Classes Gramaticais Substantivos: São as palavras que nomeiam seres em geral, reais ou imaginários. Também designam lugares, estados, ações, etc. Exemplos: Substantivos comuns: carro, computador, cadeira, mesa... Substantivos coletivos: bando, assembleia, alcatéia, molho... Substantivos próprios: Ana, Carol, Brasil, Challis... Substantivos concretos: flor, janela, caneta, livro... Substantivos abstratos: amor, felicidade, ciúme, doença... Adjetivos: São palavras que qualificam e caracterizam seres e objetos em geral. Podem variar entre gênero (masculino/ feminino), número (singular/ plural) e grau (comparativo/ superlativo). Existem também as locuções adjetivas, formadas por duas ou mais palavras (preposição + substantivo), que assumem valor de adjetivo. Exemplos: Adjetivos: lindo, feio, estranho, maravilhoso, nojento, louco... Locuções adjetivas: de dinheiro (pecuniário), de chuva (pluvial), de velho (senil), de morte (mortal)... Artigos: São as palavras que se antepõem aos substantivos, variáveis em gênero e número. Exemplos: o, os, a, as, uma, umas, uns, um. Numerais: Palavras que indicam o número ou quantidade exata de pessoas ou coisas. Podem ser cardinais, ordinais, fracionários ou multiplicativos. Exemplo: três, quatro, cinco, segunda, terceira, dobro, triplo, metade, um décimo... Interjeições: São as palavras que expressam sensações e estados emocionais. Exemplos: De alegria: oba! De dor: ai! ui! De desejo: tomara! De alívio: ufa! Locuções interjetivas: macacos me mordam! Ora, bolas! Puxa vida! Quem me dera! Pronomes: Palavras que substituem, representam ou acompanham um substantivo. São classificados em: Pessoais do caso reto, do caso oblíquo, de tratamento: nós, vós, ele, Vossa Excelência... Demonstrativos: esse, essa, aquele, este... (Indicam a posição do objeto em relação à pessoa) Relativos: quem, onde, etc. Referem-se a elementos anteriormente citados. Exemplo 2: A pessoa a quem entreguei meu caderno era Rafael. Indefinidos: ninguém, vários, etc. Interrogativos: quanto? quem? Etc. Preposições: São as palavras que conectam termos de uma oração. Exemplos: de, para, até, perante, com... Exemplo 2: Adoro bolo de morango. Conjunções: São palavras que conectam duas orações, estabelecendo uma relação de subordinação ou coordenação. Exemplo: Não foi bem na prova, embora tivesse estudado. Verbos: São palavras que indicam ação, estado ou fenômeno da natureza. Exemplo: choveu, correu, gritou, sorriu, cantou, ficam, etc. Advérbios: São palavras que se associam a verbos, adjetivos ou a outro advérbio, indicando circunstâncias variadas como modo, lugar, tempo, causa, negação, intensidade, dúvida. Exemplos: aqui, vagarosamente, ontem, muito, etc. Ele come muito. Fui à escola ontem. FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO 1. FRASE É uma palavra ou um conjunto de palavras que tem sentido completo e organizado, estabelecendo comunicação entre duas ou mais pessoas. Sejam bem-vindos à nossa cidade. Vencerás, não morrerás. Ou Vencerás? Não, morrerás. A frase, de acordo com a construção, pode ser verbal ou nominal. Frase nominal: Não há presença de verbo. Ex: Que mulher elegante! Bom dia, pessoal! Frase verbal: Há presença de verbo. Ex: Que mulher elegante eu vi ontem. O dia está bonito. 2. ORAÇÃO É o enunciado que contém um verbo ou uma locução verbal. Atenção: Nem toda frase é oração. Por Exemplo: Que dia lindo! Este enunciado é frase, pois tem sentido. Este enunciado não é oração, pois não possui verbo. 3. PERÍODO É uma frase verbal formada por uma ou mais orações. PERÍODO SIMPLES: Frase verbal formada por uma única oração, ou seja, por um único verbo. É também chamada de Oração Absoluta. Ex: As crianças brincam. O amor é eterno. Nós precisamos de paz. PERÍODO COMPOSTO: Frase verbal formada por duas ou mais orações. Ex: As crianças brincam e os adultos trabalham. Eu vou embora e você fica aqui. Eu já vou indo porque preciso estudar. NÍVEIS DA LINGUAGEM Linguagem regional - é carregada de influências locais, do ponto de vista vocabular, fonológico e cultural. Imagine um nordestino conversando com um gaúcho e observe as diferenças de linguagem empregada. Linguagem popular - é a de uso comum e espontâneo do povo. Pode se apresentar carregada de vícios de linguagem, gírias e é, frequentemente, distante das normas gramaticais. Linguagem culta - É a linguagem que serve de veículo de informação e comunicação entre pessoas com bom grau de instrução, independente da classe social, e procura seguir rigidamente os padrões gramaticais vigentes. Linguagem literária ou poética - tem características próprias da linguagem e do sentimento expressado. Linguagem técnica ou científica - é mais usada entre membros de uma mesma área técnica ou científica. REDAÇÃO DISSERTAÇÃO É a exposição de opiniões a respeito de um determinado assunto. Dissertar é, pois, analisar de maneira crítica, situações diversas, questionando a realidade e apresentando nosso posicionamento diante dela. A dissertação, por isso, pressupõe: - exame crítico do assunto sobre o qual se vai escrever; - raciocínio lógico; - clareza, coerência e objetividade na exposição. ESTRUTURA : INTRODUÇÃO - DESENVOLVIMENTO - CONCLUSÃO INTRODUÇÃO É a apresentação do assunto. O parágrafo introdutório caracteriza-se por apresentar uma ideia-núcleo por meio de uma afirmação, interrogação, definição, citação, etc., combinados ou não entre si. DESENVOLVIMENTO É a análise crítica da ideia central. Pode ocupar vários parágrafos em que se expõem juízos, raciocínios, provas, exemplos, testemunhos históricos e justificativas que argumentem a ideia central proposta no primeiro parágrafo. CONCLUSÃO É o ponto de chegada da discussão, a parte final do texto em que se condensa o conteúdo desenvolvido, reafirma-se o posicionamento exposto na tese ou lança-se perspectiva sobre o assunto. Um meio adequado de bem concluir é aquele em que sintetizamos o assunto nos termos em que foi proposto ou questionado na etapa introdutória. A redação só deve ser intitulada depois de concluída. Não há necessidade de sublinhar o título ou de colocá-lo entre aspas. Só coloque pontuação, se houver verbo. Título simples não complica nota. Frases nominais. LEMBRETES PARA A PRODUÇÃO DE SEU TEXTO 1. Antes de começar a escrever, faça um esquema de seu texto, dividindo em parágrafos as ideias que pretende expor. Isso evita repetição ou esquecimento de alguma ideia; 2. Cheque se os pontos de vista que você vai defender não são contraditórios em relação à tese. Elabore as relações de causa e consequência ou os pontos positivos e negativos do tema; 3. Não fuja do tema proposto; 4. Não escreva sobre o que você não conhece, nem utilize sua redação para fins doutrinários; 5. Use a linguagem padrão em seu nível culto; 6. Não empregue palavras cujo significado seja desconhecido para você; 7. Evite lugar-comum: frases feitas e expressões cristalizadas, como a pureza das crianças , a sabedoria dos velhos , etc. evite também gírias e a palavra coisa (procure o vocábulo adequado a cada ideia); não use etc .; não abrevie palavras; 8. Evite expressões do tipo belo, bom, mau, incrível, péssimo, triste, pobre, - são juízos de valor sem carga informativa, imprecisos e subjetivos; 9. Não “encha linguiça”! Cada palavra deve ser fundamental e informativa na redação. 10. Não aumento o tamanho da letra para dar a impressão de que escreveu bastante. Isso indispõe o avaliador; 11. Não repita ideias, tentando explicá-las. Se você escrever com clareza, uma só vez basta; 12. Não se desculpe dizendo que não escreveu mais porque o tempo foi pouco; 13. Se usar uma pergunta na tese, responda-a ao longo do texto. Evite interrogações na argumentação e na conclusão. Para aprofundar seus argumentos, use exemplos: fatos notórios ou históricos, conhecimentos geográficos, cifras aproximadas e informações adquiridas por meio de leitura, estudo e aquisições culturais (bagagem cultural); 16. Não empregue a primeira pessoa do singular; 17. Centralize o título (só use aspas se for citação); 18. Não exceda o limite máximo de linhas; nem fique aquém do limite mínimo; 19. Fundamente os argumentos, mas nunca use exemplos pessoais; Crase - resumo prático CASOS EM QUE SE EMPREGA A CRASE NA FRASE: O que é crase? É a fusão de (a+a = à), portanto o verbo pedirá uma posição junto com uma palavra feminina. Ex: Irei à festa de Sabrina. (à = a+a) Comemos a maçã inteira. Regra geral: Se der para trocar a palavra feminina por uma masculina e para obter coerência na frase for preciso usar (ao), haverá crase no A. Ex: Refiro-me às candidatas do concurso. ( aos candidatos) Se emprega a crase: 1) Na indicação de LUGAR: > Se vou “a” e volto “da”, crase no à. > Se vou “a” e volto “de”, crase pra que ? (a). Ex: Cheguei a São Paulo. Fomos à Itália. 2) Na indicação de HORAS: > Se der para trocar as horas por “ao meio-dia” = À > Se der para trocar as horas por “ o meio-dia” = A Ex: Voltamos às duas horas da madrugada. (Voltamos ao meio-dia) Estou aqui desde as cinco da manhã. (Estou aqui desde o meio-dia) 3) Antes das locuções verbais femininas: >Indicam tempo, modo, lugar, dúvida. Ex: Virei à esquerda da rua. Gosto de andar a pé. > (pronome masculino) Comprei à vista. 4)Nas expressões que indicam “A MODA DE”: Ex: Fez um gol à Ronaldinho. Bife à cavalo. OBS.: Só se usa crase antes da palavra “Casa”, se estiver especificando. Ex: Volto a casa desanimado. Fomos à casa de Pedro ontem. CASOS EM QUE NÃO OCORRE A CRASE NA FRASE: 1) Antes de verbo: Ex: Comecei a chorar, quando cheguei. Voltamos a caminhar, ontem à noite. 2) Entre palavras repetidas: Ex: Face a face. Boca a boca. 3) Antes de palavras no plural, mantendo-se no singular. Ex: Adoro assistir a comédias. (Se o “a” fosse colocado no plural, receberia crase. Ficando assim > “às”)