MÚSICAS
A ÁGUA DORME DE NOITE
Minhas mãos molho
Ora venha vinho para os nossos copos
Ai, ajuda-me, ó camarada
Cantiga de bebedores
Cantiga de batedores da água
Minho
Beira Litoral
Bumbabá
Padre António
Cantiga de bebedores
Dança de Paulitos
Trás-os-Montes
Trás-os-Montes
Chote
Sr. Mio
Dança tradicional
Dança de Paulitos
Beira Litoral
Trás-os-Montes
Quadrilha
Lenga-lenga
Dança Tradicional
Texto da tradição oral
Douro Litoral
Adaptação GEFAC
Ó meu São João Baptista
Saias
Cantiga do S. João
Cantiga dançada
Beira Baixa
Alto Alentejo
poderes especiais. Talvez por isso, esta noite mágica tenha sido muitas vezes usada
O Cativo
Chula Passada
como fonte inspiradora da criação artística.
Romance novelesco
Cantiga dançada
Algarve
Minho
Universidade de Coimbra, integrado na VIII Semana Cultural – De Mar a Mar. Partindo da
São João adormeceu
Ó minha Rosinha
temática central – a água – este espectáculo conjuga música, dança, teatro e vídeo,
Cantiga do S. João
Cantiga dançada
reflectindo tradições, crenças, rituais, superstições e o sentir popular que está na base
Alentejo
Minho
Minha roda está parada
Saudade
Cantiga da roda
Saudade da Ilha do Corvo
Beira Baixa
Açores
Minha cara lavo
Para fazer serviço a Deus
E arrenegar o Diabo.
As palavras são os gestos de uma cultura.
E como diz o povo, a água dorme de noite, não sendo bom bebê-la a não ser na noite de
S. João, em que é benta e possui o poder de curar as doenças da pele, tirar as sardas,
rejuvenescer, dar força aos velhos, beleza aos jovens e beneficiar o amor e os negócios.
A crença nas virtudes da água e nas figuras do maravilhoso popular a ela relacionadas
representam, apenas, um aspecto das inúmeras lendas e práticas associadas às
festividades de S. João. O fogo, os rios e mares, as ervas, as plantas, bem como certos
objectos e, em muitos casos, o próprio sol, tomam e possuem, nesta data, virtudes e
A água dorme de noite resulta de um desafio lançado pela Pró-Reitoria para a Cultura da
dessas vivências.
"Tudo dura o que duram os reflexos agitados. Só este rio imenso segue o seu curso
inalterável e incessante para aquele mar profundo."
Raul Brandão, Os Pescadores
O GEFAC
O GEFAC (Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra) é um Organismo
Autónomo da Associação Académica de Coimbra que, desde 1966, tem dedicado a sua
actividade ao estudo e divulgação do património cultural português.
Durante os seus 40 anos de existência o grupo acumulou um importante espólio que tem
constituído a base para a sua criação artística, nomeadamente para a concepção dos seus
espectáculos. Um dos trabalhos, no âmbito da recolha etnográfica, que consideramos mais
relevantes, prende-se com o tratamento e estudo do espólio compilado na recolha de
peças de Teatro Popular Mirandês, que resultaram na publicação, em livro, de dois
volumes: um com textos de cariz profano e outro com textos de cariz religioso.
Paralelamente, o GEFAC tem também promovido diversas actividades como debates,
exposições, bem como um evento bienal, as Jornadas de Cultura Popular, com o
objectivo, entre outros, de fomentar o encontro entre cada cidadão e a sua cultura, assim
como com a de outros países.
FICHA TÉCNICA
Concepção artística: GEFAC
Concepção musical: GEFAC e Quiné
Vídeo: Nuno Patinho
Imagens: O Povo que Canta
Textos: Tradição Popular e Raul Brandão
Desenho de Luz: GEFAC e Gilberto Pereira
Cabeçudos: GEFAC e Delphim Miranda
Carpintaria: Laurindo Fonseca
Serralharia: Carlos Batista
Confecção: Celeste Marques
Produção: GEFAC
Fotografia: João Fong
Grafismo: Henrique Patrício
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