DESAFIOS DO
DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO E SOCIAL DE
AMERICA LATINA E O CARIBE
Antonio Prado
Secretário Executivo Adjunto
Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe
UNICAMP - 28 de junho de 2012
A crise desatada em 2008, que ainda não superamos,
não teve apenas um significativo impacto econômico e
social, mas também político
• A crise representa um ponto de inflexão, pois quebrou a
continuidade de um modelo
• Um modelo que se associa a duas décadas de
concentração de riqueza
• A crise gerou espaços de profundo debate sobre:
•
•
•
•
O devenir da lógica de acumulação econômica
As regras do sistema econômico mundial
O papel do Estado e das políticas públicas
A insuficiência da institucionalidade global para enfrentar e
responder ante os problemas sistêmicos globais
• A inflexão modifica a agenda de desenvolvimento, que
deveria ter sua base conceitual na sustentabilidade e
colocar a igualdade no centro de seu objetivo.
Aonde estão hoje a América Latina e
o Caribe?
• Aprendendo do passado
– Mais resilientes em termos macroeconômicos
– Progredindo em termos sociais
– Ainda necessitando construir resiliência social
• Com economias crescendo em 2010 mas desacelerando
em 2011 e 2012
• Uma nova agenda requer enfrentar dívidas históricas e
recentes e fechar brechas produtivas e sociais :
•
•
•
•
•
•
Mádistribuição da renda
Crescente heterogeneidade produtiva
Baixo investimento e pouca poupança
Segmentação laboral e da proteção social
Discriminação racial, étnica e de gênero
Vulnerabilidades assimétricas à mudança climática
Uma licão importante: na crise da dívida, a recuperação
dos niveis básicos de bem estar tomou o dobro de anos
que a recuperação do PIB
AMÉRICA LATINA E CARIBE: COMPARAÇÃO ENTRE PIB PER CAPITA E INCIDÊNCiA DA
POBREZA (1980-2008)
5 000
50
48.3
4 800
48
4 597
45.7
4 600
46
44.2
43.5
4 400
43.3
44
42.5
42
40.5
39.8
4 000
3 800
Recuperação do nivel de pobreza: 25 anos
38
3 886
3 746
Recuperação do PIB per capita: 14
3 600
3 200
36.3
36
3 650
34.1
3 620
3 400
40
33.0
3 432
3 321
34
32
3 000
30
1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010
PIB per capita
Taxa de pobreza
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em tabulacoes das pesquisas de
domicilios dos respectivos países.
Taxa de pobreza
PIB per capita
42.0
4 200
Uma licão importante: na crise da dívida, a recuperação
dos niveis básicos de bem estar tomou o dobro de anos
que a recuperação do PIB
AMÉRICA LATINA E CARIBE: COMPARAÇÃO ENTRE PIB PER CAPITA E INCIDÊNCiA
DA POBREZA (1980-2008)
49
48
1990
Porcentaje de población pobre
47
46
Recuperación del PIB per cápita:
14 años
1994
45
2002
44
1986
43
42
1997
2001
2000
2004
41
40
2005
1980
39
38
37
2006
36
35
34
33
3200
Recuperación en el nivel de
pobreza:
25 años
3400
3600
3800
2007
4000
4200
4400
2008 a/
4600
4800
PIB per cápita (en dólares de 2000)
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em tabulacoes das pesquisas de
domicilios dos respectivos países.
Principais brechas por fechar
Investimento
Desigualdade
Em % do PIB
Gini
Produtividade
Fiscalidade
Em % do PIB e US$
Em % do PIB
45
39,8
40
36,2
35
30
11,1
9,2
28,2
25
20
6,8
11,3
20,1
11,9
4,7
15,0
18,2
1,7
3,0
0,8
15
12,2
7,2
10
15,3
16,4
9,7
16,8
5
7,0
6,3
5,6
África (12 países)
América Latina
(19 países)
0
OCDE (30 países)
Unión Europea
(15 países)
Carga tributaria directa
Estados Unidos
Sudeste Asiático
(6 países)
Carga tributaria indirecta
Carga seguridad social
Houve avanços significativos, ainda que díspares, em
várias tendências em matéria do desenvolvimento, como
a redução da porcentagem da população em situação de
pobreza.
AMÉRICA LATINA: EVOLUÇÃO DA POBREZA E DA INDIGÊNCIA, 1980 – 2011 a
Em porcentagens da população
Em milhões de pessoas
60
250
48,4
43,8
204
43,9
Porcentajes
40,5
40
33,2
33,0
31,4
30,4
30
22.6
20
18.6
18.6
19.3
12.8
13.1
12.3
12.7
Millones de personas
50
215
225
200
150
183
184
71
73
70
73
2008
2009
2010
2011
177
174
136
95
100
91
99
62
50
10
0
0
1980
1990
1999
Indigentes
2002
2008
2009
Pobres no indigentes
2010
2011
1980
1990
1999
2002
Pobres no indigentes
Indigentes
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em tabulações especiais das pesquisas de domicílios dos
respectivos países.
a Estimativa correspondente a 18 países da região mais Haiti. As cifras colocadas sobre as seções superiores das barras representam o total em
porcentagem e em número de pessoas pobres (indigentes mais pobres não indigentes).
Pela primeira vez na história recente houve
avanços em relação à desigualdade
Uma década sem avanços
Uma década com avanços
Países onde a
desigualdade aumentou
Países onde a
desigualdade aumentou
Países onde a
desigualdade diminuiu
Países onde a
desigualdade diminuiu
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em tabulações especiais das pesquisas de domicílios dos
respectivos países.
A REGIÃO E A ECONOMIA MUNDIAL:
TENDENCIAS E DESAFIOS NA PRÓXIMA
DÉCADA
Maiores fragilidades e incertezas no
cenário econômico internacional …
 Pioraram as condições das economias industrializadas com um
horizonte de lento crescimento nos próximos anos
 Os desafios fiscais e a dívida pública ameaçam com uma década
perdida em algumas economías industrializadas
 O comercio internacional se debilita
 Persistem importantes desequilíbrios globais




Crise em varios países europeos e riscos de contágio
Crescimento baixo e incerteza fiscal e da dívida nos Estados Unidos
Desaceleração na China e India
Divergência em térmos de crescimento e ciclos monetários entre
industrializados e emergentes
 Maior risco de fortes entradas de capitais e valorização cambial em países
emergentes
 Voltam a crescer os desequilibrios globais em conta corrente
 Os principais mecanismos da governança da economia global ainda
requerem ajustes:
 Depois de 4 anos do inicio da crise “subprime”, não se consegue
restabelecer a normalidade financeira e se dilui o ímpeto reformista do G20
A situação internacional está caracterizada por incerteza,
baixo crescimento nas economias desenvolvidas e
desaceleração nas emergentes
PROJEÇÕES DO CRESCIMENTO DO PIB
(Em porcentagens)
8
7.5
7
5.9
5.8
6
5.3
5
3.7
4
2.7
3
2
1
4.5
4.1
4.1
4.0
2.7
2.5
1.8
1.4
1.2
0.3
0
2006-2009
Mundo
2010
Países desarrollados
2011
Economías en transición
2012e
Países en desarrollo
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em informação do Fundo Monetário Internacional
O poder econômico está movendo-se do
Atlantico ao Pacifico e do Norte ao Sul
• China poderá crescer num intervalo de 8 a 9% em 2011 e 2012
• Os precos das matérias primas podem baixar mas seguirão
em níveis históricamente altos
• Na última década, fortaleceram-se os vínculos econômicos
com China, Asia e o Pacífico en geral e cresceram os vínculos
Sul-Sul
– O crescimento dos países em desenvolvimento depende cada vez mais
de China, socio comercial fundamental para a maioria deles
• En caso de uma nova recessão nos países desenvolvidos ou
de uma nova crise financeira global, a margem de manobra
dos países emergentes dependerá de:
– O equilibrio externo e as reservas internacionais
– O margem de política nos ambitos monetario e fiscal
– A estructura do comercio exterior, em termos de produtos
e mercados
Tendências comerciais 1985-2010:
CRESCIMENTO DO COMERCIO MUNDIAL
E APORTE DOS PAÍSES EM
DESENVOLVIMENTO, 2003-2010
(Em porcentagem)
MUNDO: DISTRIBUiÇÃO DAS EXPORTACÕES,1985 Y 2010
(En porcentagem do comercio mundial)
1985
2010 a
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe
(CEPAL), com base em informação de Nacioes Umidas
(COMTRADE).
a Estimación sobre la base del 90% de las exportaciones mundiales.
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL),
com base em informação do CPB Netherlands Bureau for Economic Policy
Analysis.
Depois da crise, cresce a importância do
comercio Sul-Sul no comercio mundial. Em 2018
superará o comercio Norte-Norte
EVOLUCIÓN DE LAS EXPORTACIONES POR REGIONES, 1985-2020
(En porcentajes del total)
70
60
50
Norte-Norte
40
Norte-Sur
Sur-Sur
30
Sur-Norte
20
10
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
0
Fuente: CEPAL, División de Comercio Internacional e Integración, sobre la base de cifras oficiales
Cifras para el período 2011-2020 son proyecciones sobre la base de la tendencia lineal de largo plazo de las exportaciones por región.
Em 2030, dois terços da classe média mundial estarão na área
Ásia-Pacífico. Esta região representará mais da metade do
gasto de consumo mundial
POPULAÇÃO E GASTOS DE CONSUMO DA CLASSE MÉDIA,
POR REGIÕES, 2009, 2020 E 2030a
Gastos de consumo b
(Em porcentagens do total mundial)
População
(Em porcentagens do total mundial)
América do Norte
Europa
África subsaariana
Oriente Médio e
África do Norte
América Latina
e Caribe
Ásia e Oceania
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em Homi Kharas, “The Emerging Middle Class in
Developing Countries”, janeiro de 2010.
a As cifras de 2020 e 2030 são projeções.
b Os gastos de consumo foram calculados com base na paridade de poder aquisitivo (PPA).
Na década de 2000, aumentou o peso
de China no comercio da regiao
AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE: PARTICIPACIÓN DE SOCIOS SELECCIONADOS
EN SU COMERCIO EXTERIOR, 1990-2010
(Em porcentagem)
Importaçoes
60
50
50
40
40
30
30
20
20
10
10
0
0
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
60
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Exportaçoes
América Latina y el Caribe
China
América Latina y el Caribe
China
Resto de Asia
Estados Unidos
Resto de Asia
Estados Unidos
Unión Europea
Fonte: CEPAL sobre la base de COMTRADE, CEPALSTAT y DOTS.
Unión Europea
En 2010, os países em desenvolvimento
receberam 50% dos fluxos mundiais de IED
EVOLUÇÃO DOS FLUXOS DE IED POR REGIOES RECEPTORAS NO MUNDO, 1990-2010
(Em miles de milhões de dólares y porcentagens do total)
Fuente: CEPAL sobre la base de cifras del World Investment Report 2011 (UNCTAD).
Riscos do contexto externo:
reprimarização
AMÉRICA LATINA E CARIBE: EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DAS EXPORTAÇÕES AO MUNDO
DESDE INÍCIOS DOS ANOS OITENTA
(Em porcentagens do total regional)
Manufaturas de alta tecnologia
Manufaturas de baixa tecnologia
Manufaturas de tecnologia média
Manufaturas de recursos naturais
Matérias-Primas
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base de dados COMTRADE das Nações Unidas.
A crise na zona do Euro aumenta a incerteza
Três acontecimentos chaves, com efeitos diferentes dependendo dos países
ou subregiões, foram importantes em 2012:
•A incerteza existente na zona do Euro desde 2010-11:
–
Baixa (1º trimestre 2012) devido à ação do BCE (fim de 2011) e acordo
inicial com a Grécia
–
Mas aumentou depois (2º trimestre 2012) devido a:
• Dúvidas sobre a sustentabilidade do programa de estabilização adotado na Grécia
• Problemas com os bancos na Espanha e perigo de contágio na Italia
•O crescimento precário da economia dos Estados Unidos
•A desaceleração do crescimento na Índia e China, no entanto:
–
É provável que a taxa de crescimento anterior da China não fosse
sustentável e sua trajetória atual, con uma proporção maior de
consumo e menor de investimento, e com uma menor taxa de
crescimento (entre 7 e 8.2%), sim
–
Redução da taxa de inflação na China abre espaço para políticas
contracíclicas no caso de uma forte desaceleração
Contexto internacional: Dois cenários
possíveis
Cenário I
O cenário mais provável: gestão ordenada do problema na Grécia e
contenção do contágio a outros membros da UE:
- Recessão moderada na maior parte dos países europeus, com flexibilização dos
ajustes fiscais no curto prazo por problemas de sustentabilidade política e
econômica
- Contração das importações procedentes da América Latina e Caribe, que afetam
os países con maior proporção de exportações a Europa
- Há “fuga para a segurança” dos fluxos financeiros (investimento em ativos em
dólares dos EUA), maior volatilidade financeira y cambial, mas sem escassez de
recursos na ALC
- Menores fluxos de remessas e de turismo da Europa a ALC
- Incerteza mundial reduz mas não paraliza o fluxo de investimento extrangeiro
- EUA tem crescimento precário
- China com crescimento superior a 7.5%, com políticas contracíclicas se necesario
Cenário II
Menos provável mas não descartável: saída da Grécia da Zona do Euro,
contágio e grande crise nos países da UE, com consequências negativas nos
EUA, China e resto da economía mundial (análogo à crise 2008-9)
A região ALC enfrenta esta conjuntura com
importantes ativos, mas também com significativas
debilidades
Ativos
• Crescimento econômico, estabilidade macroeconômica, queda do
desemprego e da pobreza
• Classe média em expansão
• Abundante dotação de recursos naturais:
– um terço da superfície cultivável e das reservas de água doce
– 31% da produção mundial de biocombustíveis e 13% da de petróleo
– 47% da produção mundial de cobre, 28% da de molibdênio e 23% da de
zinco
– 48% da produção mundial de soja, 31% da de carne, 23% da de leite e
16% da de milho
– 20% da superfície de bosques naturais e abundante biodiversidade
Debilidades
• Estrutura produtiva e exportadora baseada em vantagens
comparativas estáticas mais que em vantagens competitivas
dinâmicas
• Atrasos em inovação, ciência e tecnologia, educação e infraestrutura
• Atrasos em produtividade e grandes brechas entre setores
Observou-se uma desaceleração importante nas
economias de maior tamanho em 2011
AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE: CRECIMIENTO DEL PIB, 2010-2011 a
(En porcentajes)
8.0
7.5
7.0
6.0
5.0
2010
6.4
2011
5.9
5.5
5.3
4.4
4.0
3.5
3.8
4.0 4.0
3.0
1.9
2.0
1.0
1.0
0.0
América Latina y
el Caribe
Brasil
México
Resto de América Centroamérica
del Sur
Fuente: Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL), sobre la base de información oficial.
a Para 2011, los valores corresponden a estimaciones.
El Caribe
Fluxos de IED na América Latina
e Caribe, 2011 e 2010
AMÉRICA LATINA E CARIBE: MAIORES RECEPTORES DE INVESTIMENTO EXTRANGEIRO
DIRETO, POR PAÍSES, 2010-2011
(Em milhões de dólares)
Origem do IED: importância da Europa
AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE: ORIGEM DA IED
2000-2010
(En milhões de dólares)
2011
(Em porcentagens)
América
Latina y el
Caribe
(9)
España
(14)
Asia
(9)
Estados
Unidos
(18)
Resto de
Unión
Europea
(25)
Otros
(24)
As reservas internacionais têm aumentado e
superam os níveis pré-crise, e a dívida
pública não voltou a aumentar
AMÉRICA LATINA E CARIBE: EVOLUÇÃO DAS RESERVAS INTERNACIONAIS
(em porcentagem do PIB)
25.0%
20.0%
Países Integrados en los Mercados
Financieros
Países Agricolas
15.0%
Países de Recursos Naturales
El Caribe
América Central
10.0%
Países Dolarizados
América Latina y el Caribe
5.0%
0.0%
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em informação oficial.
A dívida pública tem deixado de cair, ainda que se
mantenha em níveis relativamente baixos, com
exceção do Caribe
AMÉRICA LATINA E CARIBE: EVOLUÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA, 2000-2010
(Em porcentagens do PIB)
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em informação oficial.
Durante o primeiro trimestre de 2012, o crescimento
da receita tributária desacelerou em vários países
AMÉRICA LATINA (12 PAÍSES a): ARRECADAÇÃO TOTAL DE IMPOSTOS
(Taxas de variação real com relação ao mesmo trimestre do ano anterior, média simples)
35
30
IT 2011
25
IT 2012
20
15
10
5
0
-5
Fuente: CEPAL, sobre la base de cifras oficiales.
Notas: a/ No se incluyen las contribuciones a la seguridad social y en México se consideran solo los ingresos
tributarios no petroleros.
Enero
Febrero
Marzo
Abril
Mayo
Junio
Julio
Agosto
Septiembre
Octubre
Noviembre
Diciembre
Enero
Febrero
Marzo
Abril
Mayo
Junio
Julio
Agosto
Septiembre
octubre
noviembre
diciembre
Enero
Febrero
Marzo
Abril
Mayo
Junio
Julio
Agosto
Septiembre
Octubre
noviembre
diciembre
Enero
Febrero
Marzo
Abril
Mayo
Junio
Julio
Agosto
Septiembre
Octubre
noviembre
diciembre
Enero
Febrero
Marzo
Abril
Mayo
Junio
Julio
Agosto
Septiembre
Octubre
noviembre
diciembre
Enero
Febrero
Marzo
Abril
A taxa de inflação permanece com tendência de
baixa
AMÉRICA LATINA E CARIBE: EVOLUÇÃO DA TAXA DE INFLAÇÃO
(Taxa de variacão em 12 meses, média simples)
14%
12%
10%
8%
6%
4%
2%
0%
-2%
2007
2008
Alimentos
2009
2010
Subyacente
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em informação oficial.
2011
Otros
2012
A tendência à redução do desemprego permanece
na maioria dos países
AMÉRICA LATINA (10 PAÍSES): TAXA DE OCUPAÇÃO E TAXA DE DESEMPREGO
Primeiro trimestre de 2008 a primeiro trimestre de 2012, média móvel de quatro trimestres
56.5
9.0
56.0
8.5
8.0
55.5
7.5
55.0
7.0
54.5
6.5
54.0
6.0
53.5
5.5
53.0
5.0
Tasa de ocupación (eje izquierdo)
Tasa de desempleo (eje derecho)
Fuente: CEPAL, sobre la base de cifras oficiales.
…mas o crescimento do emprego mostra
tendências diferentes entre países
AMÉRICA LATINA (SIETE PAÍSES): CRECIMIENTO INTERANUAL DEL EMPLEO
CUBIERTO POR LA SEGURIDAD SOCIAL
(Tasa de crecimiento, cuarto trimestre de 2008 - primer trimestre de 2012)
México e Centroamérica
América del Sur
10.0
10.0
8.0
8.0
6.0
6.0
4.0
4.0
2.0
2.0
0.0
0.0
-2.0
-2.0
-4.0
-4.0
-6.0
IV
-6.0
IV
2008
I
II
III
2009
México
IV
I
II
III
2010
Costa Rica
IV
I
II
III
2011
IV
I
2008
I
II
III
IV
I
2009
II
III
IV
2010
I
II
III
2011
2012
Nicaragua
Fuente: CEPAL, sobre la base de cifras oficiales.
Brasil
Chile
Perú
Uruguay
IV
I
2012
Predominam aumentos moderados
dos salários reais
CRESCIMENTO DOS SALARIOS REAIS MEDIOS DO SECTOR FORMAL
(Tasas de crecimiento interanual, en porcentaje)
7.0
6.0
5.0
4.0
3.0
2.0
1.0
0.0
-1.0
-2.0
-3.0
-4.0
2010-T1
2010-T2
Brasil
2010-T3
2010-T4
Chile
Fuente: CEPAL, sobre la base de cifras oficiales.
2011-T1
México
2011-T2
2011-T3
Nicaragua
2011-T4
Uruguay
2012-T1
Moderou-se a deterioração dos preços
dos produtos básicos
AMÉRICA LATINA: ÍNDICES DE PRECIOS DE PRODUCTOS BÁSICOS DE EXPORTACIÓN Y
MANUFACTURAS, 2009-2012
(2005=100, promedio móvil de tres meses)
300
280
260
240
220
200
180
160
140
120
100
80
Jan-09 Apr-09 Jul-09 Oct-09 Jan-10 Apr-10 Jul-10 Oct-10 Jan-11 Apr-11 Jul-11 Oct-11 Jan-12 Apr-12
Alimentos
Aceites y semillas oleaginosas
Minerales y metales
Manufacturas
Fuente: CEPAL, sobre la base de cifras oficiales.
Bebidas tropicales
Materias primas silvoagropecuarias
Energía
Durante o primeiro trimestre de 2012, manteve-se
acesso aos mercados internacionais de capitais
AMÉRICA LATINA: EMISIONES DE BONOS EXTERNOS Y RIESGO PAÍS
(En millones de dólares y puntos base)
30,000
800
700
25,000
600
20,000
500
15,000
400
300
10,000
200
5,000
100
Privados
Fuente: CEPAL, sobre la base de cifras oficiales.
Bancos
Mar-12
Jan-12
Nov-11
Sep-11
Jul-11
May-11
Mar-11
Jan-11
Nov-10
Sep-10
Jul-10
May-10
Mar-10
Jan-10
Nov-09
Sep-09
Jul-09
May-09
Mar-09
0
Jan-09
0
Em síntese …
• A região mantém, mas desacelera o seu
crescimento a 4,4% em 2011 e a 3,7% em 2012
• Três realidades persistem na região: América do
Sul, América Central e Caribe
• A apreciação cambial conspira contra o
desenvolvimento dos setores não tradicionais
(indústrias, serviços, etc.), que são os principais
motores do emprego
• Sem hipotecar o aprendido, devemos transitar de
uma macro para a estabilidade a outra macro para
o desenvolvimento e aproveitar a conjuntura ainda
favorável
Macroeconomia para a mudança estrutural
• A igualdade e a transformação estrutural como eixos do
desenvolvimento.
• Os desafios das políticas macroeconômicas vão além da
necessidade de estabilizar a conjuntura: devem preocupar-se
também da dinâmica de longo prazo.
• O entorno macroeconômico não afeta apenas a dinâmica do ciclo,
mas também a trajetória e a qualidade do crescimento, por seu
efeito na taxa de investimento, na produtividade, na dinâmica das
exportações, na inovação e na dinâmica do mercado de trabalho.
– A forma como se maneja o ciclo não é neutra em relação à estrutura
produtiva e à qualidade e composição do crescimento no médio e longo
prazo.
• As políticas macro devem contribuir à igualdade social e a um
dinamismo econômico que transforme a estrutura produtiva;
objetivos não excludentes.
• Os desafios de uma macroeconomia para o desenvolvimento – uma
nova caixa de ferramentas:
– Mix de políticas que conciliem a estabilidade com um maior dinamismo no
crescimento de longo prazo que conduza à inclusão social e igualdade.
Macroeconomia para a mudança estrutural:
objetivos e propostas
• Estabilidade integral de preços, macropreços e demanda agregada
consistente com o PIB potencial.
• Propiciar uma baixa volatilidade real: suavizar os ciclos.
• Promover sistemas financeiros que elevem a capacidade de
poupança nacional e o apoio ao investimento.
• Fortalecer o papel contracíclico da política fiscal com critérios de
sustentabilidade fiscal.
– As políticas contracíclicas devem contemplar o fato de que o ciclo não é
simétrico.
• Assumir a taxa de câmbio como um possível instrumento de
política, não apenas monetária, mas em sintonia com a política
industrial.
• Lograr a eficaz regulação contracíclica da conta financeira da
balança de pagamentos, em entradas e saídas de fundos:
– É crucial a composição e a estabilidade dos fluxos, diferenciando os
especulativos dos produtivos.
• Formular e construir um sistema financeiro inclusivo e dedicado
ao financiamento produtivo.
A CEPAL propõe uma agenda de desenvolvimento
baseada em sete pilares
• Política macroeconômica para um desenvolvimento inclusivo
visando a mitigar a volatilidade, estimular a produtividade e
favorecer a inclusão
• O cambio estructural para superar a heterogeneidade estrutural e
as brechas de produtividade por meio de mais inovação, maior
criação e difusão do conhecimento e apoio às pequenas e médias
empresas (PME)
• Melhorar a integração internacional, diversificando as exportações
e aumentando a competitividade
• Superar as brechas territoriais que afetam as capacidades
produtivas, institucionais e de desenvolvimento social e inibem
encadeamentos produtivos nacionais
• Criação de mais e melhor emprego para favorecer a igualdade de
oportunidades e a inclusão social
• Fechar as brechas sociais por meio do aumento sustentado do gasto
social e de uma institucionalidade social mais sólida
• Construir pactos sociais e fiscais e o novo papel do Estado
Agenda global
• Necessita-se liderança política para prevenir uma
profunda segunda recessão mundial
• Provisão de bens públicos globais de caráter
macroeconômico e ambientais
– Estabelecer um pacto macroeconômico e financeiro global (regulação
prudencial e governabilidade equitativa)
• Correção de assimetrias financeiras e macroeconômicas
em nível global
• Fortalecer o papel do Conselho Econômico e Social
(ECOSOC) para que funcione em nível equivalente ao do
Conselho de Segurança
• Superação das assimetrias produtivas e tecnológicas
• Plena inclusão da migração na agenda internacional
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