A Criação Aula 8 O Homem Aulas previstas: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. No princípio (9 slides) Leitura cristã da Criação (6 slides) O Amor de Deus (11 slides) Criação e Ciência (12 slides) Providência de Deus (10 slides) O Mal (8 slides) Os Anjos (11 slides) O Homem (16 slides) O pecado original (10 slides) O Homem 1/16 São João Crisóstomo, Sermão sobre o Génesis 2, 1: “Qual é, pois, o ser que vai vir depois da existência, rodeado de semelhante consideração? É o homem, grande e admirável figura vivente, mais precioso aos olhos de Deus que toda a Criação; é o homem, para ele existem o céu e a terra e o mar e a totalidade da Criação, e Deus deu tanta importância à sua salvação que não poupou seu Filho de fazer todo o possível para que o homem subisse até Ele e se sentasse à sua direita”. O Homem 2/16 CIC 362: “A pessoa humana, criada à imagem de Deus, é um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual. A narrativa bíblica exprime esta realidade numa linguagem simbólica, quando afirma que Deus formou o homem com o pó da terra, insuflou-lhe pelas narinas um sopro de vida, e o homem tornou-se num ser vivo’ (Gn 2, 7)”. “Muitas vezes, a palavra alma designa, nas Sagradas Escrituras, a vida humana, ou a pessoa humana no seu todo. Mas designa também o que há de mais íntimo no homem e de mais valor na sua pessoa, aquilo que particularmente faz dele imagem de Deus: ‘alma’ significa o princípio espiritual no homem” (CIC 363). O Homem 3/16 A alma é imortal, porque é imaterial e não pode sofrer corrupção. É a sede das potências superiores (inteligência, vontade), graças às quais o homem goza da liberdade. O homem é capaz, pela sua alma, das coisas superiores do espírito, como são o amor a Deus e ao criado, o entendimento do que conhece pelos sentidos e das realidades da fé... A Igreja ensina que cada alma espiritual é directamente criada por Deus. A alma não é “produzida” pelos pais, e é imortal. O Homem 4/16 Gaudium et spes 14: “Não é, portanto, lícito ao homem desprezar a vida corporal, mas, pelo contrário, é obrigado a considerar bom e digno de honra o seu corpo, uma vez que o corpo foi criado por Deus e há-de ressuscitar no último dia”. CIC 364: “O corpo do homem participa na dignidade da ‘imagem de Deus’: é corpo humano, precisamente por ser animado pela alma espiritual, e a pessoa humana na sua totalidade é que é destinada a tornar-se, no Corpo (Místico) de Cristo, templo do Espírito”. O Homem 5/16 O corpo, na sua masculinidade e feminilidade, está chamado, ‘desde o princípio’, a converter-se na manifestação do espírito. Também mediante a união conjugal do homem e da mulher, quando se unem formando ‘uma só carne’” (João Paulo II, Audiência geral, 22.10.1980). Através desta unidade, “o corpo, na sua masculinidade e feminilidade, assume o valor de sinal - sinal em certo sentido - sacramental” (Idem). “Enquanto que, para a mentalidade maniqueia, o corpo e a sexualidade constituem, para dizê-lo de algum modo, um ‘anti-valor’, para o Cristianismo, pelo contrário, ambos permanecem sempre como um valor não suficientemente apreciado” (Idem). O Homem CIC 365: “A unidade da alma e do corpo é tão profunda que se deve considerar a alma como a ‘forma’ do corpo; quer dizer, é graças à alma espiritual que o corpo, constituído de matéria, é um corpo humano e vivo. No homem, o espírito e a matéria não são duas naturezas unidas, mas a sua união forma uma única natureza”. Quando o homem morre, produz-se a separação destes dois princípios humanos: o corpo, que se decompõe paulatinamente separado da alma, e o espírito, que não pode sofrer decomposição e fica num estado autónomo. 6/16 O Homem CIC 1022: “Ao morrer, cada homem, recebe na sua alma imortal a retribuição eterna, num juízo particular que põe a sua vida em referência a Cristo, quer através de uma purificação, quer para entrar imediatamente na felicidade do céu, quer para se condenar imediatamente para sempre”. São João da Cruz, Avisos e sentenças, 57: “Ao entardecer desta vida examinar-te-ão no amor”. A alma “não morre quando, na morte, se separa do corpo, e se unirá de novo ao corpo na ressurreição final” (CIC 366). 7/16 O Homem 8/16 O primeiro habitat que Deus dispensa ao homem é um jardim: um lugar especialmente adequado e maravilhoso para a fruição de tudo o que é criado. Gn 2, 15: “O Senhor Deus tomou o homem e colocou-o no jardim do Éden para que o cultivasse e guardasse”. A realidade humana do trabalho aparece a partir do instante em que Deus coloca o homem no Éden e o encarrega da sua guarda e da sua atenção. Aparece antes do pecado original: o homem é criado para trabalhar. “O homem nasce para trabalhar, como as aves para voar” (São Josemaria, Amigos de Deus, 57). O Homem CIC 378: “Sinal da familiaridade com Deus é o facto de Deus o colocar (ao homem) no jardim. (...) O trabalho não é um castigo, mas a colaboração do homem e da mulher com Deus no aperfeiçoamento da criação visível”. CIC 2428: “No trabalho, a pessoa exerce e cumpre uma parte das capacidades inscritas na sua natureza. O valor primordial do trabalho pertence ao próprio homem, seu autor e destinatário”. 9/16 O Homem 10/16 A partir da queda dos nossos primeiros pais, o trabalho está associado o cansaço, à fadiga. A partir desse momento, a vida do homem separa-se da vontade de Deus, e as realidades da sua vida não estarão sempre plenamente integradas na vocação humana e sobrenatural do homem ao amor de Deus. Deus destinou os primeiros pais da raça humana, e, neles, todos os homens e mulheres que haviam de vir, à felicidade. Só a desobediência ao preceito divino é causa da dificuldade, que o o homem tem, para chegar a ela. O Homem 11/16 CCE 2427: ”O trabalho honra os dons do Criador e os talentos recebidos. Também pode ser redentor: suportando o que o trabalho tem de penoso, em união com Jesus, o artesão de Nazaré e o crucificado do Calvário, o homem colabora, de certo modo, com o Filho de Deus na sua obra redentora. (...) O trabalho pode ser um meio de santificação e uma animação das realidades terrenas no espírito de Cristo”. “O trabalho nasce do amor, manifesta o amor, ordena-se ao amor” (São Josemaria, Cristo que passa, 48). São Josemaria: o trabalho é o gonzo da nossa santificação (cfr. Amigos de Deus, 81). O Homem CIC 374: “O primeiro homem não só foi criado bom, como também foi constituído na amizade com o seu Criador, e de harmonia consigo mesmo e com a criação que o rodeava; amizade e harmonia tais, que só serão ultrapassadas pela glória da nova criação em Cristo”. “Adão e Eva foram constituídos num estado de santidade e de justiça originais. Esta graça da santidade original era uma participação da vida divina” (CIC 375). 12/16 O Homem 13/16 CIC 367: “Encontra-se, às vezes, uma distinção entre alma e espírito. São Paulo, por exemplo, ora para que‚ todo o nosso ser, o espírito, a alma e o corpo’, seja guardado sem mancha até à vinda do Senhor (1 Ts 5, 23). A Igreja ensina que esta distinção não introduz uma dualidade na alma. ‘Espírito’ significa que o homem é ordenado, desde a sua criação, para o seu fim sobrenatural, e que a alma é capaz de ser gratuitamente sobreelevada até à comunhão com Deus”. Adão e Eva foram elevados à ordem sobrenatural, que consiste na participação na vida divina: têm assim um destino sobrenatural, que quer dizer superior à sua capacidade por natureza. O Homem 14/16 Dons preternaturais: CIC 376: “Todas as dimensões da vida do homem eram fortalecidas pela irradiação desta graça. Enquanto permanecesse na intimidade divina, o homem não devia nem morrer nem sofrer. A harmonia interior da pessoa humana, a harmonia entre o homem e a mulher, enfim, a harmonia entre o primeiro casal e toda a criação, constituía o estado dito de ‘justiça original’”. O Homem 15/16 Dons preternaturais: Assim, além da elevação à ordem sobrenatural, os nossos primeiros pais gozavam dos dons preternaturais, não exigidos pela natureza, mas congruentes com ela: aperfeiçoavam-na na linha natural. Concretamente, estes dons supunham que não havia morte, nem sofrimentos, as “paixões” humanas estavam dominadas pela inteligência, e a vontade dirigia-se directamente ao bem. Os dons preternaturais acompanham e são reflexo dos dons sobrenaturais, como o põe de manifesto o facto de, com o pecado, desaparecerem ambos. Ficha técnica Bibliografia Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciação Teológica da Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel) Slides Original em português europeu - disponível em inicteol.googlepages.com 16/16