Curso de Especialização em Design de Produto
Sistema de alimentação
para bebedouro com filtragem
que utiliza garrafões de 20 litros
Estefânio Santos Costa
Gustavo Athayde Santos
João Tadeu de Oliveira Rios
Nilton Santos Rezende
Estefânio Santos Costa, Gustavo Athayde Santos,
João Tadeu de Oliveira Rios, Nilton Santos Rezende,
Sistema de alimentação
para bebedouro com filtragem
que utiliza garrafões de 20 litros
Universidade do Estado da Bahia - UNEB
Curso de Especialização em Design de Produto
Pós-Graduação Lato Sensu
Salvador
2004
Universidade do Estado da Bahia - UNEB
Pró-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação
Departamento de Ciências Exatas e da Terra - DCET
Curso de Especialização em Design de Produto
Pós-Graduação Lato Sensu
Curso de Especialização em Design de Produto
Ivete Alves do Sacramento
Reitora
Cesário Francisco das Virgens
Pró-Reitor de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação
Lourisvaldo Valentim da Silva
Pró-Reitor de Extensão
Luis Carlos dos Santos
Pró-Reitor de Ensino e Graduação
Lídia Boaventura Pimenta
Pró-Reitoria de Administração
Lourisvaldo Valentim da Silva
Unidade de Desenvolvimento Organizacional
Carlos Antônio Alves Queirós
Diretor do Departamento
Suzi Mariño Pequini
Coordenadora
Anamaria de Moraes
Supervisora
Corpo Docente
Anamaria de Moraes
Antônio Ferreira Neto
Carla Niemeyer
Fábio Righetto
Lucy Niemeyer
Márcia Auriani
Maurício Robbe de Almeida
Milton Francisco Júnior
Nilda de Oliveira
Sydney Freitas
Suzi Mariño Pequini
Realização
Curso de Especialização em Design de Produto
Apoio
SESu/MEC
SECRETARIA DE
EDUCAÇÃO SUPERIOR
MADEPA
laminados
Atelier de Cerâmica
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia da Bahia
Equipe Técnica
Candida Lemos Franca
Carina Santos Silveira
Cristian Benedito Machado
Dinah Pereira Gonçalves
Lorena Torres Peixoto
Marcus Vinícius Souza Santos
Rodrigo Aranha
Taís Moraes Campos Pedrosa
Sumário
1. Introdução ............................................................................................................................... 3
2. Problema ................................................................................................................................. 5
3. Objetivo................................................................................................................................... 5
4. Justificativa ............................................................................................................................. 5
5. Problematização Sistematização ............................................................................................. 7
5.1. Caracterização e Posição Serial do Sistema .....................................................................7
5.2. Ordenação Hierárquica do Sistema ..................................................................................7
5.3. Expansão do Sistema........................................................................................................8
5.4. Modelagem Comunicacional do Sistema .........................................................................8
5.5. Fluxograma Funcional Ação-Decisão ................................................................................9
5.6. Tabela de Função – Informação – Ação ............................................................................9
5.7. Problematização do Sistema Homem-Tarefa-Máquina...................................................10
5.8. Levantamento de Dados Ergonômicos...........................................................................16
5.9. Levantamento de Dados Antropométricos.....................................................................19
6. Levantamento e Análise de Dados........................................................................................ 32
6.1. Resultados Estatísticos ...................................................................................................32
6.2. Entrevista.........................................................................................................................36
6.3. Observação .....................................................................................................................37
6.4. Levantamento e Análise de Similares .............................................................................38
6.5. Levantamento e Análise de Materiais e Processos de Fabricação ................................44
6.6. Dados de Mercado..........................................................................................................46
6.7. Técnicas de Conclave Aplicadas .....................................................................................48
7. Síntese .................................................................................................................................. 50
7.1. Descrição geral e resumida.............................................................................................50
7.2. Lista de requisitos projetuais ..........................................................................................51
-1-
8. Geração e Seleção de Alternativas........................................................................................ 52
8.1. Desenhos com as alternativas ........................................................................................52
8.2. Matriz decisória para selecionar alternativas ..................................................................55
8.3. Justificativa para a alternativa selecionada .....................................................................55
9. Detalhamento Técnico .......................................................................................................... 55
9.1. Desenho técnico preliminar ............................................................................................55
9.2. Critério de seleção de materiais......................................................................................56
9.3. Especificações de materiais............................................................................................57
10. Conclusão ............................................................................................................................. 65
11. Bibliografia ............................................................................................................................ 66
12. Apêndice ............................................................................................................................... 67
12.1. Questionário ....................................................................................................................67
-2-
1. Introdução
Considerada um produto nobre, sem nenhuma contra-indicação, bom para a saúde, essencial
para a vida, a água mineral deve estar acondicionada em uma embalagem que, acima de tudo, a proteja de contaminações, pois a qualidade microbiológica do produto é o que mais se
preza. A embalagem não pode permitir que elementos externos a ela interajam com a água
envasada ou que haja vazamentos, mas deve também apresentar uma boa imagem do produto junto ao consumidor, exercer a chamada função de ferramenta de marketing.
Além de ser resistente a impactos que pode surgir durante o transporte e manuseio, desejase ainda que a embalagem de água mineral, assim como de todos os outros produtos, seja
ambientalmente correta. Traduzindo, espera-se poder reciclar o material do qual é feito uma
embalagem, ou reutilizá-la para guardar outras coisas. A preocupação com o meio ambiente
virou mania e uma maneira de aumentar as vendas, por isso, todos os fabricantes defendem
as qualidades de seus produtos esperando, com isso, conquistarem mais consumidores ou
pontos de vendas que levem em conta essas características para adotar ou não um produto.
O mercado de embalagens para água mineral hoje é caracterizado por uma grande variedade
de opções, podendo o consumidor escolher aquela que mais se adequar às suas ocasiões de
consumo. A tradicional embalagem de vidro domina o setor de restaurantes e hotéis, segundo a Abividro (Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro), pela sua
elegância e imagem de pureza. Vários engarrafadores de água mineral realizaram investimentos ao longo do ano passado relacionados com garrafas de vidro.
O enfoque que caracterizava a água mineral pelo aspecto medicinal foi sendo substituído
progressivamente, sob o impacto da sua comercialização em larga escala. Esta nova caracterização é devido ao crescimento urbano e a poluição crescente dos mananciais.
Em contrapartida a escassez da água potável surge um mercado promissor de água mineral
usada como bebida ou complemento alimentar. No Brasil o consumo saltou de 72 milhões
de litros em 1960 para 3,2 bilhões em 2000.
-3-
7%
8%
13%
54,0%
18,5%
Sudeste
Nordeste
Sul
Centro-Oeste
Norte
Água de boa qualidade para o consumo humano e seu fornecimento contínuo assegura a redução e controle de: diarréias, cólera, dengue, febre amarela, tracoma, hepatite, conjuntivite,
poliomielite, escabiose, leptospirose, febre tifóide, esquistossomose e outras verminoses.
Coleta regular, acondicionamento e destino final adequado do lixo diminuem a incidência de
casos de: peste, febre amarela, dengue, toxoplasmose, leishmanioses, cisticerco se, salmonelose, teníase, leptospirose, cólera e febre tifóide.
Em contrapartida a escassez da água potável, surge um mercado promissor de água mineral
usada como bebida ou complemento alimentar. No Brasil o consumo saltou de 72 milhões
de litros em 1960 para 3,2 bilhões em 2000.
Garrafões de 20 litros têm largo uso dentro dos lares e empresas brasileiras.
Nossa proposta é desenvolver um Sistema de Filtragem que diminua os riscos de contaminação da água através do contato direto ou através do ar, onde, o sistema facilitará também
a colocação e remoção do Garrafão.
O enfoque que caracterizava a água mineral pelo aspecto medicinal foi sendo substituído
progressivamente, sob o impacto da sua comercialização em larga escala. Esta nova caracterização é devido ao crescimento urbano e a poluição crescente dos mananciais.
-4-
2. Problema
A dificuldade na alimentação do bebedouro causa transtornos ao procedimento necessário
ao acondicionamento do garrafão. Além do desconforto devido ao peso e formato do garrafão, a forma do lacre é ineficiente e sem proteção no gargalo do mesmo, aumentando probabilidade da contaminação da água.
Na maioria das vezes, devido à ineficiência entre o garrafão e o bebedouro, o procedimento
utilizado pelo usuário para higienizar o gargalo do garrafão (região que mantém contato direto
com a água no bojo do bebedouro), é inadequado.
3. Objetivo
Proporcionar um sistema confortável de alimentação de água potável em bebedouro, visando
atender as necessidades de higiene, abastecimento de água, diminuição do esforço físico e
evitando problemas posturais.
4. Justificativa
A água potável é necessária à vida, à saúde e à sobrevivência, pois ela nutre as plantas, serve
de habitat aos peixes e aos organismos aquáticos e torna possível a agricultura.
Não se garantia de que a água tratada e fornecida pelo serviço público de abastecimento,
não seja contaminada nos reservatórios residenciais.
As pessoas ingerem água potável, e não fazem uma reflexão com relação às condições de
higiene. Consumir não é apenas ingerir. Devido ao ritmo acelerado de nossas vidas, não nos
policiamos para preservar a nossa saúde dia após dia. Não buscamos conhecer o mínimo de
informações possíveis em relação ao consumo da água.
Os questionamentos: Qual a origem da água que ingerimos? O recipiente onde se encontra
esta água foi higienizado? – são fundamentais para garantir o mínimo de cuidados que devem ser tomados quando da ingestão da água.
Muitos nem imaginam como é feito o tratamento da água nos reservatórios públicos, ou
quanto à qualidade da água contida nos mananciais ou lençóis freáticos de água mineral.
-5-
De acordo com pesquisa desenvolvida pelo Inmetro em 14/03/97, concluiu-se que a água mineral de garrafão de 20 litros em um total de 25 marcas, compradas em 11 estados do país,
Bahia, Ceara, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio
Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, tinham, em 5 destas amostras, a presença de Escherichia Coli e Coliformes Totais.
Com base em estudos dos laboratórios da Estação de Tratamento da EMBASA (Empresa
baiana de águas e saneamento) e da INDAIÁ – Empresa de exploração e comercialização de
água mineral, a qualidade da água que ingerimos não tem uma total garantia de pureza, podendo existir entre o processo de distribuição e o momento de ingestão pelo consumidor final, ocorrências de possíveis contaminações.
Propõe-se então, um sistema de alimentação de água potável com filtragem, visando garantir
uma maior confiabilidade do líquido a ser consumido. Os sistemas atuais (bebedouros e recipientes) se limitam a oferecer ao usuário, benefícios mínimos, e são deficientes na abordagem ergonômica, conforme critérios estudados e comprovados pelo National Institute for
Occuptional Safety and Health – NIOSH (Instituto Norte-americano de Segurança e Saúde Ocupacional) no qual questiona-se os procedimentos biomecânicos para o ato do movimento
do corpo humano quanto ao levantamento de peso.
-6-
5. Problematização Sistematização
5.1. Caracterização e posição serial do sistema
5.2. Ordenação hierárquica do sistema
-7-
5.3. Expansão do Sistema
5.4. Modelagem Comunicacional do Sistema
-8-
5.5. Fluxograma Funcional Ação-decisão
5.6. Tabela de Função - Informação – Ação
Função
Informações
requeridas
1. Local de
compra
/aquisição do
garrafão
(condições
de armazenamento)
2. Verificação
na qualidade
Preparação de preservapara higie- ção do recinização e piente e na
troca do
validade do
garrafão de líquido
20 litros
3. Condições
do lacre
Informação
Fontes de
informação
Dificuldades
Ação (ões)
Ação
Objetos da(s)
Dificuldades
ação(ões)
1. Regulamentação
segundo
ABINAM
1. Esforço físico 1. Deslocar
excessivo para
garrafão até
a alimentação
o bebedouro
de bebedouro,
devido ao peso
do vasilhame
1. Garrafão
de 20 litros
1. Peso
2. Rótulo do
garrafão,
contendo
informações
necessárias
de validade e
forma adequada de
higienização
3. Condições
de conservação do garrafão no local
de vendas
2. Ausência de
2. Higienizar
uma higienizae remover
ção devida no
lacre
vasilhame,
aumentando a
possibilidade de
contaminação
da água
2. Elemento
cortante
(tesoura,
estilete,
faca, etc)
2. Remoção
do lacre
3. Colocar
3. Desperdício
de água, ausên- garrafão no
bebedouro
cia de um mecanismo que dê
suporte ao
procedimento
de alimentação
do bebedouro
3. Força
bruta
3. Acondiciomamento
-9-
5.7. Problematização do Sistema Homem-Tarefa-Máquina
Problemas
Gravidade
Urgência
Tendência
GxUxT
5
5
3
75
5
5
4
100
3
3
3
27
5
5
5
125
O procedimento utilizado pelo usuário
na sua grande maioria para higienizar o
gargalo do garrafão (região que mantém contato direto com a água no bojo
do bebedouro), é inadequado.
Em função do lacre ineficiente e da ausência de proteção no gargalo do garrafão existe a probabilidade da contaminação da água.
Ocorrências acidentárias em função do
procedimento de alimentação do bebedouro
Vedação ineficiente entre o garrafão e
o bebedouro, ocasionando possível
contaminação da água.
Primeira pergunta
Qual a gravidade do desvio? Indagação que exige outras explicações. Que efeitos
surgirão a longo prazo, caso o Problema não seja corrigido? Qual o impacto do Problema sobre coisas, pessoas, resultados?
Segunda pergunta
Qual a urgência de se eliminar o problema? A resposta está relacionada com o tempo disponível para resolvê-lo.
Terceira pergunta
Qual a tendência do desvio e seu potencial de crescimento? Será que o problema se
tornará progressivamente maior? Será que tenderá a diminuir e desaparecer por si
só?
- 10 -
5.7.1. Interfaciais / Movimentacionais
Esforço físico excessivo para a alimentação de bebedouro acarreta problemas
posturais (coluna) devido ao peso do vasilhame.
5.7.2. Biológicos
a) Ausência de uma higienização devida no vasilhame.
b) Sistema de vedação ineficiente permitindo o acesso de insetos e outros corpos estranhos no espaço do reservatório de água potável.
c) Sujeira que adentra o garrafão contaminando a água
- 11 -
5.7.3. Informacionais / Visuais / Instrumentais
a) Ausência de clareza na informação do nível de água, dificultando a leitura.
b) Alimentação do bebedouro para garrafas menores para acondicionamento na
geladeira.
5.7.4. Acidentários
a) Desperdício de água proporcionado pela deficiência e/ou ausência de um mecanismo que dê suporte ao procedimento de alimentação de água potável no
bebedouro.
- 12 -
5.7.5. Deslocamento
a) Transporte do garrafão
5.7.6. De Acessibilidade
a) Restrições de manuseio para alimentação pelo público infanto-juvenil, deficientes e pessoas da 3ª idade.
- 13 -
5.7.7. Espaciais / arquiteturais de interiores
a) Deficiência de acondicionamento do bebedouro em local adequado
- 14 -
Sugestões preliminares de melhoria
Constrangimentos
da tarefa
Custos
humanos
do trabalho
Disfunções do
sistema
Sugestões
preliminares de
melhoria
Restrições
do sistema
Adequar a
superfície
de apoio à
altura da
menor mulher e maior
homem
Evitar contato do bojo
do bebedouro com o
garrafão
Peso
excessivo
na troca
do garrafão
Problemas futuros de
coluna
vertebral
A troca do
garrafão
não é
confortável
Acondicionamento do
garrafão
na vertical
Garrafão
tamanho
padrão
Retirada
do lacre
Perigo de
acidentes
Sistema
de filtragem
Altura
padrão do
bebedouro
O bebedouro deve
conter informação do
nível de
água
Mecanismo
de troca
eficiente ou
garrafão na
vertical
Problema
na reposição do
garrafão
Água
contaminada
ocasionando
doenças
Desgaste
Bebedouro com
aviso de
nível de
água
Altura
padrão do
bebedouro
Movimento de
alavanca
na troca
do garrafão
Limitação
de alimentação do
bebedouro
Problemas futuros de
coluna
vertebral
Perda de
água
Vedação
eficiente e
garrafão
na vertical
Vedação
padrão do
garrafão
Problemas futuros de
coluna
vertebral
Perigo de
acidentes
Acondicionamento do
garrafão
na vertical
Acesso
difícil no
abastecimento
Acidentais
Desperdício de
água
Adequação do
bebedouro a altura
da mesa e
pia de
cozinha
Classe do
Problema
Problemas
Requisitos
Interfaciais
Esforço
físico excessivo para a
alimentação
do bebedouro
Ausência de
higienização
Biológicos
Informacionais / Visuais e Instrumentais
Falta de
clareza do
nível de
água
Desperdício
de água
Acidentários
Acessibilidade
Espaciais/
arquiteturais
e de interiores
Restrições
do manuseio para
alimentação
do bebedouro por pessoas idosas
e público
infanto juvenil e deficientes
Deficiência
de acondicionamento
em local
adequado
Troca do
garrafão na
vertical
Adequar a
superfície
de apoio à
altura da
menor mulher e maior
homem
- 15 -
Altura
padrão de
móveis e
pia de
cozinha
5.8. Levantamento de Dados Ergonômicos
O corpo assume diversas posturas que assumem diferenças dados o tipo físico e sexo.
Quando a pessoa encontra-se na posição deitada, o sangue flui livremente para todas
as partes do corpo, contribuindo para eliminar os resíduos do metabolismo e as toxinas
dos músculos, provocadores da fadiga. Na posição sentada, a pessoa exige atividade
muscular do dorso e do ventre para manter essa posição. Todo o peso do corpo é suportado pela pele que cobre o osso nas nádegas.
A posição de pé é altamente fatigante porque exige trabalho estático da musculatura
envolvida para manter essa posição. O coração encontra maiores resistências para
bombear sangue para os extremos do corpo. As pessoas que executam trabalhos dinâmicos em pé apresentam menos fadiga em geral, que aquelas que permanecem estáticas ou com pouca movimentação. Outra posição é a inclinação da cabeça para frente, de modo que se tenha uma melhor visão. Essas necessidades ocorrem quando 1) o
assento é muito alto; 2) a mesa é muito baixa; 3) a cadeira está longe do trabalho; e 4)
há uma necessidade específica, como no caso do microscópio.
Localização das dores no corpo, provocadas por posturas inadequadas
POSTURA RISCO DE DORES
Em pé
Pés e pernas (varizes)
Sentado sem encosto
Músculos extensores do dorso
Assento muito alto
Parte inferior das pernas, joelhos e pés
Assento muito baixo
Dorso e pescoço
Braços esticados
Ombros e braços
Pegas inadequadas em ferramentas
Antebraços
Ao se analisar e projetar o trabalho humano é necessário considerar a monotonia, a fadiga e a motivação. Iida (1993) descreve que em determinados dias e horas o organismo se apresenta mais apto ao trabalho. Isso se deve a alguns fatores condicionantes,
que podem ser intrínsecos, como é o caso do ritmo circadiano, que apresenta oscilações em quase todas as suas funções fisiológicas com um ciclo aproximado de 24 horas. O ritmo circadiano é comandado pela luz solar e apresenta grandes variações individuais, podendo-se distinguir os indivíduos matutinos e vespertinos. Os matutinos têm
a temperatura elevada mais rapidamente a partir das 6 horas e atinge o máximo por vol-
- 16 -
ta das 12 horas. A temperatura dos vespertinos eleva-se mais lentamente pela manhã, e
a máxima ocorre por volta das 18 horas.
A monotonia é a reação do organismo a um ambiente uniforme, pobre em estímulos ou
com pouca variação das excitações. O que causa a monotonia são as atividades prolongadas e repetitivas de baixa dificuldade. A curta duração do ciclo de trabalho, períodos curtos de aprendizagem e restrição dos movimentos corporais são agravantes da
monotonia. Como conseqüência da monotonia, tem-se a diminuição da atenção e o
aumento do tempo de reação. “A fadiga é o efeito de um trabalho continuado, que provoca uma redução reversível da capacidade do organismo e uma degradação qualitativa
desse trabalho.” (Iida, 1993) A fadiga é causada devido a fatores fisiológicos, ou seja,
considera a intensidade e duração do trabalho físico e 6 intelectual. Como conseqüência a pessoa tende a aceitar menores padrões de precisão e segurança, simplificando a
tarefa.
Tanto a monotonia como a fadiga apresenta fatores fisiológicos e psicológicos que não
pretendem ser o objeto deste estudo. Outro aspecto considerado quando se analisam
os fatores humanos no trabalho é a motivação. Sabe-se que a motivação é intrínseca ao
indivíduo, sendo algo que o leva a perseguir um determinado objetivo. Algumas teorias
procuram explicar o processo motivacional. Maslow apud Morgan (1996) procura explicar a motivação defendendo cinco classes de necessidades hierarquizadas. Alderfer
apud Lida (1993) propõe uma simplificação da teoria de Maslow baseada em 3 níveis,
também de necessidades.
Fatores humanos foram um dos alvos do projeto. Com base no método recomendado
por SELL [65], foram avaliadas as tarefas realizadas pelo operário com o produto, procurando melhorá-lo do ponto de vista ergonômico, de uso, de medidas e de prevenção de
riscos. Alguns dos critérios utilizados são mencionados a seguir: - as dimensões do
corpo humano foram reavaliadas e para isto foi utilizado o estudo antropométrico de
PINTO [79], mostrado no abaixo - os fatores de interface entre produto e operário, consideraram a geometria do garrafão, em massa, forma e dimensões das pegas;
Fatores sensoriais humanos consideraram a semiótica do produto, e fatores fisiológicos
consideraram conforto e segurança do usuário.
- 17 -
Recomendações antropométricas para bebedouro (Fonte: PINTO) [1979].
Item
Elementos Antropométricos
mm
Média
Moda
105,443
105,000
Mediana
1
Altura do cotovelo
2
Diâmetro do tórax
91,948
90,000
91,640
91,948
3
Comprimento do braço
84,934
85,000
84,950
84,934
4
Altura do joelho
47,603
48,000
47,635
47,603
5
Altura dos dedos
61,136
60,000
61,120
61,120
6
Comprimento do cotovelo
27,728
27,000
27,428
27,428
7
Comprimento da falange
25,662
25,000
25,587
25,662
8
Largura maior da palma da mão
9,509
10,000
9,526
9,509
9
Altura do ombro
137,516
137,000
137,172
137,516
10
Altura do cotovelo
105,443
105,000
105,485
105,443
11
Comprimento da bacia
53,314
53,000
53,236
53,236
12
Largura maior do pé
10,171
10,000
10,105
10,000
13
Espessura da palma da mão
34,526
33,000
34,405
34,526
14
Espessura do dedo indicador
22,192
22,000
21,952
21,952
- 18 -
105,485
Valor
adotado
105,443
5.9. Levantamento de Dados Antropométricos
Biomecânica da Coluna Vertebral e Ergonomia na prevenção de Lombalgias
Os transtornos de coluna se constituem numa das maiores causas de afastamento prolongado do trabalho e sofrimento humano. A dor é forte e incapacitante, pois piora com
os mínimos movimentos executados pela pessoa. Sua incidência é impressionantemente alta, a ponto de se poder dizer que cada 100 pessoas, 50 a 70 irão apresentar lombalgia em alguma fase de suas vidas.
As lombalgias são muitas vezes precipitadas pelas condições de trabalho, e neste caso
muitos dos problemas decorrem da utilização biomecanicamente incorreta da “máquina
humana”, na maioria das vezes por se conhecer as limitações da coluna vertebral. É
freqüentemente associar-se as lombalgias à existências do esforço em flexão, em que
se pega uma carga com os membros inferiores estendidos, e advoga-se com freqüência que a prevenção será obtida fundamentalmente ensinando-se ao trabalhador a fazer
o esforço sem dobrar a coluna, com as costas eretas; isto não é bem verdade, conforme será demonstrado a frente.
Análise Postural do Tronco
A análise de cargas tem sido uma das principais preocupações na área de saúde ocupacional. Um índice numérico simples foi proposto por BURGSS-LIMERICK e ABHER
NETHY (1997) para a análise de posturas de levantamento de cargas no plano sagita.
Este índice utiliza a proporção entre o ângulo dos joelhos e o ângulo dos tornozelos,
quadris e tronco, como mostrado na figura 7.14, os autores sugerem que sejam utilizados marcadores de referência sobre as articulações para medir os ângulos necessários.
Esta é uma precaução importante, desde que um estudo de BURDORF et al (1992) demonstrou que as observações em “tempo real” de trabalho sem marcas de referência,
resultaram em correlações de apenas r=0,6 entre as observações e os ângulos reais de
flexão do tronco medidos na realização das tarefas. As preocupações a respeito da imprecisão dos métodos de observação postural têm incentivado o desenvolvimento de
vários métodos de medição direta, como os eletrogoniômetros, para a qualificação dos
ângulos articulares e a cinemática do movimento. Obter melhor precisão tem se tornado ainda mais importante com a identificação constante de mais e mais parâmetros dinâmicos dos movimentos do dorso, como fonte de risco adicional para a coluna lom-
- 19 -
bar. Tem se observado que as lombalgias aparentemente são causadas por momentos
de flexão elevados. Também parece que a velocidade e o pico de aceleração estão envolvidos, particularmente se o indivíduo assumir uma postura assimétrica ou com rotação de tronco durante o levantamento.
Ângulo de levantamento de um garrafão cheio de 20 litros - 20,450 kg
TI
ângulo lombar
CIPS
CIAS
TM
ângulo dos
quadris
perna
ângulo do
joelho
tornozelo
Levantamento com o dorso ou inclinado
- 20 -
ângulo do
tornozelo
Levantamento com as pernas ou agachado
Para a prevenção costuma-se utilizar 3 tipos de medidas a) seleção médica criteriosa,
que costuma reduzir a incidência das lombalgias em até 30%, b) ensino de técnicas de
manuseio de carregamento de cargas, capaz de reduzir a incidência das lombalgias em
até 20%, c) medidas de ergonomia, estas sim, de alta eficácia, capazes de reduzir a incidência das lombalgias em até 60%.
O corpo humano é tradicionalmente dividido em cabeça, tronco e membros, unindo a
porção superior e a porção inferior tem o tronco, e no tronco, a única estrutura óssea
existente é a coluna vertebral, que dá a característica ereta ao ser humano; sem a coluna o ser humano não seria ereto.
Esta estrutura tem característica espetacular de rigidez e de mobilidade ao mesmo
tempo, mais neste ponto é importante dizer que a coluna é também a estrutura que
permite o amortecimento de cargas, tanto aquelas decorrentes de pesos colados sobre
a cabeça ou carregados pelos próprios membros superiores, como aqueles decorrentes
de pancadas, como a que ocorre quando pula o chão.
Além disso, a coluna vertebral contém um canal formado pela superposição das vértebras (canal vertebral), por onde passa a medula espinhal, que é o prolongamento do encéfalo. A medula se constitui um tecido de alta especialização e fragilidade, por onde
passam todas as ordens motoras do cérebro para os membros, e por onde passam todas as ordens sensitivas que vão da periferia para o cérebro. Uma estrutura como esta,
de tal fragilidade, tem que ser muito bem protegida, o que bem conseguido pela superposição das 24 vértebras. Além disso, saem da medula 333 pares de nervos, que vão
levar as ordens para diversas partes do corpo, e estes nervos saem lateralmente em
espaços próprios formados pela junção de duas vértebras adjacentes (forames invertebrais).
A coluna vertebral humana se constitui numa estrutura de organização funcional espetacular, pois consegue ser ao mesmo tempo uma estrutura rígida e uma estrutura móvel. A estrutura rígida é que garante uma das principais funções da coluna, que é a de
sustentação do corpo, de eixo capaz de possibilitar ao nosso organismo ficar de pé; a
estrutura móvel consegue outro feito: permite-nos o deslocamento para os lados, para
trás e para frente, possibilitando a aproximação dos membros superiores e da cabeça
às diversas partes que desejamos atingir.
- 21 -
Este tipo de arranjo só é possível porque a coluna é constituída de 24 vértebras empilhadas umas sobre as outras, e estas vértebras possuem um tipo de organização anatômica com duas articulações ao mesmo tempo, ou seja, cada vértebra se articula com
a outra em dois pontos: um ponto em que se reforça a rigidez da estrutura, e outro ponto bastante móvel.
Esta coluna se apóia no osso da bacia, especialmente numa parte denominada osso
sacro.
Condições anti-ergonômicas e suas conseqüências para a coluna
As lombalgias e dosalgias se constituem nas conseqüências básicas das condições antiergonômicas. O termo lombalgia quer dizer simplesmente “dor na região lombar! E o
termo dosalgia quer dizer “dor na região dosal”. Devido à complexidade das estruturas
ai existentes (músculo, ligamentos, nervos, discos invertebrais, facetas articulares),
muitas vezes é difícil precisar exatamente que estrutura(s) esta (estão) comprometida(s)
numa situação de lombalgia ou dosalgias.
- 22 -
Elas podem ser de pouca gravidade ou de maior gravidade, podem ocasionar desde
uma simples dor em que procurando uma atitude contrária à do movimento ou posição
causadora a pessoa obtém alívio, incapacidade permanente para o trabalho pesado, e
até mesmo atrofia muscular e paraplegia; este último tipo de conseqüência atualmente
é raro devido a intervenção médica precoce, quando o caso começa a aparentar tal gravidade.
Os fatores de esforços excessivos causadores de lombalgias são basicamente os seguintes:
Manuseio, levantamento e carregamento de cargas excessivamente pesadas.
Manuseio de cargas que, embora não sejam tão pesadas, estão em posição biomecanicamente desfavorável; neste caso, culpa-se muito o esforço em flexão (pegar a carga
com as pernas estendidas e com o tronco fletido), mais outras posturas costumam ser
bem mais críticas do que esta especificamente.
Manutenção de posturas incorretas durante boa parte do tempo (inclusive sentado),
com o conseqüente tensionamento da musculatura e dor, além da possibilidade de ocorrência de lesões a longo prazo dos discos da coluna;
Efeitos diretos da vibração de todo o corpo sobre o trabalhador (por exemplo, trabalhar
com trator).
- 23 -
Medidas do garrafão de 20 litros
35,00cm
6,00cm
26,00 cm
O critério de NIOSH para determinar os limites de levantamento de peso
Em 1980, o National Institute for Occupacional Safety and Helth (USA), patrocinou o desenvolvimento de um critério para o levantamento manual de cargas (NIOSH Technical
Report – Work Practicies for Manual Lifting – 1981). Nesta ocasião, um grupo de especialistas estudou detalhadamente bibliografia de todo o mundo sobre um critério consistente, este critério deveria levar em conta 4 aspectos: o epidemiológico, o psicofísico, o
biomecânico e o aspecto fisiológico.
Aspectos Epidemiológicos
É muito claro para quem trabalha em empresa que manusear freqüentemente pesos acima de 50-60kg, bem como o manuseio em determinadas posições, particularmente
tendo que pegar a carga no chão. Aumenta substancialmente a incidência de lombalgia.
Aspectos pisicofísicos
Não se pode considerar que a obrigação de realizar uma determinada tarefa depende
de aspectos pisicológicos importantes; por exemplo, com o intuito básico de prevenir
lombalgias, querer que um conjunto de 1000 peças de 1Kg cada uma seja removida
carregando-se uma por vez, é não só inviável economicamente, como psicologicamente
será muito mal aceita pelo trabalhador.
- 24 -
Aspectos Biomecânicos
Os estudos no centro de ergonomia de Michigan demonstraram com clareza que o disco invertebral do ser humano em idade laborativa é relativamente resistente a pressões
de até 3400 Newtons, e, ao contrário, é bastante sensível a pressões maiores que 6600
Newtons. Estes estudos também evidenciaram que um dos fatores que mais aumenta
a pressão no disco invertebral humano é pegar uma carga longe do corpo.
Aspectos fisiológicos
Um dos grandes fracassos da denominada “técnica correta!” De levantar cargas é que
ela se torna impossível de ser praticada ao longo do dia de trabalho para quem essa atividade como constante. Isto porque agachar e levantar consome muito mais energia do
que simplesmente curvar o corpo.
O interessante na consideração destes critérios é que eles muitas vezes são conflitantes. Por exemplo, sob o ponto de vista biomecânico, o melhor meio para se fazer a remoção das 1000 peças de 1Kg cada acima citadas seria pegando uma de cada vez; porém esta não seria a melhor forma, nem sob o ponto de vista fisiológico nem psicofísico; pessoas acostumadas com o levantamento de peso, sob o ponto de vista fisiológico e psicofísico, prefeririam que as 1000 peças fossem empacotadas em 25 caixas de
40 quilos cada uma, e fariam o esforço apenas 25 vezes; porém, neste caso, os critérios epidemiológicos e biomecânicos seriam contrariados.
O critério de NIOSH foi revisto em 1991 tendo sido refeitas as recomendações, e tendo
sido o LIMITE DE PESO RECOMENDADO (LPR) E O ÍNDICE DE LEVANTAMENTO (IL).
O estabelecimento do LPR e do IL (em inglês RWL e LI)
Ao contrário de critérios anteriores, o grupo de “experts” de 1981 e o grupo de 1991
decidiu por estabelecer um critério não baseado em determinada carga, acima da qual
seria problemática e abaixo da qual haveria segurança; nem se basearam em estabelecer uma freqüência máxima; nem uma técnica especifica para se fazer o esboço.
O grupo preferiu estabelecer que para uma situação qualquer de trabalho de levantamento manual de cargas, existe um limite de peso recomendado (LPR). E que uma vez
- 25 -
calculando o LPR, compara-se o valor da carga real LPR, obtem-se então o IL (ou índice
de levantamento), que é a relação entre o peso real e o LPR.
Pode-se dizer que se o valor de IL for menor que 1.0, a chance de lesão será mínima e o
trabalhador estará em situação segura, se a relação for de 1.0 a 2.0, aumenta-se o risco.
Se o valor for acima de 2.0 fica bastante aumentado o risco de lesões da coluna e do
sistema muscololigamentar, tão mais aumentada é a chance quanto maior for o IL.
Cálculo de levantamento de um garrafão de 20 litros para reabastecimento de um bebedouro de 27 cm em uma pia de cozinha
95%
Base do Bebedouro
27,00cm
PIA DE COZINHA
35,00cm
91,00
10,00cm
6,00cm
26,00 cm
Fórmula para cálculo do limite de peso recomendado (PR)
FDH = fator distância horizontal do indivíduo à carga - (30/H)
30 cm até a base do bebedouro
FAV = fator altura vertical da carga: 1 – (0,0085 / Vc/2,5-30/)
FDVP = fator distância vertical percorrida desde a origem até o destino: (0,38 + 4,5 Dc)
FFL = fator freqüência de levantamento: 0,02
FRLT = fator rotação lateral do tronco: (1 – 0,0032A)
FQPC = fator qualidade da pega da carga: 0,9
LPR = 23 x (30/H) x (1 – 0,0085 / Vc/2,5 – 30) x (0,85 + 4,5/Dc) x (0,02) x (1 – 0,0032 A) x
(0,9)
- 26 -
- 27 -
- 28 -
Segundo o critério de NIOSH, 23 Kg o peso ideal para levantamento de carga manual o
garrafão se encontra dentro da faixa aceitável, mais não pega boa para levantamento já
que sua borda é arredondada e não permite a formação de um ângulo de 90º
Mais segundo as tabelas de levantamento, a troca do garrafão em residências do qual
residem 5 pessoas, o consumo semanal de garrafões chega a cinco, a troca fica sendo
a cada 33 horas, tendo fator de risco moderado de lombalgias, mesmo porque existe
rotação do tronco e o peso total do garrafão é de 20,455Kg. Quando a troca é feita em
empresas que consomem em média 50 garrafões por dia, o risco passa a ser alto e prejudicial a saúde do trabalhador. Mesmo porque a carga na sua grande maioria e levantada distante do corpo sendo deste modo os disco paraverbais mais exigidos, comprimindo os discos da coluna vertebral. Assim, uma das recomendações mais importantes
para quem pega um peso (é certamente o mandamento mais importante dos halterofilistas) é; ao pegar o peso, aproxime-o do seu corpo, e faça-o subir o mais rente possível
do corpo. Nesta situação o peso levantado será apenas da sua massa, objeto multiplicado pela aceleração da gravidade; se o objeto se afastar do corpo, aparecerá imediatamente um novo multiplicador: a distância do objeto ao corpo!
- 29 -
- 30 -
- 31 -
6. Levantamento e Análise de Dados
6.1. Resultados Estatísticos
Baseado em resultados estatísticos apurados mediante questionários aplicados por
amostragem num público de 150 pessoas de diversos níveis sociais residentes na cidade de Salvador/BA, podemos constatar uma tendência de mercado, pelo consumo de
água potável engarrafada e distribuída em garrafões de 20 litros.
Quando questionados, sobre qual o tipo de alimentação de água potável que utiliza no
seu consumo diário, constatamos um índice de 43% do universo questionado, optantes
pelo sistema de água mineral em detrimento às outras opções oferecidas, conforme
apresentado no gráfico a seguir.
27%
43%
13%
16%
Água Mineral
Pote de Barro
Filtro de Barro
Outros
Mediante os resultados estatísticos desta amostragem, conseguimos detectar algumas
características do público consumidor de água mineral.
Sabemos que este público tem como o núcleo familiar de 4 a 6 pessoas (57%), perfazendo uma renda familiar de 4 a 6 salários mínimos (35%), consumindo de 1 a 3 garrafões de 20 litros semanalmente (74%), que tem um nível médio de confiabilidade no
sistema de alimentação de água potável com garrafões de 20 litros (78%), porém, considera os sistemas de ozonizadores e (Superzon, Europa...) mais confiáveis (74%), conforme apresentam os gráficos a seguir.
- 32 -
14%
18%
11%
57%
1 a 3 pessoas
4 a 6 pessoas
7 a 9 pessoas
Acima de 10 pessoas
14%
25%
26%
35%
1 a 3 salários mínimos
4 a 6 salários mínimos
7 a 9 salários mínimos
Acima de 10 salários mínimos
8% 0%
18%
74%
Não consumo
1 a 3 garrafões
4 a 6 garrafões
Acima de sete garrafões
3% 5%
14%
Baixo
78%
Médio
Alto
Elevado
- 33 -
0%
12%
14%
Áágua mineral
74%
Ozonizadores
Pote de barro
Filtro de barro
O que leva este público a optar pelo sistema de alimentação de água potável em garrafões de 20 litros segundo resultado apurado por esta amostragem, é a facilidade de aquisição do produto conforme demonstra o gráfico a seguir.
9%
26%
18%
Baixo custo
Higiene
Facilidade de aquisição
Outros
46%
Este mesmo público realiza uma higienização no sistema em que utiliza, a cada substituição do garrafão (57%), sendo este considerado a sua maior deficiência (38%), fazendo uso do álcool domestico (49%), conforme índices apurados e apresentados nos gráficos a seguir
12%
8%
57%
23%
A cada troca de água mineral
Semanalmente
Diariamente
Nunca
- 34 -
9%
18%
38%
34%
A substituição dos garrafões
Higienização dos garrafões
Higienização do bebedouro
Qualidade da água
12%
11%
49%
28%
Álcool doméstico
Água comsabão
Não higienizo
Outros
A maior queixa mediante as opções apresentadas no questionário, é com relação ao
desperdício de água (45%) no momento da alimentação do sistema, conforme demonstra o gráfico a seguir.
22%
34%
0%
45%
Queda dos garrafões
Lesões físicas
Desperdício de água
Nenhuma
Quando questionados se optariam por trocar de sistema de alimentação de água potável em garrafões de 20 litros que utilizam, por um outro que nele tivesse agregado um
- 35 -
subsistema de filtragem, obtivemos um resultado estatístico positivo equivalente a
66%. Este público apresenta ainda um nível de exigência alto no que diz respeito a estética do produto, conforme apresentado no gráfico a seguir.
18%
2%
14%
66%
Trocaria
Não trocaria
Depende do valor
Depende da estética (design)
25%
28%
Baixo
9%
38%
Médio
Alto
Elevado
6.2. Entrevista
Na visita feita à Estação de tratamento de água da EMBASA (empresa baiana de água e
saneamento s.a.) em Bolandeira, observou-se o sistema de receptação, armazenagem,
tratamento e distribuição de água potável. Segundo o Técnico Geólogo, Francisco, que
nos acompanhou, a água distribuída pela EMBASA sai dos tanques de tratamento com
qualidade para consumo humano, respeitando os critérios mínimos de distribuição, porém não há garantias de que a água adquirida pelo consumidor final seja a mesma da
saída da estação, devido as condições de conservação dos dutos (tubulações) e reservatórios, sendo a água um solvente passível de contaminações. Ainda segundo o Sr.
Francisco, recomenda-se que se utilize um processo de filtragem antes do consumo
e/ou ingestão da água canalizada. Esse processo de filtragem garantirá uma melhor
- 36 -
qualidade da água a ser ingerida, não sendo especificado um tipo determinado de filtro,
que garanta essa “purificação”, contudo mencionou-se um melhor desempenho dos filtros à base de carvão ativado, no combate á poluentes tipos: coliformes fecais e ciano
bactérias (algas azuis) nocivos ao organismo humano, por produzirem substâncias cancerígenas.
Abordagem quanto o consumo e qualidade de água mineral:
As águas minerais fornecidas e utilizadas na região metropolitana não têm garantias de
qualidade, para que haja um controle de qualidade seria necessário que fosse feito inspeções e vistoria desde os locais de extração e envase até armazenagem e distribuidor
dos garrafões de litros, segundo as exigências da portaria 1469 do Ministério da Saúde.
O controle da qualidade da água mineral é difícil, pois se pressupõem que esta é uma
água pura, e, portanto não necessita dos processos de purificação a que estar submetida à água proveniente de outros mananciais.
6.3. Observação
- 37 -
6.3.1. O Garrafão inserido no bebedouro está vazio;
6.3.2. Aquisição de garrafão com água para reposição;
6.3.3. Retirada do lacre;
6.3.4. Higienização do bojo do garrafão;
6.3.5. Deslocamento do garrafão até o bebedouro;
6.3.6. Encaixe do garrafão na entrada do bebedouro;
6.3.7. Substituição do garrafão com consumo alto de três em três dias, tendo três
pessoas consumindo diariamente.
6.4. Levantamento e Análise de Similares
FILTRO E PURIFICADOR EUROPA
Água pura, seguramente livre de contaminação bacteriológica, garantida pelo Sistema
de Membranas de Fibra Oca.
Função: Filtra e purifica a água previamente tratada (por estação concessionária de tratamento de água) através do SNTA - Sistema Natural de Tratamento de Água, filtra impurezas sólidas, adsorve o cloro, reduz substâncias químicas, orgânicas e turbidez. Remove sabores e odores desagradáveis causados pelo cloro. Através da dolomita libera
cálcio e magnésio (combinados ou separados).
O Módulo Retentor de Bactérias é composto por uma mini-câmara (refil) com membranas de fibra oca sobrepostas, com mais de 400 bilhões de microporos, cerca de 250
vezes menores que o diâmetro de um fio de cabelo, possuindo porosidade de 0,3 micron. Retém coliformes totais, coliformes fecais e bactérias patogênicas como o vibrio
- 38 -
cholerae, que possam estar presentes na água e cujas dimensões são superiores a 0,3
micron.
Os protozoários, por possuírem dimensões maiores que as bactérias, também são retidos.
Design: Moderno com formas arredondadas e suporte base para copo. Gabinete, bica
destacável e "push-button" em ABS.
Acionamento: Através de botão frontal com o inovador sistema "Push", com as posições para fluxo momentâneo e travamento para fluxo contínuo permitindo o enchimento de jarras e outros recipientes grandes.
Instalação: Extremamente prática, através de mangueira atóxica revestida com flexível.
Observação: É necessário trocar a câmara a cada 3.000 litros (aproximadamente). Este
dado pode variar de acordo com a qualidade da água que abastece o produto.
Especificações Técnicas
Largura
21,0 cm
Altura
29,5 cm
Profundidade
12,0 cm
Peso
1,375 kg
Pressão máxima de trabalho
3 Kgf/cm² (30 mca)
Pressão mínima de trabalho
0,7 Kgf/cm² (7 mca)
Fornecimento
40 litros/h
BEBEDOURO DE MESA LATINA PLENNA 33
- Possui duplo isolamento térmico, que somado à eficiência do conjunto, motorcompressor, proporciona o menor consumo de energia por litro de água gelada, entre
todos os modelos, atualmente disponíveis no mercado.
- 39 -
- É a única linha de bebedouros de mesa, com o sistema de vedação Dust-Proof, que
garante total vedação, entre o garrafão e o corpo do aparelho.
- 3.3 litros/hora de água gelada.
- Sistema "Dust Proof": inibe a entrada de sujeira na água.
- Exclusiva válvula "ONE WAY": separa água gelada da natural.
- Torneiras embutidas.
- Termostato externo.
- Permite uso de copos 150 mm de altura.
- Menor consumo de energia.
- Gela muito mais rápido.
- Fácil instalação.
- Volume da cuba: 2,5 litros.
Informações Adicionais: Garrafão não acompanha o produto.
Peso Líquido: 10 Kg
Peso Bruto: 11 Kg
Dimensões com embalagem: (LxAxP) mm: 320 x 470 x 410
BEBEDOURO MESA LATINA COM PURIFICADOR
Baixo consumo de energia: projeto de alta eficiência energética.
Ecologicamente correto: utiliza gás refrigerante, que não agride a camada de ozônio
(R134a).
- Fornece 3,3 litros de água gelada por hora.
- Aceita copos com até 150 mm.
- Gás ecológico.
- Regulagem externa de temperatura.
- Bandeja coletora removível.
- Supersilencioso.
- Aceita galões de 10 ou 20 litros.
- Baixo consumo de energia.
- Pés antiderrapantes.
- 40 -
- O duplo isolamento térmico, que somado à eficiência do conjunto, motor-compressor,
proporciona um baixo consumo de energia por litro de água gelada.
- Sistema de vedação Dust-Proof: garante total vedação, entre o garrafão e o corpo do
aparelho.
- Com água gelada sempre à mão, não é preciso abrir tantas vezes a geladeira.
Especificações Técnicas:
- Consumo: 11,0 KWh/mês
- Capacidade: 3,3 litros/hora
- Volume da cuba: 2,5 L
- Separação de água: válvula One-Way
- Gás refrigerante: R 134a
Peso Líquido: 11,5 Kg
Peso Bruto: 12,5 Kg
Dimensões sem embalagem: (LxAxP) mm: 305 x 435 x 380
PURIFICADOR DE ÁGUA
Dimensões com embalagem: (LxAxP) mm: 320 x 490 x 410
possui duas câmaras que retém impurezas físicas, sabores e odores indesejáveis e evita a proliferação de bactérias, proporcionando água leve e cristalina para toda a família.
É muito prático, o próprio usuário pode fazer a instalação e a troca dos refis, além de
possuir o sistema de retrolimpeza com dispositivo de segurança, responsável pela manutenção do aparelho.
-Suas linhas arredondadas e a cor branca, dão um toque de modernidade e leveza em
qualquer cozinha.
- Possui bica móvel e suporte para copo que proporcionam maior comodidade na utilização.
- Todos os acessórios necessários para a instalação acompanham o produto: derivação
metálica, adaptador 3/4"x 1/2", tampão 3/4", mangueira para retrolimpeza, mangueira
de alimentação, etiqueta magnética, anel de vedação sobressalente, parafusos e buchas de fixação.
Dimensões aproximadas: 26x27,2x13,5cm (AxLxP)
Peso líq. aproximado: 1,45kg
Garantia: 2 anos
- 41 -
BUSCAPE 1 – Bebedouro Purificador de Água
Suporte plástico com garrafão para água produzido em polipropileno. Garrafão com
capacidade para 20 litros produzido em polipropileno randon, aprovado pelo IPT.
Dimensões (LXAXP): (300 x 620 x 300) mm
Garantia: 3 meses
Voltagem: Dispensa energia elétrica
BEBEDOURO ESMALTEC GELAGUA GNC 1AE BEGE 220V
Fabricante: ESMALTEC S/A
Volume por unidade (m³): 0,09722
Unidade: CD
Peso por unidade (kg): 20
Familia: Eletroeletrônicos
Categoria: Eletrodomésticos
SubCategoria: Bebedouros
-
Serve água gelada e natural (3 litros/hora)
Gabinete em chapa de aço carbono, com pintura eletrostática a pó.
Peças plásticas injetadas em poliestireno de alto impacto
Utiliza gás ecológico
Potência: 112W
Dimensões (AXLXP)cm: 98X31,1X32
Garantia de até 2 anos por componentes. (Conforme certificado de garantia)
- 42 -
POTE E FILTRO DE BARRO
6.5. Levantamento e Análise de Materiais e Processos de Fabricação
Bebedouro
Plástico injetado; plástico em poliestireno; aço inoxidável, espuma de poliuretano; serpentina de cobre; plástico ABS, plástico policarbonato; chapa eletrozincada; aço inox
430.
Garrafão 20 litros
O “PVC" ainda domina o mercado brasileiro, mas o "PET" vem despontando como um
forte concorrente na briga por esse segmento.
A diversidade dentro desse segmento é ainda maior: polietileno (PE), polipropileno (PP),
policarbonato (PC), além do PET e PVC.
De acordo com o secretário executivo da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do
Plástico) Adolfo Braga Neto, as principais vantagens da embalagem plástica são: baixo
custo, evita ferrugens, leveza, facilidade no manuseio e transporte, reciclabilidade e praticidade.
- 43 -
Análises
O INMETRO desenvolveu uma pesquisa para análise em água mineral de garrafão de 20
litros em um total de 25 marcas, compradas em 11 estados do país, Bahia, Ceara, Espirito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul,
Rio de Janeiro e São Paulo. De cada marca foram compradas 5 amostras e realizadas
analises quanto a presença de Escherichia Coli e Coliformes Totais.
Normas e Documentos de Referência
Foi verificada a conformidade das amostras em relação à Resolução 25/76 da Comissão
de Normas e Padrões para Alimentos, que estabelece padrões de identidade e qualidade para as águas minerais.
Essa Resolução, do ano de 1976, estabelece que não deve haver presença de Escherichia Coli, que, quando presente, denota a contaminação origem fecal. Para o grupo de
bactérias de Coliformes Totais, a legislação não estabelece limites, mas sim, determina
que no prazo máximo de 2 anos, ou seja, até1978, seriam estabelecidos limites, o que
até hoje não foi feito, não existindo portanto limites de tolerância para Coliformes Totais, segundo essa Resolução.
Metodologia da Análise
Foram realizados, de acordo com a Resolução aplicável, ensaios em cinco amostras de
água mineral de garrafão, de cada fabricante. Em cada amostra, foram realizadas pesquisas de Escherichia Coli e de Coliformes Totais, sendo a primeira indicativa de contaminação de origem fecal e a segunda indicativa de contaminação por agente não comum ao processo de engarrafamento, incluindo a fonte.
A presença do grupo de bactérias de Coliforme Total denota que ocorreu uma interferência externa na água mineral, já que esse grupo de bactérias não faz parte da composição química da água mineral. Portanto, pode-se dizer que a água mineral que apresenta coliformes totais não é pura, ou seja é contaminada por agente externo, contaminação esta que pode ocorrer na fonte, no envase (devido a natureza do processo ou ao fato da reutilização de garrafão não devidamente higienizado), ou no transporte e armazenamento, no caso da embalagem não ser absolutamente estanque.
- 44 -
A presença de Escherichia Coli denota que a água mineral ou o garrafão sofreram contaminação de origem fecal, que são encontrados nas fezes do homem ou em fezes de
animais de sangue quente. Está bactéria pode ser veículo de transmissão de doenças
como a hepatite ou a cólera ou agente causador de problemas gastro-intestinais. Quanto a origem da contaminação, tem a mesma explicação relatada no parágrafo anterior
para a origem da contaminação por coliformes totais.
Resultado das Análises
Dois aspectos merecem atenção em relação aos resultados obtidos. O primeiro diz respeito a ocorrência de coliformes totais em amostras de 6 diferentes marcas O outro é
devido a identificação da presença de coliformes fecais em 3 amostras de uma marca.
Com relação a questão dos coliformes fecais, o que é absolutamente conclusivo é que,
é grave e caracteriza uma contaminação em alguma etapa do processo, em um produto
que deveria ser puro. Como já anteriormente mencionado, a contaminação pode ocorrer na fonte, no envase (pela natureza do processo ou devido a deficiente higienização
dos garrafões reutilizados) ou no transporte e armazenamento.
Pelos cuidados que foram adotados na análise, que exigiu que o laboratório responsável pelos ensaios examinasse as embalagens quanto a sua estanqueidade e integridade, tendo inclusive acarretado a troca de embalagens que não evidenciaram tais características e assinado um documento assumindo responsabilidade nesse sentido, podese concluir que a contaminação com coliformes totais não ocorreu nas etapas de transporte e armazenamento.
Restam duas alternativas: na fonte ou no envase. A contaminação no envase parece ser
a origem mais provável, porque a contaminação na fonte geralmente é sistêmica (repetitiva) e a no envase, quer seja devida a natureza do processo ou a inadequada higienização dos garrafões reutilizados, é normalmente ocasional, que foi o verificado nas
marcas que apresentaram coliformes totais. Esse fato explica a razão de terem sido identificadas amostras de uma marca contaminadas com coliformes fecais e outras não.
O fato da contaminação com coliformes fecais, ser ocasional, em uma das marcas analisadas, induz a constatação de que representa risco para o consumo quando embalada
em garrafões, não sendo possível estender esta constatação para as demais embalagens em que aquela marca é comercializada.
- 45 -
Com base nisso, sugere-se que a empresa engarrafadora efetue um estudo com vistas
a identificar a origem e a causa da contaminação ocasional nas embalagens de garrafão
de 20 litros, bem como analise se a mesma é extensiva às demais formas de embalagens utilizadas por aquela empresa.
Quanto a contaminação com coliformes totais em 6 das marcas analisadas, vale o
mesmo raciocínio quanto a origem, formulado para justificar a contaminação com coliformes fecais, ou seja, é ocasional e provavelmente tem origem no envase.
Como já mencionado, a contaminação com coliformes totais não representa riscos imediatos à saúde, mas deve ser analisada pelos respectivos fabricantes, uma vez que
esta contaminação pode estar associada a outras contaminações. Essa afirmativa é reforçada pelo fato da diretiva da União Européia, proibir a presença de coliformes totais
nas águas minerais. Cabe ainda destacar que a legislação brasileira sobre água potável,
da mesma forma, proíbe a presença de coliformes totais, nos níveis encontrados.
Como anteriormente mencionado, a legislação brasileira atualmente vigente, ao definir
que seja determinada a eventual presença de coliformes totais durante os dois anos
seguintes a sua promulgação, induz ao entendimento que, após este período, seriam
definidos padrões aceitáveis para este agente contaminante. Torna-se importante uma
articulação com a Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, sugerindo
que a legislação seja revista, objetivando definir os padrões aceitáveis para aquele
agente contaminante.
6.6. Dados de Mercado
Visto pelo lado de fora, o planeta deveria se chamar água.
Com algumas "ilhas" de terra firme, cerca de 2/3 de sua superfície são dominados pelos
vastos oceanos. Os pólos e suas vizinhanças estão cobertos pelas águas sólidas das
gigantescas geleiras.A pequena quantidade de água restante divide-se entre a atmosfera, o subsolo, os rios e os lagos.
Estimam-se em cerca de 1,35 milhões de quilômetros cúbicos o volume total de água
na Terra. 97,5% da água disponível na Terra é salgada e está em oceanos e mares,
2,493% é doce, mas se encontra em geleiras ou regiões subterrâneas (aquíferos) de difícil acesso, 0,007% é doce e é encontrada em rios, lagos e na atmosfera, de fácil acesso para o consumo humano.
- 46 -
6.6.1. Distribuição
6.6.1.1. Oceanos: 97,50%
6.6.1.2. Geleiras: 1,979%
6.6.1.3. Águas subterrâneas: 0,514%
6.6.1.4. Rios e lagos: 0,006%
6.6.1.5. Atmosfera: 0,001%
6.6.2. A situação da água no Brasil
O Brasil detém 11,6% da água doce superficial do mundo.
Os 70 % da água disponível para uso estão localizados na Região Amazônica.
Os 30% restantes distribuem-se desigualmente pelo País, para atender a 93% da
população.
6.6.3. Classes das Águas
6.6.3.1. Classificação de Águas Doces no Território Nacional
São classificadas, segundo seus usos preponderantes, em nove classes,
as águas doces, salobras e salinas do Território Nacional.
6.6.4. Águas Doces
6.6.4.1. Classe Especial - águas destinadas:
a) ao abastecimento doméstico sem prévia ou com simples desinfecção;
b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.
6.6.4.2. Classe 1 - águas destinadas:
a) ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho);
d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se
desenvolvam rentes ao solo e que ingeridas cruas sem remoção de
película;
- 47 -
e) à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas à
alimentação humana.
6.6.4.3. Classe 2 - águas destinadas:
a) ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário (esqui aquático, natação e mergulho);
d) à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas;
e) à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas à
alimentação humana.
6.6.4.4. Classe 3 - águas destinadas:
1. ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional;
2. à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;
3. à dessedentação de animais.
6.7. Técnicas de Conclave Aplicadas
Identificação do Sistema
Contexto
Sujeito
Atividade
Generalização
Residência
Consumidor de água
mineral em garrafões de
20 litros
Alimentação de bebedouros
Sistema de alimentação
de bebedouro para garrafões de 20 litros
Generalização do Sistema
Sub Contexto
Sujeito Envolvido
Generalização
Sub Atividade
Generalização do Sistema
Cozinha
Consumidor de água
mineral em garrafões de
20 litros
Alimentação de bebedouro de garrafões de 20
litros
Sistema de alimentação
de bebedouro para garrafões de 20 litros
- 48 -
ASP - Relâmpago
Atividade
Quem
Quando
Follow Up
Pesquisa de similares
Todos
03.11 a 05.12
e-mail / fórum
Entrevista com usuários (assistêmica)
Todos
05.11 a 10.11
e-mail / fórum
Aplicação de questionário
Todos
01.11 a 05.12
e-mail / fórum
Registro fotográfico
Nilton / Estefânio
14.11
Arquivo digital e-mail
Levantamento bibliográfico
Todos
03.11 a 05.12
Arquivo digital
Montar apresentação
Todos
05.12 a 10.12
Arquivo digital
Registro fotográfico
Tadeu
20 a 23/02
Arquivo digital
Elaboração do Relatório
Todos
01/04 a 15/04
Arquivo digital
Entrega do Relatório
Nilton
16/04
Relatório Impresso
Visita a Embasa
Gustavo / Estefânio
15/04
Relatório
Correções e complementação
do Relatório
Todos
13/05
Arquivo digital
Levantamento e análise de
similares – Especificações
Técnicas – pontos positivos e
negativos
Tadeu
13/05
Arquivo digital – pesquisa
Internet
Alternativas (PNI)
1 – Limpeza adequada (água e sabão) (N)
2 – Reduzir a área de limpeza (I)
3 – Eliminar o contato do garrafão com a água (P)
1 – Filtragem (magnetização) (I)
2 – Filtragem com pote de barro (N)
3 – Filtragem com carvão (P)
1 – Base em borracha (P)
2 – Base com ventosas (N)
3 – Garrafão em pé (I)
1 – Sistema de perfuração direta (I)
2 – Adaptação (P)
3 – Garrafão em pé (N)
1 – Garrafa em pé (I)
2 – Alças de sustentação (P)
3 – Guindaste (mecanismo de rotação) (N)
PNI
(P) - Pontos Positivos
(N) - Pontos Negativos
(I) - Pontos Interessantes
- 49 -
7. Síntese
7.1. Descrição geral e resumida
O Garrafão
Capacidade 20l de água mineral. Retornável. Fabricado em Policarbonato. Não atendem
a alguns dos requisitos das normas determinadas pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) visando à qualidade e ao desempenho das embalagens utilizadas atualmente, apresentando, por exemplo, dificuldade de higienização.
O Bebedouro
Para garrafões de 20l e também para alimentação pública de água. A proposta é desenvolver um bebedouro que atenda as normas determinadas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), e que tenha um design atrativo e funcional.
A Filtragem
Um sub-sistema de filtragem a base de carvão ativado. Carvão ativado é obtido através
da queima incompleta de lenha (madeira de lei).
Segundo o IMAPA, Indústria Metalúrgica Ambiental do Paraná LTDA, os Filtros de Carvão Ativado funcionam segundo o fenômeno físico de absorção molecular e são os
mais apropriados para eliminar impurezas. O carvão ativado é obtido através de pirólise
(carbonização) controlada de materiais carbonáceos de origem vegetal, animal ou mineral com posterior ativação termoquímica. A pirólise controlada propicia a cristalização
do carbono, formando poros dentro do carvão.
Geral
Sistema compacto de alimentação de água potável engarrafada em vasilhames de 20 litros, dotado de um sub-sistema de filtragem de carvão ativado, levando-se em consideração os requisitos projetuais e exigências mercadológicas.
- 50 -
7.2. Lista de requisitos projetuais
•
Eliminar ao máximo os pontos de contato do sistema com a área externa do garrafão, desta forma evitando uma possível contaminação da água.
•
Agregar ao sistema um sub-sistema de filtragem, que venha proporcionar maior
confiabilidade no produto no que diz respeito a preservação da pureza da água.
•
Aprimorar o procedimento de alimentação do sistema, procurando facilitar a troca
do garrafão e evitar que o usuário realize esforços que venham lhe proporcionar ato
inseguro e/ou prejudiciais a sua saúde.
•
Dotar o sistema com um artifício de vedação eficiente, de forma a preservar a qualidade da água contida no garrafão.
•
Proporcionar ao usuário melhor conforto visual, no que diz respeito à estética do sistema, e uma melhor ambientação com o espaço físico em que será utilizado.
•
Dotar o sistema de acionamento manual, objetivando evitar consumo de energia elétrica.
- 51 -
8. Geração e Seleção de Alternativas
8.1. Desenhos com as alternativas
8.1.1. Alternativa “A”
Descartada em função do excesso de material.
8.1.2. Alternativa “B”
Descartada em função da instabilidade do sistema, possibilitando um deslize do
garrafão e até mesmo que este vire ocasionando acidente e desperdício de água.
- 52 -
8.1.3. Alternativa “C”
Descartada em função do excesso de material elevando o custo de produção.
8.1.4. Alternativa “D”
Descartada em função do espaço reduzido para acondicionamento do sub-sistema
de filtragem e utilização de um sub-sistema elétrico abortado por definições
projetuais.
- 53 -
8.1.5. Alternativa “E”
Descartada em função do resultado estético e excesso de material.
8.1.6. Alternativa “F”
- 54 -
8.2. Matriz decisória para selecionar alternativas
Critérios
Descrição
Alternativa A
Alternativa B
Alternativa C
Alternativa D
Alternativa E
Alternativa F
Peso Nota Ponderação Nota Ponderação Nota Ponderação Nota Ponderação Nota Ponderação Nota Ponderação
Estética
2
1
2
1
2
2
4
3
6
3
6
4
8
Custo
3
1
3
3
9
1
3
3
9
2
6
3
9
Funcionalidade
4
2
8
1
4
2
8
4
16
3
12
4
16
Usabilidade
3
1
3
3
9
1
3
4
12
2
6
4
12
Acomodação
2
1
2
1
2
2
4
3
6
2
4
4
Total/Ponderação
18
26
22
49
34
8
53
8.3. Justificativa para a alternativa selecionada
Alternativa escolhida por atender a requisitos técnicos projetuais, melhoria do espaço
físico para acomodação do sub-sistema de filtragem, melhor solução para o mecanismo
de sucção (fole), fácil manutenção (substituição do sub-sistema de filtragem) e melhor
apelo estético.
9. Detalhamento Técnico
9.1. Desenho técnico preliminar
- 55 -
9.2. Critério de Seleção de Materiais
Tomando por base decisória as características descritas nas tabelas abaixo, em que
demonstra um comparativo entre resinas termoplásticas, concluímos que o material
mais adequado para o nosso sistema é o polipropileno, em função de duas características básicas e de fundamental importância para o nosso sistema que são: resistência a
produtos químicos e baixo custo.
- 56 -
9.3. Especificações de materiais
POLIPROPILENO (PP) Termoplástico de Comoditie:
Polipropileno Injetado, utilizado em todo o produto, carenagem externa, tampa de injeção de ar, estrutura de sustentação interna, condutos e tubos, e conectores.
O polipropileno origina-se de uma resina termoplástica produzida à partir do gás propileno que é um subproduto da refinação do petróleo. Em seu estado natural, a resina é
semi-translúcida e leitosa e de excelente coloração, podendo posteriormente ser aditivado ou pigmentado. Este produto é usado nos casos onde é necessária uma maior resistência química. Uma das vantagens é que pode ser soldado, permitindo a fabricação
de tanques e conexões.
A maioria dos polipropilenos é produzida por moldagens, por injeção, por sopro ou extrusão, a partir de compostos reforçados e sem reforços. Outros processos aplicáveis
aos polipropilenos são: a moldagem de espumas padronizadas reforçadas com fibra de
vidro. Tanto as resinas destinadas a moldagens quanto destinadas para extrusões podem ser pigmentadas através de qualquer processo convencional respectivo.
PROPRIEDADES
O polipropileno é uma resina de baixa densidade que oferece um bom equilíbrio de
propriedades térmicas, químicas e elétricas, acompanhadas de resistência moderada.
As propriedades de resistência podem ser significativamente aumentadas ou melhoradas através de reforços de fibra de vidro. A tenacidade é melhorada através de reforços
de fibras de vidro em graduações especiais de elevado peso molecular modificadas
com borracha.
- 57 -
As propriedades elétricas dos polipropilenos são afetadas em vários graus de temperatura de serviço. Com aumento dessa temperatura, a constante dielétrica permanece razoavelmente constante; entretanto, a resistência ou o poder dielétrico aumenta, enquanto é reduzida a resistividade volumétrica.
O polipropileno apresenta resistência limitada ao calor; existem, entretanto, tipos termo
estabilizados destinados a aplicações que exijam uso prolongado a elevadas temperaturas. A vida útil de peças com tais graduações pode atingir cinco anos a 120°C, dez anos
a 110°C e vinte anos a 90°C. Tipos especialmente estabilizados são classificados pela
UL para serviços contínuos a 120°C.
As resinas de polipropileno são inerentemente instáveis na presença de agentes oxidantes e na presença de raios ultravioleta. Embora algumas de suas graduações sejam
estáveis até certo ponto, usa-se com freqüência sistemas de estabilização destinados a
adequar uma fórmula especial a determinadas situações ambientais particulares.
Os polipropilenos resistem a ataques químicos e não são afetados por soluções aquosas de sais inorgânicos ou ácidos e bases minerais, mesmo em altas temperaturas. Não
são atacados pela maioria dos agentes químicos de natureza orgânica. Entretanto, eles
são atacados por compostos halogenados, por ácido nítrico fumegantes e por outros
agentes oxidantes ativos, além de serem também atacados por hidrocarbonetos aromáticos e cromados, em altas temperaturas.
CARACTERÍSTICAS:
•
Boa resistência química
•
Baixa absorção de umidade
•
Boa resistência ao impacto
•
Soldável e moldável
•
Comprovadamente atóxico
•
Baixo custo dentre os plásticos
•
Fácil usinagem
•
Regular resistência ao atrito
•
Boa estabilidade térmica
•
Pode ser aditivado
•
Alta resistência ao entalhe
- 58 -
•
Opera até 115°C
•
Leveza 0,92 - o mais leve dos plásticos
•
Em revestimento até 90°C pode substituir o PVC
•
Antiaderente
APLICAÇÕES
Os polipropilenos não-reforçados são utilizados em aplicações de embalagem, tais como recipientes farmacêuticos, médicos de cosméticos moldados por sopro, além dos
destinados a alimentos. Os tipos de espuma são empregados em móveis e encostos
de assentos de automóveis.
Tanto os tipos reforçados como os não reforçados são aplicados a automóveis, aparelhos domésticos e elétricos, como carcaças de bateria, de lanterna, rotores de ventoinha, pás de ventiladores, e como suporte para peças elétricas condutoras de corrente,
carretéis de bobinas, capas protetoras de cabo elétrico, jogos magnéticos de TV, cartuchos para fusíveis e como isoladores, entre outras aplicações.
Também utilizado na confecção de:
•
Peças estruturais
•
Painéis de isolamento
•
Cepos para balancins
•
Tubos e conexões para indústria química
•
Revestimento e fabricação de tanques
•
Peças e elementos para indústria alimentícia
•
Mesas para laboratórios
•
Placas de filtro de prensa
•
Aparelhos ortopédicos
•
Engrenagens para galvanoplastia
- 59 -
OUTRAS APLICAÇÕES
•
Cepos para balancins de corte
•
Tanques de produtos químicos
•
Conexões e válvulas
•
Tubulações de produtos químicos
•
Mesa de corte para indústria de alimentos
•
Aparelhos ortopédicos
•
Engrenagem com pouco esforço mecânico
•
Engrenagem para galvanoplastia
•
Mesa para laboratório
•
Cobertura para cabos de alta-tensão
•
Separador de garrafas
•
Estrelas e roscas sem-fim
•
Moldes para indústria de fibras
•
Tambor rotativo para galvanoplastia
•
Bombas de retornos para concentrados
•
Placas de filtro de prensa
•
Exaustores de hidrodecapagem
•
Tubulação flutuante para barragem
•
Trilhos ou guias de redler's
•
Dutos anticorrosivos
O Polipropileno não tem características ideais para ser considerado plástico de engenharia. pelas suas limitações (resistências mecânicas); sua grande característica é sua
resistência química e ao entalhe; nas poliolefinas, o polipropileno é o mais estrutural,
mais rígido; todas as indústrias que utilizam processos químicos são potencialmente
consumidoras de polipropileno. O polipropileno também é disponível em chapas, tarugos e tubos com variados dimensionais para beneficiamento e aplicação em diversos
segmentos industriais.
- 60 -
LIMITAÇÕES PARA APLICAÇÕES
•
Pouca resistência mecânica
•
Pouca resistência a abrasão
•
Sofre com a ação ultravioleta e agentes oxidantes
•
Resistência limitada a temperaturas
•
Cria estática
•
A 90°C com solicitação mecânica, a ligação carbono mais hidrogênio se compromete
•
Não é resistente a baixa temperatura (a partir de 0°C)
USINAGEM
A usinagem do polipropileno pode ser efetuada perfeitamente com máquinas para metais ou madeira.
Importante: este material possui condutividade térmica baixa. É conveniente evitar
qualquer aquecimento excessivo durante a usinagem que pode gerar tensões internas
prejudiciais à geometria e às dimensões da peça acabada.
FERRAMENTAS DE CORTE
A qualidade do corte e o desprendimento do cavaco durante a usinagem são mais importantes que a natureza do metal da ferramenta, embora o metal duro seja preferível
para usinagem, o melhor acabamento superficial é obtido com uma ponta útil de corte
arredondada.
FURAÇÃO
A ponta de corte da broca deve estar afiada para poder executar um corte regular até o
final do furo. Para usinagem de furos de grandes diâmetros (maiores que 20mm) se aconselha a efetuar furos progressivos em tamanho e sacar a broca para retirada de cavacos frequentemente.
- 61 -
CORTE DE SERRA
As serras para madeira com dentes separados são as indicadas para corte.
ROSQUEAMENTO
Deve-se utilizar somente o macho de acabamento, com muito ângulo. Para se aumentar
a resistência mecânica, aconselha-se a utilização de sistemas de insertos de roscas tipo
helicoidal.
REFRIGERANTE
Os refrigerantes de corte não são indispensáveis, porém são aconselháveis, particularmente em usinagens delicadas e furações.
FIXAÇÃO
A fixação sobre a máquina de usinagem deve ser feita com muito cuidado a fim de se
evitar deformações.
TOLERÂNCIAS DE USINAGEM
As variações dimensionais, por absorção de umidade e dilatação térmica do
POLIPROPILENO, bem como diversos outros plásticos de engenharia são maiores que
as dos metais e implicam em maiores tolerâncias.
Por estas razões, tolerâncias precisas são inúteis e de alto custo. O controle de cotas e
tolerância se deve efetuar nas mesmas condições ambientais que as da usinagem, particularmente a temperatura.
ARMAZENAGEM
Se armazenada durante um longo período de tempo antes de sua utilização e a fim de
se evitar deformações ou alterações dimensionais devidas à absorção de umidade, proteger com uma película de óleo e armazenar as peças em envoltos de polietileno.
SOLDA
A solda entre chapas de polipropileno é feita com o uso de um maçarico de ar quente,
em conjunto com filete para solda também em polipropileno.
- 62 -
SANTOPRENE Elastômero Termoplástico:
A utilização do Santoprene segundo o site www.santoprene.com aumenta a longevidade dos produtos que necessitam de alta performance aliada a uma grande versatilidade
de uso, agrega valor ao produto, proporcionando toque suave, maior aderência, segurança e controle, no uso e manuseio do produto.
No projeto será utilizado nas peças de vedação, no folem de injeção de ar e na pega lateral, onde ocorrerá sobre injeção na carenagem externa.
Os elastômeros termoplásticos (TPEs), conjugam as propriedades das borrachas com a
facilidade de transformação dos plásticos. O desenvolvimento desta nova classe de
materiais possibilitou a substituição de boa parte das borrachas convencionais em aplicações tradicionais, bem como, devido à sua versatilidade, encontrar novas aplicações
antes inacessíveis a termoplásticos.
As borrachas são conhecidas como materiais que possibilitam a produção de peças
com propriedades elastoméricas, invariavelmente em sua forma termofixa; enquanto os
plásticos, rígidos ou flexíveis, podem ser processados e reprocessados facilmente, bastando para isto aplicar calor. Apenas recentemente, com o desenvolvimento dos elastômeros termoplásticos, os dois conceitos puderam ser mesclados.
Os TPEs representam assim uma nova classe de materiais que se comportam como
borracha mas são processados como plásticos, ou seja, injetados, extrudados, soprados e calandrados, e, caso se deseje, reprocessados indefinidamente, sendo, portanto,
recicláveis.
UTILIDADES
•
Cabos de escovas de dente, de ferramentas, de escovas de cabelo em bi componentes.
•
Teclados de telefones celulares e fixos.
•
Gaxetas de vedação.
•
Partes de painéis de automóveis, air bags, espelhos retrovisores.
•
Guarnições para janelas anti-ruídos; pestanas para vidros de carros.
•
Peças para aparelhos de áudio e vídeo.
•
Brinquedos ou em qualquer outra peça, que se requeira um manuseio confortável e macio, através da combinação de dois materiais (duro e mole) ou simples-
- 63 -
mente a presença do material mole. Nosso material é principalmente compatível
com PP e PE, entretanto outras combinações são também possíveis, para produção de peças técnicas ou normais, injetadas, extrudadas ou sopradas, tanto
em mono como em bi componentes.
•
Também possíveis, para produção de peças técnicas ou normais, injetadas, extrudadas ou sopradas, tanto em mono como em bi componentes.
- 64 -
10. Conclusão
Este trabalho constitui-se em uma abordagem no que diz respeito ao consumo de água mineral em garrafões de 20 litros, como é manuseado, o nível de confiabilidade e onde ele é
mais consumido, se em residências e/ou empresas.
O consumo crescente de água mineral em garrafões de 20 litros movimenta um mercado
muito lucrativo, cerca de 40% da população no Brasil. A partir destes dados, passamos a observar todo o processo que envolve o sistema de consumo, desde o engarrafamento até o
consumidor final.
Em contato com profissionais envolvidos (geólogos, químicos, profissionais da área de saúde
pública e distribuidores) em todo o processo desde a extração da água, tratamento e envase,
partimos para entrevistas e aplicação de questionário onde pudemos coletar dados que nos
possibilitaram definir as características do nosso produto.
De posse destes dados pudemos observar que os consumidores de água mineral em garrafões de 20 litros justificam-na em função da confiabilidade, comodismo, e ainda pela facilidade na sua aquisição. Como ponto negativo a dificuldade de reposição do garrafão ao bebedouro podendo ocasionar situações acidentais causando desperdício e/ou lesões físicas.
Passamos a observar que os vasilhames são transportados e armazenados de forma errônea,
sofrendo ação do tempo (sol, chuva), e que seu armazenamento é feito de forma inadequada,
perto de produtos químicos (postos de gasolina) e lixo.
O nosso produto além de contemplar todas as exigências dos consumidores: facilidade de
manuseio, estética e baixo custo, vem agregado um sistema de filtragem que visa proporcionar maior confiabilidade do produto ingerido.
- 65 -
11. Bibliografia
Chaffin, Don. B. Biomecânica Ocupacional. Belo Horizonte: Ergo, 2001
NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUOATIONAL SAFETY AND HEALTH A national strategy for
occupational musculoskeletal injuries: implementation issues and research needs. NIOSH
#299, 1993.
FILHO, J. G.; Ergonomia do Objeto: Sistema Técnico de Leitura Ergonômica. [S.I.:S.n.].
MARTINS, A. M.; MAURÍCIO, R. C.; FILHO, J. C. P.; CAETANO, L. C.; Águas Minerais do Estado do Rio de Janeiro. [S.I.:S.n.].
LANCIA, C. A., CAETANO, L. C., ARAGÃO, J. M. Água mineral do Brasil Retrato Histórico da
Indústria Engarrafadora . [S.I.:S.n.].
MANUAL sobre armazenagem e transporte de águas minerais naturais e potáveis de mesa.
ABINAM - Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais. Disponível em:<
http://www.abinam.com.br >. Acesso em> nov.2003
Fonte de estímulo à ampliação do conhecimento ambiental . Disponível em:<
http://www.ambientebrasil.com.br >. Acesso em: nov 2003
Água Mineral em Garrafões de 20 l. Disponível em:<
http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/garrafoes.asp >. Acesso em: nov 2003
Notícias do Setor. Disponível em:< http://www.geomagna.com.br/menunoticias.htm >. Acesso em: nov 2003
Tratamento de Água. Disponível em: < http://www.bayer.com.br >. Acesso em: set 2004
Desenvolvimento em elastômero termoplásticos. Disponível em: <
http://www.plastico.com.br/revista/pm348/borracha1.htm >. Acesso em: set 2004
Elastômero Termoplásticos. Disponível em: < http://www.piltz.com.br >. Acesso em: set
2004
TPE Solutions for Your Application Needs. Disponível em: < http://www.santoprene.com >.
Acesso em:set 2004
- 66 -
12. Apêndice
12.1. Questionário
- 67 -
Download

Sistema alimentação bebedouros