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UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso
FACUAL
Fundo de Apoio à Cultura do Algodão
RELATÓRIO FINAL
Projeto:
“Controle químico de Myrothecium roridum Tode
ex Fr em cultivares de algodão”
LUIZ GONZAGA CHITARRA
COORDENADOR DO PROJETO
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Várzea Grande, 08 junho de 2005
CONTROLE QUÍMICO DE Myrothecium roridum Tode ex FR EM CULTIVARES
DE
ALGODOEIRO*.
Luiz
Gonzaga
Chitarra,
Embrapa
Algodão,
e-mail:
[email protected]; Leimi Kobayasti, Universidade Federal do Mato Grosso
(UFMT); Silvana Aparecida Meira, Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT);
Cristiane Aparecida de Paula, Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT); Renan Krug,
Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
A mancha de mirotécio, causada por Myrothecium roridum Tode ex FR (M. roridum), foi
observada na safra 2003/2004 nos Estados do Mato Grosso, Maranhão, Goiás e Bahia. Esta
doença tornou-se alvo de preocupação de produtores e técnicos devido a sua agressividade,
rápida disseminação e a falta de informações técnicas sobre seu controle em plantas de
algodoeiro. A mancha de mirotécio foi estudada em condições de casa de vegetação com o
objetivo de avaliar a eficiência de diversos fungicidas no seu controle, em cultivares
comerciais plantados no Estado do Mato Grosso. O delineamento experimental utilizado foi
de blocos ao acaso, no esquema fatorial 2x10x2 (solo inoculado e não inoculado com M.
roridum) x (10 tratamentos – 9 fungicidas e 1 testemunha) x (sem e com inoculação com
injúria foliar), com 4 repetições por tratamento. As inoculações foram realizadas com
suspensões contendo 2,5 x 106 esporos/ml. Foram utilizadas sementes de algodão dos
cultivares Fibermax 966, Coodetec 406, Acala 90 e BRS Cedro. Foram utilizados os
seguintes
tratamentos:
Tebuconazole
(1,0L/200L);
Carbendazim
(1,0L/200L);
Tetraconazole (0,7L/200L); Trifloxistrobina + Propiconazole (0,7L/200L); Flutriafol
(0,7L/200L); Procloraz (0,7L/200L); Trifloxistrobina + Ciproconazole (0,6L/200L);
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Tiofanato Metílico + Flutriafol (1,0L/200L); Clorotalonil + Tiofanato Metílico (2,0L/200L)
e a Testemunha (água). As avaliações foram realizadas utilizando-se escala de notas
variando de 1 (folhas sem sintomas) a 5 (folhas apresentando acima de 50% da área foliar
com sintomas). Foram realizadas três pulverizações em intervalos de 14 dias. Os melhores
controles foram obtidos com os tratamentos Carbendazim, Trifloxistrobina + Propiconazole
e Trifloxistrobina + Ciproconazole. Dentre os cultivares testados, o BRS Cedro mostrou-se
mais suscetível à doença em casa de vegetação.
Palavras-chave: Fungicidas, doenças, Gossypium hirsutum L.
•
Este trabalho teve o suporte financeiro do Fundo de Apoio a Cultura do Algodão
(FACUAL – MT).
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QUIMICAL CONTROL OF Myrothecium roridum Tode ex FR IN COTTON
CULTIVARS*.
Luiz
Gonzaga
Chitarra,
Embrapa
Algodão,
e-mail:
[email protected]; Leimi Kobayasti, Universidade Federal do Mato Grosso
(UFMT); Silvana Aparecida Meira, Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT);
Cristiane Aparecida de Paula. Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT); Renan Krug,
Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
The myrothecium leaf spot, caused by Myrothecium roridum Tode ex FR (M. roridum),
was observed in the States of Mato Grosso, Maranhão, Goiás and Bahia, crop 2003/2004.
This disease became very important to producers and technicians due to its rapid
dissemination and lack of control information in cotton plants. The aim of this work was to
evaluate the efficiency of different fungicides to control myrothecium leaf spot in
commercial cotton cultivars under greenhouse conditions. The experimental design was
completely randomized in a 2x10x2 (inoculated and non-inoculated soil with M. roridum) x
(10 treatments – 9 fungicides and 1 control) x (non-inoculated and inoculated with leaf
damaged) factorial arrangement with four replicates. The cultivars used were Fibermax
966, Coodetec 406, Acala 90 and BRS Cedro. The treatments were Tebuconazol
(1,0L/200L); Carbendazim (1,0L/200L); Tetraconazol (0,7L/200L); Trifloxystrobin +
Propiconazol (0,7L/200L); Flutriafol (0,7L/200L); Procloraz (0,7L/200L); Trifloxystrobin
+ Ciproconazol (0,6L/200L); Thiophanate methyl + Flutriafol (1,0L/200L); Chlorothalonil
+ Thiophanate methyl (2,0L/200L) and Control (water). The applications of fungicides
were performed at 14 days intervals. The evaluations of severity of the disease were
performed by means of score scale ranging from 1 (no symptoms) to 5 (more than 50% of
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leaf surface with symptoms). The best treatments were Carbendazim, Trifloxystrobin +
Propiconazol and Trifloxystrobin + Ciproconazol. The cultivar BRS Cedro showed to be
more susceptible to the disease than the others cultivars in greenhouse conditions.
Key-words: Fungicides, diseases, Gossypium hirstum L.
•
We thank Fundo de Apoio a Cultura do Algodão (FACUAL – MT) for providing
financial support to this study.
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REVISÃO DE LITERATURA
Dentre as doenças que atacam o algodoeiro à mancha de mirotécio, causada pelo
fungo Myrothecium roridum Tode ex Fr., foi observada na safra 2003/2004 nos Estados de
Mato Grosso, (Chitarra & Meyer, 2004), Bahia, Goiás e Maranhão (Meyer et al., 2004)
causando perdas de aproximadamente 50%, em algumas áreas de produção de algodão. No
Brasil esta doença já foi relatada em diversas culturas, entre as quais podem ser citadas as
culturas da soja (Almeida et al., 1980), do tomate (Pessoa & Correia, 1997) e do melão
(Correia & Pessoa, 1998).
M. roridum é um fungo natural de solo, saprófita, oportunista, que sobrevive em
restos culturais e pode ser transmitido via sementes. Em condições favoráveis, com
temperaturas entre 25 e 30ºC e elevada umidade relativa (Chase & Poole, 1984), o fungo é
capaz de penetrar nos tecidos de plantas danificadas ou estressadas causando desfolha,
apodrecimento de maçãs e, conseqüentemente, perdas de produção.
Os primeiros sintomas de infecção da mancha de mirotécio aparecem nas folhas,
seguida pelas brácteas, maçãs, pecíolos e caules. Os sintomas são caracterizados por
manchas circulares, formando anéis concêntricos, circundadas por uma coloração vinho a
avermelhada, apresentando o centro com uma coloração marrom. A estrutura reprodutiva
do fungo, chamada esporodóquio, de coloração negra, é circundada por hifas de coloração
branca, de formato irregular, e pode ser encontrada tanto na face superior como inferior das
lesões nas folhas e nas brácteas. Nas maçãs, pecíolos e caules as lesões são geralmente de
forma irregular e coloração escura, circundadas por uma coloração vinho a avermelhada,
apresentando no seu interior os esporodóquios (Chitarra & Meyer, 2004).
Os sintomas da mancha de mirotécio podem ser facilmente confundidos com os
sintomas da mancha de Alternaria ssp., devido à formação de anéis concêntricos. Porém, a
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evolução da mancha de alternaria é mais lenta e não há formação de esporodóquios
(Chitarra & Meyer, 2004).
Devido à ocorrência da mancha de mirotécio em diversas regiões do Brasil, esta
doença tornou-se alvo de preocupação dos produtores, por sua agressividade, rápida
disseminação e a falta de informações técnicas de controle em plantas de algodoeiro.
Portanto, os objetivos deste trabalho foram avaliar a eficiência de diversos fungicidas no
controle deste patógeno em variedades comerciais de algodoeiro em condições de casa de
vegetação.
MATERIAL E MÉTODOS
Os ensaios foram instalados no Laboratório de Fitopatologia e casa de vegetação
climatizada da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade Federal
do Mato Grosso, em Cuiabá – MT.
Obtenção, isolamento e cultivo de Myrothecium roridum
Myrothecium roridum foi obtido de folhas de algodoeiro infectadas proveniente de
lavouras do Estado de Mato Grosso. O isolamento do fungo foi feito diretamente de folhas
infectadas, transferindo os esporodóquios do fungo para placas de Petri de 9 cm de
diâmetro, contendo o meio de cultura BDA (batata – dextrose - ágar). Os esporodóquios
foram incubados por 15 dias à temperatura de 28 (± 2)°C em regime alternado de 12h luz /
12h escuro.
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Instalação e condução do ensaio em condições de casa de vegetação
Foram utilizadas sementes de algodoeiro das variedades Fibermax 966, Coodetec
407, Acala 90 e BRS Cedro, consideradas livres de patógenos fúngicos, de acordo com
análise de sanidade de sementes. As sementes de algodoeiro foram semeadas em vasos
contento solo:esterco de galinha, na proporção de 2:1, em substrato inoculado ou nãoinoculado com M. roridum. Após a germinação, foram mantidas 2 plantas por vaso.
Inoculação do substrato com Myrothecium roridum
Para inoculação foi utilizada cultura pura de M. roridum na concentração de 2,5 x
106 esporos e vertida 10 ml dessa suspensão, no solo, antes da semeadura do algodoeiro.
Inoculação das plântulas de algodão com Myrothecium roridum
A inoculação foliar das plantas de algodoeiro foi feita 45 dias após a germinação,
com uma suspensão contendo 2,5 x 106 esporos de M. roridum, fazendo-se esfregaço nas
folhas com auxílio de areia esterilizada, seguida da aplicação da suspensão de esporos
fúngicos com pulverizador manual. Os danos foliares foram feitos em 2 folhas de cada
planta.
Os vasos foram mantidos em casa de vegetação com sistema de irrigação
automática, temperatura regulada a 28ºC e umidade relativa a 85%, proporcionando as
condições similares da época da safra normal.
Avaliações
Com o aparecimento dos primeiros sintomas, 15 dias após a inoculação foliar,
iniciaram-se as avaliações e as aplicações (tratamentos) com os fungicidas:
9
As avaliações foram realizadas antes dos tratamentos com os fungicidas de acordo
[L1] Comentário: seria
interessante colocar a rferência do
autor da escala de notas
com a escala de notas abaixo:
Nota 1: Plantas sem sintomas
Nota 2: Infecção leve - plantas apresentando lesões em ate 5% da área foliar
Nota 3: Infecção moderada – plantas apresentando lesões entre 5 a 25% da área
foliar
Nota 4: Infecção severa – plantas apresentando lesões entre 25 a 50% da área
foliar
Nota 5: Infecção muito severa – plantas apresentando lesões acima de 50% da
área foliar
Os tratamentos com os fungicidas foram realizados após o aparecimento dos
primeiros sintomas da doença (15 dias após a inoculação foliar), repetidos aos 15 e 30 dias
após a primeira aplicação com fungicidas.
O quadro abaixo mostra os fungicidas e as respectivas doses (l ou g/ha) que foram
utilizados nos ensaios.
Quadro 1. Tratamentos, grupos químicos dos fungicidas e respectivas doses (l ou g/ha)
utilizados nos ensaios para o controle de Myrothecium roridum em casa de vegetação.
Tratamento
1)Tebuconazole
Grupo Químico
Triazol
Dosagens
1,0L/200L
2)Carbendazim
Benzimidazol
1,0L/200L
3)Tretaconazole
Triazol
0,7L/200L
4)Trifloxistrobina + Propiconazole
Estrobilurina + Triazol
0,6L/200L
5)Procloraz
Imizadol
1,0L/200L
10
6)Flutriafol
Triazol
0,7L/200L
7)Trifloxistrobina + Ciproconazole
Estrobilurina + Triazol
0,6L/200L
8)Tiofanato metilico + Clorotalonil
Benzimidazol + Ftalonitrila
2,0L/200L
9)Tiofanato metilico + Flutriafol
Benzimidazol + Triazol
1,0L/200L
10)Testemunha
Água
O delineamento experimental utilizado nos ensaios em casa de vegetação foi em
blocos ao acaso, em esquema fatorial 2X10X2 (solo inoculado com M. roridum e sem
inoculação x 10 tratamentos – 9 com fungicidas e 1 testemunha x inoculação com e sem
injúria foliar), com 4 repetições por tratamento.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados apresentados na Tabela 1 mostram diferenças estatísticas
significativas entre os tratamentos. Os tratamentos que se destacaram foram o
Carbendazim,
Trifloxistrobina
+
Propiconazole
seguido
de
Trifloxistrobina
+
Ciproconazole, porém, nenhum tratamento diferenciou estatisticamente da testemunha.
Tabela 1. Teste de comparação de médias de Tukey para sementes de algodoeiro
(Gossypium hirsutum L.), semeadas em solo inoculado e não-inoculado com M. roridum,
com e sem inoculação foliar, tratadas e não-tratadas com fungicidas.
Tratamentos
Grupo Químico
1)Tebuconazole
Triazol
Notas
Médias
1,8711
abc
2)Carbendazim
Benzimidazol
1,8125
a
3)Tetraconazole
Triazol
1,8926
abcd
11
4)Trifloxistrobina + Propiconazole
Estrobilurina + Triazol
1,7969
a
5)Procloraz
Imizadol
1,9219
bcd
6)Flutriafol
Triazol
1,9180
bcd
7)Trifloxistrobina + Ciproconazole
Estrobilurina + Triazol
1,8359
ab
8)Tiofanato metílico + Clorotalonil
Benzimidazol + Ftalonitrila
1.8535
abc
9)Tiofanato metílico + Flutriafol
Benzimidazol + Triazol
1,9336
cd
10)Testemunha
Água
1,8398
abc
Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si, segundo Teste de
Tukey (6%).
Myrothecium roridum é um fungo habitante natural do solo, saprófita, que se
desenvolve rapidamente em plantas estressadas e/ou danificadas, em condições favoráveis.
Este experimento foi conduzido em condições de casa de vegetação com temperatura e
umidade controladas, com molhamento foliar contínuo, condições propícias ao
desenvolvimento do fungo. Nestas condições, o fungo foi capaz de se desenvolver,
causando sintomas nas plantas de algodoeiro, incluindo as plantas testemunhas, porém, não
houve o progresso acentuado da doença. Este fungo, por ser saprófita, o seu
desenvolvimento e a sua capacidade de se instalar nas plantas, provavelmente, podem estar
diretamente relacionados com as condições sanitárias das plantas, por exemplo, plantas
apresentando danos mecânicos e/ou alta incidência de doenças. Estas condições e fatores,
provavelmente, são essenciais para que o fungo se instale, dissemine rapidamente e com
agressividade, causando, conseqüentemente, danos econômicos ao algodoeiro. Estas
condições foram observadas em lavouras de algodoeiro no Estado do Maranhão na safra
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2003/2004, causando danos econômicos na ordem de 50%. Estes fatores, portanto, não
foram observadas nos ensaios na casa de vegetação.
Observou-se também que houve uma incidência menor do fungo nos cultivares
Coodetec 406 e a Acala 90 enquanto a BRS Cedro apresentou uma maior incidência. O
cultivar Fibermax 966 não diferiu estatisticamente dos cultivares testados.
Tabela 2. Teste de Tukey para comparação de médias em sementes dos diferentes
cultivares de algodoeiro (Gossypium hirsutum L.), semeadas em solo inoculado e nãoinoculado com M. roridum, com e sem inoculação foliar, tratadas e não-tratadas com
fungicidas.
Cultivares
Acala 90
Notas Médias
1,8422 a
BRS Cedro
1,9242
b
Coodetec 406
1,8148
a
Fibermax 966
1,8891
ab
Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si, segundo teste de
Tukey (5%)
Experimentos posteriores serão conduzidos para se obter melhores informações
sobre o controle químico da mancha de mirotécio em condições de campo.
ANÁLISE ECONÔMICA
A cotonicultura brasileira vem apresentando grandes avanços tecnológicos nas áreas
de fitomelhoramento genético e de plantas transgênicas. A importância de se obter
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cultivares com resistência múltipla as doenças é de fundamental importância para a
sustentabilidade da cotonicultura no cerrado brasileiro.
Dentro de qualquer processo produtivo, um dos pontos mais importantes que o
produtor considera é o aspecto financeiro. De maneira geral, é lógico e compreensível que
o produtor pense dessa maneira, pois a sua atividade fim visa lucro. Partindo desse ponto de
vista, torna-se fundamental que o agricultor saiba quanto ele vai gastar pela adoção de uma
determinada prática agrícola na sua propriedade.
Dentre as medidas de controle que devem ser adotadas para prevenir a mancha de
mirotécio, podem ser citadas: a rotação de cultura, a destruição de soqueira e plantas
daninhas, o tratamento químico das sementes, a adoção de população adequada de plantas
por hectare e o uso adequado do regulador de crescimento. Deve-se também preservar o
estado fitossanitário das plantas, evitando danos mecânicos provocados por implementos
agrícolas ou queimas provocadas por adubações de cobertura e pulverizações. Estes danos
são considerados portas de entrada, pois o patógeno é capaz de penetrar, instalar e
desenvolver nestes locais quando as condições climáticas forem favoráveis. Essas são as
principais recomendações para dificultar a instalação do patógeno na lavoura em condições
favoráveis. Caso estas medidas não sejam adotadas e o patógeno se instale na lavoura, o
controle químico e uma tática que deverá ser feito se o nível de incidência da mancha de
mirotécio for elevado (acima da nota 2,0 de acordo com a escala de notas) e baseado no
estado fitossanitário das plantas. Isto, portanto, acarretará em um maior custo de produção.
Se a incidência do patógeno for baixa, os fungicidas a serem utilizados no controle da
ramulose e da mancha de ramularia serão eficientes também no seu controle.
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CONCLUSÕES
Nas condições em que este ensaio foi conduzido:
•
Os tratamentos Carbendazim, Trifloxistrobina + Triazol seguido de Trifloxistrobina
+ Ciproconazole, foram os que apresentaram melhores controles da doença; apesar de não
diferirem estatisticamente da testemunha,
•
O fungo M. roridum apresentou sintomas em todos os cultivares do algodoeiro,
porém, com menor incidência nos cultivares Coodetec 406 e Acala 90.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Almeida, A.M.R.; Kaster, M.; Albuquerque, F.C. Ocorrência de Myrothecium roridum
Tode ex FR. em soja (Glycine max L. Merrill) no Estado do Piauí. Fitopatologia
Brasileira. Brasília, v.5, p.129-133,1980.
Chase, A.R.; Poole, R.T. Development of Myrothecium feaf spot of Diffenbachia maculata
perfection at various temperatures. Plant Disease, v.68, p.488-490, 1984.
Chitarra, L.G.; Meyer, M.C. Novo e sem controle. Cultivar – grandes culturas, n.62, p.1618, 2004.
Correia, J.L.A.; Pessoa, M.N.G. Ocorrência de Myrothecium roridum Tode ex FR. em
melão (Cucumis melo) no Estado do Ceará. Fitopatologia Brasileira. Brasília, v. 23,
p.235, 1998.
Meyer, M.C.; Silva, J.C.; Maia, G.L.; Bueno, C.J.; Souza, N.L. Ocorrência de Myrothecium
roridum Tode ex Fr. em algodoeiro. Fitopatologia Brasileira. Brasília, v.29, p.117,
2004.
15
Pessoa, M.N.G.; Correia, J.L.A. Ocorrência de Myrothecium roridum em tomate
(Lycopersicum esculentum Mill) no Estado do Ceará. Fitopatologia Brasileira. Brasília,
v.22, p.296, 1997.
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processo 04 2004 controle - FACUAL