Centrais de água gelada
Centrais de água gelada
Texto por: Mkt Comfortstar
As centrais de água gelada também evoluíram nos últimos anos. O desenvolvimento de novos
componentes, como os compressores rotativos, levou a uma significativa redução no consumo
de energia elétrica. Os equipamentos disponíveis no mercado em 1990 tinham consumo médio
de 1,2 KW/TR; dez anos depois, essa média já estava em 0,55 KW/TR. Entre as vantagens do
sistema central está a concentração da grande carga elétrica junto do chiller, o que dispensa
tomadas especiais em outros pontos da edificação.
O ar-condicionado central é o mais adequado para projetos que prevêem o insuflamento de ar
pelo piso ou o chamado “teto frio”, um novo sistema, ainda pouco usado no Brasil, em que a
difusão do ar é feita por meio de forro metálico com serpentinas. A água gelada corre por esses
pequenos canais, promovendo o resfriamento do ar por irradiação.
“É uma espécie de calefação ao contrário”,
resume Kayano.
Nos sistemas centrais, a água é resfriada no chiller, instalado na casa de máquinas, e dali
segue para os andares por meio de dutos isolados termicamente. A água utilizada retorna à
central e é novamente resfriada. Esse sistema pode ou não ser combinado a tanques de
termoacumulação, complemento que permite a fabricação e o armazenamento de gelo nos
horários em que as tarifas de energia são menores e sua utilização nos horários de pico,
quando a eletricidade é mais cara. A termoacumulação é indicada para projetos a partir de 500
TR por hora.
O investimento inicial nesse sistema é mais alto, porém seu custo operacional é o mais
vantajoso. Devido ao tamanho dos equipamentos, deve-se reservar espaço para sua
acomodação, operação e manutenção; o peso das máquinas e dos tanques também deve ser
considerado, pois é dado importante para o projeto estrutural da edificação. Isso significa que o
sistema central deve ser previsto na fase inicial do projeto de arquitetura.
Com ou sem termoacumulação, os sistemas centrais tornam-se mais econômicos quando
empregam as válvulas de volume de ar variável (VAV) dotadas de sensores que captam as
variações de temperatura. “Se ela está mais alta, a VAV abre automaticamente; se está mais
baixa, ela fecha”, finaliza Kayano.
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