Correio do estado Quarta-feira, 8 de agosto de 2012 Política agenda dos candidatos primeiro mês Giroto gasta 100 vezes mais que Vander Loubet Candidato do PT não conseguiu arrecadar nem pagar as contas, mas acredita que terá recursos nos últimos 45 dias valdenir rezende/arquivo 1,6 mi gasto Foi o valor declarado pelo candidato a prefeito de Campo Grande pelo PMDB, deputado federal Edson Giroto, na primeira prestação de contas parciais no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 20 mi Campanha. Giroto foi o que mais gastou, mas também foi o que mais arrecadou no primeiro mês danúbia burema Pelos dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato governista Edson Giroto (PMDB) gastou cem vezes mais que o petista Vander Loubet (PT) e quatro vezes mais que o tucano Reinaldo Azambuja (PSDB) no primeiro mês de campanha eleitoral pela Prefeitura de Campo Grande. Vander alegou dificuldades para receber doações, enquanto Giroto, na sua avaliação, tem mais facilidade por ser o candidato do governador André Puccinelli (PMDB) e do prefeito Nelsinho Trad (PMDB). Mas o petista acredita que nos últimos 45 dias poderá ter recursos para tocar sua campanha. Giroto não foi encontrado para falar sobre os gastos. O deputado estadual Alcides Bernal (PP) é outro a reconhecer a grande dificuldade para arrecadar recursos. Ele disse depender de colaboradores para levar adiante a sua campanha. “Não estou indo atrás de doadores, eu estou indo atrás de voluntários à nossa campanha”, declarou o candidato. Apesar da declaração oficial de gastar R$ 7 milhões na campanha, Bernal prevê gastar em sua campanha majoritária menos que na de um candidato a vereador. No caso de Giroto, os gastos iniciais repassados ao TSE são de R$ 1,6 milhão. A maior despesa contabilizada até o momento é com doações financeiras a outros candidatos e comitês financeiros do partido, somando R$ 1,2 milhão. No caso dos petistas, os maiores gastos contabilizados até o momento foram com a locação de imóveis, R$ 4,8 mil, e com publicidade por meio de materiais impressos, como santinhos, totalizando R$ 4,6 mil. “A campanha não foi para a rua ainda, está todo mundo com dificuldade de contribuição”, argumentou. Vander confessou ainda não ter quitado nem sequer os R$ 12,4 mil gastos até o momento e espera apoio da direção nacional do PT para dar continuidade ao seu projeto eleitoral. “Espero que a direção nacional me socorra ainda no período da campanha, que não seja só depois”, alegou o candidato petista. Ele disse ainda considerar desigual a diferença de gastos entre os candidatos, com uns tendo recursos insuficientes e os governistas gastando milhões. Na avaliação dele, o financiamento público de campanha eliminaria essas disparidades. Com R$ 378 mil gastos até o momento – conforme dados disponíveis na primeira prestação de contas parcial divulgada pelo TSE – o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) declarou que os gastos com sua campanha “estão dentro da programação”. Para ele, esta será a disputa do “tostão contra o milhão”, mesmo discurso feito por Alcides Bernal. “Lutamos contra a máquina estadual e municipal, que tem suas patrolas a favor de um de nossos adversários”, afirmou Azambuja, por meio de nota encaminhada pela assessoria de imprensa. Conforme o tucano, a disputa ficará mais acirrada quando tiver início a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Mesmo assim, Azambuja defendeu uma campanha despesa É o total que o candidato peemedebista pretende gastar na campanha a prefeito da Capital. Até o momento, Edson Giroto arrecadou R$ 1,8 milhão. feita no campo das ideias e propostas. O candidato do PV, vereador Marcelo Bluma, cujos gastos declarados à Justiça Eleitoral até o momento foram de R$ 5 mil, pretende fazer uma campanha simples e com poucos recursos. Mesmo assim, acredita que no mês de setembro os gastos e movimentações serão maiores que os registrados até agora. “A campanha morna do jeito que está tende a se intensificar no mês de setembro, quando provavelmente irão se intensificar as doações”, adiantou. Sem gastos O candidato Suel Ferranti (PSTU) ainda não conseguiu arrecadar recursos para divulgar sua candidatura por não aceitar doações de grandes empresas. Por conta disto, não teve nenhum gasto a declarar no primeiro mês de campanha. “O dinheiro está começando a entrar a partir deste mês”, adiantou. O candidato do Psol, Sidney Melo, não foi localizado para comentar seus gastos. sidrolândia Palanque de Acelino une arquirrivais JULIENE KATAYAMA O lançamento da campanha de Acelino Cristaldo (PMDB) a prefeito de Sidrolândia foi palco de uma cena inédita nos últimos anos na política de Mato Grosso do Sul: os arquirrivais PMDB e PT no mesmo palanque. No município os dois partidos estão juntos numa aliança em que o PMDB encabeça chapa, tendo como vice o petista Jean do PT. A aliança PMDB/PT foi reforçada logo na abertura do comício, com a oração de um pastor: “em nome de Jesus, 3 Sidrolândia é 15, Sidrolândia é 13”. O governador André Puccinelli (PMDB) aparecia, sorridente, ao lado do candidato a prefeito e o deputado federal Vander Loubet (PT) – candidato a prefeito em Campo Grande e que enfrentará o candidato governista, deputado federal Edson Giroto – junto com o vice. Outra liderança política, o ex-governador José Orcírio dos Santos (PT) não participou do lançamento, mas foi lembrado pelo presidente regional do PSD, ex-senador Antonio João Hugo Rodrigues, que destacou o apoio do ex-governador. “Acelino conta com apoio das duas grandes lideranças em sua campanha, o atual e o exgovernador”, destacou Antonio João. Em Sidrolândia, o principal adversário do candidato do PMDB é o ex-prefeito, Enelvo Felini (PSDB), que garante ter o apoio do senador Delcídio Amaral (PT), mesmo tendo o PT compondo a chapa majoritária de Acelino. No mesmo palanque ainda estavam os deputados estaduais Pedro Kemp (PT), Junior Mochi (PMDB), Mara Caseiro (PTdoB), Paulo Correia (PR), o deputado federal Fabio Trad (PMDB) e o prefeito Daltro Fiúza (PMDB). Tendo em vista articulações para as eleições de 2014, os adversários políticos esqueceram a rivalidade e trocaram elogios. Para encerrar, Acelino elogiou o trabalho de seu padrinho político, o prefeito Daltro Fiúza. “As pessoas não sentirão saudades de seu governo porque trataremos a todos com a mesma humildade, carinho e fraternidade que o senhor tem tratado nossa população. O que está dando certo em seu governo vou melhorar e ampliar”, finalizou o candidato a prefeito. Eleição para prefeito de Campo Grande | 2012 Alcides Bernal (PP) Às 7h tem reunião com voluntários em bairros; às 9h, sessão da Assembleia Legislativa; 13h30min reunião com voluntários no Bairro Nova Lima; 19h lançamento de campanha dos candidatos a vereadores. Edson Giroto (PMDB) Atividade parlamentar em Brasília. Marcelo Bluma (PV) Às 8h encontro com integrantes da Federação dos Trabalhadores em Educação de MS (Fetems); às 12h30min entrevista à emissora de TV; às 15h caminhada no Bairro Alves Pereira; às 19h sessão Solene na Câmara Municipal. Reinaldo Azambuja (PSDB) Atividades parlamentares em Brasília. Sidney Melo (Psol) De manhã, compromissos profissionais; à tarde, visita ao comércio da Vila Pioneira; à noite, reuniões com integrantes do partido. Suel Ferranti (PSTU) De manhã, café solidário na Funai e visita às bases do SPFs; à tarde visitas e reunião do Tribunal Popular da Terra (TPT); à noite, visita ao Bairro São Conrado. Vander Loubet (PT) Atividades parlamentares na Câmara dos Deputados. aquidauana Fauzi tem candidatura impugnada por causa da inelegibilidade do vice ROBERTA CÁCERES A Justiça Eleitoral indeferiu a chapa majoritária da coligação “Aquidauana no Rumo Certo” do prefeito de Aquidauana, Fauzi Suleiman (PMDB), candidato à reeleição, e do candidato a vice-prefeito Vanildo Neves (PSDB). O juiz José de Andrade Neto, da 10º zona eleitoral de Aquidauana, aceitou ontem os embargos de declaração com efeito modificativo, alegando que “o registro da chapa somente será deferido se ambos os candidatos forem considerados aptos”, apontou o advogado Antônio Trindade, do candidato da oposição, José Henrique Trindade (PDT), o Zé Henrique. Na última quarta-feira (1º), Vanildo Neves (PSDB) foi impedido de concorrer à reeleição por ser considerado ‘ficha suja’. Ele foi condenado em 2008 pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE/MS) a devolver R$ 373.796,27 relativos a irregularidades encontradas na prestação de contas da Câmara Municipal de Aquidauana em 2002, quando era presidente. O montante a ser devolvido atualmente é de R$ 600 mil. Fauzi teve seu registro de candidatura indeferido por causa da inelegibilidade do seu vice. CLAUDIR LEITE União. Antonio João destaca que o candidato a prefeito terá apoio de duas grandes lideranças de MS: André e José Orcírio