~ .,.""'."'" '~.," ~" ~ ~,,~ ~ "i 0021-7557/02/78-Supl.2/S205 Jornal de Pediatria Copyright(Ç)2002by Sociedade BrasileiradePediatria ARTIGO DE REVISÃO Diagnóstico e terapêutica da tuberculose infantiluma visão atualizada de um antigo problema Diagnosis and treatment of tuberculosis in children -an updated review of an old problem Clemax Couto Sant' Annal, Leonardo Véjar Mourgues2, Fernando Ferrero3, Ana Maria Balanzat3 Resumo Objetivo: atuberculosecontinuasendoumadasdoençascrônicasmaisimportantesdahistóriada humanidade, sobretudonasáreas mais carentesdo mundo. Os paísesem desenvolvimentoainda enfrentamgrandesproblemascom esta endemia,a despeitodos programas decontrolequesedesenvolvem nessas regiões.O presente trabalhode revisão visa a atualizar os temasdiagnósticoe o tratamentoda tuberculoseemtrêspaísesdo ConeSul, aquiestudados: Brasil,Chile e Argentina. Fonte de dados: referênciasincluídasnos bancosde dados Medlinee Lilacs,normase consensos oficiais dostrêspaíses. Síntesedosdados: existemnormasnacionaisnostrêspaísesdo Cone Sul, que são seguidastradicionalmente,e se baseiamem documentosda OrganizaçãoMundial da Saúdee em consensos internacionais.Essanormalizaçãoé semelhanteentre os países, permiteaunificaçãode linguagemefavoreceasmedidasdecontrole. Do pontode vistado Brasil, sãoapresentadas asnovasnormasde tuberculosedo Ministério da Saúde,aindainéditas. Conclusões:hádiferençasregionais,comoé o casoderegimes terapêuticoscomtrês e quatrodrogas,emconseqüência de adaptaçõesfeitasem cadapaís,possivelmentepara atenderàsdiferenças epidemiológicas entreeles. Abstract Objective: Tuberculosisis still one of the mostseverechronic diseases,especiallyin the world's poorestregions.Developing countriesstill haveto faceseriousproblemsrelatedto this endemic disease,inspiteofthecontrolprogramstheyhaveimplemented. The presentstudy aims at updating the diagnosisand treatmentof tuberculosisin three SouthAmericancountries:Brazil, Chile and Argentina. Sources:MedlineandLilacs databases, official guidelinesand consensuses of the threecountriesinvolved. Summary of the findings: Brazil, Chile and Argentinahave guidelinesbasedontheWorld HealthOrganizationdocumentsand oninternationalconsensuses. Thestandardizationissimilarbetween thesecountries,allowing the unificationof languageand favoring controlmeasures. Within the Braziliancontext,the newguidelines onthe treatmentoftuberculosissetoutby theMinistry ofHealthare presented. Conclusions:Sinceeachcountryhadto makeadaptationsin an attemptto solvethe epidemiologicaldifferencesbetweenthem,the treatmentsagainsttuberculosisstill presentsome discrepancies, suchasthe useof threeor four drugsin somecases. J Pediatr (Rio J) 2002; 78 (Supl.2):S205-S214:tuberculosediagnóstico,tuberculose-tratamento, criança. J Pediatr (Rio J) 2002; 78 (Supl.2):S205-S214:tuberculosis, diagnosis,treatment,children. Introdução O Brasil é um dos quatro países com maior número absoluto de casos de tuberculose (TB) no mundo. O total de casos em 2001, segundo o Sistema Único de Saúde (SUS) é de 103.029 casos. 1. Membrodo Departamento Científicode Pneumologia da Sociedade Brasileira dePediatria. 2: Pneumologista pediátrico. Subprograma TBCInfantil.Hospital Dr.Sótero deiRío.Puente Alto.Chile. 3. Membros do Comitêde Pneumonologia da Sociedade Argentinade Pediatria. A incidência da doença é de 60,68/100.000 habitantes, cujas taxas (/100.000 hab.) por faixa etária são as seguintes: menores de 5 anos, 11,26; de 5 a 9 anos, 5,77; e de 10 a 19 anos, 25,78. Para efeito de comparação, os coeficientes de incidência de TB de vários países desenvolvidos e em desenvolvimento, no período de 1985 a 1996, podem ser . VISt OSna Tabe Ia 1. Os dados epidemiol6gicos sobre TB infantil são escas1C. d d d . B SOSno raSl. nanças com menos e 01Sanos e 1dade têm o dobro das taxas de adoecimento de crianças maiores. S205 . . ' 8206 Jornal Tabela 1. de Pediatria Incidência -Vol, 78, Supl,2, de tuberculose 2002 no mundo Diagnóstico (coeficiente por e terapêutica Métodos 100,000) Tuberculose -países selecionados* para infantil", complementares O lavado no mundo Países da tuberculose (LG) é um importante bacteriológico 276,3 521,6 348,5 398,8 (LJ), 15 72 9' 2 6 216,9 209,6 216,0 178,6 75 3 , 342 1298 74 '8 ,99,4 57 8 1377' Rússia 78 4, , 45 2 ra4,5, varia de 20 a 52%; dentre outras causas, pela falta de dr ' d ' d Ab 5 ' pa olllzaçao o meto o, adco et aI, aval1aram 20 dTB ' á ' c , d ' ót ' ' nanças com lagn s lCO presuntivo e pnm napul- Brasil 64:6 57,St 58:6 54:7 monar, Argentina 52,7 37,8 38,8 38,0 bronco-alveol,ar Chile 55,0 46,8 29,5 28,0 ser um procedImento mvaSlVO, Colômbia 40,8 38,5 28,2 26,6 to do M, ocorreu Japão 48,5 41,9 34,4 33,6 LG, isolamento Í d~ca o I u n Ia Vietnã 75 O em de M, 25,8 18,5 15,0 14,4 Venezuela 28,1 28,0 25,4 25,0 para 9,3 10,3 8,7 7,9 Os métodos 6,7 5,2 14,6 14,3 à técnica Unidos Cuba .Os dados apresentados 10% de Loewstein registros Nesse Jensen ao lavado sena trabalho, dos de da literatu- superi~r desvantagem em 50% em da TB cadeia da em crianças, realização liberação o fato de o isolamen- casos através DNA, polimerase vem da PCR do ao uso de nos A taxa do do LBA. reação para criança, do LG c~Ja através amplificação, LG, positiv~dade o diagnóstico de na método no (LB~), A técnica são oficiais da OMS e do Brasil, do MS, porém, pelo tubercu/osis Alemanha Estados cultura tubercu/osis encontrando e em secreções à 1996 S obter devido 1995 ~:I~m~ se infantil, 1990 , de procedimento da TB 1985 ., difilculdade CC et a/ii de diagnóstico gástrico o diagnóstico -Sant'Anna diferem ao estudada, entre número da amplificação (PCR), sendo si quanto de em rede, ciclos de à reamplifi- háque se considerara possibilidade de subnotificação em vário spaíses. t Dados de 1991. Fonte: Brasil, MS. Plano Nacional de Controle da Tuberculose 1999. , cação e aos métodos de detecçã06, Na população adulta, b 'fi 'd d ' O serva-se especl lCl a e vanando de 60 a 100%, Delacourt et al,7 processaram 199 espécimes, de 68 crianças Os casos elemento com de TB da incidência em menores total, predomínio havendo, da forma mortalidade Janeiro; de por 15 anos assim pulmonar. como Na nos década atingiu níveis considerando todas as idades, nacional (3,59/100,000 da média TB representam 15% adultos, de 90, elevados no em 1996; suspeita um do método a taxa de de, quando Rio de Neste era o triplo de hab,)!, clínica de de inserção de 1?0%, havIa est~do, L!, fOI posItiva do utilizando para DNA amostra M. das PCR do especificidade da sensibilida- da mesma tuber,cu/osis, 42% pela uma aumento de uma em o fragmento obtendo ~ observando maIS a, ~ultura ampl1ficação TB, IS6110, criança, pelo cnanças método com foi positiva em TB, e a 83,3% dos casos, Diagnóstico Gómez-Pastrana A literatura belecer reconhece o diagnóstico de, na maioria mente de bacilos. cos, em lado, em de se esta- Ainda com impossibilida- pequeno TB com na em crianças é um a idade maior o que se conjunto -história epidemiológi~a de contato com adulto tubercu- de IS6110 b:Ol : d 2,5 11 A sempre tentada capazes de o exame atraves do relação através do lavado pode ser feito só deve requer jejum em tubercu/osis exame a partir gástrico pois manhã, (em Mycobacterium , expectorar, nas menores, .lavado tuberculínico do de dos gástrico, nível de ser realizado e pouca escarro cinco deve nas ou seis No em pacientes mobilidade ser C 't" rI erlOs crianças anos primeiro ambulatório, e 37,8% e e LBA, ocorreu A em pacien- na radiografi( torá- tuberculostáticas, com negativa fragmento para idades M, entre tubercu/o- do elemento de inser- em amostras de LG, e obtiveram sensibilidade sdmit dh ept c aRl,! (O a~~!im:am 6~ cri~ças, obtendo a e o sequencla de de mserçao IS6l10) de 80%, à vaci- BCG), do PCR Os tubercu/osis LG 22 crianças cultura e especificidade do teste pesquisa com clínicos, M, a cultura de crianças respectivamente, de drogas et al..9 estudaram em critérios empregados sobre Já em uso Kda, para parenquimatoso e dez anos, sensl nação foram do PCR e naqueles -40%, -mterpretaçao dos, vantagem Pierre ção utilizando foram, estudo, sensibilidade 65 da cultura (BAAR) sis, empregando radiol~gicos' loso' , clca, de clínica' " em, a~i~idade, Nesse encontraram o antígeno de senslbll1dade quatro -achados com t~s sem envolvi~ento indiretos2,3: -história doença 13,~%, expectoração prática, et al.s a PCR, da baciloscopia clíni- após de se obter para valores número de espécimes hoje, 56,8% bacteriologica- só é conseguida natural diagnosticar pela cursa geral menores, para na infância a obtenção dificuldade crianças dados outro dificuldade de se comprovar em geral, o escarro, pela dispõe casos, que, Por como escolar, da TB dos a doença, a grande t' lagnos porém intemapela o d lCOS , ou c~so, ao acordar d" emprega ' os na Argentina , A smopse descnta Criter~os de Diagnóstico Inja,ntú, preparad.o Socl~dad~ ~rgentina na Tabela 2 faz parte y Trat~~iento pelo C~m~te de ~edlatna, do documento de /a Tubercu/osis de Pneumonologia e se baseia no e/ Diagnostico y Tratamlento de /a Tubercu/osis tos, pelo Nacional elaborado Instituto de da Guía para en Adu/- Epidemiologia Diagnóstico e terapêutica Emilio Coni, da Recreio, tuberculose infantil... Argentina -Sant'Anna (ANLIS "Dr. C. CC Mal- et alii Jornal Diagnóstico brán"). 2 -Critérios diagnósticos de tuberculose na infância -em Argentina infância, pessoa de TB, suspeitar de criança contato com sintomas -Pacientes com quadro ção bacilar nuição de (perda apetite, -Pacientes com tratamentos -Eritema quadro pacientes -PPD com síndrome noturna, e/ou há M. direta síndrome febril astenia) de impregna- prolongada, de de dimi- sem sugestiva resposta a de tuberculose razões pelo HIV baseIa-se na fonte tuberculosos De certeza: suspeIta, de lavado dos -Anatomia De do suspeita (difícil líquido espécimes de em pleural, contato com pediatria) aspirado brônqui- para lavado pleural gástrico e urina e de outros presunção: de quimatoso, broncógena, com TB. tórax anormal (adenomegalias, cavernas, hematogênica ou foco padrão de paren- disseminação pois de se a vem dar germes comuns. contato um caso por duas de ou infec- sistema, de melhora Neste com é comunicante, TB pode tórax, que estar com caso, tuberculoso pode deve-se e realizar ser o princi- ra d .logra a grande reator, doente Os sao e de ser fi Ia valia, d e e o teste evidenciando que a estáinfectadal7. elevado de infectar-se adulto bacilífero bacilos), fica evidente o no viagem alto que a TB seja que vezes países Brasil, com e contato com HIV, reatora do que a contato pelo tomar maior no como e infectados se de Nos é endêmica TB, de 35 baixa elimina controle infância. tais que que do na risco, a TB para probabilidade tuberculínico TB é mais de onde risco indivíduo importante da fatores a locais de papel de tenha do (tuberculoso diagnóstico a prevalência que adultos de serpesquisada, despercebida. anormal pode contato deve t 19açao .-- mves que risco que ou passando nessa com com quadro apresentando se assintomática, exames TB, com aparelho Mesmo paIs ., criança miliar) pode criança outro convive em trata-se TB a criança comunicantes atelectasias, cultura (pesquisa tuberculínico; Pelo tecidos) clínico". por baciloscopias de não de tuberculínico, tuberculínica -Radiografia um seja positivas, de que história criança anteriores, (biopsia ou forte hlstAón~ confirmar, LCR patológica -Viragem de Importílncla bacilo escarro, bronco-alveolar, -Cultura: a maior di~ícil confirmada por duas uma ou lenta, -quando ~ se.nd~ de identificação identifica antibióticos tuberculose o. diagnóstico o elemento -Baciloscopia: co, de casos, por a suspelçao evolução ou infectados a suspeita dos foi . escarro respiratória, buscar ~aioria é considerado TB ..- se ção adolescentes) de TB, principais: -quando flictenular imunodeprimidos confirmar a é de TBI6. .A mfancla, teste -Na duração"; qual bactenológlca, ou BAAR) definitivo + Como sugestivos diagnosticada comprovaçao tuberculosis, Na persistente radiografia conjuntivite (em -Em inespecíficos respiratório prévios -Hemoptisis gerais para compatível de peso, sudorese nodoso, foi sinais da Suspeito -., de focobacilífero -Pacientes longa S207 o diagnóstico definições. no ou tuberculose Quando -Toda de 2002 contatos estabelecer ou paciente bacteriologicamente, Quando se de sintomas tosse "um 78,Supl.2, algumas com com de -Vol. controle cabem particular caso do à dificuldade na "qualquer Tabela Pediatria através Frente TB de faz ao outra teste sem tais condiçõesl8. Sistema de pontuação para o diagnóstico empregado no Brasil O lose foi sistema baseado rall-14, em o senso vos de para patológicos doença, tuberculoso auxiliar de complexidade, TB na infância. para de definição atribuindo descrito tuberculose diagnóstico especialmente está sugesti- no ou era esquema em o ambulatorial. histo- do serviços de um vacinadas 15,9 por adulto por obje- de baixa VIve, dos em médIa, A atenção sistema ta aos estatal doentes. TB 2,4 está e municipal Há 22 15 é cada ano 97% 1331). A da A que tendência delas A taxa a declínio, do Chile forma bacilíferos. popu- habitantes, do 2000. com- Sua anos. Coppenhagen mostra ano Chile Chile. 1.500.000 e mais sã~ com à saúde em adultos 86,2% do do crianças, no em q~ais Santiago de área contatos chilena menores (cepa na 100.000 A %, BCG TB crianças pobres é estimada são 20.000 de capital mais 2002 com incidência 9?,1 da terço de 100.00019. quadro com tem ano proteger -experiência comunidades cerca de Como tuberculose sul-oriental as quais são de probabilidade aspectos contato TB nas Ministério contatos. com zona lação dos contido do de a nutricional, de A preende padrão-ouro de adultos literatu- bacteriológicos O estudo de a variáveis como diagnóstico tuberculínico. O Brasil, nascem da pontuação estado e teste na existe aqui dados do não tubercuno descritos consagraram que controle Independe de elaborado pontos vez pontuação de o já e a prática de clínico-radiológico, tivo sistemas uma normas Saúdel5. 3), arbitrariamente, comum sistema o diagnóstico (Tabela outros o diagnóstico O para infância tuberculose, recentes .da pontuação na atribuindo-se, que da de pulmonar é de e 201 pulmonar Cada em doente con- cnanças20,21. a cargo, de consultórios saúde, na maioria que de dá atenção dos casos, atenção primária do gratuide 8206 Jornalde Pediatria-Vol. 78, Supl.2,2002 Diagnósticoe terapêuticada tuberculoseinfantil... -Sant'Anna CC et alii Tabela 1- Incidênciadetuberculosenomundo(coeficientepor 100.000) Métodos complementares de diagnóstico O lavado gástrico (LG) é um importante procedimento Tuberculoseno mundo -países selecionados. Países 1985 1990 1995 1996 para o diagnóstico bacteriológico da TB infantil, devido à difilculdade de cultura se obterpelo secreções A taxa de isolamento em métodona decriança. Loewstein Jensen Filipinas Africa do Sul Índia Vietnã Rússia Brasil Argentina Chile Colômbia Japão 276,3 179,6 152,2 78,4 45,2 64,6 52,7 55,0 40,8 48,5 521,6 216,9 178,6 75,3 34,2 57,8t 37,8 46,8 38,5 41,9 348,5 209,6 129,8 74,8 57,8 58,6 38,8 29,5 28,2 34,4 398,8 216,0 137,7 99,4 75,0 54,7 38,0 28,0 26,6 33,6 (LJ), de M. tuberculosis no LG, nos registros da literatura4.5,varia de 20 a 52%; dentre outras causas,pela falta de padronização do método. Abadco et al.5 avaliaram 20 crianças com diagnóstico presuntivo de TB primária pulmonar, encontrando positividade do LG superior ao lavado bronco-alveolar (LBA), cuja desvantagem seria o fato de ser um procedimento invasivo. Nesse trabalho, o isolamento do M. tuberculosis ocorreu em 50% dos casos através do LG, e em 10% através do LBA. . 1 5 Alemanha Venezuela E U .d d 28 18 dados apresentados 5 15 , 1 28 93 , 6,7 , sta os m os Cuba .Os 8 2, são O 103 , 5,2 , oficiais O . 144 A técnica " da OMS 25 de reação em cadela da po lmerase (PCR) , ... 4 87 , 14,6 " e. ~o B~asll, 25 . Os métodos para reallzaçao da PCRd .I tierem entre SIquanto , d . à técnica de liberação do DNA, ao numero ,e CIC1os. de O para 79 , 14,3 o diagnóstIco da TB em cnanças, vem sen d o es tdd .- .amplificação, do ~S, po~ém, ca ao uso da amplificação em rede, u a a. a reamplIfi- ção e aos métodos ... de detecçã06. Na população adulta, háqueseconsiderara possibilidade desubnotlflcaçao emváriospalses. t Dadosde1991. Fonte:Brasil,MS.PlanoNacional deControle daTuberculose, 1999. observa-se especlficldade vanando de 60 a 100 -10. nf De1acourt et aI.? processaram 199 espécimes, de 68 crianças Os casos de TB em menores de 15 anos representam 15% da incidência total, havendo, assim como nos adultos, um predomínio da forma pulmonar. Na década de 90, a taxa de mortalidade por TB atingiu ~íveis elevados no Ri~ de Janeiro; considerando todas as Idades, em 1996,era o triplo da média nacional (3,59/100.000 hab.)I. com suspeita clínica de TB, utilizando o fragmento do elemento de inserção IS6110, obtendo uma especificidade do método de 100%, e observando aumento da sensibilidade, quando havia mais de uma amostra da mesma criança. Neste estudo, a cultura para M. tuberculosis, pelo método de LJ, foi positiva em 42% das crianças com TB, e a amplificação do DNA pela PCR foi positiva em 83,3% dos casos. .,. DIagnostico Gómez-Pastrana et al.8 encontraram sensibilidade de 13,5%.vantagem Nesse estudo, LG empaciene LBA. A maior do PCRforam sobre empregados a cultura ocorreu tes semenvolvimento parenquimatoso na radiografi( torácica, e naqueles já em uso de drogas tuberculostáticas. 0- I ercu b tu M para. . negatIva tura cu com anos, dez ' cnanças u es a. et lerre e quatro 3 d ...,. 22 1 . d mser- e emento e o fragmento do PCR ção IS6110 em amostras de LG, e obtiveram sensibilidade de 25%. Smith et al.IO avaliaram 65 crianças, obtendo sensibilidade do PCR (seqüência de inserção IS6110) de 40%, e especificidade de 80%. empregando .sis, -história clímca; -achados radiológicos; -história epidemiológica de contato com adulto tuberculoso; -interpretação do teste tuberculínico (em relação à vacinação BCG). A pesquisa do Mycobacterium tuberculosis deve ser sempre tentada através do ex.ame de.escarro n~s crianças capazes de expect~rar, a partIr d?S :mco ou S~IS~nos, ou nas menores, atraves.do lava~o gastrico. No pn~elro caso, o exame pode ser feIto em mvel de ambulatóno, porém o .lavado ~ástrico s~ ~eve ser realizad~ ~m pacientes intemados, pOISrequer Jejum e pouca mobilIdade ao acordar pela manhã. 1 d .: ..2 mdlretos dados t d 19 aram . P entre menteadoença,que,emgeral,cursacompeq~e~onum~r.o de bacilos. Por outro lado, a obte,nçãode ~specI~es ~lImcos, como o es:arro, em geral só e consegulda apos a lda~e escolar, pela dIficuldade ?atural ~e se obte: .expectoraçao em crianças menores. Amda hoJe, na pratIca, o que se dispõe para diagnostIcar TB em cnanças e um conjunto e dades valores de sensibilidade da cultura para M. tuberculosis e da baciloscopia (BAAR) foram, respectivamente, 37,8% e l' belecer o dIagnÓStIcoda TB na mfancla pela Impo~slbll~dade, na maioria dos casos, de se comprovar bactenol?glca- com a gr~n~e d~ficuld~de de ~e.e.sta- , para a PCR, com o antIgeno 65 Kd a, em cnanças . com doença em atividade, utilizando critérios clínicos. Os ..56,8% A llter~tura re:onhece Critérios diagnósticos empregados na Argentina A sinopse descrita na Tabela 2 faz parte do documento Criterios de Diagnóstico yTratamiento de Ia Tuberculosis Infantil, preparado pelo Comitê de Pneumonologia da Sociedade Argentina de Pediatria, e se baseia no Guía para el Diagnóstico y Tratamiento de Ia Tuberculosis en Adultos, elaborado pelo Instituto Nacional de Epidemiologia Diagnósticoe terapêuticada tuberculoseinfantil... .Sant'Anna CC et alii Jornalde Pediatria-Vol. 78,Supl.2, 2002 S207 Emilio Coni, Recreio, Argentina (ANLIS "Dr. C. Mal- Diagnóstico através do controle de contatos brán"). Frente à dificuldade de se estabelecero diagnóstico da TB na infância, cabem algumas definições. Suspeito é "qualquer pessoacom sintomas ou sinais sugestivos deTB, particular com tosse de longa duração"; é considerado caso de TB, "um paciente no qual a TB foi confirmada bacteriologicamente, ou foi diagnosticada por um clínico". Quando ha' comprovaçao bactenológlca, seja por cultura Tabela 2 -Critéri~s diagnósticosde tuberculosena infância -em Argentma Q d 't d b I ",,' uan o suspel ar e tu ercu ose ., -Tod.a cnançaco~tatode foco.b~clhfer~ -.Pacientes comsIntomasgeraismespeclficos -Pacientes comquadrocompatívelcomsíndromedeimpregnaçãobacilar (perdade peso,síndromefebril prolongada,diminuiçãode apetite,sudoresenoturna,astenia) -Pacientes comquadrorespiratóriopersistentesemrespostaa para M. tuberculosis, ou por duas baciloscopias (pesquisa direta de BAAR) de escarro positivas, trata-sede um caso definitivo de TB16, .A ..-! Na mfancla, a suspelçao de TB pode se dar por duas! razões principais: tratamentospréviose/ouradiografiasugestivadetuberculose -Eritema nodoso,conjuntivite flictenular -Hemoptisis (emadolescelites) -Em pacientesimunodeprimidosouinfectadospelo HIV -PPD + -quando se identifica uma criança com quadro de infecção respiratória, ou de outro aparelho ou sistema, de evolução lenta, que não vem apresentandomelhora com antibióticos para germes comuns. Neste caso, deve-se buscar história de contato com tuberculoso e realizar o teste tuberculínico; -quando a criança é comunicante, ou contato de doente com TB. Mesmo se assintomática, deve ser pesquisada, Como confirmar a suspeitade tuberculose -Na ~aioria dos casos,o.diagnóstico ~ ~i~ícil de confirmar, baseia-se na fonte suspeita, se.nd~a hls:on~ de contato com tuberculosos o elemento de maior Importancla pois a TB pode estar passando despercebida. Os princid" ., .-paIs exames nessa mvesngaçao sao a ra logra fiIa de De certeza:identificaçãodo bacilo (difícil em pediatria) -Baciloscopia: de escarro,líquido pleural,aspiradobrônquico,lavado bronco-alveolar,LCR tórax, que pode ser anormal e de grande valia, e o teste tuberculínico, que pode ser reator, evidenciando que a criança está infectada 17. -Cultura: dosespécimesanteriores,lavadogástricoe urina -Anatomia patológica(biopsiapleurale de outros tecidos) De suspeitaou/orte presunção: -Viragem tuberculínica -Radiografia de tórax anormal(adenomegalias, foco parenquimatoso,atelectasias,cavernas,padrãode disseminação broncógena, hematogênicaou miliar) Pelo risco elevado de infectar-se do indivíduo que convive com adulto bacilífero (tuberculoso que elimina bacilos), fica evidente o papel importante do controle de comunicantes no diagnóstico da TB na infância. Nos países em que a prevalência de TB é mais baixa que no Brasil, a criança que tenha fatores de risco, tais como contato com TB, viagem a locais onde a TB é endêmica e contato com adultos de alto risco para TB, e infectados pelo HIV, faz com que a probabilidade de se tomar reatora ao teste tuberculínico seja 35 vezes maior do que outra sem tais condições18, Sistema de pontuação para o diagnóstico empregado no Brasil O sistema de pontuação para o diagnóstico de tuberculose pulmonar na infância (Tabela 3), elaborado no Brasil, O estudo de contatos. Como proteger crianças contatos de adultos com tuberculose -experiência chilena foi baseado em outros sistemas já descritos na literaturall-14, atribuindo-se, arbitrariamente, pontos a variáveis que o senso comum e a prática consagraram como sugestivos de tuberculose, uma vez que não existe padrão-ouro para o diagnóstico de TB na infância. O sistema de pontuação aqui descrito está contido nas recentes normas de controle da tuberculose do Ministério da Saúde15,Independe de dados bacteriológicos ou histopatológicos para definição do diagnóstico de probabilidade da doença, atribuindo pontuação a aspectos do quadro clínico-radiológico, estado nutricional, contato com adulto A zona sul-oriental da capital Santiago do Chile compreende as comunidades mais pobres do Chile. Sua população no ano de 2002 é estimada em 1.500.000 habitantes, dos quais um terço são menores de 15 anos, A cada ano nascemcerca de 20.000 crianças, e mais do que 97% delas são vacinadascomBCG (cepaCoppenhagen 1331). A taxa de incidência de TB na área mostra tendência a declínio, e era de 15,9 por 100.000 no ano 2000. A do Chile é de 20/ 100.00019. A TB em adultos é da forma pulmonar em 90,1%, dos quais 86,2% são bacilíferos. Cada doente convive, em média, com 2,4 crianças20,21, tuberculoso e teste tuberculínico, O esquema tem por objetivo auxiliar o diagnóstico de TB em serviços de baixa complexidade, especialmente o ambulatorial. A atenção à saúdeestá a cargo, na maioria dos casos,do sistema estatale municipal de saúde,que dá atenção gratuita aos doentes, Há 22 consultórios de atenção primária de 8208 Jornalde Pediatria-Vol. 78, Supl.2,2002 Diagnósticoe terapêuticada tuberculoseinfantil... -Sant'Anna CC et aJii saúde(APS) e dois hospitais cOmserviço pediátrico. O atendimentode casospediátricossefaz em consultóriode pneumologiapediátrica no Hospital Dr. Sótero deI Rio (HSR),serviçode saúdeti"adicional.As criançassãoreferidasparainvestigaçãoegressas dasAPS,paraondevoltam depois. Os casosde TB que se identificamna comunidadesão denominadoscasosíndices(CI). Denominacontatosinfantis deTB (CINF) aosquemoram sobo mesmoteto que um adulto doente. Os profissionaisde saúdereferemrápido as crianças expostas.Paraisso, é preenchidaa ficha de referência,na qualseregistramdadosdo CI, seuestadobacteriológico,e listam-setodososCIs.Nessamesmaficha serãoregisti"ados o resultadoda investigação,a condutae asdatasde conti"oles de tratamento.Destamaneira,toda a informaçãofica à disposiçãodospais, que deverãoassumiro tratamento.A ficha tambémcontémmensagens paraincentivar a adesão ao ti"atamento. Os dadosdo CI e dascriançascomunicantessãoregistradosnos livros de registi"odo subprogramaTB infantil, nos quais tambémé anotadaa presençaou não de cicatriz BCG e seti"anscrevem dadosda APS. Tabela 3. Sistemadepontuaçãoparadiagnósticodetuberculosepulmonaremcriançase adolescentes -Ministério da Saúde,Brasil Pontuação Quadro clínico Febreousintomascomo:tosse,adinamia,expectoração, emagrecimento, sudorese,por maisde 2 semanas + 15 Assintomáticoou comsintomaspormenosde 2 semanas O Infecçãorespiratóriacommelhorasemantibióticosouapósusode antibióticosparagérmenscomuns Quadro radiológico Contato com adulto tuberculoso y -Adenomegalia hilar oupadrãomiliar -Condensação ouinfiltrado (comou semescavação) inalterado por maisde 2 semanas -Condensação ouinfiltrado (comou semescavação) por maisde 2 semanas, evoluindocompiora ou semmelhoracomantibióticos paragérmenscomuns + 15 Condensação ou infiltrado de qualquertipo pormenosde 2 semanas +5 Radiografianormal -5 Próximo,nosúltimos 2 anos + 10 Ocasionalounegativo Testetuberculínico* e Vacinação BCG Vacinadoshá maisde 2 anos (Estainterpretação nãoseaplica a revacinadoscom BCG) . Vacrnadoshá menosde 2 anos Não vacinados O Menorde 5mm 5mma9mm 10mma 14mm 15mmoumais Pesoigualou acimado percentill O .+ O 5 + 10 + 15 Menorde 10mm 10mma l4mm 15mmou mais O +5 + 15 Menorde 5mm 5mma9mm 10mmou mais O +5 + 15 Desnutrição grave ou peso abaixo do percentill0 (SISV AN**) Estado nutricional -10 +5 O Interpretação: ~ 40 pontos: TB muito provável,30 a 35 pontos: TB possível,S 25 pontos: TB pouco provável, , D;.i, i Diagnósticoe terapêuticada tuberculoseinfantil... -Sant'Anna CC et a/ii Jornalde Pediatria-Vai. 78, Supl.2,2002 8209 \ I A valiação dos contatos Aplica-se PPD (0,1 ml, 2 UT) aos contatos, considerando-se reator a enduração igual ou superior a 10 mm22, radiografia de tórax e, se possível, também exames de escarro, para pesquisa de BAAR. Se a criança não expecto- É importante, para o melhor controle, ter informação sobre o Cle de eventuais outros doentes no grupo familiar. Deve-se ter conhecimento se o CI abandona o tratamento, ou se tem TB multirresistente (TBMR), o que obrigará à mudança na profilaxia do contato. ra espontaneamente e há alta suspeição de TB, colhe-se lavado gástrico. " O estudo dos contatos visa diferenciar s~dios, in~ectados e doent~s, bas~~do no~ ex,ames~o paclente,.p~ls, do ponto de vIsta clmlco, nao e posslvel tal declsao. Os sintomas das .c?anças são escassos,~, além ~isso, CO?tatos de fontes baclhferas pode~ estar assmtomátlc~s, ou mfectados pod~m apresentar sm~omasde doenças mtercorrentes, que nao correspondem a TB. Controvérsias na classificação e na conduta As principais dúvidas surgem na interpretação do teste tuberculínico em relação à vacinação BCG. Se na definição de infectados houver dúvidas estes serão tratados com H por 6 meses, A interpretação do PPD pode ser difícil, pois a vacinação BCG modifica a resposta ao teste tuberculínico e, além disso, podem haver doentes com TB com teste tuberculínico não reator, No primeiro caso, tem-se um erro Classificação e conduta nos contatos Uma vez avaliado, o contato pode situar-se nas seguintes situações: ) d ., tá b t.de a sa 10: a cnança es em e com exames nega lVOS. I fil ' ., 'd (H) t é mCla-se qulml0pro 1 axla com lsomazl a , lS o ,proteçao-. ao m d'lVl 'duo mlec ta do, para evl tar a d oeclmen to 15' 22 padrão de cerca de 4% no Chile23. Logo, seria tratada a mais uma porcentagem baixa de crianças, o que não é problema, Seria um problema em países que usam BCG mais potente e dose mais alta de PPD. Nesse caso, haveria maior número crianças tratadas desnecessariamente. A alternativa no ..-, ,. ChIle sena nao tratar os vacInados com BCG, Isto é, deIxar . 96% dos mfectados sem tratamento, Como as doses H que , --., . .l' té a que o CI t se orne BAAR . . t' nega lVO; se usam no ChIle sao de só 5mg/kg, nao há efeItos secunda- b!infectado:nãodo~n:e;está?e~,masco~PPDreator e radIografia normal. Imcla-se qulml0profilaxla com H por 6 meses; ... fi ' P " dá I ' nos slgm lcatIvos. or ISSO,e recomen ve contInuar tratando os indivíduos com PPD reator. Em cada país, a resposta ao teste tuberculínico nos vacinados com BCG pode ser diferente, c) doente: há lesão radiológica pulmonar, habitualmente PPD reator (ou não reator se estiver muito doente). Deve ser tratado para TB, com esquema tríplice; Outra objeção ao esquemaapresentado(Tabela 4) é que a partir da radiografia de tórax se poderia cometer erros, como tratar inadequadamente, para TB, crianças com le- d) doente grave: esta situação hoje é mais teórica, pois as crianças que estão mal já foram consultadas antes e não chegam ao estudo de contatos. Estes casos podem ser BAAR +, desenvolver formas septicêmicas, miliar ou meningoencefalite. R~querem internação e tratamento com quatro drogas. sõesresiduais de viroses respiratórias ou seqüelasde pneumonias. Admitiu-se que esta situação não supera 2% de erro, e não significa um empecilho. Do mesmo modo, objeta-se que se possa deixar de tratar crianças nas qums as lesões de TB passem despercebidas, Porém, há que se considerar que, nessescasos, a população bac~laré pequena, e que a H isoladamente bastaria para curá-Ia. Para corrigir ou evitar tais problemas, as crianças devem ser mantidas sob controle. Controle evolução e supervisão de tratamento .' " As cnanças sadIas, mfectadas ou doentes devem ser controladas para cumprimento do tratamento, e para ver se a sua condição muda com o passar do tempo, Os sadios, PPD( -), se controlam a cada três meses, até o sexto mês,Repete-se o teste tuberculínico após três meses e, se houver viragem tuberculínica, considera-se que tenha se infectado e inicia-se quimioprofilaxia por 6 meses. Todos são submetidos à radiografia de tórax, A quimioprofilaxia é supervisionada ao nível de APS, mas não é direta- No Chile, ao menos neste setor de referência, não se tem visto formas graves de TB, a não ser excepcionalmente. Embora o tratamento das fontes bacilíferas diminua rapidamente o risco de transmissão da TB, isso não impede que crianças já infectadas desenvolvam a doença posteriormente. Por outro lado, a presença de cicatriz de BCG não garante que o indivíduo esteja protegido de adoecerpor TB, embora diminua o risco de formas graves da doença21,24.25 , mente observada (DOT), e sim, auto-administrada. Os infectados são controlados com radiografia de tórax .também a cada 3 meses, o que totaliza 4 atenções em AS. Em geral não é necessário manter controle por mais de 6 meses. Os doentes recebem tratamento DOT, e são controlados a cada 2 meses. O controle é feito com radiografia, e o PPD só é repetido se não reator ao início. Esse controle é recomendável por um ano. Tratamento: aspectos gerais, resistência às drogas e esquemas terapêuticos A resistência do M, tuberculosis às drogas começou a ser observada assim que se iniciou a era quimioterápica dessa doença, isso em 1944, quando foi introduzida a estreptomicina no tratamento da TB. Logo no início, esta droga foi empregada isoladamente e começaram a aparecer 8210 Jornal de Pediatria -Vol. 78, Supl.2. 2002 Diagnóstico e terapêutica da tuberculose infantil... -Sant'Anna CC et a/ii Tabela 4 -Controle de contatos infantis de pacientes com TB pulmonar*: classificação dos casos, exames complementares, tratamento e controle -Subprogramade Tuberculose Infantil, Hospital Dr. S6tero dei Rio, Puente Alto, Chile Classificação PPD RX BAAR <10mmt (-) Infectado ~10 Doente Sadio Conduta Controle (-) Proteger com H 5 mg /kg/dia até CI (-) Aos3mesesPPD, e aos 6 meses RX (-) (-) TratarcornH por 6 meses (5 mg /kg/dia) 3e6mesesap6s alta faze~ RX ~10 (+) (-) Tratamento com 3 drogas (2HRZJ4HR)t Controle com exames a cada 2 meses (-) ++ (+) Tratar com 4 drogas 2HRZE/5HR Hospitalizar * 1\ Doente grave !j H = isoniazida,R=rifampicina,Z= pirazinamida,E= etambutol .Nas formasextrapulmonares,basta1 controle. t InterpretarPPDao nívelde?6 mm se há condiçãoespecial,comoRNou infectadopeloHIV. :I: Considerarmeningoencefalite nessegrupo. casosde doentesque melhoravamna fase inicial do tratamento, mas,a seguir, voltavam a adoecere a se tomar bacilíferos.No início da décadade 1950,surgiua isoniazida (H), ~o mesmofenômenovoltou a seobservar.Somente nadécadade 1960,começoua seestabelecer a propriedade desetratara TB comumacombinaçãodedrogas,formando o esquematríplice da época,estreptomicina(S),isoniazida (H) e ácidoparaaminossalicílico(PAS). Tal esquemavisava suplantar a resistência bacteriana,se o bacilo fosse resistentea uma dasdrogas,haveriamais duas,àsquaiso microrganismopoderia ser sensível e, assim, garantir o êxito do tratamento26. Temposdepois,ficou evidentequenumapopulaçãode bacilosencontradana lesãotuberculosaexistemmutações naturaisque produzemmicobactériasresistentesaosantimicrobianos. Em relação a algumas drogas que foram introduzidasaolongodo tempo,observou-seque,emgeral, ocorremmutantesresistentesa uma determinadadrogana proporçãode 1:106 ou 108bacilos. Tal proporçãovaria segundoo medicamento,sendomenorno casoda rifampicina (R), e maior no caso da S, ficando clara a maior potênciada R. Estetipo de resistênciado bacilo é denominadaresistêncianatural,e é tanto maiorquantomaior for a concentração deM. tuberculosisnalesão.Nos adultoscom TB, nos quais há lesõesextensas,escavadas,é maior a probabilidadede ocorrência de mutantesresistentes.A criançatuberculosa,em geral, apresentapequenonúmero de bacilos, por isso o fenômenoda resistêncianatural é menoscomum. A resistêncianaturalaosantimicrobianos estáligada a certosgenesdo M. tuberculosis,algunsdos áf d . qualsJ oram1 entlfilcados'2627.percentual Existeoutrotipo deresistênciaqueocorreempacientes que fazem tratamentoirregular, isto é, iniciam, param, reiniciam,e, dessemodo,selecionamos bacilos mutantes resistentes, quecomeçamasemultiplicar e apredominarna lesão.Ouseja,osbacilossensíveissãoeliminadosedeixam .. . espaçoparaosresistentes.Nessecaso,trata-seda resistência adquirida.Estapodesera uma oumaisdeumadroga.A resistênciaa várias drogas é o somat6rio,na lesão, de bacilosresistentesa cadauma delasisoladamente. Quandoumapessoaseinfecta comumbaciloresistente, proveniente,portanto, de um bacilífero com resistência adquirida,e desenvolvea doença,trata-sede um casode resistênciaprimária. A resistênciaprimária a uma drogaé maior do que a três drogas26. O esquematríplice R, H e pirazinamida(Z) -Esquema 1- setomadocorretamente,evita a eclosãode resistência adquirida e, conseqüentemente, da resistênciaprimária. Além disso,o Brasil conta com um esquemade recidiva ap6scura(EsquemaIR) e outro de retratamento(Esquema 111), paraoscasosdefalênciado Esquema1,no qualforam padronizadososmedicamentosSM, etionamidae etambu.tolo Assim,o conceitoatualdetuberculosemultirresistente (TBMR), no Brasil, refere-sea doentes com TB cujos bacilos sãoresistentesà R, H e às drqgasdo Esquema111. Nos EUA, a TBMR é definidaquandoo doenteé resistente à R e à H. A literatura temmostradoa utilização de várias drogas,comoclaritromicina,rifabutina,rifapentina,quinolonas e antigos tuberculostáticos,que deixaram de ser empregadoshá algumtempo,como etambutol,terizidona, clofazimina,tiossemicarbazona, ciclosserinaecapreomicina27.28. No Brasil, os casosde TBMR aindasãopoucose, em geral, decorrentesde tratamentoirregular, motivado por causassociais,alcoolismo,organizaçãodeficientedosserviços de saúde e tambémpela Aids. Estima-se que o de TBMR sejade 0,4 a 1% do total de tuberculosos, isto é, cerca de 600 pacientes/ano,em média. O número de casos em crianças é muito reduzido até o presente. Ainda estãosendotestadosesquemasterapêuticospara TBMR, entretanto,não há normalizaçãodefinjda até o I r Diagnóstico e terapêutica da tuberculose infantil...-Sant'AnnaCCet ai;; presente;a taxa de cura é superiora 65% doscasos,e a de falênciaé de20%. A tendênciaé adotar-seo esquemacom amicacina,ofloxacina, terizidona,etambutole clofazimina por 18 meses.Essasdrogas,em geral, são mal toleradas pelosseusefeitos adversos,o que piora a adesãoao trata., problemátimentode, pacientesque, no passado,já foram coso Por ISSO,o tratamento ~ deve ser supervIsIonado. adultos com TBMR. Essascrianças,se reatorasao PPD, d b ,. fil ' R H A po enam rece er qulmlopro I axla com e por tres mesese seguimentosistemático.As normasde quimioprofilaxia do Ministério da Saúde definem a conduta nos pacientesHIV positivoscomunicantesdedoentesbacilíferos resistentesà H, nos quais estariaindicado o uso por 2 mesesdeR e Z, desdequenão estivessememusodedrogas anti-retroviraisincompatíveiscom a R. Nos demaiscomunicantes,seriarecomendávelfazera quimioprofilaxia com drogasàs quais a fonte de contágio ou casoíndice fosse sensível,segundoo resultadodo testede sensibilidade15. . Tratamento da tuberculose na Argentina A seguiré descrita,de forma sinóptica,a condutà em criançasinfectadaspelo M, tuberculosise doentes(tuber..en culosas),segundoasnormasargentinas.Além dasmodali- . dades de tratamento, fi d descrevem-se d - daspectos -forma grave: (gravementedoente,PPD (+) ou (-), síndromedeimpregnaçãobacilar,Rx de tóraxanormal: miliar, forma broncogênica,cavitária,fístulas ou perfurações).Associaçõesmórbidas (diabetes, HIV, imunodeficiências). b) D e fiImracon ' d u ta (t ra t amen toouqulmlopro " Além d" d" d" 28 ISSO, e um esquema Ispen 10SO, , h, Em cnanças, ' . da há poucos casos,Porem, am a um prbblemaaindanão resolvido, o casode comunicantesde operaCIOnaIS, ., JornaldePediatria-Vol, 78, Supl,2,2002 S211 filI axla " ) d es- ' cn ta na Tabe1a 5. .' c) ImplementaramodalIdadedetratamentoeosegulmento, .1 d l . l"~O a ld ad es -Tratamento diretamenteobservado(DOT) é o ideal. -Tratamento auto-administrado. Controles -Clínico: mensal. -Radiológico: ao início, aos 2 meses,e ao finalizar o tratamento, -Corroborar a negativizaçãodo foco de infecção. -upervlslonar S ., ou contro1ar a adesao - ao tratamento. Como controlar o foco de infecção Avaliar os contatos Id t I' fiIcaçao - d e ca d a um d os co- ha b.I t an tes e ou tr os contatos: como nou Icaçao e casos, estu o e contatos, qulmloprofilaxia, vacinação BCG e notificação de casos. .-,. -avalIaçao Como tratar o paciente com tuberculose -avaliação clínica, raio-X de tórax nos adultos; -baciloscopia emadultossintomáticos(tossee expectoração> 15 dias). a) Determinara forma clínica: -infectado: (sadio,PPD+,assintomático,Rx de tórax normal); -forma moderadaou comum: (PPD+,assintomático ounão, Rx de tórax anormal,comcomplexoprimá- ., . clImca, PPD e ralo-X de torax nas cnanças; Controlar vacinaçãoBCG: -controlar cartãode vacinação; -verificar existênciade cicatriz de BCG; -vacinar comBCG quandofor o caso. rio); Tabela5 -Conduta eminfectados e emdoentescomtuberculose naArgentina Forma 18fase Infectado(nãoestádoente) Pulmonar 6H Moderada 2 HRZ Grave 2 HRZEouS Extrapulmonares Meníngea AssociadaàinfecçãopeloHIV 2 HRZ 2 HRZE 2HRZE 28fase Total (meses) 6 4 HR 4 HR 6 6 7-10HR 7-10HR 7-10HR 9-12 9-12 12 Emtodosos casos,aduração dotratamento corresponde aoprazomínimo;a decisião dasuspensão se baseará naavaliação clínica,radiológica e/oubacteriológica, H=isoniazida, R=rifampicina. Z=pirazinamida, E=etambutol, S=estreptomicina 8212 Jornal de Pediatria -Vol. 78, Supl.2, 2002 Diagnóstico Indicar quimioprojilaxia: -nas criançassadias,emcontatocomcasodebaciloscopia (+); -isoniazida (5mg/kg/dia)por2 meses,apósa negativizaçãodo foco, Como notificar os casosde tuberculose - (' P h I . Ih d ' fi -reenc er e remeter p am a e notI lcaçao e uma d d ' fi I Ó. ) d d O oença e notI lcaçao compu s na os oentes. s infectadosnão sãonotificados,pois não são doentes, Que informação dar ao paciente e a sua família -O que é a tuberculose, -Formas de contágioe cadeiade transmissão. -Doença curável, -Tratamento longo e constante, Tabela 6 -Tratamento indicado e terapêutica da tuberculose infantil... -Sant'Anna CC et aJii -Conceito de resistência(implicação clínica e prevenção). -Medidas higiênico-dietéticas, Esquemasde tratamento empregadosno Brasil Os esquemasde tratamentode tuberculose,segundoas normasdo Ministério da Saúdedo Brasil, estãodescritos I 6, 7, 8 e 9, nas Tabeas Consideraçõesfinais A comparaçãoda situaçãoepidemiológicada TB nos três paísesestudados,Brasil, Argentina e Chile, permite constatarque o primeiro detémuma situaçãomais grave queos últimos,destacando-se queo totaldecasosnovosem 2001 ultrapassoua casa dos cem mil, Por outro lado, nos casos novos de todas as formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar Peso do doente Fases do Drogas Até 20kg tratamento mg/kg/dia Mais de 20kg Mais de 35kg e até 35kg e até 45kg mg/dia mg/dia Mais de 45 kg mg/dia 18 fase R 10 300 450 600 (2meses-RHZ) H 10 200 300 400 Z 35 1.000 1.500 2.000 28 fase R 10 300 450 600 (4 meses -RH) H 10 200 300 400 R= rifampicina, H= isoniazida. Z= pirazinamida Tabela 7 -Esquema 11- 2 RHZ/7RH -indicado para a forma meningoencefálica da tuberculose Peso do doente Fases do Drogas tratamento Doses para Mais de 20kg Mais de 35kg todas as idades e até 35kg e até 45kg mg/kg/dia mg/dia mg/dia Mais de 45 kg mg/dia 18 fase R 10 a 20 300 450 600 (2 meses -RHZ) H 10 a 20 200 300 400 Z 35 1.000 1.500 2.000 28 fase R 10 a 20 300 450 600 (7 meses -RH) H 10 a 20 200 300 400 R= rifampicina, H= isoniazida. Z= pirazinamida Observações: a) Nos casos de concomitância entre tuberculose meningoencefálica e qualquer outra localização, usar o esquema 11. b) Nos casos de tuberculose meningoencefálica. em qualquer idade. recomenda-se o uso de corticosteróides (prednisona, dexametazona ou outros) por um período de 1 a 4 meses. no início do tratamento. c) Na criança. a prednisona é administrada na dose de 1 a 2 mg/kg de peso corporal, até a dose máxima de 30 mg/dia. No caso de se utilizar outro corticosteróide. aplicar a tabela de equivalência entre eles. d) A fisioterapia na tuberculose meningoencefálica deverá ser iniciada o mais cedo possível. L Diagnósticoe terapêuticada tuberculoseinfantil...-Sant'AnnaCC et a/H Jornalde Pediatria-Vol. 78, Supl.2,2002 8213 Tabela 8. EsquemaI reforçado (IR) -2RHZFJ4RHE -indicado noscasosde recidiva apóscura ou retomo apósabandonodo esquemaI (EsquemaI) Pesodo doente Fasesdo tratamento \.1, , I" fase (2 meses-RHZ) 2" fase (4 meses-RH) Drogas Até 20kg mg/kg/dia Mais de 20kg e até 35kg mg/dia Mais de 35kg e até 45kg mg/dia Mais de 45 kg mg/dia R H 10 10 300 200 450 300 600 400 Z E 35 25 1.000 600 1.500 800 2.000 1.200 R H E 10 10 25 300 200 600 450 300 800 600 400 1.200 R= rifampicina, H= isoniazida, Z= pirazinamida, E=etambutol Observações: a) Os casos de recidiva de esquemas alternativos por toxicidade ao esquema I devem ser avaliados para prescrição de esquema individualizado. b) O paciente que apresentar alteração da visão deverá ser encaminhado para uma unidade de referência, com o objetivo de avaliar o uso do etambutol. analisando-sea Tabela 1, observa-seque em Cubaa incidênciade TB é baixa em relaçãoàs Américas,e que seus índicessãopr6ximos dos paísesdesenvolvidos,como os EstadosUnidos da AméricaI8.19,30. As normaspara diagn6sticoda TB, nos três paísesdo ConeSulanalisadosacompanham atendênciauniversalde valorizar elementos'clínicos,radiol6gicose epidemiol6gicos, em detrimentoda comprovaçãobacteriol6gica,haja vistaadificuldadedessesdadosnainfância2.3.O sistemade scorepreconizadono Brasil, destinadoa unidadesbásicas de saúde,buscasistematizaressaforma de diagn6sticode TB, atribuindopontuaçãoa achadossugestivosda doença. Este sistemamostrouser útil ao que se propõe,pois, com pontuaçãoigual a 30, tem sensibilidadee especificidade superioresa 86% parao diagn6sticode TB, enquantoque 40 pontosmostrousensibilidadede 57,8%e especificidade de 97,9%31. Os métodosrápidos de diagn6stico foram discutidos, comênfaseno PCR,cuja especificidadeé elevada,embora nãosejaaindadeaplicaçãopráticanospaísesemdesenvol- Tabela 9 -Esquema 111-3SZEEt/9EEt-indicado noscasosde falênciadetratamentocomEsquema 1 e Esquema1 Reforçado(EsquemaIR) Pesodo doente Fasesdo tratamento I" fase (3 meses-Z SZEEt) 2" fase (9 meses-EEt) Drogas mg/kg/dia Mais de 20kg e até 35kg mg/dia Mais de 35kg e até 45kg mg/dia Mais de 45 kg mg/dia E Et 20 35 25 12 500 1.000 600 250 1.000 1.500 800 500 1.000 2.000 1.200 750 E Et 25 12 600 250 800 500 1.200 750 S Até 20kg S= estreptomicina, Z= pirazinamida, E= etambutol. Et= Etionamida. Observações: a) A estreptomicina deve ser usada por via intramuscular (1M). Em situações especiais, pode ser aplicada por via endovenosa (EV), diluída a 50 ou 100 ml de soro fisiológico, correndo por um mínimo de 1/2 hora. b) Em casos especiais com dificuldades de aceitação de droga injetável ou para facilitar seu uso supervisionado na Unidade de Saúde, o regime de usoda estreptomicina pode ser alterado para aplicações de 2" a S"leira, por2 meses, e duas vezes semanais por mais 4 meses. c) Em pessoas maiores de SOanos, a estreptomicina deve ser administrada na dose de 500 mg/dia. .I 8214 Jornal de Pediatria -Vai. 78, Supl.2, 2002 Diagnóstico e terapêutica da tuberculose infantil,., -Sant'Anna CC et a/li vimento. Há poucos trabalhos com esta técnica em crianças6. .A.. .'. A expenencIa chIlena, aquI descnta, reItera que o controle de comunicantes é uma forma precoce e eficiente de 11. Stegen G, Jones K, Kaplan P. Cri teria for guidance in the diagnosis. Pediatrics 1969;43: 260-3. 12. Tidijani O, AmedonneA, TenDamHG. Theprotectiveeffectof BCG vaccination ofthe newborn againstchildhood tuberculosis in an African community. Tubercle 1986;67:269-81. diagnosticar e tratar crianças reduz o sofrimento e diminui formas graves da doença32 , Ha algumas dIferenças no de tratamento preconizados que dIZ respeIto aos esquemas no Chile e na Argentina em 13. Crofton J, Horner N, Miller F. Tuberculosis in children. Clinical Tuberculosis. Londres: Macmillan; 1992. p.29-82. 14. Fourie PB, Becker PJ, Festenstein F, Migliori GB, Alcaide J, Antunes, et aI. Procedures for developing a simple scoring method based on unsophisticated criteria for screening children for tuberculosis. Int J Tuberc Lung Dis 1998;2:116-23. relação ao Brasil. Naqueles países, é aceito que casos muito graves sejam tratados com quatro drogas, enquanto que, no Brasil, independentemente A da gravidade N' do quadro ,clínico, 15. Brasil. Ministério da Saúde. Plano Nacional de Controle da Tuberculose. Normas técnicas, estrutura e operacionalização. 16. WHO. Brasília, RevIsed D: (n~mternatlonal prelo)., defirntlons m tuberculosls controlo com TB. Conseqüentemente, a chance de aparecimento de empregam-se tres drogas (R, H, Z). este paIs, so ~e .usa quatro drogas nos esquemas de retratamento ou por falência de tratamento. por recIdIva, Disponível na internetem http://www.who.int/gtb/publication sI index.html 17. Sant'Anna CC. Dificuldades e desafios do diagnóstico da A situação da TBMR ainda é pouco expressiva do ponto de vista de ocorrência na infância. Os esquemas de trata.-. d - ti . d mento para. es~a sItuaçao am a nao oram non:nalIza os tuberculosepulmonar na infância. Rev PedCeará2001 ;2:27-32. 18. <?zuahPC. Four ~uestions help ~hysi~ians identify children at nsk oftuberculosls. JAMA 2001,285.451-3. 19. Zufiiga MM, Rojas EM. Programa Tuberculosis afio 2000. para uso rotIneIrO, mesmo em adultos, embora haja propostas recentes no Brasil28. Avances hacia eliminacion. 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