• 1º SIMULADO - 2ª ETAPA •
VESTIBULAR / ENEM
24/04/2015
L. PORTUGUESA
MATEMÁTICA
• 9º ANO ESPECIALIZADO E CURSO DO ENSINO FUNDAMENTAL •
1ª PARTE – LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO I
ELOGIO DA DELICADEZA
Situação 1: você está num bar ou restaurante com seu parceiro e este encontra um amigo que você não conhece.
O amigo do seu parceiro se senta à mesa com vocês. Ele conversará, animadamente, com seu parceiro, sem, em
nenhum momento, dirigir-se a você, ele insistirá em assuntos privados, que dizem respeito à amizade deles, ele não
quererá saber o que você faz, o que você pensa sobre tal ou tal coisa. Ele não lhe fará nenhuma pergunta.
Situação 2: você está numa mesa de bar ou numa roda de festa com amigos e conhecidos. Um deles fala sem
parar, sem descanso, conta longas histórias, de preferência, é claro, sobre si mesmo, e é incapaz de perceber qualquer
signo de enfado ou desinteresse dos que o ouvem. Trata-se do gênero the autobiography of myself according to my
own view. É uma fala de tal modo sem pauses que tentar fazer um aparte seria, como na metáfora do personagem José
Costa, igual a "cortar um rio a faca".
Situação 3: você conhece aquela pessoa já há algum tempo, encontra-se com ela frequentemente em ocasiões
sociais, volta e meia participa de conversas em que ela está presente, vocês chegam mesmo a conversar entre si, mas
ela nunca te chama pelo nome.
Estas e outras cenas da vida urbana contemporânea parecem indicar o que se pode designar como déficit de
escuta. Mesmo correndo o risco de incorrer em uma sociologia apurada, é inevitável associar esse comportamento à
vigência de uma cultura espetacularizada em que o valor da existência é, para muitos, regulado pela visibilidade de si
mesmo. Luiz Eduardo Soares observa, por exemplo, que a violência perpetrada por meninos de rua está diretamente
ligada a uma carência de visibilidade; pois, numa sociedade que difunde ostensivamente serem o dinheiro e a celebridade os valores fundamentais de reconhecimento social, ao mesmo tempo em que tanto a economia financeira quanto
a economia narcísica são muito pouco democráticas, o crime acaba se tornando uma maneira eficiente de ganhar
dinheiro e chamar a atenção. De resto, alguém que não é contemplado pelas regras da sociedade não tem mesmo
razão para manter o "pacto social".
Em outro plano, o ator José Wilker notou, com perspicácia, que atualmente não se deve falar apenas de uma
invasão de privacidade – por parte dos papparazzi etc. –, mas também, e talvez sobretudo, de uma "evasão de privacidade", como atestam as assessorias de imprensa de celebridades que ficam mandando para os veículos de mídia
informações relevantíssimas sobre seus clientes, como o presente de Natal que um deu pra namorada, a roupa que a
outra vai usar no desfile de Fulana, e por aí vai. Uma tal reciprocidade confirma a sentença exata do sociólogo Pierre
Bourdieu, segundo a qual "toda vítima é cúmplice simbólica do que a vitima". É assim que, dos meninos de rua que
roubam tênis Nike aos vídeos caseiros enviados para a triagem do Big Brother, a busca encarniçada pela visibilidade
determina desejos e condutas, em maior ou menor grau. O que propus chamar de déficit de escuta, também pertence,
portanto, a esse amplo quadro ético.
As situações narradas acima convidam a uma pequena semiologia das relações pessoais, em que é preciso determinar o valor, os significados e a dimensão de certos gestos. É necessário perceber, nesse contexto, a estreita relação
entre retórica e ética: o uso da pergunta, do silêncio e do nome próprio são formas que manifestam uma abertura ao
outro, uma aproximação, uma disposição antes para a amizade que para o exibicionismo. Perguntar ao outro é uma
forma retórica de se abrir à sua existência. Chamá-lo pelo nome próprio instaura o reconhecimento de sua singularidade. Não usar o nome próprio, insistindo nos pronomes pessoais, é generalizar o outro, isto é, não reconhecer sua
singularidade. No romance de Cyro dos Anjos, O amanuense Belmiro, um dos personagens nunca chama os outros
por seus nomes próprios, somente por caricaturas fônicas que ele inventa: "Florêncio" por "Abundâncio", "Belmiro" por
"Porfírio" etc. o chiste, é certo, sua graça ("Abundâncio" é hilário), mas não para os que perdem o nome próprio; não
é à toa que Florêncio se revolta sempre com a troca de nomes, e que o gozador, Silviano, é arrogante e autocentrado,
além de péssimo filósofo.
.2.
Com efeito, há dois tipos de chiste: um que convida o outro ao gozo comum de uma invenção inesperada, e um
segundo que faz do outro o próprio instrumento do chiste, excluindo-o do gozo. É este último o caso de Silviano. É
também, por exemplo, o caso dos humoristas do Pânico na TV, que fundamentam seu humor no constrangimento.
A delicadeza é uma estratégia sutil e rizomática para desarmar a arrogância e esvaziar as formas de vida que prejudicam a sociabilidade sem, tampouco, produzir solidões inventivas e afirmativas. Escutar é uma das manifestações
fundamentais da delicadeza. Mas escutar é uma positividade: não se confunde com o silêncio, com o deixar de falar.
Pode-se ser silencioso e não se ter escuta, como se pode tê-la sendo loquaz. A escuta é ativa, é uma oferta – pela qual
se recebe o outro. E a fala pode ser, ela mesma, uma escuta: sendo suspensiva, não-arrogante, deixando espaço para
o outro. A delicadeza é uma virtude do século 21. Uma das propostas éticas para este milênio.
BOSCO, Francisco. Elogio da delicadeza. In: Cult – REVISTA BRASILEIRA DE CULTURA,
ano 10, nº 115, julho/2007, São Paulo. p. 34-35.
De acordo com o texto I, responda as questões de 01 a 05:
01) Em: "Estas e outras cenas da vida urbana contemporânea parecem indicar o que se pode designar como déficit de
escuta."
A expressão "déficit de escuta" é explicada
a) com exemplos repetitivos de casos em que os amigos ignoram-se uns aos outros.
b) com situações hilariantes que indicam um comportamento inusitado de pessoas extravagantes.
c) com alguns exemplos do comportamento das pessoas que não conseguem enxergar senão a si mesmos.
d) com situações pouco definidas acerca da ausência de desconfiança de algumas pessoas inconvenientes.
e) com situações incompreensíveis, as quais nos deixam desanimados com o comportamento egoísta de algumas
pessoas.
02) Nas relações sociais, o autor defende,
a) a necessidade de melhorar o padrão de vida das pessoas mais pobres.
b) que toda vítima torna-se responsável pela violência impetrada contra ela.
c) a necessidade de determinar valores, significados e a dimensão de cada gesto.
d) o papel relevante de pessoas como os paparazzi etc. que estimulam a privacidade.
e) a necessidade de repensar o tratamento dado aos menores infratores que vivem nas ruas.
03) No texto, o uso do nome próprio é
a) criticado.
d) defendido.
b) desprezado.
c) ironizado.
e) desestimulado.
04) No trecho: "Em outro plano, o ator José Wilker notou, com perspicácia, que atualmente não se deve falar apenas de
uma invasão de privacidade – por parte dos papparazzi etc. –, mas também, e talvez sobretudo, de uma ‘evasão de
privacidade’".
Os sentidos de "invasão" e "evasão", considerando os prefixos, remetem para a ideia de, respectivamente,
a) negação e afirmação.
d) exterioridade e afirmação.
b) exterioridade e negação.
c) afirmação e interioridade.
e) interioridade e exterioridade.
05) O texto "Elogio da delicadeza" constrói-se
a) expondo uma ideia, sem posicionamentos acerca do assunto tratado, descrevendo situações comuns.
b) apresentando um ponto de vista, o qual se desenvolve, fundamentando com exemplos e discussões.
c) a partir da descrição de um processo social, de forma objetiva, levando o leitor a tirar suas próprias conclusões.
d) segundo uma organização narrativa, apresentando fatos do cotidiano, caracterizando o que conhecemos como
crônica.
e) a partir de sequências narrativas e descritivas, com o fim de contar uma fato importante que diz respeito à forma
como as pessoas se relacionam.
06) Por sinestesia compreende-se a transferência de percepção, resultando numa fusão de impressões sensoriais de
grande poder sugestivo. Assinale a alternativa que apresenta um exemplo dessa figura de linguagem:
a) Li várias páginas daquele livro.
d) Li algumas páginas daquele livro.
b) Ele falava grosseiramente com a namorada.
c) Ele dizia palavras geladas e amargas à namorada. e) Adoro ouvir Chico Buarque.
.3.
07) Assinale a alternativa que contenha a figura de linguagem presente na mensagem a seguir:
a) comparação
b) antítese
c) paradoxo
08) Observe a charge a seguir:
d) catacrese
e) hipérbole
Na tirinha de Maurício de Sousa, o menino de chapéu é o Chico Bento, personagem que vive no interior e tem como
marca uma fala "caipira". O entendimento que Chico Bento faz da fala do outro menino é literal, pois não considerou
que ali havia uma figura de linguagem.
Assinale a alternativa que identifique essa figura de linguagem.
a) antítese
d) metáfora
b) metonímia
c) catacrese
e) prosopopéia
09) Marque a opção que contenha a figura de linguagem presente na imagem a seguir:
a) hipérbole
d) metáfora
b) metonímia
c) catacrese
e) paradoxo
10) A seguir, na música "Nuvem" do cantor Belo, em destaque há uma figura de linguagem denominada:
a) hipérbole
b) metonímia
c) catacrese
d) metáfora
e) posopopeia
.4.
11) Com base na charge, considere as afirmativas a seguir.
III) Em quarenta anos, a relação homem-mulher sofreu alterações no que se refere à liderança no seio familiar.
III) A fala "Que notas são estas?" foi mantida no período de quarenta anos, embora o receptor nas duas épocas seja
diferente.
III) A imagem representativa dos anos 60 difere da segunda também em função da relação professor-aluno.
IV) A atribuição de responsabilidade sobre o mau desempenho do aluno é diferente se comparadas as duas épocas.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas
12) O homem evoluiu. Independentemente de teoria, essa evolução ocorreu de várias formas. No que concerne à evolução
digital, o homem percorreu longo trajeto da pedra lascada ao mundo virtual. Tal fato culminou em um problema físico
habitual, ilustrado na imagem, que propicia uma piora na qualidade de vida do usuário, uma vez que
a) a evolução ocorreu e com ela evoluíram as dores de cabeça, o estresse e a falta de atenção à família.
b) a vida sem o computador tornou-se quase inviável, mas se tem diminuído problemas de visão cansada.
c) a utilização demasiada do computador tem proporcionado o surgimento de cientistas que apresentam lesão por
esforço repetitivo.
d) o homem criou o computador, que evoluiu, e hoje opera várias ações antes feitas pelas pessoas, tornando-as sedentárias ou obesas.
e) o uso contínuo do computador de forma inadequada tem ocasionado má postura corporal.
13) O argumento presente na charge consiste em uma metáfora relativa à teoria evolucionista e ao desenvolvimento tecnológico. Considerando o contexto apresentado, verifica-se que o impacto tecnológico pode ocasionar
a) o surgimento de um homem dependente de um novo modelo tecnológico.
b) a mudança do homem em razão dos novos inventos que destroem sua realidade.
c) a problemática social de grande exclusão digital a partir da interferência da máquina.
d) a invenção de equipamentos que dificultam o trabalho do homem, em sua esfera social.
e) o retrocesso do desenvolvimento do homem em face da criação de ferramentas como lança, máquina e computador.
14) Assinale a opção INCORRETA quanto à análise mórfica das palavras a seguir:
a) DEIXAR – radical;
d) MENINAS – desinência nominal de gênero;
b) AMAR – vogal temática verbal;
c) MENINOS – desinência nominal de número;
e) CASA – vogal temática nominal.
.5.
15) Assinale a opção CORRETA quanto à análise mórfica das palavras a seguir:
a) VIVER – radical;
d) INFELIZMENTE – sufixo;
b) COMER – vogal de ligação;
c) FELIZMENTE – prefixo;
e) DENTE – vogal temática nominal.
Texto para questões 16, 17, 18.
ROSA DE HIROSHIMA
Vinicius de Moraes
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada
16) O verso que melhor exemplifica os efeitos nocivos da rosa de Hiroxima está em:
a) Pensem nas crianças
b) Mas, oh, não se esqueçam / Da rosa da rosa
c) A rosa hereditária
d) Da rosa da rosa / Da rosa de Hiroshima
e) A rosa radioativa / Estúpida e inválida
17) A poesia mostra uma importante vertente da literatura, sendo ela de:
a) criatividade.
d) ficção cientifica.
b) lírica amorosa.
c) engajamento social.
e) moralização e educação.
18) Predominam no texto aspectos do gênero:
a) lírico.
d) dramático.
b) épico.
c) narrativo.
e) teatral.
Texto para questões 19, 20 e 21
POÉTICA
Vinícius de Moraes
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
A oeste a morte
Nasço amanhã
Contra quem vivo
Ando onde há espaço:
Do sul cativo
— Meu tempo é quando.
O este é meu norte.
19) O lirismo do texto fica evidente através:
a) da alegria representada pelos efeitos do tempo.
b) das terminações verbais em primeira pessoa.
c) da valorização da angústia do poeta diante dos perigos da vida.
d) das alegrias e tristezas vividas por cada um de nós.
e) das dúvidas e incertezas que movem a alegria do poeta.
20) A partir do texto, verifica-se que o poeta percebe-se diante da vida sempre:
a) com entusiasmo.
d) na contramão de tudo.
b) com pessimismo.
c) de forma crítica.
e) ora eufórico, ora esperançoso.
.6.
21) Uma das marcas do texto literário presente na poesia é:
a) uso da linguagem denotativa.
d) uso da plurissignificação da linguagem.
b) uso de termos científicos.
c) uso da verdade.
e) todas as alternativas acima.
Texto para questão 22 e 23
FABIANA, arrepelando-se de raiva – Hum! Eis aí está para que se casou meu filho, e trouxe a mulher para minha
casa. É isto constantemente. Não sabe o senhor meu filho que quem casa quer casa… Já não posso, não posso, não
posso! (Batendo o pé). Um dia arrebento e então veremos!
(PENA, M. Quem casa quer casa. www.dominiopublico.gov.br. Acesso em 7 dez 2012)
22) As rubricas em itálico, como as trazidas no trecho de Martins Pena, em uma atuação teatral, constituem
a) necessidades, porque as encenações precisam ser rigorosamente fiéis ao diretor.
b) possibilidade, porque o texto pode ser mudado, assim como outros elementos com a entrada do diretor.
c) preciosismo, porque são irrelevantes para o texto ou a encenação.
d) exigência, porque elas determinam as características do texto teatral.
e) imposição, porque elas anulam a autonomia do diretor.
23) O texto apresentado é uma marca evidente do gênero dramático, uma vez que:
a) foi escrito para ser encenado.
b) se apresenta aos moldes do texto poético.
c) evidencia as marcas da direção e bastidores do teatro.
d) carrega em si certa narratividade.
e) não corresponde a uma proposta de encenação.
24) Gênero dramático é aquele em que o artista usa como intermediária entre si e o público a representação. A palavra
vem do grego drao (fazer) e quer dizer ação. A peça teatral é, pois, uma composição literária destinada à apresentação por atores em um palco, atuando e dialogando entre si. O texto dramático é complementado pela atuação dos
atores no espetáculo teatral e possui uma estrutura específica, caracterizada: 1) pela presença de personagens que
devem estar ligados com lógica uns aos outros e à ação; 2) pela ação dramática (trama, enredo), que é o conjunto de
atos dramáticos, maneiras de ser e de agir das personagens encadeadas à unidade do efeito e segundo uma ordem
composta de exposição, conflito, complicação, clímax e desfecho; 3) pela situação ou ambiente, que é o conjunto de
circunstâncias físicas, sociais, espirituais em que se situa a ação; 4) pelo tema, ou seja, a ideia que o autor (dramaturgo)
deseja expor, ou sua interpretação real por meio da representação.
COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973 (adaptado).
Considerando o texto e analisando os elementos que constituem um espetáculo teatral, conclui-se que
a) a criação do espetáculo teatral apresenta-se como um fenômeno de ordem individual, pois não é possível sua
concepção de forma coletiva.
b) o cenário onde se desenrola a ação cênica é concebido e construído pelo cenógrafo de modo autônomo e independente do tema da peça e do trabalho interpretativo dos atores.
c) o texto cênico pode originar-se dos mais variados gêneros textuais, como contos, lendas, romances, poesias, crônicas, notícias, imagens e fragmentos textuais, entre outros.
d) o corpo do ator na cena tem pouca importância na comunicação teatral, visto que o mais importante é a expressão
verbal, base da comunicação cênica em toda a trajetória do teatro até os dias atuais.
e) a iluminação e o som de um espetáculo cênico independem do processo de produção/recepção do espetáculo
teatral, já que se trata de linguagens artísticas diferentes, agregadas posteriormente à cena teatral.
Textos para questões 25, 26 e 27
O APANHADOR DE DESPERDÍCIOS
Manoel de Barros
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
.7.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
25) Na poesia, Manoel de Barros valoriza as coisas mais simples da vida através de uma linguagem:
a) denotativa.
d) dramática.
b) com neologismos.
c) hiperbólica.
e) irônica.
26) A recusa do autor pelo sentido denotativo das palavras está expressa no verso:
a) Uso a palavra para compor meus silêncios.d) Não gosto das palavras fatigadas de informar.
b) Tenho abundância de ser feliz por isso.
c) Prezo insetos mais que aviões.e) Tenho em mim um atraso de nascença.
27) A figura de linguagem da personificação está muito bem exemplificada na passagem:
a) Dou mais respeito às que vivem de barriga no chão
b) Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
c) Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis.
d) Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos.
e) Porque eu não sou da informática: eu sou da invencionática.
Texto para questões 28, 29 e 30.
OS LUSÍADAS (1572)
As armas e os barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando
Cantando espalharei por toda a parte
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Luís de Camões, Canto I, 1-2
.8.
28) O texto evidencia claramente características do gênero:
a) épico.
d) dramático.
b) lírico.
c) poético.
e) narrativo.
29) Escrito com o objetivo de contar a trajetória do povo português, Camões utiliza recursos para compor o gênero textual
em questão, tendo como marca do gênero:
a) narrar passagens gloriosas e grandes feitos.
b) apresentar de forma emocional e lírica as emoções do narrador.
c) possibilitar uma adaptação para tornar o texto dramático.
d) dramatizar episódios lendários.
e) emocionar através das memórias do narrador.
30) O verso que melhor exemplifica a ideia de "continuidade" e "perpetuação" da obra literária passada de geração para
geração está em:
a) As armas e os barões assinalados.
b) Cantando espalharei por toda a parte.
c) A Fé, o Império, e as terras viciosas / De África e de Ásia andaram devastando.
d) Em perigos e guerras esforçados / Mais do que prometia a força humana.
e) Se vão da lei da Morte libertando.
2ª PARTE – MATEMÁTICA
31) Uma célula que tem a capacidade de se dividir em 3 novas células iguais à primeira, a cada segundo, foi colocada em
um tubo de ensaio. Quantas células estarão nesse tubo após 6 segundos?
a) 27
b) 64
c) 81
d) 243
e) 729
32) Vovô Pedro prometeu a seu neto Otávio que, no Natal, lhe daria tantas balas quanto o número de zeros do valor calculado de
P = 10010 . 100010 . 5004 . 24
Tendo chegado o Natal, vovô Pedro cumpriu sua promessa dando a Otávio:
a) 62 balas
b) 70 balas
c) 72 balas
d) 76 balas
e) 84 balas
33) O professor César Felipe propôs a 5 dos seus alunos a seguinte questão:
(
"Qual o resultado de x = 2 − 8
)
2
− 8 ?"
A tabela abaixo informa a resposta apresentada por cada aluno.
NOME
SILVIA
JULIANA
DANIEL
ALAN
FRANCISCO
RESPOSTA
2
–2
4
–4
8
Quem respondeu corretamente foi:
a) SILVIA
b) JULIANA
c) DANIEL
d) ALAN
e) FRANCISCO
.9.
34) Considere a2 = 9996, b3 = 9997 e c4 = 9998, e calcule (a b c)12. Caso seus cálculos estejam corretos, o resultado
encontrado foi 999x, sendo x igual a:
a) 22
b) 44
c) 66
d) 88
e) 99
35) Considere as seguintes informações:
III) O diâmetro do átomo de hidrogênio é x = 10–10 metros.
III) O coração humano bate em 3 anos y = 110 000 000 de vezes.
III) A massa de elétron é z = 9,11 . 10–28 gramas.
O produto x.y.z é, aproximadamente, igual a:
a) 10–26
b) 10–27
c) 10–28
d) 10–29
e) 10–30
36) Calcule o perímetro do triângulo ABC
sabendo que seus lados medem:
 1 
AB = 8 ; BC = 343 ; AC = 

 125 
2
3
1
3
−
1
3
a) 8
b) 12
c) 16
d) 20
e) 24
x 1000 − x 500
37) O valor numérico de R =
para x = –2 é:
x 500 − 1
500
a) 2
b) 21000
c) 0
d) 22 – 2500
e) 1
38) Os dados a seguir são o resumo de uma nota fiscal:
PRODUTO
PREÇO UNITÁRIO (R$)
QUANTIDADE
Purificador de ar
550,00
02
Filtro para purificador
84,50
04
Fogão elétrico
440,00
01
Lanterna
64,60
05
O valor total da conta descrita, em reais, foi:
a) 1 550,00
b) 2 124,60
c) 2 201,00
d) 2 358,80
e) 2 569,90
.10.
39) Na liquidação de uma loja, as camisetas, as bermudas e as calças de sua fabricação estão sendo apresentadas aos
clientes em três tipos de conjuntos:
CONJUNTO
PREÇO
2 camisetas e 2 bermudas
R$ 130,00
2 camisetas e 2 calças
R$ 256,00
1 camiseta, 1 calça e 1 bermuda
R$ 143,00
Considerando que o preço de cada peça é o mesmo em qualquer um dos conjuntos, o preço unitário de cada calça,
em reais é:
a) 50,00
b) 78,00
c) 15,00
d) 25,00
e) 48,00
40) Para planejar a colheita de uva em sua fazenda, Caio construiu a seguinte tabela:
Nº DE TRABALHADORES
100
50
25
...
Nº DE DIAS DE COLHEITA
1
2
4
...
Quantos dias são necessários para que a colheita de uva seja feita por 10 trabalhadores?
a) 5
b) 6
c) 8
d) 10
e) 15
1
41) 20 + (–2)0 + (–2)1 + 21 – 4 2 é igual a:
a) 0
b) 1
c) –1
d) 2
e) –2
42) 3 1331 − 121 + 961 é igual a:
a) 0
b) 1
c) 11
d) 21
e) 31
43) 8 + 18 + 32 + 50 é igual a:
a) 108
b) 54
c) 6
d) 14 2
e) 36
44) Dentre as afirmativas:
−2
III) 5 −32 =
III) 4 −16 =
−2
2
III) x = x
IV)
IV)
6
( −2 )
6
=
−2
3− 5 = 3− 5
A única correta é a afirmativa
a) I
b) II
c) III
d) IV
e) V
.11.
45) 0 + 1 + 3 1 − 3 −1 é igual a:
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
e) –1
46) Calcule o valor de x + y na figura abaixo, sendo a//b//c.
a) 6
b) 8
c) 10
d) 12
e) 14
47) Um retângulo possui 36 cm de perímetro e seu comprimento é o dobro da largura. Sabendo que um novo retângulo
maior foi feito na razão de 1:4, qual será o perímetro do novo retângulo?
a) 114 cm
b) 1,44 m
c) 12,4 m
d) 14,4 m
e) 1,24 m
48) A sombra de uma pessoa que mede 1,80 m de altura mede 60 cm. No mesmo momento, a seu lado, a sombra projetada de um poste mede 2,00 m. Se, mais tarde, a sombra do poste diminui 50 cm, quanto a sombra da pessoa
passou a medir?
a) 0,4 m
b) 0,42 m
c) 4,5 cm
d) 42 cm
e) 0,45 m
49) Num trapézio retângulo, as bases e altura medem, respectivamente, 6 cm, 10 cm e 3 cm. Prolongando-se os lados
não paralelos, obtemos um triângulo retângulo cuja base é a menor do trapézio e cuja área em cm2 é
.
a) 4
b) 4,5
c) 13,5
d) 10
e) 12
50) Para medir a altura de um prédio, Carolina fez o seguinte: amarrou um arame no topo do prédio; depois fixou a outra
ponta do arame no solo, a 5 m de distância da base do prédio. Em seguida, a uma altura de 5 m a partir do solo,
amarrou outro arame, paralelo ao primeiro, porém fixou-o no solo a 2 m de distância da base do prédio. Qual é a altura
do prédio que Carolina calculou?
a) 5
b) 7,5
c) 10
d) 12,5
e) 15
.12.
51) O valor de x, na figura a seguir, com a // b // c, é:
a) 11,5
b) 6,6
c) 6,0
d) 5,5
e) 4,2
52) Dois círculos de raios 6 cm e 4 cm são tangentes exteriormente no ponto A. Sendo C e D os pontos de tangência de
uma reta t externa, com os dois círculos, respectivamente, determine a altura do triângulo ACD relativa ao lado CD.
a) 1,5
b) 4,6
c) 6,0
d) 5,5
e) 4,8
53) Em um triângulo retângulo OAB, com AO = 10 cm e OB = 8 cm são dados os pontos P em AO e Q em OB de tal
maneira que OP = QB = x.
De acordo com a figura ao lado, o valor de x em cm, é aproximadamente:
a) 3,6
b) 4,2
c) 6,3
d) 5,5
e) 5
54) O esquema a seguir mostra quatro estradas. Podemos afirmar que o comprimento da estrada JB 12 é:
a) 2,5
b) 2,2
c) 1,4
d) 1,2
e) 0,5
55) No triângulo ABC a seguir, cujo perímetro é 91 cm, AP­é bissetriz do ângulo externo em A. O valor da medida do lado
AB é:
a) 12 cm
b) 14 cm
c) 28 cm
d) 49 cm
e) 51,8 cm
56) Um ponto X do suporte do segmento AB, externo a esse segmento, dista 28 cm do ponto médio M de AB, e é tal que
XB 5
= . Calcule a medida do segmento AB.
XA 9
a) 12 cm
b) 16 cm
c) 28 cm
d) 49 cm
e) 51,8 cm
57) Na figura a seguir, temos r//s//t. Qual o valor do segmento DF?
a) 34
b) 16
c) 18
d) 30
e) 17
.13.
58) Sabendo que AD é bissetriz do ângulo Â, podemos afirmar, então, que o valor de BD é:
a) 5
b) 4
c) 3
d) 2
e) 1
59) Observe a seguinte figura, com RQ//AP e PQ//AR. O valor numérico da expressão 4a + 3b equivale a:
a) 7
b) 35
c) 84
d) 91
e) 140
60) Observe o quadrado ABCD com 4 cm de lado, e os triângulos AEF e GHC na figura. Determine o perímetro do polígono
DEFBHG, sabendo que EF = 13 cm, AE = HC = 2 cm, AF = GC = 3 cm
a) 5 + 2 13
b) 5 13
c) 2 (3 + 13 )
d) 3 (2 + 13 )
e) 6 + 26
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• 1º SIMULADO - 2ª ETAPA •