Geoprocessamento Análise do MNT parte 3 Problemas mais avançados Problemas adicionais • • • • • • • • Linhas de drenagem paralelas Onde inicia o rio? Upscaling Stream burning Erros na medição de distâncias D8 x D infinito Eficiência computacional Otto bacias Drenagem paralela • • • • Problema freqüente Por que ocorre Proposta de correção Fairfield, J.; Leymarie, P. Drainage networks from grid digital elevation models, Water Resources Research, 27(5), p. 709-717, 1991. Drenagem paralela • Fazendo rede de drenagem sobre Sierradem é possível verificar, com Zoom Drenagem paralela • Por que ocorre? • Áreas planas, mesmo que sejam inclinadas, não tem curvatura. • Algoritmo decide para qual célula vizinha vai a água • Como o terreno é reto (plano horizontal ou inclinado) a célula escolhida é sempre a mesma... Drenagem paralela • Algoritmo original de Jenson e Domingue: • “Se a declividade é igual para as vizinhas 1; 2 e 3 então a direção escolhida é para a célula 2.” • Isto é arbitrário! • Sempre a mesma decisão! Drenagem paralela • Proposta de correção: Introduzir componente aleatória • Fairfield, J.; Leymarie, P. Drainage networks from grid digital elevation models, Water Resources Research, 27(5), p. 709-717, 1991. Correção da drenagem paralela • Introduzindo uma componente aleatória toda a vez que há várias direções possíveis de escoamento, como proposto no artigo citado antes, o problema das drenagens paralelas é contornado. Áreas acumuladas de drenagem (tons mais escuros indicam valores maiores) mostrando: (a) problema observado na geração de direções de fluxo em regiões planas usando o algoritmo D8, com o surgimento de rios paralelos irreais; (b) minimização do problema pela introdução de um fator aleatório no processo de atribuição de direções de fluxo em regiões planas. fonte Paz (2008) – Manual MGBGIS Sugestão de trabalho • • • • • • Testar diferenças em produtos derivados: Rede de drenagem; Área da bacia; Ordem do curso d’água; Etc... Acho que o TAS tem algoritmo de Fairfield, J.; Leymarie, P. Upscaling • Os próximos slides foram retirados da apresentação do trabalho final do Adriano Rolim da Paz (2006) 4 DIREÇÕES DE FLUXO DE GRANDE ESCALA Problema: - Modelo numérico do terreno: resolução de 90 m (SRTM). - Modelagem hidrológica de grande escala: usualmente células de 5 x 5 km ou 10 x 10 km. Ex: uma célula de 10 km de lado contém 10.000 pixels de 100m x 100m. 4 DIREÇÕES DE FLUXO DE GRANDE ESCALA Solução: algoritmos de upscaling - determinação das direções de fluxo de alta resolução (resolução do MNT disponível); - Determinação das áreas de drenagem acumuladas de alta resolução; - determinação das direções de fluxo de baixa resolução (modelo hidrológico) MNT de alta resolução dir. de fluxo de alta resolução áreas dren. acum. alta resolução direções de fluxo de baixa resolução 4 DIREÇÕES DE FLUXO DE GRANDE ESCALA Diversos algoritmos de upscaling encontrados na literatura: - O’Donnell et al. (1999) - Wang et al. (2000); - Fekete et al. (2001); - Döll e Lehner (2002); - Olivera et al. (2002); - Reed (2003); - Olivera et al. (2003); - Shaw et al. (2005a, 2005b); - Paz et al. (2006). 4 DIREÇÕES DE FLUXO DE GRANDE ESCALA Desenvolvido algoritmo baseado no proposto por Reed (2003) Idéia geral: i. identificar um pixel dentro da célula por onde escoa o fluxo principal drenado pela célula; ii. seguir o escoamento a partir desse pixel; iii. atribuir o sentido do escoamento da célula para uma de suas vizinhas, conforme esse caminho traçado. Pixel exutório 5 COMPRIMENTO DOS TRECHOS DE RIO Algoritmo desenvolvido a partir do algoritmo de upscaling de direções de fluxo Princípios gerais: - extrair comprimentos e trechos de rio usando informações de alta resolução (MNT, dir. fluxo, área drenagem); - associar os trechos de rio às células de baixa resolução; - extrair os trechos principais, que representem a ligação entre cada célula e a de jusante para a qual ela drena; - ponto base é o pixel exutório em cada célula; - para uma célula parte do trecho associado pode estar localizado fora dela (a jusante do pixel exutório), e parte dentro (a montante do pixel exutório); - não duplicidade: cada trecho só é contabilizado uma única vez; - continuidade: desde a cabeceira até o exutório, todos os trechos são associados a alguma célula. 5 COMPRIMENTO DOS TRECHOS DE RIO - identificação do pixel exutório em cada célula Célula do modelo hidrológico Rede de drenagem das células Área dren. acumulada de alta resol. 5 COMPRIMENTO DOS TRECHOS DE RIO - determinação do comprimento do trecho de rio a montante do pixel exutório percorre-se o rio no sentido inverso ao fluxo, desde o pixel exutório até sair da célula (ladoz1dx; diagonalz1,41dx) Lm = 17,1km 5 COMPRIMENTO DOS TRECHOS DE RIO - determinação do comprimento do trecho de rio a jusante do pixel exutório percorre-se o rio no sentido do fluxo, desde o pixel exutório até encontrar outro trecho já contabilizado Lj = 5,5 km (ladoz1dx; diagonalz1,41dx) 5 COMPRIMENTO DOS TRECHOS DE RIO - comprimento total associado à célula é dado pela soma dos trechos de montante e de jusante correspondentes L = Lm + Lj = 22,6 km Lj = 5,5 km Lm = 17,1km 6 DECLIVIDADE DOS TRECHOS DE RIO - identificação dos pontos (pixels) de montante e de jusante do trecho de rio associado a cada célula Declividade = ∆cota/L Ponto de jusante Ponto de montante PRODUTO DERIVADO: perfil longitudinal 160 150 - entre dois pontos quaisquer na rede de drenagem, percorrese o sentido do fluxo gravando a cota e a distância. 140 130 cota (m) 7 120 110 distância (km) 100 0 20 40 60 80 100 120 140 Delimitação de sub-bacias • Manual • Automatica – Método ARCHYDRO – Método Otto Pfaffstetter – Método Idrisi Delimitação usando o método manual • Introduzir exemplo Delimitação de bacias usando ArcHydro ArcHydro – Direções de fluxo ArcHydro – Área acumulada ArcHydro – Trechos de rio ArcHydro – Junctions Delimitação de bacias ArcHydro • Onde dois rios se encontram fica definido uma junction ArcHydro – Sub-bacias ArcHydro Delimitação de sub-bacias automática: método Idrisi 73 45 2 45 120 47 75 118 ? Considerando p/ limite o valor 46 1 -1 -1 -1 Exemplo sub-bacias método Idrisi Enganando o Idrisi • É possível usar o Idrisi para gerar sub-bacias com formato parecido com o ArcGis: 1. Calcular área acumulada 2. Usar reclass com threshold para definir drenagem 3. Vetorizar drenagem (cada segmento de rio fica com identificador diferente) 4. Rasterizar o vetor anterior 5. Usar saída do passo 4 como “Seed image” na operação watershed Método OTTO • Material retirado do trabalho de Diogo Costa Buarque (2007): – EXTRAÇÃO AUTOMÁTICA DE PARÂMETROS FÍSICOS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS A PARTIR DO MNT PARA UTILIZAÇÃO EM MODELOS HIDROLÓGICOS METODOLOGIA Otto Pfafstetter (Verdin & Verdin, 1999) identificação do rio principal (a); nas confluências, o curso principal será sempre aquele que drena a maior área; a partir do exutório, selecionam-se os 4 afluentes com as maiores áreas de contribuição (b); a) b) c) d) a partir de cada um deles, deriva-se uma sub-bacia par, numeradas de 2 a 8, de jusante para montante (c); a área entre intermediária (d); dois afluentes: bacia bacias fechadas internas: rótulo 0; repete-se a divisão sempre encontrado 4 afluentes (e). que seja e) APLICAÇÃO Bacia do Rio Uruguai Área de aproximadamente 207.000 km2 A bacia é formada pelo rio Uruguai e por seus afluentes e ocupa áreas pertencentes ao Brasil, a Argentina e ao Uruguai. APLICAÇÃO Bacia do Rio Uruguai MNT da Bacia disponível na resolução de 90 m (0,000833º); MNT reamostrado na resolução de 200 m (0,002º); APLICAÇÃO Considerações Gerais o exutório da bacia foi definido logo a jusante da confluência dos rios Uruguai e Quaraí; área de cabeceira igual a 5 km2; divisão de bacias com áreas maiores que 100 km2; número mínimo de pixels para o rio principal: 2; foram testados 7 níveis de divisão. RESULTADOS Divisão das Sub-Bacias Para cada nível de divisão foram obtidos arquivos raster contendo as subbacias codificadas. Nível 1 Bacia do Uruguai Primeiro nível apresentou bacia muita pequena (sub-bacia 1) Dificuldades em controlar áreas Das sub-bacias ímpares RESULTADOS Divisão das Sub-Bacias Nível 2 Sub-bacia 7 RESULTADOS Divisão das Sub-Bacias Nível 3 Sub-bacia 71 RESULTADOS Divisão das Sub-Bacias Nível 4 Sub-bacia 713 RESULTADOS Divisão das Sub-Bacias Nível 5 Sub-bacia 7138 RESULTADOS Divisão das Sub-Bacias Nível 6 Sub-bacia 71382 RESULTADOS Divisão das Sub-Bacias Nível 7 Sub-bacia 713825 RESULTADOS Divisão das Sub-Bacias – VERIFICAÇÃO Agência Nacional de Águas - ANA Presente Trabalho RESULTADOS Divisão das Sub-Bacias – VERIFICAÇÃO Agência Nacional de Águas - ANA Presente Trabalho Stream burning • É possível melhorar a qualidade de uma rede de drenagem extraída de um MNT se o MNT for previamente condicionado. • Mais usado é o método de forçar o MNT com base numa rede de drenagem vetorial obtida de outra fonte. Stream burning • Descrição de stream-burning usado no Hydrosheds – All rivers and lakes as identified in SWBD were deepened by 10 meters in order to force the derived flow to stay within these objects. MNT-200m MNT-500m MNT-200m burned Stream burning • Uma outra forma de incluir a rede de drenagem vetorial – que não pode ser chamada stream burning – é usada no momento de interpolar, em que a rede de drenagem é informada como região mais baixa do terreno. Erros na medição de distâncias Erros na medição de distâncias D8 x outros métodos • D8 admite que o fluxo segue para uma das oito vizinhas • Ver alguns artigos: – Comparison of the performance of flow-routing algorithms used in GISbased hydrologic analysis. Hydrological Processes Outros métodos Interessante trabalho de comparação: COMPARISON OF FLOW ROUTING ALGORITHMS USED IN GEOGRAPHIC INFORMATION SYSTEMS by Christine Suet-Yan Lam Tese disponível na Internet Sugestão de trabalho da disciplina!