HIGIENE E SAÚDE- Profª Laudmila Rangel 1- CONCEITOS E OBJETIVOS Ciência é compreendida na atualidade como “bom senso” e entendida como a perfeita aplicação da razão. Ciência supõe atividade mental, isto é, “pensamento científico e prática”. Afirma-se que a ciência é à base do progresso humano. Quando o homem se posiciona na solução inteligente, teórica ou prática de seus problemas com intuito de beneficiar e dignificar a humanidade, ele é um homem de ciência, sua atitude é científica. A verdadeira ciência tem objetivo primordial o bem da humanidade. Quando a ciência e a tecnologia são deturpadas provocando dano à natureza, ao meio ambiente, ao ser humano em qualquer fase de sua vida, assistimos fenômenos contrários à verdadeira ciência. Higiene e profilaxia têm como objetivos a conservação da saúde e prevenção da doença. Inegavelmente, saúde é o maior bem que o ser humano aspira obter. Ela é tida como uma vitória do indivíduo em si mesmo e sobre o meio que o cerca. A Carta da Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovada em 1948 sobre os Direitos da Pessoa Humana declara que a Saúde é a completa bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade. A Constituição Brasileira de 1988 do artigo 196, afirma: A SAÚDE É DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO, GARANTINDO MEDIANTE POLÍTICAS SOCIAIS E ECONÔMICAS QUE VISEM À REDUÇÃO DO RISCO DE DOENÇA E DE OUTROS AGRAVOS E AO ACESSO UNIVERSAL E IGUALITÁRIO ÀS AÇÕES E SERVIÇOS PARA SUA PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO. SAÚDE Conceito: Segundo a OMS saúde é o bem estar físico mental e social. PROMOÇÃO, HIGIENE Repouso e higiene são necessidades básicas do corpo, essenciais para a saúde. O repouso adequado contribui para recuperar o organismo do desgaste natural do dia-a-dia, e das perdas excessivas, provocadas pela correria dos tempos modernos. A higiene deve ser feita com relação ao corpo e ao meio ambiente, e mantida nas melhores condições, sendo, até mesmo, importante para a parte emocional do ser humano. Identificando e evitando desgastes Além de repousar, é necessário que cada pessoa faça uma análise de seu estilo de vida, para identificar e evitar o desgaste excessivo, que pode ser devido a fatores pessoais, como por exemplo: 1- Não saber dizer "não" e aceitar sobrecargas de trabalho. 2- Não admitir seus próprios limites. 3- Querer fazer o trabalho de todas as pessoas por achar que ninguém é capaz. 4- Excesso de ambição para conquistar coisas materiais, etc. ORGANIZE SUA VIDA E EVITE DESGASTES EXCESSIVOS O desgaste pode ser do corpo e da mente, um afetando o outro, uma vez que o organismo é uma unidade. Fortalecendo o corpo É importante ter hábitos de vida que fortaleçam o corpo e a mente, para evitar que sofram problemas. Quais os Hábitos que fortalecem o corpo? São estes orientados pelo Programa Vida e Saúde: manter o corpo bem oxigenado (atividade física, bom ar ambiente e respiração profunda), bem hidratado (2 a 4 litros de água por dia), bem nutrido (uso de bastante vegetais), desintoxicado (isento de substâncias artificiais), exercitado (caminhada rotineira). Fortalecendo a mente Quais os Hábitos que fortalecem a mente? Ter uma distração, uma higiene mental, ter amigos, conversar sobre assuntos agradáveis, evitando os desagradáveis, sorrir, distrair-se, estar alegre, orar e ter fé em Deus, confiar e entregar-se a Ele. Servir ao próximo, dentro de suas possibilidades, é uma condição que gera muita satisfação e bem estar. Estas práticas fortalecem a pessoa e a tornam mais resistente aos problemas. O repouso físico: O repouso pode ser físico e mental e ambos devem ser observados. Observe o repouso adequado para o seu corpo. Deus, em sua sabedoria e perfeição, criou a noite e o fim de semana, especialmente destinados para o repouso, a recuperação, uma vez que ele conhece nossas limitações e os desgastes impostos por essa vida difícil, diferente daquele planejou. Após o almoço: É muito bom para a sua saúde que você faça um pequeno repouso depois do almoço. Vai descansar o corpo, recuperar os desgastes da manhã, e preparar o corpo para mais um período de trabalho. Vai melhorar o rendimento no trabalho e até melhora o relacionamento entre as pessoas, diminui os acidentes, melhora a qualidade da produção. Existem empresas proporcionando um descanso, após o almoço, aos seus funcionários, na própria empresa, criando condições para que façam um relaxamento, dêem um cochilo, uma breve dormida de 20 a 30minutos. A Noite é para descansar e dormir. Jante cedo e coma pouco no jantar. Evite fazer trabalhos, ver filmes ou fazer leituras estressantes à noite. Prepare-se para dormir mantendo-se relaxado, sem estímulos que lhe deixem agitado. Vá para a cama somente na hora de dormir. Um banho morno ajuda a relaxar. O Fim de Semana têm uma importância muito grande, serve também como um repouso para nossa mente. As férias, também devem ser usadas para recuperar o organismo dos desgastes da vida. Tire férias que sirvam para relaxar e descansar e não para cansar mais ainda. O repouso mental: Descansar das preocupações, dos problemas, não pensar neles nos momentos de repouso. Não adianta alimentar os problemas pensando neles às 24 horas do dia. Ao contrário, isso vai alterar o equilíbrio da pessoa e criar ainda mais dificuldades para encontrar soluções. A correria, a pressa. Uma prática que determina muito desgaste para o corpo e a mente é o fazer as coisas com pressa. A pressa faz com que hormônios sejam liberados no organismo, especialmente adrenalina, determinando um estado de tensão muito desgastante. Para evitar a pressa: 1- NÃO SE ATRASE PARA OS COMPROMISSOS. 2- NÃO ASSUMA EXCESSO DE COMPROMISSOS. 3- PROGRAME SEUS COMPROMISSOS. FAÇA UMA COISA DE CADA VEZ. 2- ÁREAS ABRANGENTES A) Higiene individual Compreende o estudo das diversas fases da evolução do indivíduo. Ocupase dos cuidados que ele deve ter com o corpo, vestuário, alimentação, trabalho, tanto físico como mental. B) Higiene coletiva Abrange o estudo do meio em que o homem vive, com os recursos da salubridade para a vida coletiva, considerada esta sob os seus diferentes aspectos a vida urbana, vida rural, vida militar e etc. 3- SINAIS DE SAÚDE Embora variem com a raça e idade, estabeleceu-se um relativo padrão de sinais de saúde. SINAIS ANATÔMICOS: Postura correta em pé ou sentada: É uma convenção adotada em anatomia para descrever as posições espaciais dos órgãos, ossos e demais componentes do corpo humano. Na posição anatômica, o corpo estudado deve ficar ereto (de pé), calcanhares unidos, com os olhos voltados para o horizonte, os pés também apontados para frente e perpendiculares ao restante do corpo, braços estendidos e aplicados ao tronco e com as palmas das mãos voltadas para frente (os dedos estendidos e unidos). Deve-se notar que não é a posição normal dos braços, que normalmente ficariam em torção mais ou menos medial (com as palmas voltadas para o corpo, em pronação). É uma posição em que há consumo de energia. Músculo Os músculos são os tecidos responsáveis pelos movimentos dos animais, tanto os movimentos voluntários, com os quais o animal interage com o meio ambiente, como os movimentos dos seus órgãos internos, como o coração ou o intestino. Os músculos são constituídos por tecido muscular e caracterizamse pela sua contratilidade, funcionando pela contração e extensão das suas fibras. Pele e mucosa A pele ou tegumento fornece a proteção externa do corpo, regula sua temperatura e agem como órgão sensorial para a dor, temperatura e toque. A avaliação do sistema tegumentar inclui a pele, cabelos, couro cabeludo e unhas. O profissional deve inicialmente observar todas as superfícies da pele e avalia-la gradualmente enquanto são examinados outros sistemas do corpo. Ele utiliza os achados da avaliação para determinar os tipos de medidas de higiene necessários para a manutenção da integridade do tegumento. Dois métodos de avaliação física, a inspeção e a palpação, são utilizados para medir a função e integridade do tegumento. Pele, Cabelo e Couro Cabeludo. E fundamental que a região da pele em exame esteja absolutamente iluminada durante o processo. O exame começa com a inspeção da coloração da pele, umidade, temperatura, textura e turgor. Deve-se observar cuidadosamente a presença de edemas ou quaisquer lesões. A coloração da pele varia de pessoa para pessoa e também conforme a região do corpo. A pigmentação da pele normal varia, quanto à tonalidade, do marfim ao marrom escuro. O profissional deve aprender a direcionar a inspeção para as regiões de pigmentação anormal e para os locais onde as anormalidades são mais facilmente identificadas. A hidratação da pele e das membranas mucosas ajuda a revelar a concentração líquida do corpo, alterações no tegumento e a regulagem da temperatura corpórea. Pele excessivamente seca pode indicar desidratação ou uso de quantidades excessivas de sabão durante o banho. A transpiração revela a tentativa do organismo em promover a perda de calor. As pontas dos dedos são utilizadas para sentir a umidade da pele. Aquilo que parece estar fino e úmido pode ser na realidade espesso e oleoso. Se houver quaisquer lesões com drenagem liquida, deve-se, observar a coloração, odor, quantidade e consistência. A temperatura da pele e mais corretamente avaliada palpando-se a pele com o dorso da mão; ela pode ser a mesma em todo o corpo ou pode variar em uma região especifica. A avaliação da temperatura da pele e básica, sempre que o paciente tiver risco de apresentar interrupção de circulação. O profissional deve determinar se a pele do paciente e lisa ou enrugada por meio de suaves batidas aplicadas com as pontas dos dedos. A textura normalmente não e uniforme em todo o corpo. Alterações localizadas podem ser encontradas como resultado de traumas ou lesões. Para avaliação do tugor (elasticidade da pele) da pele o examinador devera, com a ponta dos dedos segurar e soltar uma dobra de pele do dorso da mão ou antebraço do paciente. Em condições normais, a pele se eleva facilmente e ao ser liberada volta imediatamente à posição de repouso. O paciente com turgor insatisfatório não apresenta capacidade rápida de recuperação ao desgaste normal da pele. Uma diminuição no tugor predispõe o paciente a fissuras cutâneas. Ha dois tipos de pelos cobrindo o corpo: o terminal (cabelo longo, grosso e abundante facilmente visível no couro cabeludo, axilas e regias púbica) e a penugem (pelos pequenos, delicados e suaves que cobrem todo o corpo, com exceção da palma das mãos e dos pés). O profissional deve se preocupar, inicialmente, em avaliar a distribuição, espessura, textura e lubrificação das peles. Além disso, devera inspeciona-los para verificar a presença de pediculoses (piolhos) e outros parasitas. Para uma avaliação correta, o profissional devera estar familiarizado com a distribuição normal dos pelos em homens e mulheres. Podem ocorrer alterações na textura, espessura e lubrificação do couro cabeludo. Alguns distúrbios nas funções do corpo como, por exemplo, febre pode resultar em perda de cabelo. O cabelo e normalmente lubrificado pelo óleo das glândulas sebáceas, localizadas no folículo capilar. O couro cabeludo e inspecionado quanto ao contorno e a presença de lesões. A separação cuidadosa dos fios de cabelo em vários locais permite que o profissional tenha uma visão completa do couro cabeludo. Qualquer lesão deve ser avaliada utilizando-se as mesmas diretrizes já descritas na parte relativa às lesões de pele. Caso sejam encontradas massas ou escoriações pergunta-se ao paciente se ele sofreu algum trauma na cabeça. Verrugas no couro cabeludo podem indicar caspa ou psoriase. Unhas As unhas também refletem o estado geral de saúde de um individuo. Normalmente, as unhas são transparentes, lisas, convexas, com a base rosada e as pontas claras e translucidas. Em pacientes de raça negra, uma pigmentação negra ou marrom existe normalmente entre a unha e a raiz. Em condições normais, as unhas crescem em ritmo constante, esse crescimento, porem, pode ser alterado por doença sistêmica ou lesões diretas. As unhas devem ser inspecionadas quanto à coloração, espessura, formato e curvatura. A coloração das unhas e um bom indicador da oxigenação sanguínea do corpo. A cianose provoca uma aparência azulada na base da unha; palidez transparente e resultado de anemia. Unhas finas podem ser indicativas de doenças nutricionais. Alterações no formato e curvatura das unhas são indicativas de doença sistêmica palpação das unhas avalia a adequação da circulação ou do suprimento capilar. Para a palpação, o profissional aperta suavemente o dedo do paciente e observa a coloração da base da unha. A seguir, com o polegar, aplica uma pressão firme e moderada na base da unha, de modo rápido, logo liberado. Enquanto existe a pressão, a base da unha fica esbranquiçada ou pálida; a coloração rosada, entretanto deve voltar imediatamente apos a liberação da pressão. Falha nesse mecanismo de retorno indica de imediata ocorrência de insuficiência circulatória. Cabeça e pescoço Um exame da cabeça e do pescoço funciona como revisão da integridade das estruturas anatômicas, que inclui a cabeça, olhos, orelhas, nariz, boca, faringe e pescoço (linfonodos, artérias carótidas, glândula tireoide e traqueia). As artérias carótidas também podem ser avaliadas durante o exame das artérias. O profissional precisa ter boa compreensão de cada área anatômica e de sua respectiva função fisiológico normal. Para a avaliação da cabeça e pescoço utilizam-se os métodos de inspeção, palpação e auscultação, sendo que inspeção e palpação são, com frequência, executadas simultaneamente. Cabeça O profissional deve inspecionar a cabeça do paciente observando tamanho, forma e contornos. O crânio e geralmente arredondado, com proeminências na região frontal anteriormente na área occipital posteriormente. As deformidades cranianas locais são tipicamente provocadas por traumas. Em crianças, uma cabeça muito grande pode ser resultado de anomalias congênitas ou acumulo de liquido cérebro-espinhal nos ventrículos (hidrocefalia). Os adultos podem apresentar cabeça com dimensões maiores devido à secreção excessiva do hormônio de crescimento (acromegalia). Olhos Um bom programa preventivo de saúde exige que os pacientes com menos de 40 anos de idade façam um exame completo de visão a cada três ou cinco anos. Apos essa idade, o exame devera ser feito a cada dois anos particularmente com o objetivo de pesquisa para a existência de glaucoma. E importante que o profissional ensine ao paciente os sintomas mais comuns de distúrbios oculares, incluindo dor, fotofobia (sensibilidade à luz), queimação, prurido, lacrimejamento em excesso, oscilações, diplopia (visão dupla), embarcamento de visão e aureolas ao redor de focos de luz. A constelação prematura de doenças oculares e de vital importância. O exame de olho inclui a avaliação da acuidade visual, do campo de visão, dos movimentos extraoculares e de suas estruturas interna e externa. Para inspecionar a posição e o alinhamento dos olhos, o profissional fica de pé, diretamente em frente ao paciente, ao nível dos olhos e pede a ele que olhe para seu rosto. Em primeiro lugar, ele observa a posição e o alinhamento dos olhos. Estes são normalmente paralelo um ao outro. A saliência dos olhos, a exoftalmia, e normalmente provocada por um distúrbio da tireoide. Se os olhos assumem posições cruzadas ou dirigidas para diferentes direções, e estrabismo, uma condição que envolve alterações neuromusculares ou um defeito hereditário na posição do olho. As sobrancelhas são inspecionadas quanto à quantidade de pelos e movimentos. Elas são normalmente simétricas. A perda ou ausência de pelos indica distúrbios hormonais. Se for observada a presença de pele descamativa ao redor das sobrancelhas, pergunta-se ao paciente se ele apresenta irritação crônica do olho. As sobrancelhas são frequentemente afetadas por uma forma de seborreia, cujas partículas penetram nas pálpebras, provocando irritação. Se o paciente não for capaz de mover as sobrancelhas, deve-se suspeitar da ocorrência de paralisia do nervo facial. Quando os olhos estão em posição normal, as pálpebras não cobrem a pupila e a esclerótica não pode ser visualizada acima da íris. A queda anormal da pálpebra sobre a pupila e chamada de ptose; esta anomalia e provocada por edema ou lesão do terceiro nervo craniano. Pode-se também observar a existência de posicionamento irregular das pálpebras e uma lesão neste local pode provocar uma irritação na membrana conjuntiva. As pálpebras também deverão ser inspecionadas quanto à coloração, edemas e a eventual presença de lesões. Normalmente, as pálpebras tem a mesma cor da pele do paciente. Hiperemia palpebral indica inflamação ou infecção da região. Insuficiência renal e cardíaca ou alergias podem provocar a formação de edema das pálpebras, impedindo-as de se fecharem. Caso existam lesões, estas devem ser inspecionadas quanto a suas características típicas, além da presença de desconforto ou drenagem. A superfície anterior do olho, composta da córnea sensitiva e da conjuntiva, e umedecida ou lubrificada pelas lagrimas produzidas pela glândula lacrimal. Esta glândula esta localizada na parede superior externa da região anterior da orbita. As lagrimas escorrem da glândula pela superfície do olho ate o ducto lacrimal, localizado no canto nasal ou canto interno do olho. Essa glândula pode ser num local de aparecimento de tumores ou infecções. Assim a região da glândula deve ser inspecionada quanto à presença de edema ou hiperemia e palpada suavemente para a verificação da sensibilidade. Em condições normais essa glândula não e percebida. O ducto nas lacrimais pode ficar obstruído, bloqueando o fluxo lacrimal. O profissional deve verificar a existência de lacrimejamento excessivo ou edema no canto interno. Uma leve palpação desse ducto na pálpebra inferior, por dentro da borda orbital, poderá provocar a regurgitação das lagrimas. A conjuntiva bulbar cobre a superfície exposta do globo ocular ate o limite superior da córnea. A conjuntiva da pálpebra e a membrana delicada que contorna as pálpebras. Essa conjuntiva e normalmente transparente permitindo que o examinador observe os delgados vasos sanguíneos subjacentes que lhe dão uma coloração rosada. A esclerótica pode ser vista sob a conjuntiva bulbar e apresenta uma coloração de porcelana branca. Para que a exposição seja adequada às pálpebras deverão estar retraídas sem que se faca pressão sobre o globo ocular. A pálpebra inferior e pressionada suavemente com o polegar colocado contra a órbita e o paciente e solicitado a olhar para cima. Muitos pacientes começam a piscar, dificultando o exame. Geralmente o próprio paciente pode pressionar a pálpebra para facilitar o trabalho do examinador. A coloração da conjuntiva e a presença de edema devem ser observadas. Uma conjuntiva pálida e resultado de anemia, enquanto uma aparência bastante avermelhada e sinal de inflamação. Utiliza-se uma técnica especial para a inspeção da conjuntiva da pálpebra superior. Pede-se ao paciente para olhar para baixo e relaxar os olhos e evitar qualquer movimento súbito. A pálpebra superior e suavemente segura e os cílios são puxados para baixo e para frente. Coloca-se um cotonete com a extremidade a 1 cm acima da pálpebra. O profissional puxa a pálpebra superior para baixo fazendo a reversão. Apreensão suave dos cílios superiores mantem a pálpebra evertida. Apos a inspeção, os cílios são suavemente puxados para frente e pede-se ao paciente que olhe para cima. A pálpebra voltara a sua posição normal. Ao se direcionar um foco de luz através da pupila e na retina, estimula-se o terceiro nervo craniano que enerva os músculos da íris provocando uma constrição. Qualquer anormalidade que exista no caminho desde a retina, e através dos nervos ate à íris provocara alteração na habilidade das pupilas em reagir à luz. O profissional deve observar as pupilas quanto ao formato, tamanho, uniformidade, acomodação e reação à luz. Estas são geralmente arredondadas e iguais em tamanho. Pupilas dilatadas ou contraídas podem ser o resultado de distúrbios neurológicos ou efeitos de medicamentos oculares. A íris ao redor da pupila deve ser inspecionada para verificar a existência de defeitos ao longo de suas margens. Os reflexos pupilares incluem reações à luz e acomodação e deverão ser testados em uma sala suavemente escurecida. Quando o paciente estiver olhando diretamente para frente o examinador trará a lanterna a partir do campo lateral ao rosto do paciente, dirigindo o foco de luz diretamente para a pupila. Se o paciente olhar para a luz, haverá uma falsa reação a acomodação. A pupila iluminada diretamente se contrai, provocando uma contração consensual da pupila oposta. O profissional deve observar a rapidez do reflexo. Para testar a acomodação, o examinador mantem um dedo aproximadamente 10 a 15 cm afastado do nariz do paciente. Este e solicitado a olhar para o dedo e em seguida para a parede mais distante. As pupilas normalmente se contraem ao olhar para o dedo do examinador e se dilatam ao olhar para a parede. Orelhas O profissional deve inspecionar as estruturas da orelha media e externa, palpar as estruturas externas e avaliar a acuidade auditiva do paciente. Durante a avaliação, o profissional deve perguntar ao paciente se ele tem sentido dor, prurido, secreção, tinido (zumbido) ou alterações na capacidade de audição. Cada sintoma ajuda a determinar a natureza do problema do paciente. Pavilhão auricular. O profissional examina a localização dos pavilhões, seu tamanho e simetria. Normalmente fica nivelados um em relação ao outro. O ponto superior de ligação com a cabeça fica em uma linha reta com o canto lateral do olho. Orelhas de implantação baixa é um sinal de anormalidade congênita. O pavilhão auricular deve ser suavemente palpado para verificar a presença de lesões. Se o paciente manifestar dor ou se o ouvido tiver o aspecto de inflamação, o pavilhão e tracionado e pressiona-se o trago. Se a dor aumentar com a palpação, provavelmente esta presente uma infecção no ouvido externo. O profissional deve examinar mais cuidadosamente a presença de secreção na orelha e o tamanho do meato auditivo externo também deve ser observado. Uma secreção amarelada ou esverdeada e um sinal de infecção. O meato não deve estar edemaciado ou obstruído. Acuidade auditiva. Existem três tipos de perda auditiva: condução, neurossensorial e mista. Uma perda auditiva por condução envolve a interrupção das ondas sonoras enquanto são transmitidas da orelha externa para a cóclea da orelha interna, uma vez que essas ondas não são transmitidas através das estruturas das orelhas externas e medias. Uma perda neurossensorial envolve a orelha interna, o nervo auditivo ou o centro auditivo do cérebro. O som e conduzido através das estruturas das orelhas externa e media, mas a continuidade da transmissão sonora e interrompida em algum ponto além dos ossículos. Uma perda mista envolve a combinação dos dois tipos de perda auditiva já discutida (condução e neurossensorial). Os pacientes sob maior risco de perda auditiva são aqueles que trabalham em ambientes nos quais os ruídos são muito intensos. Um teste simples de avaliação de perda auditiva, consiste em solicitar ao paciente que tape uma das orelhas durante certo tempo com um dos dedos. O profissional deve permanecer a uma distancia de aproximadamente 30 cm, expirar totalmente e murmurar suavemente alguns números no ouvido livre. Ele deve cobrir a boca ou pedir ao paciente para fechar os olhos, impedindo a leitura labial. Se necessário o profissional pode elevar gradualmente a intensidade da voz ate que o paciente possa repetir corretamente os números murmurados. O uso de um diapasão e um teste mais refinado para a determinação da natureza de uma perda auditiva. Batendo-se o diapasão contra a palma da mão, o examinador cria uma coluna vibratória que emite ondas sonoras. Para testar a acuidade auditiva do paciente nos ouvidos, o profissional coloca o diapasão em vibração firmemente contra a área central da testa do paciente pedindo a ele que indique onde o som e percebido. Em condições normais o som pode ser percebido igualmente pelas orelhas. Um segundo teste, envolve a colocação do diapasão em vibração primeiro sobre o osso mastoide. Quando o paciente deixa de ouvir o som, o examinador coloca o diapasão em frente ao pavilhão auricular. Em condições normais o paciente voltara a ouvir o som, pois a condução pelo ar e mais duradoura que aquela efetuada através da estrutura óssea. Caso a acuidade auditiva esteja alterada, o profissional devera encaminhar o paciente a um medico. Ele devera tomar todo o cuidado para assegurar uma comunicação efetiva com o paciente. Permanecer em pé, no mesmo lado em que a audição esta intacta, falar com ele em um tom de voz normal e claro e olhar para ele de frente de modo que ele possa ver os lábios e o rosto, são métodos simples aplicados para ajudar o paciente ao ouvir melhor a conversa. Boca e faringe Para proceder à avaliação da cavidade oral, o profissional se utiliza de uma lanterna em forma de caneta e um afastador de língua ou uma simples atadura de gaze. De vez em quando, utiliza-se uma luva para a palpação das lesões. O examinador deve se posicionar sentado em frente ao paciente, ao nível dos olhos. Boca. Solicita-se ao paciente que remova próteses, se for o caso. Esta e uma boa ocasião para perguntar se ele sente dor na boca ou gengivas. Devem-se inspecionar os lábios quanto à coloração, textura, hidratação, contorno e presença ou não de lesões. Quando o paciente abre a boca, o profissional visualiza os lábios de uma extremidade a outra. Em condições normais, os lábios são rosados, úmidos, simétricos e lisos. Para examinar a mucosa oral interna, o profissional pede ao paciente para abrir a boca levemente e colocar o lábio inferior afastado dos dentes. Repete-se o processo com lábio superior. Inspeciona-se a mucosa quanto à coloração, hidratação, textura e presença de lesões, tais como ulcera escoriações e cistos. Para a visualização da mucosa oral, utiliza-se um afastador, ou atadura de gaze para retrair os lábios. A lanterna ilumina a porção mais profunda da mucosa. O paciente devera abrir a boca o máximo possível, de modo a permitir que o profissional observe a coloração da mucosa, sua textura e hidratação. Em condições normais a mucosa tem uma cor rosa brilhante. Para pacientes com pigmentação normal, a mucosa oral e um bom local para a verificação de icterícia ou palidez. Em fumantes crônicos e alcoólatras pode-se verificar a presença de manchas densas e esbranquiçadas. As gengivas devem ser examinadas quanto à coloração, edema, retração, sangramento e lesões. Se o paciente usa próteses qualquer irregularidade ou lesão das gengivas pode provocar desconforto e prejudicar significativamente a mastigação. A língua deve ser observada cuidadosamente em todos os lados e assoalho da boca deve ser verificado. O paciente deve relaxar a boca e colocar a língua para fora, não completamente. Utilizando a lanterna para iluminação da região, o profissional examina a língua quanto à coloração, tamanho, posição, textura, existência de massas ou lesões. Em condições normais a língua deve possuir coloração um pouco avermelhada com margens laterais lisas e moveis. Quando e projetada para fora, deve permanecer na linha media. O dorso da língua não deve ser excessivamente liso. Este órgão e altamente vascular. Assim, deve-se tomar um cuidado extra ao se examinar esta área que constitui um local comum de origem de lesões cancerosas orais. O paciente deve erguer a língua para permitir a inspeção adequada. Observada a presença de nódulos ou cistos o profissional devera palpa-los para verificar o tamanho, sensibilidade, consistência e mobilidade. A região sobre a língua e também um local onde aparecem lesões cancerosas. Varicosidades podem ser observadas. Estas varicosidades, raramente causam problemas. O paciente devera estender a cabeça para trás, mantendo a boca aberta para que o profissional possa examinar os palatos duro e mole. O palato duro ou céu da boca localiza-se na parte anterior e o palato mole fica na parte posterior, estendendo-se ate a faringe. Os palatos são examinados quanto à coloração, formato e existência de proeminências ósseas ou defeitos adicionais. E comum observar-se uma protuberância óssea ou exostose entre os dois palatos. Faringe. O exame das estruturas da faringe e executado inicialmente com o objetivo de detectar infecções, inflamações ou lesões. O paciente abaixa a cabeça suavemente para trás, abre bem a boca e diz a. O profissional coloca a ponta do afastador de língua no terço médio da língua, com cuidado para não pressionar o lábio inferior contra os dentes. Se o afastador for colocado muito para o terço anterior, a parte posterior da língua se eleva formando uma protuberância que impede a visão. Se o afastador de língua for colocado na porção posterior, o reflexo de vomito será estimulado. Com a ajuda de uma lanterna, o profissional examina primeiramente a úvula e o palato mole. Ambas as estruturas, inervadas pelo decimo nervo craniano (vago), deverão surgir na área central quando o paciente disser a. Examinamse os pilares, anterior e posterior, verificando-se a existência de tecido tonsila (amigdalas). A faringe posterior e a ultima estrutura a ser examinada. Em condições normais, as estruturas da faringe são róseas e bem hidratadas. Qualquer edema, petequeias (pequenas hemorragias), lesões ou exsudação deverão ser registrados. Pacientes com problemas crônicos nos seios nasais geralmente apresentam uma exsudação transparente que escorre pela parede posterior da faringe. Qualquer exsudação amarelada ou esverdeada indica a presença de infecção. Um paciente com uma garganta tipicamente inflamada apresenta a úvula avermelhada e edematosa, e os pilares das amigdalas com a possível presença de exsudação amarelada. Tórax e pulmão A avaliação física do tórax e dos pulmões deve considerar as funções vitais de ventilação e respiração desempenhadas pelos pulmões. Se estes órgãos estiverem afetados por qualquer doença, outros sistemas do organismo refletirão alterações de função. Por exemplo, a oxigenação reduzida pode provocar alterações na agilidade mental de uma pessoa devido à sensibilidade do cérebro a baixos níveis de oxigênio. Um profissional bem preparado utiliza os dados de todos os sistemas para determinar a natureza das alterações pulmonares. Os pulmões e o tórax são avaliados nas regiões anterior, bilateral e posterior. Na região anterior, o examinador examina as linhas medias do esterno, da clavícula e axilar anterior, para registrar os laudos localizados. Nas áreas laterais, os sinais mais importantes são as linhas anterior, posterior e media da axila. A linha vertebral, que e delimitada ao longo dos processos espinhosos e a linha escapular que se estende verticalmente ao longo da ponta da escapula, são os sinais mais importantes. Durante o exame, o examinador devera ter em mente uma imagem da localização dos lóbulos do pulmão. A localização do posicionamento de cada costela e muito importante para a identificação de qual lóbulo pulmonar esta sendo avaliado. O angulo de Louis, na junção entre o manúbrio e o corpo do esterno, e o ponto de partida para a localização anterior das costelas. O conhecimento da segunda costela a partir desse angulo facilita a localização e palpação dos espaços intercostais em sequencia. O processo espinhoso da 3a vertebra torácica e 4a, 5a e 6a costelas servem, para localizar lateralmente os lóbulos pulmonares. Os lóbulos inferiores projetam-se lateral e anteriormente. Na região posterior, a ponta ou margem inferior da escapula fica aproximadamente ao nível da 7a costela. Uma vez identificada esta costela, o examinador pode contar para cima para localizar a 3a vertebra torácica e alinha-la com as bordas internas da escapula, para poder localizar os lóbulos posteriores. Mamas O exame de mamas de um paciente tanto do sexo feminino quanto do masculino e muito importante. Uma pequena quantidade de tecido glandular, um local em potencial para o crescimento de células cancerígenas esta localizado na mama masculina. Em contraste, a maior parte da mama feminina e constituída de tecido glandular. Mamas femininas O câncer de mama e a principal causa de morte, entre todas as formas de câncer nas mulheres em todas as idades. O diagnostico precoce da doença e a chave para obtenção da cura. A maioria das massas na mama e localizada pelas próprias pacientes. Todas as mulheres deveriam executar o autoexame das mamas todos os meses. O autoexame da mama e rápido e facilmente executado. Ele utiliza a inspeção e a palpação melhor ocasião para o autoexame e o ultimo dia do período menstrual, quando a mama não apresenta ou sensibilidade devido às elevações hormonais. Mamas Masculinas O exame da mama masculina e relativamente fácil. O mamilo e a aréola são inspecionados quanto à existência de nódulos, edemas e ulcerações obesidade ou aumento glandular podem resultar em mamas masculinas aumentadas. O tecido adiposo apresenta consistência amolecida, enquanto o tecido glandular e firme. Quaisquer massas devem ser palpadas quanto às mesmas características das mamas femininas. Em virtude do câncer de mama masculina ser relativamente raro, os autoexames rotineiros não é necessário. Abdome Ao avaliar o abdome, o profissional utiliza um dos dois sistemas de referencias anatômico para mapeamento da região abdominal. Em ambos os sistemas, o apêndice xifoide (ponta do esterno) delineia o limite superior da região abdominal. A sínfise púbica delineia limite inferior. Um sistema divide o abdômen em quadrantes através de duas linhas imaginarias que se cruzam ao nível da cicatriz umbilical. O segundo sistema divide o abdômen em nove regiões. Os resultados da avaliação devem ser registrados em relação aos quadrantes ou regiões. O examinador deve avaliar os órgãos abdominais que ficam na região posterior. Os rins são protegidos pelas costelas posteriores e pelos grandes músculos dorsais. O angulo costovertebral e referencia utilizada durante a palpação dos rins. Genitália Uma região íntima saudável tem mecanismos de proteção naturais que inibem o desenvolvimento de germes ruins. A parte interna da região íntima produz continuamente secreções naturais para oferecer lubrificação, limpeza e para manter a acidez necessária à prevenção de infecções. A parte externa da região íntima possui uma camada de proteção natural que é ácida e eficiente na prevenção de infecções, funciona como um manto que protege contra entrada de alérgenos. Em outras palavras, a área genital toma conta dela mesma. Porém, há fatores externos que podem atrapalhar a manutenção dessa camada ácida, tais como: roupas justas e/ou sintéticas, suor, abafamento, higiene inadequada, entre outros. SINAIS FISIOLÓGICOS - Passo ágil e firme. - Capacidade de marchar durante uma hora seguida, correr, pular, nadar e etc. - Apetite equilibrado, sem deficiências, nem excesso, gosto pelos alimentos úteis, mastigação demorada, hálito saudável, digestão fácil, evacuação intestinal diária e micção transparente, amarela clara. - Respiração pelo nariz, com 16 a 20 movimentos respiratórios por minutos. - Pulso regular, batimentos uniformes em número de 60 a 100 batimentos por minuto. - Função genética normal. - Sono tranquilo e contínuo. SINAIS PSÍQUICOS - Ausência da consciência. - Curiosidade alertada. - Espírito de iniciativa com consciência da própria responsabilidade e da alheia. - Capacidade de concentração no trabalho. - Memória fácil de fixação e evocação. - Confiança em si sem timidez, medo ou mentira. - Controle emotivo, sabendo ganhar sem vaidade e perder sem despeito. - Vida social. - Capacidade na prática das virtudes da sinceridade, lealdade, veracidade, altruísmo, idealismo, alegria de viver, solidariedade e respeito, sendo útil a si e aos seus semelhantes. 4- CONDIÇÕES INDISPENSÁVEIS À PRESERVAÇÃO DA SAÚDE Existem condições natas e adquiridas para preservar a nossa saúde. A) Hereditariedade. B) Precauções higiênicas. 5- RESPONSABILIDADE PESSOAL E RESPONSABILIDADE GOVERNAMENTAL As responsabilidades dos governos federal, municipal e estadual estendem-se no âmbito da educação e da cultura, e à adoção de políticas públicas voltadas para o investimento nas áreas de saúde e meio ambiente. Um exemplo que diferencia a responsabilidade pessoal de governamental com relação à higiene é a fiscalização de restaurantes, bares e lanchonetes. Esses estabelecimentos servem alimentos largamente consumidos pela população. Por isso, além de sofrerem a fiscalização do consumidor que pode denunciar, optar por comer em outro lugar devem ser fiscalizados pelo governo, a fim de que cumpram as rigorosas medidas de higiene para evitar doenças. A enfermagem científica nasceu da valorização das medidas de higiene e profilaxia permanecendo desde então ligado a essas ideias. 6- SAÚDE, MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO. Atualmente, tornou-se lugar comum à crítica ao fato de o Brasil não cuidar adequadamente de seu meio ambiente. Critica-se, também, o descaso com a saúde das pessoas. No entanto, a maior falta de compromisso tem sido com a educação atreva da qual o homem pode alcançar a condição de participante do processo de construção social. É dever dos governantes, promoverem à saúde para a comunidade, a fim de que a população tenha uma vida alegre e saudável, mas a ação da comunidade é também de grande importância nessa promoção, pois estão entrelaçados. 7- HIGIENE COLETIVA Higiene coletiva é a preocupação com as condições necessárias à saúde ambiental da população que reside em determinado território. O abastecimento de água, rede de esgoto, destino adequado do lixo e condições de trabalho, acesso aos meios de produção e assistência social. 7.1- População urbana: Nas cidades a densidade demográfica, isto é, a relação entre a área física total ou o espaço ambiental e o número de habitantes determina muitas vezes à aglomeração. À medida que a aglomeração se acentua, cresce a poluição, os ruídos multiplicam-se e os acidentes de trabalho e de trânsito aumentam. A) Ruídos: São problemas de saúde e higiene porque interferem na saúde mental da população. As pessoas que permanecem ao contato com ruídos permanentes e muitas vezes intensos são vítimas de psicoses, vertigens, insônias, surdez. B) Fumaças, vapores, gases, poeiras: Exercem ação maléfica sobre o organismo. Irritam as mucosas do sistema respiratório. C) Confinamento: O elevado número de habitantes, prédios, ruas, calçadas provocam estresse por falta de espaço livre. 7.2- População rural: A população rural desfruta dos benefícios que a natureza oferece: espaço, ar, sol, tranquilidade, menos ruídos. O permanente contato com a natureza proporciona estímulo às funções orgânicas, fortalecem o sistema nervoso, proporcionam resistência às doenças com menor facilidade de contágio. Por outro lado, o homem do campo não está isento de perigos e agravos à saúde, embora goze dos benefícios em relação à população urbana. Tais perigos são inerentes às deficiências no que diz respeito ao saneamento básico, tipo de habitação muitas vezes insalubre, carência de prevenção e dificuldade de acesso à assistência médica. Nas zonas rurais mais precárias é comum apesar do aparente progresso, verminose, febre tifoide, tétano, malária, doença de Chagas, bócio, desnutrição e desidratação. Ocorrem doenças infecto contagiosas de fácil prevenção. Vítimas de efeitos nocivos dos defensivos agrícolas o homem do campo, sua família e os próprios animais estão sujeitos a intoxicações, doenças crônicas graves como a leucemia e o câncer. A carência de proteção contra acidentes de trabalho vitima o trabalhador rural na maioria das vezes isolado dos recursos e direitos sociais pertinentes. Políticas sociais e agrícolas dificilmente se concretizam em favor da população agrícola que se obriga à sobrevivência a sua própria custa. As comunidades rurais mais avançadas e estruturadas são atuantes e reivindicatórias, obtendo melhores condições, graças às associações, grupos, escolas e principalmente igrejas. 7.3- Saúde do trabalhador: O mundo do trabalho carrega consigo este conflito entre capital e trabalho, não pela própria natureza do trabalho humano, mas pela forma como os homens o estruturam socialmente. Este conflito se revela concretamente na questão salarial, na jornada de trabalho, nas condições de higiene e segurança e nas relações de trabalho. O salário justo é a verificação concreta da justiça de cada sistema econômico e do seu justo funcionamento, na medida em que consegue, ou não remunerar digna e equitativamente o trabalho. Prevenção de acidentes Os acidentes trazem consequências: - Lesão pessoal reversível ou definitiva com sequelas permanentes. - Afastamento do trabalho. - Aumento das despesas. - Morte. Acidentes domésticos Compete à profilaxia orientar sobre a prevenção de acidentes caseiros. São de alta incidência, preveníveis e ocorrem geralmente por imprudência e ignorância. Pessoas idosas, crianças e desprotegidos devem ser amparadas e mantidas sobre vigilância contínua dos adultos. Despertar confiança em si e ao mesmo tempo o senso crítico para que não se aproximem ou brinquem em lugares perigosos e com certos animais, evitar objetos e armas perigosas (facas, fogões, aquecedor elétrico), tomadas de luz, alfinetes. Orientar para que não permaneçam sobre mesas, no topo de escadas, no peitoril de janelas. Impedir a permanência em locais contaminados, o acesso à substancias tóxicas e medicamentos, tanques, piscinas. Toda vigilância é pouca nas garagens e estacionamentos de veículos onde o risco de acidente com crianças se faz presente. Acidentes de trabalho Seja qual for o ramo da atividade humana onde o homem atua, encontra-se exposto às agressões do meio representadas por fatores ou agentes mecânicos, físicos, químicos ou biológicos. - Agentes físicos Diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações ionizantes, bem como o infra-som e o ultrasom. - Agentes químicos Substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão. - Agentes biológicos Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. - Agentes ergonômicos Desajustes de ritmo e frequência de trabalho, equipamento e instrumentos utilizados na atividade profissional que podem gerar desgaste físico, emocional, fadiga, sono, dores musculares na coluna e articulações. 8- VIGILÂNCIA SANITÁRIA A idéia da vigilância sanitária vem incorporando outros conhecimentos mais compatíveis com a realidade política, social e econômica do país, como as idéias de meio ambiente, ecologia e qualidade de vida, a questão de planejamento urbano e de lixo; o direito do consumidor. Essa política sanitária, dentre outras funções exerce o saneamento da cidade, fiscaliza as embarcações e o comércio de alimentos e vigiar a cidade, com vista a evitar propagação de doenças. A vigilância sanitária constitui a lei N 8080, de 19 de Setembro de 1990: Art 6, parágrafo 1: Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviço de interesse da saúde abrangendo: - O controle de bens de consumo que direta ou indiretamente, se relacionem com à saúde, compreendidas todas as etapas e processos da produção ao consumo. - O controle e a prestação de serviços está ligada direta ou indiretamente com à saúde.