Desenvolvimento de um Servidor de Backup
Inteligente Utilizando a Linguagem Shell
Script em Linux
Frandecy R. N. de O. Souza, Neilson M. Faria, Taimara S. Dias 1, Matheus B. M. Vianna2
Resumo: O projeto consiste no desenvolvimento de um servidor de
Backup Linux automático para uma empresa, onde esse servidor
terá a missão de realizar o processo de backup dos arquivos de
trabalho (planilhas, textos, imagens etc.) de todos os usuários de
informática no setor administrativo da empresa de forma
automática e eficiente. Os arquivos que serão becapeados estarão
em um diretório compartilhado no computador do usuário. Com o
servidor desenvolvido e implementado, a segurança dos dados
administrativos da empresa irá aumentar, haja vista que no caso
de algum computador porventura apresentar algum problema
técnico, esses dados não serão perdidos e estarão armazenados no
servidor através de hds internos e externos de grande capacidade
de armazenamento.
Palavras-chave: Servidor de backup; Linguagem Shell Script;
Sistema Linux; Segurança; Eficiência.
Abstract: The project is to develop a Linux server automatic
backup for a company where the server will have the task of
conducting the process of backing up work files (spreadsheets,
text, images, etc..) Of all computer users in the administrative
sector company automatically and efficiently. The files will be
becap be in a shared directory in the User's computer. With the
server developed and implemented, data security administration of
the company will increase, considering that in the case of a
computer probably has any technical problem, data will not be lost
and will be stored on the server through hds internal and external
large-capacity storage.
Keywords: Backup Server, Shell Scripting Language, Linux
System, Security, Efficiency.
I. INTRODUÇÃO
A execução de cópias de segurança pode ser uma tarefa
dispendiosa quando se trata de vários computadores. E um
servidor de backup pode facilitar este trabalho com a
regularidade na execução das cópias de segurança,
podendo-se programar o servidor para efetuar cópias de
segurança diárias, semanais e mensais, a uma determinada
hora, em função das necessidades. E pensando na segurança
e integridade de dados de uma empresa que o tema foi
escolhido para o desenvolvimento do projeto de Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC) que tem como o objetivo ajudar
em um problema sério na informática que é a segurança de
dados empresariais, é que a equipe resolveu implementar
um servidor inteligente para esse processo de cópia dos
arquivos na empresa sendo que com a implementação do
mesmo, a empresa ficará tranqüila e mais segura com
relação a perda de dados de seus usuários por causa de
prováveis
defeitos
técnicos
nos
equipamentos
(computadores).
Na Empresa Esportiva Companhia Athlética Belém há
um problema com o sistema de backup, onde o mesmo é
realizado através de um programa instalado em todas as
máquinas dos usuários de informática no setor
administrativo, sendo que nesse programa é definido um
1
horário para que essas cópias de segurança dos dados seja
realizado para os hds externos instalados em outra máquina
da rede. Mas, se por acaso o aplicativo instalado na máquina
deixar de ser iniciado com o sistema, ou até mesmo o
programa ser danificado por algum motivo específico, o
backup não será realizado e se por ventura o computador
vier apresentar algum problema técnico o usuário perderá
seus arquivos administrativos causando sérios problemas
para a empresa.
Então o sistema que será desenvolvido nesse projeto
facilitará em grande escala esse procedimento, sendo que o
mesmo não necessitará instalar nenhum software nos
computadores clientes e o servidor em questão se
encaminhará de fazer todos os procedimentos para os
arquivos sejam salvos. Ajudando então a empresa tanto em
casos de auditoria interna como da própria segurança de
seus dados internos que não podem por hipótese alguma
perder dados sensíveis.
II. METODOLOGIA
A metodologia do projeto consiste na seguinte
seqüência: primeiro realizar uma pesquisa bibliográfica
relacionada ao tema escolhido, com o referencial teórico
objetivo, a linguagem de programação que será utilizada no
projeto será estudada e analisada para que possa ser
implementada no servidor. Com isso, o servidor será
desenvolvido (configurado) onde o primeiro passo é a
instalação do sistema operacional Linux na versão Debian
5.0 (Sistema Básico) e seus devidos pacotes atualizados.
Após essa instalação começará então a parte da
programação do sistema Unix (Shell), onde serão criados
vários scripts para que a cópia dos dados dos usuários da
empresa seja realizada de forma automática e eficiente. Para
que essa programação seja objetiva será preciso coletar e
analisar alguns dados da empresa assim como os horários
(não comerciais) que os computadores ficarão ligados, para
que esse procedimento de backup seja realizado de forma
automática, os IPs dos computadores e as pastas e arquivos
a serem salvos.
Após essa coleta de dados (requisitos) a
programação dos scripts será realizada e implementada no
servidor. E por fim, o protótipo entrará na fase de testes e
revisões para reparos de possíveis erros, para que assim o
mesmo seja apresentado e entre em modo de operação.
III. REVISÃO DE LITERATURA
A. O Sistema Linux
O Linux é um sistema operacional criado em 1991 por
Linus Torvalds na universidade de Helsinki na Finlândia. É
um sistema Operacional de código aberto distribuído
Graduandos do Curso de Engenharia da Computação. Instituto de Estudos Superiores da Amazônia – IESAM, Avenida Gov. José Malcher, 1148 - Nazaré
– Belém. Endereço eletrônico: [email protected], [email protected], [email protected].
2
Professor e Orientador, Endereço eletrônico: [email protected].
gratuitamente pela Internet. Seu código fonte é liberado
como Free Software (software livre), sob licença GPL, o
aviso de copyright do kernel feito por Linus descreve
detalhadamente isto e mesmo ele não pode fechar o sistema
para que seja usado apenas comercialmente. Isto quer dizer
que você não precisa pagar nada para usar o Linux, e não é
crime fazer cópias para instalar em outros computadores, é
inclusive incentivado a fazer isto. Ser um sistema de código
aberto pode explicar a performance, estabilidade e
velocidade em que novos recursos são adicionados ao
sistema.[1]
B. Sistema de Compactação de arquivos
A compactação de arquivos sempre foi um recurso
muito utilizado, sua origem se confunde com a própria
história da computação. Através da compactação, pode-se
aumentar consideravelmente a quantidade de arquivos e
programas que podem ser gravados no mesmo espaço físico
(figura 1). Um disco rígido de 200 Megabytes, por exemplo,
pode guardar facilmente 300 MB, 400 MB ou até mais de
arquivos compactados, um ganho considerável. Conforme
os discos rígidos e outras formas de armazenamento foram
crescendo em capacidade, o uso da compactação foi
tornando-se menos necessário, mas este ainda é um recurso
bastante utilizado. [1]
Compactar arquivos é um simples processo de
substituição. Por exemplo, cada caractere de texto ocupa 8
bits, o que nos dá um total de 256 combinações possíveis. O
conjunto de caracteres ASCII (American Standard Code for
Information Interchange) que significa no português Código
Padrão Americano para o Intercâmbio de Informação, prevê
o uso de todas as 256 combinações, porém, em geral
utilizamos apenas letras, números e acentuação. Existem
vários algoritmos de compactação, que prevêem vários tipos
de substituições para diferentes tipos de arquivos. Porém,
uma vez compactado, um arquivo qualquer deixa de ser
utilizável. Para poder usar novamente o arquivo, é preciso
fazer o processo inverso para ter novamente o arquivo
original. [6]
Um exemplo prático da eficiência da compactação de
arquivos está sendo ilustrado na figura 1. Foram feitos
alguns testes utilizando o compactador bz2 ao qual já vem
acompanhado em distribuições Linux e foi utilizado para a
compactação dos arquivos do servidor desenvolvido.
Figura 1 – Exemplo prático da compactação de arquivos.
[5]O compactador gzip é praticamente o compactador
padrão do GNU/Linux, possui uma ótima taxa de
compactação e velocidade. A extensão dos arquivos
compactados pelo gzip é a .gz, na versão para DOS,
Windows NT é usada a extensão .z. gzip. Quando um
arquivo é compactado pelo gzip, é automaticamente
acrescentada a extensão .gz ao seu nome. Esse compactador
também reconhece arquivos compactados pelos programas
zip, compress, compress -H e pack. As permissões de acesso
dos arquivos são também armazenadas no arquivo
compactado.
Para o desenvolvimento do script do servidor foi
escolhido o compactador bzip2, [5]pois é um novo
compactador que vem sendo cada vez mais usado porque
consegue atingir a melhor compactação em arquivos texto
se comparado aos já existentes no entanto sua velocidade de
compactação também é menor onde chega a quase duas
vezes mais lento que o gzip. Foram feito testes referente à
qualidade de compactação e o melhor desempenho que se
teve foi o bzip2 que possui uma maior compactação em
relação aos outros compactadores. Suas opções são
praticamente as mesmas usadas nos outro compactador
estudado e pode-se também usá-lo da mesma forma. A
extensão dos arquivos compactados pelo bzip2 é a .bz2.
Quando um arquivo é compactado por esse compactador
nele é automaticamente acrescentada a extensão .bz2 ao seu
nome e as permissões de acesso dos arquivos são também
armazenadas no arquivo compactado.
C. Política de backup
O conceito de backup pode ser definido como o ato de
copiar dados, de um dispositivo de armazenamento para
outro, com o objetivo de recuperar dados caso existam
problemas no futuro. Normalmente essa cópia é efetuada do
disco rígido para tapes, DVDs (Digital Video Disc) que em
português significa Disco Digital de Vídeo, ou outros
discos. Nos dias de hoje, onde o papel é cada vez mais
substituído por ficheiros digitalizados, é essencial para as
empresas possuírem um sistema de cópia de arquivos
confiável.
[9] A determinação da política de backup passa pelo
entendimento da aplicação, do seu ciclo de operação e dos
seus volumes. Em função disso, deve-se definir a estratégia
e a periodicidade de cópia de dados.
Esse processo pode ser completo quando todos os dados
são salvos, diferencial quando somente os dados que
mudaram depois do último processo são salvos ou
incremental quando os dados modificados entre a última
cópia completa e cada incremental são salvos, pode se
entender como Backup Cumulativo.
Estas três estratégias determinam tempos muito
diferentes para realizar essas cópias, mas, principalmente
afetam o tempo de recuperação de dados. Por exemplo, a
cópia mais rápida sempre será o diferencial, mas a operação
de recuperação, dependendo do que se perde envolverá
muito mais volumes de armazenamento. Entretanto, pode
ser uma alternativa muito atraente quando se tem um grande
volume de atualização de dados.
Dependendo do volume de dados que eles são
modificados o incremental pode ser uma alternativa muito
atraente, conciliando velocidade e simplicidade. [9]
D. Linguagem Shell Script
Shell Script é uma poderosa ferramenta de automação de
instruções. Com um arquivo de texto executável o usuário
ou sistema é capaz de executar uma seqüência de operações,
instruções e testes. Usos mais convencionais e comuns são
em executáveis de instalação/configuração e para geração
de relatórios procedimentos de cópias de segurança de
arquivos e análise destes.
Qualquer outra seqüência de instruções, utilizada com
regularidade e que possa ser automatizada pode ser
implementada em Shell Script. Os scripts podem ser
definidos como arquivos executáveis, com instruções
definidas, conhecidas e claras, que são executadas por um
interpretador. PHP e arquivos de lote do Windows (bach)
são outros exemplos de script. Scripts possuem seqüências
de instruções e funções que são executadas em série pelo
interpretador, de forma muito similar a qualquer programa.
Shell pode ser definido como o interpretador de
instruções e comandos, no nesse caso, do Linux. Quando o
usuário ou sistema executa qualquer comando, o Shell é
responsável pela correta interpretação deste. Por isso que ele
é conhecido como interpretador de comandos.
Shell Script facilita consideravelmente a vida e trabalho
do administrador do sistema e de qualquer outro usuário.
Automatização de tarefas é refletida em aumento de
velocidade e facilidade. Ao invés de copiar e colar 30 vezes
o e-mail para todos os destinatários, ou utilizar um
programa gráfico de mala-direta, pode ser executado um
Shell Script:
• Cria um arquivo texto com a mensagem padrão
e assinatura;
• Cria um arquivo texto com nome dos
destinatários;
• Cria um script que lê os nomes um a um do
arquivo texto e para cada um anexa a
mensagem do outro arquivo texto, após utiliza
uma função tipo send-mail.
Shell Script pode ser considerado uma linguagem de
programação, porém para ambientes Linux. Principalmente
pela sua intimidade ao sistema (Linux). Pois não são tão
rápidos em execução como programas compilados.
Obviamente esta diferença de velocidade não é algo
comprometedor a qualquer aplicação, apenas casos
específicos, normalmente, aplicativos de maior porte e
principalmente, é muito mais rápido que a execução manual
dos comandos.
Shell Script possui características muito interessantes:
• É de terminologia e funções nativas ao usuário
Linux, pois utiliza comandos do mesmo;
• Fácil e lógica compreensão;
• É editado como qualquer arquivo texto, em um
editor de textos padrão;
• Pode possuir qualquer extensão, mas o ideal é a
extensão .sh;
• Facilidade, organização e velocidade na
execução de tarefas;
• Pode ser distribuído e corrigido, no caso de
BUGs, por toda a comunidade Linux;
• Não necessita de depurador, e no caso de erros
de sintaxe, basta apenas editar e salvar
novamente o arquivo, sem necessidade de
compilação;
• Pode fazer qualquer coisa possível com
comandos, como por exemplo: Ler e gravar
arquivos, conexão com endereços externos,
envio de e-mails, etc;
• Filtros realmente poderosos, principalmente
quando combinado com awk;
• Suporte a funções.
E. Samba
O samba é um software livre bastante popular que
permite compartilhar recursos, como impressoras, arquivos,
etc. de um servidor Linux (entre outras plataformas
suportadas) com clientes rodando Windows. Permite
substituir um servidor Windows na maioria das situações,
uma economia considerável. [7]
Mesmo no Linux, podem-se acessar compartilhamentos
de rede nas máquinas Windows da rede e criar novos
compartilhamentos usando o Samba (figura 2). Ele é
dividido em dois módulos: o cliente, usado para acessar os
compartilhamentos, e o servidor, usado para compartilhar
arquivos com as outras máquinas da rede.[6]
O cliente Samba (composto pelo pacote smbclient) pode
ser encontrado pré-instalado na maioria das distribuições,
incluindo naturalmente o Kurumin. O servidor, por outro
lado, tem uma configuração mais complicada e não é
instalado por padrão, para evitar qualquer possibilidade de
problemas de segurança.
Figura 2 – Servidor samba (arquivos)
O smbclient é uma espécie de biblioteca, que pode ser
usada por outros programas. Existem diversos clientes
Samba escritos nas mais variadas linguagens, mas o
funcionamento de todos é muito similar.
Ao acessar um compartilhamento no Windows XP e
2000 precisa-se fornecer uma conta e senha de usuário para
acessar. Será aberta uma janela pedindo o login e senha do
servidor. Opcionalmente, pode-se especificar o login de
acesso
diretamente
no
endereço,
como
em
"smb://[email protected]", e também acessar as máquinas
Windows especificando diretamente o nome, ao invés do IP,
como em "smb://servidor".
No projeto desenvolvido, foi utilizado o smbmount para
definir (montar) as partições no servidor para que os
arquivos possam ser copiados.
F. ISO (International Organization for Standardization)
[11]A ISO é uma Organização Internacional de
Normalização que é não governamental e está presente em
cerca de 120 países. Ela possuiu diferentes padrões em
vários modelos ou certificações como, por exemplo, ISO
9000 e ISO 9001. Sua função é promover a normalização de
produtos e serviços, utilizando determinadas normas, para
que a qualidade dos produtos seja sempre melhorada.
No Brasil, o órgão que representa a ISO chama-se
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) A ISO
9000 é um modelo de padronização.
A organização deve seguir alguns passos e atender
alguns requisitos da ISO 9001 para serem certificadas,
dentre esses requisitos podemos citar: a padronização de
todos os processos chaves do negócio, os processos que
afetam o produto e conseqüentemente o cliente; o
monitoramento e medição dos processos de fabricação para
assegurar a qualidade do produto/serviço, através de
indicadores de performance e desvios; implementar e
manter os registros adequados e necessários para garantir a
rastreabilidade do processo; a inspeção de qualidade e
meios apropriados de ações corretivas quando necessário; e
a revisão sistemática dos processos e do sistema da
qualidade para garantir sua eficácia, entre outros.
IV. FUNCIONAMENTO DO SISTEMA
O funcionamento do sistema que foi desenvolvido
funciona conforme a figura 3, que é a utilização de um
servidor de arquivos que possui um script na linguagem em
shell que verificar se os computadores estão ligados e
realizar processo de copia dos arquivos que estão em pastas
compartilhadas protegidas por senha nos computadores dos
usuários de informática da empresa.
Figura 3 – Funcionamento do sistema.
1 – Servidor de backup: é responsável pelo
armazenamento das cópias de segurança dos arquivos de
todos os usuários de informática da empresa. Através de um
script implementado no servidor, o backup diário dos
arquivos será feitos assim que a máquina for ligada.
2 – Hosts (Computadores): são os computadores dos
usuários que serão feito essas cópias de segurança. Nesses
computadores, há uma pasta compartilhada com todos os
arquivos que precisam ser copiados.
3 – Switch Gerenciável: é responsável pela interligação e
gerenciamento da rede, para que se tenha uma maior
estabilidade na hora do processo de backup.
No sistema em desenvolvimento será criado um script
no servidor que fará com que o host quando ligado envie os
arquivos (pré-definidos) em pastas públicas para o servidor,
sendo que esse procedimento será realizado de forma
automática assim que a máquina estiver ligada no corrente
dia.
V. RESULTADOS OBTIDOS
A. Instalação do Sistema Operacional Debian 5.0 Servidor
Primeiramente, foi instalado o sistema operacional
Debian na versão 5.0, pois é a versão estável mais recente.
A configuração do computador utilizado para esse
desenvolvimento foi a seguinte: Processador Intel core2duo,
4gb de memória, disco rígido de 500gb, placa de vídeo
Gforce Nvidia 512mb. O sistema foi atualizado com os
pacotes de segurança mais recentes.
Para que o servidor consiga visualizar todas as máquinas
da rede Windows foi necessário a instalação e configuração
do Samba no servidor com autenticação fornecendo usuário
e senha para que possa ser transferido o backup através do
protocolo SSH.
B. Desenvolvimento do Script de Backup utilizando a
linguagem Shell
O script foi desenvolvido em Shell, que é uma poderosa
linguagem de programação na qual utiliza automação de
instruções, é também muito reconhecida pelos usuários da
plataforma Linux e possui algumas estruturas presente nas
outras linguagens de programação em que os outros
usuários conhecem, assim como as estruturas de decisão
(If), estruturas de repetição (while e for), funções e
argumentos definições de variáveis e escopos delas.
Para a programação do script foi necessária criar um
arquivo na extensão .sh, onde o mesmo foi salvo no
diretório raiz: /usr/local/bin no qual encontra-se todos os
arquivos de configuração do script.
O script será executado no servidor todos os dias através
de um agendador de tarefas do Debian 5.0 chamado
Crontab. Assim que o script é executado no servidor, o
mesmo só deixará de ser executado quando todas as
máquinas da rede forem becapeadas com sucesso.
O script funciona da seguinte maneira: primeiramente é
feito uma declaração da data e hora em que o script vai
salvar o nome do arquivo atual de backup no servidor,
depois o mesmo busca um arquivo de texto temporário com
o nome de todas as máquinas da empresa que estão
atreladas ao IP, no qual se encontra localizado no diretório
do servidor: /usr/local/bin, sendo que antes da criação do
arquivo texto é necessário configurar um arquivo chamado
hosts no debian 5.0 que está localizado em: /etc/hosts. Para
que o script possa saber futuramente qual computador já foi
feito ou ainda falta fazer o procedimento.
Em seguida, é feito a declaração das variáveis que serão
utilizadas na estrutura da programação que será realizado
através da implementação de um laço de repetição com a
condição de parada somente quando todas as máquinas da
rede forem ligadas e tiverem sido becapeadas.
Antes dos arquivos serem enviados para o servidor, o
mesmo atribui uma partição samba utilizando a ferramenta
smbmount com criptografia para uma maior segurança do
sistema, depois disso, é feito uma compactação dos arquivos
que se encontram em uma pasta padrão nos hosts
(computadores) da rede e então os arquivos são enviados
para o servidor.
Ao finalizar estes procedimentos, um email é enviado
para o administrador do sistema informando que os
processos foram realizados com sucesso. E com isso o
script é novamente executado para que possa efetuar o
backup dos outros computadores da empresa (ver figura 4).
O fluxograma a seguir demonstra o funcionamento do
script de backup.
Figura 5 – Cenário do processo de backup do script em diagrama.
Figura 4 – Fluxograma da programação do script de backup no servidor.
C. Execução do Script de Backup
Após o desenvolvimento por completo do script, foi
definido que o mesmo seja executado uma vez ao dia, todos
os dias às 9 horas através do agendador de tarefas do debian
5.0 chamado crontab.
Contudo o script foi executado e testado utilizando
apenas três máquinas ligadas em uma rede doméstica,
podendo, no entanto ser configurado mais outras máquinas
modificando (acrescentando ou excluindo) apenas as linhas
do arquivo texto. Esses procedimentos servem então para
observar o funcionamento correto do sistema (figura 5).
Na empresa Companhia Athletica Belém, o script
desenvolvido foi configurado em um servidor de arquivos
fornecido pelo TI no qual foi configura para efetuar a cópia
de segurança de cinco computadores (TI, vendas, gerência,
financeiro e recepção) e até o presente momento os
resultados foram muito positivos, não havendo quaisquer
falhas quanto ao procedimento correto de backup.
Na figura em forma de diagrama representada a seguir
(Figura 5) é possível ter uma noção mais abrangente do
projeto desenvolvido para a empresa em questão. Nesse
script a execução é de forma seqüencial haja vista que a
própria linguagem trabalha dessa maneira. Os comandos são
executados um de cada vez.
D. O Funcionamento do Servidor na Empresa
Segundo Inayan Diego Bianco gerente e coordenador de
TI (Tecnologia da Informação) da empresa Companhia
Athlética Belém, o script que foi desenvolvido vai ser muito
importante para o processo de backup dos arquivos da
empresa. Pois o sistema anterior que realizava esse
procedimento possuía muita falha e já ocorreu um caso de
muitos arquivos importantes serem perdidos por causa de
um problema de hardware do computador do usuário e os
arquivos não terem sido copiados corretamente no que
dificultou a restauração dos mesmos e, no entanto foi
perdido trabalho de aproximadamente três anos.
Como a empresa é certificada ISO 9002 e possui 14
unidades em todo Brasil, esse servidor desenvolvido pelos
alunos do 4º ano do IESAM será avaliado conforme as
especificações da certificação e tem grandes chances de ser
implantado em outras unidades.
Apesar do mesmo está funcionando em teste com apenas
cinco computadores, o resultado já foi muito bem aceito
pelos administradores da empresa haja vista que até o certo
momento não houve algum tipo de erro quando ao processo
das cópias de segurança. É também importante ressaltar que
a empresa pensa em adquirir novos servidores para que a
implantação do script seja integrado para fazer backup dos
servidores de Proxy, Firewall, DNS (Domain Name System)
e Banco de Dados que no caso trata-se do Oracle.
VII. CONCLUSÃO
Através de estudos realizados, pode-se concluir que com
o término do projeto podemos adquirir uma grandeza em
nossos conhecimentos relacionados a softwares livres, assim
como Debian 5.0, Samba. Conseguimos também ter uma
maior noção da importância dos compactadores e a
eficiência em se ter um servidor de backup na empresa pelo
aspecto de uma maior segurança dos dados empresariais.
Com este projeto não será mais preciso a presença de um
funcionário para a realização dessas cópias de segurança
dos arquivos de usuários, pois este agora será feito
automaticamente e de forma inteligente. Assim, eles serão
realizados com mais rapidez e eficiência, além de possuírem
em seu banco de dados um limite máximo para o
armazenamento de informações, evitando sérios problemas
para a empresa na hora das auditorias que ocorrem
freqüentemente em empresas que possuem certificação
como ISO 9001 e ISO 9002. Que são certificações muito
rigorosas no aspecto detalhista e procuram o máximo de
perfeição na realização das tarefas diárias da empresa.
VII. REFERÊNCIAS
[1] L. A. Siqueira. Coleção Linux Pro. Certificação LPI-1. 2ª Edição.
2008.
[2] C. N. Julio. Brasport. Programação Shell Linux. 2008.
[3] H. Craig.. Linux: Servidores de rede. Ciência Moderna. 2004.
[4] F. J. Mozart. Guia essencial do backup. Digerati Books. 2007.
[5] G. M. da Silva. Guia Foca GNU/Linux. Disponível:
http://focalinux.cipsga.org.br, 2009.
[6] C. E. Morimoto, Guia do Hardware 2002. Disponível:
http://www.guiadohardware.net, 2009.
[7] Samba 4. Disponível: http://www.samba.org/, 2009.
[8] A. Simões. SSH em Linux e Unix. LPIC Certified 2008.
Disponível:
http://www.computernetworks.com.br/wordpress/2009/10/05/ ssh-emlinux-e-unix/, 2009
[9] R. da Informática. Conceitos Básicos da Informática.
Disponível: http://www.ramosdainformatica.com.br/art_recent
es01.php?CDA=780, 2009.
[10] J. Virgilio. Viva o Linux - Shell Script. Disponível:
http://www.vivaolinux.com.br/artigo/O-que-e-ShellScript/?pagina=3, 2009.
[11] Oficina da Net. ISO 9000 – Conceitos. Disponível:
http://www.oficinadanet.com.br/artigo/491/iso_9000_-_conceitos
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