FACULDADE DE PINDAMONHANGABA GRAZIELE APARECIDA DA CONCEIÇÃO LUCILENE APARECIDA DOS SANTOS VALÉRIA DA SILVA JÚLIO EMPREENDEDORISMO FEMININO A participação da mulher no empreendedorismo brasileiro Pindamonhangaba – SP 2012 2 FACULDADE DE PINDAMONHANGABA GRAZIELE APARECIDA DA CONCEIÇÃO LUCILENE APARECIDA DOS SANTOS VALÉRIA DA SILVA JÚLIO EMPREENDEDORISMO FEMININO A participação da mulher no empreendedorismo brasileiro Monografia para atender parte dos requisitos para obtenção do Diploma de Bacharel em Administração pelo Curso de Administração de Empresas da FAPI – Faculdade de Pindamonhangaba. Orientador: Profª. Esp. Tatiana Livramento. Pindamonhangaba – SP 2012 3 FACULDADE DE PINDAMONHANGABA GRAZIELE APARECIDA DA CONCEIÇÃO LUCILENE APARECIDA DOS SANTOS VALÉRIA DA SILVA JÚLIO EMPREENDEDORISMO FEMININO A participação da mulher no empreendedorismo brasileiro Monografia para atender parte dos requisitos para obtenção do Diploma de Bacharel em Administração pelo Curso de Administração de Empresas da FAPI – Faculdade de Pindamonhangaba. Data: 20 de Junho de 2012 Resultado: _____________ BANCA EXAMINADORA Profª. Esp. Tatiana Livramento - Faculdade de Pindamonhangaba - Orientadora Assinatura: _______________________________ Profª. M.Sc. Arlete Cândido Monteiro Vieira - Faculdade de Pindamonhangaba Assinatura: _______________________________ Profº. Esp. Rodolfo Anderson Bueno de Aquino - Faculdade de Pindamonhangaba Assinatura: _______________________________ 4 “Dedicamos este trabalho a todas as mulheres de nossa família, que estão em nosso meio, pois lutaram pelas suas conquistas e hoje se tornaram grandes guerreiras e vencedoras, e para aquelas que acreditam em seu potencial e buscam estar no caminho de suas realizações e sucesso, tenham força e coragem, para superar todas as barreiras”. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por dar forças para concluir mais uma etapa de minha vida. A minha família, amigos, e meu namorado pelas palavras de incentivo e conforto. Graziele Aparecida da Conceição. 6 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus. A minha mãe Francisca A. Santos e família que me apoiou em todos os momentos inclusive os mais difíceis que já vivenciei na minha vida que é a perda de alguém que se ama muito. Não poderia deixar de lembrar e agradecer ao Helder Botossi, meu noivo, que foi tudo para mim durante esse período alguém muito especial que sempre me apoiou e que fez parte desta conquista. Expresso meus sinceros agradecimentos aos professores, por transmitir seus conhecimentos e experiência com ética e profissionalismo de forma eficiente. Especialmente meus sinceros agradecimentos as minhas amigas Graziele Conceição e Valéria Júlio que me ajudaram muito, nâo poderiam deixar de agradecer também meu amigo Paulo Henrique que sempre me apoiou e finalmente estamos vencendo mais esta etapa. Lucilene Aparecida dos Santos. 7 AGRADECIMENTOS Quero agradecer a Deus por ter me ajudado em todos os momentos difíceis e que parecia não agüentar mais, pelo discernimento e sabedoria para permanecer nesta luta. Em especial pelo meu futuro marido Leandro H. Cardoso, que desde o principio me ajudou, me agüentou, fez os trabalhos comigo, me deu conselhos e que me direcionava para continuar nesta conquista de minha vida. Por ter enfrentarmos juntos todas as dificuldades do nosso namoro, e hoje podemos olhar para trás e dizer como tudo valeu a pena. Aos meus pais, que acreditam e depositam total confiança em minha pessoa, e que apoiaram desde sempre todos os meus estudos. Ao meu irmão Pedro Henrique que é uma grande alegria em minha vida. A minha família em geral, que sempre mostraram interesse e me apoiaram em todas as minhas atividades. A todos obrigada por tudo, pelo amor, carinho e dedicação, pelo ensinamento dado pelos professores e não podendo esquecer-me dos meus grandes amigos de sala, que demos risadas juntos, sofremos com os trabalhos e vencemos em todas as apresentações. Valéria da Silva Júlio. 8 RESUMO CONCEIÇÃO, Graziele Aparecida, SANTOS, Lucilene Aparecida, JÚLIO, Valéria da Silva, Empreendedorismo Feminino: a participação da mulher no empreendedorismo brasileiro. 2012. 38 f. Monografia. Curso de Graduação em Administração, Faculdade de Pindamonhangaba – FAPI, Pindamonhangaba, SP. A presente monografia teve por objetivo analisar a importância do empreendedorismo na participação das mulheres no mercado de trabalho, através da pesquisa bibliográfica, que possibilitou identificar o que leva a mulher a empreender e como elas vêm conquistando seu espaço no decorrer dos anos. O empreendedorismo feminino consiste em força, determinação e conquistas das mulheres. Seu grande ápice foi na década de 1960 através de vários movimentos feministas onde lutavam pela igualdade, as donas de casa sentiram a necessidade de aumentar a renda familiar, viram no empreendedorismo uma oportunidade para conquistar seu próprio espaço, porém, eram vistas como inferiores e incapazes de exercer uma atividade remunerada, por uma alta desigualdade de gênero no país. O aumento do empreendedorismo feminino é uma realidade nos dias atuais, as mulheres estão cada vez mais assumindo posições de liderança, se destacando em grandes empresas com suas habilidades e atitudes empreendedoras. Palavras-Chave: Empreendedorismo. Mulheres. Conquistas. 9 ABSTRACT CONCEIÇÃO, Graziele Aparecida, SANTOS, Lucilene Aparecida, JÚLIO, Valéria da Silva, Empreendedorismo Feminino: a participação da mulher no empreendedorismo brasileiro. 2012. 40 f. Monografia. Curso de Graduação em Administração, Faculdade de Pindamonhangaba – FAPI, Pindamonhangaba, SP. The present paper aimed to analyze the importance of entrepreneurship in women's participation in the labor market, through literature, which enabled us to identify what leads women to undertake and how they have gained their place over the years. The female entrepreneurship consists of strength, determination and achievements of women. His great peaked in the 1960s through various feminist movements which fought for equality, housewives felt the need to increase family income, entrepreneurship saw an opportunity to win your own space, however, were seen as inferior and incapable to exert a paid activity, for a high gender inequality in the country. The increase in female entrepreneurship is a reality nowadays, women are increasingly assuming leadership positions, standing out in large companies with their skills and entrepreneurial attitudes. Keywords: Entrepreneurship. Women. Achievements. 10 LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Empreendedorismo por Oportunidade............................................................18 Quadro 2 - Características do Empreendedorismo Feminino............................................23 Quadro 3 - Posição Brasileira na Motivação Empreendedora...........................................27 11 SUMÁRIO Lista de Quadros ....................................................................................................................10 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................12 1.1 Justificativa da Escolha do Tema.................................................................................13 1.2 Problemas de Pesquisa...................................................................................................13 1.3 Objetivos.........................................................................................................................13 1.3.1 Objetivo Geral.........................................................................................................13 1.3.2 Objetivo Específico.................................................................................................13 1.4 Delimitação do Trabalho...............................................................................................14 1.5 Estrutura do Trabalho...................................................................................................14 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................15 2.1 A evolução do empreendedorismo................................................................................15 2.1.1 Necessidade x Oportunidade...................................................................................18 2.2 Fatos que levam a mulher empreender........................................................................19 2.3 Comportamento feminino no empreendedorismo......................................................22 2.4 Questões econômicas em relação ao empreendedorismo feminino...........................24 2.5 A evolução da mulher no mercado de trabalho brasileiro.........................................28 3 MÉTODO.............................................................................................................................31 3.1 Tipos de Pesquisas..........................................................................................................31 4 DISCUSSÃO.........................................................................................................................33 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................32 5.1 Conclusão...........................................................................................................34 REFERÊNCIAS......................................................................................................................35 12 1 INTRODUÇÃO O empreendedorismo que surgiu através de reflexões de pensadores econômicos do século XVIII e XIX, conhecidos como defensores do liberalismo econômicos, deram grande passo ao empreendedorismo, sendo visto como um engenho que direciona a inovação e promove o desenvolvimento econômico. (CHIAVENATO 2008). No Brasil o empreendedorismo vem se intensificando a partir do final da década de 1990. Vários fatores podem explicar o interesse por esse assunto, como por exemplo: suprir a necessidade de complementar à renda familiar, empreender por pura e extrema necessidade ou aproveitar a oportunidade do mercado e apoio do governo. (DORNELAS 2008). Analisando o mundo empreendedor podemos ver um aumento significativo de mulheres como empreendedoras, que antigamente eram vistas como inferiores e incapazes, vem lutando no decorrer dos anos, por igualdade, surgindo assim no final dos anos 60 os movimentos feministas defendendo os ideais de igualdade. (SOUSA, 2011). Apesar de ainda haver uma alta desigualdade de gênero no Brasil, o avanço da inserção da mulher em espaço produtor de autonomia econômica e social vem crescendo devido ao acesso ao nível superior de escolaridade que as qualificam para o mercado de trabalho. (MELO, 2010). Hoje inseridas no mercado de trabalho buscam cada vez mais ampliar seu campo de atuação profissional, identificando tal postura como um grande avanço para se tornar empreendedora. Com freqüência possibilita satisfazer as necessidades emocionais dos que com ela trabalham, possui uma forma equilibrada e harmoniosa de alcançar seus objetivos e crescimento, e fazem com que as coisas aconteçam de fato. (WIESEL, 2007). O Global Entrepreneurship Monitor, GEM, realizou uma pesquisa no Brasil que possibilitou identificar que o perfil e a postura empreendedora dos brasileiros mudaram-se completamente. Empreendedores e empresários de negócios de pequeno porte, já entenderam que para iniciar e gerenciar um empreendimento que seja rentável e sustentável, o melhor caminho é sempre o do conhecimento. Quanto mais informação o empresário tiver, maior será a sua competitividade entre as empresas. (GEM 2008). 13 1.1 Justificativa da Escolha do Tema Reconhecida pela sua força e ousadia, a mulher vem vencendo batalhas e quebrando barreiras de discriminações. Fizeram grandes reivindicações pelo direito de voto, igualdade social e seus direitos de adentrar no mercado de trabalho. (WIESEL, 2007). Pesquisas elaboradas apontam que a mulher brasileira é historicamente uma das mais empreendedoras do mundo. Elas vêm assumindo cada vez mais o sustento do lar como chefe de família e ampliando sua participação na economia do país. Pensando na participação da mulher neste ramo surge o tema da pesquisa a ser elaborada. 1.2 Problemas de Pesquisa Nas últimas décadas houve um aumento no número de mulheres que buscam a formação educacional do nível superior, devido ao espaço que elas estão conquistando, pelas oportunidades que estão surgindo e pelas empreendedoras de sucesso que estão se tornando. (PALADINO, 2010). Observando o crescimento do empreendedorismo feminino no país, fica a questão a ser trabalhada: Como a mulher empreendedora vem conquistando seu espaço no mercado de trabalho brasileiro? 1.3 Objetivos 1.3.1 Objetivo Geral ● Analisar a participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro. 1.3.2 Objetivo Específico 14 ● A evolução do empreendedorismo; ● Analisar os fatos que levam a mulher a empreender; ● Estudar o comportamento feminino no empreendedorismo; ● Analisar as questões econômicas em relação ao empreendedorismo feminino; ● Historiar a evolução da mulher no mercado de trabalho. 1.4 Delimitações do Trabalho O presente trabalho restringe sua análise ao mercado brasileiro, suas mulheres empreendedoras e sua contribuição para o desenvolvimento da economia local. 1.5 Estrutura do Trabalho Este trabalho está estruturado em três seções. Na primeira consta a introdução que faz uma breve abordagem no tema, a justificativa, o problema e objetivo da pesquisa. Na segunda, a fundamentação teórica que com base em pesquisa bibliográfica tem o objetivo de responder a pergunta norteadora deste trabalho. Na terceira seção, o Método onde serão apresentados os procedimentos utilizados para realização da pesquisa e a Conclusão, apontando quais os resultados que a presente pesquisa pode proporcionar. 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 A evolução do empreendedorismo Diversas habilidades são exigidas dos indivíduos que empreendem, como planejar, formar equipes, liderar, negociar, resolver problemas, entre outras. Todas importantes, porém não asseguram o sucesso de uma organização. Para Nixdorff & Solomon (2005), uma das habilidades que realçam a probabilidade de sucesso de novas organizações é o reconhecimento de oportunidades. Ao reconhecer uma oportunidade o empreendedor tende a se sentir motivado a iniciar um negócio. Através da reflexão de pensadores econômicos do século XVIII e XIX surge uma visão de empreendedorismo como um engenho que direciona a inovação e promove o desenvolvimento econômico. (CHIAVENATO 2008). Desde então o mundo tem passado por várias transformações em curto prazo, principalmente na década de XX onde foram criadas várias invenções frutos de uma inovação, de algo inédito ou de uma nova visão de utilizar coisas já existentes. (DORNELAS 2011). Em todo o mundo o interesse pelo o empreendedorismo aumenta cada vez mais além de ações dos governos nacionais, atraindo também muitas organizações multinacionais. (DORNELAS 2011). Todos esses fatores levaram um grupo de pesquisadores a organizar em 1999 o projeto GEM – Global Entrepreneurship Monitor, iniciativa conjunta do Babson College (escola de negócios localizada em Wellesley EUA) considerada a principal escola de negócios no mundo com foco em empreendedorismo e da London Business School (escola de negócios de Londres) umas das mais bem sucedidas da Europa que segue os mesmos padrões das universidades americanas, com o objetivo de medir a atividade empreendedora dos países e se observar a relação do empreendedorismo com o crescimento econômico de cada um, atualmente esse estudo cobre mais ou menos 90 países do mundo. (Global Entrepreneurship Monitor, 2012). No Brasil o empreendedorismo começou a ter forças na década de 1990, uns dos fatores que explicam o interesse do país pelo assunto foi: suprir à necessidade de complementar a renda familiar e aproveitar a oportunidade do mercado com o apoio do governo. (DORNELAS 2008). 16 Nessa mesma década entidades como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas) e SOFTEX (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criados. Antes dessa década o empreendedor não encontrava informações para auxiliálo na jornada. (DORNELAS 2008). A edição de 2009 da pesquisa GEM, mostra que, mesmo com a crise financeira internacional, o Brasil atingiu a sua maior taxa de empreendedorismo por oportunidade: 9,4% contra 5,9% da taxa de empreendedorismo por necessidade. Nas últimas nove edições da pesquisa GEM, a taxa de empreendedorismo por oportunidade vem demonstrando crescimento gradativo, passando de 8,5%, em 2001, para 9,4%, em 2009. Os responsáveis pela pesquisa (IBQP e SEBRAE) explicam que a elevação em 2009 se deve ao alto crescimento ocorrido isoladamente nos empreendimentos nascentes, que passou de 2,93%, em 2008, para 5,78%, em 2009. Deste último dado, 4,3% são empreendimentos nascentes por oportunidade. No ranking dos países com nível comparável de desenvolvimento econômico o Brasil é o sexto mais empreendedor, com taxa de 15,3%, o que equivale a 18,8 milhões de pessoas. A taxa geral se refere à soma dos empreendimentos novos (que surgiram nos últimos três anos e meio), que foi de 9,75%, e dos empreendimentos nascentes (com até três meses de vida ou ainda em processo de criação), que ficou em 5,78%. A atual taxa está acima da média histórica do Brasil, que é de 13%. Em 2008, a taxa ficou em 12%. (SEBRAE, 2010). Os brasileiros são uns dos mais que empreendem, principalmente quando montam seu próprio negócio. Segundo a pesquisa, elaborada pelo relatório Global Entrepreneurship Monitor de 2010, mostra que para cada empresário por necessidade, dois empreendem por uma oportunidade, ou seja, mais gente está encontrando nichos de mercado para abrir novas empresas em vez de começar um negócio para sobreviver. (GEM, 2010). Ao analisar 13 países membros do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo) que participaram do estudo, o GEM 2009 constatou que a população mais empreendedora dos países analisados são: em 1° da China, em seguida do Brasil; Estados Unidos; Coréia do Sul; África do Sul; Reino Unido; Arábia Saudita; França; Rússia; Itália e por último o Japão. Pelo levantamento feito no GEM (2010) cerca de mais de 40% dos empreendedores por oportunidade começam suas empresas para conseguir mais independência profissional, outros 35% buscam aumentar a renda e outros 18% querem manter a renda atual. 17 De acordo com Luis Baretto, presidente do SEBRAE: Esse é um dado que veio para ficar na economia brasileira e veio dessa fase de estabilidade econômica que passamos nos últimos anos. Isso impacta não só no mercado formal de trabalho, mas também no nível de qualidade do empreendedorismo brasileiro. (2010). De acordo com Hisrisch e Peters (2004), existem algumas diferenças entre homens e mulheres empreendedores, referente à suas estruturas que levaram a valorização do empreendedorismo feminino, tais como: as mulheres empreendedoras atuam no ponto de partida do novo empreendimento movido por grande entusiasmo, mas também motivadas por uma experiência profissional frustrante, o que pode caracterizar a opção por empreender muito mais como uma busca pessoal do que como uma escolha profissional consciente. Já os homens, quando advindos de outro emprego, fazem a opção de empreender como uma operação real de substituição da atividade anterior. A melhoria do contexto econômico, político e social, aos empreendedores, têm permitido um avanço substancial na qualidade do empreendedorismo no Brasil. O objetivo de montar um negócio se afasta da necessidade como impulsionadora para empreender, pois no ano de 2011, nota-se o grande aumento de empreendedorismo por oportunidade, que foi um pouco mais do que o dobro em relação aos que são empurrados pela necessidade. (GEM, 2010). O nível educacional da população brasileira, se reestruturou, tendo uma grande melhoria dos que estão a frente dos empreendimentos, que por sua vez reflete na melhoria e na diminuição de mortalidade de empresas nos primeiros cinco anos. (GEM, 2010). Segundo o Relatório de Monitoramento de Empreendedorismo no Brasil, mostra-se que com o aumento de escolaridade, o nível educacional dos profissionais empreendedores, dá-se pela evolução da participação do empreendedorismo feminino. “Partimos de menos de um terço de empreendedoras, para atingirmos 49,3% dos empreendimentos com menos de 42 meses” (GEM 2010). 18 2.1.1 Necessidade x Oportunidade As necessidades podem ser conceituadas como um desequilíbrio interno do indivíduo, ou seja, uma carência interna, que ao surgir causa um estado de tensão, insatisfação, desconforto e desequilíbrio. (LEZANA, 2004). A proporção de oportunidade para o empreendedorismo indica que mulheres são motivadas pelo desejo de tirar vantagem de uma oportunidade reconhecida, em oposição a ser conduzido por inexistentes ou insatisfatórias opções alternativas de emprego. (GEM, 2007) No empreendedorismo por necessidade, a pessoa é motivada a empreender (investir ou participar de um projeto) como única alternativa para obtenção de renda e de sustento. Neste tipo de empreendedorismo não há profundas análises e estudos sobre as possibilidades de mercado e seus riscos. (MENDES, 2005). Principalmente no Brasil, cujo ambiente de inserção ao mercado de trabalho apresenta empecilhos, a maior parte dos empreendedores iniciam por necessidade e não por observarem uma oportunidade. Muitos jovens e adultos se lançam no mercado informal em estilo de negócio comercial ou projeto social, de forma improvisada sem estruturação para tentar se manter ao mundo empreendedor. (SEBRAE, 2010). De acordo com GEM 2009, o estilo de empreendedorismo por necessidade é maior em países em desenvolvimento, devido à dificuldade de se conseguir um emprego e se manter dentro de uma empresa com estabilidade de carreira. Normalmente é constituído por cidadões que trabalham de maneira informal, exemplo, sem registro em carteira, desempregos, terceirizados, que buscam alternativas para si manter ou até mesmo o aumento de sua renda familiar. Existe um percentual de 50 % dos empreendedores no Brasil são por necessidade. O Brasil, em estudos realizados pelo GEM em 2009, ficou como a primeira nação em iniciativa empreendedora no grupo de 21 países estudados. Em 2008, aqueles que empreendem por oportunidade, possuem uma renda maior que 3 salários míninos, cerca de 36 %, aqueles de 3 a 6 salários, de 34 %, e com uma escolaridade maior por volta de 25% (cursando e o que terminaram o nível superior). Os empreendedores por oportunidade iniciam seus negócios com atividades mais especializadas, em função de seu maior nível de qualificação e renda. Os empreendedores por oportunidade têm uma participação maior em serviços orientados à empresa (19%), uma vez que esse tipo de serviço exige maior nível de qualificação e formação. (GEM, 2008). 19 Greco apud IBQP (2009), “O empreendedorismo por oportunidade, em geral é caracterizado pela criação de empresas de maior complexidade organizacional, maior nível de tecnologia e maior reconhecimento de mercado por parte do empreendedor”. Para Sipilä (2006) o reconhecimento de oportunidades pode ser pensado como um processo, onde empreendedores buscam identificar oportunidades para explorá-las; entretanto, para ser capaz de visualizar uma oportunidade, é necessário reconhecê-la, o que não é uma habilidade muito fácil de desenvolver. Por fim, conceitua oportunidade como uma situação futura desejada que tenha um potencial valor econômico. Quadro 1 – Empreendedorismo por Oportunidade no Brasil Fonte: Global Entrepreneurship Monitor (GEM) – 2010. 2.2 Fatos que levam a mulher empreender Os relatórios elaborados pelo GEM permitem analisar os motivos que levam ao comportamento empresarial. Apresentando as pessoas que iniciam seu negócio para explorar uma oportunidade como empreendedor e aqueles insatisfeitos com o trabalho atual, buscando encontrar uma solução, empreendendo por necessidade. (2007). Segundo Minniti, Arenius e Langowitz (2005), o aumento de mulheres na criação de novos negócios está relacionado ao apoio do governo na educação. A oportunidade é a principal motivação para o empreendedorismo entre homens e mulheres mais a falta de alternativas ou oportunidades de trabalho motiva mais mulheres que homens a empreenderem. Os fatores socioeconômicos são influenciadores da vontade de mulheres abraçarem a paisagem empresarial de risco e recompensa. Elas são impulsionadas pelas suas realizações a enfrentarem obstáculos, darem um novo passo e buscar o caminho a ser percorrido na vida pessoal ou profissional. As mulheres empreendedoras se destacam por fatores de motivação, gestão e histórico profissional, desempenho e crescimento em suas ações. (HISRISCH; PETERS, 2004). 20 De acordo com Barbosa (2008): A criação do próprio negócio surge como uma das alternativas ao emprego incerto. Não só por uma conjuntura socioeconômica, que faz com que o desenvolvimento de novos negócios seja uma necessidade ou alternativa ao desemprego, mas, também pelo sonho de ter o negócio próprio. (BARBOSA; SANTOS, 2008). A atividade empreendedora é influenciada por fatores pessoais e socioeconômicos; Características como: idade, experiência de trabalho, educação e experiência de outros empresários são influências importantes no comportamento empresarial. Podemos destacar que mulheres com educação secundária são mais dispostas a iniciar um novo negócio, e ainda que assim como os homens, a maioria das mulheres envolvidas em novos negócios abandonou outros trabalhos (MACHADO, 2003). As mulheres freqüentemente iniciam seus negócios orientados para os serviços, cujo custo inicial tende a ser mais baixo, e tendem a apresentar um crescimento mais lento. A expectativa da maioria das mulheres que começam um novo negócio é de criar cinco empregos ou menos num período de cinco anos. Mulheres tendem a começar negócios com tecnologia conhecida e em mercados estabelecidos. (MACHADO, 2003). De maneira similar aos perfis de gestão, as empreendedoras (mulheres) são sempre mais tolerantes e flexíveis que os empreendedores (homens); Em relação ao ramo de atuação, as mulheres empreendedoras tendem a concentrar suas iniciativas no ramo de prestação de serviços, tendo como conseqüência um campo maior de atuação, porém configurado geralmente em empresas de menor porte; Além de tudo mulheres ao enfrentarem o seu próprio negócio, são extremamente exigentes em suas ações, por isso, que elas atuam emocionalmente em seu trabalho nos papéis que são delegadas a desempenhar. (MACHADO, 2003). Segundo Wilkens, as mulheres quando enfrentam o mundo empreendedor, sofrem dois impactos: o negativo e o positivo. Os positivos são aqueles pontos onde suas realizações e sonhos estão acontecendo, mas por outro lado, o negativo, tem que conviver com condições de desigualdades, escutarem sempre falar do sexo frágil e a desconfiança em relação à falta de perspectiva. Porém as mulheres que se impõem e tomam a iniciativa de empreender e montar seu próprio negócio impulsiona-se por uma série de elementos de motivações para alcançarem seu objetivo. 21 Muitas vezes, tomar a decisão de empreender, se dá por motivo de insatisfação com sua vida pessoal, que vem relacionado a fatores como: separação conjugal, mudança de local de residência em função de transferência profissional do marido, retorno ao mercado de trabalho após a criação dos filhos, entre outros, e então identificar a oportunidade para seguir em frente é fundamental. (WILKENS, 1989). Segundo os autores, Takahashi e Gralff, 2004, resultados de alguns estudos buscando indicadores nas mulheres que empreendem, constataram de maneira geral, características e alguns atributos que se repetem em várias pesquisas tais como: a ambição, a liderança, o poder de influência e postura pró-ativa, a persistência e a honestidade. De forma geral, os empreendedores possuem traços e características de personalidade comuns entre si e as mulheres empreendedoras apresentam características similares como, por exemplo: (1) faixa etária entre 35-50 anos; (2) normalmente casadas e com filhos; (3) alto nível de educação formal; (4) atuação em pequenos negócios; (5) início da empresa com baixo capital social; e experiência prévia nos setores de atuação. As mulheres são impulsionadas pelas suas realizações a enfrentarem obstáculos, mulheres empreendedoras se destacam por fatores de motivação, gestão e histórico profissional, desempenho e crescimento em suas ações. (Takahashi e Gralff, 2004). No relatório do GEM de 2010, cerca de 14.000 mulheres, analisam alguns fatores de extrema importância antes de iniciarem um empreendimento, tais como: que motivações, quais ambições precisam para alcançar o crescimento, como inovar no mercado e como expandir para o mercado internacional. As mulheres quando percebem uma oportunidade na sua área, acredita no seu potencial, e busca o mérito. Nesta pesquisa foram destacados alguns pontos que mostra o motivo das mulheres estarem partindo para o mundo empreendedor: ▪ As mulheres ao perceberem que suas características se igualam as capacidades para o empreendedorismo, tendem a acreditar que as oportunidades empresariais existem; ▪ Comparadas aos homens, às mulheres vêem o empreendedorismo como uma saída; ▪ Em geral, as mulheres são menos propensas a se aventurar em empreendedorismo do que os homens; ▪ Mulheres empresárias em economias menos desenvolvidas, são mais propensas que homens a ser motivado por necessidade; ▪ Um desafio fundamental para as mulheres empresárias no início de estágio de desenvolvimento de economias é sustentar sua empresa, devido aos obstáculos de aceitam no mercado; 22 2.3 Comportamento feminino no empreendedorismo No ambiente profissional, apenas capacidade não é o suficiente. Mulheres capazes estão por toda a parte, mas apenas aquelas que demonstrarem determinação, espírito de liderança através de um equilíbrio de forças femininas, conseguirão manter-se no mundo empreendedor. (Chin Ning Chu, 2003). As relações de trabalho ganham novos significados e complexidades a partir da inserção feminina no espaço organizacional. A disputa acirrada no espaço de trabalho passa a ser vivida por homens e mulheres que buscam igualar suas oportunidades por cargos, posições hierárquicas, destaque e reconhecimento na profissão. (UFLA, 2001). No que diz respeito aos papéis sociais de mulheres empresárias, sua principal contribuição consiste na criação de oportunidades de emprego. Normalmente, as mulheres empresárias são mais predispostas a empregar mulheres, proporcionando assim empregos não só para si, mas para outras mulheres, de modo ajudando a reduzir o efeito de discriminação contra elas no mercado de trabalho. (GEM, 2007). No Brasil a cerca de 7 milhões de mulheres empreendedoras levando o país a ocupar a 10ª colocação no ranking mundial do empreendedorismo feminino. Estes resultados mostram que a busca constante das mulheres por espaços significantes no mundo dos negócios esta cada vez maior para fugirem das limitações e preconceitos que ainda estão obstruindo suas carreiras, inovando e desenvolvendo chamando todos os olhares para oportunidades que proporcionam o seu próprio negócio. (CAMPOS, 2011). Pesquisa elaborada pelo GEM (2010), forte e constante, são palavras que podemos definir para a gestão de novos negócios comandados por mulheres. Nas últimas décadas, o empreendedorismo feminino, tem se desenvolvido muito na sociedade e na economia. As características das mulheres empreendedoras liderarem, foca muito em um bom conhecimento de mercado, estar bem preparadas devido a sua formação, um bom planejamento estratégico, apresentam um gerenciamento participativo e se preocupam com seus colaborados e clientes. (PALADINO 2010). Segundo Grion: A mulher, administradora do lar, parece saber com clareza a necessidade de pensar no futuro e de se preparar para ele. Consegue planejar e realizar e transfere essa habilidade para seu trabalho, por isso vencem. Pode-se salientar que agora “as mulheres começam a colher às conquistas da revolução feminista, tornam-se independentes, ganham salários tão altos 23 quanto os dos homens, reclamam quando não satisfeitas e tomam conta do mercado de trabalho”. (GRION, 2005). Segundo Vianna (2012), mulheres têm menos dificuldades para ocupar cargos de chefia e afirma que “Elas conseguem altos postos por não terem mais a ilusão de serem 'super mulheres”. E sabem que o compartilhamento das tarefas com os homens é fundamental para conseguirem ter equilíbrio. Essa preocupação se reflete no desejo de serem líderes. As mulheres estão aproveitando esta oportunidade de mostrar suas capacidades, seu potencial e buscando suas realizações para apontar que são equilibradas e trabalham de forma harmoniosa para o alcance do sucesso. Segundo Wiesel (2007), que é consultor de empresas, existem alguns indicadores para o empreendedorismo feminino e são estes: Quadro 2 - Características do Empreendedorismo Feminino. CARACTERISTICAS DESCRIÇÃO Intensidade Em tudo que fazem, elas se dedicam integralmente. O campo de visão da mulher por mais amplo que seja, sabe ser restrito; Afetividade Sabe como ninguém ser carinhosa e guerreira, gentil e exigente; Aptidão para o Negócio Sabe apresentar as idéias levando em conta prazos e orçamentos; Humildade Valoriza as idéias dos outros, e sabe dizer "não sei fazer tal atividade" e pede ajuda - mostrando-se pronta para aprender; Responsabilidade Cumprimento de prazos, prometendo o que poderá cumprir; Alto astral Sua necessidade de comunicação oral impulsiona risadas e boas histórias. Ela sempre tem um comentário a mais por fazer. Isto torna o ambiente mais leve; Excelente Ouvinte Apesar de falar muito, também sabe ouvir e compreende com mais facilidade as necessidades dos outros. Importância ao alto conhecimento Por ser extremamente assertiva a mulher constantemente suas habilidades e dificuldades; analisa Organização Começo, meio e fim, esta é a seqüência e a dinâmica de suas ações; Flexibilidade Por sua necessidade constante em cumprir vários papéis (dona de casa, mãe, esposa, profissional, etc.) desenvolveu a capacidade de adaptação as mais variadas situações; 24 Fonte: Administração e Negócio – Mulheres Empreendedoras, 2007. A maioria das mulheres prefere conviver em harmonia a tentar dominar egoisticamente e adotar atitudes de enfrentamento. Ao contrário da mulher, o homem é mais competitivo e centrado em si mesmo. A maioria dos homens em posição de promover a ascensão profissional das mulheres não é tola. Eles sabem muito bem que trabalhar com indivíduos capazes seja qual for o sexo a que pertencem, só pode trazer vantagens. (CHINNING CHU 2003). 2.4 Questões econômicas em relação ao empreendedorismo feminino. O interesse por estudos relacionados à atividade empreendedora das mulheres tem crescido no mundo todo, na mesma proporção em que tem crescido a participação das mulheres na geração de emprego e renda. O novo papel desempenhado pela mulher na dinâmica Econômica e social tem despertado interesse crescente, de forma geral. (NOGUEIRA, 2007). No Relatório de 2007 do GEM (Global Entrepreneurship Monitor), foi destacado a questão das mulheres e o empreendedorismo, apontando que as mulheres empresárias contribuem para o desenvolvimento da economia mundial, particularmente em países de baixa e média renda, portanto, elas se destacam pelo ótimo desempenho em suas atribuições. Esses dados foram obtidos no ano de 2000 pelo GEM e demonstram um crescimento na participação da mulher brasileira como empreendedoras. Essa pesquisa tem como principal objetivo traçar seu percurso, identificando a real contribuição das políticas públicas atuais e que são colocadas em prática para uma relação profissional mais justa para as mulheres brasileiras, empreendedoras nos anos de 2002 a 2007. Esse grupo se destacou pelas suas condições sociais e conseguiu chamar a atenção para um olhar mais atento às empreendedoras por necessidade. No decorrer dos últimos sete anos, a Global Entrepreneurship Monitor (GEM) vem pesquisando o desenvolvimento da ação empreendedora no Brasil e de mais 34 países. O Brasil conseguiu um destaque entre os países pesquisados pelo GEM (2005), ocupando a 7ª colocação entre as nações representadas com renda média e renda alta, polaridade definida para diferenciar o potencial financeiro. È possível identificar outras 25 distinções que são direcionadas ao país. Ocupando o 15º lugar está é a participação empreendedora no ano de 2005 se caracterizando pela atividade favorável pelo mercado socioeconômico. Na 4ª posição encontrava-se a iniciativa de empreendimentos por necessidade, que podem ser representados como aqueles em que os profissionais iniciam sua atividade diante da dificuldade de manter-se no mercado de trabalho, não encontrando uma recolocação no mercado para garantir um modo de ocupação e renda (GEM, 2005). Neste mesmo ano a participação das mulheres em atividades empreendedoras destaca-se atingindo a 6ª colocação por igualdade de gênero dos países que participaram das pesquisas, computando uma taxa percentual de 10,8%, comparando-se ao gênero oposto ocupando, o 13º lugar com percentual de 11,8%. Quando analisado as condições de negócios iniciais esse nível diferencia substancialmente. Alcançando o 3º lugar com 6,3 milhões de mulheres empreendedoras, ficando atrás apenas das norte-americanas e das chinesas. O Brasil obteve esse resultado e conseguiu se destacar chegando nessa posição devido à grande participação feminina com uma forte influência. Somente partir da década de 1990 houve uma intensificação de práticas e políticas para essa ação diante desse fenômeno ocorrido mundialmente, com a disponibilidade de trabalho e mulheres como empreendedoras por causa da dificuldade da recolocação no mercado de trabalho e por necessidade elas se sentem obrigadas a atuar para garantir a sua sobrevivência, isso acontece porque várias praticam o exercício profissional informal. (GEM, 2005). Devido às condições precárias e por optarem pelo empreendedorismo como um meio de sobrevivência no qual a mulher se encontra as organizações de âmbito nacional e internacional têm buscado meios para promover o desenvolvimento de políticas públicas para as minorias, muitas conseguem após o entendimento da importância de adoção de medidas especiais para essa população que sofre com as múltiplas formas de discriminação, começando pelos padrões de exclusão social, política e econômica no país. (CARDOSO, 2006). Esses dados conseguem demonstrar que o gênero feminino não pode ser apenas um ponto de análise, mas de grande imersão na atenção das políticas públicas a serem desenvolvidas para melhor posicionar a mulher brasileira na sociedade. Organismos nacionais e internacionais, após diversas pesquisas, sinalizam a dimensão do crescimento de gênero no mercado de trabalho que as mulheres enfrentam e com esta situação destaca-se o empreendedorismo feminino. (GEM, 2010). 26 Homens e mulheres têm buscado no empreendedorismo a oportunidade de estar no mercado quase que igualmente. Há um forte equilíbrio entre gêneros, já que dos 21,1 milhões de pessoas à frente de empreendimentos em estágio inicial (TEA) ou com menos de 42 meses de existência no Brasil, 50,7% são homens e 49,3%, mulheres. Um fato que marcou a relevância no panorama produtivo da mulher indicando o crescimento da ação empreendedora, marcada pela necessidade, apresentada anteriormente pelas edições do GEM (2006). A ocupação dessa classe por necessidade por muitas vezes um modo de sobrevivência, aponta o entendimento do complexo cenário de desigualdades vivido pela classe feminina. Muitas mulheres acabam desenvolvendo atividades como autônomas pela falta de espaços profissionais onde possam desenvolver sua força de trabalho e aprimorar seus conhecimentos e a desigualdade também é um fator determinante. No ano de 2002, período inicial da pesquisa que aponta que as mulheres brasileiras encontravam-se num patamar de 42% de participação total de empreendedores, já indicando, segundo o relatório do GEM, futuras implicações para as políticas públicas que atendam esse contingente populacional. As duas principais razões que motivam os indivíduos a participarem de ações empreendedoras, identificam-se aqueles que o fazem por oportunidade e escolhem um empreendimento entre as diversas opções para suas carreiras; muitas pessoas que encaram o empreendedorismo como uma alternativa, por não terem outras opções de trabalho, fazendo-o por necessidade ou sobrevivência que é modalidade predominante em países em desenvolvimento como o Brasil, com alta participação na informalidade. No decorrer dos anos, ficou evidente que a influência do empreendedorismo por sobrevivência na posição do Brasil, em relação aos outros países participantes da análise do GEM. Predominam-se como os pontos positivos da ação empreendedora: a criatividade brasileira em buscar alternativas de sobrevivência, flexibilidade em enfrentar as dificuldades de um clima econômico incerto e interesse em se informar, buscando conhecimentos não adquiridos na educação formal. (RAPOSO, 2007). Essas ações ainda não conseguiram conquistas significativas no cenário mais amplo que minimizem as assimetrias de maior vulnerabilidade presentes na vida cotidiana do grupo feminino. Quando se fala de uma participação justa das mulheres no espaço de trabalho e econômico existem muitos desafios na elaboração e execução de políticas públicas, sob a perspectiva de gênero tais como: salários inferiores aos homens mesmo quando se ocupa o mesmo cargo; os cuidados com espaço privado e alterações que vêm acontecendo na estrutura familiar; o desemprego, participação elevada no mercado informal e em outras ocupações 27 precárias sem remuneração, revelando a má qualidade das condições do trabalho feminino e alterações no padrão da divisão sexual do trabalho. (RAPOSO, 2007). Quando analisados os indicadores da população economicamente ativa (PEA) feminina entre os anos de 1992 e 2002 observam-se avanços que destacam o aumento de 28 milhões para 36,5 milhões, ampliando a percentagem no grupo de mulheres trabalhadoras de 39,6% para 42,5%, em um cenário onde o crescimento desse índice permanece avançando, mas dentro da fragilidade social conforme mostra o quadro abaixo. Quadro 3 – Posição Brasileira na Motivação Empreendedora Uma década após a atenção dada pelo país ao empreendedorismo, inicia-se a pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) em 2000 para analisar a evolução do empreendedorismo no Brasil, sob a coordenação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), período em que o país contabilizava 29% de participação feminina e encontram-se entre os 10 países considerados mais empreendedores, a informação mais precisa indicava a 1ª colocação. De acordo com esses órgãos, o empreendedorismo feminino tem se desenvolvido e assumindo características mais de sobrevivência do que por oportunidade. Iniciando um ponto de análise a crescente perspectiva na ação empreendedora, constata-se que as mulheres têm contribuído para a colocação favorável nesse cenário atribuída ao país. (LAGES, 2005) O segmento das MPE’s é considerado um dos pilares de sustentação de uma economia nacional, em função de seu número, abrangência e capilaridade. Pode se afirmar que as pequenas empresas são responsáveis por um dos elementos que desempenha um papel de importância fundamental no crescimento e maturação de uma economia. No processo de desenvolvimento, fica notável a contribuição que elas prestam ao gerarem oportunidades para o aproveitamento de uma grande parcela da força de trabalho e conseguem estimular o desenvolvimento empresarial (LEONARDOS apud VIAPIANA, 2001). 28 As pequenas e micro empresas, muitas vezes gerenciadas por mulheres empreendedoras são grandes colaboradoras para diminuir o desequilíbrio econômico em várias regiões do Brasil, desempenhando papel fundamental como fonte promissora de desenvolvimento econômico no cenário nacional, gerando mais renda e emprego no país. De acordo com Solomon: As pequenas empresas proporcionam uma energia vital para a reestruturação econômica necessária no sentido de produzir o aumento da produtividade de que se carece desesperadamente, e que se traduzirá, por fim, em padrões de vida mais elevados. “Ao mesmo tempo, assim como o cascalho que se coloca embaixo dos dormentes da estrada de ferro ajuda absorver o choque dos trens que se deslocam a grandes velocidades, as pequenas empresas minimizam a vulnerabilidade das empresas industriais de grande porte diante dos distúrbios potencialmente catastróficos em tempos instáveis, e as tornam mais eficientes em períodos mais prósperos”. (SOLOMON, 1986, p. 10). Conforme o mesmo autor as mulheres estão à frente de muitas pequenas empresas e considera-se que elas representam metade da população mundial com uma forte participação na população economicamente ativa. A intensificação da participação da mulher na atividade econômica começou a partir da década de 1970, se tratando do contexto de expansão da economia com um acelerado avanço no processo de industrialização e urbanização. Prosseguiu na década de 1980 surgindo a deterioração das oportunidades de ocupação. Caracterizou-se na década de 1990 a intensa abertura econômica com a terceirização da economia e baixos investimentos tornando a incorporação da mulher na frente de trabalho crescente. (BRUSCHINI et al, 2000). A liderança feminina, já é apontada como caso de sucesso, pois o avanço das mulheres em suas gestões está trazendo uma vantagem competitiva para a rentabilidade das empresas. Mulheres de um modo geral podem ser melhores líderes que os homens, devido causar um melhor desempenho empresarial por meio de suas qualidades e ações. (GEM, 2007). 2.5 A evolução da mulher no mercado de trabalho brasileiro 29 Para historiarmos a evolução das mulheres em nosso país devemos inicialmente analisá-la na sociedade. Por séculos as mulheres foram subalternas ao pai ou ao marido. As suas aparições ao público só eram permitidas acompanhadas e geralmente para um único local a Igreja (SOUSA, 2010). A transformação deste papel iniciou-se no século XIX, quando o governo interfere e reconhece a necessidade de educação para a população feminina, segundo publicações da época. Não era um projeto que abrangia todas as mulheres, mas apenas as de classe média alta. No século XX os papéis desempenhados pelas mulheres se ampliaram nas indústrias, apesar disto as atividades da mulher ligada ao lar continuavam (SOUSA, 2010). Entre as décadas de 1930 e 1960, as manifestações feministas oscilavam mediante as mudanças desenvolvidas no cenário político nacional. Em 1934, o voto feminino fora reconhecido pelo governo de Getúlio Vargas. Já em 1937, os ideais impediram a expressão de movimentos de luta e contestação de homens e mulheres. Logo após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), as mulheres ganharam espaço para o mercado de trabalho. Quando milhares de homens tiveram de deixar seus postos de trabalho que eram ocupados apenas por homens, para enfrentarem a batalha e assim por questões de necessidade as mulheres assumem seus cargos. (TELLES, 1997 apud PEREIRA, 2005). Olhando a história da revolução industrial, a presença feminina já estava na mão de obra e no crescimento da indústria têxtil. Outro ponto forte das mulheres na história brasileira foi a participação das trabalhadoras negras, que atuavam nas casas grandes, expostas a muita discriminação, além de serem criadas, sujeitas a violência física e sexual (ÁVILA, 2001). Segundo Quiroga (2001) crianças e mulheres era a maioria na indústria têxtil, a revolução industrial que acontecia na Europa, permanecendo assim até meados do século XIX, onde começa a aparecer uma suposta idéia de que a mulher não era feita para tal serviço e sim, ficar dentro do lar cuidando da família. Quem tinha responsabilidade sobre as mulheres eram seus pais ou seus maridos, que as representavam judicialmente. Elas eram mantidas como seres incapazes de qualquer movimento para seu próprio sustento. Vistas então a profissão de magistério, que aceitava a presença feminina onde trabalhavam por meio período, e em seguida, voltavam para seus lares cuidando dos afazeres domésticos e na formação dos futuros cidadãos, os filhos. (QUIROGA, 2001). Para que as mulheres conseguissem estar no mundo dos negócios, foi uma barreira muito difícil, independentemente da classe em que elas pertencessem. Elas não eram vistas com capacidade de produzir, de ganhar salários iguais ou superiores aos homens, de ocupar 30 posições de alto nível, de obter uma profissão. A discriminação sobre a mulher era julgada pela sua “fragilidade”, sua delicadeza, sobre o aspecto de ser mãe, protetora do lar e dos filhos. (PRIORE; BASSANEZI, 2003). Após tantas barreiras enfrentadas, algumas transformações como a inserção das mulheres no mercado de trabalho, mudaram a maneira de aceitação delas para todo e qualquer tipo de trabalho. Apesar da desigualdade salarial, a educação das mulheres é superior a dos homens, onde se aponta melhores resultados (LIMA, 2001). Segundo Galvão, 2008 no século XXI, apesar da alta população brasileira ser de mulheres, o índice de desemprego delas, permanece muito alto e uns dos indicadores principais para tal resultado é por causa dos familiares. O trabalho feito pelas mulheres é de altíssima qualidade, desempenho, mas não é reconhecido. Existem setores como a administração pública, que são predominados pelas mulheres, mesmo assim a taxa é 60 % inferior a remuneração dos homens. Apesar dos grandes avanços no mercado de trabalho pela presença feminina, há muita desigualdade. É possível identificar através das pesquisas realizadas pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2004 e pelo IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica aplicada também realizada em 2004 relatam que todos os avanços no campo educacional podem favorecer a participação das mulheres no âmbito profissional, mas essas conquistas ainda não fazem presentes na sua prática econômica. Nos últimos anos, as mulheres têm sido beneficiadas por um conjunto de programas de políticas públicas que buscam promover mais e melhores condições de igualdade de gênero no trabalho. (Bruschini, Lombardi e Unbehaum, 2003). Não haveria tantas manifestações pela igualdade social, se as mulheres não fossem capazes de quebrar os paradigmas e mostrar que são trabalhadoras tão produtivas e em algumas vezes melhores que muitos homens (OLIVEIRA, 2011). A inserção da mão de obra feminina no mercado de trabalho desperta a discussão de questões que envolvem a interação entre homens e mulheres nesse ambiente, bem como a trajetória da mulher em cargos de gerencia ou como empreendedora de seus negócios. (CHINNIG CHU, 2003). Apesar do discurso de igualdade de condições e oportunidades, há evidencias de que existem desigualdades na participação masculina e feminina no mercado de trabalho, seja em relação aos níveis salariais, possibilidade de crescimento na carreira ou oportunidades de exercer determinadas funções. 31 3 MÉTODO 3.1 Tipos de Pesquisas A pesquisa é um estudo que permite acrescentar conhecimento, descobrir novos fatos, dados, leis, independentemente de qual área de atuação pretende-se seguir. Segundo o autor, é um procedimento formal, utilizado para conhecer realidades, descobrir verdades, por cima de todo um tratamento científico (MARCONI; LAKATOS, 2007, P.157; apud ANDER-EGG, 1978, P.28). A presente monografia descreve o ponto de vista de vários autores em relação a participação das mulheres no mercado de trabalho. A pesquisa é do tipo bibliográfica, e de acordo com Severino, 2007: A pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhadas por outros pesquisadores e devidamente registradas. Os textos tornam-se fontes de temas a serem pesquisados. (SEVERINO, 2007 P.122). Portanto, a pesquisa bibliográfica é um estudo elaborado por informações já publicadas, embasados em livros, artigos, editoras, internet. Este procedimento é eficaz pois, permite obter informações de produção cientifica já editados (BARROS; LEHFELD, 2006, p.70). Além disso, a pesquisa é caracterizada como qualitativa, por se tratar de um estudo que analisa o comportamento das mulheres empreendedoras. Segundo Marconi; Lakatos, 2011, p.269, A metodologia qualitativa preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano. Fornece análise mais detalhada sobre investigações, hábitos, atitudes, tendências de comportamento etc. Há três situações que apontam a relação dos indicadores qualitativos: a) aquelas que substituem uma simples informação estatística referente a épocas passadas; b) as que são usadas para captar dados psicológicos como atitudes, motivações, pressupostos etc.; 32 c) aquelas que são usadas com indicadores do funcionamento das estruturas e organizações complexas. (MARCONI; LAKATOS, 2011 apud LAZARFELD, 2001:64). Com relação aos objetivos a pesquisa é exploratória, buscando uma maior familiaridade com o tema, utilizando de levantamento bibliográfico, a partir de materiais já publicados, como livros, artigos, etc. Segundo Severino (2007): A pesquisa exploratória busca apenas levantar informações sobre um determinado objeto, delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições de manifestações desse objeto. E assim ela se torna uma preparação para a pesquisa explicativa. A pesquisa explicativa aplica-se ao tema abordado pelo trabalho devido “registrar e analisar os fenômenos estudados, busca identificar suas causas, seja através da interpretação possibilitada pelos métodos qualitativos.” (SEVERINO, 2007 P. 123). Ainda Severino (2007) acrescenta sobre as pesquisas feitas pela internet, “rede mundial dos computadores, tornou-se uma indispensável fonte de pesquisa para os diversos campos de conhecimento, devido hoje representar um extraordinário acervo de bancos de dados científicos que estão colocados à disposição de todos os interessados”. 33 4 DISCUSSÃO O interesse das mulheres pelo empreendedorismo se fundamenta no reconhecimento das dificuldades articulação das demandas profissionais, familiares e pessoais. Elas se sentem desafiadas e o desejo de conciliar as múltiplas necessidades é um ideal que perseguem de forma ativa (Jonathan, 2005). Já dados da pesquisa realizada em 2007 pelo GEM a proporção de oportunidade para o empreendedorismo indica que mulheres são motivadas pelo desejo de tirar vantagem de uma oportunidade reconhecida, em oposição a ser conduzido por inexistentes ou insatisfatórias opções alternativas de emprego. Após a realização desta pesquisa bibliográfica, referente ao empreendedorismo feminino, surgiu a necessidade de complementar o trabalho citando exemplos de mulheres empreendedoras do nosso país e mostrar a importância delas para a economia. Sendo assim, recomenda-se uma pesquisa de campo para analisar as mulheres em seus postos de trabalhos, buscando comparar o referencial teórico com a realidade encontrada no empreendedorismo feminino. 34 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 5.1 Conclusão A participação das mulheres no mercado de trabalho aponta para uma grande evolução do empreendedorismo brasileiro. Apesar de já terem passado por grandes dificuldades, discriminações e sofrerem por não acreditarem em seu potencial, hoje, nota-se que elas tomaram forças e aproveitam das oportunidades para mostrar o quanto são essenciais para o desenvolvimento do país. Sua conquista no mercado de trabalho se dá pela autoconfiança, pela tratativa em assuntos que domina e pelo seu comportamento diferenciado junto às organizações. As mulheres demonstram ser interessadas em resolver os problemas, dão atenção para ações minúsculas que podem ser o caminho para resultados positivo e acompanham o andamento das ações com cautela e dedicação. O empreendedorismo para as mulheres surgiu por uma necessidade de liberdade, para conseguir conquistar algo de melhor para sua existência, após ter demonstrado sua capacidade como grandes administradoras hoje estão empreendendo por oportunidade, e assim, preenchendo o grande nicho de mercado como empreendedoras de sucesso. A constante busca por um nível educacional cada vez melhor, é o que torna diferente o desempenhado das mulheres empreendedoras, quanto maior o conhecimento e experiência na vida profissional, maior será o seu crescimento e maior vantagem terá entre outras pessoas. Hoje, consegue-se mensurar o alto grau de comprometimento das empreendedoras com suas empresas. Sejam elas donas do seu próprio negócio ou em cargos elevados dentro de uma organização, são reconhecidas no mundo empreendedor tornando-se referências. As mulheres aprenderam lidar com a desigualdade e agora mostram que igualdade entre os gêneros é possível e deve ser conquistada. Portanto, a conquista das mulheres empreendedoras no mercado de trabalho brasileiro, dá-se pelo grande esforço que tiveram ao enfrentar a discriminação, as dificuldades familiares, a dependência financeira e a falta de incentivo à formação acadêmica e atualmente dominam grande parte dos empreendimentos de sucesso espalhados por todo o país, assim como: Maria das Graças Foster (Presidente da Petrobras 2012), Vanessa de Figueiredo Vilela Araújo (criadora da Kapeh - empresa que produz produtos de beleza a partir de extrato de café) - considerada uma das 10 melhores empreendedoras do mundo pela ONU (2010), dentre outras. 35 REFERÊNCIAS ÁVILA, M. B. O Trabalho das mulheres, ontem e hoje. 2001. Observatório da Mulher. Disponível em: <http://observatoriodamulher.org.br>. Acesso em 25 maio 2011. BARBOSA, J. D.; SANTOS, R. B. dos. Ensino de empreendedorismo: uma alternativa para a formação do administrador. Aracaju, 2008. Disponível em: <http://www.angrad.org.br>. Acesso em 30 maio 2012. 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