Tempo novo, novas perspectivas III “[...] uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo [...]”. Escrito por Paulo de Tarso (Fl 3.13). Tendo visto sobre a necessidade de agirmos com sabedoria corajosa e lançando a semente enquanto se vive, vejamos agora mais três princípios que podem nos ajudar na retomada da caminhada. Diminua a bagagem. Nenhum atleta se exercita com excesso de roupa, peso ou qualquer outra coisa. Atualmente a tecnologia para os meios esportivos avança a ponto de gerar polêmicas. Os trajes de material Poliuretano levaram os nadadores a conquistarem recordes em sequência. Somente em 2008 foram quebrados mais de cem marcas mundiais. Mesmos os que apresentam deficiência física foram grandemente beneficiados. Caso emblemático do Sul-Africano Oscar Leonard Carl Pistorius que, a despeito de suas crises, ficou conhecido como “the fastest man on the legs”, ou, o mais rápido homem sem pernas, competindo com atletas não deficientes em prova oficial. Da mesma forma, na existência nenhum sábio caminha levando o que não lhe ajuda. Para que a caminhada se processe melhor é preciso aprender a manter o essencial. Há princípios e pessoas que devemos manter ao lado por toda a vida. Contudo, há coisas e mesmo pessoas que chegaram, foram bons e úteis, mas, no momento não ajudam mais e nem querem ser ajudadas. Por vezes, até atrapalham sendo um embaraço para a caminhada. É sempre sábio abrir mão do bom, especialmente tratando de princípios, em troca do essencial, quem dirá do abrir mão do que é inútil. Por isso, Paulo de Tarso escreveu: “esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante” (Fl 3.13). Tenha princípios e valores claros. Vivemos numa época de descarte de essenciais e acúmulo de superficialidades e futilidades. Não é a economia, a educação, as ciências ou a tecnologia que fará uma nação exuberante, mas estas fundamentadas em princípios sólidos. A Europa das atrocidades da Primeira e Segunda Guerra mundial era “o centro do mundo” da época. Pouco antes destes acontecimentos celebravam a Belle Époque (1871-1914) com toda inovação como o telégrafo sem fio, o telefone, a bicicleta, o cinema, o automóvel, o avião, o Titanic, sem contar o desenvolvimento nas artes, economia, dentre outras. Mas não cresceram na mesma proporção na solidificação dos princípios e valores morais que se iniciam ao considerar Deus e consequentemente, o ser humano criado a imagem e semelhança do Eterno, portanto, digno de respeito e carente de referenciais absolutos e claros. Até hoje o mundo chora as consequências da barbárie daqueles tempos. Potencialize as relações interpessoais. Deveríamos olhar para a vida holisticamente. Considerar as ciências, a tecnologia, as relações humanas e a divindade. Contudo, quando se perde a referência maior, se inverte os valores menores. Esquecendo-se de Deus o ser humano tem valorizado coisas e usado pessoas. Esquecemos, em primeira instância, que tudo o que temos de melhor são as pessoas, apesar delas e de nós, e em última análise tudo o que temos é Deus. Tudo que há nessa terra passa e mais rápido que imaginamos. O celular, carro e casa novos hoje, são refugos amanhã. Todavia, as pessoas, ainda que passem, são imortais tanto no sentido de continuarem a viver em outra dimensão quanto por continuarem a viver em nós. Assim, ame pessoas, acolha os princípios e use coisas. Em suma. Veja o que essencial. Tenha coragem sábia para abrir mão do que é bom, e especialmente do que é prejudicial, em nome do melhor. Buscar o essencial te ajudará a fixar e potencializar os princípios e valores que dão a base e força para formar e manter relacionamentos saudáveis e multiplicadores de saúde sócio-psíquico-espiritual. Quem assim vive, vive melhor, espalha vida e contribui com a sociedade mais do que imagina. Que o Eterno nos ajude. Rev. Heliel G. Carvalho – [email protected]