Ilha de Santa Maria - Açores - Portugal Director: João de Sousa Braga - Mensário - Ano XXXVIII - 2ª Série EDITORIAL Este mês ficou marcado pela tomada de posse do Presidente da República, Professor Aníbal Cavaco Silva. No seu discurso fez um retrato da situação do país, sublinhando que Portugal vive “uma situação de emergência económica, financeira e social”. Foi um discurso duro para o Governo, elogiado pela direita e criCcado pela esquerda. Contudo as observações que me pareceram correctas a este discurso foram as do anCgopresidentedarepúblicaRamalhoEanesque classificou o discurso de razoável dada a situação actual do País, mas que Cavaco “esqueceu a crise externa e a influência da crise externa na nossa própria crise”. Reparo também feito pelo Primeiro Ministro, José Socrates. Ramalho Eanes, que encabeçouacomissãodehonradacandidaturade Cavaco Silva, também referiu que "há países que resisCram à crise e outros que não resisCram", e considerou "as acusações" que são feitas ao Governo socialista "excessivas". Apesar de sabermos que as relações entre o Governo e a Presidência da República não são boas, estamos convictos que de um lado e de outro saberão colocar os interesses nacionais acima de tudo. Poucos dias depois esteve a debate na Assembleia da República a moção de censura ao Governo da autoria do Bloco de Esquerda. Mais um fait divers parCdário, sem quaisquer consequências. Mas o que realmente vai doer são as novas medidas de austeridade já anunciadas pelo Governo da República, em que as verbas para as regiões autónomaseautarquiasvãoserreduzidas,alémde outrosimpostosqueserãolançados.Esperam-nos dias e anos di/ceis. Mas, em Santa Maria o que realmentesobresaltouosmarienses,nestemês,foi oaparecimentodeumabaixoassinado,dirigidoao PresidentedoGovernoRegionaleaoPresidenteda Assembleia LegislaCva Regional dos Açores, visando impedir que se faça em Santa Maria o campo de golfe, invocando-se razões de rentabilidade e sustentabilidade do invesCmento; de inflacionamento drásCco do valor dos prédios rúsCcos da ilha , da falta de um estudo de impacto ambiental e da falta de garanCa de autosustentação em termos de necessidade de água. Várias têmsido asreacçõesaesteabaixo assinado, mesmo de pessoas de outras ilhas, que já divulgámos no jornal “ONLINE” e que vamos tambémtrazeralumenestejornalparaummelhor esclarecimento. No nosso entendimento um campo de golfe não rouba terrenos a Santa Maria, nem os torna menos férteis. Eles estão lá, em Almagreira, e lá ficarão. Um campo de golfe é uma mais valia e um atracCvo valioso para Santa Maria ser incluida em vários circuitos turísCcos, a nível região, além de potenciar o alargamento da sazonalidade. Actualmente o turismo mariense resume-se a dois meses no verão, esgotando-se a capacidade da ilha, no mês de Agosto. Esta sazonalidade não é suficiente para rentabilizar quaisqquer invesCmentos, quer de âmbito rural, quer deunidadeshoteleiras.Senãoconseguirmos alargar a sazonalidade, com acCvidades diversificadas,eogolfeéumadelas,estagnaremos a olhar para o slogan de “Ilha do Sol” e não teremos hipóteses de crescermos mais, porque não irão aparecer invesCdores perante aquilo que éanossarealidadeclimatérica.Háque assentaros pés no chão. Precisamos de diversificar a oferta turísCca, e a construção do Campo deGolfe vem neste senCdo e é um invesCmento que trará empregos directos, mais movimento para outras acCvidades económicas, gerando também empregos indirectos. 18 de Março de 2011 - %º 405 Preço: € 1,70 - Porte Subsidiado ANIMAÇÃO E ALEGRIA NO CARNAVAL MARIENSE AÇORES E SANTA MARIA PRESENTES NA BTL Página 5 TOMADA DE POSSE DE CAVACO SILVA Página 13 CAMPO DE GOLFE EM SANTA MARIA Páginas 20, 21 e 28 Páginas 14 e 15 Médica Isabel Mota pede reforma antecipadaapós30 Anos de carreira Página 9 RumoresdequefoidespedidaoudemiCdanegados por ela e pelo presidente do Conselho de AdministraçãodaUnidadedeSaúdedeIlhadeSanta Maria Município de Vila do Porto assinalaDiaInternacionalda Protecção Civil Página 6 ESA em Santa Maria acompanhou lançamento do foguetão Ariane Página 11 Entrevista com o Dr. Luís Elmano Barroco 2 Informação Local Março de 2011 Na sequência de várias entrevistas que temos vindo a fazer a vários empresários marienses ligados às actividades turísticas, fomos, desta vez, entrevistar o Dr. Luís Elmano Barroco, um continental, com raízes nos Açores, médico de profissão, que se instalou em Santa Maria com a família e criou a empresa Garajau Empreendimentos Marítimo Turísticos. O Baluarte: Quando nasceu e o que é a empresa “ Garajau Empreendimentos Marítimo Turísticos. Luís Elmano Barroco: A empresa Garajau Empreendimentos Marítimo Turísticos teve o seu início em 1997. Tem como actividades o turismo de habitação em casa solarenga totalmente recuperada em 1997. A casa tem quatro quartos, todos com casa de banho privativa e ar condicionado. Está aberta todo o ano e funciona no sistema de dormida e pequeno almoço. Os hóspedes podem disfrutar de jardim com árvores centenárias e piscina. A casa está enquadrada numa quinta onde temos vários aviários com aves exóticas: faisões da Mongólia, Índia, Nepal e Manchúria, cracídeos ( ave exótica do Brasil), pavões indianos e de Java, pintadas da Somália (Vulturina Acrilina e Pucheria), um casal de perus ocelados (Honduras). A quinta tem também uma grande colecção de patos exóticos. Tendo alguns membros da família uma paixão p’elos cavalos, inaugurámos em 2005 um picadeiro coberto, o que juntamente com outro aberto e 12 boxes, sala de arreios e zona de duches permitiu criar condições para o nascer de um Centro Hípico. Neste momento com sete cavalos, três póneis (Shetland) 2 duas garranas (ponei português) o Centro Hípico foi reconhecido como Centro de Ensino e Exames até Sela 4. O Centro está federado o que obriga para estar legal, quer junto da Federação Equestre Portuguesa (FEP), como da Direcção Regional do Desporto a ter um monitor reconhecido e inscrito na FEP. O Centro está encerrado desde Agosto de 2010 por não termos conseguido até agora encontrar um monitor que reuna as condições para estar em Santa Maria. Não se compreende que numa altura em que tanto se fala para desenvolver o desporto equestre que não haja faciliProjecto dades (quer em termos de inscrição, es- tadia e disponibilidade de cavalos para as provas necessárias ao curso) para que açorianos possam adquirir esta qualificação de ajudantes ou monitores. Assim se compreende que indivíduos sem qualificação possam estar a dar aulas em locais não licenciados. O cavalo, animal de uma nobreza ímpar, é muito mal tratado em Santa Maria. Ou está peado, e muitas vezes sem água, ao sol ou à chuva, comendo cardos ou babosas ou cavalgando a troco de mangueiradas ou puxado pelos queixos atrás de uma carrinha de caixa aberta. Muito este animal poderia fazer pelas crianças saudáveis desta ilha, mas com maus comportamentos uns com os outros ou com os animais, para não falar no que ele pode fazer pelos deficientes. O programa de Hipoterapia que tivémos no Centro Hípico não conseguiu todos os objectivos que idealizámos, sabendo nós identificar bem a razão para tal. Criada há vários anos a Associação Equestre de Santa Maria, desde 2006 que não tem qualquer actividade não se percebendo bem porque ainda existe. Sobre as actividades marítimas devo acrescentar que a empresa é proprietária de dois barcos ( um em acordo de comodato) destinados à pesca em alto mar e ao mergulho subaquático. Ao fim de dez anos constatou-se que estas actividades não têm grande procura, quer pelo custo das viagens, que pelo tempo que se perde nas ligações. O custo dos seguros, inspecções dos barcos, e alojamento na Marina, a par das exigências anuais da DRTAM, foram razões suficientes para que, não estando prevista na legislação a possibilidade de suspender temporariamente a actividade, optássemos por parar. No âmbito da Restauração e Gastronomia construimos um restaurante em São Pedro. Ao fazê-lo pretendíamos que fosse um restaurante diferente, quer na decoração, quer no ambiente e qualidade da cozinha, o que conseguimos. Mas São Pedro é muito longe do Centro da Vila e com excepção dos meses Março de 2011 Informação Local Entrevista com o Dr. Luís Elmano Barroco (Continuação) de verão não há movimento que justifique estar aberto. Há três anos, depois de termos recuperado um prédio na Vila, decidimos abrir um novo espaço de restauração, um take away, cafetaria e este ano restaurante. É um espaço que pretendíamos viesse a preencher um pequeno nicho de mercado. Começo a pensar que também não é isto que faz falta em Santa Maria. Baluarte: Porquê Santa Maria e não outra ilha? Em 1997, quando adquiri a primeira casa em Santa Maria, no lugar da Aze- LEB: O que pensa do turismo na ilha e quais os reflexos na sua empresa? O turismo em Santa Maria poderá vir a ser uma realidade quando o que tem para oferecer possa estar integrado na oferta turística de outras ilhas. Agências de viagens com pacotes em que se defina o que se pode fazer em três dias em Santa Maria e não apenas que se diga no folheto que há tempo para subir e descer nas ruas principais e comtemplar os sacos de lixo à porta. O Golfe poderá trazer algum dinamismo pois os golfistas gostam de Baluarte: A gastronomia e os desportos náuticos são produtos estratégicos apontados para Santa Maria no Plano de Desenvolvimento Trístico da Região ? O que pensa disto? LEB: Como já dissemos tanto os desportos náuticos (mergulho, caça submarina, observação de baleias, golfinhos e cachalotes, assim como a pesca desportiva ou lúdica), como passeios pedestres, golfe e observação das Baluarte: Como é notório a ilha em termos turísticos apresenta uma grande sazonalidade. É possível inverter esta situação? Como? LEB: Só há uma maneira de a contornar e consiste em diversificar pelo ano inteiro actividades que até agora se encontram concentradas nos meses de verão. fazer percursos em campos diferentes e daí que as organizações de Torneios ou as Agências de Viagens possam organizar esses pacotes. Os preços das viagens mais uma vez poderão ser o senão. Turismo em espaço rural e incentivos à recuperação de casas poderá ajudar a recuperar a Casa Típica Mariense e proporcionar estadias a preços razoá- Pescador desportivo desaparecido na Baía do Tagarete veis, que poderiam ser uma ajuda para quem não tem subsídios. Provavelmente os hotéis não veriam com bons olhos esta iniciativa. aves poderão ser os motivos de descobrir Santa Maria nha de Baixo, a ideia era ter um sítio calmo para descansar alguns dias por ano, pescar e disfrutar da natureza. O vir para os açores foi um pouco regressar às origens, pois a minha mãe médica, nascida em Vila Franca do Campo e antepassados maternos são de São Miguel. Um pouco por iniciativa dos filhos fui realizando os projectos que citei. 3 Baluarte: Que outros assuntos desejaria colocar, que na sua opinião tenham interesse para se desenvolver o turismo em Santa Maria? LEB: Os empresários marienses, aqueles que vivam dos seus negócios, deverão reagir às medidas que os estejam a estrangular ou então só sobrevivem as actividades com subsídios. José Manuel Corvelo Andrade foi pescar para a Baía do Tagarete, no norte da ilha, no passado dia 20 de Fevereiro. Não regressou a casa e desapareceu no mar. Tinha 32 anos e era natural da freguesia de Santa Bárbara. A Capitania do Porto de Vila do Porto, após ter tido conhecimento do ocorrido, 22H30 desse dia, activou de imediato as buscas com o seu pessoal, bombeiros e voluntários. No dia 21, segunda feira, veio de São Miguel, uma embarcação da marinha com cinco mergulhadores profissionais, que se juntaram aos mergulhadores locais que já se encontravam a bater a zona do desaparecimento. Os mergulhadores foram confrontados com o mau estado do mar, fortes correntes para fora e águas completamente turvas e sem qualquer visibilidade. Os mergulhadores da Marinha, que chegaram por volta das 16H00, e após um mergulho de cerca de 30 minutos regressaram à ilha de São Miguel. Segundo informações das autoridades marítimas o regresso dos mergulhadores da Marinha a São Miguel deve-se ao facto das más condições do mar e da má visibilidade das águas, e também porque as previsões do estado do mar eram para piorar, contudo acrescentaram que houve sempre a intenção de regressarem caso se afigurasse necessário, o que veio a acontecer na quarta-feira, dia 24 de fevereiro. O regresso dos mergulhadores da Marinha a São Miguel, causou desagrado e uma forte indignação por parte dos familiares e das pessoas envolvidas porque esperavam que ficassem na ilha para continuarem as buscas, no dia seguinte. Entretanto, na terça-feira, dia 22, as buscas continuaram com os meios existentes na ilha e a ajuda de voluntários, sem qualquer resultado. Apesar de tudo e segundo informações colhidas junto de voluntários envolvidos nestas buscas, as autoridades locais da Marinha empenharam-se a fundo nas buscas, e fizeram um bom trabalho, independentemente dos meios exíguos disponíveis. Na quarta-feira as buscas prosseguiram envolvendo meios aéreos e mergulhadores da Marinha, provenientes de São Miguel, também sem resultados. A Autoridade Marítima divulgou uma nota sobre o ocorrido, que publicámos no jornal online. As buscas nos dias subsequentes foram alargadas a toda a ilha, não tendo havido resultados positivos. Entretanto ficou no ar a questão de falta de meios adequados na ilha para a busca e salvamento no mar. Esta triste ocorrência e o caso dos dois náufragos de um veleiro que afundou, no passado dia 12 de fevereiro, e que foram salvos a 18 milhas a sul de Santa Maria pela Força Aérea, vieram despoletar este problema. No caso dos náufragos sairam embarcações de Santa Maria, em condições de mar muito adversas, mas mesmo assim localizaram os náufragos e deram informações precisas à Força Aérea. Nesta altura foi notória a insuficiência de meios das autoridades marítimas locais. A questão merece uma reflexão séria. Santa Maria tem de ter meios adequados de socorro no mar. Somos uma ilha. Temos mar por todos os lados. Estas coisas acontecem. Aqui fica o nosso alvitre. 4 Assembleia Municipal de Vila do Porto Informação Local Reuniu em sessão ordinária, no passado dia 28 de Fevereiro , pelas 09H30, a Assembleia Municipal de Vila do Porto, conforme convocação do seu presidente, Sr. Paulo Henrique Parece Batista. Conforme consta da agenda de trabalhos o Presidente da Câmara através de informação escrita deu a conhecer aos deputados municipais as actividades da Câmara Municipal, tendo-se de seguida discutido e aprovado, por unanimidade, o Regulamento de Recuperação de Habitações Degradadas de Extractos Sociais Desfavorecidos. Esteve depois em discussão e análise a tão badalada “Compensação Remuneratória “ que a Câmara Municipal já havia aprovado, por unânimidade, e que baixou à Assembleia Municipal . Da votação verificou-se a abstenção do PSD, os votos favoráveis do PS e o voto contra do único deputado da CDU. Os deputados municipais do PSD, apesar da sua abstenção e da aprovação da Câmara Municipal fizeram questão de marcar uma posição contra a matéria com uma declaração de voto, que reza o seguinte: Declaração de Voto “A decisão do Governo Regional dos Açores, apoiada por uma maioria Parlamentar Socialista na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, contraria os princípios de igualdade entre todos os funcionários públicos, é uma afronta às dificuldades financeiras actuais do País e demonstra uma clara falta de solidariedade Nacional, tanta vez reclamada pelo poder Regional. É uma decisão que visa proteger os interesses do Governo Regional dos Açores, ou seja, compensar aqueles que ocupam cargos de chefias intermédias na estrutura Regional e que por si foram nomeados. É uma decisão desprovida dos mais elevados valores éticos e morais, porque não beneficia os trabalhadores Regionais de menores rendimentos, que viram ser retirado o abono de família dos seus filhos por exemplo, no início deste ano. Sobre este assunto não houve capacidade ou interesse em criar legislação específica na Região Autónoma dos Açores. O voto dos Deputados Municipais, abaixo assinados, do Partido Social Democrata é no sentido da abstenção por ser nosso entendimento que os funcionários do Município de Vila do Porto, incluídos nestes escalões de rendimentos, não deverão ser os únicos prejudicados, ao não lhes ser atribuída a remuneração compensatória, decidida por Decreto Legislativo Regional de excepção. Se hoje, aqui estivéssemos, a nos pronunciar, única e exclusivamente, sobre as injustiças da atribuição da remuneração compensatória tomada a montante pelos Órgãos de Governo próprio da Região Autónoma dos Açores, o nosso Março de 2011 sentido de voto seria claramente contra.” Por sua vez o Grupo Municipal do PS apresentou um Voto de Pesar pelo falecimento do Sr. Moutinho de Almeida e, com o seguinte teor: VOTO DE PESAR Falecimento de Raúl Moutinho de Almeida (1928 - 2011) O Grupo do PS na Assembleia Municipal de Vila do Porto, apresenta um sentido VOTO DE PESAR, pelo falecimento da ilustre e reputada figura da sociedade mariense Raúl Moutinho de Almeida, de 82 anos de idade, falecido no passado dia 9 de Fevereiro, no Centro de Saúde de Vila do Porto, após doença prolongada. Raúl Moutinho de Almeida, nascido em Lisboa em 1928 na freguesia de S.Sebastião da Pedreira, veio trabalhar para Santa Maria em Abril de 1948, como radiotelegrafista dos CTT, no Aeroporto de Santa Maria, tendo-se aqui radicado e casado. Para além de reconhecido profissional e conceituada figura pública, nutria dedicação especial à família, deixando viúva Aura Guilhermina Moniz Botelho de Almeida e era pai de Maria João Botelho Moutinho de Almeida e de Ana Isabel Botelho de Almeida Mesquita, casada com Luís António Mesquita, deixando dois netos, Raul Luís e Isabel Mesquita. Como profissional, Raul Moutinho de Almeida foi um distinto funcionário superior dos CTT, na área das telecomunicações em Santa Maria, acabando a sua carreira como Chefe do Núcleo de Comunicações de Vila do Porto, cargo que exerceu desde 1977 até à sua aposentação, em 1991. No reconhecimento da sua competência profissional e extrema dedicação ao serviço, foi distinguido pelos CTT com o prémio “Dedicação” em 1985 e 1989, tendo-lhe sido atribuída a “medalha com inscrição” e o “distintivo CTT em ouro”. Em concomitância, com o exercício profissional, desenvolveu também alguma atividade como comerciante. Foi figura influente na sociedade mariense, na qual era muito estimado e incansável lutador por todos os projetos que promovessem e desenvolvessem Santa Maria, lutando abnegadamente pelos interesses da ilha e da sua população, como aconteceu aquando da saída da placa giratória aeroportuária de Santa Maria, despindo-se de filiações partidárias em prole da luta pela sua terra. No âmbito social e político, ocupou vários cargos de direção em diferentes organismos da comunidade mariense. Destacamos particularmente as funções de Presidente da Assembleia Municipal de Vila do Porto, órgão de cúpula do poder local, ao qual hoje nós pertencemos, dando-nos orgulho e referências a competência, o empenhamento, a seriedade e o rigor da atuação do nosso ex-colega Moutinho de Almeida. Pela qualidade da sua intervenção cívica e política em Santa Maria, nomeadamente na Assembleia Municipal, “onde se bateu de forma desinteressada e vigorosa em prol dos interesses da ilha”, foi homenageado em 1997, pela Câmara Municipal de Vila do Porto, tendo-lhe concedido a Medalha de Mérito Municipal. Porque as pessoas só morrem quando nos esquecemos delas, em nome de Santa Maria e dos marienses, desejamos perpetuar a sua memória, mostrar-lhe enaltecimento público e reconhecida gratidão, associando a este Voto de Pesar uma singela, mas justa homenagem, a este grande homem da nossa ilha e da Assembleia Municipal, a qual, reconhecidamente marcou pela frontalidade, coerência e singularidade da sua atuação. %ovidade do ano %a Construção ou remodelação da sua moradia dê asas à sua imaginação Alumínios Serviços de Carpintaria e Marcenaria confecção de mobiliário ao seu gosto e medida Conte connosco Marcação a Laser Com nova maquinaria podemos executar qualquer trabalho em vidro acrílico, granitos, madeiras e outros materiais, desde tróféus a impressão fotográfica nos mais diversos substractos. Fazemos brindes para baptizados e casamentos. 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Vasco Cordeiro, que participava na abertura da Bolsa de Turismo de Lisboa, considerou “que se tem vindo a assistir a uma estabilização dos fluxos turísticos para a Região, constituindo agora uma das principais prioridades não só o reforço da notoriedade, mas também o trabalho que está a ser desenvolvido no campo das acessibilidades”, como é o caso da parceria ontem anunciada entre a SATA e a companhia francesa Aigle Azur. No âmbito dessa parceria vai ser possível, por exemplo, a um passageiro viajar nas duas companhias com um único bilhete electrónico “o que vai permitir melhorar de forma significativa as ligações entre os Açores e França”. Para o Secretário Regional da Economia, este acordo demonstra, por isso, “o papel importantíssimo que a SATA tem no desenvolvimento desta estratégia de aposta no turismo, quer através dos seus meios, quer através da realização de diversos acordos comerciais, como é o caso deste com a Aigle Azur, ou do acordo code-share que foi recentemente anunciado com a US Airways”. Segundo Vasco Cordeiro, a parceria entre a SATA e a Aigle Azur demonstra “o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, constituindo um sinal da aposta que é feita nesse mercado, mas também na Alemanha, nos Estados Unidos e no Canadá, entre outros”, acrescentou. Sobre a Bolsa de Turismo de Lisboa, Vasco Cordeiro, manifestou-se convencido de que “os Açores aparecem aqui animados e confiantes de que é possível vencer os desafios que nos são colocados pela conjuntura actual”. Um sentimento, disse ainda, “que não é apenas do Governo ou das entidades públicas, mas que é também dos empresários e dos operadores aqui presentes”. “Se cada entidade, pública ou privada, fizer bem a sua parte, acreditamos que existem todas as condições para ultrapassar esses desafios, em especial os que nos serão levantados pela actual conjuntura nacional, já que este constitui o nosso principal mercado”, considerou. Este ano os Açores têm “uma forte aposta no produto turístico concreto que a região tem para vender”, disse Vasco Cordeiro considerando a Bolsa de Turismo de Lisboa “uma importante oportunidade para a Região apresentar os seus trunfos face aos outros destinos turísticos nacionais”. Vasco Cordeiro garantiu ainda “todo o empenho do Governo dos Açores no apoio ao investimento que se destine a acções de captação de fluxos turísticos já que entendemos que essa captação deve constituir, neste momento, a nossa principal aposta”. O Stand dos Açores recebeu centenas de visitantes, destacando-se a presença do Primeiro Ministro, José Sócrates, que, entre outras actividades, teve oportunidade de testar um simulador que pretende GaCS/NM demonstrar uma subida à ilha do Pico. Santa Maria presente na BTL 2011 Stand de Santa Maria Nuno de Sá e Pepe Brix e nele, distribuido por 78 páginas, constam informações relativamente a: geografia, história, relevo, vegetação, clima, população, povoações, igrejas, monumentos, museus, bibliotecas, festas do concelho, artesanato, danças tradicionais, gastronomia, locais de maior interesse, reservas naturais, circuitos e passeios pedestres, entretenimento, lazer, mapas e contactos úteis. Para além da promoção a nível local, o stand de Santa Maria na BTL disponibilizou um boletim de promoção do destino Açores publicado pela Publiçor. “Presença de Santa Maria na BTL está ao nível das outras ilhas com a nossa dimensão” O Município de Vila do Porto marcou presença na edição de 2011 da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) que está a decorrer de 23 a 27 de Fevereiro, na Feira Internacional de Lisboa (FIL). A participação do Município Mariense neste evento visa potenciar novos contactos e promover da melhor forma a ilha de Santa Maria com destaque para a apresentação de um novo roteiro turístico, elaborado especificamente para este fim. O roteiro em questão conta com a fotografia de Atlânticoline estima transportar 130 mil passageiros na operação marítima deste ano 5 Nova mascote da empresa A Atlânticoline estima transportar cerca de 130 mil passageiros na operação marítima deste ano entre as ilhas dos Açores, mantendo os valores recorde obtidos no ano passado, mas com um aumento de quatro por cento nas receitas.Os dados foram divulgados pelo presidente da Atlânticoline, Carlos Reis, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).O responsável acrescentou que a empresa estima aumentar em oito por cento o transporte de automóveis.A operação de 2011 vai decorrer entre 17 de maio e 02 de outubro, envolvendo os navios Express Santorini e Hellenic Wind, os mesmos do ano passado.Para a operação deste ano de transporte de passageiros e viaturas entre as ilhas açorianas, a Atlânticoline apresenta como uma das novidades horários que permitem passar fins-desemana inteiros em várias ilhas.Isto será possível entre S. Miguel e Santa Maria, entre a Terceira e a Graciosa e entre as ilhas do Grupo Central (Terceira, Graciosa, S. Jorge, Pico e Faial) e S. Miguel.Por outro lado, a empresa vai inovar este ano com a disponibilização de viagens temáticas, a primeira das quais, logo no início da operação, denominada “Peregrinação ao Senhor Santo Cristo dos Milagres”, que oferecem condições especiais aos peregrinos que se desloquem a Ponta Delgada por ocasião daquelas festas. Viagens ao fim-de-semana à ilha das Flores, a mais ocidental do arquipélago, uma espécie de cruzeiro por cinco ilhas entre 01 e 05 de setembro, denominada “Açores a Pedalar”, e a “Escapadinha a Santa Maria” são outras das iniciativas temáticas.A viagem a Santa Maria, que permite sair de Ponta Delgada e voltar no mesmo dia, será realizada a 08 e a 23 de julho e a 06 e 27 de agosto, com um preço de 62 euros para uma pessoa e 120 euros para um casal, oferecendo ainda um desconto de 75 por cento no transporte da viatura.Relativamente a tarifários para 2011, o presidente da Atlânticoline apenas revelou que as crianças dos 3 aos 12 anos terão um desconto de 50 por cento e que os jovens e os idosos vão pagar o mesmo que pagavam em 2010.Na iniciativa da BTL, a Atlânticoline apresentou também a nova mascote da empresa, um garajau vestido de marinheiro, que pretende passar uma mensagem de proteção dos oceanos.“Não faças ao mar o que não gostavas que fizessem a ti” é a mensagem desta mascote, que ainda não tem nome escolhido. FR. já ultrapassa os 200 mil euros”.Para finalizar, Carlos Rodrigues realçou o trabalho que tem sido desenvolvido na promoção do destino Açores “há aqui um grande trabalho por parte da região,nomeadamente do Governo Regional bem como de algumas associações como a Associação de Turismo dos Açores (ATA) e Associação Regional para o Desenvolvimento (ARDE) . Deslocaram-se à BTL, para além de Carlos Rodrigues, a vereadora da Câmara Municipal de Vila do Porto, Aida Santos, o delegado em Santa Maria da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, Jorge Costa e a colaboradora da Câmara Municipal, Cidália Figueiredo. Carlos Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Vila do Porto revelou, em entrevista ao jornal “O Baluarte de Santa Maria” que a presença mariense na BTL “está ao nível das outras ilhas com a nossa dimensão” e explicou que “se nós tivéssemos outros meios estaríamos aqui com um espaço completamente diferente e só nosso”, disse. “Não somos só nós que estamos em contenção”, salientou. O autarca revelou ainda que “ a situação económica do país não e favorável às Câmaras Municipais, sobretudo , quando o Ministro das Finanças nega em pagar a dívida às autarquias, no caso de Santa Maria, a mesm a[dívida] Recuperação de Moinhos de Santa Maria A comissão para a recuperação dos Moinhos em Santa Maria, reuniu no dia 9 de Março na sede da Junta de Freguesia de Santa Bárbara, com dois proprietários de dois moinhos, um de água, localizado na freguesia de Santa Bárbara e outro de vento existente na freguesia de Santo Espírito. Esta reunião teve a presença da responsável pelo Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma dos Açores Roteiro turístico apresentado na BTL (PRORURAL), para qualquer esclarecimento.O que esta comissão pôde constatar foi o interesse de ambos os proprietários na reconstrução dos imóveis. Com certeza será um ponto de partida muito importante existir a vontade expressa dos donos.Nesse sentido a comissão estará empenhada em auxiliar os proprietários em tudo que lhe for possível.Nesta fase a comissão irá avaliar a situação do moinho de água no que diz respeito à sua classificação e a implicação que isso poderá acarretar num processo de recuperação Comissão para a recuperação dos Moinhos em Santa Maria 6 Informação Local Março de 2011 MUNICÍPIO DE VILA DO PORTO ASSINALA DIA INTERNACIONAL DA PROTECÇÃO CIVIL E TESTA PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA No dia 1 de Março comemorou-se o Dia Internacional da Protecção Civil, este ano subordinado ao tema “O papel das mulheres na protecção civil”. Esta data foi assinalada pelo Município de Vila do Porto com a Conferência “Protecção Civil, a nossa realidade” e com o exercício denominado “CAGARRO 01”, que visou verificar a funcionalidade operacional do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil deVila do Porto (PMEPCVP). O PMEPCVP é o documento que define as orientações relativamente ao modo de actuação dos vários organismos, serviços e estruturas a empenhar em operações de protecção civil.Areposição da normalidade das áreas afectadas constitui outro dos seus objectivos, de forma a minimizar os efeitos de um acidente grave ou catástrofe sobre as pessoas, bens e ambiente. “Protecção Civil, a nossa realidade” A conferência, que decorreu no período da manhã, no Auditório da Biblioteca e Arquivo Municipal de Vila do Porto, teve um painel de oradores constituído por Rodrigo Mira, Inspector Coordenador do Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores, Hélvio Braga, Técnico do Serviço Municipal de Protecção Civil de Vila do Porto e por dois elementos femininos dos Bombeiros Voluntários de Santa Maria, Carla Carvalho e Lucília Coelho. Em debate estiveram questões como a relação entre o Serviço Regional de Protecção Civil e os Serviços Municipais, a actividade do Serviço Municipal de Protecção Civil de Vila do Porto e o papel da mulher na Protecção Civil. “CAGARRO 01” verifica a funcionalidade operacional do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil Durante a tarde realizou-se o exercício “CAGARRO 01” organizado pelo Serviço Municipal de Protecção Civil, cuja reunião preparatória teve lugar no dia 28 de Fevereiro, envolvendo as entidades cooperantes. O exercício, de índole CPX (Command Post Exercise) planeado e conduzido em contexto de sala de operações, sem existência de meios reais no terreno, foi o primeiro do género realizado em Santa Maria, e é igualmente o primeiro exercício de teste à nova versão do PMEPCVP, aprovado em Novembro de 2010. “CAGARRO 01” decorreu no Quartel dos Bombeiros Voluntários de Santa Maria e teve como cenário a ocorrência de uma situação meteorológica adversa, que obrigou à activação do PMEPCVP e consequente resposta operacional das entidades que constituem a Comissão Municipal de Protecção Civil. Roberto Mira, Carlos Rodrigues, Lucília Coleho e Carla Carvalho Carlos Rodrigues, presidente da autarquia mariense, avaliou de forma positiva o exercício e salientou que estes planos têm que ser testados de forma a poder-se ir melhorando a acção e as condições de socorro na ilha. Segundo ele “existem alguns pormenores que ainda necessitam de ser afinados mas que não põem em causa o plano, pois a acção em si é que necessita de alguns ajustes”. Carlos Rodrigues abordou também, neste dia dedicado à protecção civil, a questão da falta de recursos da marinha local para fazer face a situações de emergência, o que já foi comprovado aquando dos dois últimos acontecimentos [uma embarcação que se estava a afundar a 20 milhas a sudoeste de Santa Maria e o caso do pescador desportivo desaparecido no lugar das Lagoínhas]. Continuou dizendo que “a nível oficial a ilha não conta com condições para poder proceder a salvamentos” e reforçou que “os meios disponibilizados pela marinha localmente não são minimamente apropriados”. Ainda que não existam condições a nível da marinha local, Carlos Rodrigues enalteceu o espírito de cidadania da comunidade mariense, louvando o envolvimento dos pescadores e também dos privados, nomeadamente Paulo Reis e Mário Fernandes, que estão sempre disponíveis e que têm embarcações mais apropriadas para esse fim. Concluiu afirmando que “apesar de não ter autoridade, tem o dever de fazer o alerta nesse sentido”, lembrando que a “ marinha está a equipar gradualmente os portos dosAçores com barcos apropriados e há que pensar numa solução para Santa Maria.” Rodrigo Mira, Inspector Coordenador da Protecção Civil dos Açores, em entrevista ao jornal: O Baluarte: A Protecção Civil deve começar em cada um de nós? Roberto Mira:Aprotecção civil tem a ver com um conjunto de entidades e obviamente o cidadão comum que também é um agente de protecção civil e tem que ser encarado como tal. Existem atitudes, a própria cultura de segurança que cada pessoa deve ter são extremamente importantes para que todo o sistema, a montante disso, ao nível do patamar municipal, do patamar regional e até, quem sabe, ao nível do patamar nacional funcione. O cidadão comum tem, cada vez mais, que se preocupar e ter noção que também faz parte deste sistema. “O princípio da humildade é essencial. Só se conseguem ultrapassar as dificuldades em conjunto.” O Baluarte: O que é necessário fazer mais? Começar pelos jovens, na escola? Roberto Mira: Nos dias de hoje nós notamos que, de facto, a comunidade está mais desperta, está mais alerta. Estas acções são de extrema importância. É importante que as câmaras municipais tomem a iniciativa de realizar acções destas e também nas escolas. As crianças adquirem muito mais facilmente noções ao nível da protecção civil. Muitas das vezes são as crianças que transportam para casa o que aprendem na escola, nomeadamente os conceitos de protecção civil em que os adultos nem sempre estão despertos. O Baluarte: A nível dos municípios há também uma preocupação constante em actualizar os planos municipais de emergência e de testá-los. Quanto ao testar é fundamental para que depois se consiga dar uma resposta mais eficaz? Roberto Mira: É essencial que os planos sejam testados. Não basta elaborar documentos, é preciso operacionalizá-los. Cada vez mais tem que se pugnar por fazer planos cada vez mais simples que sejam realmente perceptíveis, objectivos e que as pessoas possam, na hora de emergência, pegar no plano e executá-lo com facilidade. Isso requer treino e, por vezes, melhoramentos porque só se consegue perceber algumas melhorias que são necessárias através da sua execução e, como tal, são importantíssimas acções deste tipo. O Baluarte: Importante também é quando nós não conseguimos fazer as coisas por si só, pedirmos ajuda aos outros? Roberto Mira: Concerteza. O princípio da humildade é essencial. Só se conseguem ultrapassar as dificuldades em conjunto. O Baluarte: %inguém é obrigado a ter os meios todos mas sabendo onde é que eles estão, mais facilmente se dá uma resposta positiva? Roberto Mira: Naturalmente. É essa a perspectiva de um sistema integrado de protecção civil. É importante avaliarmos onde estão os meios e que meios temos para que na hora que forem necessários, obviamente, poderá não ser nos minutos seguintes, mas passadas algumas horas ou, quem sabe, alguns dias eles estarão cá. O Baluarte: OsAçorianos, porterem alguns condicionalismos geográficos despertam também mais o sentido de responsabilidade e prevenção? Roberto Mira: O povo Açoriano é um exemplo ao nível nacional no que respeita à protecção civil. Naturalmente há noções que carecem ser melhoradas mas o povoAçoriano é um povo desperto e que, garantidamente, sabe dar resposta aos seus problemas. Carlos Rodrigues faz Balanço Positivo do Exercício e lamenta falta de meios da marinha local Técnico do Serviço Municipal de Protecção Civil de Vila do Porto é Mariense Hélvio Braga:Aoportunidade surgiu quando estava a terminar a licenciatura e fui contactado pelo executivo municipal, quemequestionousobreomeuinteresseemvoltaràilhaapós a conclusão do curso. Explicaram-me que era uma área que consideravam muito importante para o município e que pretendiam colmatar as lacunas existentes ao nível do Serviço Municipal de Protecção Civil. Assim aconteceu, regressei a Santa Maria e candidatei-me ao programadeestágiosdoGovernoRegional“Estagiar-L”eem Janeirode2010inicieinaCâmaraMunicipaldeViladoPorto, o estágio que termina em Dezembro do corrente ano. Hélvio Braga O Mariense Hélvio Braga, natural da freguesia deAlmagreira,tem25anoseéTécnicoSuperiordeProtecçãoCivil. Concluiu a Licenciatura de Protecção Civil na Escola SuperiorAgrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco. DesdeJaneirode2010quedesempenhafunçõesdetécnico do Serviço Municipal de Protecção Civil deVila do Porto. %o sentido de conhecer o trabalho desenvolvido por este mariense, que inclui a elaboração do Plano Municipal de Emergência o jornal “O Baluarte” entrevistou-o. OBaluarte:Comosurgiuaoportunidadededesempenhar funçõesdetécnicodoServiçoMunicipalnaautarquiamariense? OBaluarte:Quetipodetrabalhodesenvolvenaautarquia e a sua importância para o concelho? Hélvio Braga: O meu trabalho desenvolve-se no âmbito das actividadesespecíficasdeumServiçoMunicipaldeProtecção Civil, e que envolvem acções de planeamento, prevenção, segurança, gestão de informação, entre outros. Em termos específicos, este primeiro ano de estágio centrou-se fundamentalmente na revisão e actualização do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Vila do Porto, um processo extenso e muito exigente. No entanto, o trabalho desenvolvidoem2010passoutambémpelarecuperaçãodarede de radiocomunicações do SMPC, pelo planeamento de emergência de várias situações, entre as quais o Festival Maré e Agosto, pelo acompanhamento e monitorização de algumas situações reais de emergência, e pela realização de várias ac- ções de sensibilização e informação da população É um trabalho permanente e muito importante em qualquer município, pois convém relembrar que a protecção civil municipal é a entidade mais próxima da população em caso de acidentegraveoucatástrofe.Éumaactividadediária,queembora na maioria das vezes passe despercebida pela população, é fundamental para a sua segurança e prevenção de potenciais situações risco, existentes no concelho. OBaluarte: EmqueconsisteaelaboraçãodeumPlanode Emergência? HélvioBraga:AelaboraçãodeumPlanoMunicipaldeEmergência deve respeitar os pressupostos emanados pela legislação específica, existente para o efeito, nomeadamente a Resolução n.º25/2008 da Comissão Nacional de Protecção Civil. Essa Resolução estabelece os critérios e normas técnicas para aelaboraçãoeoperacionalizaçãodosplanosdeemergênciade protecção civil, de forma a permitir que este tipo de documentos seja o mais uniforme possível, ao nível dos conteúdos e da própria estrutura.As directrizes da Comissão Nacional visam igualmenteoajustedosplanosjáexistentesànovarealidadedo sector da protecção civil em Portugal. Anova versão do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Vila do Porto, aprovada em Novembro de 2010, foielaboradadeacordocomasnovasnormasecritérios,sendo actualmente,oúnicoplanomunicipaldeemergênciadosAçores, que constitui o conjunto dos planos de segunda geração existentes em Portugal. O resultado final deverá ser um documento que defina as responsabilidades e as orientações relativamente ao modo de actuaçãodosváriosorganismos,serviçoseestruturasaempenhar em operações de protecção civil, que tipifique os riscos existentes no município e que indique as medidas de prevenção adoptar. OBaluarte:Comocorreuoexercíciodetesteeverificação da operacionalidade do PMEPCVP? (CAGARRO 01)? E como foi o envolvimento das várias entidades no mesmo? HélvioBraga:Orelatóriofinaldoexercícioaindanãofoiconcluído,masasopiniõespartilhadaspelasentidadesparticipantesnareuniãode“debriefing”queocorreuimediatamenteapós o final do exercício, indicam que de um modo geral o “CAGARRO 01” decorreu de uma forma muito positiva. Existem naturalmente algumas questões que terão que ser melhoradas no futuro, mas são próprias do processo de evolução e aperfeiçoamento do Plano Municipal de Emergência. O envolvimento das entidades foi sem dúvida um dos pontos fortes do exercício, o que demonstra desde já, que a funcionalidade operacional de toda a estrutura do PMEPCVP está garantida.Nãohánadaaapontaràparticipaçãoeentregadetodos os envolvidos, havendo inclusive entidades que já demonstram interesse na realização de exercícios com maior regularidade. Março de 2011 AMISM assinou protocolo de Cooperação com a Câmara Municipal de Vila do Porto 7 Informação Local Presidente da Câmara Municipal de Vila do Porto fala sobre Plano Director Municipal O Plano Director Municipal (PDM) é um instrumento, de natureza regulamentar, de planeamento do ordenamento territorial. A elaboração do PDM, que vincula a administração e os particulares, é de natureza obrigatória e da responsabilidade do Munícipio. O Baluarte (OB): Que importância assume o Plano Director Municipal? Recolha de lixo com solução na ilha AAssociação de Municípios da Ilha de São Miguel assinou, no dia 4 de Março, um protocolo de cooperação com a Câmara Municipal de Vila do Porto, numa cerimónia que se realizou no Salão Nobre da Autarquia, em Santa Maria. Desta forma, a Câmara Municipal de Vila do Porto dará início à recolha selectiva no concelho, designadamente de embalagens plásticas e metálicas. Um passo importante nos laços de amizade que ligam as duas ilhas do Grupo Oriental, na promoção da valori- zação dos resíduos, área em que a AMISM detém uma experiência relevante no respectivo processamento desde 2001.Assim sendo, caberá àquela Autarquia a recolha dos materiais recicláveis, e respectivo envio para a Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos da Ilha de São Miguel, onde será desenvolvido o processo de triagem, separação e embalamento, a incluir nos seus fluxos para a Sociedade Ponto Verde, de maneira a corresponder às metas impostas pela Directiva Eupeia sobre as Embalagens, bem como ao estipulado na Região pelo Plano Estratégico de Gestão de Resíduos dos Açores. Campanha de Recolha de Óleos Alimentares Usados A Câmara Municipal de Vila do Porto iniciou a implementação de um sistema de recolha de ÓleosAlimentares Usados (OAU) no concelho deVila do Porto, em parceria com o Grupo Bensaúde, cujo objectivo é encaminhar esses óleos para reciclagem e produção de Biodiesel, um combustível ecológico e limpo.A recolha de OAU junto dos grandes produtores comerciais (ex: restaurantes, hotéis, cafés, centro de saúde, escolas e instituições privadas) será totalmente GRATUITA e efectuada pelo Grupo Bensaúde. No caso dos pequenos produtores (população), poderão depositar os OAU domésticos, directamente no oleão instalado no centro de recepção da JH Ornelas, de 2ª a 6ª feira das 08:30 às 12:30 e 14h00 às 18:00. Carlos Rodrigues (CR): O Plano Director Municipal além de ser um documento obrigatório para todas as Autarquias, é tal como o próprio nome indica um Plano director, pelo qual após a sua aprovação definitiva a autarquia se vai reger em termos de ordenamento do território, é também onde ficará definida a estratégia para o concelho, aos mais diversos níveis para os próximos dez anos. OB : Que passos é que foram dados para chegar à sua concretização? CR: Para ser posto em prática a revisão do PDM foi necessário, em primeiro lugar, colocar a concurso essa intenção. Posto isso foi seleccionada a empresa que melhores condições e preços apresentou no caso a QUATER$ER, acção essa efectuada em 2009.Após as assinaturas de contractos e adjudicação a empresa iniciou o seu trabalho de campo, que é muito vasto pois além de todos os levantamentos de ordem topográfica, são também feitos estudos sócio económicos, geológicos e análise dos diversos tipos de povoamento que em Santa Maria tem características muito específicas, procedeu ainda à análise de todos os pedidos de alteração dos munícipes até então recebidos naAutarquia. No início de 2010 a equipa reuniu com o Presidente daAutarquia para analisar toda a informação recolhida e registar as propostas deste para e delinear a estratégia a seguir. No entanto, é criada a comissão regional que acompanhou, analisou e decidiu sobre todas as propostas apresentadas pela Autarquia. Por norma, a revisão de um PDM tem a duração de 18 a 19 meses, no caso de Vila do Porto, devido ao excelente trabalho efectuado pela equipa, com o acompanhamento do arquitecto Paulo Macedo, técnico nomeado pela Câmara e com a nossa insistência no sentido de abreviar a marcação das reuniões da comissão, conseguimos pela primeira vez na Região que um PDM entrasse em discussão Pública em 12 meses . OB : Que medidas foram tomadas para a sua divulgação? CR: A discussão pública teve início em meados de Fevereiro, aí tem o município a obrigação de divulgar no seu SITE e em dois jornais pelo menos. Como entendemos que se trata de um documento de vital importância para todos os marienses residentes e não residentes, pedimos à equipa que elaborasse um documento por freguesia e agendamos discussões públicas em todas elas , alem dos órgãos de comunicação social rádio e jornais fizemos chegar às diversas casas dos Açores e algumas associações nos Estados Unidos e Canadá, foram ainda distribuídos porta a porta flyers a divulgar essas acções. OB: -Adiscussão pública do plano e participação da comunidade obteve os resultados esperados? CR: A discussão pública teve uma participação satisfatória dos munícipes alem disso o arquitecto nomeado pelo Município tem estado ao dispôr dos Marienses que demonstrem interesse ainda para esclarecer dúvidas e receber propostas que de seguida serão reencaminhadas à Quaterner e, mais tarde, analisadas pela comissão. Julgo que estamos na posse de um excelente documento, graças ao excelente trabalho efectuado pela equipa. É importante referir que a revisão do PDM teve sempre de ter em conta o PROTA ( Plano Regional Ordenamento Território) e os pareceres vinculativos deste. Mini-Tornado de Janeiro passado, ocorrido na freguesia de Santo Espírito Amesa do Conselho de Ilha de Santa Maria, conforme decisão da última reunião ordinária daquele orgão consultivo, solicitou uma reunião com a Coordenadora dos Serviços de Habitação de Santa Maria, juntamente com o Presidente da Junta de Freguesia de Santo Espírito, para conhecimento da situação actual e das consequências da passagem do Tornado naquela Freguesia. Esta reunião decorreu na passada semana , no Edifício dos Serviços de Habitação de Santa Maria . Foi apresentado pela Coordenadora dos Serviços e pelo Presidente da Junta de Freguesia um levantamento dos estragos causados, no qual foram identificadas 18 situações passíveis de intervenção. Em todas as situações identificadas não houve necessidade de realojamentos nem feridos. Nesta fase estão os Serviços de Habitação com todas as situações identificadas, já com alguns processos Resgatados dois tripulantes de embarcação que se estava a afundar a 20 milhas de Santa Maria A Força Aérea resgatou, no dia 12 de Fevereiro,dois tripulantes espanhóis de uma embarcação que se estava a afundar a 20 milhas a sudoeste de Santa Maria, Açores, numa operação dificultada pelas “difíceis condições do mar”, anunciou a Marinha. Segundo a Marinha, pelas 21:20, o Centro Coordenador de Busca e Salvamento Marítimo de Ponta Delgada (MRCC) recebeu via “S.Miguel Rádio” a informação de que o S/V Miramar, de bandeira espanhola, se estava “a afundar e os dois tripulantes tencionavam abandonar a embarcação, refugiandose na balsa salva-vidas”.A operação de resgate dos dois náufragos “foi desencadeada de imediato”, segundo um comunicado da Marinha, tendo sido empenhadas também embarcações da Capitania de Vila do Porto ( ilha de S.Maria), da Policia Marítima e meios locais.Também o navio M/V “Cymbeline”, de bandeira da Ilha de Man, que navegava na altura a Sul de Santa Maria, divergiu para a posição do sinistro para prestar socorro aos dois tripulantes, refere ainda a MarinhaA operação de resgate dos dois náufragos, que “estavam um pouco desidratados e assustados”, ocorreu às 23:32 locais, quando o helicóptero EH-101 Merlin da Força Aérea avistou a balsa salva-vidas.Os dois tripulantes foram posteriormente transportados para o Hospital de Santo Espírito, na ilha Terceira, de acordo com a marinha, que sublinha “as difíceis condições de mar em que se efetuou o salvamento, com ondas de cinco metros no local, o que dificultou a ação de recuperação da Força Aérea”. APE-Lusa/fim para recuperação de habitações em andamento e a aguardar pelo contacto dos restantes moradores afectados para que também se possa dar continuidade aos seus processos. Após esta reunião, com os esclarecimentos e informações prestados, foi entendimento da mesa do Conselho de Ilha que actuação está a decorrer com normalidade, não devendo por isso este Conselho de Ilha, neste momento, promover outras actuações sobre esta situação. Avião aterra de emergência no Aeroporto de Santa Maria UmAirbusA330 da companhia ColombianaAVIANCAAirline, que fazia a travessia entre Madrid e Cali ( Colombia) aterrou, no dia 21 de Fevereiro, de emergência noAeroporto de Santa Maria devido a distúrbios provocados por um passageiro .O incidente foi protagonizado por um indivíduo do sexo masculino, de 29 anos, de nacionalidade Italiana que apresentava comportamento agressivo a bordo. O passageiro foi detido à chegada pelas autoridades locais que accionaram os procedimentos adequados à situação. Uma vez mais o Aeroporto de Santa Maria reuniu as condições necessárias a prestarum serviço a uma situação de emergência nas rotas aéreas comerciais transatlânticas. 8 Informação Local Março de 2011 RECOLHIMENTO DE SANTA MARIA MADALENA Valências de Apoio à Pessoa Idosa Dezembro 2010 O nosso segundo trabalho manual ocorreu no dia 3 de Dezembro e nada melhor do que começar o mês natalício com a criação de postais de natal. Cada postal é personalizado e único porque marca pela sua diferença. A cinzenta tarde do dia 15 transformou-se numa tarde cor-de-rosa, o pinheiro de natal foi inteiramente decorado pelas utentes em que todas parCciparam. Foi com muita energia que no dia 22, o Recolhimento de Santa Maria Madalena preparou a sua festa de Natal com um almoço bem recheado. O almoço juntou a Direcção, as funcionárias e as utentes do Recolhimento que comemoraram o Natal num clima de harmonia e diversão. Os vários membros da Direcção ofereceram lindas prendas natalícias às utentes e às funcionárias. As utentes prepararam uma surpresa a Direcção como forma de agradecimento pelo almoço oferecido. Através de um elaborado discurso, elas revelaram os seus desejos para o ano 2011 e cantaram três músicas de Natal que fascinou toda a plateia presente. 2011 Mês de Janeiro O primeiro passeio do ano 2011 realizado pelo Recolhimento de Santa Maria Madalena teve lugar na loja Criaki. A professora Eulália Chaves é a gerente do estabelecimento assim como a criadora das peças expostas. Neste pequeno canCnho, podemos contemplar peças únicas, todas elas diferentes umas das outras, tais como caixas de madeira em cartonagem, caixas de madeira indiana, peças em marfinite e em chacota, craquelê, telas, vidros, cerâmicas, Visualização do Desfile do Carnaval de Ovar 2010 Espectáculo musical da Escolhinha da Maré Espectáculo de dança Hip Hop Visita a loja Criaki, em Vila do Porto mosaicos entre outras peças. As utentes gostaram e agradecem a recepção calorosa e a amabilidade demonstrada pela professora Eulália e pela deputada Barbara Chaves. Foi na quarta-feira, dia 12 que o Recolhimento de Santa Maria Madalena descobriu que possuía uma atleta entre as suas utentes. É conhecida por Almerinda Melo, é com grande mérito que a nomeio Campeã por ter praCcado escalada no Ginásio da Escola Básica e Secundária de Santa Maria. Ela encheu-se de força e coragem, e fez escalada juntamente com os alunos que se encontravam no ginásio. O professor de Educação Física, Nuno Costa explicou as várias medidas de segurança às nossas utentes e mostrou o material uClizado durante a escalada. Proporcionamos uma tarde musical, em que Cvémos o privilégio de assisCr ao espectáculo musical da Escolinha da Maré no dia 19. Este conservatório musical toca vários Cpos de música, blues, jazz e música clássica entre outras. Os instrumentos uClizados são o piano, o violino, a clarinete, a guitarra clássica, a flauta transversal, a guitarra eléctrica, o baixo eléctrico e a bateria. Os 14 alunos vieram tocar 2 músicas cada um ao som do piano, da guitarra clássica, da guitarra eléctrica e da flauta transversal. O Professor Henrique e o Professor Joaquim, ambos professores de música, acompanharam os alunos durante o espectáculo musical. Para registar este grande momento, o Ricardo BaCsta, membro da Direcção da Escolinha da Maré filmou o sarau. No dia 26, visualizamos um filme sobre a ilha de Santa Maria, muito apelaCvo e bastante instruCvo. As utentes senCram-se como se esCvessem num verdadeiro cinema, só faltavam mesmo as pipocas. O Recolhimento de Santa Maria Madalena proporciona uma degustação diária de sopa desde o dia 31 de Janeiro de 2011. É uma nova medida que está a fazer sucesso na InsCtuição. Essa nova modalidade foi implementada pela Direcção do Recolhimento com um objecCvo principal, proporcionar uma refeição diária para todas as suas utentes, de segunda-feira a sextafeira. Temos uma ementa semanal, elaborada a rigor com a confecção de uma sopa diferente para cada dia e podendo assim saCsfazer todos os gostos. As sopas são servidas diariamente na sala de convívio da InsCtuição as 12h00 em ponto. Aniversários comemorados no Recolhimento Mês de Dezembro de 2010 Conceição Resendes 8-12-1923 Mês de Fevereiro Na quarta-feira, dia 2, assisCmos a um espectáculo de dança Hip Hop apresentado pela Professora de dança Hip Hop, Liliana Marreiros. Os seus alunos apresentaram uma coreografia e uma exibição de dança Hip Hop com a introdução de vários exercícios de expressão rítmica e de expressão corporal. No fim da actuação, quatro utentes do Recolhimento de Santa Maria Madalena dançaram ao som da música Hip Hop, juntamente com os alunos que se encontravam na pista de dança. As nossas utentes acompanharam os passos de dança ensinados pelos alunos. As nossas dançarinas: Maria Andrade, Eugénia Pereira, Almerinda Melo e Angelina Sousa fizeram a sua estreia no palco com os seus passos de dança Hip Hop. Foi na linda tarde do dia 9, que as utentes do Recolhimento de Santa Maria Madalena peregrinaram até FáCma. Elas têm uma enorme fé em nossa Senhora de FáCma e alegraram-se com a nossa peregrinação, elas subiram os 150 degraus que a capela possui. No dia 16, visualizamos o Desfile do Carnaval de Ovar 2010 no auditório do Centro Ambiental Dalberto Pombo. Este grande e famoso Desfile é conhecido como um dos melhores e maiores de Portugal! A duração do desfile é de 6 horas onde podemos admirar a sua qualidade, criaCvidade, diversificação, inovação e animação. A diversão é a vitamina da alegria Angelina Sousa 19-12-1946 Mês de Janeiro de 2011 Escalada no ginásio da Escola em Ovar. Foi com muitos risos, que no dia 23, assisCmos a uma peça de teatro, mais precisamente uma comédia inCtulada “ A enfermeira e o seu doente”, representada por Inês Oliveira e Tânia Duarte no Clube Asas do AtlânCco. Eugénia Pereira 16-01-1940 Para obter toda a informação actualizada sobre a instituição, consulte o nosso site em www.recolhimento.pt Março de 2011 9 Informação Local MÉDICA ISABEL MOTA PEDE REFORMA Santa Maria melhora condições ANTECIPADA APÓS 30 ANOS DE CARREIRA para apresentar a qualidade dos Rumores de que foi despedida ou demitida negados por ela e pelo presidente do Conselho de Administração da Unidade de Saúde de Ilha de Santa Maria Alegando problemas pessoais, nomeadamente de saúde, a médica Isabel Mota, que exerceu a maior parte da sua carreira na unidade de saúde da ilha de Santa Maria, revelou às jornalistas locais, no passado dia 3 de Março, que requereu a reforma antecipada, tal como tem sucedido com muitos colegas de profissão do Continente e dos Açores. Com 55 anos e 30 de serviço, Isabel Mota confessou que nos últimos tempos, “tal como as pessoas sabem”, não tem “trabalhado como antigamente”, facto que se deve a problemas pessoais, nomeadamente de saúde. “Foram muitos anos de trabalho e uma pessoa já está cansada”, acrescentou ainda. Todavia, Isabel Mota, de férias no momento desta entrevista, refere que irá continuar na ilha e “a fazer consultas no meu consultório”. Sobre os rumores de que havia sido despedida pelo Conselho de Administração do Centro de Saúde de Vila do Porto ou que se havia demitido, Isabel Mota nega que tal seja verdade, confessando, inclusive, não saber “como isso chegou aos ouvidos das pessoas, nem como dizem uma coisa dessas”. “Não sei como as pessoas foram inventar ou pensar uma coisa dessas. Isto foi uma coisa falada ontem à tarde [3 de Março], em que disse ao Conselho que estava a pensar sair da função pública, mas não sabia ainda como ia fazer e hoje de manhã [4 de Março] é que vimos a melhor solução [reforma antecipada] ”, explicou. Também surpreendido com esses rumores, o presidente do Conselho de Administração do Centro de Saúde de Vila do Porto, disse em entrevista, na tarde do dia 4 do corrente mês, que a reforma antecipada foi a melhor saída para resolver o problema da Dra. Isabel, problema esse essencialmente laboral [ausências frequentes] e que nada tem a ver com razões de ordem profissional ou pessoais”. “A solução, que vai de encontro às pretensões quer da Dra. Isabel, quer do Centro de Saúde, foi ela pedir a reforma antecipada”, acrescentou o Dr. Carlos Pinto. Este médico relembra, ainda, que nos trinta anos que a Dra. Isabel prestou serviço no Centro de Saúde da ilha, por vezes “houve alturas em que trabalhamos só os dois sozinhos”. “Tivemos dois anos sozinhos e tivemos que prestar assistência a toda a população, com a sobrecarga inerente quer física quer desgaste e acho que a Dra. Isabel já chegou ao limite físico para o exercício de uma actividade, que no fundo é bastante desgastante”, disse. “As pessoas tem que ter a perceção de que o Centro de Saúde presta cuidados durante 24 horas por dia e que esses cuidados são prestados pelos médicos, com horário que não tem nada a ver com horários de turnos, nem com horário normal, normalmente o médico está de serviço no hospital 24 horas por dia. É um trabalho desgastante e se esse trabalho decorre durante muito tempo torna-se bastante cansativo e com repercussões em toda a assistência que temos que prestar aos utentes”, explicou. Ainda segundo o Dr. Carlos Pinto, até sair a respectiva decisão da Caixa Geral de Aposentações, a Dra Isabel, que se encontra de férias nesta altura, não vai prestar mais qualquer tipo de assistência médica no Centro de Saúde, estando as suas funções asseguradas pelo Dr. José Escalona, médico contratado recentemente pela unidade de saúde de Santa Maria. seus produtos no mercado Centro Logístico Agro-alimentar da Agromariense Coop, em construção. O Secretário Regional da Agricultura e Florestas continua a ronda de reuniões por todas as ilhas do arquipélago, com as organizações representativas dos agricultores, com o intuito de fazer um balanço da actividade de 2010 e para perspectivar tudo o que está programado para desenvolver em 2011. De visita a Santa Maria, no passado dia 11 de Março, Noé Rodrigues visitou também as obras de construção do Centro Logístico Agro-alimentar da AgromarienseCoop, um investimento que, segundo o governante, é uma obra importante para a ilha uma vez que pode “de forma definitiva representar um virar de página da agricultura local, deixando de ser uma agricultura que se organizava em torno do abastecimento de factores de produção para começar a ter uma agricultura que organiza o que se produz para colocar no mercado”.Com este investimento o sector na ilha ganha competências em termos de apresentação dos produtos no mercado, servindo para afirmar O diploma que aprova a orgânica e o quadro de pessoal da Unidade de Saúde de Ilha de Santa Maria (USI Santa Maria) foi publicado nem Fevereiro no Jornal Oficial, entrando em vigor dia 1 de Março. Até ao momento, já estão criadas no arquipélago as USI do Pico, que entrou em funcionamento em 2004, de São Jorge (2007), das Flores (2010), do Corvo (2010), do Faial (2011), da Graciosa (2011) e de Santa Maria (2011). Exercendo a sua actividade sob a superintendência e tutela do membro do Governo Regional com competência na área da saúde, a USI Santa Maria é constituída pelo Centro de Saúde de Vila do Porto e a sua acção “dirige-se aos indivíduos, famílias, grupos e comunidade residentes na mesma ilha e aos nela deslocados temporariamente”. Tal como as suas congéneres, esta Unidade de Saúde de Ilha tem como missão “a promoção da saúde na sua área geográfica, através de acções de educação para a saúde, prevenção e prestação de cuidados na doença”, podendo ainda “prestar cuidados de saúde diferenciados e desenvolver actividades de vigilância epidemiológica, de formação profissional, de investigação em cuidados de saúde, de melhoria da qualidade dos cuidados e de avaliação dos resultados da sua actividade”. De acordo com o diploma agora publicado, a USI Santa Maria integra o serviço de prestação de cuidados de saúde e os serviços administrativos. A decisão de criar no arquipélago Unidades de Saúde de Ilha enquadra-se no Programa do X Governo dos Açores, que prevê a “implementação de medidas que prossigam com a racionalização dos recursos, procedendo-se a alterações estratégicas da estrutura do Serviço Regional de Saúde”. A sua criação é entendida pelo Governo como uma forma de “consolidar a estrutura organizativa e o funcionamento dos serviços”, de modo a “obter ganhos de eficácia e eficiência na gestão”. Com este investimento a AgromarienseCoop fica habilitada a colocar com qualidade, boa imagem e boas condições higio-sanitárias os produtos no mercado e ao mesmo tempo permitindo que todos os produtos que não sejam comercializados em fresco sejam transformados em produtos de segunda geração, permitindo aproveitar as mais-valias da agricultura mariense.Nesta deslocação à ilha de Santa Maria, Noé Rodrigues visitou também as obras de construção do depósito de água do Poço Grande e de requalificação do Parque Florestal de Valverde. LIGAÇÕES AÉREAS DE E PARA SANTA MARIA O Conselho de Ilha de Santa Maria reuniu no dia 31 de Janeiro de 2011, para analisar as justificações da tutela sobre as “Ligações Aéreas de e para Santa Maria. utentes das Ilhas de Coesão têm de suportar para se deslocarem de e para fora da Região deverão ser suportadas pelo Governo Regional, assunto sobre o qual Vossa Excelência não apresentou qualquer consideração; Unidade de Saúde de Ilha de Santa Maria Orgânica e quadro de pessoal a qualidade das produções locais.Nos Açores existem vários projectos desta natureza em desenvolvimento sendo um novo desafio que se abre para as várias áreas da agricultura regional, nomeadamente na horticultura, apicultura, floricultura e fruticultura, “trazendo para Santa Maria uma estrutura fundamental para aproveitar todas as capacidades produtivas da ilha”. Após esta reunião decidiu apresentar as seguintes considerações e solicitar os seguintes esclarecimentos: - Continuamos em total desacordo coma a eliminação do voo, entre Santa Maria e São Miguel, de quarta-feira de manhã e defendemos que esta decisão prejudica gravemente a Ilha de Santa Maria e os Marienses; - Sugerimos a substituição do único voo de quarta-feira à noite, operado pelo avião DASH Q400, por um voo de manhã e outro voo à noite, operados pelo avião DASH Q200; - Mantemos a nossa posição de que as taxas aeroportuárias adicionais que os - Teve este Conselho de Ilha conhecimento do documento enviado pelo Presidente do Conselho de Administração da SATA ao Presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada, no passado dia 31 de Janeiro, onde é referido que não estão previstas alterações ao programa de voos entre Santa Maria e São Miguel no Verão 2011. Registamos com agrado esta decisão e afirmamos que este Conselho de Ilha é totalmente contra qualquer redução do número de ligações aéreas de e para a Ilha de Santa Maria no próximo horário de verão da SATA. - Entendemos que nos deveríamos pronunciar, sempre e antecipadamente, sobre os futuros horários da SATA, no que diz respeito a Santa Maria e de acordo com o Decreto Legislativo Regional nº 21/1999/A de 10 de Julho. 10 Escreve o Leitor Março de 2011 REFLEXÕES Aida Santos Realizou-se em Fevereiro mais uma Bolsa de Turismo de Lisboa e, mais uma vez, Santa Maria esteve representada neste certame para oferecer o que melhor a ilha tem para quem nos visita. Este no ano a BTL não escapou à crise que a todos nos afecta, e isso reflectiu-se na quantidade de expositores e de operadores turísticos que a visitaram, em relação ao público aconteceu mais ou menos o mesmo, reflexos de uma crise que teimosamente veio para ficar. Alberto Costa Está desaparecendo um grupo geracional, em que se inclui Raul Moutinho de Almeida. Um grupo que contribuiu para a nossa vida colectiva, e que sendo algo que etariamente a Lei da vida impõe, vão-se assim dissipando as suas memórias na espuma do tempo. Das histórias que me recordo dele, e que são muitas, vou tentar sinteticamente lembrar-me de algumas. Desde o entusiasmo pela pesca submarina, época que não acompanhei directamente, e que tive relatos pelo próprio mais tarde, deu apoio a grupos que nos visitavam, tendo recolhido um conjunto de imagens dos tempos dos filmes de 8mm, imagens únicas de Santa Maria. Funcionário da Marconi foi também Presidente da Assembleia Municipal de Vila do Porto e empresário, actividade que experimentou várias faces nos seus entusiasmos. Detinha um “stand” no Aeroporto, que as tripulações dos aviões em trânsito no Aeroporto de Santa Maria, muito pro- No entanto é justo dizer que o stand de Santa Maria foi um dos mais apreciados, prova de que a nossa ilha tem muito ainda para oferecer e que continua a ser mal divulgada a nível das autoridades competentes; Direcção Regional do Turismo. Um certame desta envergadura necessita de uma estratégia adequada para que a nível turístico sejamos todos filhos do mesmo pai. E isso nem sempre tem acontecido, tem cabido à Câmara Municipal o grande trabalho de investimento e divulgação de um património que pertence a todo o arquipélago. Por seu lado a Câmara Municipal de Vila do Porto continua com a missão que os marienses lhe confiaram, que é divulgar e trazer mais gente para Santa Maria não fazendo depender o destino Santa Maria de um único projecto como, por exemplo, o hipotético campo de golfe. Este tem sido o grande desidrato da autarquia e ela tem-no cumprido na íntegra, de entre os parcos meios de que dispõe. Voltando à BTL é quase seguro dizer, que este ano foi dos mais fracos dos últimos anos, tanto ao nível de expositores presentes como dos operadores turísticos interessados, para já não falar,como referi, do público visitante que sente a crise na pele e se abstém de despesas consideradas nesta altura como supérfluas, embora se possa talvez considerar que com a crise económica o mercado nacional de turismo possa vir a ser mais beneficiado e por arrasto, os Açores. Não poderei deixar passar, o dia 8 de Março, dia Internacional da Mulher, fazendo uma simples homenagem a todas as mulheres. Cada vez mais a mulher está presente na sociedade, deixou de alguma forma de ser a fada do lar, para assumir na íntegra o seu papel social, como Mãe e trabalhadora. Com o 25 de Abril assistiu-se à emancipação da mulher, passando estas também a ocupar um importante papel na esfera política. Hoje é de todo impensável a mulher assumir apenas um papel social, esta foi uma das vitórias que a revolução de Abril trouxe para a nossa sociedade. A mulher doméstica subordinada ao marido e por vezes também aos pais é coisa do passado. A própria economia obrigou a que cada vez mais a mulher enveredasse pelo caminho do emprego, para assim poder fazer face à vida do lar e acima de tudo ganhar a sua independência financeira. Embora continue a ser vista como parceira menor na nossa sociedade, não restam dúvidas que cada vez mais o seu papel é crucial, para a nossa economia e para a nossa política, tendo um papel cada vez mais participativo e empenhado. Ser mulher é……….sermos nós próprias…. Deputada Regional Aida Amaral Santos curavam, assim como os passageiros dos voos internacionais, e principalmente os nossos emigrantes, que tinham naquele tempo que embarcar por Santa Maria, porta de saída dos Açores para a América e o Canadá, que muito apreciavam as lembranças do País e dos Açores, como as bandeiras e o artesanato. Era habitual aos Domingos os marienses irem passar a tarde para o aeroporto (era a nossa televisão daqueles tempos), víamos numa tarde pessoas oriundas de várias partes do mundo, e tínhamos acesso à zona de parque de estacionamento dos aviões, que era murado, espaço agora restrito, ficando-se a poucas dezenas de metros dos aviões, e em alguns casos, trocava-se um legítimo charuto cubano cohiba por um café quando este custava 1$00 escudo, sendo frequente ver Moutinho ao lado do seu rádio com o som alto para ouvir os jogos de futebol nacionais, divertindo-se, às vezes produzia um som que imitava uma galinha. Outra das faces do Moutinho foi a do totobola, jogava muito, teve alguns prémios, e nessa onda levava muitos a jogar, que tinham menos sorte ao jogo, mas que também jogavam menos. Uma das histórias que me deliciou, foi a Operação Fraternidade, que pretendeu ser um grande movimento de solidariedade internacional, para ajuda dos mais necessitados, tendo admitido que traria o Papa a Santa Maria. Dentro de um conjunto de outras actividades, veio a fase política, onde nos cruzámos e que testemunhei alguns episódios. Muito dado a registos dos acontecimentos, andava sempre com um gravador para registar as declarações de todos os intervenientes políticos, o que causava algum desconforto aos que se defrontavam com esse facto. Neste campo foi acompanhando as evoluções tecnológicas, e de repente deixou de aparecer com o gravador, que à época era grande e bastante visível. Entre o cargo de Presidente da Assembleia Municipal, também era delegado da Empresa Insular de Electricidade (EIE) (actual EDA) para Santa Maria, onde ia regularmente ao Conselho Geral. Quando entrava nas reuniões, todos procuravam ficar longe dele, por causa do temível gravador, com a esperança de não ficarem registados durante a troca de impressões que se realizava. Num certo Conselho Geral da EIE, Moutinho apareceu sem o gravador, tendo dessa vez muitos conselheiros se sentado ao pé de si, porque era uma pessoa afável, e não fugiam dele, mas do gravador. Houve alguns reparos jocosos devido à ausência do gravador e Moutinho sorriu mas manteve-se calado relativamente a essa questão. Segundo contam num dos intervalos para café, viram-no muito atrapalhado, porque afinal tinha um gravador pequeno que estava no bolso, tendo posto os fios do microfone por debaixo do cinto, e ao que parece que ao compor a camisa, aquilo foi um tal sair de fios. Nestes avanços tecnológicos, veio a máquina de filmar em vídeo VHS, um grande caixote na época. Numa das visitas do Governo Regional a Santa Maria, eu e Moutinho fomos receber Mota Amaral à pista, indo Moutinho com a sua nova máquina de filmar, chegando ao pé do Presidente do Governo foi brindado com este cumprimento. “Então Moutinho um equipamento novo, isto é que é acompanhar as novas tecnologias”. Na Assembleia Municipal, também se passaram várias cenas. Já na fase de máquina de filmar, Moutinho queria que os membros da Assembleia Municipal, quando falassem olhassem para a Câmara vídeo, algo que todos se recusavam a fazer, havendo momentos hilariantes quando a cassete chegava ao fim, e ele pedia para as pessoas esperarem para mudá-la provocando uma reacção oposta, em que os oradores procuravam concluir as suas palavras muito rapidamente para não ficarem gravados. Histórias da nossa terra, e de um homem, que embora não tivesse nascido cá, fez desta Ilha a sua residência, investiu, contribuiu para a sociedade mariense, deixando com a sua partida, estas e outras memórias às pessoas que o apreciavam. PO%TO DE VISTA… Pontos a Ponderar! Suporta o sofrimento Se não pudeste evitar E evita o mau momento Se não podes suportar Há fraco que é tão forte Que não nos deixa aprender Transformando a nossa sorte Sem agente perceber Como é triste a solidão Silêncio tão barulhento E igual à depressão Sem dor dá sofrimento. Tantos momentos na vida Que tentamos estragar. Os mesmos sem terem medida Dão anos a ponderar. O mar se transforma em estrelas Visto da terra ao luar Recordo como eram belas Iguais às do céu a brilhar É verdade o que lhes digo Tomem um conselho meu Deus nos livre do amigo Do inimigo livro-me eu. Somos donos do passado Pensamos ser do presente Mas o futuro desejado Não pertence a toda a gente Junto a uma sepultura Respeita os restos mortais Lembra o finado com ternura Vamos ser todos iguais Espalhar no mundo o bem É uma semente sagrada E dele nasce porém O amor que nunca acaba Não feches os olhos à vida Enquanto vida tiveres Não faças despercebida A vida que tanto queres Como é bom ser amigo Dar amor dar afeição E, ser assim retribuído Com a mesma gratidão Morre o homem nasce a forma Prestígio tão demorado É falar sobre uma chama Depois do fogo apagado Foste tão rica pobreza E só tão tarde se descobre Que vivendo na riqueza É mais triste que ser pobre Versos Soltos Para quê tanta ambição Porque agente se consome Gota a gota, grão a grão Se mata a sede e a fome Ser humano é ser perfeito De origem natural É ver um povo direito Sem mudança corporal Antes de olhares para alguém Olha primeiro para ti E verás como o desdém Desaparece por si Fala e escuta também Tens o direito de ouvir Não feches a porta a ninguém Sem outra porta se abrir Saudades, meu bom Deus Do tempo que já passou De todos os sonhos meus Só a saudade ficou Margarida Lima Canadá/Fevereiro/2011 Açores: Região é a terceira do país em posse de computadores e utilização de banda larga e Internet Os Açores são a terceira região do país no que se refere à posse de computadores e à utilização da banda larga e da Internet, informou hoje o Governo Regional. Os dados foram hoje revelados pelo secretário regional da Ciência e Tecnologia, José Contente, salientando que os Açores possuem “uma taxa superior a 50 por cento” em cada um daqueles parâmetros. Apesar destes dados demonstrarem a “apetência” dos açorianos pelas tecnologias de informação e comunicação, José Contente defendeu que é necessário “dar mais passos” nesse sentido, nomeadamente ao nível das empresas. “É fundamental que as empresas apreendam as vantagens da incorporação tecnológica na sua actividade”, afirmou, acrescentando que a utilização de tecnologias de informação e comunicação no contexto empresarial é um fator de “competitividade e modernidade”. José Contente falava em Ponta Delgada na cerimónia de assinatura de um contrato de aquisição e instalação da aplicação para gestão de conteúdos dos painéis interativos que serão colocados nos aeroportos das denominadas ilhas da coesão (Graciosa, S. Jorge, Santa Maria, Corvo e Flores). O contrato, no valor de cerca de 90 mil euros, é “mais um passo na integração dos cidadãos na agenda digital” da União Europeia. “Estes painéis (que disponibilizarão informação sobre a ilha em que se encontram) vão permitir aproximar as pessoas das tecnologias de informação e comunicação de um modo atrativo”, salientou o secretário regional. FR. Março de 2011 Duarte Moreira 1ª %ota “A PROPÓSITO DO DIA I%TER%ACIO%AL DA MULHER” Comemorou-se neste mês de Março mais um dia Internacional da Mulher, no ano em que este dia faz 100 anos (1911-2011). A instauração deste dia teve como base, a luta das mulheres por melhores condições de vida, por pão e paz, pelo direito à igualdade de tratamento às mesmas oportunidades. Passados 100 anos é justo perguntar: foram atingidos todos os objectivos traçados com a instituição deste dia? Que papel têm as mulheres na sociedade de hoje? A evolução das sociedades, nomeadamente das sociedades ocidentais, veio de facto, e diga-se justamente, dar maiores oportunidades de igualdade entre géneros. A mulher emancipouse, tornou-se mais independente. Actualmente a maioria dos estudantes universitários são do sexo feminino, a mulher de hoje está no mercado de trabalho, aparecem cada vez mais mulheres em lugares de destaque, a liderar empresas, à frente de grandes projectos, na política e em muitas outras áreas da nossa sociedade. Tudo leva a pensar que a mulher tem hoje uma vida melhor do que em outros tempos. Certamente que em muitos aspectos assim é. Mas tem a mulher dos nossos dias a vida mais facilitada? Damos o devido valor ao papel da mulher? De facto, a merecida e justa emancipação da mulher, o direito que têm às mesmas oportunidades dos homens, a entrada das mulheres no mercado de trabalho, por uma questão de realização pessoal ou por uma questão de necessidade, veio, em muitos casos, sobrecarregar as mulheres, que assumindo essas carreiras, continuam a ser amigas, companheiras, esposas e mães. Mulheres que após chegarem a casa, do trabalho, têm de dar %OTAS SOLTAS 11 Escreve o Leitor apoio aos filhos, de fazer o jantar, engomar a roupa de toda a família para o dia seguinte, pensar no almoço, arrumar a sala e a cozinha, (…). Se é verdade que hoje há já muitos homens que partilham as tarefas domésticas, não é menos verdade que a grande responsabilidade recai ainda sobre as mulheres, que são um factor fundamental no equilíbrio do lar, da família e da sociedade. São pois as heroínas da modernidade, de uma sociedade que em vez de comemorar o dia internacional da mulher, deveria praticar os princípios que levaram à sua criação, todos os dias, fazendo de cada dia o dia da mulher, de modo que a comemoração deste dia não fosse mais necessário. É pois uma pequena e singela homenagem a todas as Mulheres, que deixo nesta primeira nota deste mês de Março, mês em que se comemora também o “Dia do Pai”, mais um dia que em vez de se comemorar, se deveria praticar todos os dias das nossas vidas. Portanto, a todas as mulheres da minha vida e a todas as outras mulheres, ao meu pai e a todos os outros pais, uma palavra, ou duas “BEM HAJAM”! 2ª %ota – CAMPO DE GOLFE DE SA%TA MARIA Todos temos direito à indignação e isto é, no mínimo, o que sinto perante os argumentos que constam de uma petição contra o campo de golfe de Santa Maria. A participação pública, o acto cívico, sob qualquer forma legalmente prevista, que contribua para o levantar de questões e para o apontar de caminhos para o desenvolvimento colectivo da nossa sociedade, são sempre salutares. Todos temos direito às nossas opiniões, o que não quer dizer que estejamos de acordo com a opinião de todos. Esta é uma dessas situações, que por discordar, quer do objectivo em si próprio, quer dos motivos referidos, não poderia deixar de manifestar a minha mais pura e sincera posição sobre este assunto. Nas minhas funções de Deputado Regional, tive já o privilégio de participar na auscultação e apreciação de petições dirigidas à Assembleia Legislativa Regional. Nunca, até agora, tinha sido confrontado com uma petição que fosse contra a realização de um investimento potenciador da criação de empregos directos e indirectos, com um grande potencial de atrair uma nova franja de turismo à nossa ilha, que é mais um contributo para a diversificação da nossa oferta turística e desta forma para a nossa economia. Devo dizer que sou, sempre fui, favorável à instalação do campo de golfe. Tal como fui favorável à instalação da marina, ou do cais ferry, como sou a favor da instalação do hotel de charme, ou do centro de treinos da Sata. O que têm de comum estes projectos? Fazem entrar pessoas na nossa ilha. Fazem girar a nossa economia, potenciam a criação de empregos, permitem que mais alguns jovens possam ter a opção de se fixar. Temos (Santa Maria) um problema. Este problema não é um exclusivo nosso. É comum a todos os meios pequenos, de pouca população e tem a ver com a dinamização do sector económico, com a criação de riqueza, e sem estas vem a dificuldade de criação de postos de trabalho, de criação e dinamização de empresas viáveis, tudo derivado do reduzido mercado, não obstante o excelente quadro de apoio ao investimento existente nos Açores e majorado para as ilhas da coesão, como é o caso de Santa Maria. Portanto, todas as iniciativas, publicas ou privadas, que possam atrair mais pessoas são bem-vindas, são de incentivar, de acarinhar e tudo fazer para que sejam criadas as condições para a sua implementação e claro, viabilização. O Investimento previsto é comparticipado a 50% ou mais, por fundos comunitários. Muito desse investimento ficará em Santa Maria, quer através das indemnizações pela aquisição dos terrenos (e neste aspecto sempre defendemos, junto de quem de direito, a atribuição de um valor justo, compatível com o valor dos terrenos e do rendimento que o mesmo proporcionava aos seus utilizadores), quer o decorrente da sua construção. Este é um investimento de médio e longo prazo, não produzirá efeitos significativos no imediato, será com o tempo, com o afirmar dos Açores como um destino, também, do Golfe, em complementaridade com a nossa restante e diversificada oferta turística, eventualmente até potenciando essa nossa oferta. O campo de golfe não será ”a solução” para Santa Maria, mas será com certeza mais um cartaz, mais um motivo para se vir a esta ilha, a motivação para cá se passar mais 2 ou 3 dias, o que contribuirá para o consumo de produtos locais, para a melhoria da taxa de ocupação dos hotéis, para se efectuarem mais umas refeições na nossa restauração ou mais uns quilómetros de táxi, para se aproveitar e dar um mergulho nas nossas águas límpidas, ou simplesmente para desfrutar um passeio de barco ao ilhéu das formigas. Tenho o maior respeito pelos promotores desta petição, devo referir que a mesma é legítima, e teve pelo menos um mérito, o de darem a cara por uma posição o que nem sempre acontece. Mas não posso deixar de pensar que das duas uma: ou tomaram uma atitude irreflectida e precipitada ou, inconscientemente, deixaram que alguém lhes enfiasse um barrete, barrete este que faz da posição assumida uma posição política ao contrário do que os próprios argumentam. Sinceramente, por qualquer ângulo que olhe para a construção do campo de golfe, não consigo perceber em que é que este investimento prejudicará a nossa ilha. Não é uma actividade poluente, antes pelo contrário e é potenciadora de uma actividade física saudável, o estudo de impacte ambiental demonstra que este será autónomo em termos de consumo de água, o solo não se perde, criará alguns postos de trabalho directos e potenciará outros indirectos, fará atrair uma facha de turistas diferente do habitual, proporcionará um maior conhecimento de Santa Maria a nível internacional. Tenho a convicção que este episódio não se reflectirá na decisão corajosa e empenhada do Governo em construir, na nossa ilha, um campo de golfe, investimento que outras ilhas também reivindicam para si, mesmo que derivado de uma conjuntura económica e financeira internacional adversa, a sua conclusão possa ser algo protelada no tempo, ainda que ligeiramente. Enquanto uns lutam para trazer para Santa Maria mais e melhor investimento, potenciador da actividade económica, outros de forma, vou chamar-lhe irreflectida, para não lhe chamar irresponsável, fazem questão de puxar em sentido contrário. Um dia perceberemos porquê! (*) Deputado Assembleia LegislaCva Regional Grupo Parlamentar ParCdo Socialista Circulo Eleitoral de Santa Maria ESA em Santa Maria acompanhou lançamento do foguetão Ariane A estação da Agência Espacial Europeia de Santa Maria acompanhou, durante cerca de oito minutos, o voo do foguetão Arianne, que lançou o ATV ‘Johannes Kepler’ (veículo não tripulado) a caminho da Estação Espacial Internacional. O lançamento do ATV ‘Johannes Kepler’ ocorreu durante a noite de ontem, dia 16 de Fevereiro, às 20h50 (Açores). O lançamento, inicialmente previsto para terça-feira, dia 15 de Fevereiro, teve a sua saída adiada devido a problemas técnicos verificados durante contagem final. Estes Veículos de Transferência Automatizada (ATV), que são a maior e mais sofisticada nave espacial construída na Europa, transportam combustível, oxigénio, comida e carga para a estação espacial que se encontra em órbita. O Arianne, que partiu da base espacial de Kourou, na Guiana Francesa, passou a cerca de 130 quilómetros de altitude, enviando para a estação açoriana dados de telemetria sobre áreas como propulsão, orientação e navegação, o que permitiu determinar a sua trajetória exata. A Estação de Santa Maria, situada em pleno Oceano Atlântico, possui uma antena com 5,5 metros de diâmetro e Segundo o responsável “a estação de Santa Maria recebeu muito bem o sinal e a comunicação foi perfeita”. “A missão correu muito bem e foi de encontro às nossas expetativas” desempenha um papel de relevo no seguimento dos foguetões que levam os ATV para a Estação Espacial Internacional. A primeira missão do género, acompanhada pela estação mariense, ocorreu na madrugada do dia 9 de Março de 2008 com o lançamento do ATV Júlio Verne. Ricardo Conde, responsável pela supervisão na Estação de Santa Maria, fez um balanço positivo no final da missão. “A missão correu muito bem e foi de encontro às nossas expetativas”, revelou em declarações aos jornalistas presentes no local. Relativamente a futuras missões a serem acompanhadas pela estação da ESA em Santa Maria, Ricardo Conde revelou que “as perspetivas são muito animadoras quer na componente missão de lançadores mas também na observação da terra.” Os marienses Hugo Braga e Vanessa Esteves integraram a equipa de técnicos, que contou, também, com Gerhard Billig, engenheiro da ESA responsável pelo seguimento dos lançadores, que se deslocou à ilha para acompanhar os trabalhos nessa noite. 12 Informação Regional PS quer obrigar Governo a garantir emprego, num prazo de 50 dias, a qualquer jovem desempregado da Região A bancada do PS na Assembleia Legislativa dos Açores vai apresentar uma proposta para obrigar o Governo a garantir emprego, ou uma alternativa formativa, para qualquer jovem desempregado da região. A medida foi hoje anunciada por Berto Messias, líder da JS/Açores e presidente do grupo parlamentar socialista, durante um debate sobre emprego jovem, organizado pela Comissão Regional da JS, que esteve reunida na cidade da Horta. Segundo explicou, os socialistas açorianos pretendem que este projeto de resolução “obrigue o Governo a responder com oferta de emprego, ou com alternativa formativa num prazo máximo de 50 dias, a qualquer jovem que se inscreva nos centros de Emprego dos Açores”. Berto Messias defendeu também que os sistemas de incentivo às empresas açorianas passem a ter como factor de majoração nos apoios concedidos, a criação de postos de trabalho para jovens abaixo dos 35 anos de idade. No seu entender, “o sistema público tem de estar preparado” para garantir os “instrumentos necessários que ajudem os jovens a aceder ao primeiro emprego e a serem, verdadeiramente, integrados no mercado de trabalho”. Para Berto Messias, o “grande desafio” da Região, em matéria de emprego, é não apenas garantir que os jovens consigam entrar no mercado de trabalho, mas também fazer com que aqueles que estão fora da Região a qualificar-se e a estudar, “voltem para os Açores e sejam uma mais valia para o mercado laboral regional”. O líder parlamentar socialista recordou outras propostas de fomento do emprego que o partido apresentou no Parlamento, e que foram aprovadas, que irão ajudar, na sua opinião, a minimizar o desemprego entre os jovens, sobretudo neste período de crise internacional. A par dessas medidas, o governo regional vai também lançar o Plano Regional de Emprego 2010-2015, instrumento que esteve em discussão na reunião dos jovens socialistas açorianos, e que prevê um investimento global de 325 milhões de euros. Nesta reunião da Comissão Regional da JS/Açores foi aprovada, por unanimidade, uma moção de solidariedade, por proposta de Berto Messias, para com os jovens desempregados que se manifestarem hoje um pouco por todo o país, sob o título de “Geração à Rasca”. A Comissão Regional marcou ainda o X Congresso Regional da JS Açores para os dias 3, 4 e 5 de Junho e as eleições diretas do Presidente da JS Açores para 14 de Março. A história dos Açores não está em risco de ser reescrita, defende o diretor regional de Cultura, para quem as alegadas sepulturas escavadas na rocha encontradas no Corvo e Terceira são mais recentes do que datou um arqueólogo. “Não é muito fácil aceitar essas declarações, elas podem ser feitas, mas é preciso prová-las”, afirmou Jorge Bruno, questionando os argumentos do arqueólogo Nuno Ribeiro para defender uma ocupação humana do arquipélago há 2.000 anos. O diretor regional de Cultura considerou, em declarações à Lusa, que Nuno Ribeiro levantou “questões muito pertinentes”, mas frisou que é “fundamental uma validação científica rigorosa” daquilo que defende. Nuno Ribeiro, presidente da Associação Portuguesa de Investigação Arqueológica (APIA), defendeu há cerca de uma semana que os hipogeus (estruturas escavadas na rocha usadas no Mediterrâneo como sepulturas) descobertos no Corvo e na Terceira poderão ter 2.000 anos, o que indiciaria uma ocupação anterior à presença portuguesa. Jorge Bruno considerou, no entanto, que “não está em causa” a História dos Açores, porque aquelas estruturas “resultam de uma ocupação humana há seis séculos e não da presença de outros povos há 2.000 anos”. “As pessoas que conhecem minimamente aqueles sítios, como conhecem os corvinos e os terceirenses, nunca lhes atribuíram as características e a origem que agora é atribuída por este arqueólogo”, frisou. No caso das estruturas existentes no Corvo, o diretor regional de Cultura recordou que foram estudadas no quadro do inventário do património imóvel dos Açores, salientando que o arqueólogo Rui Sousa Martins considera que as cavidades se destinavam a “guardar artefactos agrícolas de apoio à actividade que ali se desenvolvia”. Jorge Bruno frisou que o executivo açoriano “não vai tomar nenhuma iniciativa” para estudar aqueles sítios, por entender que “não se justifica”, mas manifestou abertura para analisar qualquer proposta para a realização de trabalhos arqueológicos que venha a ser apresentada. Os hipogeus que originaram esta questão foram encontrados pelo arqueólogo Nuno Ribeiro durante um passeio que realizou em agosto de 2010 no Corvo e na Terceira. “Tudo indica que se trata de monumentos muito antigos”, afirmou o arqueólogo em declarações à Lusa a 5 de março, acrescentando que se trata de “estruturas escavadas na rocha, cuja planta de forma uterina denuncia a sua possível utilização como necrópoles”. Nuno Ribeiro admitiu que “possam ter mais de 2.000 anos”, salientando que “este tipo de monumentos tem paralelo no mundo mediterrânico e nas culturas grega e cartaginesa entre os séculos IX e III AC, e eram usados como sepulturas”. Para “averiguar a antiguidade” dos hipogeus encontrados nos Açores, o arqueólogo manifestou a intenção de apresentar até ao final deste mês um projeto para a realização de investigações científicas naqueles locais. Os hipogeus encontrados por Nuno Ribeiro no Corvo e na Terceira foram apresentados no início deste mês no Congresso de Arqueologia do Mediterrâneo que decorreu na Sicília, Itália. Os Açores apostam em afirmar-se “como um destino de referência nas actividades de contacto com a natureza” encontrando-se “determinados em conseguir uma maior notoriedade junto de vários mercados”, considerou, em Berlim, o Secretário Regional da Economia. Vasco Cordeiro, que esteve presente na abertura da Feira Internacional do Turismo de Berlim (ITB Berlim), recordou que “os Açores têm vindo a fazer uma aposta muito forte em diversos países, constituindo a Alemanha, um dos alvos prioritários da estratégia de promoção da Região para o corrente ano, em virtude, também, dos resultados que têm vindo a ser conseguidos nos últimos anos”. Além disso, destacou, “a Alemanha encontrase neste momento a viver uma situação de crescimento económico, constituindo um mercado potencial com cerca de 82 milhões de habitantes e uma grande tendência para viajar nas férias”. Aliás, referiu ainda o Secretário Regional da Economia, “os turistas alemães identificam-se com o tipo de produtos que os Açores têm para oferecer, pelo que faz todo o sentido apostar numa presença forte nesta feira”. A ITB Berlim é actualmente a maior feira de turismo do mundo, concentrado cerca de 11 mil expositores oriundos de 180 países, estando o stand dos Açores englobado no Pavilhão de Portugal. Segundo Vasco Cordeiro, a Região pretende “dar uma grande atenção às actividades marítimas, como é o caso do mergulho, ou da observação de cetáceos entre outras, uma vez que o Mar constituiu um dos elementos fundamentais da afirmação dos Açores em comparação com outras regiões”. Para o Secretário Regional da Economia, “é fundamental a presença dos Açores neste tipo de eventos, já que eles permitem dar a conhecer as nossas potencialidades aos operadores que aqui se encontram”. Esta feira constitui igualmente, acrescentou, “um evento muito importante para os empresários da Região”. Vasco Cordeiro destacou ainda o facto da participação dos Açores “assumir especial relevância este ano, uma vez que feira é dedicada ao eco-turismo e ao turismo de aventura, duas categorias que correspondem à imagem que a Região pretende divulgar junto dos mercados emissores”. Numa entrevista ao canal Eurosport, Vasco Cordeiro salientou igualmente, o facto do Governo dos Açores ter vindo a apostar nos últimos anos “em desportos que possam de alguma forma corresponder à imagem que a Região pretende transmitir, como é o caso de algumas regatas internacionais, ou, por exemplo, o rali dos Açores”, prova transmitida por aquele canal de desporto e que “tem contribuído de uma forma muito importante para aumentar a notoriedade da Região”. Localizados no stand 205, Pavilhão 2.2, os Açores, concentram nesse espaço as presenças de diversas entidades como é o caso da Associação de Turismo dos Açores (ATA) e da SATA Internacional, e também de cerca de uma dezena de empresas privadas do sector do turismo na Região. Além de destinada a profissionais do sector, a feira estará aberta ao público nos próximos dias 12 e 13 de Março. RF.Lusa Alegadas sepulturas escavadas na rocha não vão obrigar a reescrever história - diretor regional de Cultura FR/(APE)Lusa Açores determinados em conquistar cada vez maior notoriedade turística internacional GaCS/NM Março de 2011 Governo satisfeito com retoma da normalidade nos portos regionais O Governo dos Açores assinala, com satisfação, o anúncio feito hoje, pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administracoes Portuarias, de suspensão da greve às horas extraordinarias que se encontrava a decorrer e que nos últimos dias vinha provocando alguns constrangimentos ao normal funcionamento das operações nos portos regionais. Desde o anúncio da convocação desta paralização que o Governo dos Açores vinha a acompanhar, através da Secretaria Regional da Economia, e em conjunto com a direcção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias, os efeitos que a mesma poderia provocar nos portos regionais, e em especial no sentido de evitar eventuais rupturas de stocks nas ilhas que se encontram mais dependentes deste tipo de operações. Foi, aliás, na sequência do diálogo mantido com a direcção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias que foi possível, na passada semana, concluir com êxito o transporte de mais de uma dezena de contentores para a ilha de Santa Maria. Com a suspensão da greve agora anunciada, o Governo dos Açores prevê que ao longo dos próximos dias seja retomada a normalidade das operações em todos os portos da Região. GaCS/$M Presidente do Governo Regional dos Açores defende "imposto especial” para financiar Saúde e Educação O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, defendeu um imposto especial para contribuintes com maiores rendimentos por forma a financiar os setores públicos de saúde e educação. “Eu acho que é razoável em Portugal, não onerando aqueles que têm menores rendimentos, que haja taxas especiais e impostos especiais dirigidos ao financiamento dos serviços públicos gratuitos de saúde e educação”, disse Carlos César, numa tertúlia realizada no Casino da Figueira da Foz. Questionado pela jornalista Fátima Campos Ferreira, anfitriã da tertúlia “Conversas do Casino Figueira”, sobre quem deve pagar o imposto e de que forma, Carlos César esclareceu que este deverá ser pago “a montante” dos serviços prestados, por exemplo, num hospital, e para além das taxas de urgência e internamento existentes. “Como contribuinte, deve-lhe ser adicionado um imposto que é dirigido, exclusivamente, ao refinanciamento do serviço de saúde”, frisou, adiantando que o novo imposto deve ser pago “por quem pode”, ou seja, os contribuintes com maiores rendimentos. “Deve ser arrecadado num universo remuneratório onde existe margem e disponibilidade, que não conduza ao empobrecimento dessas pessoas. (…) Um imposto especial, adequado à condição remuneratória, progressivo”, observou. Carlos César disse ainda que o imposto extraordinário não teria carácter permanente, antes devia ser aplicado enquanto a situação do País “justificar a necessidade de receitas extraordinárias”. JLS.Lusa Março de 2011 Informação Nacional Cavaco promete cooperar com Sócrates mas alerta para "emergência social" O Presidente da República, num diagnóstico duro da situação nacional, salientou a importância da estabilidade política e assumiu o compromisso de cooperação com Sócrates, mas alertou para a "emergência social" no país e pediu um "sobressalto cívico". No seu discurso de tomada posse para o segundo mandato, no Parlamento, Cavaco Silva assumiu um compromisso de cooperação com o primeiro-ministro mas logo de seguida recordou um largo conjunto de indicadores económicos e sociais muito negativos, alertando para uma "situação de emergência económica, financeira e social" do país. Criticou indiretamente o governo quando se referiu à aposta nos grandes investimentos que, considera, o país “não tem condições de financiar”, mas foi mais veemente quando lembrou que "a sociedade não pode continuar adormecida" e que "é necessário que um sobressalto cívico faça despertar os portugueses para a necessidade de uma sociedade civil forte". Num discurso de posse proferido três dias antes de uma anunciada manifestação de jovens da dita "geração à rasca", Cavaco foi muito direto num apelo à juventude: "Façam ouvir a vossa voz. Este é o vosso tempo. Mostrem a todos que é possível viver num País mais justo e mais desenvolvido, com uma cultura cívica e política mais sadia, mais limpa, mais digna. Mostrem às outras gerações que não se acomodam nem se resignam. Sonhem mais alto”. José Sócrates, que falhou no protocolo nos cumprimentos ao PR para falar aos jornalistas, respondeu a Cavaco dizendo que poderá contar com uma cooperação institucional “leal” e advertiu que nenhum diagnóstico sobre a situação do país pode omitir a conjuntura de crise internacional. Disse ainda esperar que outros órgãos de soberania também ajudem o Governo a fazer o que é “absolutamente imprescindível” para o país, considerando que o seu executivo tem estado “sozinho” a tomar medidas difíceis. A reação mais dura às palavras de Cavaco surgiu do líder parlamentar do PS, Francisco Assis, que o acusou de fazer um discurso "de fação" e "sectário", afirmando que Portugal não precisa de uma crise institucional. "Julgo que não foi um discurso próprio de um Presidente de todos os portugueses", disse. No mesmo tom respondeu o líder do PCP, Jerónimo de Sousa, acusando Cavaco de querer "dar um contributo ao seu partido e não um contributo para a resolução dos problemas nacionais". Para Jerónimo, só o diagnóstico é que "foi correto". Crítico do discurso de Cavaco foi ainda o líder do BE, Francisco Louçã, que aproveitou o alerta de "sobressalto cívico" feito por Cavaco para dizer que o Presidente pretende "acentuar rapidamente as privatizações". Também Os Verdes destacaram o "sobressalto" mas sublinhando que não é pelo Presidente da República que o país vai mudar. Para Heloísa Apolónia, Cavaco "apoia" as atuais políticas e a "agenda liberal". Só a direita elogiou o discurso de Cavaco Silva, tendo Paulo Portas salientado a passagem em que o Presidente afirma que "há limites para os sacrifícios" que se podem pedir aos portugueses "Foi um discurso forte e verdadeiro", disse o líder do CDS-PP. Pelo PSD reagiu o líder parlamentar Miguel Macedo - Passos Coelho abandonou o parlamento logo após a sessão sem falar aos jornalistas - afirmando que o discurso de Cavaco Silva foi "politicamente o mais marcante" de todas as posses a que já assistiu, e considerou que o momento de hoje assinalou a "magistratura ativa" que prometeu aos portugueses. Após a sessão solene na Assembleia da República, o Presidente regressou ao Palácio de Belém, onde recebeu as honras militares, ouviu o Hino nacional e passou revista à guarda de honra. Lusa difíceis. José Sócrates falava aos jornalistas após o discurso de posse de Cavaco Silva como Presidente da República, considerado muito crítico em relação à ação dos últimos governos. No entanto, José Sócrates disse estar “muito de acordo com aquilo que o Presidente [da República] referiu como sendo a necessidade de se unirem os esforços de todos para responder à atual situação – aliás, é isso que o Governo tem feito”. “Muitas vezes o Governo faz isso sozinho, tomando medidas difíceis que são necessárias tomar para responder a esta situação”, defendeu o primeiro-ministro, antes de deixar um recado aos outros órgãos de soberania, Parlamento e Presidência da República. “O Governo espera é o entendimento por parte de outros órgãos de soberania para que ajudem o Governo a fazer aquilo que é absolutamente imprescindível fazer: Uma governação que tem como primeiro objetivo pôr as contas públicas em ordem.”, disse. Em segundo lugar, de acordo com José Sócrates, “o objetivo do Governo é puxar pelas exportações”. “E estou muito de acordo com o Presidente da República nesse ponto. Queremos fazer as reformas estruturais essenciais para o país, mas isso significa medidas difíceis, isso significa que todos devemos pôr de lado aquilo que é a tendência dos políticos para agradar e concentrarmo-nos naquilo que o nosso país deve fazer para servirmos o futuro de todos os portugueses”, apontou o líder do executivo. Lusa Sócrates espera que outros órgãos de soberania também ajudem o Governo a tomar medidas difíceis O primeiro-ministro afirmou hoje esperar que outros órgãos de soberania também ajudem o Governo a fazer o que é “absolutamente imprescindível” para o país, dizendo que o seu executivo tem estado “sozinho” a tomar medidas Ramalho Eanes diz que discurso de Cavaco foi "razoável" mas "esqueceu" crise externa O antigo Presidente da República Ramalho Eanes considerou hoje "razoável" o discurso de posse de Cavaco Silva, sublinhando que o Chefe de Estado "esqueceu" a influência da crise externa no país. "Foi um discurso que, tendo em conta a situação atual, é razoável. Poder-se-á dizer que esqueceu a crise externa e a influência da crise externa na nossa própria crise", afirma o ex- Chefe de Estado, em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação de um livro no Centro Cientifico e Cultural de Macau, em Lisboa. A mesma opinião tinha sido defendida quartafeira pelo primeiro-ministro, José Sócrates, após a cerimónia da tomada de posse, na Assembleia da República: “manda a verdade que, em nome de um diagnóstico sobre a situação portuguesa, não se deixe de referir a crise internacional na origem aliás das dificuldades de todos os países, da dificuldade de Portugal, da dificuldade grega, irlandesa, espanhola, inglesa, dos Estado Unidos, do Japão e por aí fora”. Ramalho Eanes encabeçou a comissão de honra da candidatura de Cavaco Silva à Presidência da República, tal como já tinha acontecido no primeiro mandato. Depois de referir que "há países que resistiram à crise e outros que não resistiram", Ramalho Eanes considerou "as acusações" que são feitas ao Governo socialista "excessivas". "O Presidente teve ocasião de dizer que nós temos uma década perdida. Não é da responsabilidade deste Governo, ou pelo menos não é da responsabilidade exclusiva deste Governo", afirmou. Ramalho Eanes também qualificou de "razoável" o apelo de Cavaco Silva à sociedade civil, afirmando que esta não pode continuar a fazer o que tem feito "sistematicamente". "Esperar que o Governo faça tudo. E o Governo não pode fazer tudo, porque não faz milagres", acrescentou. Considerou ainda o apelo à juventude "importante" e referiu-se à manifestação da "geração à rasca", no sábado, como "efémera". Questionado se Cavaco Silva se apresentou na quarta-feira como o Presidente de todos os portugueses, ao contrário do que disse o líder parlamentar dos socialistas, Eanes respondeu: "Na minha opinião foi". Lusa PEC: 13 Governo avança com medidas para reduzir despesa em 2,4% do PIB e aumentar receita em 1,3% em 2012 e 2013 O Governo vai aplicar novas medidas adicionais também em 2012 e 2013 para conseguir atingir metas do défice, cortando custos na ordem dos 2,4 por cento do PIB na despesa e 1,3 por cento de aumento da receita. Teixeira dos Santos, que apresentou a atualização do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), anunciou um conjunto de medidas para 2011, 2012 e 2013. As medidas do lado da despesa em 2012 (1,6 por cento do PIB de ajustamento) e 2013 (0,8 por cento do PIB), compreendem o congelamento do IAS e a suspensão da aplicação de regras de indexação de pensões (congelamento das pensões), a contribuição especial aplicável a todas as pensões (que o ministro diz aplicaremse a partir dos 1.500 euros). Será ainda realizada uma redução dos custos com medicamentos e subsistemas públicos de saúde, aprofundamento da racionalização da rede escolar, aumento da eficiência no aprovisionamento e outras medidas de controlo de custos operacionais. O Governo irá ainda reduzir despesa com benefícios sociais de natureza não contributiva, cortes de custos no SEE e Serviços e Fundos Autónomos (com revisões nas indemnizações compensatórias, planos de investimento e custos operacionais). Serão ainda reduzidas as transferências para as autarquias e regiões autónomas e redução das despesas de capital. Do lado da receita, (aumento da receita em 0,9 por cento em 2012, e 0,4 por cento em 2013) será feita uma revisão e limitação dos benefícios e deduções fiscais, em IRS e IRC, racionalização da estrutura de taxas do IVA, atualização dos impostos específicos sobre o consumo, conclusão da convergência do regime de IRS de pensões e rendimentos de trabalho. $M.Lusa Homens da Luta vencem Festival da Canção 2011 graças a votação do público A canção ‘A luta é alegria’ venceu a 47.ª edição do Festival RTP da Canção, que se realizou no Teatro Camões, em Lisboa, com a votação do público a mostrarse decisivo no resultado final. A canção vencedora tem letra de Jel e música de Vasco Duarte e foi interpretada pelos Homens da Luta que vão representar a RTP no Festival da Eurovisão 2011 na cidade de Dusseldorf, na Alemanha, em maio. De acordo com a votação das 20 equipas de jurados (18 distritos e Açores e Madeira) a canção 'São os barcos de Lisboa’, com letra e música de Carlos Massa e interpretada por Nuno Norte, era a vencedora. No entanto, a votação do público por televoto (que representou 50 por cento da votação final) foi decisiva ao atribuir a pontuação máxima aos Homens da Luta, dandolhes a vitória. Além destas duas canções vencedoras, este ano, foram finalistas do Festival da Canção outros dez temas: Quase a Voar (Henrique Feist), Chegar à tua Voz (Wanda Stuart), Se esse Dia Chegar (Tânia Tavares), Em nome do Amor (Rui Andrade), Deixa o meu Lugar (Inês Bernardo), Boom Boom Yeah (Axel), Embalo do Coração (7 Saias), Sobrevivo (Carla Moreno), Tensão (Filipa Ruas), O mar, o vento e as estrelas (Ricardo Sousa). O Festival da Canção realiza-se desde 1964. IM. SANTA MARIA ASSINALA ENTRUD 14 Informação Local Março de 2011 Desfile de Carna Realizou-se no dia 4 de Março, o Desfile d Secundário de Santa Maria.Os diferentes gru Porto, fantasiados, evocando e brincando co Matinés de Carnaval trazem alegria às crianças Marienses O Carnaval é sinónimo de alegria. Em Santa Maria,o sinónimo de alegria são as crianças. Depois das inúmeras festas que antecederam o feriado carnavalesco foi chegada a vez das crianças desfrutarem de dois dias de muita animação nas Matinés de Carnaval. Na tarde do dia 6 de Março, o Clube Asas do Atlântico promoveu uma tarde inteiramente dedicada aos mais novos que contou com a animação da dupla “ANIPIN” constituída por Márcia Santos e Sofia Monteiro. Os confetes e serpentinas, espalhados pelo chão, deram um colorido especial ao salão do C.A.A. que, aliado às ínumeras brincadeiras e música da época tornaram esta tarde de domingo num espectáculo de pura energia e diversão. Já na tarde de Terça-feira, dia de Carnaval, o Pavilhão do Clube Ana acolheu a Matiné Infantil numa organização conjunta com a Câmara Municipal de Vila do Porto. Esta iniciativa contou com a animação da orquestra de percussão “Bey Já ‘Tum” e ainda Clube Asas do AtlânCco com a actuação do grupo de dança “Life in Dance”, seguido do desfile e concurso de fantasias. No qual participaram cerca de cinquenta crianças dos 0 aos 12 anos, divididos em quatro escalões etários. O Júri atribuiu um prémio criatividade e em cada escalão distinguiu os três primeiros classificados. E como o mais Pavilhão do Clube Ana importante é a participação todas as crianças receberam uma guloseima e um certificado da Câmara Municipal. As crianças, disfarçadas do mais variados heróis e outras personagens do mundo da fantasia transformaram, nestes dois dias, o seus sonhos em realidade. Ritmo, cor e alegria marcam a Noite de Amigas no C.A.A. Nos Açores há muito tempo que o Entrudo é antecedido por festejos peculiares, vulgarmente conhecidos pelas Quintas-Feiras de Amigos, Amigas, Compadres e Comadres, que este ano realizaram-se a 10, 17, 24 de Fevereiro e 3 de Março, respecCvamente. O Clube Asas do AtlânCco (C.A.A.) assinalou, no passado dia 17 de Fevereiro o Dia das Amigas, no salão de festas do clube. Esta tradição, de origem Açoriana, marca o início das Festas Carnavalescas um pouco por todo o arquipélago. É o dia dedicado às mulheres que, absorvidas pelo espírito da época, renovam os laços de amizade que as unem num clima que se disCngue, acima de tudo, pela boa disposição. Do programa, para além do habitual jantar, que decorreu no salão de festas do clube, houve espaço à animação musical com os conCnentais “companhia limitada”. Esta banda, que prima pela qualidade, é composta por 5 elementos e é já uma referencia posiCva para o público Mariense. Nesta noite o salão de festas do clube ganha um novo brilho com a presença de inúmeras fantasias carnavalescas, algumas delas elaboradas exclusivamente para este dia. Apesar de ser um dia dedicado à amizade no feminino, são muitos os homens que, dando asas à sua imaginação mascaram-se de mulher, unem-se ao convívio contribuindo para um ambiente ainda mais alegre cujo ingrediente principal é o bom humor . O espaço escolhido , decorado a preceito sob o tema “Piratas” revelou-se pequeno para acolher as centenas de pessoas que ocorreram ao local para se associarem a esta festa repleta de ritmo, cor e alegria. O dia dedicado aos Amigos foi festejado um pouco por toda a ilha, na quinta-feira que antecedeu o dia das Amigas. DO COM DIVERSAS ACTIVIDADES Março de 2011 Informação Local 15 aval das Escolas de Carnaval das Escolas do Ensino Básico e upos desfilaram pela rua principal de Vila do om temas da actualidade mariense. Danças de Carnaval mobilizam centenas Um dos pontos altos do Carnaval Mariense é a realização das tradicionais danças. Alegria, ritmo, cor e muita animação marcam, habitualmente, as danças, que mobilizam centenas de pessoas aos centros das freguesias marienses. Este ano, apresentaram-se apenas dois grupos. O Grupo de Danças e Cantares de Almagre, Baile do Clube Ana de Santa Maria O Clube Ana de Santa Maria realizou o seu tradicional Baile de Carnaval no passado dia 7 de Março, evento que este ano somou a sua 25ª edição. O Pavilhão do Clube foi uma vez mais decorado a preceito, tendo o “Aeroporto” como tema. Onde não faltaram as duas réplicas das torres de controlo do nosso aeroporto, um follow-me e o palco transformado em Pista com direito a avião e tudo. O recinto acolheu cerca de setecentos foliões que fizeram questão em aproveitar bem a noite, fazendo a festa até ao raiar do dia. A animação musical com muito ritmo brasileiro esteve a cargo da KRIS ROSA Band, composta por Cláudio Gonçalves - percussão, e pelos brasileiros Zé Carolino – guitarra e voz e Kris Rosa – Voz que presentearam os marienses com um espectáculo de qualidade e ao agrado de todos. Os marienses demonstraram, uma vez mais, que vivem o carnaval com grande entusiasmo, o colorido e alegria que deram ao Baile através das suas fantasias e da sua boa disposição são sinal evidente disso. Já na tarde de do dia seguinte, o Pavilhão do Clube Ana acolheu a Matiné Infantil numa organização conjunta com a Câmara Municipal de Vila do Porto. Dança Grupo de Danças e Cantares de Almagre freguesia de Almagreira, com uma dança de salão e a Casa do Povo de Santo Espírito abordou a crise atual recorrendo à pré história. Para além das danças, houve espaço para a realização de algumas brincadeiras de Carnaval marcadas pelo humor e boa disposição junto do público entusiasta e receCvo. Outros aspectos do Carnaval Mariense Baile em Santo Espírito - 5 de Março Dança da Casa do Povo de Santo Espírito Desfile Trapalhão - 8 de Março Sob o lema “É Carnaval ninguém leva a mal!”, a Câmara Municipal de Vila do Porto lançou o convite a toda a população a parAcipar nesta iniciaAva que consisAu num desfile de fantasias, máscaras e, até mesmo, quadros com críAcas sociais e políAcas. Foto: Susana Resendes Batalha de Água - 8 de Março Foto: Clarisse Lima Brincadeira de Carnaval - 8 de Março O Grupo DesporCvo de São Pedro promoveu, também, um baile cuja animação esteve a cargo de DJ'S e teve lugar na Casa do Povo de São Pedro no dia 7 de Março. Organizada pelos Bombeiros Na foto: José BaCsta (popularmente conhecido por “ Senhor Zé do Pub”) 16 Escreve o Leitor Março de 2011 ANTIGAMENTE COMO ERA O CARNAVAL EM SANTA MARIA? Como era o Carnaval no meu tempo...? Por: Natália Paiva Ora bem! Já lá vão mais de 40 anos, era eu menina e moça, as ruas de Vila do Porto animavam-se durante a época de Carnaval. Digo durante o Carnaval, visto que tudo começava na primeira das 4 semanas que antecedem o dia de Carnaval. À noite viam-se bandos animados de mascarados. Em grupos que atingiam 30 pessoas, reuniam-se familias e amigos. Divertiam-se a escolher os disfarces, a surpreender os amigos, a disfarçar a voz, o andar e outros aspectos, assumindo papéis de actores improvisados. Cada grupo primava pelo rigor dos disfarces e pelo cómico dos papeis assumidos, nalgumas famílias já quase tradição, como a família do Sr. Victor Cordeiro. Percorriam a Vila, batendo á porta de amigos e conhecidos. O desafio era o tempo que o visado levava a descobrir quem era o interlocutor que em voz aguda pedia “uma malaçadinha” e dizia umas quantas graças que divertiam toda a gente ao redor. Quanto mais tempo, melhor o “actor”. Cruzavam-se grupos de mascarados e desafiavam-se de grupo para grupo, sobretudo se vislumbravam algum conhecido. Maus e feios mascarados? Sempre os houve, mas mascarado que se prezasse devia ser mascarado bem vestido e digno de se ver.Muito diferente do que hoje se passa com os nossos poucos mascaradinhos? Talvez não. A grande diferença é, de facto, o numero de pessoas que envolvia, o convívio entre amigos e famílias, a graça, a descontração, o empenho de quantos faziam parte dos grupos e de todos os que à sua volta colaboravam na brincadeira, incluindo os visitados e os que das janelas presenciavam estas cenas. Felizes os que tinham janelas altas, a salvo das impertinências e a tirar partido do divertimento. Se sabiámos que saía á rua um grupo conhecido e era dos bons, apressava-se o jantar, para não perder o espectáculo... Não existiam cabeleiras postiças, óculos e outros acessórios carnavalescos que hoje abundam. As máscaras que se vendiam eram de papelão, pintadas de cor da pele. Ao fim da noite começavam a desfazer-se, com o calor e a humidade. Eram frequentes graves “traumatismos” no nariz e na boca das máscaras, os quais deixavam a descoberto a identidade das Felizes que nós éramos... Por:Valeriano Sousa Foi ali por Almagreira onde talvez tenha Cdo o meu primeiro contacto de sabor carnavalesco. A minha Ca levou-me ao largo da freguesia para ver a actuação da Dança. Teria quatro anos e fiquei maravilhado. Havia imensa teatralidade na representação dos enredos versejados cuja coreografia deixava em nós, crianças, emoções cheias de fantasia. As canCgas ficavam logo no ouvido e muitas seriam repeCdas infalivelmente durante os próximos tempos. Os movimentos eram também atentamente apreciados e algumas das cenas copiadas em hora de brincadeira e folguedo. Havia ainda o Velho e a Velha personagens mascarados que funcionavam como se fossem palhaços e que Cnham a missão de provocar a ssistência e também - que maldade - assustar as criancinhas. As danças foram durante os meus anos de infância e adolesência (já ultrapassei os sessenta em idade) os espectácuos de criação popular com mais audiência na ilha e vítimas!... As roupas eram rebuscadas do sotão, emprestadas e adaptadas. Recordo-me de uma senhora, num grupo de que fiz parte, ter conseguido um belo vestido comprido feito com lençois bordados. As mangas bordadas do vestido de dama voltaram à sua condição de almofadas após o carnaval. Tinha eu cerca de 12 anos meu avô Eugénio e meu pai decidiram fazer-me um “ cabeçudo”. Começaram por moldar uma cabeça em barro. Durante dias e dias colaram tiras de jornais com grude, uma espécie de papa de farinha e água. Entre camadas havia que deixar secar. No final pintaram meticulosamente a cabeça, e surgiu uma espécie de Wiston Churchill meio achatado, com grande nariz e sobrancelhas! Uma obra de arte, como tudo o que das mãos deles saiu! Lá fui passear o meu disfarce com uma amiga, toda satisfeita. Durante o dia, porque a noite não era para duas meninas sózinhas, mas sim para os grandes grupos e as grandes visitas. Outro ano assumi o papel de Sr. Cosme, acompanhando minha prima Olga, a Dª. Urraca. Estas personagens tinham origem, penso eu, numa peça de teatro. Passeámo-nos pela Vila, eu de fraque, bengala e chapéu de coco e ela de vestido de dama cor de salmão e sombrinha, muito nobres, sérias e divertidíssimas. E divertídissima estava a minha tia e toda a família que andou nos preparativos. Há pouco tempo uma colega disse-me que ainda se lembra das nossas figuras. As crianças fantasiavam-se ao Domingo e no dia de Carnaval. Predominavam o arlequim, o pierrot e as réplicas dos trajes tradicionais portugueses, como o campino e a camponesa. Lembro-me de vestir um colete de feltro preto bordado a lã e um pequeno avental que já eram da minha irmã, conforme registo fotográfico. As rosetas coloridas na face com baton, o sinal preto carregado à cigana, o lenço atado, o pequeno avental, as boinas e os cestos estavam ao alcance de qualquer um, eram aguardadas sempre com grande expectaCva. Ficaram famosos à época alguns Mestres de Dança e ensaiadores de reconhecida originalidade nas criações que conseguiram. Uma vez que era socialmente interdita a parCcipação de mulheres em exibições de rua isto era ultrapassado pela integração de um elenco de “dançarinas” com base em rapazes e homens adornados em roupas femininas. Cada freguesia apresentava a sua dança que dentro das possibilidades de mobilidade existentes se mostrava em diversos lugares nas proximidades indo às vezes até à freguesia mais próxima. O número de espectáculos a que um mariense podia assisCr num ano era reduzidíssimo. As danças foram muitas vezes o único. Depois ficava-se à espera da festa do santo da paróquia. Como folguedos de rua que também empolgavam e diverCam adultos e crianças Dnhamos as “guerras” de água e farinha. As “banhadas” a parCr de camionetas de caixa aberta com bombas é coisa já dos anos 50. A farinha e as “limas” pequenas esferas de paredes finas de cera com água - eram usadas em “lutas” mais domésCcas. Latas e baldes, também entravam na festa.Toma que lá vai disto. Com a chegada da adolescência e na zona mais urbana da ilha, Associações Marienses elegem novos Órgãos Sociais NÚCLEO SPORTINGUISTA MARIENSE 2011/2012 ASSEMBLEIA-GERAL PRESIDENTE – João Vasco Pereira da Costa VICE-PRESIDENTE – Álvaro Francisco Dias Antunes SECRETÁRIO – António Miguel Afonso Marques DIRECÇÃO PRESIDENTE – Rui Alexandre dos Reis Arruda VICE-PRESIDENTE–CarlosAlbertodeBarrosRibeiro TESOUREIRO – Paulo Fernando Miranda Lopes SECRETÁRIO – Rosa Filomena Cabral de Melo 1ºVOGALETESOUREIROSUBSTITUTO–JoãoPaulo Lima Resendes 2º VOGAL – Mário Jorge Vieira 3º VOGAL – Pedro Sousa Pacheco CONSELHO FISCAL PRESIDENTE – Daciano de Melo Cosme SECRETÁRIO – José Manuel Pereira Torres de Medeiros Chaves RELATOR – João Manuel dos Santos Pacheco CLUBE MOTARDDE SANTA MARIA 2011/2013 ASSEMBLEIA-GERAL Presidente – Paulo Resendes (sócio nº2) Secretário – Vítor Festas (sócio nº48) DIRECÇÃO Presidente – Francisco Coelho (sócio nº6) Vice – Presidente – Hélio Bairos (sócio nº8) Secretário – Horácio Pires (sócio nº74) Tesoureiro – Paulo Chaves (sócio nº39) 1ºvogal – José António Monteiro (sócio nº59) 2ºVogal – Eduardo Soares (sócio nº73) 3ºVogal – Nádia Pereira (sócio nº29) CONCELHO FISCAL Presidente – Roberto Furtado (sócio nº3) Vice – Presidente – Carlos Teodoro (sócio nº30) Secretário – Mário Fontes (sócio nº53) sem gastos, que as bolsas não eram para essas coisas e divertir não era gastar. Os divertimentos faziam-se de convívio são, da partilha e da abundância que ditava a economia familiar. Havia que ter a mesa farta para os mascarados e havia que distribuir pela vizinhança. Nós, crianças, disputávamos a tarefa de levar os pratos à vizinha, bem arranjados e tapados com bonitos guardanapos do baú, a ver se no prato vazio devolvido vinha uma moedinha, em jeito de graça. Reservavam-se os ovos para a doçaria da época: as malaçadas, os coscorões, os búzios e os “donetes” (há muitos anos que não os vejo na versão que conheci). As rosas, frito delicado que consume muitos ovos, eram reservadas em minha casa para o dia de carnaval. Minha mãe fazia-as muito bem, e meu pai fez-lhe alguns moldes em lata para variar os modelos. No Domingo Gordo e Domingo Magro já se viam as danças de Carnaval que desciam à Vila, tal como hoje com as suas piadas de ocasião. Durante o Carnaval organizavam-se assaltos. Por tradição era uma surpresa para uma família. Ás escondidas combinava-se o dia, o local e a animação. Muitas vezes o “espírito santo de orelha” alertava o anfitrião forçado, que se preparava descuidadamente e fingia ter sido apanhado de surpresa. Tenho uma vaga ideia de garagens (ou lojas como então se dizia) enfeitadas com mantas e com caruma no chão, tocadores e música tradicional, tal como o “balho furado” e o “remo”. Cada um levava o “comes”, o “bebes” e a sua alegria. Mais tarde, recordo-me dos assaltos da minha juventude. Já então se vendiam os cromos dos Beatles e nós dançávamos o twist e o zorba. Organizávamos os nosso bailaricos de carnaval durante a tarde, porque os nossos pais não permitiam essas saídas para essas danças modernas à noite! Os bailes de carnaval do C.A.A. [Clube Asas do Atlântico] e do então Salão Recreio distavam 3 Km, a proibição dos pais e eram reservados aos sócios. Meus pais contavam que o carnaval era muito bonito no tempo deles. Falavam em bonitos corsos carnavalescos e em carros alegóricos bem decorados. Diziam que se faziam batalhas de flores, há muito, muito tempo, na nossa ilha. No meu, só me recordo das incómodas batalhas de água que na manhã do dia de carnaval nos faziam ficar em casa para não apanhar com uma lima ou um balde de água. Sorte seria um “banho de farinha” que também os havia nesse tempo! Mais pormenores ficam por contar. Mas, geração após geração, haverá sempre mais e mais alguém para contar, como era bom o carnaval no seu tempo: com disfarces, batalhas, música e folia, porque NO CARNAVAL NINGUÉM LEVA NADA A MAL! na Vila e no Aeroporto, comecei a ter acesso aos bailes. Com este nome no princípio só havia dois - o do Asas e o do Clube do Bairro Operário - a que se juntou mais tarde o da Casa da Música. Mas eram os “assaltos” que colhiam a minha predilecção. Eram festas caseiras em que na casa deste ou daquele nos reuníamos para dançar ao som da música de um gravador ou gira-discos. A paCcipação implicava que cada um levasse bebidas (alcoólicas de preferência) ou comida. Depois era escolher um par ou “rodar” a sala. Até encalhar. Aos poucos ia-se dando com o ritmo tentando evitar a todo o custo as pisadelas. Claro que estou a falar de danças em que os perfumes do par se misturavam e as transpirações se uniam. Foi por essa altura que, graças a Deus, se começou a vender desodorizante em Santa Maria. Depois do Carnaval entravam para os mexericos mais umas quantas histórias que nunca se sabia se Cnha sido mesmo assim. Claro que também vinham para a luz do dia mais uns quantos “sérios” namoricos. Ficaríamos então à espera do baile de Fim de Ano. Felizes que nós éramos. ASSOCIAÇÃO JUVENIL DA ILHA DE SANTA MARIA 2011/2012 ASSEMBLEIA GERAL PRESIDENTE- Sérgio Cabral VICE-PRESIDENTE- CrisCna Gonçalves SECRETÁRIO- João Brandão DIRECÇÃO PRESIDENTE- Daniel Gonçalves VICE-PRESIDENTE- Derrick Sousa SECRETÁRIO- Rui Brix TESOUREIRO- Lígia Sousa VOGAL- Luciana Magalhães CONSELHO FISCAL PRESIDENTE- Sandra Moura VICE-PRESIDENTE- Lucília Figueiredo SECRETÁRIO- Sofia Monteiro A Câmara Municipal de Vila do Porto, avisa todos os interessados deste concelho que, estão abertas inscrições com vista à realização de um CURSO DE FORMAÇÃO DE NADADORES SALVADORES, devendo para tal ser efectuada a sua inscrição até ao dia 7 de Abril de 2011, no Complexo DesporCvo de Santa Maria ( das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 16h30) Para o efeito, informa-se as condições de admissão ao curso: Ter idade mínima de 18 anos à data de início do curso; Ter habilitação literária mínima correspondente à escolaridade obrigatória (apresentação de cerCficado de habilitação); Possuir robustez /sica para o curso comprovada por atestado médico; 1 fotografia actualizada; 1 fotocópia do respecCvo Bilhete de IdenCdade; 1 fotocópia do Cartão de Contribuinte. Mais informações contactar: Ana CrisCna Câmara Tel: 296 820 000 Tlm: 961880334 Email: [email protected] Março de 2011 Informação Diversa "Plenário de Estrasburgo aprova propostas de Luís Paulo Alves para defesa dos nossos agricultores nos acordos de Comércio Internacional" O Parlamento Europeu aprovou em Estrasburgo por proposta de Luís Paulo Alves uma proposta que recomenda à Comissão Europeia para ter em conta as especificidades das Regiões ultraperiféricas, como os Açores, no estabelecimento de acordos internacionais de forma a não comprometer o seu desenvolvimento. O Parlamento recomendou ainda à Comissão Europeia, por aprovação de proposta do deputado dos Açores, que sejam revistas as concessões feitas na preparação de um eventual acordo com o Mercosul de modo a proteger os interesses dos nossos agricultores. Na primeira proposta aprovada, Luís Paulo Alves considera que "as regiões ultraperiféricas (RUP) são parte integrante do território da UE, aplicando-se-lhes integralmente os acordos comerciais. Saliento que a frágil economia das RUP, baseada fundamentalmente na agricultura e com produções similares às dos latino-americanos, é parceiros vulnerável a uma redução dos direitos aduaneiros e lembro que o artigo 349.º do TFUE permite adaptar as políticas comunitárias às realidades geográficas e económicas destas regiões. Exorto por isso a Comissão a ter em conta as especificidades das RUP no quadro das negociações, a fim de evitar comprometer o seu desenvolvimento." Preocupado com a possibilidade de a agricultura europeia vir a sofrer impactos muito preocupantes, no quadro de um acordo com o Mercosul que descure os seus efeitos sobre o sector, Luís Paulo Alves considera na segunda proposta aprovada que "é necessário rever as concessões de modo a proteger os interesses dos nossos agricultores". 08 de Março, 2011- A Eurodeputada do PSD Maria do Céu Patrão Neves defendeu ontem em Estrasburgo "a criação de um Observatório Europeu de Mar Profundo, num espaço privilegiado para o efeito como é o dos Açores". Durante a sua intervenção em plenário, a respeito da Estratégia da UE para o Atlântico, Patrão Neves afirmou que "os Oceanos e Mares da Europa devem ser tratados de forma integrada e articulada, através de um conjunto de acções adaptados às suas especificidades". Para além de apontar o "posicionamento geoestratégico privilegiado do Atlântico, na fronteira entre a Europa, África e América e dos desafios e oportunidades ao nível das actividades marítimas que daí podem advir", Patrão Neves sublinhou que "será ao nível do oceano profundo que radicará o maior potencial de riqueza do Atlântico", aludindo aos "recursos naturais, genéticos e minerais que aí poderão ser explorados", o que jusficaria a criação do Observatório proposto. Neste contexto, a Eurodeputada considerou que "ao abrigo da Estratégia da UE para o Atlântico, deverão ser implementadas acções de investigação, desenvolvimento e inovação tecnológica que assegurem a gestão sustentável desses recursos". Patrão Neves interveio mais três vezes durante a sessão plenária para falar acerca das Negociações sobre a renovação do Acordo de Parceria no domínio da pesca entre a União Europeia e a Mauritânia, do Relatório sobre a proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativo a determinadas disposições aplicáveis à pesca na zona do Acordo da Comissão Geral das Pescas do Mediterrâneo/ CGPM e ainda sobre o tornado de 17 de Fevereiro que assolou a região do Norte do país e que causou 1,5 milhões de euros de estragos na produção hortícola da Póvoa de Varzim, onde esteve recentemente para se inteirar dos prejuízos. Volvidos três anos sobre a crise financeira de 2007, que degenerou na crise económica de 2009, os desequilíbrios que a originaram encontram-se, maioritariamente, intactos. Persisti um problema de dívida excessiva nos EUA e restante mundo anglo-saxónico, bem como na Grécia, Portugal e Espanha, que tem como contraponto excessiva poupança na China e na Alemanha, entre outros. A manutenção do status quo arrisca-se a engendrar nova crise, numa sucessão de bolhas especulativas e de círculos de expansão e recessão. Em 2008 e 2009, rapidamente o mundo acordou, de forma concertada, as medidas para travar a crise económica, evitando outra Grande Depressão. O consenso e acção conjunta foram facilitados pela ausência de alternativas razoáveis, por todos os países estarem do mesmo lado e pelo sentido de urgência imposto pela paralisação dos mercados financeiros e das trocas comerciais. Se não tivessem tido adoptadas políticas monetárias e orçamentais expansionistas globalmente, o perigo de depressão iminente era considerável. Recorde-se que comércio internacional nos primeiros meses de 2009 caiu mais de 25%. Presentemente, reconhece-se a necessidade de redução do endividamento de alguns países. Contudo, sem apoio dos países com excedentes externos, essa correcção passa necessariamente pela contracção da procura global. A propósito, relembre-se que as batalhas cambiais ou desvalorização competitivas tiveram sempre o mesmo resultado: contracção da procura por diminuição do poder de compra e deflação. Se o mundo não optar, no futuro próximo, por soluções políticas cooperativas, que permitem aos países endividados reduzirem o seu nível de alavancagem progressivamente, a economia mundial arrisca-se a uma contracção a prazo. Porém, ao contrário de 2008 e 2009, este risco não é manifesto, o que dificulta a obtenção de consensos políticos. Outro aspecto que obstaculiza a convergência de vontade no momento actual prende-se com alterações do jogo de forças pisolíticas mundiais (também dentro da área do euro) com a ascensão das economias emergentes, reconfigurando o mundo. Os EUA, com a adopção de um plano de aquisição de dívida pública pela Reserva Federal, com o objectivo de assegurar um dólar debilitado, sinalizaram a intenção de lançar mão de todos os instrumentos disponíveis para promoção de uma correcção suave dos desequilíbrios internos. Adicionalmente, relembraram que dispõem de argumento pesado para resolução de desajustes externos a contragosto de terceiros. O dólar ainda é a principal reserva de valor mundial e a repetição do fim da convertibilidade da moeda americana é possível. Sem surpresa, as autoridades chinesas e alemãs manifestaram o seu desagrado com a política americana, reputando-a de acto inaugural de batalha cambial. Noutro contexto, Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha carecem de tempo para ajustar os seus défices externos excessivos: o reverso dos défices públicos. Esta correcção exige ganhos de competitividade os quais demoram a materializar-se e poderiam ser facilitados mediante diferenciais de inflação negativos face à Alemanha. Para tal, o BCE deveria levar a cabo políticas monetárias mais expansionistas que o exigido pelo ciclo económico germânico e algumas regras de integração de mercados deveriam ser suspensas temporariamente naqueles países. Mais, dever-se-ia rapidamente apresentar o enquadramento da gestão de crises de dívida soberana na UEM para além de 2013, esclarecendo as condições de resgate. A evolução da actividade económica global nos tempos mais próximos depende da capacidade das economias, no âmbito do G 20 e no seio da UE, adoptarem posturas políticas cooperantes. Impõe-se que, no curto prazo, alguns estejam dispostos a perder um pouco em prol de um futuro melhor comum. Orlando Fernandes Patrão Neves defende em Estrasburgo criação de Observatório Europeu de Mar Profundo nos Açores A CAPACIDADE DAS ECO%OMIAS ANÁLISE NACIONAL 17 Multi-nacional americana quer fazer do arquipélago um exemplo a nível mundial Atkins aposta no mercado açoriano A Atkins Nuticionals, Inc, multinacional norte-americana de produtos alimentares que disponibiliza uma metodologia continuada para a perda e gestão de peso, está a apostar no mercado açoriano, onde está a investir 200 mil euros. A empresa tem já fechadas parcerias com a distribuição local, nomeadamente com o Modelo, HiperSol e Super Guarita, num total de 40 pontos de venda em todas as ilhas. A Atkins, também conhecida como dieta das celebridades, aposta num regime de alimentação com reduzidos hidratos de carbono. Para tal, foram criados vários produtos de suporte à dieta, desde batidos, barras de cereais, farinha para pão e muesli, que estão agora à disposição dos açorianos. O investimento incidiu na entrada dos produtos nas lojas e em acções promocionais junto dos clientes. As razões que levaram os responsáveis da marca a investir nos Açores prendem-se com a sua proximidade e afinidade historia e cultural com os EUA, com o facto de ser uma das regiões mais promissoras em Portugal e de a marca já ser conhecida pelos açorianos. Até ao final de 2011, os responsáveis da marca esperam facturar meio milhão de euros. Para João Bravo da Silva, directorgeral da empresa para a Europa do Sul, “ dada a importância do mercado açoriano nos produtos de grande consumo, decidimos apostar nos Açores para criar um caso de exemplo mundial. Queremos ser líderes na categoria de gestão de peso em Portugal e, por isso, traçamos os Açores como uma região prioritária”. Os produtos Atkins estão em presentes em mais de 30 mil localizações em todo o mundo e entraram em Portugal Continental em 2010. Pedro Romão Censo de Milhafres: Um voo de fim-de-semana! A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) organiza nos próximos dias 26 e 27 de Março o VI Censo de Milhafres no Arquipélago dos Açores. Mais uma vez, a colaboração dos voluntários será fundamental. O conhecido Milhafre ou Queimado, terá assim um fim-de-semana só para si! 18 Carta do Canadá UM FORTE SI%AL Vendo o desatino que varre a capital do perdido império, facilmente se concorda com o velho ditado popular: casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão. É um exercício penoso abordar a chamada grande comunicação social através dos seus meios habituais: televisão, rádio, jornais e internet. Reina a barafunda, a confusão, o diz-que-dizque, o boato transformado em facto político, a intriga, a pequena vingança, a maledicência pura e dura, a vaidade e a mediocridade mais confrangedora. Nenhuma ideia que valha a pena agarrar e fazer crescer, salvo raras excepções. Fico sempre convencida que, para os de Lisboa, o resto do país não existe. Com rara teimosia, em pequenos e esporádicos apontamentos, o Portugal Profundo, o País Real, aparece fugazmente depois de muito esbracejar. Receio que, nos estados maiores da política e do jornalismo oficioso, não deiam por isso. Porque esses fugazes apontamentos dizem-nos que largos milhares de famílias trabalham esforçadamente para se sustentarem e ajudarem os mais precisados, cumprem os seus deveres, não deixam parar o país e apostam no seu ressurgimento sem quererem saber de partidos nem de velhos do Restelo. Milhares de jovens bem preparados aguentam firme o desemprego e esperam, sem hinos de glória à parvoíce e à rasquice, o momento de darem o seu melhor nas empresas e escolas. E sabem que vão dar. Recentemente, o Prós e Contras da RTP pôs um grupo de empresários frente a frente com o país todo, incluindo os cinco milhões da emigração. Mostraram-se a nós tal qual são: pessoas competentes, honestas, independentes, cultas, que dão tudo por tudo para que, através de maior produção e exportação, o país vá saíndo lentamente do buraco europeu em que está metido. Estão a conseguir, porque apostam forte na modernização, na ligação íntima entre a empresa e a universidade (ou a escola de modo geral), na formação profissional, no trabalho árduo e na esperança que não morre. Tenho a certeza que todos eles terão, algumas vezes, críticas a fazer ao Escreve o Leitor Fernnanda Leitão governo, mas não duvido, depois de os ter visto e ouvido, que as farão entre pares, de modo discreto e construtivo, tendo em vista a delicada situação do país e as garras afiadas do circuito financeiro internacional. São educados, têm civismo, não são merceeiros da República com a sua avidez e má criação. Foi uma lufada de ar fresco essa noite. Aqueles senhores trabalham no País Real, entendem-no, e vice-versa. Pena é que apareçam tão pouco. A televisão devia trazê-los ao povo mais vezes, porque são um bom exemplo e um grande motivo de esperança. «CONHECER O CANCRO» Cancro nos Açores: a guerra dos números Espera-se que dados produzidos por um registo oncológico de base populacional traduzam a real incidência da doença na respectiva população abrangida pelo registo. A esta medida dá-se o nome de “exaustividade”. Isto é importante, pois significa que “casos registados” aproximar-se-ão tanto mais da totalidade dos “casos diagnosticados” quanto maior for o grau de exaustividade. Contudo, surge a questão: poderão os “casos registados” ser em número superior aos “casos diagnosticados”? Sim, podem. Mas, nesta situação, significa que existem casos duplicados que não estão a ser devidamente identificados e que estão ambos a ser registados, apesar de corresponderem a um só caso. O grau de exaustividade e a capacidade de identificação de duplicados constituem alguns dos pilares fundamentais num registo oncológico, dado que, do seu apuramento, depende a qualidade da informação posteriormente publicada. Vem isto a propósito dos dados recentemente divulgados pelo Centro de Oncologia dos Açores, instituição do Serviço Regional de Saúde que detém a responsabilidade do Registo Oncológico de toda a Região, relativos à incidência do cancro nos Açores no período 1997-2006. Os mais curiosos e interessados nestes dados (disponíveis em www.azores.gov.pt – Governo Regional – Secretaria Regional da Saúde – Centro de Oncologia dos Açores) poderão perguntar: porquê separar os sexos? É uma boa pergunta e as respostas são várias. Em primeiro lugar temos, obviamente, cancros que são específicos de cada género, como os do corpo do útero (196 novos casos) e ovário (133 novos casos), e os da próstata (978 novos casos) e testículo (28 novos casos). Em segundo temos cancros que, mesmo não sendo específicos, incidem essencialmente num dos sexos, como o cancro da mama (999 novos casos na mulher e 10 no homem). Em terceiro temos, de alguma forma, cancros cuja causa passa necessariamente pela presença e acção de determinados agentes biológicos, como é o caso do HPV (sigla do inglês “Human Papillomavirus”) no desenvolvimento do cancro do colo do útero (164 novos casos). Por último temos cancros que estão fortemente relacionados com determinados hábitos, como o consumo de tabaco, que continuam a ser mais prevalentes no sexo masculino do que no feminino. Neste último exemplo temos os cancros do pulmão (984 novos casos no homem e 118 na mulher), da bexiga (302 novos casos no homem e 63 na mulher), da laringe (239 novos casos no homem e 7 na mulher) e do conjunto da cavidade oral, incluindo lábio e faringe (427 novos casos no homem e 63 na mulher). É sobretudo devido a este último ponto que se verifica uma diferença de incidência do cancro no homem relativamente à mulher, dado que, no total dos cancros (incluindo muitos outros que não foram acima mencionados), foram registados 5018 e 3447 novos casos no período 1997-2006, respectivamente. Esta informação é respeitante a um período de 10 anos, relativamente extenso numa lógica de divulgação estatística, mas claramente insuficiente do ponto de vista da etiopatogenia da doença (etio – causa ou origem; patogenia – mecanismo de desenvolvimento). Aliás, num espaço de 5-10 anos, ou até mais, se considerarmos, por exemplo, cancros como o da próstata, muito difícil e raramente se observa um aumento da incidência do cancro numa população associado a um real acréscimo do risco. Se é verdade que isso pode ocorrer – pense-se por exemplo nos sobreviventes dos desastres nucleares ou das bombas atómicas no Japão, que, de uma só vez, ficaram expostos a doses maciças de radiação ionizante, por si só cancerígena – o certo é que na maioria dos casos o aumento da incidência não é mais do que expressão de uma melhor capacidade de diagnóstico e identificação da doença. Também hoje, estamos muito mais alertados, sensibilizados e informados do que alguma vez estivemos, sendo de esperar que este fenómeno aumente e não diminua. Ou seja, não é só por causa da introdução de mais exames complementares de diagnóstico que mais cancros são detectados; é também por causa do vizinho da frente que nos aconselha a medir os níveis de PSA no sangue (sigla do inglês “Prostate Specific Antigen”), da colega de trabalho que nos conta que foi convocada para o rastreio de cancro da mama, ou do irmão mais velho que nos convence a fazer um check-up geral. Tudo isto, associado a dois fenómenos incontornáveis, o da maior longevidade (no Japão já ultrapassa os 80 anos, em Portugal estamos nos 78) e o do aumento populacional (seremos cerca de 8.3 biliões em 2030), deverá constituir a principal causa para o acréscimo do número de casos de cancro registados em anos mais recentes do período 1997-2006 (os dados ano a ano também estão disponíveis em www.azores.gov.pt), bem como nos próximos anos. Estas são as interpretações possíveis. Outras poderão ser feitas, mas carecem, presentemente, de qualquer fundamento. Gonçalo Forjaz Março de 2011 Cheiro de Maré A Ilha do Sol acorda com uma agitação diferente… Sotaques diversos passeiam-se pela Vila do Porto… Miúdos e graúdos, de mochilas às costas e de saco cama nos braços, caminham em passo apressado com destino à Praia Formosa... Tudo isto é sinal de que chegou o tão esperado fim-de-semana do Festival Maré de Agosto! Ao chegar à praia a confusão aumenta um bocadinho, mas nada que faça desanimar quem se desloca, com um sorriso e uma expressão ansiosa como bagagem, para um dos festivais mais antigos de Portugal. Para a maioria, a montagem das tendas é o passo a seguir. Alguns sortudos já têm essa tarefa executada, pois foram cautelosos ao ponto de fazer a sua armação com antecedência. Depois desta tarefa cumprida, há sempre lugar para tocar ou ouvir um bocado de jambé, cantar, dar umas boas gargalhadas e fazer amizade com os novos “vizinhos”. Após um banho, nas águas límpidas da praia, e uma sandes para enganar a fome, as pessoas começam a preparar-se para entrar no recinto. As portas abrem pouco depois do Sol se esconder e os primeiros começam a entrar, com bastante organização e supervisão, naquele pequeno espaço que abriga uma das maiores maravilhas da ilha. O facto de se poder ver o palco e a magia que ele transmite, mesmo antes da movimentação dos músicos, faz com que toda a gente já se sinta mais perto dos fantásticos dias que irão viver. Nem o cansaço, nem o sono, nem o calor fazem com que abdiquem de um lugar bem à frente, ou de um cantinho junto ao bar, onde possam desfrutar de momentos de muita música, alegria e boa disposição junto dos seus companheiros de folguedo. Estes são os momentos em que o “cheirinho” começa a ser sentido por quem inicia mais uma de muitas Marés, ou apenas a primeira de várias. Que hajam mais Marés que marinheiros! RECEITAS Sara Lemos Nesta edição vou dar especial atenção ao peixe a pedido do leitor Ricardo Sousa . Espero que apreciem! Bem Hajam! Dourada Picante ao Vapor com Molho de Anchovas %élia Andrade I%GREDIE%TES 1 piripiri vermelho, 1 dente de alho, 1 limão, 1 ramo de grelos, 4 postas de dourada, Sal e pimenta q.b., 3 filetes de anchova, 2 colheres de sopa de azeite + 1 dente de alho PREPARAÇÃO Limpe o piripiri de sementes e corte-o em rodelas. Pique o alho descascado e corte o limão em dois e corte-o em rodelas finas. Disponha os grelos na parte superior de uma panela a vapor. Disponha por cima as postas de dourada, as rodelas de limão e o piripiri. Tempere com pimenta do moinho (pouca). Tape a panela e leve a cozer durante 8 a 10 minutos. Para o molho junte as anchovas, o alho e o azeite no liquidificador e adicione ½ dl de água. Triture tudo e sirva com o peixe. ATE%ÇÃO: este prato pode ser bastante forte para as pessoas não habituadas a temperos picantes ou salgados. Contem o piripiri e as anchovas que são dois produtos muito apimentados e salgados. Bom Apetite! O Clube Motard de Santa Maria em parceria com a Asociação Humanitária Bombeiros Voluntários de Santa Maria leva a efeito no próximo dia 27 de Março de 2011, pelas 14H30, um WorkShop sobre “Noções de Suporte Básico de Vida”. AsinscriçõesserãoparasóciosdoCMSMe estão abertas até dia 23-03-2011, para os números: 912552752 ou 914208930. Email: [email protected] Março de 2011 Escreve o Leitor VERDADE OU CONSEQUÊNCIA? 19 “Os psicólogos são psiquiatras com menos formação” Esta foi a resposta de uma aluna, aquando da visita dos alunos do Secundário ao sítio onde trabalhava, quando perguntei “O que é um psicólogo?”. A resposta não é verdade, sendo consequência de uma clara confusão entre a Psicologia e a Psiquiatria, questão esta que me parece ser uma dúvida que a maioria das pessoas tem. Tal é compreensível, pois apesar de serem áreas de conhecimento diferentes, ambas têm como objectivo prevenir ou reduzir o impacto dos problemas psicológicos na vida das pessoas. Em primeiro lugar, a diferença entre estas duas áreas de conhecimento começa com a formação académica que recebem. Um psi- cólogo tem um curso em Psicologia, durante o qual escolhe a especialidade. Por sua vez, um psiquiatra tem uma formação inicial de Medicina, fazendo a especialização em Psiquiatria. Claro que o facto de ambos terem formações distintas, tem implicações ao nível do tratamento. A intervenção do psiquiatra é essencialmente medicamentosa, ou seja, se alguém procura um psiquiatra porque sofre de ansiedade, o psiquiatra irá passar uma medicação com a finalidade de a reduzir ou controlar o impacto dos seus sintomas. Por sua vez, um psicólogo não pode receitar medicação. O seu trabalho passa por recorrer a estratégias, delimitadas em conjunto com o paciente, para resolver os pro- blemas apresentados. Voltando ao exemplo da ansiedade, se a pessoa evita locais por se sentir ansioso, se sente triste com isso e/ou tem pensamentos que o fazem ficar mais nervoso, os psicólogos tentam com o cliente arranjar formas desses problemas diminuírem ao ponto de as pessoas conseguirem funcionar com normalidade. Ou seja, um psicólogo tem como objectivo reduzir os comportamentos, emoções e/ou pensamentos que estão a causar problemas/desconforto na vida da pessoa no momento. Segundo Lopes (2005), esta violência apresenta uma tipologia diversa de manifestação, desde as agressões físicas, morais a ameaças, danos materiais, roubos, difamações ou mesmo exclusão da vítima de actividades e de contextos grupais da escola. As crianças vítimas, também designadas de alvos-passivos, apresentam no geral falta de recursos para reagir, manifestam insegurança, baixa auto-estima e dificuldades em procurar ajuda para combater o problema. Ao invés, as crianças agressoras, denominadas na literatura por autores típicos, são geralmente impulsivas, confiantes, tem uma necessidade imperiosa de dominar, satisfação em provocar danos e vêm esta conduta como uma forma de alcançar prestígio e popularidade junto do seu grupo de pares. Tendo em conta as consequências no desenvolvimento psicossocial tanto das crianças vítimas, como das agressoras, é de ponderar que a violência escolar constitui uma das grandes ameaças ao desenvolvimento integral das crianças, e é muitas vezes, desencadeadora de desajustamentos e comportamentos desviantes na vida futura. Considerado como um problema universal, tornar-se-á urgente envolver toda a comunidade escolar em acções continuadas de sensibilização contra a violência, no sentido de encontrar estratégias para promover as amizades, desenvolver sentimentos de solidariedade e de respeito pelas diferenças e pela identidade pessoal, ideais estes, tão proclama- Assim, apesar da Psicologia e a Psiquiatria serem áreas diferentes, nomeadamente na forma como intervêm, são ambas importan- Bullying, a violência na Escola 1 Porque é da opinião geral “que a violência multiplica violência”, não será de mais lançar temas como este, para que de alguma forma, se pense um pouco sobre o mesmo. O Bullying tão debatido nos meios de comunicação social, tem sido alvo de grande preocupação dos pais, educadores e comunidade escolar em geral, não só pela agravante do número de casos verificados nos meios escolares, mas pela intensa agressividade que estas atitudes despoletam nas crianças. O designado Bullying manifesta-se por um conjunto de atitudes agressivas de carácter intencional e repetitivo, na qual é evidente uma relação desigual de poder entre a criança que agride e a que é agredida. Verso s S o l t o s Se o tempo voltasse atrás Oh meu Deus que bom seria Para devolver-me a paz Que no passado vivia Este pedido te faço Com sentimento profundo Dá-me de novo um abraço Com a dimensão do mundo Todo aquele que não ama É infeliz criatura Sente o tormento em chama Arrastá-lo à sepultura Foste a origem, amor Desta tristeza sem fim Porque roubaste a flor Mais linda do meu jardim Se eu nasci para amar O que posso eu fazer Se só amor quero dar Sempre e sempre até morrer Merecem certa atenção Eu disso tenho a certeza Os ditames do coração Dotados por natureza No amor e na tristeza Nascem profundas raízes Que trazem aos infelizes A sua maior nobreza Foi chamada do divino Para seguires teu destino Até à casa paterna Aonde habita o bom Jesus Pregado na Cruz Para te dar vida eterna Aí não há constrangimentos Não há dores nem sofrimentos Tudo é pureza e bondade E ao dar-te o último adeus É tudo o que peço a Deus Ver-te na eternidade ( c o n t i n u a ç ão ) Ser labrego é ser diferente Do resto da outra gente Que a ilha viu nascer E na sua simplicidade É quase nula a maldade No seu modo de viver Magia doce magia Envolta na felicidade Era tudo o que sentia Na distante mocidade Agora só nostalgia Envolta na saudade Dessa vida que vivia No tempo da mocidade Num passado já distante Que vivi tão radiante A risonha mocidade Nem pensava que surgisse A minha triste velhice No decorrer da idade Quero voltar a ser menino Quero sentir aquele abraço Que me deste em pequenino No calor do teu regaço As cinzas encobrem lume De um amor que acabou E também muito ciúme Pela pessoa que amou Tudo podes com bater Até mesmo a tentação Mas jamais irás vencer A força da comoção Brenda! Tu eras a prenda De teus pais preciosidade E quando Deus te chamou Para eles só ficou A eterna saudade Toda esta minha fraqueza Reconheço-a com certeza E com desgosto profundo Se a não posso emendar Como poderei pensar Tentar corrigir o mundo Fraquezas dos seres hum anos Assim como os desenganos Atingem o fraco e o forte Se entranham nas nossas vidas Jamais serão corrigidas Até ao dia da morte tes e podem-se complementar no sentido de ajudar as pessoas a resolverem os seus problemas, e que actualmente as impedem de viver a sua vida da forma que desejam. Dr.ª Joana Loura Mestrado Integrado em Psicologia Clínica E-mail: [email protected] dos nos dias de hoje, e que infelizmente, de forma gradual, têm vindo a perder o seu valor intrínseco. Por uma escola segura e saudável… Não deixe que a violência se multiplique! Vânia Chaves (Assistente Social) Se te julgas um poeta Meu amigo podes crer Que não passas de um pateta Quando o pretendes ser Com garra se vence a luta Ao ter como perspectiva Uma força absoluta De querer vencer na vida Quando fico a cogitar Me sinto tão radiante Reviver no recordar O meu passado distante Nos seus passos vacilantes Recorda tempos distantes Porquê tantos preconceitos Que a sua terra deixou Houve o meu conselho amigo Com ambição desmedida Se te julgas sem defeitos Duma refulgente vida Deixa os meus viverem Que nunca concretizou comigo Vai assim a caminhar Neste mundo atribulado Sobre a neve a tactear Onde só reina a loucura Indiferente ao que o rodeia O ser humano frustrado Só na sua mente sente E sem esperança de cura O bater suavemente Todo o ser humano sofre Dos sinos da sua aldeia No decorrer da sua vida Sem poder fechar no cofre Vida cheia de folguedo Toda a decepção sentida De criança sem maldades Sem sentir receio nem medo Não quero sentir ilusões Do mundo as atrocidades Não quero sentir a revolta De viver recordações Ermida da piedade Do passado que não volta Te recordo com saudade E com emoção desmedida Cansei de dar tanto amor És parte do meu passado E por não ser correspondido Desse passado adorado Ficou-me a cruel dor O melhor da minha vida No coração deprimido Tinha então a alma pura É tão fácil revelar E se uma vontade insegura Dolorosos sofrimentos Me impulsionasse à tentação É tão difícil ocultar Nessa capelinha entrava Torturantes sentimentos E à Santa Virgem rogava Pela sua protecção Vivia com simplicidade Nessa feliz mocidade Que tão depressa acabou E a fé na divindade Da Virgem da Piedade Até o tempo a levou Quem és tu felicidade Não serás só ilusão Se fosses realidade Não te procurava em vão. Olho com deslumbramento E ouço o rugir do vento A formar ondas no mar Com furor tão intenso Que a costa de São Lourenço Parecem querer tragar Mas ao entrarem na baía Assim como por magia Ou força da natureza Se acalmam e serenamente Vão abraçar ternamente Tão fascinante beleza Eu não quero contestar Este ou aquele lugar Que Santa Maria encerra Mas Malbusca os teus encantos São os mais belos recantos Existentes nesta terra Ao teu lado está o mar Sempre a querer-te abraçar Com suas ondas tamanhas Panorama radiante Que contraste fascinante Entre o mar e as montanhas ESOJ LABRAC ATSITAB ACSUBLAM (Continua na próxima edição) A Polémica “Campo de Golfe “ 20 Opiniões Março de 2011 O Campo de Golfe para a ilha de Santa Maria consta do Plano de Ordenamento Turístico da Região Autónoma dos Açores (POTRAA) que, conforme consta do documento, define como objectivo global o desenvolvimento e afirmação de um sector turístico sustentável, que garanta o desenvolvimento económico, a preservação do ambiente natural e humano e que contribua para o ordenamento do território insular e para a atenuação da disparidade entre os diversos espaços constitutivos da região. Para Santa Maria o POTRAA aponta no quadro estratégico de referência “praia , golfe, natureza”. O golfe aparece também em São Miguel e no Faial. O lançamento do projecto do Campo de Golfe em Santa Maria decorre depois do POTRAA ter sido submetido à discussão publica e aprovado na Assembleia Legislativa Regional. A petição, nesta altura, dirigida ao Presidente do Governo Regional e ao Presiente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, solicitando medidas que visem o cancelameno imediato do projecto é extemporânea, irrealista e muito má para Santa Maria. No sentido de levarmos ao conhecimento dos nossos assinantes esta polémica, vamos transcrever os fundamentos da petição e as reacções que nos chegaram de diferentes quadrantes. Os autores da petição dizem que o fazem pelos seguintes motivos: haver provas evidentes e suficientes que o Golfe não é um investimento rentável nos Açores; investir no Golfe não garante o sucesso de políticas de turismo sustentável atacando o estatuto que as ilhas dos Açorees alcançaram como destino turístico, precisamente por causa dessas políticas; ser um projecto que contraria as medidas de contenção do investimentio público, estando orçamentado em quinze milhões de euros, sendo que dois terços desse valor se esgotam apenas na aquisição de terrenos e devidas indemnizações o que , por si só, vai inflacionar drasticamente o valor dos prédios rústicos em toda a ilha; não ter sido apresentado um Estudo de Impacto Ambiental; ser o projecto um atentado ambiental a um conjunto de terrenos com os solos mais férteis da ilha; não haver garantia que se auto-sustente em termos de necessidade de água; poder a Sociedade Ilhas de Valor canalizar este investimento para outras áreas que fomentem o desenvolvimento sustentável. %a verdade o projecto do Campo de Golfe da ilha de Santa Maria não nasce por obra e graça do Espírito Santo. Houve marienses e empresários que se empenharam para que o Governo Regional optasse por Santa Maria. Também não foi uma opção fácil para o Governo Regional. Daí a reacção de um grupo de pessoas ligadas,de certo modo, ao projecto e ao partido socialista, que , em conferência de imprensa, realizada no hotel Colombo, contra argumentam e da seguinte forma: 1. O Golfe constitui uma actividade de interesse estratégico para a afirmação dos Açores, enquanto destino turístico, sendo imprescindível à qualificação do turismo da Região, complementando a nossa oferta nesta área. Este é um aspecto que tem vindo a ser reiterado pelo Governo Regional e que se encontra plasmado no Plano de Ordenamento Turístico dos Açores (POTRAA). 2. Existem estudos claros que referem que o Golfe nos Açores é um desporto rentável desde que exista um circuito de pelo menos 4 campos na Região. Assim sendo, atendendo a que já existem 3 campos de golfe, defendemos que o próximo, seja construído na ilha de Santa Maria, e não noutro local. Ou seja, a construção de mais um Campo de Golfe nos Açores será fundamental para a criação de condições de atractividade e para o incremento do sucesso da modalidade, podendo criar-se um circuito de golfe regional. 3. Ao contrário do que se tenta fazer passar, o praticante de Golfe é alguém que se preocupa com aspectos ambientais e de património natural e edificado. O turista que vem praticar Golfe para os Açores não só aproveitará as condições de prática deste desporto, como apreciará toda a restante oferta, desde os desportos marítimos, a nossa paisagem e o nosso valioso património natural e cultural. 4. É falso afirmar que não existe estudo de impacte ambiental para o projecto do campo de golfe na ilha de Santa Maria, estando a decorrer a tramitação legal do mesmo. Este estudo foi realizado por pessoas com elevados conhecimentos técnico-científicos e experiencia na área, sem qualquer ligação à administração pública e contou com a colaboração de vários membros da comunidade local. Refira-se que, de acordo com o estudo, o Campo de Golfe de Santa Maria é auto-sustentável quanto ao consumo de água, não interferindo com a rede de abastecimento público, cumprindo assim com as disposições do Plano Regional do Ordenamento do Território dos Açores (PROTA). 5. O investimento total que será feito na construção do campo de golfe de Santa Maria será de cerca de 15 milhões de euros, em que mais de 50% serão comparticipados por fundos comunitários através dos apoios previstos para a área do turismo, não sendo passível de ser utilizados em outras fins, nomeadamente área social, ambiente, saneamento básico, ou outros. Há que ter em conta que parte do referido orçamento destina-se à aquisição de terrenos, que pertencem a proprietários e/ou utilizadores marienses. Ou seja, será dinheiro que entra na ilha e fica em Santa Maria, podendo ser injectado na economia local, não se percebendo, por isso, de onde advirão desvantagens desse facto, como é referido na petição. 6. Investir no Campo de Golfe em Santa Maria, não invalida que não se façam outros investimentos nas áreas sociais e económicas, como aliás tem vindo a ser realizado na ilha; 7. A construção do campo de golfe de Santa Maria será um investimento complementar e de efeito multiplicador em termos de rentabilização de outros investimentos já efectuados, públicos e/ou privados, tais como as unidades hoteleiras e turismo de habitação, a restauração, as empresas marítimo turísticas, de transportes de aluguer com ou sem condutor, entre outros. Poderá ainda potenciar as iniciativas locais da responsabilidade das associações culturais e recreativas, fomentar o ecoturismo e o comércio local, sendo ainda potenciador de dinâmicas do sector da construção civil, quer na sua fase de construção, quer posteriormente em projectos imobiliários. 8. Ao contrário do que os promotores da petição contra o campo de golfe em Santa Maria, querem fazer crer, e dada a natureza do projecto, há que ter em conta que a utilização dos solos não ficará em nada comprometida; 9. A construção do campo de golfe em Santa Maria será importante na criação directa e indirecta de emprego, um aspecto que foi esquecido pelos proponentes da referida petição, descurando a mais-valia que poderá ter na fixação de jovens na nossa ilha; O PS de Santa Maria considera benéfico e de extrema importância todas as formas de participação cívica dos marienses, que conduzam à discussão dos assuntos da ilha, não concordando no entanto, nem com os argumentos nem com as motivações dos promotores desta petição; Convidam-se ainda as forças vivas da ilha, partidárias ou não, a manifestarem a sua posição clara e inequívoca, quanto a esta matéria, em nome da transparência e do esclarecimento da população Mariense; Por fim, o PS Santa Maria, nas diversas instâncias em que se encontra representado e mandatado pelos marienses, continuará a defender os interesses da ilha, colocando-a sempre em primeiro lugar, em prol do desenvolvimento sustentável e na promoção da qualidade de vida dos marienses. Mas Daniel Gonçalves , o primeiro signatário da petição, acha que está, no caminho certo, e invocando direito de resposta toma a defesa da petição e da seguinte forma: Dizer que os marienses estão acomodados à sua vidinha e que não se importam com o seu futuro é um insulto. Infelizmente há gente que pensa assim. As pessoas importam-se e muito, manifestam-se é de formas diferentes. A maior parte dos marienses luta para ter uma vida condigna. Luta para manter os seus empregos mal pagos e trabalha que se farta. Mal tem tempo para se importar com o que os outros pensam de Santa Maria. Mas quando percebe que quem tem tempo para estas coisas anda a brincar... há um espírito que se revolta. Depois temos os marienses com cargos políticos. Essa franja interessante de pessoas que tem a responsabilidade de lutar pelo melhor da ilha. Interessante, dizemos, porque uns estão de um lado e outros estão do outro. $o meio deles há o tempo que se perde um guerrinhas e inócuas trocas de acusações. Uma geração que caíu e outra que se levanta, a custo. Os políticos do PS fazem a apologia natural das políticas do Governo Regional. Esse não tem feito outra coisa a não ser olhar pelo bem da nossa ilha. Em parte não há ironia nessa frase. Muito investimento foi feito, é verdade. Todavia, nos últimos dez anos ( Continua na página seguinte) A Polémica “Campo de Golfe” Março de 2011 (Continuação) acentuou-se o decréscimo da população, o êxodo de jovens e a ruína do que sobrou do império do aeroporto. A recente resposta do PS de Santa Maria à petição que solicita o cancelamento da Construção do Campo de Golfe, só vem provar a teoria que o Governo Regional, em algumas matérias sofre do síndrome ICT – irresponsabilidade, cegueira e teimosia. $o caso do golfe isso é alarmante. Dizer que três campos de golfe não são viáveis, mas quatro é que sim... enfim, revela uma propensão trágica para a matemática dos desastres. Mas isso é estratégia! E é estratégico que esse quarto campo de golfe seja construído em Santa Maria. Muito bem. Estamos mesmo a ver. O comunicado do PS Santa Maria acusa a petição de assentar em falsidade quando esta afirma que não foi apresentado um Estudo de Impacto Ambiental. Dizem que está a decorrer a tramitação legal do mesmo. Ora um processo em curso não é um processo concluído e um processo em curso não pode ser apresentado publicamente e é isto que a petição releva. Os marienses têm direito, oportunamente, a conhecer esse estudo. E não pomos em causa, como o comunicado parece querer fazer, a 21 Opiniões legitimidade desse estudo, mesmo que na mesma mesa dos comunicantes se sente um ilustre defensor das questões ambientais de Santa Maria, elemento certamente ouvido e tido em conta nesse estudo. E não basta dizer que o campo de golfe não compromete os solos. É preciso sustentar essa ideia. Senão é tão válido como dizer o contrário. O comunicado do PS tem uma virtude, pelo menos. Afirma que o praticante de golfe é um apreciador da natureza e do património cultural. Pena é que se invista tão pouco na preservação desse património. A casa rural mariense está longe de ser protegida. O centro histórico, apesar dos esforços, continua largamente em ruína. As zonas balneares não têm uma qualidade equiparável com a beleza e qualidade das praias. O património fossílifero está inacessível à maioria das pessoas e desprotegido do saque, mormente feito por cientistas com rebarbadeiras na mão, legitimados pelo Governo Regional. Temos uma história rica demais para se obliterar no esquecimento. O facto de ter sido aqui que começou a descoberta e povoamento dos Açores e a afirmação dos Açores como ponto estratégico no Atlântico devia ser tido em conta para dotar Santa Maria de atracções dignas dessa história. Ou com núcleos museológicos dedicados ou com um parque temático. $inguém no seu perfeito juízo pode advogar que não há benefício algum com a magnitude de um investimento destes. Sabemos bem que grande parte do dinheiro fica cá, quer com a aquisição dos terrenos, quer com a própria construção do campo. O que pomos em causa é a sustentabilidade do mesmo, a estratégia. A oportunidade do investimento numa altura em que há tantas carências em áreas da saúde e do apoio social, por exemplo. Porque a maior parte das pessoas que se opõe a esta petição afirma que o importante é construir o Campo de Golfe e que se o projecto falir é outro problema. Pois. E o PSD? Está à espera que o Governo Regional se enterre. Ser contra ou a favor do campo de golfe, eis a questão. $ão é oportuno. É melhor deixar andar. Assim se faz a política. Tal como o PS de Santa Maria, cada mariense deseja o melhor para a sua terra. Os signatários desta petição, relevando a acção cívica de um protesto, reclamam outros investimentos que não este que se põe em causa. Reclamam a salvaguarda do seu ambiente. Reclamam contra a falta de estratégia, ausência de sinergias e de visão de futuro para Santa Maria. Apenas isso. Oxalá, para bem da nossa ilha, o consigamos. O jornal “Expresso da %ove” publicou a este propósito um artigo de opinião do jornalista Pedro Botelho do seguinte teor: “Para Santa Maria ter mais para oferecer, será necessário que os locais o queiram. Que mudem a sua atitude, que deixem de pensar que a ilha sobreviverá sempre à base do aeroporto." Opinião Santa Maria precisa de mais do que sol Para quem ainda não percebeu, os Açores entraram numa nova era. $um tempo, em que já não bastam as paisagens, e outras coisas que temos de melhor e únicas, para cativar quem nos visita e mesmo quem cá reside. A mentalidade do "está bem assim", do "deixa andar" deve ser arredada do actual tempo de vida de um Arquipélago que, nos últimos anos, entrou numa nova realidade. Por isso, algumas ideias e maneiras de estar devem ser erradicadas deste paradigma, sob pena de perdermos o comboio do desenvovimento. Em domingo de Carnaval, estava eu estirado no meu sofá, a acompanhar o telejornal da RTP/Açores, quando assisti a uma reportagem sobre um abaixo-assinado, promovido por alguns marienses, contra a instalação de um campo de golfe na ilha. Como? Terei percebido bem? Estão sempre a queixar-se de que Santa Maria tem sido esquecida pelos governantes e agora estão contra uma infra-estrutura que muitos benefícios poderá trazer à ilha? Sim, estão contra. Por menos que acredite, é verdade, embora não compreenda tal posição. Devo dizer que sou um amante confesso de Santa Maria. Todos anos ali vou, pelo menos durante uma semana, para descansar e aproveitar o bom tempo que por lá, invariavelmente, se verifica. Vou, como costumo dizer, ao Algarve dos Açores. Todavia, de há uns tempos a esta parte, confesso que estou a ficar ligeiramente desiludido. É que sopas, sol e descanso também acabam por fartar. Santa Maria precisa, e merece, mais. Mas, para isso, é preciso que a própria população queira. Contudo, sempre me pareceu que os marienses estão acomodados àquele estilo de vidinha pacata, tipo "não nos chateiem". Este modo de estar, contudo, já não se coaduna com os tempos que vivemos. Para Santa Maria ter mais para oferecer, será necessário que os locais o queiram. Que mudem a sua atitude, que deixem de pensar que a ilha sobreviverá sempre à base do aeroporto. $ão, esse tempo acabou. A ilha do sol precisa de dar o salto, precisa de caminhar para outros rumos e ofertas, e o golfe, à semelhança de tantas outras actividades, poderá ajudar. Mostrar-se contra isto significa estar parado no tempo. E a verdade é que Santa Maria há muito que estagnou. A inércia apoderou-se dos locais, mesmo nos períodos altos. Só assim se compreende que, por exemplo, na altura do rali haja quem opte por fechar os seus estabelecimentos para não ter muito trabalho. Acreditem que já vivi a situação na pele. Diziam-me: "Abrir para quê? Para fazer logo pela manhã 40 ou 50 sandes para toda esta gente comer?" $em queria acreditar no que ouvia, mas a verdade é que aconteceu. Por estas, e por outras, é que Santa Maria estagnou. Salve-se que nem todos pensam da mesma maneira. Por isso, um conhecido holandês que por ali parou, há alguns anos, hoje é um dos mais bem sucedidos empresários da ilha. Teve arrojo para inovar, para acrescentar algo, trabalhando de sol a sol. Que o seu exemplo sirva para motivar outros é o meu desejo. veio provar que o projecto em que ele apostou é viável. $ote-se que a pessoa em causa, que eu conheço desde o momento em que aterrou nesta ilha, testou outras formas de negócio antes de começar a fazer os crepes. Quando viu que o negócio tinha pés para andar, não ficou por aí e apostou fortemente ao criar um espaço agradável na praia onde uma pessoa se sente bem. ($ão me refiro ao bunker chamado Paquete mas à outra estrutura mais usada de verão.) Estou mesmo a ver a reacção de um grande número de investidores marienses a quem viesse, hipoteticamente, a ser sugerida a criação daquele espaço: - Ah, isso não dá... - Com esta crise??? - Gastar dinheiro a por um tapete no chão só para as pessoas não sujarem os sapatos!!! - Só se o governo ajudar... - E pessoal para trabalhar? Só querem fazer o seu horário e vão-se embora... - Deviam criar uma disciplina na escola para empregados de bar...Assim não faltava quem quisesse trabalhar uns dias quando a gente precisasse... chove a cântaros durante a maior parte do ano. Era só necessário criar uma pequena lagoa artificial (ou aproveitar uma pequena bacia hidrográfica que seria impermeabilizada) e deixar chover. Custa muito pouco dinheiro e para a rega é mais que suficiente. Deus nos perdoe porque até Ele se pode ofender se dissermos que não há água em Santa Maria. É bem verdade que uma grande parte dos habitantes de Santa Maria precisam sempre de uma boa desculpa para não terem que fazer nada. E quando alguém faz ou tenta fazer alguma coisa temos o caldo entornado. $este momento creio que circula um abaixo-assinado para tentar deitar por terra o projecto do campo de golfe. Eu não o assinei nem assinarei e espero que as pessoas que apostam no futuro desta ilha também não assinem. Mas, acima de tudo, espero que as pessoas entendam que a legítima e democrática opinião de um grupo de pessoas não venha a ser considerada a opinião dos marienses em geral, ou que não tomem a parte pelo todo. Aos marienses resistentes, a todos aqueles que, contra todas as expectativas, continuam a trabalhar, a investir e a acreditar no futuro de Santa Maria, quero deixar bem claro que nenhum dos chapéus que aqui deixei lhes serve na cabeça.” Mas ainda não é tudo. Outras reacções chegaram e Rosélio Reis também escreve sobre o assunto e desta forma: “Santa Maria precisa de [muito] mais do que sol Embora não seja mariense de nascimento, Santa Maria é a ilha onde vivo há umas quantas décadas. É esta a ilha que eu defendo e a que chamo minha. E embora me custe muito ler alguns artigos de opinião de quem nos visita, como é o caso do jornalista Pedro Botelho, tenho que concordar com aquilo que ele diz. Dói muito mas é a verdade que é necessário ser dita. Também tenho apresentado como exemplo o caso do alemão (por lapso apresentaram-no como holandês mas, por ser tão sui generis, não há confusão possível). Infeliz ou felizmente esse alemão A questão do campo de golfe é engraçada. Até já se socorrem do facto de não haver água suficiente em Santa Maria para regar os relvados, numa ilha onde 22 VE%DE-SE Publicidade TERRE%O GI%JAL Vendo terreno rústico com uma área total de 30.294,56 metros quadrados com viabilidade de construção de uma casa com dois pisos. O terreno está muito bem localizado em Vila do Porto, junto à zona residencial do Ginjal. Boa oportunidade de negócio! Contactar: Sónia Rodrigues (966377999) VE%DE-SE %O CE%TRO DA MAIA Terreno com 1067m2 dos quais 401m2 são urbanos e com projecto aprovado para construção de moradia. CO%TACTAR: %atalia Bairos, 1605 Rue Mignon Laval Qc, H7Y 1Z3 – CA%ADÁ ou por e-mail: [email protected] ALUGA-SE C A S A TÍPICA – MALBUSCA – SA%TA MARIA Casa Típica, 2 pisos, 2500m2. 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Contatar: Telefone: (351) 296 886 069 - Maria Figueiredo Paiva Batista IMPÉRIO NA ERMIDA NOSSA SENHORA DO PILAR ( MILAGRES) O Imperador Manuel Bernardo Oliveira e a Imperatriz Aida Maria de Chaves Lima, vêm, por este meio, informar a toda a população para a realização do seu império, no dia 19 de Junho de 2011, no Lugar da Faneca, freguesia de São Pedro, concelho de Vila do Porto. Agradecem a todas as pessoas que queiram contribuir com ajudas ou ofertas, o favor de contactarem pelo telefone: 296 883319/ 915536474 Consultas de Psicologia Dra. Sónia Sousa Braga Licenciatura em Psicologia Opção: Educacional e Orientação Escolar e Vocaciona l Contacto s: Contac tos: 914737826 * 960138037* 296820019 Vidente–Medium–Curandeiro Especialista em problemas de Amor Contacte o Dr. Cassama Telef./Fax: 291 238 724 * Telm.: 96 655 21 22 Astrólogo Espiritualista e Cientista obtém resultados rápidos. Conhecido pela sua competência, eficácia e precisão em tudo o que faz relativamente à Astrologia. 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Sérgio Mendonça, Sérgio Ferreira, Ana Paula Figueiredo, Fernanda Leitão, Osvaldo Pacheco, António Soares, Alberto Costa, Nélia Andrade, Débora Andrade, Orlando Fernandes, Lissa Figueiredo, Rui Pereira, Paula Melo, Duarte Moreira, Bárbara Chaves, Aida Santos, Gonçalo Forjaz, Giuseppe Formato e Vânia Chaves. Março de 2011 23 Publicidade CARTÓRIO NOTARIAL DE VILA DO PORTO Certifico, para efeito de publicação, que neste Cartório e no livro de notas para escrituras diversas número noventa-D, de folhas sete a folhas oito verso, se encontra exarada uma escritura de Justificação Notarial, outorgada no dia nove de Março de dois mil e onze, na qual José Pereira Sousa, casado, natural da freguesia de Santo Espírito, concelho de Vila do Porto, onde reside no Bairro Novo da Lomba, nº 47, na qualidade de procurador de FRANCISCO MONTEIRO LEONARDO, NIF 184 479 010 e mulher DEOLINDA DE RESENDES SOUSA LEONARDO, NIF 184 504 147, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia de Santo Espírito, concelho de Vila do Porto, conforme declarou, residentes em 31 Hickory Lane, Vila de Hudson, Estado de Massachusetts, Estados Unidos da América, declara: Que os seus representantes são donos e legítimos possuidores com exclusão de outrem, do seguinte bem imóvel: Prédio urbano, sito no lugar da Maia, freguesia de Santo Espírito, concelho de Vila do Porto, composto de edifício de rés-do-chão e primeiro andar para habitação, com a superfície coberta de quarenta e nove vírgula noventa e três metros quadrados, dependência com doze vírgula sessenta e quatro metros quadrados e logradouro de cem vírgula trinta e três metros quadrados, a confrontar do norte com José Monteiro Machado, do sul com herdeiros de João Monteiro Machado, do nascente, Estrada Municipal e do poente com Francisco Monteiro Leonardo, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila do Porto, inscrito na respectiva matriz em nome do justificante marido, sob o artigo 1151, com o valor patrimonial de €62.590,00. Que o identificado prédio urbano foi construído pelos seus representantes numa parcela de terreno que os mesmos adquiriram por doação verbal feita a ambos os cônjuges por José Monteiro Machado e mulher Helena Resendes, casados sob o regime da comunhão geral, residentes no Canadá, nunca reduzida a escritura pública, em dia e mês que os seus representados não conseguem precisar, durante o ano de mil novecentos e oitenta. Que, os seus representados não são detentores de qualquer documento formal que legitime a sua posse sobre o identificado prédio, não obstante isso, desde aquela data, têm usado e fruído o indicado prédio, no gozo pleno das utilidades por ele proporcionadas, habitando-o, fazendo as necessárias obras de conservação, pagando os respectivos impostos e contribuições, sem interrupção, com ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o de boa-fé por ignorar lesar direito alheio, pacificamente porque sem violência ou oposição de quem quer que seja, contínua e publicamente à vista e com o conhecimento de toda a gente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade. Que assim, a posse pública, pacífica, contínua, de boa-fé e em nome próprio do identificado prédio, há mais de vinte anos, conduziu à sua aquisição por usucapião, título esse que pela sua natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios extrajudiciais normais, pelo que aqui o invoca para justificar o direito de propriedade dos seus representados para fins de registo. Está conforme o original. Vila do Porto, nove de Março do ano dois mil e onze. A 2ª Ajudante, (Maria Goretti Andrade Costa) 24 Informação Regional/ Loal Março de 2011 Carlos César espera um melhor ano turístico, mas recomenda criatividade aos operadores O Presidente do Governo dos Açores disse na ilha Terceira, que, apesar das dificuldades actuais provocadas pela crise internacional, “a aposta em sectores como o turismo é importante para a nossa economia.” Carlos César, que presidia à inauguração do Atlântida Mar Hotel, acrescentou que essa aposta “posiciona os seus promotores na linha da frente de aproveitamento dos primeiros sinais de retoma económica nos espaços tradicional ou potencialmente geradores de fluxos turísticos para os Açores.” Para o governante, o turismo é um sector que reforçará a sustentabilidade do desenvolvimento empresarial e da estrutura de emprego nas região, devendo, por isso, continuar a merecer a confiança dos empresários. Afirmando que o novo hotel, especialmente vocacionado para o turismo em família, é também um bom exemplo de como o Governo e empresários podem trabalhar em conjunto – aproveitando os incentivos financeiros públicos criados para estimular e apoiar investimento – Carlos César sugeriu “uma oferta que se paute pela inovação e pela diferenciação”, que considera muito relevantes no combate à sazonalidade do destino Açores. “A estratégia que procuramos seguir – de privilegiar, na nossa projecção turística, o valor das nossas ilhas em componentes atractivas como a oferta paisagística e de fruição da natureza, associado à marca ambiental e ao clima temperado dos Açores – procura corresponder à crescente busca por destinos, produtos e serviços turísticos diversificados e de qualidade, integrados em locais que também oferecem segurança e tranquilidade”, sustentou. Os Açores são, como acentuou, “um dos melhores destinos europeus neste conceito e, por isso, importa reforçar nos mercados a nossa notoriedade e as nossas vantagens.” Sublinhando que, apesar da alta exponencial de preço dos combustíveis, foi possível baixar tarifas e reforçar a competitividade do destino Açores, augurou uma melhoria face ano turístico passado. “Estamos, pois, a reforçar um conjunto de iniciativas públicas de promoção mediática do “Destino Açores” e de parcerias e apoios a operadores e empresas privadas que promovem e comercializam o nosso destino”, recordou Carlos César. Para isso, adiantou, o Governo disponibilizou, para investimento em 2011, mais de vinte A Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos tem cem por cento de adjudicações a empresas regionais nos últimos meses, não como forma de favorecimento, mas porque têm sido mais competitivas nos concursos públicos, informou José Contente após uma reunião de trabalho na sede da Associação de Industriais de Construção e Obras Públicas dos Açores (AICOPA). O Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos reuniu esta manhã com a AICOPA para analisar várias questões prementes sobre o sector da construção civil nos Açores, nomeadamente para dar conta do investimento público do Governo dos Açores para garantir a sustentabilidade das empresas regionais. Nos primeiros dois meses do ano já foram lançados 32 milhões de euros em concursos públicos e 52 por cento são da responsabilidade do Governo Regional, o que representa um aumento de 50 por cento face ao período homólogo de 2010. “Os concursos vão sair com a regularidade prevista para que o mercado fique tranquilo e exista um paralelismo entre a expectativa criada pelo plano de investimentos do Governo Regional e a realidade dos concursos lançados”, sublinhou. José Contente. Em declarações aos jornalistas o governante referiu ainda que o executivo açoriano está empenhado em travar o impacto da crise junto das empresas “através da oferta pública de trabalho, que é o que as empresas precisam para sobreviver e garantir emprego”. Mas o Governo dos Açores, acrescentou, “não pode suportar sozinho o decréscimo de actividade e a dificuldade do financiamento da banca. O executivo não pode suprimir a falha do investimento privado mas tudo fará para que as empresas superarem as dificuldades da actual conjuntura através do Plano Regional”, assumindo o compromisso de mais obras serem lançadas ainda este mês e ao longo do ano, neste e nos diferentes departamentos governamentais, em prol do desenvolvimento regional mas também em prol da promoção das condições ideais para as empresas da construção civil terem uma boa saúde financeira. O lançamento de obras das várias entidades públicas, como as autarquias, e privadas, devem ser pagas atempadamente, como tem sido apanágio do Governo Regional “que só faz o que pode pagar e paga o que faz”, reiterou o Secretário Regional da tutela. No entanto, José Contente reconhece que há empresas em dificuldade e que, provavelmente, “face à conjuntura actual e pela lei da oferta e da procura, irão dar lugar a outras”, elogiando as empresas que no âmbito da actual situação conjectural souberam adaptar-se, designadamente através da qualificação dos profissionais e seguindo outras estratégias que milhões de euros, “o que dá bem nota do nosso empenhamento e do grau de prioridade que atribuímos ao bom desempenho do turismo e do respectivo tecido empresarial na nossa economia.” Sugerindo um esforço dos operadores no sentido da qualificação dos serviços ligados à animação turística, garantiu que o Governo está “ao lado dos que pugnam, com arrojo mas com rigor, por mais e por melhor na procura das oportunidades.” O Presidente do Governo concluiu com uma mensagem de esperança, dizendo que, “face às expectativas de crescimento das principais economias europeias e não obstante as perturbações internacionais conhecidas, poderemos beneficiar em áreas como a da retoma de fluxos turísticos em que somos parte.” O Atlântida Mar Hotel, localizado na cidade da Praia da Vitória, é um aparthotel de quatro estrelas, dispõe de 28 quartos e resultou de um investimento de cerca de três milhões de euros, com a participação do programa SIDER. GaCS/CT Governo investiu cerca de 20 milhões de euros em obras públicas nos primeiros dois meses do ano garantirem, assim, mais competitividade e saneamento financeiro. O Secretário Regional dos Equipamentos anunciou ainda a regionalização do Instituto da Construção e Imobiliário (INCI), que assina no próximo dia 21 um protocolo com a AICOPA com a finalidade de regionalizar algumas das competências, nomeadamente a licença dos alvarás, que até agora eram emitidos no continente. De acordo com José Contente o INCI irá também ser mais um instituto a colaborar, a par da Inspecção Regional do Trabalho e outros organismos regionais, para o combate à actividade ilegal no sector da construção civil. Recorde-se que, anualmente, são fiscalizadas cerca de 600 empresas do ramo da construção civil. GaCS/VS CAMPO DE GOLFE DE SANTA MARIA ENTREVISTA COM JOSÉ MELO com o empresariado mariense, que também nessa aposta, investiu na hotelaria, restauração, rentacar, comércio, e mesmo no setor da construção, estou em crer que o campo de golfe será contributo positivo, com efeito multiplicador na rentabilização daqueles que tiveram a coragem de investir na ilha. A relevância multiplicadora do campo de golfe, para Santa Maria, ainda é enfocada e reconhecida com maior vastidão pela Câmara Municipal, através da sua empresa Sociedade de Desenvolvimento, ao inscrever nos seus documentos constitutivos, que os investimentos públicos e equipamentos sob a sua alçada de gestão “o médio prazo, a sua relevãncia será reforçada com a concretização de investimentos turísticos, nomeadamente o campo de golfe, cujos utilizadores garantirão a existência de massa crítica para a sua rentabilização”. Ciente de que o campo de golfe só por si não será a panaceia para os “males do marasmo económico de que a ilha padece”, mas garantidamente contribuirá para a diversificação da oferta turística e desportiva da ilha, no âmbito do turismo de qualidade; proporcionará ganhos na construção civil, garantirá emprego a algumas pessoas; facultará outras estruturas de recreio e de lazer também para serem fruidas pelos marienses e será mote para reforço da promoção da ilha no seu todo, tomada no conjunto e em pé de igual- (Continuação da página 28) dade com as restantes ilhas que detém empreendimentos da mesma natureza. Por outro lado, os jogadores de golfe e familiares acompanhantes que são tidos como apreciadores da natureza e da cultura locais, certamente que disponibilizarão tempo para fruirem as ofertas ecoturísticas da ilha, e inversamante os visitantes ecoturistas de Santa Maria também terão, como oferta diversificada, a prática do golfe. Como nota final, permito-me reconhecer, que o investimento apenso ao campo de golfe, é de elevado montante, e dizer sem pejo que Santa Maria têm necessidades com outra premência, mas as coisas não funcionam em termos de fontes de financiamento e verbas adstritas, com a linearidade e o engano, que está a ser levado aos marienses, nomeadamente, levando-os a pensar que com o eventual recuo na construção do campo de golfe, os 15 milhões seriam entregues à ilha para os aplicar em jeito de “inventariação de necessidades ou de concurso de ideias”. Isto é uma utopia chapada e as coisas não funcionam assim no mundo real. Se assim fosse eu também assumo que optaria pela não construção do campo de golfe e disporia uma elencagem de obras e necessidades da ilha, no campo social, ambiental, recuperação de património, estradas, limpeza de vinhas que suplantavam largamente essa verba. O que contamos na realidade é que há disposição de finan- ciamento para a construção de um campo de golfe e que Santa Maria, por força da sua reivindicação empresarial e apoio público local, no âmbito da sua aposta turística, foi tida em atendimento pelo Governo, estando este, como é do conhecimento público, a receber ações persuasivas e de pressão por parte de entidades privadas e órgãos públicos de outras ilhas, para serem contempladas com empreendimentos semelhantes. Pela experiência de vida que temos tido por cá na terra, nunca presenciamos da parte de outros a reivindicação dos “nossos males”, mas tão só a minimização ou retirada dos “nossos bens”. É um exercício de reflexão e de revisitação histórica que aqui deixamos, sendo nosso entender que Santa Maria não poderá perder as oportunidades que lhe dão. Um última palavra para sublinhar que todas as posições e ações de expressão cívica são legítimas à luz da democracia, devendo ser respeitadas e saber-se conviver com elas, mesmo que discordemos, como é o caso da petição que está a decorrer sobre o assunto em questão nesta entrevista. Não obstante a já longa amizade e da partilha de algums projetos comuns e de ideias com o subscritor que encabeça a dita petição, desta vez estamos em franca discordância, afirmando a firme convição de que, realistica e fundamentadamente, estamos ao lado dos interesses de Santa Maria. Março de 2011 25 Ambiente ALUNOS DA ESCOLA DE ALMAGREIRA ESTUDAM AVIFAUNA DOS AÇORES E PROMOVEM O “BIRWatching” No âmbito do Projeto Curricular deTurma “PreservaçãoAmbiental e Qualidade Vida” os alunos dos 1º e 4º anos da Escola de Almagreira iniciaram, no mês de Fevereiro, de forma mais temática, fizeram uma visita à mesma, tendo sido guiada no local pela Bióloga Joana Pombo. Depois da apresentação das aves, constantes das lindas fotos, foram proporcionadas interessantes actividades lúdico-escológicas como: associação entre as aves embalsamadas, que eram do Senhor Pombo, e as respetivas fotografias, na exposição; jogo de identificação das preferências alimentares das aves, através da colocação de cartões e descriminação de traços morfológicos característicos das aves marinhas. Inserido nesta Visita à exposição “Avifauna dos Açores” abrangente, o estudo da Avifauna dos Açores, depois de já terem conhecido aprofundadamente o cagarro e participado ativamente nas brigadas de salvamento desta ave, ocorridas entre meados de Outubro e final e meados de Novembro (Capmanha S.O.SCagarro). O trabalho começou a desenvolver-se na sala de aula, com a apresentação de PPT´s e vídeos sobre a ecologia das aves, agrupando-as em “residentes” (terrestres), “invernantes” e “marinhas”, tendo-se associado num destes trabalhos os alunos dos 2º e 3º anos de escolaridade e suas professoras. Sabendo que o Centro de Interpretação Ambiental Dalberto Pombo, estava a patentear uma exposição sobre a mesma visita de estudo, num trabalho coordenado pela Sofia Freitas e professoras Ana Soares e Carla Pires, ainda houve tempo para a construção de comedouros para aves, através da reutilização de materiais. No seguimento deste tema, estes alunos membros do CADEP-CN, ainda vão estudar alguns requesitos técnicos fundamentais para a observação e identificação de aves na Natureza, nomeadamente aspectos da plumagem, voos característicos, vocalizações específicas, hábitos alimentares e habitat´s preferidos, antes de se partir propriamente para o trabalho de campo. Santa Maria, ainda é uma ilha pouco conhecida na actividade ecoturística da observação de aves (Birdwatching), talvez por ser uma das ilhas mais pequenas dos JoanaPombodáinformaçõesaosalunossobreavesdosAçores(Fevereiro, 2011) Açores, e sua próximidade com a Europa Continental, fazer pensar que a possibilidade de obervar aves invernantes possa ser menor (PEREIRA,Carlos. 2010). No entanto, apesar da pouca divulgação, alguns turistas já a procuram para esse efeito, ficando surpreendidos com algumas interessantes visualizações de aves não residentes e com as particularidades ornitológicas da ilha. Para além de várias subespécies de passeriformes e duas rapinas residentes, que poderão ser observadas um pouco por toda a ilha, o Ilhéu da Vila é um dos santuários mais importantes dos Açores para a reprodução de várias aves marinhas, incluindo as raridades da Alma-negra e do Garajau-de-dorso-preto. Nas minilagoas da ilha, durante a época invernosa e nos charcos das zonas não edificadas do Aeroporto podem observar-se limículas, patos, garças e outras aves mais raras de ocorrência pontual.Ainda em Santa Maria existe uma pequena população da bonita galinha-se-água, tendo a nossa ilha a particularidade de possuir a maior população açoriana de Borrelho-de coleira-interrompida e uma ave única no mundo, conhecida por Estrelinha de Santa Maria (Regulus regulus sanctaemariae), que poderá considerar-se o nosso ex-libris ornitológico. AGRADECIMENTO Dança de Carnaval de 2011 “A Idade da Pedra” A Dança de Carnaval de 2011 “A Idade da - Junta de Freguesia de Almagreira; Pedra” vem, desta forma, agradecer a - AgosCnho Coelho e Filhos, Lda; colaboraçãodasseguintesenCdadesepessoas: - Conceição Chaves (costureira). - Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e -Câmara Municipal de Vila do Porto; Equipamentos (João Braga) - Junta de Freguesia de Santo Espírito; E a todos que, de uma forma ou de outra, - Junta de Freguesia de Santa Bárbara; contribuíram para que o evento se realizasse. - Junta de Freguesia de São Pedro; (Sobre esta ave vamos dedicar posteriormente um artigo específico.) São nalguns dos locais acima referidos, e centrados nas espécies elencadas que, durante o mês de Março, este grupo de ecologistasativos da escola deAlmagreira, vai para o campo desenvolver a segunda parte deste projeto de estudo da avifauna dos Açores, como mais uma das componentes do Turismo de Natureza que a nossa ilha potencia. Como nota final, expresso que dedicamos este trabalho à memória do saudoso amigo e ilustre naturalista Dalberto Pombo, confessando que foi com alguma emotividade, que agora desenvolvemos parte deste estudo da avifauna dos Açores, num espaço que honrada e merecidamente lhe foi dedicado, recebendo a colaboração da sua neta, relembrando que outrora (em 1994) foi o próprio Senhor Pombo, que colaborou com o CADEP-CN, no desenvolvimento de um projeto dedicado à mesma temática, fornecendo-nos importantes aprendizagens e momentos de inesquecíveis convívios nas saídas de campo. E porque as pessoas só morrem quando a sua existência não marca outras pessoas, não deixam obra pública ou nos esquecemos delas, te recordamos aqui, Senhor OSenhorPombo,explicacaracterísCcasmorfológicasdeavesaalunosdoCADEP-CN(1994) cruzando estes ensinamentos nas várias áreas curriculares disciplinares. Para além dos objetivos didáticos-pedagógicos e ecológicos, pretende-se também que este trabalho tenha o impacto social de divulgar/valorizar as riquezas ornitológicas de Santa Maria, vincando-se a sua necessidade de proteção, e o incremento do “Birdwatching”, Pombo, com saudade e gratidão, dando vida, neste e noutros projetos, aos teus preciosos ensinamentos e influências que me deixaste. JoséAndrade Melo* * - Professor e FormadorAcreditado de Educação Ambiental Coordenador do CADEP-CN (Clube dos Amigos e Defensores do Património-Cultural e Natural de Santa Maria) AMISM com projecto pioneiro na área da compostagem A Associação de Municípios da Ilha de São Miguel tem em curso uma investigação no campo da compostagem de resíduos verdes – materiais de jardinagem e madeira não contaminada – desde Outubro de 2010, cujas conclusões sairão em breve. O Presidente do Conselho de Administração da AMISM, Ricardo Silva, adiantou aos jornalistas que espera colocar o composto no mercado dentro de um ano. Até lá, o produto é comercializado na Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos da Ilha de São Miguel (ETRS) por 11,50 € a tonelada. Ricardo Silva falava no final de uma visita do Secretário Regional da Agricultura e Florestas, Noé Rodrigues, à Central de Compostagem instalada na ETRS, apelando aos Munícipes à deposição de resíduos verdes para a respectiva valorização, cujos encargos são suportados pelas Autarquias de São Miguel até 2 toneladas. “Estamos a acelerar o processo de compostagem de resíduos verdes e procederemos posteriormente a um estudo de mercado para avaliar as diversas potencialidades do produto que poderá vir a ser utilizado no cultivo de ananás por substituição da leiva, por exemplo, entre outros”, explica o Autarca. Com este estudo pretende-se encontrar as melhores técnicas de condução com vista a encurtar o tempo natural de compostagem, garantindo ao mesmo tempo um produto final de qualidade idêntica produzido no período normal que varia entre os seis e sete meses. Este composto final é usado na fertilização de solos e técnicas de jardinagem. Desde o arranque do projecto de compostagem há cerca de um ano, a Central já produziu cerca de seis mil toneladas de composto. 26 CD Marienses: Andebol Informação Diversa/Desporto Campeonato Nacional 3ª Divisão – Zona Sul Num momento em que são várias as equipas do Clube Desportivo “Os Marienses” a disputar competições importantes na modalidade, é a de séniores masculinos que merece, pelo menos para já, particular atenção. Isto porque, face aos resultados registados durante a última jornada da 1ª Fase, o conjunto orientado por Pedro Resendes conseguiu garantir um lugar na Fase Final do Campeonato Nacional da 3ª Divisão. O Clube Desportivo “Os Marienses” venceu, tal como se exigia, na deslocação a Sines e beneficiou das derrotas do GS Loures no reduto do Clube Oriental de Lisboa e do ACR Zona Azul diante do IFC Torrense que mesmo sem ter já hipótese de chegar à Fase Final, não deixou os seus créditos por mãos alheias. Agora na Fase Final da 3ª Divisão (início a 26 de Março), serão seis as equipas a disputar uma eventual subida à 2ª Divisão. Clube Vela de Tavira, Clube Desportivo “Os Marienses”, Samora Correia, ADC Benavente, Ílhavo AC e FC Infesta. ÚlCmos resultados: 12 Fevereiro - CD Marienses 28 x 23 AC Lagoa 19 Fevereiro - IFC Torrense 26 x 25 CD Marienses 26 Fevereiro - CD Marienses 38 x 25 AC Costa Doiro 12 Março - AC Sines 17 x 28 CD Marienses CD Marienses: Voleibol Campeonato Nacional da Divisão A2 Masculina. Falhados os objectivos que passavam por alcançar o sexto lugar e consequente manutenção neste nível competitivo na próxima época, resta à equipa de Santa Maria lutar pela fuga aos lugares de despromoção numa 2ª Fase que irá contar com a presença do CV Lisboa, CV Espinho, Ala Gondomar CV Oeiras e CD Fiães. Refira-se que para esta fase, as equipas começam com zero pontos. O Clube Desportivo “Os Marienses” terminou a sua participação na 1ª Fase da prova no 9º lugar da geral, totalizando 29 pontos. ÚlCmos resultados: 19 Fevereiro – AA Coimbra 3 x 1 CD Marienses (25-21, 2520, 18-25, 25-17) 20 Fevereiro – ALA Gondomar 1 x 3 CD Marienses (18-25, 19-25, 25-16, 19-25) 26 Fevereiro – CD Marienses 3 x 0 GD Gueifães (25-0, 250, 25-0) Selecção Açores de Voleibol: Fim de ciclo para David Reis Março de 2011 CLUBE ANA: 2º Encontro “Crescer em Movimento” No passado dia 26 de Fevereiro, o Pavilhão do Clube Ana, na Ilha de Santa Maria, acolheu o 2º Encontro “Crescer em Movimento”. Trinta e nove crianças, oriundas das freguesias de Santa Bárbara, São Pedro e Vila do Porto com idades compreendidas entre os 5 e os 11 anos de idade, passaram uma manhã diferente repletas de actividades lúdicas e desportivas. Com a supervisão de seis técnicos do clube, as crianças tiveram a oportunidade de conjugar, diversão e brincadeira com actividade física, tendo sido contagiante a sua alegria e vontade de participar. Os encontros “Crescer em Movimento” do Clube Ana de Santa Maria realizam-se mensalmente com o objectivo de promover a actividade física das crianças. Onde com o apoio da comunidade escolar, o clube mariense procura ensinar os valores do desporto, o gosto pelo exercício físico e simultaneamente promover hábitos de vida saudável. No final do encontro foram distribuídos certificados de formação, um pequeno brinde e um lanche a todos os participantes. O próximo está já agendado para o terceiro sábado de Março. FUTSAL: AF Ponta Delgada vice-campeã. TEXTO: COICE E CANELADA / FOTO: PAULA BOTELHO Teve lugar no último fim-de-semana de Fevereiro, o 1º Torneio Regional Inter Associações de Futsal em Sub 16 na vizinha ilha de São Miguel. Durante os 3 dias assistiu-se a uma maratona de futsal com a realização de 6 jogos e com muitos golos. A equipa da Associação de Angra do Heroísmo não encontrou grandes dificuldades e levou para casa o troféu. O selecionado de Angra apontou 51 golos e apenas consentiu 2, o que diz da superioridade evidenciada ao longo do torneio. A seleção da AFPD quedou-se pelo segundo posto fruto de duas vitórias e duas derrotas. Os atletas marienses (Alexandre Fontes, Antero Moura, Paulo Travassos, Henrique Barros e Ruben Moura) que integraram a seleção estiveram em bom plano apontando golos e contribuíndo de forma efectiva para o jogo da sua equipa. No 3º e último lugar ficou a seleção da AF da Horta que contabilizou derrotas nos jogos disputados, um conjunto, saliente-se, formado por atletas oriundos exclusivamente da ilha das Flores. 25 Fev. (Sexta-Feira) AFH 1 - 6 AFPD (Sidónio Serpa) AFAH 22 - 0 AFH (EBI Roberto Ivens) 26 Fev. (Sábado) AFPD 0 - 4 AFAH(EBI Roberto Ivens) AFPD 12 - 4 AFH (EBI Roberto Ivens) 27 Fev. (Domingo) AFH 1 - 12 AFAH (EBI Roberto Ivens) AFAH 13 - 1 AFPD (EBI Roberto Ivens) PRAIA DE LOBOS – EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS, S.A. Rua M, 9580-537 Vila do Porto – Santa Maria (Açores) NIPC e Matrícula CRC Vila do Porto: 512014817 (anterior Matrícula 00044/901217) Capital Social: EUR 1.000.000 – SOCIEDADE ANÓNIMA PRAIA DE LOBOS – EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS, S.A. ASSEMBLEIA GERAL ANUAL CONVOCATÓRIA Depois de vários anos como responsável máximo pela preparação da Selecção Regional de Voleibol, David Reis colocou, para já, um ponto final na sua ligação (2006 - 2011) ao projecto "Jogos Das Ilhas. A decisão, fundamentada por motivos de ordem pessoal, foi tomada e comunicada com antecedência à Associação de Voleibol de São Miguel que, por sua vez, durante a cimeira da modalidade realizada na passada Sexta-Feira em Angra do Heroísmo, fez saber à Direcção Regional do Desporto e restantes Associações que será Ricardo Oliveira (até aqui adjunto) a assumir os destinos da equipa regional. Recordo que em 2008, a quando dos Jogos realizados na ilha de Guadaloupe, a Selecção Açores de Voleibol garantiu a subida ao 1º escalão para os JDI 2010. Posição que foi mantida e que certamente será muito bem defendida em 2012. Na altura da saída, David Reis não esquece a colaboração de todos os intervenientes no Projecto dos Jogos das Ilhas, endereçando por este facto, os mais sinceros agradecimentos. Nos termos da Lei e do Contrato de Sociedade, convoco todos os Senhores Accionistas da Praia de Lobos, Empreendimentos Turísticos, SA, sociedade anónima, com sede social na Rua M, Vila do Porto, 9580-537 Vila do Porto (Santa Maria – Açores), com o número único de matrícula na Conservatória do Registo Comercial de Vila do Porto e de pessoa colectiva 512.014.817, com o capital social de 1.000.000 Euros, para reunir em Assembleia Geral Anual, na Sede Social, situada na Rua M, em Vila do Porto, Ilha de Santa Maria, no dia 28 de Março de 2011, às 15 horas, com a seguinte ORDEM DO DIA Deliberar sobre os documentos de prestação do exercício de 2010, incluindo o relatório de gestão, relatório anual e o parecer do Fiscal Único e a certificação legal de contas. Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados do exercício de 2010. Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade, nos termos do disposto no artigo 455.º do Código das Sociedades Comerciais. Deliberar sobre a eleição dos membros dos órgãos sociais para o triénio 2011/2013. Outros assuntos de interesse para a sociedade. Ficam à disposição dos Senhores Accionistas, para consulta, na sede da sociedade, durante as horas do respectivo expediente, nos prazos e termos da lei, os elementos constantes do art.º 289º do Código das Sociedades Comerciais. Se à hora marcada não tiver presente o quórum necessário ao funcionamento da Assembleia, esta funcionará meia hora depois, com qualquer número de Accionistas. Vila do Porto, 18 de Fevereiro de 2011 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Carlos Manuel Cordeiro de Barros 27 Publicidade AGRADECIME%TO A família de Manuel Ramalho, de 68 anos de idade, falecido a 06 de Fevereiro do corrente ano vem, por este meio, agradecer, em especial, às enfermeiras do Centro de Saúde de Vila do Porto pelos cuidados prestados aquando do seu internamento. Com eterna saudade! AGRADECIME%TO No dia 9 de Fevereiro de 2011, faleceu Raul Moutinho de Almeida, de 82 anos de idade. Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vem agradecer, ao Dr. Carlos Pinto, equipas de Enfermagem e Pessoal Auxiliar do Centro de Saúde de Vila do Porto, aos Bombeiros Voluntários de Santa Maria, e à Santa Casa da Misericórdia, os cuidados prestados e a atenção que dispensaram ao o seu familiar. Agradece ainda, ao recolhimento de Santa Maria Madalena, e a todos os que os acompanharam nas cerimónias fúnebres, e que de alguma forma manifestaram o seu pesar, enviaram flores, cartões, telegramas ou telefonaram aquando do falecimento do seu ente querido. Embora tenha sido difícil suportar a dor da sua ausência, foi muito reconfortante todo o vosso apoio. A todos o nosso reconhecimento ÓBITOS Mês de Janeiro de 2011 Dia 07: Emília Tavares Nordelo, viúva de Manuel Resendes Andrade, de 83 anos. Era natural de Santo Espírito, onde residia na Calheta. Dia 12: José Paiva Resendes, casado com Virgínia Sousa Moura, de 84 anos. Era natural de Santa Bárbara, onde residia no Pico Penedo. Dia 16: José Carvalho Chaves, casado com Ermelinda Morais Paiva, de 76 anos. Era natural de Santo Espírito, e residente em Vila do Porto Dia 17: Maria Leontina da Rosa, viúva de João da Rosa da Silveira Júnior, de 99 anos. Era natural da Praia do Almoxarife, concelho da Horta, e residente em Vila do Porto. Dia 31: António Branco Rezendes, casado com Paulina Maria de Chaves Batista Resendes, de 56 anos. Era natural de Santo Espírito, onde residia na Fonte Jordão. ATENÇÃO NOVOS PREÇOS DE ASSINATURA CARO ASSINANTE Informamos que, a partir de Abril do corrente ano, os preços das assinaturas serão os seguintes: Preço Assinatura Anual: - Território nacional é de 17,00 euros; - Território Europeu é de 25,00 euros; - Resto do Mundo 25,00 euros – $35 Dólares USD/CAN (em Cheque). - Campanha Jovens até 25 anos (válido só no território nacional) é de 9,00 euros (mediante fotocópia de BI/Cartão de Cidadão ou Cartão Jovem). Ao efectuarem a Transferência Bancária coloquem como referência o seu número de assinante e peçam ao vosso Banco para enviarem o respectivo comprovativo via e-mail para o seguinte endereço electrónico: [email protected] ou pelo fax nº 296 882 665. Participa nesta campanha. Colabora com o jornal da ilha de Santa Maria e arranja pelo menos mais um assinante. Obrigado AGRADECIME%TO A família de Norberto Rodrigues Pacheco Soares, de 58 anos de idade, natural de Vila do Porto, falecido a 19 de Fevereiro do corrente ano, vêm, por este meio, agradecer a toda a equipa da Medicina 1 e pneumologia do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, bem como, toda a equipa do Centro de Saúde de Vila do Porto pelos cuidados prestados aquando do seu internamento. Agradecem, do mesmo modo, a todas as pessoas amigas(os) de Santa Maria e São Miguel pela homenagem prestada ao seu ente querido e sua esposa. A família agradece, também, todas as pessoas que o acompanharam até à sua última morada. Com eterna saudade da esposa, filhos, filha, noras, genro, netos e restantes familiares. O amor de pai nunca acaba… Descanse em PAZ. Bem hajam AGRADECIME%TO A família de José Tavares de Moura, de 67 anos, falecido a 21 de Fevereiro de 2011, vêm, por este meio, agradecer às equipas do Hospital Divino Espírito Santo e Centro de Saúde e Vila do Porto, em especial, ao Dr. Carlos Pinto. Agradecem, do mesmo modo, a todas as pessoas que demonstraram o seu carinho e solidariedade e acompanharam o seu ente querido até à sua última morada. A todos bem hajam! Mês de Fevereiro de 2011 Dia 01: José de Melo Bairos Andrade, viúvo, de 52 anos. Era natura de Vila do Porto e residente em São Pedro. Dia 04: Gertruda Engel, viúva, de 76 anos. Era natural da Alemanha e residente em Santo Espírito. Dia 06: Manuel Ramalho, solteiro, de 68 anos. Era natural de Vila Franca do Campo, São Miguel e residente em Vila do Porto. Dia 09: Raul Moutinho de Almeida, casado, de 82 anos. Era natural de São Sebastião da Pedreira, Lisboa e residente em Vila do Porto. Dia 10: Maria Ilda Cordeiro, viúva, de 97 anos. Era natural de Ginetes, Ponta Delgada e residente em Vila do Porto. Dia 13: Maria José Andrade Melo Cabral, viúva, de 79 anos. Era natural de São Pedro, onde residia na Trevina. Dia 21: José Tavares de Moura, solteiro, de 67 anos. Era natural de São Pedro, onde residia na Ribeira do Engenho. Campanha Novos Assinantes FICHA PARA UM NOVO ASSINANTE AJUDANDO “ O BALUARTE” ESTÁS A AJUDAR A TUA ILHA! Nome___________________________________________________ Morada__________________________________________________ Localidade_______________________________________________ Código Postal_____________________________________________ País_____________________________________________________ Telefone______________________Email ______________________ NIF/NIPC (Nº de Contribuinte Fiscal) _________________________ Para este novo assinante passar a receber o jornal “O BALUARTE”, junto envio o vale ou cheque no valor de______________________. Enviar para: Jornal “O BALUARTE DE SA%TA MARIA” Apartado 524 - Aeroporto 9580-908 Vila do Porto - Açores - Portugal Contactos: Telefone/Fax: (351) 296882665 E-mail: [email protected] Site: www.obaluarte.net Recorte pelo tracejado ou, se preferir, Cre fotocópia. Março de 2011 28 CAMPO DE GOLFE DE SANTA MARIA Informação Local Março Fevereiro de 2011 de 2011 ENTREVISTA COM JOSÉ MELO POSIÇÃO E ESCLARECIMENTO DO “CLUBE DOS AMIGOS E DEFENSORES DO PATRIMÓNIO” SOBRE AS QUESTÕES AMBIENTAIS Dada a polémica instalada sobre a construção do Campo de Golfe na Ilha de Santa Maria, provocada por um abaixo assinado que decorre contra a sua construção, invocando os seus promotores razões, que têm a ver com a rentabilidade e sustentabilidade do investimento; o inflacionamento do valor dos prédios rústicos da ilha dado que dois terços do investimento são para a aquisição de terrenos e indemnizações; a falta de um estudo de impacto ambiental, considerando ser um atentado ambiental por se tratar, segundo a sua opinião, dos terrenos mais férteis da ilha; e a falta de garantia de autosustentação em termos de necessidade de água, o jornal Baluarte foi entrevistar um mariense ligado ao Clube de Amigos e Defensores do Património e aos Amigos dos Açores, Sr. José de Melo, amante incondicional de Santa Maria que se tem dedicado de alma e coração, com credibilidade e fundamentação aos problemas ambientais da ilha e que certamente deverá ter uma palavra a dizer e a clarificar sobre as questões ecológicas relativas ao Campo de Golfe, a construir em Santa Maria. Baluarte: Qual a posição do Clube de Amigos e Defensores do Património” sobre a construção de um campo de Golfe em Santa Maria? J.Melo: As vantagens económicas, sociais e de projeção turística da ilha no exterior, que levaram o empresariado mariense, há anos atrás, a fazer a reivindicação deste emprendimento para Santa Maria, mesmo nos parecendo evidentes e substantivas, o mesmo nos deixou algumas reservas e renitências iniciais, porquanto havia algumas questões ambientais a ter em conta, e não defendemos o desenvolvimento a qualquer preço, não nos colando ao “sim” ou ao “não”, sem uma cabal informação. Agindo na senda do nosso ideário e das responsabilidades públicas assumidas na defesa do património cultural e natural da ilha, tendo como apanágio a gestão sustentável do mesmo, na defesa do bem estar coletivo presente, sem fazer perigar a satisfação das futuras gerações, tomámos uma posição de exigência de esclarecimentos e do cumprimento de imperativos ambientais atinentes a projetos desta natureza, nomeadamente a questão da rega, da fertilização de solos, cobertos vegetais, erosões, conflito com áreas protegidas, perturbação de corredores ecológicos, destruição de espécies endémicas e degradação paisagística. Estas nossas preocupações e exigências foram trasmitidas e discutidas com a tutela do ambiente, apresentadas à empresa SGS a trabalhar para as Ilhas de Valor, no estudo de incidências ambientais, e argumentadas no âmbito da participação pública e da Comissão Mista de Coordenação do PROTA (Plano Regional do Ordenamento do Território dos Açores). Este esforço e linha de atuação foi sendo apresentado à comunicação social regional e local, pois, na altura, mesmo tendo ocorrido alguma contestação e falta de compreensão de alguns empresários com a nossa postura, sentíamos que o grosso da população mariense (fomos contatados por muitas pessoas), mesmo concordante com o campo de golfe, nos exigia e contava connosco para obtenção de esclarecimentos e pugnar pela minimização dos possíveis impactos acima descritos. A expressão pública dessa nossa luta pode ser revisitada na RTP e RDP Açores, gravações no CAA e Memorando Ambiental entregue ao Senhor Secretáro Regional do Ambiente e do Mar há dois anos, e que foi publicada aqui no Baluarte. Perante as informações e compromissos assumidos pelos responsáveis regionais relativas às questões e exigências que colocámos, tendo mesmo havido acedência à sua inscrição textual no corpo do PROTA, consideramos que podem dar descanso e garante às pessoas de que as questões ecológicas relativas à construção de futuros campos de golfe nos Açores serão minimizadas ou nalguns casos mesmo sanadas, só se compreendendo as afirmações contrárias, à luz da falta dessa informação ou de confiança nos poderes instituídos. Informamos, como base de garante e de responsabilização, de que as orientações que insistimos para serem dispostas no PROTA, veiculam taxativa e obrigatoriamente as entidades privadas e públicas no seu cumprimento, sob pena de ação judicial. Face ao exposto, a nossa postura é de concordâcia com a construção do campo de golfe em Santa Maria, porque os acautelamentos ambientais alertados por nós foram assumidos (e isto foi vinculativo para o nosso posicionamento), e em segundo lugar, porque as vantagens económicas, sociais são evidentes e irrefutáveis para o empresariado mariense e população em geral, sendo um acrescento que Santa Maria não deverá desperdiçar, para a sua diversificação económica, sob pena de ser preterida a favor de ou- tros lugares. Baluarte: Existe de facto algum motivo de preocupação em termos de ambiente com a construção do campo de Golfe em Santa Maria? J.Melo: Como qualquer empreendimento que incida numa vasta área de uso e transformação de solos, em espaços naturais ou seminaturais e que implique a utilização de recursos naturais e químicos para o seu funcionamento, leva, inevitavelmente, ao levantamento/inventariação de possíveis incidências ambientais, que no caso concreto do campo de golfe, tem a ver, como acima já foi referido, com a questão da rega, da fertilização de solos, cobertos vegetais, erosões, conflito com áreas protegidas, perturbação de corredores ecológicos, destruição de espécies endémicas e degradação paisagística. Reforçamos que todas estas questões foram apresentadas, contextualizadas no espaço em causa e discutidas nas instâncias próprias, sendo já informação comum de que em relação à questão da água, a rega será efetuada a partir de fontes (furos) independentes, dos existentes para abstecimento público, tendo a nossa preocupação de não interferências e de uma gestão sustentável do recurso, sido tomada em conta no PROTA, assumindo o Governo, como entidade licenciadora, “a assegurar: i) o uso eficiente da água, minimizando os consumos e garantindo a manutenção dos parâmetros quantitativos e qualitativos das massas de água adjacentes”. Sobre a fertilização dos solos, propusemos com aceitação geral e inscrição também no PROTA, a obrigatoriedade do Governo “assegurar ii) o cumprimento das regras estabelecidas no Código das Boas Práticas Agrícolas e Ambientais”, assim como “iii) a redução ao mínimo, da aplicação de fertilizantes químicos e de produtos fitossanitários”. No que concerne a erosões, o espaço não terá problemas acrescidos, porquanto manterá a sua permeabialização, um tapete vegetal de cobertura e a topografia plana; não é vislumbrável qualquer conflito com as áreas protegidas adjacentes nomeadamente a Reserva Natural do Figueiral-Prainha e Monumento Natural da Pedreira do Campo, podendo até ser estas mais-valias de atratividade subsidiária do empreendimento; não haverá destruição de habitat´s nem de vegetação endémica, por se tratar de uma área humanizada de pastagens, despidas desses elementos ecológicos, tendo-se assegurado, ainda no âmbito do PROTA a plantação de espécies arbóreas não invasoras e preferencialmente autóctones. No aspecto paisagístico, não haverá mudanças significativas, sendo até abundantes as opiniões de que o tapete verde do campo de golfe é mais agradável do que as comuns pastagens. Em termos de vigilância/acompanhamento geral, é, ainda uma disposição de exigência “iv) a definição de um programa de monitorização regular que permita acompanhar e avaliar o impacte do projeto nos recursos hídricos e no solo, ao longo do seu horizonte de exploração”. Face ao exposto, no cumprimento do assumido oralmente e veiculado por escrito como obrigatoriedade legal, por um documento com orientações de cúpula de caris vinculativo, discutido e aprovado na Assembleia Legislativa Regional, as expressões afirmati- vas de “atentado ambiental”, são completamente desajustadas. Baluarte: Sendo, segundo os promotores do abaixo assinado contra o campo de Golfe, os terrenos mais férteis da ilha, vão estas qualidades dos terrenos ser destruídas? Em virtude das nossas informações e realidade patententeada no local, analisada diacronicamente, não podemos concordar com essa afirmação, considerando essas afirmações despidas de fundamento e provocadoras de alguma emoção saudosista dos vastos trigais que outrora ali existiam, que eu também a sinto, sem qualquer vislumbre de retorno a esses tempos. Se quisermos ser realistas e verdadeiros, esses “terrenos férteis para a agricultura”, nos últimos quarenta anos, para a agricultura não serviram nada, tendo-lhes só sido dado o mesmo uso das comuns pastagens da ilha, sendo esse destino de “monocultura da erva”, que continuaria a ter nas próximas décadas caso, não fosse por diante o campo de golfe. Como se pode constatar os terrenos do Tremoçal, não obstante essa diferença de fertilidade agrícola apregoada, está a servir para “mais do mesmo”, a par da utilização dos restantes solos da ilha, não sendo de todo um espaço de diversificação agrícola. Portanto, o campo de golfe não vai acabar com o “celeiro da ilha”, porque há dezenas de anos o pão dos marienses não é feito com farinha dali, nem há qualquer indicação tendencial que tal venha a acontecer no horizonte temporal da nossa geração. Segundo ponto que refuta essa afirmação da destruição da qualidade dos terrenos, é que, inversamante, o campo de golfe até atenua, porque vem renovar o tipo de revestimento vegetal e a concentração química dos fertilizantes a utilizar, são menos concentrados e degradadores do que os usados nas pastagens, estando essa adubação a ser feita sem qualquer controle nem monitorização regular. Um terceiro ponto, a enfocar é que se porventura daqui a anos, por força de uma necessidade de força maior ou de surgimento de um projeto de agricultura que seja, comprovadamente, mais rentável do que o campo de golfe, os terrenos podem sempre retornar ao seu uso anterior, aliás como dispõe o PDM. Baluarte: É ou não positivo para o desenvolvimento turístico da ilha a construção do Campo de Golfe em Santa Maria? J.Melo: O que posso afirmar convictamente é que as vantagens que trará o campo de golfe, por poucas ou muitas que sejam, suplantará largamente as desvantagens ou algumas pseudo-desvantagens que por aí são apregoadas e que constituirá uma mais-valia turística para Santa Maria. Porque as posturas ambientais, deverão ter também, em concomitância, preocupações sociais e até económicas (evidentemente uma “economia ambientalizada”), bebo do que foi assumido pelas forças vivas e entidades públicas marienses e Governo de que “o setor estratégico para o desenvolvimento e diversificação económica de Santa Maria, assenta no Turismo, devendo essa oferta ser variada, e reconhecida como êmbolo impulsionador das outras actividades económicas”. Porque acreditamos nesse caminho, e em solidariedade (Continua na página 24)