Sociedade Brasileira de Química (SBQ)
Medidas de ácidos fórmico e acético na atmosfera utilizando
amostradores passivos
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Elisvan R. Mota (PG) , Lícia P.S. Cruz (PQ) *, Franciele O. Santana (IC) , Sâmeque R. Luz (IC) , Sergio
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1
T. Oliva (PQ), Vânia P. Campos (PQ) . *[email protected]
1
Universidade Federal da Bahia/Instituto de Química/Dpto. Química Analítica/LAQUAM (Laboratório de Química
Analítica Ambiental). Campus Universitário de Ondina, s/n, 40170290 – Salvador –BA.
Palavras Chave: Amostradores passivos, ácido fórmico, ácido acético
Introdução
Neste trabalho amostradores passivos (APs) foram
usados/testados em medidas de ácidos fórmico e
acético em ambientes externos, visando contribuir
em diagnóstico da qualidade do ar a baixo custo.
Ácidos carboxílicos encontram-se na atmosfera
principalmente na fase gasosa. Estes ácidos
orgânicos podem ser emitidos por fontes naturais ou
antrópicas (processos de combustão, tais como a
queima de combustíveis fósseis, a queima de
vegetação, e a incineração de matéria orgânica), ou
podem ser formados na atmosfera a partir de
1
reações fotoquímicas . Poucos são os estudos que
determinam as concentrações destes ácidos na
atmosfera. Apesar disso, sabe-se que estes
compostos contribuem significativamente para a
deposição ácida.
O amostrador passivo utilizado é composto por um
corpo cilíndrico de polietileno (12 mm de altura e 21
mm de diâmetro interno), fechado no fundo,
contendo na entrada de ar uma tela de aço inox (fio
de 0,08 mm e malha de 0,125 mm) e uma
membrana de Teflon (Millipore, PTFE, 0,5 µm de
poro, 25 mm de diâmetro, hidrofóbica lisa), para
minimizar problemas de turbulência de ar e
interferência de partículas, respectivamente. Após o
espaço de difusão, encontra-se um filtro de celulose
-2
(Whatman 40) impregnado com Na2CO3 1,0 x 10
-1
-1
mol L + glicerol 1,0 mol L . Os ácidos foram
extraídos dos filtros utilizando-se 1,5 mL de água
ultrapura e posteriormente determinados por
cromatografia iônica.
Resultados e Discussão
Quatro locais de amostragem com diferentes fontes
de emissão foram selecionados: dois pontos em
Salvador, cidade com aproximadamente três
milhões de habitantes, que se locomovem com
cerca de 800.000 de veículos; Madre de Deus
(15.432 habitantes) e São Francisco do Conde
(23.000 habitantes), ambas as cidades a distância
de 1 e 14 km, respectivamente, à jusante da
36a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química
Refinaria de petróleo (RLAM). Em cada ponto de
amostragem, foram expostos conjuntos de 3 APs.
As concentrações dos ácidos variaram na faixa de
—3
3,95 a 17,91 µg m para acido fórmico e de 4,72 a
-3
33,58 µg m para ácido acético (Tab 1).
A exatidão foi testada com amostragens
simultâneas usando tubos de difusão (90 cm x 6
mm) revestidos com carbonato, e a precisão
considerando 3 APs expostos simultaneamente,
definida como desvio padrão relativo, foi
determinada entre 3,5 a 15%. Estes resultados são
concordantes com a literatura referente à
2
amostragem passiva .
Tabela 1. Concentrações atmosféricas médias de ácidos
fórmico e acético na fase gasosa de áreas com influência
industrial e urbana.
Estação de
Amostragem
Madre de Deus
São Francisco do
Conde
SSA - Campo
Grande
SSA –
Av.Garibaldi
Concentração Média
3
(µ
µg/m )
Relação
AF/AC*
Ácido
Ácido
Fórmico (AF) Acético (AC)
0,84
3,95 ± 0,36
4,72 ± 0,51
6,75 ± 1,02
5,96 ± 0,76
1,13
16,88 ± 0,60
33,58 ± 4,25
0,50
17,91 ± 2,58
29,17 ± 3,69
0,61
*Emissão direta de ácidos carboxílicos (AF/AC < 1)
Formação in situ por processos fotoquímicos (AF/AC > 1)
Conclusões
O desempenho de APs para ácidos fórmico e
acético utilizando modelo e reagente absorvedor
proposto neste trabalho, se mostrou adequado para
medidas em áreas com influência industrial e
urbana.
Agrade ecimentos
FAPESB, CNPq
____________________
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Montero, L.; Vasconcelos, P.C.; Pires, M.; Carvalho, L.R.F. Environ.
Sci. Technol. 2001, 35, 3071
2
Campos, V.P.; Cruz, L.P.S.; Godoi, R.H.M.; Godoi, A.F.L.; Tavares,
T.M. Microchem. J. 2010, 96, 132
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