Não há dono para estrada entre Vila Flor e Carrazeda Bizarro Cerca de 800 metros de via estão por asfaltar EDUARDO PINTO [email protected] Entre os concelhos de Carrazeda de An- siães e Vila Ror há 800 metros da antiga Estrada Nacional 324 sem dono. As câmaras arranjaram-na nas respectivas áreas, mas rejeitam responsabilidades sobre o troço. E a Estradas de Portugal diz que ali já não manda nada. A caricata situação ocorre entre Carvalho de Egas, Vila Flor, e Vilarinho da Castanheira, Carrazeda de Ansiães. Cerca de 10 quilómetros que a Estradas de Portucontratando a gal desclassificou, sua gestão e beneficiação com os dois municípios. A empreitada começou este ano, tendo já sido concluída do lado de Ansiães. O problema é que, na confluência dos dois concelhos, foram desprezados 800 metros da estrada. A Câmara de Carrazeda julgou que pertencessem à de Vila Flor, e vice-versa. Ao JN, a Estradas de Portugal disse que "não existe qualquer troço na jurisdição desta e mpresa" naquele local. Quem manda, afinal, naquele troço? Em Vilarinho da Castanheira não há dúvidas: "A parte não asfaltada pertence ao concelho de Vila Flor". Mário Mesquita, morador na povoação, conhece de cor a linha imaginária, outrora ancorada em marcos de pedra entretanto engolidos pelo mato e que separam os dois concelhos naquela zona. Procura um entre as giestas no terreno que já foi vinha, para mostrar à nossa reportagem, mas não chega a encontrá-10. "Não se vê, mas eu recordo-me por onde mão uma linha que corta a via na diagonal e atira: "A Câmara de Carrazeda até já fez obras onde não devia. Uns 10 a 12 metros dentro do concelho de Vila Flor". E reforça: "Daqui para lá não há um terreno que pertença a alguém do Vilarinho". António Febre, outro morador conhecedor das divisórias, também garante que a zona não beneficiada "pertence ao concelho de Vila Flor". "É bem que a componham, porque aquilo é deles. E se não se entenderem, que façam uma valeta ao meio e acabou, não passa ninguém!" O conterrâneo Manuel Marcos não se cansa de dizer que "está ali uma coisa muito feia" e questiona: "De um dos concelhos há-de ser a estrada, não? Será uma vergonha se não compuserem aquela parte!". Mário Mesquita confia que, "por não ter jeito nenhum o que ali se vê, as duas câmaras acabarão por entender-se para resol- ver o problema". Situação poderá dever-se a desacerto entre a carta militar e a divisão administrativa Residente naquela freguesia, o presidente da Câmara de Carrazeda, José Luís Correia, supõe que esta situação possa ficar a deverse a uma "falta de compatibilidade entre a divisão administrativa, realizada com base na carta militar, e a divisão real dos dois concelhos". Por isso já contactou a Estradas de Portugal, expôs o problema e recebeu como resposta a "disponibilidade para que a situação seja remediada". "Não se pode admitir que aquele pedaço de estrada não tenha dono", conclui. ¦ passa o estreme". Mário Mesquita sai para a estrada, já dentro da intervenção feita na sua aldeia, desenha com a Mário Mesquita diz lembrar-se da divisão entre os municípios, que seria "por ali "