Candidaturas ao Portugal 2020 em investigação e desenvolvimento
totalizam 274
Número de Documento: 19465961
Lisboa, Portugal 09/07/2015 07:20 (LUSA)
Temas: Economia, Negócios e Finanças, Tecnologias de Informação, administradores,
Ciência e tecnologia
Lisboa, 09 jul (Lusa) - As primeiras candidaturas na área da investigação e desenvolvimento
(I&D) em colaboração, no âmbito do Portugal 2020, totalizam 274, três vezes mais do que
no QREN, disse o administrador da Agência Nacional de Inovação Miguel Botelho Barbosa.
"Recebemos 274 candidaturas que têm um investimento elegível de 240 milhões de euros e
mais de 270 empresas envolvidas, isto traduz um aumento significativo da procura deste
tipo de instrumentos - apoio em I&I [investigação e inovação] em colaboração", afirmou à
Lusa o administrador, que hoje vai abordar o tema no encerramento da conferência 'Fins de
tarde da inovação', promovida pela Agência Nacional de Inovação (ANI).
"Em comparação com as primeiras candidaturas do QREN [Quadro de Referência Estratégica
Nacional] nesta área, recebemos três vezes mais candidaturas apresentadas, três vezes mais
investimento elegível e estes 240 milhões de euros daria um valor de incentivos que é 2,5
vezes superior à dotação orçamental disponível", acrescentou.
A ANI assume-se como plataforma que dá corpo ao alinhamento das políticas de I&D,
Inovação e Empreendedorismo de base tecnológica, nas áreas da Ciência e da Economia.
"Há uma forte participação empresarial neste tipo de instrumentos", disse, acrescentando
que "75% das entidades participantes são empresas", das quais "mais de 50% é a primeira
vez que concorrem a este tipo de apoio I&I".
Segundo os dados, mais de metade das empresas (65%) que apresentaram candidatura são
"micro ou pequenas", quase um terço (30%) são 'startups' criadas depois de 2010.
"A participação de 'startups' nestas primeiras candidaturas, relativamente à média do QREN,
é duas vezes superior", apontou o responsável.
Para Miguel Botelho Barbosa, "o esforço que foi feito os últimos anos de apoio ao
empreendedorismo, sobretudo ao empreendedorismo de base científica e tecnológica
altamente qualificado, está a dar resultado".
"Estas 274 candidaturas que apresentamos têm um potencial de geração de postos de
trabalho qualificados superiores a 600 contratações", sendo que 30% "seriam novos
quadros", disse.
Relativamente aos sistemas de incentivos fiscais, cujas candidaturas terminal no final deste
mês, o administrador da ANI adiantou que "a procura em maio de 2015 é em 20% superior"
a igual mês do ano passado.
Os dados de maio servem de referência para o ano.
"Prevemos fechar este ano, em julho, com cerca de 800 candidaturas ao SIFIDE - Sistema
de Incentivos Fiscais à I&D Empresarial e um crédito fiscal solicitado pelas empresas na
ordem dos 125 milhões de euros", adiantou.
"São números muito interessantes que nos permitem olhar o futuro com confiança", disse,
sublinhando que estes dados "só começam a ter impacto" nos 'rankings' internacionais
"numa janela temporal de dois a três anos".
Relativamente aos projetos do QREN, que agora terminam, a ANI geriu 650 projetos de
investigação e desenvolvimento em colaboração.
"Já encerrámos cerca de metade e destes podemos tirar as seguintes conclusões: cerca de
55% estão a resultar em novos produtos e novos serviços", dos quais "60% estão já em
comercialização ou em fase de lançamento, na sua maioria para o mercado internacional",
concluiu.
O Portugal 2020 é o acordo de parceria adotado entre Portugal e a Comissão Europeia, que
reúne a atuação dos cinco Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, no qual se
definem os princípios de programação que consagram a política de desenvolvimento
económico, social e territorial para promover, em Portugal, entre 2014 e 2020.
Portugal vai receber 25 mil milhões de euros até 2020.
ALU//CSJ
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