,3 Bruxelas, 1 de Julho de 2002 $&RPLVVmRDXWRUL]DDDTXLVLomRGDVDFWLYLGDGHVGD $QGHUVHQQR5HLQR8QLGRSHOD'HORLWWH7RXFKH $ &RPLVVmR (XURSHLD DXWRUL]RX D DTXLVLomR SURMHFWDGD GD PDLRULD GDV DFWLYLGDGHVGD$UWKXU$QGHUVHQQR5HLQR8QLGRSHOD'HORLWWH7RXFKHXPD HPSUHVD HVWDEHOHFLGD QR 5HLQR 8QLGR H TXH VH LQVHUH QD HPSUHVD PXQGLDO GH DXGLWRULD H FRQWDELOLGDGH 'HORLWWH 7RXFKH 7RKXPDWVX $ &RPLVVmR H[DPLQRX R LPSDFWR GD RSHUDomR GH FRQFHQWUDomR QRPHDGDPHQWH QR TXH VHUHIHUHjVJUDQGHVHPSUHVDVFRWDGDVQD%ROVDGH9DORUHVGH/RQGUHVTXH WHQGHPDHVFROKHUXPDGHHQWUHDVFLQFRJUDQGHVHPSUHVDVGHDXGLWRULD%LJ )LYH SDUD D UHYLVmR GDV VXDV FRQWDV &RQFOXLX TXH R GHVDSDUHFLPHQWR GD $QGHUVHQ 8. 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No início deste mês, a Andersen US foi condenada por obstrução à justiça no âmbito do inquérito do Governo norte-americano sobre o colapso da Enron. Consequentemente, as empresas nacionais da Andersen em todo o mundo procuraram, de forma separada, aderir a uma das outras quatro grandes empresas neste domínio: PriceWaterhouseCoopers (PwC), KPMG, Ernst & Young e a D&T. A Andersen France (França) e a Andersen Germany (Alemanha), por exemplo, associaram-se entretanto à Ernst & Young. No que respeito à União Europeia, alguns deste acordos serão examinados pela Comissão Europeia, enquanto outros serão analisados pelas autoridades de concorrência nacionais, em função da respectiva dimensão. No que se refere à operação em causa, a Comissão Europeia examinou o impacto da aquisição no Reino Unido e, em especial, no que diz respeito ao mercado de auditoria e contabilidade das grandes sociedades cotadas, que recorrem normalmente aos serviços das cinco grandes empresas de auditoria. A Comissão verificou que não exisitia o risco de ser criada uma posição dominante única, dado que a Andersen e a D&T são as empresas mais pequenas de entre os cinco grandes operadores nesta área no Reino Unido. A PwC é de longe a maior empresa em termos de receitas de auditoria, seguida da KPMG, E&Y, AA e da D&T, independentemente do mercado relevante ser o FTSE 100 ou o FTSE 350. Todavia, a Comissão também examinou até que ponto a redução para quatro grandes empresa de auditoria poderia ser fonte de preocupação, tal como tinha efectuado em 1998, aquando da análise da fusão entre a Price Waterhouse e a Coopers & Lybrand, fase em que existiam seis grandes empresas nesta área. Uma análise cuidadosa revelou que, muito embora a Andersen UK pudesse continuar a desenvolver actividades enquanto empresa independente de serviços de auditoria e contabilidade para os clientes de dimensão mais restrita, deixaria de poder prestar serviços aos grandes clientes. Estes últimos exigem uma rede mundial, um importante saber-fazer internacional e uma reputação que só as restantes quatro grandes empresas podem assegurar. A Andersen Worldwide podia satisfazer estes requisitos, mas a Andersen UK, por si só, não reunia as devidas condições. Por conseguinte, no que se refere às grandes sociedades cotadas, a redução para quatro empresas de auditoria era inevitável e ocorreria na prática, independentemente do facto de a Andersen UK ser adquirida ou de se assistir meramente à sua desintegração. A aquisição da Andersen UK por empresas britânicas de auditoria de segundo nível, tais como a BDO ou a Grant Thornton, não permitiria assegurar a rede mundial e a reputação necessárias para a entrada no mercado das grandes sociedades cotadas. É de observar que uma série de clientes da Andersen UK manifestaram a opinião de que era preferível a fusão entre a Deloitte & Touche e a Andersen UK, em detrimento de uma situação em que os quadros, as equipas e o saber-fazer da Andersen UK fossem dispersos de forma desorganizada. Atendendo a todos estes factores, a Comissão concluiu que não havia motivos para iniciar uma investigação aprofundada, tendo autorizado a operação. $QWHFHGHQWHV A Deloitte & Touche é membro da rede mundial de empresas Deloitte & Touche Tohumatsu, que emprega mais de 95 000 pessoas em 140 países. A Andersen UK desenvolvia actividades enquanto membro da rede internacional da Andersen Worldwide. Até recentemente, as empresas que eram membros da Andersen Worldwide empregavam, no seu conjunto, cerca de 85 000 pessoas em 84 países em todo o mundo. Em Outubro de 2001, após a Enron ter anunciado novos prejuízos, a US Securities and Exchange Commission (organismo de supervisão do mercado bolsista norte-americano) iniciou a recolha de informações sobre a Enron e no que se refere à auditoria das suas contas pela Andersen. Em 14 de Março de 2002, o Ministério de Justiça norte-americano acusou a Andersen US de obstrução criminosa por ter destruído documentos da Enron. Esta série de acontecimentos comprometeram a reputação da Andersen e conduziram à desintegração da Andersen Worldwide. Em todo o mundo, as empresas que eram membros da rede da Andersen aderiram já ou anunciaram a sua adesão numa base nacional a uma das restantes quatro empresas de auditoria que subsistem. 2