higiene corporal e bucal, para manter uma vida saudável e
limpa, também é necessária uma conscientização quanto ao processo de
produção da voz saudável, sem esforço.Deve-se, portanto, fazer uma reflexão a
respeito e seguir algumas orientações para que se obtenha uma boa Higiene
Vocal:
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Respirar pelas Narinas - A respiração nasal aquece e filtra o ar, fazendo a
oxigenação de todo o sistema cerebral, proporcionando melhor bem-estar.
Falar Suavemente - A fala suave evita o excessivo cansaço.
Não Gritar - Este hábito força a garganta e pode prejudicar as pregas
vocais, levando à rouquidão.
Evitar o Pigarro - Este hábito promove atrito entre as pregas vocais. Dar
preferência a engolir saliva ou tomar água.
Ingerir Água Natural - A água, na temperatura ambiente, não prejudica as
pregas vocais por estar adequada ao ambiente do corpo, sem agredi-lo e
sem ocasionar contrastes térmicos.
Salivar Conscientemente - Na ausência de água, procurar produzir mais
saliva para lubrificar as pregas vocais.
Evitar Alimentos Achocolatados e Derivados de Leite - Principalmente
antes do uso profissional da voz, pois estes aumentam a secreção no trato
vocal.
Evitar o Fumo - Provoca irritação na mucosa de todo aparelho fonador,
especialmente nas pregas vocais.
Evitar Bebidas Alcoólicas - Atuam como anestésicos, melhorando a voz
aparentemente e mascarando seu abuso. Seus componentes agridem a
laringe podendo provocar um prejuízo de clareza vocal ou até mesmo um
câncer de laringe.
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Evitar competir com Ruídos Ambientais - É comum que enfrentando ruídos
externos se aumente a intensidade da voz, podendo-se chegar ao grito
para vencer o ruído. Esse abuso vocal é bastante prejudicial.
Evitar o Contraste Térmico - Falar ou gritar muito e, logo em seguida,
beber líquidos gelados causará irritação da laringe, provocando aumento
do pigarro, portanto, um abuso vocal. Beber água na temperatura
ambiente é o indicado.
Evitar Ambientes que sejam Focos de Alergia - Esses locais podem
acarretar um processo alérgico após tempo de fala ou de uso vocal.
Evitar Falar em Excesso ao Telefone - E, ao mesmo tempo, flexionar o
pescoço para não provocar tensão na prega vocal.
Relaxar - De forma geral ou específica, o relaxamento auxilia na
diminuição da tensão na região laríngea. Manter-se emocionalmente
equilibrado também evitará tensões desnecessárias direcionadas à
garganta.
Usar Estética Vocal - Articular (pronunciar) bem as palavras tanto para
auxiliar aos ouvintes na compreensão da mensagem quanto para evitar
um esforço maior da voz.
Hidratar-se - Consumir, pelo menos, 2 litros de água, diariamente ,
ingerindo mais freqüentemente em ambiente com ar condicionado. Isso
ajudará as estruturas das pregas vocais a manterem-se melhor
lubrificadas.
Utilizar Roupas Leves e Confortáveis - O uso de roupas adequadas ao
ambiente de trabalho e ao clima, propiciam conforto para as estruturas
que participam na produção da voz (pescoço, diafragma etc).
ATENÇÃO PARA ESTES SINTOMAS
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Garganta seca e áspera constantemente
Sensação de corpo estranho e bolo na garganta
Rouquidão por mais de 15 dias sem motivo aparente ou surgida após
cirurgia em que houve entubação.
Perda de voz freqüentemente
Desconforto pessoal com o próprio tipo de voz.
Doenças respiratórias, quando freqüentes, podem trazer vícios orais
inadequados, como a respiração bucal, o mau posicionamento da língua e,
conseqüentemente, também alterações na arcada dentária.
A presença desses sintomas pode ser indício de um problema ou mau uso vocal.
Nesses casos é aconselhável procurar logo a ajuda de profissionais especializados
(o otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo).
Em conjunto, esses profissionais cuidarão do problema, diagnosticando-o e
realizando a reabilitação necessária.
PARA QUEM DEPENDE DA VOZ NA SUA PROFISSÃO
I - O Que Você pode Fazer pela sua "Ferramenta" de Trabalho:
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Falar com Naturalidade.
Dominar a Improvisação.
Ter boa Dicção, boa Articulação (estética vocal).
Ter Postura Correta -Manter a postura do corpo ereta, no eixo, porém
relaxada, principalmente a cabeça.
Hidratar as Pregas Vocais Sempre (com água em temperatura ambiente).
II - O Que Você Não Pode Fazer
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Usar Roupas Apertadas na região do pescoço e do diafragma que impedem
a espontaneidade do discurso.
Abusar da Voz (gritar).
Beber Água Gela da.
Provocar os Contrastes Térmicos.
Beber Café (a cafeína pode provocar o câncer da laringe).
Beber Chocolate (é gorduroso e muito quente provocando, com o tempo, a
falta de percepção do sabor pelas papilas gustativas e, conseqüentemente,
irritações na prega vocal).
Pigarrear (irrita a prega vocal).
Concorrer com Ruídos Externos (ventilador, ar condic ionado, alunos em
sala de aula).
Beber Refrigerantes (o refrigerante contém gás podendo alterar o ph do
estômago e gerar um refluxo para o diafragma,justamente pelo seu
acúmulo de gás. Em relação a prega vocal, poderá desencadear uma
acidez leve à uma faringite crônic a, alterando a produção da voz).
Usar Sprays, Pastilhas, Drops - (atuam como anestésicos, aparentemente
melhorando a voz e mascarando seu abuso, provocando, entretanto,
irritação na prega vocal).
BIBLIOGRAFIA
Souza, Susana Bueno de (1998) - A Fonoaudiologia no Âmbito Escolar: Um
encontro em construção. 2a edição, Jundiaí, Lilivros.
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