Modelos de Redes em Camadas Prof. Gil Pinheiro GIL PINHEIRO 1 1. Arquitetura de Sistemas de Automação • • • • Sistemas Centralizados Sistemas Distribuídos Sistemas Baseados em Redes Arquitetura Cliente-Servidor GIL PINHEIRO 2 Sistemas Centralizados • Apenas uma CPU central (custo elevado) • Processamento centralizado • Software monolítico • Menor confiabilidade • Escalabilidade ruim • Exemplo: DDC (Direct Digital Control) GIL PINHEIRO 3 Sistemas Distribuídos • • • • • • • Diversas CPUs operam cooperativamente Processamento distribuído Controle efetuado nos controladores Maior confiabilidade Boa escalabilidade Requer comunicação entre CPUs Exemplo: SDCD GIL PINHEIRO 4 Arquitetura Cliente-Servidor Cliente Processo Cliente Requisição Servidor Processo Servidor Rede Resposta GIL PINHEIRO 5 Arquitetura Cliente-Servidor • Tarefas específicas e mais pesadas são executadas no servidor • Servidor atende a vários clientes • Clientes podem ser mais simples (pequenas CPUs, aplicações mais leves) • Servidores redundantes para aumentar confiabilidade • A comunicação é iniciada e terminada pelo cliente GIL PINHEIRO 6 Exemplo 1: Cliente-Servidor WEB • Cliente: software navegador (browser) • Servidor: WEB-Server com conexão a um CLP que recebe sinais de sensores WEB Server Rede Internet Cliente 1 CLP Cliente 2 Cliente 3 GIL PINHEIRO 7 Exemplo 1: Detalhe do Cliente e Servidor WEB [5] CLIENTE SERVIDOR INTERNET Formulário HTML Dados do Formulário Servidor HTTP Aplicativo CGI Página HTML EIA-232 CLP GIL PINHEIRO 8 Arquitetura Cliente-Servidor • Vantagens: – Clientes podem ser CPUs mais simples – Suporte a vários clientes (viabiliza redundância de IHM) – Software no cliente mais simples e mais leve – Consistência de informações entre os clientes GIL PINHEIRO 9 Arquitetura Cliente-Servidor • Desvantagens: – Muitas conexões clientes podem sobrecarregar servidor – Comunicação do servidor com a camada inferior (camada de controle) pode ser gargalo quando há vários clientes conectados – Servidor deve ser CPU de alto desempenho (veloz, com muita memória) – Necessita solução de redundância para aumentar confiabilidade, com chaveamento rápido entre CPUs GIL PINHEIRO 10 2. A Comunicação de Dados GIL PINHEIRO 11 2. A Comunicação de Dados • O que é Comunicação de Dados? • A Comunicação de Dados em Escritórios e na Indústria • Conceitos de Protocolos • Modelo em Camadas GIL PINHEIRO 12 A Comunicação dos Sistemas 0,1 m 1m 10 m 100 m 1 km 10 km 100 km 1000 km 10.000 km GIL PINHEIRO Placa Eletrônica Sistema Sala Prédio Campus Cidade Nação Continente Planeta Barramento Interno CLP Multicomputador LAN MAN WAN Internet 13 O que é Comunicação de Dados? • Transmissão eletrônica de informação entre computadores, controladores ou outros dispositivos eletrônicos • Há muitas aplicações da transmissão de dados em escritórios e na indústria (sistemas de produção de chão de fábrica) GIL PINHEIRO 14 Comunicação de Dados em Escritórios • Conexão de um PC a um computador (Host) via emulação de terminal • Redes Locais (LANs) • Comunicação com periféricos de computadores (impressora, scanner, modems, etc) • Internet e redes WAN (Wide Area Network) GIL PINHEIRO 15 Redes de Escritórios Estação Rede Internet Estação Estação Mainframe GIL PINHEIRO Estação Servidor 16 Redes de Automação Industrial Ethernet Ethernet H1 GIL PINHEIRO As-I/DeviceNet/DP/etc 17 Redes de Escritório e Automação • Requisitos Comuns das Redes de Escritório e de Automação Industrial – – – – – – – Performance adequada Segurança em diversos níveis Custo adequado Baseada em padrões Confiabilidade na comunicação Facilidade de acesso Facilidade de utilização GIL PINHEIRO 18 Redes de Automação • Requisitos Específicos de Redes Industriais – – – – – – Desempenho previsível Disponibilidade muito alta Operação em ambientes hostis Escalabilidade Facilidade de operação Facilidade de manutenção (mesmo por não especialistas em redes) – Alimentação de dispositivos pela rede • Algumas Redes de Automação usam adaptações de soluções de redes convencionais (Exemplo: IEC61850) GIL PINHEIRO 19 O que São Protocolos? • Protocolos são um conjunto de regras (padronizadas) que determinam como dois dispositivos vão se comunicar • Existem várias tarefas que um protocolo deve tratar, entre elas: – – – – – Detecção e correção de erros Roteamento de mensagens Criptografia e segurança Níveis de sinal entre dispositivos consistentes Endereçamento de rede GIL PINHEIRO 20 Existem Inúmeros Protocolos • • • • • • • • IEEE 802.3 TCP/IP SMTP FTP HTTP SNMP IEEE 802.11 HDLC GIL PINHEIRO • • • • • • • MODBUS DEVICENET PROFIBUS ASI EIA-485 EIA-232 FOUNDATION FIELDBUS 21 Protocolos em Camadas • Para organizar os protocolos e entender como ocorrem as interações entre diversos protocolos, foi criada uma arrumação em camadas • Protocolos com atribuições comuns pertencem à mesma camada • Exemplo: todos os protocolos que lidam com características físicas de um sinal (tensão, freqüência, tipo de cabo, conector) são agrupados na mesma camada GIL PINHEIRO 22 Modelo de Protocolo GIL PINHEIRO 23 3. O Modelo de Referência ISO/OSI GIL PINHEIRO 24 3. O Modelo de Referência ISO/OSI • • • • • • • • Introdução ao Modelo ISO/OSI Camada Física Camada de Enlace Camada de Rede Camada de Transporte Camada de Sessão Camada de Apresentação Camada de Aplicação GIL PINHEIRO 25 O Modelo de Referência ISO/OSI • Em 1977, a Organização Internacional para Padronização (ISO) propôs um modelo de referência de 7 camadas para organizar os protocolos de comunicação • É chamado de Modelo de Referência para Interconexão de Sistemas Abertos (OSI/RM) • Cada camada no modelo OSI tem uma função específica e agrupa protocolos similares nas mesmas camadas • Cada camada se comunica com a entidade de mesmo nível entre os nós da rede GIL PINHEIRO Aplicação Apresentação Sessão Transporte Rede Enlace Física 26 O Modelo de Referência ISO/OSI Unidade transferida entre as Camadas Camada ISO/OSI Aplicação Protocolo de Aplicação Aplicação APDU Apresentação Protocolo de Apresentação Apresentação PPDU Sessão Protocolo de Sessão Sessão SPDU Transporte Protocolo de Transporte Transporte TPDU Rede Rede Rede Rede Pacote Enlace Enlace Enlace Enlace Quadro Física Física Física Física Bit GIL PINHEIRO 27 Exemplo: Comunicação entre Camadas ISO/OSI GIL PINHEIRO 28 A Camada Física • Os protocolos dessa camada definem padrões físicos e aspectos elétricos dos sinais, tais como: – Freqüências – Modulação – Tensões – Topologias – Conectores – Cabos • É o aspecto mais importante em termos dos diagnósticos e da operação de uma rede (80 % dos problemas em redes industriais ocorrem na Camada Física) • Exemplos: EIA-232, EIA-485, Ethernet GIL PINHEIRO Aplicação Apresentação Sessão Transporte Rede Enlace Física 29 A Camada de Enlace • Fornece as regras para geração dos quadros, conversão dos sinais elétricos para dados, verificação de erros, endereçamento físico, controle de acesso ao meio, multiplexação, controle de fluxo • Todas as redes necessitam de uma camada de Enlace • Exemplos: HDLC, HART, Foundation Fieldbus GIL PINHEIRO Aplicação Apresentação Sessão Transporte Rede Enlace Física 30 A Camada de Rede • A camada de rede lida com o roteamento das mensagens através de uma rede complexa • Busca a melhor rota através da rede e também lida com restrições de enlaces e enlaces defeituosos. • A camada IP do TCP/IP é um exemplo de protocolo de camadas de rede • Outro exemplo é a camada IPX da rede Novell GIL PINHEIRO Aplicação Apresentação Sessão Transporte Rede Enlace Física 31 A Camada de Transporte • A camada de Transporte estabelece uma conexão confiável fim-a fim entre dois nós. Embutindo os detalhes das camadas física, de enlace e de rede • A camada de Transporte ordena os pacotes recebidos através da rede • A camadas TCP e UDP do TCP/IP são exemplos de protocolos de camada de Transporte • Outro exemplo é o protocolo NetBEUI (MSWindows) GIL PINHEIRO Aplicação Apresentação Sessão Transporte Rede Enlace Física 32 A Camada de Sessão • A camada de Sessão estabelece um diálogo, chamado conexão de sessão lógica, visando iniciar, retomar e encerrar transações de rede de maneira ordenada • Uma conexão de sessão é mapeada numa conexão de Transporte num dado instante • Uma conexão de sessão pode usar uma ou mais conexões de Transporte. Facilitando a recuperação de erros, na perda de uma conexão de Transporte. • Normalmente essa camada não é utilizada em redes de automação GIL PINHEIRO Aplicação Apresentação Sessão Transporte Rede Enlace Física 33 A Camada de Apresentação • A camada de Apresentação lida com formatos de dados, criptografia e segurança • Por exemplo, a camada de apresentação pode converter um dados inteiro de um CLP num formato ponto flutuante num SDCD • O protocolo ASN.1 (Abstract Syntax Notation) é utilizado pelo Foundation Fieldbus GIL PINHEIRO Aplicação Apresentação Sessão Transporte Rede Enlace Física 34 A Camada de Aplicação • São os protocolos específicos para aplicações de rede tais como: email, transferência de arquivos, OPC, ler registros num CLP • Não inclui a aplicação do usuário (p.ex: editor de texto, MS-Windows, Linux), mas apenas os serviços de comunicação • Exemplo: SMTP, HTTP, MODBUS, HART GIL PINHEIRO Aplicação Apresentação Sessão Transporte Rede Enlace Física 35 Problemas do Modelo OSI • As especificações OSI definem apenas o que fazer, mas não definem como fazer • Assim, protocolos que são OSI compatíveis não necessariamente se comunicam • É um modelo muito complexo para várias aplicações industriais, assim, algumas camadas não são utilizadas nessas aplicações • Apesar de tudo, fornece um ponto de partida para organizar os protocolos GIL PINHEIRO 36 Por Que 7 Camadas? • Mínimo: superior e inferior -- 2 • Necessidade de isolar a camada física. Camada de enlace -- 3 • Necessárias ações fim-a-fim (end-to-end) e salto-asalto (hop-by-hop). Camadas de transporte e de rede -- 5 • Camadas de sessão e apresentação sem tanta importância, normalmente ignoradas • São necessárias no mínimo 5 e no máximo 7 (excessivo) camadas GIL PINHEIRO 37 Exemplo 1: Protocolos MODBUS • Família de protocolos MODBUS: MODBUS-RTU, MODBUS-PLUS e MODBUS-TCP • MBAP = ModBus Application Protocol MBAP MBAP MBAP Comandos para ler e escrever em CLPs Não Utilizado Não Utilizado TCP Proprietário IP RTU HDLC Ethernet EIA-232/485, Wireless EIA-485 / Fibra ótica Ethernet GIL PINHEIRO Transporte via TCP Roteamento em redes complexas Controle de acesso, verif. de erros, endereçamento Padrões de cabeamento, elétrico, modulação 38