INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM SAÚDE E SUAS INTERFACES COM O
PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO
Patrícia Martiliano Batista 1
Débora de Matos Costa 2
Nayara Ariane L. Gonçalves 3
Gilvânia Smith da Nóbrega Morais 4
RESUMO: Os grandes benefícios introduzidos pela tecnologia na área da saúde são
indiscutíveis. Facilitam a atuação dos profissionais e, principalmente, beneficiam o
paciente, que a cada dia, tem ao seu alcance recursos tecnológicos surpreendentes que
possibilitam um diagnóstico e tratamento mais precisos. Desse modo, o progresso
tecnológico está sendo fundamental para a resolutividade de problemas e para a
manutenção da vida humana, mas com todo esse aparato tecnológico, surgem dilemas
éticos detectados e evidenciados diariamente pelos profissionais de saúde que passam a
valorizar mais a técnica e o recurso tecnológico em detrimento do respeito à vida;
oferecendo uma atenção discriminatória, insensível ao sofrimento do cliente que se
encontra fragilizado pelo processo de adoecimento que vivencia. Assim o presente estudo
de natureza bibliográfica tem como objetivo discutir acerca da interface entre inovação
tecnológica e o processo de humanização que por sua vez pressupõe, em primeiro lugar, a
compreensão do significado da vida do ser humano preservando a sua dignidade, o que não
é tarefa fácil, pois envolvem muitos fatores, além de princípios éticos, aspectos culturais,
econômicos, sociais e educacionais. Este estudo nos permitiu compreender que e
necessária uma postura mais crítica sobre o uso da tecnologia, buscando atender as
necessidades do paciente, independente do uso da alta tecnologia. Nessa perspectiva cabe
aos cuidadores manter-se sempre junto aos clientes, fazendo uso de todo recurso
tecnológico e científico necessários ao seu diagnóstico e tratamento sem deixar de lado o
cuidado humano. Surge assim a necessidade de trilharmos caminhos onde possamos
demonstrar não só com significados, mas também com ações o processo do cuidar
humanizado em saúde.
PALAVRAS CHAVES: Inovação. Tecnologia. Humanização da assistência.
Considerações Iniciais
A industrialização trouxe consigo, além da modernização, o avanço tecnológico e
a valorização da ciência em detrimento do homem e de seus valores. Este avanço
tecnológico estendeu-se para a área da saúde, com a introdução da informática e do
aparecimento de aparelhos modernos e sofisticados que trouxeram muitos benefícios e
rapidez na luta contra as doenças.
1
Relatora. Estudante do Curso de Bacharelado em Enfermagem do Centro de Educação e Saúde da Universidade Federal de Campina
Grande (CES/UFCG). Cuité-PB. E-mail: [email protected]
2
Estudante do Curso de Bacharelado em Enfermagem do CES/UFCG. Cuité. Paraíba.
3
Estudante do Curso de Bacharelado em Enfermagem do CES/UFCG. Cuité. Paraíba
4
Orientadora. Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba. Docente do Curso de Bacharelado em
Enfermagem do CES/UFCG.
Essa tecnologia moderna, criada pelo homem a serviço do homem, tem
contribuído em larga escala para a solução de problemas antes inimagináveis melhorando
as condições de vida e saúde do paciente (BARRA et al., 2006).
Nessa perspectiva, a tecnologia enquanto objeto material e instrumental derivado
do conhecimento científico e utilizado para a transformação intencional de uma realidade
concreta pode ser considerada elemento de fundamental importância para a melhoria da
assistência à saúde.
Contudo é importante ter claro que as inovações tecnológicas no campo das
ciências médicas e biológicas que resultaram em importantes benefícios para o ser humano
com melhoria nas condições de cuidado à saúde suscitam a qualificação e o aprimoramento
dos membros da equipe. Por outro lado,
[...] Considera-se que o desenvolvimento tecnológico, associado ao
trabalho e às formas de organização da produção, vêm dificultando as
relações humanas, tornando-as frias, objetivas, individualistas e
calculistas, enfim, pouco humanas. Reconhece-se a importância, a ênfase
e a relação dicotômica historicamente existente entre tecnologia e
humanização, especialmente sobre a produção de bens e sua utilização
em saúde e, conseqüentemente, na Enfermagem (ARONE; CUNHA,
2007, p. 722).
Mesmo conhecendo as inúmeras contribuições da tecnologia na área da saúde, no
que diz respeito à utilização de equipamentos, agilidades no diagnóstico e terapêutico
qualificado não podem deixar de apontar que o uso de tecnologias, no âmbito da saúde tem
merecido críticas haja vista que o avanço tecnológico que vem ocorrendo com grande
magnitude tem colaborado para a desvalorização de cuidados humanizados, já que às
vezes, pelo fato de haverem mais possibilidades de monitoramentos e tratamentos, as
pessoas vão deixando de lado as relações interpessoais que perpassam pelo ato de cuidar.
É incabível saber que máquinas estão realizando intervenções terapêuticas para as
quais se fazem necessários ainda alguns contatos humanos, palavras de carinho, de
esperança e de afeto, insubstituíveis mesmo com toda a tecnologia do mundo.
Desse modo observa-se que apesar das conquistas insurgidas com os avanços
técnico-científicos no âmbito assistencial seu uso desenfreado contrapõe-se a política de
humanização principalmente no que diz respeito às relações entre os profissionais de saúde
e os usuários do sistema de saúde.
Sentindo-se a necessidade de melhor compreender esta dicotomia nos propomos a
desenvolver o presente estudo cujo objetivo é discutir acerca da interface entre inovação
tecnológica e o processo de humanização.
Percurso Metodológico
Toda pesquisa implica o levantamento de dados de variadas fontes, quaisquer que
sejam os métodos ou técnicas empregados. Os dois processos pelos quais se podem obter
os dados são a documentação direta e a indireta (MARCONIS; LAKATOS, 2008).
A primeira constitui-se em geral, no levantamento de dados, e a segunda serve-se
de fontes de dados coletados por outras pessoas, podendo constituir-se de material já
elaborado ou não, divide-se em pesquisa documental (ou fontes primárias) e pesquisa
bibliográfica ou de fontes secundárias (MARCONIS; LAKATOS, 2008).
A pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias é a que especificamente
interessa a este trabalho e envolve o levantamento de bibliografia já publicada, em forma
de livros, revistas, publicações avulsas e impressa escrita.
A pesquisa bibliográfica pode ser considerada um procedimento formal com
métodos de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no
caminho para se conhecer a realidade ou descobrir verdades parciais. Significa muito mais
do que apenas procurar a verdade: é encontrar respostas para questões propostas, utilizando
métodos científicos. Especificamente é “um procedimento reflexivo sistemático,
controlado e crítico que permite descobrir novos fatos ou dados ou leis, em qualquer
campo de conhecimento” (ANDER-EGG, 1978, p. 28).
Segundo Marconis e Lakatos (2008) a pesquisa bibliográfica compreende oito
fases distintas (escolha do tema; identificação; localização; compilação; fichamento;
análise e interpretação e redação) as quais foram utilizadas para operacionalização deste
trabalho conforme exposto a seguir:
1)
Escolha do tema: A escolha do tema se deu através do nosso interesse
acerca do assunto o qual vem sendo cada vez mais discutido no âmbito da saúde. E
também pela disciplina de humanização em saúde, no curso de enfermagem da
universidade federal de campina grande, onde foram debatidos diversos temas relacionados
á humanização, que nos despertou o interesse do tema proposto.
2)
Elaboração do plano de trabalho: a elaboração do plano de trabalho
ocorreu após coleta de dados bibliográficos, quando já dispúnhamos de mais subsídios para
elaboração do plano definitivo. No plano de trabalho elaborado é possível observa a
estrutura de todo o trabalho científico: introdução, desenvolvimento e conclusão.
3)
Identificação: esta fase correspondeu à etapa de reconhecimento do assunto
pertinente ao tema em estudo. Para tanto inicialmente as autoras fizeram uma pesquisa
relacionada ao tema, em periódicos e livros, posteriormente, realizaram este mesmo
levantamento utilizando como recurso o sumário ou índice, além dos abstracts de trabalhos
científicos contribuindo, pois para verificação da bibliografia existente, acerca do tema
exposto.
4)
Localização: considerando o levantamento bibliográfico relacionado à
temática proposta para o estudo que possibilitou a identificação de obras, passou-se à
localização dos periódicos e livros nos arquivos da Biblioteca do Centro de Educação em
Saúde, no arsenal bibliográfico das próprias pesquisadoras e nas fontes dados disponíveis
on-line.
5)
Compilação: nesta fase procedeu-se a reunião sistemática de tido material
disponível e encontrada para o desenvolvimento da pesquisa e que foram usados para a
construção do texto.
6)
Fichamento: à medida que o trabalho foi sendo pesquisado, foram
transcritos os dados em fichas, com o máximo de exatidão e cuidado, isso nos permitiu
uma melhor organização e ordenação do assunto.
7)
Análise e interpretação: a fase da análise e da interpretação é a crítica do
material bibliográfico, para tanto foi dado um juízo de valor ao material científico utilizado
na elaboração do trabalho.
8)
Redação: A última fase utilizada foi à redação final do estudo que ocorreu
após a identificação de lacunas com que concerne a estrutura e conteúdo.
Revendo a Literatura
O termo humanização tem sido empregado constantemente no âmbito da saúde. A
humanização vai além de palavras, ela está nos gestos de quem cuida, e é percebida pelos
nossos clientes internos e externos que têm algum grau de responsabilidade para com o
outro.
A humanização é à base de um amplo conjunto de iniciativas não possuindo uma
definição mais clara, mas geralmente designando a forma de assistência que valoriza a
qualidade do cuidado do ponto de vista técnico, associada ao reconhecimento dos direitos
do paciente, de sua subjetividade e cultura, além do reconhecimento do profissional. Neste
sentido, “a humanização é vista como a capacidade de oferecer atendimento de qualidade,
articulando os avanços tecnológicos com bom relacionamento.” (DESLANDES, 2004).
Não adianta dispor de uma alta tecnologia para um atendimento com grande
eficácia, se não possuir um mínimo de humanização, pois este binômio tecnologia e
humanização devem estar sempre junto, sem um deles a assistência se torna fragmentada.
Para alguns estudiosos, o termo tecnologia tem ampla conotação e se refere às
técnicas, métodos, procedimentos, ferramentas, equipamentos e instalações que
possibilitam a realização e obtenção de um ou vários produtos e implicam no quê, por que,
para quem, e no como fazer.
Nesta concepção, a tecnologia atende tanto à categoria de produto - cujos
resultados são tangíveis e identificáveis: equipamentos, instalações físicas, ferramentas,
materiais; quanto à de processo - que constituem as técnicas, métodos e procedimentos e
servem tanto para gerar conhecimentos a serem socializados, como para reconhecer
processos e produtos, transformando sua utilização empírica em uma abordagem científica.
Para garantir os resultados para os quais a tecnologia foi desenvolvida e
incorporada, é preciso gerar nas equipes, principalmente na de Enfermagem, segurança,
redução de estresse e estímulo, melhorando o desempenho operacional sem esquecer-se do
pessoal.
Esses conhecimentos são necessários para otimização dos trabalhos a serem
realizados por toda a equipe nos espaços, atividades e intervenções em que estão inseridos.
Nesta perspectiva, o enfermeiro deve estar em permanente processo de
capacitação técnica, aprendendo e pesquisando, conhecendo as novas tecnologias,
identificando seus conceitos, além de ser um profissional competente para integração e
aplicação dos mesmos, na incorporação, na utilização e avaliação tecnológica dos produtos
de seu serviço e área de atuação. Nesse sentido, Arone e Cunha (2007, 722) afirmam que:
[...] Compartilhando da opinião que a tecnologia desenvolvida deve estar
a serviço do homem e, especialmente presente no contexto hospitalar, é
imprescindível que ela seja dominada pelos profissionais, como garantia
de uso seguro e eficaz, sem gerar estresse para quem a utiliza ou opera
possibilitando que valores humanitários prevaleçam sobre as práticas
tecnicistas, tão combatidas. [...]
As tecnologias em saúde são classificadas em três tipos: tecnologias duras que são
constituídas por equipamentos do tipo máquinas, normas, rotinas; tecnologias leve-duras
são os saberes estruturados, como a fisiologia, anatomia, clínica médica e as tecnologias
leves que estão relacionadas com o conhecimento da produção das relações entre sujeitos,
vínculo e acolhimento (LOPES et al., 2009).
As tecnologias leves contemplam a existência de um objeto de trabalho dinâmico
e não mais estático, exige do enfermeiro uma capacidade diferenciada no olhar,
criatividade, escuta sensível com ênfase em um cuidar humanizado em saúde.
Contudo, convivemos com freqüência em ambientes pouco humanizados,
cujo funcionamento é quase perfeito quanto à técnica, porém
desacompanhado, muitas vezes, de afeto, atenção e solidariedade,
transformadas em “objetos” e fonte de lucro, perdendo sua identidade
pessoal, ficando dependentes e passivas, à espera do “poder científico”
que os profissionais de saúde julgam ter, isso repercute no ambiente
hospitalar, transformando-o num centro tecnológico onde os
equipamentos são facilmente reverenciados e adquirem vida, enquanto as
pessoas são por isso “coisificadas”. (BERTACHINI; PESSINI, 2006,
p.91).
Por isso, partindo de algo concreto, sem resposta predeterminada, precisamos
repensar a imprescindível humanização nas instituições hospitalares a partir do uso da
tecnologia leve, sem esquecer-se das tecnologias dura e leve-dura.
[...] Para dar conta desse cuidado o enfermeiro pode inserir-se nos
processos de trabalho, ocupando todos os espaços que lhe dizem respeito,
quer seja junto ao usuário ou às equipes de saúde, de forma consciente e
direcionada, às necessidades especificas dos sujeitos em busca da
humanização, ou seja, de relações dialógicas que proporcionem
desenvolvimento de cada pessoa, nas quais a individualidade, as crenças,
as características pessoais, a linguagem, entre outras coisas, sejam
respeitadas. (FREIRE, 2000, p. 56).
É importante salientar que, para colocar o indivíduo no centro do processo de
trabalho no contexto da saúde, é imprescindível que estejam inclusos na concepção de
resolutividade não apenas os ganhos e curas obtidas através da eficiência técnica e
científica, mas também o respeito à integridade e dignidade dos indivíduos que utilizam os
serviços de saúde.
A assistência hospitalar necessita da ação de uma equipe
multiprofissional integrada e, dentro dessa equipe, o enfermeiro
desempenha papel fundamental, visto que lidera o maior grupo de
profissionais envolvidos na assistência direta e ininterrupta ao cliente nas
24hs, onde a tecnologia hospitalar está envolvida, exigindo coordenar,
treinar e supervisionar a utilização correta e otimizada do potencial
tecnológico sob sua responsabilidade, garantindo e promovendo um
ambiente, interação e atuação humanizada. (ARONE; CUNHA, 2006,
571).
Portanto, é importante que o enfermeiro saiba “cultivar” a relação com o usuário,
seja capaz de acolhê-lo, escutá-lo, de considerar o indivíduo em suas particularidades e
demonstrar real interesse para concretizar o cuidado humanizado, a fim de melhorar as
condições de saúde e de vida da população.
Desta forma, é necessária uma postura crítica e reflexiva sobre a utilização da
tecnologia pelos profissionais e instituições de saúde buscando uma atenção em saúde com
ênfase nas necessidades do paciente como um todo, independente do uso de alta
tecnologia.
Considerações Finais
No mundo capitalista e globalizado de hoje, as tecnologias são utilizadas com fins
econômicos, sobrepujando, muitas vezes, os padrões éticos e técnicos. O paradigma da
tecnologia estimula o componente técnico, a valorização da tarefa e da destreza manual do
profissional.
O fazer e a utilização de equipamentos são um modismo cada dia mais
incrementado no ambiente hospitalar. Nessa situação, qualquer reflexão ética sobre o
assunto é difícil e complicada.
Contudo, a utilização de técnicas e da tecnologia, no cuidado, não tem sentido se
não estiverem integradas ao processo relacional. A tecnologia é imprescindível, mas deve
ser questionada, a luz de princípios éticos quanto a sua utilização e ao sentido de seu uso.
Mesmo com sua acentuada conotação comercial, os equipamentos têm seu valor, desde que
resguardados os princípios técnicos e humanos indispensáveis, tanto no diagnóstico como
no tratamento, na manutenção e, sobretudo, na valorização da vida. Os valores técnicos e
econômicos não devem jamais se sobrepor aos princípios humanos e éticos
(BERTACHINI, PESSINI, 2006, p.92).
Segundo Destarte, deve haver uma integração entre o homem e as máquinas, para
que as tarefas sejam realizadas harmonicamente, e assim, gere benefício e satisfação para
os usuários e os profissionais. A tecnologia quando usada em favor da saúde contribui
diretamente com a qualidade, eficácia, efetividade e segurança da assistência, em outros
termos quando usada de maneira adequada cria condições que contribuem para um viver
mais saudável entre os indivíduos que na sociedade são produtos e produtores. Assim
acreditamos que há espaço para a tecnologia e o cuidado ético/humanizado.
A efetivação de uma atenção humanizada exige dos profissionais não somente a
habilidade técnica, mas a competência pessoal. Para tanto, faz-se necessário reconhecer a
humanidade do outro e a capacidade de interagir, de manifestar e expressar
intencionalidade e solidariedade a partir de um agir impregnado de ética e humanidade,
sempre aliado ao uso das tecnologias.
Refletir acerca da inovação tecnológica e do processo de humanização em saúde
pode fornecer instrumentos, novos olhares, tornar inteligíveis determinadas situações,
contribuindo para que o profissional tenha um olhar diferente daquele que a prática lhe
impõe.
A natureza complexa desse tema exige dos profissionais questionamentos sobre o
significado de sua atenção centrada no fazer técnico e na tecnologia. Não é possível,
porém, negá-la ou abandoná-la. Ela faz parte do mundo hospitalar. O que não pode
acontecer é relegar a dimensão humana à sombra da tecnologia, priorizando a técnica, o
equipamento e a medicação.
É claro que não podemos ignorar a tecnologia, seu valor e sua utilidade.
Seria a involução no atendimento à saúde, todavia, dentro do panorama
existente, faz-se necessário rever a postura tecnicista difundida no
ambiente hospitalar, compatibilizando humanização e utilização da
máquina transcendendo o procedimento e a técnica. E esse é o maior
objetivo que alimentamos e em direção do qual estamos caminhando
(BERTACHINI; PESSINI, 2006, p.93).
Vale salientar que as questões aqui levantadas não têm a intenção de atribuir à
tecnologia todos os problemas existentes na sociedade e perceptíveis nas instituições
hospitalares. Nossa proposta é que se aproveitem os atuais momentos, em que a sociedade
discute sobre esses temas, para a partir daí refletir a cerca dos avanços e inovações, que
vem a beneficiar a todos aqueles que dela necessitarem, respeitando os valores éticos,
necessários e justos para uma atenção holística e acima de tudo humanística e saúde.
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