UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A Inserção do Pedagogo nas Empresas: o papel desempenhado, os desafios e as perspectivas. Por: Rebeca Muniz Maya Orientador Prof. Marcelo Saldanha Niterói 2012 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A Inserção do Pedagogo nas Empresas: o papel desempenhado, os desafios e as perspectivas. Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Pedagogia Empresarial. Por: Rebeca Muniz Maya 3 AGRADECIMENTOS À família e amigos pelo apoio em todos os momentos. 4 DEDICATÓRIA Dedico a minha família e aos meus amigos. 5 RESUMO As mudanças que vêm ocorrendo na sociedade com a globalização introduziram em um intenso avanço tecnológico e causaram um grande impacto nas organizações. As empresas se viram obrigadas a reverem as suas relações com os seus funcionários para manterem o poder competitivo diante do mercado. Assim, elas passaram a considerar o investimento em pessoas como uma estratégia. Os funcionários deixaram de ser vistos como seres meramente mecânicos, mas pessoas com sentimentos, inteligência e com potencial para produzir. Este presente trabalho visa explorar a atuação do pedagogo empresarial nessa tarefa de proporcionar as pessoas um ambiente organizacional que favoreça o crescimento de todos, debatendo sobre esse processo de desenvolvimento de ambas as partes, apontando os desafios e perspectivas desse profissional. 6 7 METODOLOGIA Este trabalho monográfico fará um apanhado de informações realizado através de uma vasta pesquisa bibliográfica. Entre os materiais pesquisados constam artigos, livros, publicações em sites e monografias, fazendo uma análise de diversos autores renomados. Através da leitura das obras de autores como Amélia Escotto do Amaral Ribeiro, Idalberto Chiavenato e Izolda Lopes foi desenvolvido esse estudo sobre a importância do pedagogo empresarial nas organizações diante das transformações ocorridas na contemporaneidade, mostrando desempenhado, os desafios e as perspectivas desse profissional. o papel 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 09 CAPÍTULO I - O Nascimento do Pedagogo Empresarial 11 1.1 – Pedagogo 11 1.2 – Educação em espaços escolares e não escolares 14 1.3 – Pedagogo Empresarial 17 CAPÍTULO II - A Atuação do Pedagogo Empresarial 21 2.1 – Universidades Corporativas 22 2.2 – Projetos 23 2.3 – Treinamento 25 CAPÍTULO III - Os Desafios do Pedagogo Empresarial 30 3.1 – Constante atualização 31 3.2 – Conscientização das empresas 31 3.3 – Aceitação dos funcionários 33 3.4 – Formação do Pedagogo Empresarial 34 CONCLUSÃO ANEXOS 36 39 BIBLIOGRAFIA 47 WEBGRAFIA 48 ÍNDICE 52 FOLHA DE AVALIAÇÃO 53 9 INTRODUÇÃO As organizações estão sempre desejando excelência na produtividade e o lucro. Como fruto das transformações ocorridas no mundo, novas estruturas estão surgindo, quebrando com o padrão existente, exigindo das empresas novas estratégias. Por estarmos na era da informação, entendeu-se a necessidade em investir no aperfeiçoamento de funcionários para a conquista de sucesso na empresa, visando o desenvolvimento do capital humano. Para que as empresas consigam vencer os desafios impostos pela globalização, elas precisam da colaboração de seus profissionais. E ao perceberem que o conhecimento é essencial para a prosperidade da empresa, as organizações buscam o profissional qualificado em educação para trabalhar no treinamento dos funcionários. Desse modo, ampliam-se os ambientes de trabalho existentes para o pedagogo, que antes ficava restrito ao espaço escolar, e ele atinge a esfera empresarial. O presente trabalho pretende discutir a respeito da atuação do pedagogo empresarial, considerando a empresa como um novo espaço educativo, agora também conquistado pelo pedagogo. No capítulo um fazemos um passeio histórico para entender como se deu o nascimento do pedagogo empresarial. Para isso, discutimos o surgimento da função do pedagogo e os desdobramentos da educação em espaços não escolares. Após entendermos o passado, prosseguimos o trabalho com o seu segundo capítulo, o qual contempla a atuação do pedagogo empresarial seja ele em Universidades Corporativas ou na elaboração de projetos e treinamentos, que precisam ser cautelosamente planejados a partir de diagnósticos que identifiquem as necessidades e metodologias adequadas. O terceiro capítulo vem mostrar os desafios que esse profissional enfrenta na sua formação, a sua busca incansável pela atualização e o grande 10 desafio em provocar a empresa e os funcionários a saírem de sua zona de conforto e trabalharem na gestão da mudança necessária a todos. 11 CAPÍTULO I O Nascimento do Pedagogo Empresarial “O futuro das organizações dependerá cada vez mais de sua capacidade de aprender coletivamente”. Peter Senge 1.1 – Pedagogo Visando um melhor entendimento sobre a inserção do Pedagogo na Empresa, cabe conhecermos um pouco mais sobre as especificidades do papel desempenhado pelo Pedagogo e assim, compreendermos como esse profissional poderá beneficiar o mercado empresarial. Faremos agora um breve panorama histórico para entendermos como se deu o surgimento desse profissional. Esse profissional, que para ser habilitado como Pedagogo precisa ser formado em Pedagogia, tem a educação como objeto de estudo. Porém, no período que deu o seu surgimento na Grécia Clássica o seu conceito era baseado no escravo que levava os meninos à escola. A palavra Pedagogia foi originada pela palavra paidos (criança) e gogía (conduzir). Ao longo da história essa definição sofreu alterações e foi no Ocidente que a Pedagogia se consolidou como a ciência do ensino gerando um aprofundamento sobre o fenômeno educativo e sua intencionalidade. A relação entre a prática educativa e sua teorização proporcionou esse caráter científico ao estudo da pedagogia e o pedagogo assume essa função científica. É esse profissional que vai se especializar nessa área e vai buscar reflexões sobre suas problemáticas. Apesar das questões pedagógicas fazerem parte da história desde a Antiguidade, somente após séculos foi conferido o status científico a pedagogia. O foco do estudo da pedagogia é o ser humano enquanto educando. O Pedagogo preocupa-se não só com o fato educativo, mas em todo o contexto, 12 analisando e interpretando a realidade social. Assim, ele investiga o processo ensino-aprendizagem entendendo que a prática educativa é um fato social que se originou com a humanidade. A ação cultural de o educador transmitir o conhecimento de forma atrativa e significativa para esse educando que possui uma história de vida, fazendo com que ele se aproprie de tal forma que ele realize um pensamento crítico-reflexivo da informação e possa aplicar na sua realidade social como um verdadeiro cidadão é o grande desafio. Dessa forma, há sempre um novo conhecimento e cabe ao pedagogo refletir acerca desse fenômeno educativo analisando o seu processo. Ele estuda a educação como prática humana e social, pois o processo de transmissão de conhecimento acumulado culturalmente modifica os indivíduos assim como a cultura é modificada pelos indivíduos. Apesar de o campo educativo ser abrangente, sua área de atuação está mais restrita as práticas escolares. Somente atualmente que a atuação do pedagogo vem ganhando espaço significativo nos ambientes não-escolares. O curso de Pedagogia no Brasil foi criado na década de 1930 e desde o seu surgimento o curso visa a formação do educador para trabalhar na educação formal, regular e escolar. Em 2005, foi aprovado o parecer CNE/CP 05/2005 no qual trazia novas diretrizes curriculares para o curso de Pedagogia. Nesse parecer consta que “a formação do licenciado em Pedagogia fundamenta-se no trabalho pedagógico realizado em espaços escolares e não escolares, que tem a docência como base”. O parecer admitiu a existência do fato educativo em diversos cenários, fora da escola regular, pois onde houver uma prática educativa intencional, haverá aí uma ação pedagógica. O curso se constitui em três núcleos: núcleo de estudos básicos, núcleo de aprofundamento e diversificação dos estudos e núcleo de estudos integradores. Sendo que o segundo núcleo proporcionará o estudo de processos educativos e de gestão em diferentes situações institucionais, sejam escolares, comunitárias, assistenciais, empresariais entre outras. 13 “O Pedagogo Empresarial precisa de uma formação filosófica, humanística e técnica sólida a fim de desenvolver a capacidade de atuação junto aos recursos humanos da empresa. Via de regra sua formação inclui disciplinas como: Didática Aplicada ao Treinamento, Jogos e Simulações Empresariais, Administração do Conhecimento, Ética nas Organizações, Comportamento Humano nas organizações, Cultura e Mudança Nas Organizações, Relações Educação e Dinâmica Interpessoais Desenvolvimento Desempenho.” nas organizacional (RIBEIRO, de Organizações, e 2003, Grupos, Avaliação p. 10. do apud GONÇALVES, Roseli) Libâneo (1996) diz que há duas esferas na ação educativa na prática do pedagogo: a escolar e a não escolar. “O pedagogo (escolar ou não), (...) seria considerado um profissional relacionados especializado com a em ciência estudos pedagógica, e ações pesquisa pedagógica e problemática educativa, abordando o fenômeno educativo em sua multidimensionalidade. Nesse sentido, o curso de Pedagogia ofereceria formação teórica, científica e técnica para sua atuação em diferentes setores de atividades: nos níveis centrais e intermediários do sistema de ensino, (...) na escola, (...) nas atividades extra-escola, (...) nas atividades ligadas à formação e capacitação de pessoal nas empresas.” (p. 109. apud GONÇALVES, Roseli) 14 1.2 – Educação em espaços escolares e não escolares Se pensarmos na premissa de que no local que houver uma prática educativa, então lá haverá uma ação pedagógica podemos pensar que a educação está muito além dos muros da escola. Logo, o pedagogo precisa se inserir nestes espaços também pedagógicos, redefinindo sua atuação, deixando de estar restrito apenas nas escolas. "Convivemos até bem pouco tempo com a visão de uma pedagogia inserida no ambiente escolar, na sala de aula, do profissional da educação envolvido com os problemas da educação formal, uma ideia falsa de que o pedagogo é o profissional capacitado e devidamente treinado para atuar somente em espaços escolares, é o responsável pela formação intelectual das crianças, sempre se envolvendo no cotidiano escolar, com os problemas relacionados à educação formal, propriamente dita. A vida escolar, a educação formal, não deixa de ser um foco importante para o Pedagogo, mas deixa de ser o único." (OLIVEIRA apud Greco, Myriam Glória) Após a reconstrução sofrida pelo mundo depois da Segunda Guerra Mundial, as organizações estavam intensamente preocupadas com a competitividade. O Japão se destacou por seu diferencial, pois lá se encontravam pessoas motivadas, que trabalhavam em grupo e estabeleciam as estratégias para colocar seus objetivos em ação. Os Estados Unidos, ao investigarem o sucesso do Japão perceberam que lá havia uma grande valorização das pessoas. As mudanças sofridas sociedade com influente atuação da globalização causou um impacto nas organizações, gerando uma reflexão sobre seu desempenho perante a concorrência. Assim, as empresas buscaram 15 investir na formação continuada através de treinamentos. Numa sociedade globalizada novos desafios são gerados através do avanço tecnológico e a era da informação, pois há uma rapidez nas informações que exige uma constante atualização. Dessa forma, a educação passa por transformações em seu conceito, pois deixa de ser restrita ao processo ensino-aprendizagem em espaços escolares formais, atravessando os muros da escola, para diversos ambientes. Assim, a educação tem o seu espaço ampliado que abrange à educação não formal. Com essas novas características, o Pedagogo também se adequou a seu novo campo de atuação, caminhando junto a esta transformação da sociedade. O Pedagogo deixa de ser o mesmo profissional dos séculos passados, pois ele precisa atuar nessa nova realidade, sendo agente dessa transformação. O Pedagogo está sendo inserido em um mercado de trabalho mais amplo e diversificado, porque a sociedade atual exige cada vez mais profissionais capacitados e treinados para atuarem nas diversas áreas. “Conforme Ribeiro (2003), este assunto tornou-se desafiador a partir do momento em que verificamos através de discussões realizadas em sala de aula, seminários, mesa redonda, através de leituras compartilhadas, visualizamos um horizonte se abrindo para esta área do conhecimento, discussões que estão fundamentadas em teóricos conceituados e pela própria sociedade que chega ao século XXI com novas perspectivas para a educação formal e também para a educação não formal, discussão que até bem pouco tempo era desconhecida para a maioria de nossas escolas de formação, e também dos profissionais. Em seu trabalho, Maria Edna Sabina de Oliveira, diz ainda que como hoje o Pedagogo está sendo inserido num mercado de trabalho cada vez mais diversificado e amplo, o nosso estudo se justifica pela necessidade de 16 compreender a dinâmica, que levou a sociedade a chegar onde estamos hoje, com um discurso voltado para a inclusão social, para o voluntariado, para projetos de pesquisas, para educação formal, não formal e informal, observando o processo de ensino-aprendizagem não somente como processo para dentro da escola, da sala de aula ou do cotidiano escolar, mas um processo que acontece em todo e qualquer segmento da sociedade, seja ele qual for. E também como o Pedagogo se insere neste novo contexto social, percebendo a sua relação em diferentes espaços. Verifica-se hoje, uma ação pedagógica múltipla na sociedade. O pedagógico perpassa toda a sociedade, extrapolando o âmbito escolar formal, abrangendo esferas mais amplas da educação informal e não formal.” (LIBÂNEO, 2002, p.28 apud Greco, Myriam Glória) É importante destacar a necessidade das escolas reverem seus currículos possibilitando que a educação não formal tenha o seu espaço. A educação formal e não formal estão lado a lado. A Pedagogia precisa buscar meios para favorecer uma aprendizagem baseada nessa estreita relação. “Ainda conforme Santos (2004, p. 7), a pedagogia deixou de ser apenas mais uma disciplina da área de educação, entrou no mercado profissional de maneira mais ampla, suprindo as necessidades da sociedade e das empresas, onde seleção, treinamento e contínuo aperfeiçoamento são a garantia da produtividade, e requer atenção e profissionais adequados na preparação dos profissionais da organização.” (SANTOS, Rafaela Cardoso dos) 17 Desde os anos 90, as organizações passaram a enfatizar que o principal fator que pode levar uma empresa ao sucesso é o fator humano. Pesquisas mostram que as empresas brasileiras veem o investimento na área de treinamento como prioridade. Com esse cenário, as organizações apreciam as habilidades dos funcionários aproveitadas no cotidiano empresarial e buscam uma atualização constante. A educação tem um papel muito importante para enfrentar os desafios da sociedade que vive num cenário marcado pelas transformações liberais. Através dela poderemos buscar a transformação da sociedade em uma coletividade mais justa e igualitária. 1.3 – Pedagogo Empresarial As transformações ocorridas na sociedade nas últimas décadas têm gerado grandes mudanças nas relações humanas. O desenvolvimento científico e tecnológico derrubaram verdades e conceitos que constituíam a cultura dos povos. Além disso, a eliminação das barreiras geográficas influenciaram o conhecimento e a educação. Estar atualizado com a quantidade de informações que são circuladas é uma tarefa árdua. As antigas metodologias de aprendizagem como, por exemplo, a memorização já não dão mais conta da educação. O mercado de trabalho contemporâneo não deseja ter um profissional mecanizado, que seja um mero executor de tarefas. As empresas atuais esperam um profissional pensante, criativo, pró-ativo, que saiba trabalhar em equipe, que seja ágil, com capacidade de resolver problemas, seguro para tomar decisões, mas que também seja flexível. Para que as empresas possam alcançar o objetivo de ter um trabalhador com todas essas atribuições elas perceberam a importância da relação entre educação e trabalho e no agente que se especializará nessa relação. Assim, refletem sobre a ação educativa que pode vir a ser desempenhada pelo pedagogo no ambiente empresarial. Sendo assim, o pedagogo passa a dispor de uma imensa área de atuação. A pedagogia deixa 18 de se concentrar só na educação, entrando no mercado de maneira mais ampla, suprindo as necessidades da sociedade e das empresas. O objetivo do Pedagogo Empresarial consiste em mediar as ações educacionais na empresa, administrando as informações e o conhecimento. Para isso é necessário que a empresa entenda que para manter-se ativa no mercado será preciso atualizar suas posturas e valores. “Greco (2005) comenta que esse novo profissional precisa atuar em sintonia com os outros profissionais de gestão, pois: assim será possível elaborar e consolidar planos, projetos e ações que visem colaborar para a melhoria da atuação dos funcionários, bem como para melhorar o desempenho da empresa. (...) O que o pedagogo empresarial busca é efetivar os saberes corporativos e como seu domínio colaborará para a melhoria do clima organizacional, da qualidade laboral, da qualidade de vida e aumento da satisfação pessoal de todos. A atuação do pedagogo empresarial está aberta. É ampla e extrapola a aplicação de técnicas visando estabelecer políticas educacionais no contexto escolar. Sua atuação avança sobre as pessoas que fazem as instituições e empresas de todos os tipos, portes e áreas.” (p.4. apud GONÇALVES, Roseli) Na empresa, o Pedagogo atuará na área de Recursos Humanos, em setores como desenvolvimento e treinamento, recrutamento e seleção e desenvolvimento gerenciado, pois lá ele irá gerenciar seus conhecimentos para os colaboradores da empresa, desenvolvimento projetos educacionais, planejando cursos de aperfeiçoamento, capacitação e treinamento para funcionários, buscando novas tecnologias e processos, avaliando sempre essa dinâmica e o desempenho, pois objetiva a melhoria dos resultados. O 19 Pedagogo tem uma função importante no desenvolvimento dos funcionários, pois ele acompanha todo o desenvolvimento profissional do trabalhador através do processo de avaliação de desempenho, assim, é necessário uma proximidade e acesso aos funcionários constantemente. Para atender as necessidades educacionais dos funcionários ele deverá realizar pesquisas de sondagem. “ Ribeiro (2003), diz que a Pedagogia Empresarial se ocupa basicamente com os conhecimentos, as competências, as habilidades e as atitudes consideradas como indispensáveis/ necessários à melhoria da produtividade. Para tal, implanta programa de qualificação/ requalificação profissional, produz e difunde o conhecimento, estrutura o setor de treinamento, desenvolve programas de levantamentos de necessidades de treinamento, desenvolve e adequa metodologias de informação e da comunicação às práticas de treinamento.” (p. 10 apud GONÇALVES, Roseli) Apesar do foco do trabalho estar voltado para o treinamento, ele é um profissional versátil, pois também se enquadra no recrutamento, seleção e contratação atuando em conjunto com o psicólogo e o administrador. Eles participam do processo de ambientação dos novos trabalhadores na empresa. Essa etapa é de grande importância, pois é nesse momento que a identidade da empresa é apresentada ao novo funcionário. Além de informações sobre a instituição, informações técnicas e burocráticas ele transmite a ideologia, cultura, visão, missão e valores da organização, expõe também a expectativa com relação ao novo funcionário. “De acordo desempenhadas com pelo Martins (2003), Pedagogo as dentro funções de uma 20 companhia estão em constante movimento, já que são influenciadas por diversos fatores, como o desenvolvimento tecnológico, a competitividade e as exigências de mercado.” (apud SANTOS) Há uma relação de interdependência entre pessoas e empresas. Uma depende da outra e dentro dessa relação houve uma necessidade de investir nas pessoas, no conhecimento e no capital intelectual das empresas. As organizações são formadas por pessoas e é imprescindível investir no treinamento e aprendizado para que a empresa possa obter destaque no mercado global e um crescimento progressivo. O investimento nessas áreas se tornaram os diferenciais na disputa pela qualidade e lucratividade. A competência humana é uma qualidade indispensável no mercado empresarial. Se as empresas não repensarem seus modelos, abrindo espaço para a Gestão do Conhecimento estarão fadadas ao fracasso. 21 CAPÍTULO II A Atuação do Pedagogo Empresarial “A qualidade começa pela educação e acaba na educação. Uma empresa que progride em qualidade é uma empresa que aprende a aprender.” Kaoru Ishikava Os últimos anos têm sido marcados pelo crescente desenvolvimento nas áreas científicas e tecnológicas. Essas transformações refletiram nas organizações, modo de produção e nas pessoas. A sociedade contemporânea é marcada por todas essas mudanças que contribuíram para a construção da era da informação, na qual o conhecimento não encontra barreira para se disseminar, e está acessível em diversos espaços. Esses novos conhecimentos geraram uma reflexão sobre os conceitos e verdades já calcificados na sociedade, mitos e comportamentos não mais questionados, tudo isso em grande velocidade, influenciando inteiramente a educação. Tornou-se uma árdua empreitada manter-se atualizado com a abundância de informações veiculadas nos dias de hoje. As metodologias educacionais de antigamente não dão conta da sociedade atual. E a escola se transforma e começa a buscar a formação do cidadão, capaz de fazer uma reflexão sobre as mudanças existentes ao seu redor. O mercado de trabalho também não deseja mais obter um trabalhador mecanizado, que apenas execute as tarefas. As empresas atuais esperam trabalhadores pensantes, criativos, pró-ativos, capazes de resolver problemas, tomar decisões e trabalhar em grupo, tudo isso com a agilidade necessária atualmente, porém encontrar profissionais com essas características não é fácil. Diante dessa problemática, a função do pedagogo empresarial se tornou fundamental em todas as áreas que demandam um processo 22 educacional. É ele que vai mediar o processo educacional necessário, intercedendo nas ações que visem uma mudança significativa na organização. Esse processo de transformação estabelece uma reconstrução por parte de toda a organização, pois ela precisa rever seus valores e posturas realizando uma gestão do conhecimento. Para promover tudo isso o pedagogo empresarial se enquadra na área de recursos humanos onde tem a possibilidade de colocar em prática seus conhecimentos direcionados a melhoria da organização através do desenvolvimento de projetos educacionais, planejamento de cursos e treinamentos, avaliação de desempenho e constante busca pela atualização. Para alcançar seus objetivos é sempre necessário realizar pesquisas de sondagem com os trabalhadores para constatar qual será o foco a ser desenvolvido. Sendo assim, a tarefa do pedagogo empresarial está em constante movimento, pois são influenciadas por questões internas e externas como a tecnologia e cobrança do mercado, por exemplo. 2.1 – Universidades Corporativas Algumas organizações recorrem a um sistema de aprendizagem mais direcionado para as suas particularidades e a das pessoas que para ela contribuem. Essa modalidade, que tem crescido é a Universidade Corporativa. Tendo a missão de gerar uma melhoria profissional nos trabalhadores, a Universidade Corporativa torna acessíveis instrumentos que instiguem a capacidade de cada um, promovendo um avanço no desempenho da organização. As Universidades Corporativas são uma forma bem dinâmica de incrementar as organizações “Conforme Fonseca Universidades (apud Corporativas, SOUZA, se 2006), as tornaram o agente principal da gestão do conhecimento e das consequentes transformações nas organizações, nos dias atuais e futuros, despertam interesses nas empresas preocupadas 23 com a competitividade, o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social.” “Ainda de acordo com Fonseca (apud SOUZA, 2006), no Brasil, na maior parte das empresas que possuem algum tipo de atuação na área da educação corporativa são de grande porte. Os profissionais da área de Recursos Humanos têm o desafio de estimular o surgimento ou a discussão da educação corporativa em empresas de pequeno e grande porte e estimular o surgimento das UC´s, cujo foco do ensino é direcionado para a estratégia empresarial e do negócio. As UC´s possuem a prioridade de aumentar a competitividade da empresa, através da preparação de seus lideres e treinamento dos seus liderados, disseminando suas crenças e seus valores com a otimização da sua comunicação.” 2.2 – Projetos Buscando o desenvolvimento de competências e habilidades que favoreçam aos colaboradores e a organização, o pedagogo empresarial é o trabalhador que tem o encargo de estruturar projetos que visem esse processo de melhorias. “De acordo com, PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, (2004). Os projetos são um meio de organizar atividades que não podem ser abordadas dentro dos limites operacionais normais da organização. Os projetos são, portanto, frequentemente utilizados como um meio de atingir o plano estratégico de uma organização seja a equipe do 24 projeto formada por funcionários da organização ou um prestador de serviços contratado.” Para elaborar um projeto, o pedagogo empresarial necessita seguir algumas etapas que solidifiquem as suas ações, para que o projeto atenda as expectativas de todos os envolvidos. São elas: • Tema: definir o tema de maior relevância para a empresa. É importante estar bem atento às necessidades; • Pesquisa: coletar dados sejam eles referentes à empresa ou de informações que possam enriquecer a organização; • Problema: é o que impulsiona todo o motivo de realizar um treinamento; • Justificativa: nesse item deve conter para que serve o projeto, constando toda a sua relevância para todas as partes. Nela você deve persuadir o leitor da importância do projeto, através de dados concretos e os reais motivos da existência dele; • Objetivo Geral: deve conter uma síntese do que se espera alcançar; • Objetivos Específicos: é o detalhamento do item anterior; • Metodologia: aqui são colocados em questão os recursos usados para realizar o projeto, determinando minuciosamente como, quando e aonde o projeto irá se concretizar, assim como o seu custo; • Público alvo: definir para quem se destina; 25 • Avaliação: ao chegar ao término do projeto é necessário avaliar se os objetivos propostos forma alcançados. Através da sistematização dessas etapas, o pedagogo empresarial pode atuar na empresa obtendo grande êxito. O pedagogo empresarial tem uma importante atuação ao desempenhar-se na construção de um projeto, pois é ele que domina o conhecimento sobre o processo educativo, que precisa estar definido na preparação de um projeto. Ao desenvolver um projeto, o pedagogo empresarial trabalha a produtividade dos profissionais que será ampliada com as informações, mas também é considerada a motivação desses funcionários que será estimulada, gerando uma melhoria em todo o clima organizacional da empresa. “No ambiente de Recursos Humanos, é possível conceituar que Treinamento e Desenvolvimento se traduzem em uma das ferramentas de transformação do comportamento humano, que podem levar a resultados tangíveis de negócio, de maneira a assegurar e a sustentar a vantagem competitiva da organização.” (PALMEIRA, 2008, p.2) É a partir de um projeto que nasce um treinamento. 2.3 – Treinamento Os pedagogos empresariais têm a incumbência de buscar cursos que promovam essa melhoria nos funcionários e que melhor atendam as necessidades da organização, realizando as adaptações necessárias e as parcerias essenciais. Uma tendência que vem crescendo atualmente são os cursos on line que possibilitam maior possibilidade de alcance de funcionários. 26 Destacando-se na competitividade já que apresentam uma maior qualidade e lucratividade, as organizações que consideram a aprendizagem e o treinamento se aproximam do sucesso. “De acordo com Namo (apud SOUZA, 2006), o conceito de competência apresenta-se associado à capacidade de as pessoas gerarem resultados para a organização e à capacidade que a própria organização tem de garantir mercados atuais e alcançar, mercados futuros.” Ao se pensar em competências reflete-se não só sobre o conhecimento, mas na utilização dele na prática, junto à solução de problemas, encarando as situações adversas no trabalho. Para alcançar essa plenitude, cabe ao pedagogo empresarial sistematizar todas as etapas da aprendizagem desde o seu planejamento até a sua avaliação. Ao planejar a aprendizagem é preciso considerar alguns aspectos, tais como: • Perceber o foco a ser trabalhado através de sondagem e observações, priorizando os conteúdos mais importantes. • Manter-se atualizado quanto às metodologias didáticas, buscando os recursos mais adequados a proposta, definindo a forma de avaliação. • Estabelecer objetivos concretos, relacionando a teoria com a prática. • Registrar as etapas do processo educativo, realizando uma constante avaliação e flexibilização para necessários acertos. Para promover a aprendizagem o Pedagogo Empresarial precisa: 27 • Observar o feed back dos colaboradores. • Estimular a aprendizagem assim como a iniciativa dos trabalhadores, buscando pela interação de todos os participantes no processo educativo. • Conduzir o processo através de estudos de caso que possibilitem uma maior aproximação da realidade e a construção de soluções reais. • Dialogar sobre a construção do conhecimento realizada pelo grupo, orientando-o. • Agir como mediador, exercendo liderança. • Instigar o pensamento reflexivo. Ao avaliar a aprendizagem: • Construir os critérios para a avaliação em conjunto. • Priorizar aspectos qualitativos pelos quantitativos. • Observar as ações dos colaboradores. • Confrontar os resultados obtidos com os objetivos propostos. • Avaliar os resultados com a equipe. • Promover condições para auto avaliação de todos. Contribuindo no setor de Recursos Humanos das empresas o pedagogo empresarial colabora para a formação dos trabalhadores, de forma 28 que eles desenvolvam novas competências transformando o local de trabalho mais adequado com os avanços visando também o crescimento pessoal dos funcionários. “Sobre o conhecimento dentro das organizações WILBERT (2002) nos coloca que A educação para o trabalho passa a ser uma das estratégias para que os cidadãos tenham acesso às conquistas científicas e tecnológicas, viabilizando, por sua vez, a efetivação das mesmas. Nesse sentido, entendese que a responsabilidade por esse processo se constrói no decorrer da vida do homem levando-se em conta questões histórico, culturais, antropológicas, econômicas e sociais, sendo que cada uma dessas dimensões vem agregar-se no desenvolvimento do ser humano. (p. 37)” No cenário empresarial o treinamento passa a existir com um objetivo de encontrar soluções frente aos problemas. Dessa forma, o treinamento proporciona uma propagação do saber e consequentemente uma maior possibilidade de alcance de conhecimento, independentemente dos níveis hierárquicos. O treinamento permite que as pessoas possam analisar criticamente as questões organizacionais, permitindo também que elas relacionem com a sua vida pessoal, seus desejos e sonhos. “Desenvolver pessoas não é apenas dar-lhes informação para que aprendam novos conhecimentos, habilidades e destrezas e se tornem mais eficientes naquilo que fazem. É, sobretudo, dar-lhes a formação básica para que elas aprendam novas atitudes, soluções, ideias, conceitos e que modifiquem seus hábitos e comportamentos e se tornem mais eficazes naquilo que fazem. Formar é muito mais do que simplesmente informar, pois representa um 29 enriquecimento da personalidade humana.” (CHIAVENATO, 1999, p. 290) O treinamento precisa ser planejado de forma ordenada, no qual o desenvolvimento de competências alcance um objetivo determinado num pequeno espaço de tempo. Para sistematizar um treinamento eficaz o pedagogo empresarial precisa realizar uma análise diagnóstica para constatar os cargos que necessitam de treinamento, e a competência que precisa ser desenvolvida com esses funcionários. Vale ressaltar que o treinamento pode ser planejado para resolver problemas já existentes na organização, ou para preparar os funcionários para os avanços existentes como uma medida preventiva, tornando-os sempre atualizados para as necessidades do mercado. Ao levantar esses dados da análise diagnóstica, o pedagogo empresarial precisa viabilizar um local adequado e buscar um profissional capacitado a lecionar para os funcionários no qual ele forneça as informações necessárias para aprendizagem e desenvolvimento de competências apontadas pela própria empresa. Para concluir o pedagogo empresarial precisa avaliar se o treinamento provocou as transformações desejadas e possibilitou a chance dos funcionários alcançarem a competência demandada pela empresa. 30 CAPÍTULO III Os Desafios do Pedagogo Empresarial Ao longo desse estudo já vimos como surgiu essa nova atribuição ao pedagogo que antigamente estava mais centrado ao ambiente escolar. Em seguida, pudemos entender de que forma o pedagogo empresarial atua nas organizações. Este presente capítulo vem mostrar os desafios encontrados pelos pedagogos empresariais em sua jornada de auxiliar no processo de desenvolvimento da organização através da gestão de pessoas. Vivemos numa sociedade em plena era da informação e se o pedagogo empresarial precisa estimular as organizações frente às novidades que surgem, ele precisa estar ainda mais a frente, atualizado com as novas tendências. As empresas precisam das pessoas para produzir, servir e para se destacarem frente a competitividade do mercado. A questão é que o relacionamento entre a organização e seus funcionários é totalmente diferente de antigamente. Hoje as empresas encaram desafios na gestão de pessoas e para que eventuais problemas não reflitam na produtividade, lucratividade ou na qualidade de produtos e serviços, é importante que a organização invista no desenvolvimento das pessoas, preparando-as e motivando-as. O setor de Recursos Humanos da empresa deve prestar assistência à empresa a vencer esses desafios, deixando de lado o papel fiscalizador que muitos RHs exerciam no passado, atuando como parceiro na evolução dos trabalhadores, impulsionando a participação dos funcionários através do investimento no capital intelectual, para que elas possam empregar as habilidades desenvolvidas. Pode-se dizer que se encontram aí os desafios do pedagogo empresarial: 31 3.1 – Constante atualização O pedagogo empresarial precisa estar em constante atualização, para que ele possa sempre fornecer o que há de mais moderno as organizações. O avanço da tecnologia leva a uma aceleração do fluxo do conhecimento e, por conseguinte, numa veloz obsolescência. A internet tem sido uma ferramenta que tem fornecido um importante suporte para a atualização das informações. “O avanço e a disseminação das tecnologias da informação e da comunicação está impactando as formas de convivência social, de organização do trabalho e do exercício da cidadania. economia confronta o A internacionalização Brasil com a da necessidade indispensável de dispor de profissionais qualificados.” (BRASIL, Parecer CNE/CP09/2001, p. 3) 3.2 – Conscientização das empresas Por meio de sua constante atualização, o pedagogo empresarial identifica a necessidade de a empresa modernizar-se. Sendo assim, o pedagogo empresarial sugere a elaboração de projetos e treinamento à empresa, porém muitas empresas ainda se mostram resistentes ao investimento ao capital humano e ele precisa estimular a gestão da mudança na organização. O pedagogo empresarial tem o trabalho ainda mais árduo quando precisa convencer a empresa que aplicar em educação e treinamento é um grande investimento, pois os resultados obtidos com essa estratégia são: destaque na empresa frente à competitividade no mercado, mais empregabilidade – que vem a ser a capacidade do trabalhador se adequar 32 profissionalmente a um emprego – avanço nas relações interpessoais na empresa e prestígio no trabalho com a valorização do pessoal. Para que a empresa considere esse investimento como um caminho a seguir, os objetivos a serem alcançados precisam ser claramente compreendidos, pois só assim, ela vai reconhecer a necessidade de promover a mudança. “Nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo”. Gandhi Atualmente, o próprio mercado já tem exigido das empresas uma postura mais sólida quanto a responsabilidade social, o que legitima a necessidade de se pensar em educação e traz a tona a grande importância do pedagogo na empresa, que desempenha seu papel mediador. Antigamente as empresas tratavam as pessoas como objetos, passivos na organização. Podiam ser comparadas as máquinas ou a instrumentos de trabalho. O pedagogo empresarial tem um papel muito importante em garantir que a gestão de pessoas atual, que busca quebrar com essa maneira tradicional de tratar os funcionários, seja pautada. A concepção atual valoriza as pessoas, pois dá a possibilidade a elas de participarem da empresa e não serem meras executoras de tarefas. E ao participarem da solução de problemas existentes na organização elas desenvolvem constantes melhorias e as organizações crescem e se solidificam. “Se as organizações são compostas de pessoas e estas precisam engajar-se em organizações para alcançar seus objetivos, nem sempre este casamento é fácil. Se as organizações são diferentes entre si, ocorre o mesmo com as pessoas que por serem diferentes individualmente possuem suas próprias características separadamente.” (NOGUEIRA, 2005) 33 As empresas passaram a considerar mais o investimento em educação, pois por um lado havia uma constatação de que os profissionais da empresa não estavam totalmente qualificados a atenderem as exigências de mercado e por outro lado há a necessidade de um aprendizado permanente que ampare a empresa e aos funcionários, frente a permanente modernização. Para Franco (2005): “à medida que a sociedade se tornou tão complexa, há que se expandir a intencionalidade educativa para diversos contextos, abrangendo diferentes tipos de formação necessárias ao exercício pleno da cidadania” 3.3 – Aceitação dos funcionários Após a aceitação da organização é necessário estimular funcionários adultos para que se tornem motivados a se capacitarem. Uma estratégia interessante é estudar a viabilidade de a empresa atenuar a carga horária de trabalho daqueles que queiram investir em seus estudos e estabelecer parcerias com universidades, para que ofereçam bolsas, descontos ou alguma vantagem. Antigamente, havia uma divisão mais intensa que separava os momentos da vida das pessoas: numa primeira fase, as pessoas se dedicavam aos estudos, e após a formação, elas se dedicavam a vida profissional. Atualmente, a manutenção do aperfeiçoamento dos funcionários é determinante para a conservação da empresa e as empresas carecem complementar os conhecimentos acadêmicos de seus funcionários. “(...) as transformações científicas e tecnológicas, que ocorrem de forma acelerada, exigem das pessoas novas aprendizagens, não somente no período de formação, mas ao longo da vida.” (BRASIL, Parecer CNE/CP09/2001, p. 7) 34 Para colocar seus projetos em prática, o pedagogo empresarial precisa da interação de todos, pois para que ele construa um projeto que realmente atinja as necessidades é importante que ele realize um trabalho integrado com todos. 3.4 – Formação do Pedagogo Empresarial A própria formação do pedagogo empresarial constitui-se num grande desafio. Apesar de os Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura, elaborados pela Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação em 2010 considerar que o curso de pedagogia na forma de licenciatura legitima empresas como possíveis ambientes de atuação, o próprio Referencial afirma que o perfil do licenciado em pedagogia centraliza na docência da educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. “Ambientes de atuação: (...) em empresas que demandem sua formação específica e em instituições que desenvolvem pesquisas educacionais. Também pode atuar de forma autônoma, em empresa própria ou prestando consultoria.” (p.88) “Perfil do Egresso: O Licenciado em Pedagogia ou Pedagogo é o professor que planeja, organiza e desenvolve atividades e materiais relativos à Educação Básica. Sua atribuição central é a docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, que requer sólidos conhecimentos sobre os fundamentos da Educação, sobre seu desenvolvimento histórico e suas relações com diversas áreas; assim como sobre estratégias para transposição do conhecimento pedagógico em saber escolar.” (p.88) 35 Além de o Referencial priorizar a docência, vale destacar que a faixa etária da educação infantil e do ensino fundamental que é contemplada no referencial como a atribuição central do pedagogo não corresponde à mesma na qual o pedagogo empresarial vai encontrar em seu campo de trabalho. Logo, o pedagogo empresarial necessita desenvolver essas formações através de cursos de extensão e pós-graduação. Outra questão enfrentada pelo pedagogo empresarial é a falta de seu reconhecimento na Classificação Brasileira de Ocupações – CBO – que vem a ser: “A Classificação Brasileira de Ocupações - CBO é o documento normalizador do reconhecimento (Reconhecimento para fins classificatórios, sem função de regulamentação profissional), da nomeação e da codificação dos títulos e conteúdos das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. É ao mesmo tempo uma classificação enumerativa e uma classificação descritiva.” (Classificação Brasileira de Ocupações) No site da Classificação Brasileira de Ocupações – CBO –, que encontra-se no Portal do Trabalho e Emprego do Ministério do Trabalho e Emprego, ao buscar no espaço próprio para busca de ocupações por pedagogo empresarial, uma mensagem é mostrada dizendo que a palavra chave não foi encontrada. Ao buscar no mesmo campo por apenas pedagogo, alguns títulos são encontrados e ao refinar a pesquisa, clicando em na palavra pedagogo, novos títulos são encontrados, mas em nenhum dele há o pedagogo empresarial. 36 CONCLUSÃO As mudanças ocorridas no cenário mundial nos últimos tempos provocaram grandes modificações nas empresas. O processo de globalização, a modernidade tecnológica e a busca incessante pela produtividade acarretaram numa procura pela qualidade num mercado cada vez mais competitivo e surpreendente. As transformações que aconteceram na sociedade refletiram nas relações de trabalho das organizações e reconheceu-se a urgência de modificar o olhar pelos profissionais, visando por um trabalhador com Competência – Conhecimento, Habilidade e Atitude. Mas, mais do que buscar por esses profissionais, as empresas passaram a investir na formação desses profissionais através de projetos e treinamentos. As novas exigências do mercado não eram contempladas pela educação escolar. Isso fez com que a pedagogia ampliasse seus horizontes, alcançando novos espaços. Até bem pouco tempo, imaginava-se a pedagogia abrangendo apenas ambientes escolares, sem que houvesse outra perspectiva. A questão é que a educação escolar é uma das dimensões da pedagogia, mas não é a única. E foi através da exigência do mercado de responder rapidamente as mudanças ocorridas mo ambiente que se pensou na educação como ferramenta essencial deste processo. Compreende-se aí a atuação do pedagogo empresarial. Cabe ao pedagogo empresarial operar o planejamento e a implantação de treinamentos educacionais que venham a solucionar as necessidades da empresa quanto ao desenvolvimento profissional do trabalhador. Para alcançar os objetivos propostos, o pedagogo empresarial precisa provocar um clima organizacional motivador, e ao estimular os funcionários, utiliza as suas técnicas e metodologias que asseguram a aprendizagem, mas melhor do que isso, todo esse processo promove uma transformação não só profissional, mas pessoal. 37 O departamento de recursos humanos também se transformou. Ele auxilia o desenvolvimento de competências das pessoas, para que elas se tornem mais produtivas e venham a contribuir com os objetivos organizacionais, oferecendo oportunidade para isso. Apesar de toda a relevância existente na atuação do pedagogo empresarial, muitos são os desafios enfrentados. Entre eles encontra-se a própria formação, já que o curso de pedagogia tem sua maior ênfase da docência das séries iniciais. Além disso, o pedagogo empresarial precisa estar em constante atualização para orientar a empresa da melhor maneira. Contudo, o pedagogo é impulsionado por desafios, pois é através deles que se gera a reflexão e uma resolução para sanar tal dificuldade e é aí que se constitui o ato educativo. Ao se refletir sobre as demandas de uma organização, confirma-se a importante contribuição que o pedagogo empresarial pode oferecer para a conquista de êxito em uma empresa. É necessário agora lutar para que ele seja reconhecido pela sua atuação. 38 ANEXOS Índice de anexos Anexo 1: O Papel do Pedagogo no ambiente Empresarial. Entrevista à Revista Vencer. Fonte: http://www.assertiva.com.br/revis08.htm 39 ANEXO 1 O Papel do Pedagogo no ambiente Empresarial entrevista à Revista Vencer Fonte: http://www.assertiva.com.br/revis08.htm 1 - Todas as pessoas que se formam em pedagogia estão aptas a trabalhar com pedagogia empresarial? Não. Nenhum curso isoladamente prepara totalmente um profissional para ingressar na empresa. Esse é um dos motivos que proliferaram os programas de trainees nas organizações. O foco do curso de pedagogia é a educação infanto-juvenil. Depois do curso de pedagogia, é interessante fazer uma especialização na área organizacional e estudar bastante sobre andragogia (educação de adultos). O pedagogo empresarial deve considerar as *premissas básicas do processo ensino/aprendizagem do adulto, que são: 1. “Os adultos devem ter desejo de aprender” - devem ter uma forte motivação interna que os leve a adquirir conhecimentos e/ou habilidades. 2. “Os adultos aprenderão somente o que sentem necessidade de aprender” - necessitam de conhecimentos com aplicabilidade imediata; querem ensinamentos simples e diretos. 3. “Os adultos aprendem fazendo” - os adultos esquecem dentro de um ano 50% do que aprenderam de forma passiva, e em 2 anos esquecerão 80%. A retenção de conhecimentos é mais elevada quando o homem participa ativamente do processo de aprendizagem. 40 4. “A aprendizagem se centraliza em problemas e os problemas devem ser reais” - tirados de experiências, com soluções práticas e precisas das quais se possam deduzir princípios. 5. “Os novos conhecimentos devem ser relacionados com suas experiências anteriores e integrados às mesmas”. 6. “Os adultos aprendem melhor em ambiente informal”. 7. “Os adultos querem sentir-se responsáveis por sua própria aprendizagem” - necessitam de oportunidades onde realizem a auto-avaliação do seu progresso”. James, Davis “ Learning in Adults em Education”, BBC - Publications, London, 1972 2 - Como é o trabalho desenvolvido por um pedagogo dentro de uma empresa? O pedagogo pode aplicar os conhecimentos de pedagogia (leia-se andragogia) na empresa, direcionando-se para dois principais focos: Foco no funcionário da empresa e foco no produto da empresa. No primeiro foco, a área mais propicia é a de Gestão de pessoas, antiga RH, na atividade específica de educação do trabalhador (Treinamento e Desenvolvimento). No segundo foco, o pedagogo pode trabalhar em empresas que atuam com o produto educação, por exemplo, em escolas, editoras, ONG’S, etc. Na área de Gestão de Pessoas, o pedagogo dá continuidade ao processo educacional da pessoa, enfocando agora as competências profissionais, as quais viabilizam o atingimento dos resultados esperados pela empresa. Para isso, o pedagago usa de instrumentos pedagógicos para diagnosticar as necessidades de educação desse profissional comparando-as 41 ao perfil esperado pela empresa/cargo. Planeja as ações educacionais que desenvolverão os gap’s detectados, executa as ações que podem ser um curso, workshop, estágios, rodízio de funções, visitas, viagens, reuniões de feedback, coaching individualizado; o pedagogo ainda desenvolve mecanismos de acompanhamento e avaliação dos resultados do processo de aprendizagem. Seu papel é muito importante, pois ele atua no comportamento das pessoas. Depois de muitas controvérsias surgidas em torno do conceito do mecanismo da aprendizagem, chega-se a admitir unanimemente com as mais diversas formulações que "aprender equivale a modificar comportamentos". Para que se possa falar em aprendizagem, isto é, para que possa dizer que a pessoa aprendeu, deve-se observar no seu comportamento uma mudança real e permanente. O QUE UM ADULTO QUER QUANDO ESTÁ NUMA SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM. Além das motivações comuns, tais como a curiosidade e a necessidade de saber; o sucesso pessoal; a prova de si mesmo, medir-se, a performance auto - avaliadora; a necessidade de realização própria , e a competição com os colegas, a necessidade de sair-se bem perante o outro, existem as motivações específicas dos adultos que devem ser levadas em consideração pelo pedagogo ao planejar as atividades de treinamento e desenvolvimento. São elas: • A utilidade. Embora o adjetivo “útil” seja dado a conhecimentos diferentes conforme as pessoas, a percepção da utilidade é estimulante, seja para si, para aqueles pelos quais somos responsáveis, para o trabalho a executar, para a consecução dos objetivos pessoais, etc. 42 • A percepção clara da finalidade tem um efeito motivador sobre o engajamento pessoal no trabalho “Saber para onde se vai” é uma necessidade adulta, que justifica o caminho proposto e faz aceitar os obstáculos eventuais. • A facilidade. A clareza da exposição, a ordem racional, a facilitação do conhecimento a ser adquirido são fatores motivadores. • O prestígio social é um valor e, como tal, motivador. A procura de status social, de promoção, de consideração, estimula os esforços pessoais. • Pertencer a um determinado grupo determina atividades e aquisições com a finalidade de colocar-se ao nível. Os objetivos grupais são almejados como objetivos pessoais sob a pressão grupal. Para atender essas necessidades e motivações dos adultos, o facilitador pedagogo, ao planejar uma atividade de treinamento e desenvolvimento, deve perguntar: Quais conhecimentos, quais habilidades e quais atitudes, a pessoa deverá apresentar ao final do treinamento? Na verdade, essas três questões referem-se ao CHA, que são as três áreas de aprendizagem das pessoas: C= Conhecimento (o que saber) H= Habilidade (o que fazer) A= Atitude (querer fazer) Vamos lembrar que estamos na era do conhecimento, e um dos fatores que mais valoriza a empresa é o seu capital intelectual. Portanto, a troca do conhecimento, o processo ensino/aprendizagem empresarial mais do que nunca é atual e necessário para que as empresas sobrevivam neste cenário pressionado pela acirrada competitividade. 43 3 - Quais os melhores cursos de especialização nesta área? Antes, em algumas faculdades, o curso de pedagogia oferecia uma especialização em pedagogia empresarial. Atualmente, a especialização é oferecida por cursos de pós-graduação em Gestão de RH/Pessoas. São cursos que dão uma visão mais sistêmica do mundo empresarial e que ajuda o pedagogo a adequar seus conteúdos didático-pedagógicos ao ambiente organizacional. 4 - Como surgiu este campo da pedagogia? É recente? Na empresa, penso que o trabalho do pedagogo foi estimulado com a criação da lei 6297, na década de 70, a qual permitia às empresas descontarem do imposto de renda, um percentual dos gastos feitos com treinamento de mão de obra. 5 - Qual o maior desafio para um pedagogo empresarial? Eu vou responder a esta questão, baseando-me na frase abaixo: “Não basta que exista educação para que um povo tenha seu destino garantido. É preciso determinar o teor educacional para que se saiba em que direção está caminhando ou deixando de caminhar uma nação” (Arduini, 1975, p. 117) O pedagogo precisa estar sempre atento à ética profissional ao planejar o processo educacional das pessoas na empresa, de forma a: • Não bloquear os processos de crescimento e a evolução da pessoa; • Criar um clima de aprendizagem que desperta nas pessoas a vontade de adquirir novos conhecimentos, habilidades e atitudes e fornecer ao outro o seu conhecimento tácito, ou seja, seus conhecimentos e experiências de vida. 44 6 - Que fatores mais influenciam o trabalho de um pedagogo empresarial (tecnologia, mudanças de gestão, etc)? Na verdade toda mudança seja ela tecnológica, cultural ou de modelos de gestão afeta diretamente o trabalho do pedagogo, se implicar na reflexão e criação de novos hábitos e competências por parte dos funcionários. 7 - Como está o mercado de trabalho: há bastante campo para quem decide seguir esta área? Para bons profissionais sempre há campo. Hoje é voz corrente dentro das organizações a palavra Mudança e Gestão do Conhecimento. Nesse contexto o papel do pedagogo é fundamental, pois normalmente todo processo de mudança exige uma ação educacional no ambiente da empresa e gerir o conhecimento é uma tarefa, antes de tudo, de mudança de valores organizacionais. 8 - O que fazer para se manter sempre bem atualizado? O que todo profissional da nova ordem mundial deve fazer. Estudar, ler, fazer pesquisas e praticar as novas ferramentas de ensino/aprendizagem organizacional, sempre permeado pelo espírito crítico do educador. 9. Quais são as competências necessárias para o pedagogo desempenhar eficazmente seu papel no mundo empresarial? Além das competências exigidas de um profissional do século 21, o pedagogo deve possuir as competências essenciais do educador. Vou apropriar-me de algumas competências citadas por Philippe Perrenoud, em seu Livro “10 Novas Competências para Ensinar”- Editora Artmed, que considero as principais no ambiente empresarial. 1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem. 45 2. Administrar a progressão das aprendizagens. 3. Envolver os educandos em sua aprendizagem e em seu trabalho. 4. Informar e envolver os gestores do educando no processo. 5. Trabalhar em equipe. 6. Utilizar as novas tecnologias no processo educacional. 7. Administrar os deveres e os dilemas éticos da profissão de educador. 8. Administrar sua própria formação contínua. 46 47 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Recursos Humanos. 5. ed: São Paulo: Atlas, 2003. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: o capital humano das Organizações. 8. ed: São Paulo: Atlas, 2006. FRANCO, Maria Amélia R. S. A Pedagogia como ciência da educação: entre práxis e epistemologia. 2001. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação. Universidade de São Paulo. São Paulo. FRANCO, Maria Amélia R. S. Nas trilhas e tramas de uma escola pública: abordagem fenomenológica de um relato de experiência. 1996. Dissertação (Mestrado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo. LOPES, Izolda. Pedagogia Empresarial: formas e contextos de atuação. Izolda Lopes (organizadora), Ana Beatriz Trindade, Marcia Alvim Cadinha. 4. ed: Rio de Janeiro: Wak, 2011. PALMEIRA, Cristina Gomes. ROI de treinamento, capacitação & formação profissional. Retorno de Investimento. 2. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008. RIBEIRO, Amelia Escotto do Amaral. Pedagogia empresarial: atuação do pedagogo na empresa. Rio de Janeiro: Wak, 2003. 48 WEBGRAFIA CONSULTADA BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP 009/2001. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. 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Rio de Janeiro: Universidade Veiga de Almeida, 2006. In: SANTOS, Rafaela Cardoso dos. Procedimentos técnicos e humanizados do Pedagogo Empresarial em ação. Rio de Janeiro, 2007. <URL: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/pemp06.htm> Data de acesso: 16/07/2012. WILBERT, Adriana Zanqueta. Aprendizagem nas organizações do conhecimento: uma proposta metodológica para o processo de Formação Continuada. Dissertação de mestrado, apresentada ao Programa de Pósgraduação em Engenharia de Produção da UFSC. Florianópolis, 2002. In: http://monografias.brasilescola.com/pedagogia/a-insercao-pedagogo-nasorganizacoes-publicas-privadas.htm Data de acesso: 16/07/2012. 52 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTO 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 07 SUMÁRIO 08 INTRODUÇÃO 09 CAPÍTULO I - O Nascimento do Pedagogo Empresarial 11 1.1 – Pedagogo 11 1.2 – Educação em espaços escolares e não escolares 14 1.3 – Pedagogo Empresarial 17 CAPÍTULO II - A Atuação do Pedagogo Empresarial 21 2.1 – Universidades Corporativas 22 2.2 – Projetos 23 2.3 – Treinamento 25 CAPÍTULO III - Os Desafios do Pedagogo Empresarial 30 3.1 – Constante atualização 31 3.2 – Conscientização das empresas 31 3.3 – Aceitação dos funcionários 33 3.4 – Formação do Pedagogo Empresarial 34 CONCLUSÃO 36 ANEXOS 39 BIBLIOGRAFIA 47 WEBGRAFIA ÍNDICE 48 52