Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas Prof. Dr. Israel Marinho Pereira [email protected] INDICADORES UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO DE ÁREAS EM PROCESSO DE RESTAURAÇÃO Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas SUMARIO Indicadores Ecológicos 1 Qualidade 1. Q lid d do d Indicador I di d 2. Critérios de seleção ç dos indicadores 3. Indicadores do próprio ecossistema 4. Tipo de resposta 5 Como selecionar um indicador? 5. Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas Banco de Semente Deposição de Serrapilheira Chuva de Semente Indicadores da qualidade de solo Indicadores Biológicos do Solo Análise Florística Índices de Restauração Indicadores Faunísticos Avaliação e Monitoramento de Áreas Á Restauradas Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas INDICADORES ECOLÓGICOS Van Straalen, 1998; Manoliadis, 2002 Definição R Representam uma análise áli científica, i ífi com a categorização numérica ou descritiva de dados ambientais Frequentemente baseado em informação parciais que refletem o status de extensos ecossistemas i t O uso repetido de bioindicadores programas de monitoramento Auxiliar no entendimento da dinâmica Auxiliam nas tomadas de decisão para melhorar a qualidade ambiental em Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas TIPOS DE INDICADORES Indicador pressão - descreve a causa do problema ou impacto Indicador estado descreve algumas características ambientais físicas e mensuráveis que q resultam da pressão Indicador impacto - semelhante ao tipo pressão, e que deve monitorar os resultados no longo prazo Indicador resposta - representado pelas políticas, ações ou investimentos que são definidos para resolver o problema Manoliadis, 2002 Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas QUALIDADE DO INDICADORES Potenciais indicadores devem: Possuir relação bastante estreita com os objetivos do projeto e os problemas ambientais abordados Ser parte de um pequeno conjunto visando a uma abordagem eficiente Ser claramente definidos, a fim de evitar confusões no seu desenvolvimento ou interpretação Ser práticos e realistas, o que supõe levar em ç o seu custo de coleta consideração Ser de alta qualidade e confiabilidade Ser usados nas escalas espacial e temporal adequadas Manoliadis, 2002 Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS INDICADORES Ser de fácil mensuração p no sistema,, e Serem sensíveis aos impactos responderem a esses impactos de forma previsível Atuar de forma a prevenir impactos maiores Rever mudanças que possam ser evitadas por ações de manejo Não ser pontual para determinado ambiente Ter respostas conhecidas quando da ocorrência de impactos antrópicos Ter respostas a impactos naturais de baixa variabilidade i bilid d ANDREASEN et al., (2001); DALE & BEYELER, (2001) Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas INDICADORES DO PRÓPRIO ECOSSISTEMA Composição - espécies-indicadoras, espécies-chaves, espécies invasoras Estrutura - quantidade de habitat na paisagem, tamanho dos remanescentes, distância entre os remanescentes e conectividade Função - predação, herbivoria, competição e interações ç Intemperismo e regime hídrico Decomposição A escolha de indicadores eficientes é chave para o sucesso global de qualquer programa de monitoramento, e deve ser feita com base em critérios consistentes em relação as mudanças no sistema. ANDREASEN et al., (2001) Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas TIPO DE RESPOSTA Especificidade Alta = se o indicador responde a um fator Baixa = quando responde a muitos fatores Espécies bioindicadoras 9 Alta especificidade 9 Ocorrência O ê i exclusiva l i 9 Alta fidelidade (abundância e ampla distribuição) ao ambiente bi t monitorado it d 9 Espécies raras são boas espécies bioindicadoras Pode d indicar d b bom estado d de d conservação ã ambiental b l VAN STRAALEN, (1998). Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas COMO SELECIONAR UM INDICADOR? Método de comparação Comparação entre sítios onde houve distúrbios e outros sítios conservados, que possam funcionar como referências para estudos comparativos. comparativos Exemplo ¾ Manejo e uso do solo 9 Perdas de diversidade vegetal associadas as práticas exercidas. e animal (GROFFMAN et al., 2001). Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas 1. AVALIAÇÃO DOS 1 MECANISMO DE SUCESSÃO DA ÁREA INDICADORES DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas 1. BANCO DE SEMENTES DO SOLO composição abundância relativa das espécies recentemente instaladas o potencial de distribuição de cada espécie Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas 2. REGENERAÇÃO NATURAL Permiti avaliar a dinâmica florestal da área, através t é d da analise li d das espécies é i e classes l sucessionais amostradas. Constitui o mais importante instrumento de avaliação e monitoramento de projetos de restauração, já que o sucesso destes projetos tem correlação estreita com a evolução da diversidade na área revegetada. revegetada CAMPELLO, (1998); RODRIGUES e GANDOLFI, (1998) Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas 3. COBERTURA VEGETAL Utilizada como medida mitigadora dos i impactos t ambientais bi t i é uma opção ã coerente, t prática e econômica. É É importante para interceptação da chuva e proteção do solo contra o impacto direto das gotas; t e para a infiltração i filt ã da d água á d id ao devido aumento da porosidade e granulação do solo. D’ALTERIO e VALCARCEL, (1996); CASTRO, (2007). Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas 4. BANCO DE SEMENTES São todas as sementes viáveis no solo ou associadas i d à serrapilheira ilh i para uma determinada área num dado momento. É É um sistema i di â i dinâmico com entrada d d de sementes através da chuva de sementes e dispersão Transitório - com sementes que germinam dentro de um ano após o início da dispersão Persistente - com sementes que permanecem no solo por mais de um ano. ano Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas 4. BANCO DE SEMENTES Arquivo de informações ou memória das condições ambientais bi t i passadas d é fator f t i importante t t d do potencial da comunidade de responder a distúrbios passados e futuros. futuros O estudo do banco de sementes pode dar i f informações õ sobre b a densidade d id d d de sementes, t composição florística e dar uma indicação do potencial regenerativo das sementes estocadas nos solos. TEMPLETON & LEVIN,(1979); WILLIAMS-LINERA, (1993). Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas 5. DEPOSIÇÃO DE SERRAPILHEIRA Têm sido utilizada mais para caracterizar a dinâmica de produção e retorno de nutrientes ao solo pela sua decomposição. No entanto, o seu uso específico í como bioindicador ambiental é pouco aplicado para avaliação de reflorestamentos com fins de recuperação ambiental. I Importante t t componente t do d ecossistema i t fl florestal. t l principalmente p folhas,, caules,, Este material inclui p frutos, sementes, flores e resíduos animais. (ARATO et al., (2003); MOREIRA e SILVA, (2004); ARAÚJO et al., (2005). Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas A produção de serrapilheira controla diretamente a quantidade tid d de d nutrientes t i t que retornam t ao solo l Controle da ciclagem de nutrientes Função: produz sombra e retém umidade no solo Criando condições microclimáticas que influeciam na germinação de sementes e estabelecimento de plântulas Fatores bióticos e abióticos, abióticos também influenciam na deposição de serrapilheira Latitude, at tude, a altitude, t tude, te temperatura, pe atu a, p precipitação, ec p tação, estágio sucessional, herbivoria, disponibilidade hídrica e estoque de nutrientes do solo, umidade do solo e vento DIAS & OLIVEIRA FILHO, (1997); MORAES et al., (1998). Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas JUSTIFICATIVA: Quantidade Áreas com um grau de perturbação maior 9Áreas possuem um número elevado de espécies pioneiras de crescimento rápido, que investem muito em produção de biomassa e acabam produzindo maior quantidade de serrapilheira. 9Áreas menos perturbadas, pois possuem menor número de espécies de crescimento rápido e, portanto, apresentam menor produção d ã d de biomassa DIAS & OLIVEIRA FILHO, (1997); MORAES et al., (1998). Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas 6. CHUVA DE SEMENTES Conjunto de propágulos que uma comunidade recebe através das diversas formas de dispersão, dispersão propiciando a chegada de sementes que têm a função de colonizar áreas em p processo de sucessão p primária ou secundária É Importante para conhecer os mecanismos que propiciam a chegada natural de sementes dentro das comunidades Devemos reproduzi-los e assim transpor uma das principais i i i barreiras b i d regeneração da ã natural t l Falta de propágulos que possam originar novos indivíduos em uma área após sua degradação. degradação Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas A diversidade de p plântulas de um local está mais fortemente relacionada com a diversidade de dispersores di Maior intensidade de p propágulos p g nas bordas Arbustos e árvores mais esparsas servem de poleiros para muitos dispersores Menor intensidade de abertas/fragmentadas propágulos em áreas Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas Áreas degradadas Menor chegada de propágulos 9 A distância d â d fragmentos de f fl florestais significa f uma deficiência preocupante no aporte de sementes para a área em processo de sucessão A dispersão de sementes para uma área degradada é essencial para a sua regeneração Principalmente em espécies tropicais o Banco de sementes do solo sofre uma rápida diminuição na sua abundância e riqueza de espécies devido à curta viabilidade de muitas dessas espécies. (GARWOOD, 1989). Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas Estratégias restauradoras baseadas na chuva de sementes t Árvores remanescentes em pastagens atraem aves e morcegos frugívoros que as utilizam para repouso, proteção, alimentação ou residência. Chuva de sementes sob essas árvores é muito mais intensa e rica que nas áreas circundantes Devido a recorrente regurgitação, defecação ou derrubada de frutos e sementes pelas aves e morcegos Guevara et al. (1986) Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas Justificativa de uso A chuva de sementes é elemento chave na dinâmica dos ecossistemas e, portanto, é peça i importante quando d se almeja l j a sua regeneração, ã podendo ser utilizado como indicador de uma área em processo de recuperação, recuperação uma vez que fornece indicativos de qual estágio de recuperação essa área se encontra. Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas 2. QUALIDADE DO SOLO INDICADORES DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas INDICADORES UTILIZADOS Atributos Biológico s Atributo s Físicos Atribut os Químic os Qualidade do Solo (DORAN e PARKIN, 1994). Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas Indicadores de Qualidades do Solo Antes Depois Fisicos Fisicos Quimicos Quimicos Biológicos Visuais Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas INDICADORES DE QUALIDADE DO SOLO Degradação física Relacionadas às alterações das condições estruturais do solo, ou seja, refere-se à perdas de condições ç ligadas: g 9Compactação, porosidade, retenção de água, aeração, susceptibilidade à erosão, etc Os principais indicadores utilizados são: 9Textura, estrutura, profundidade do solo, do horizonte superficial e das raízes, densidade do solo, taxa de infiltração e capacidade de retenção de água, água etc Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas INDICADORES DE QUALIDADE DO SOLO - Vigor da vegetação - Presença de serapilheira Mendes et de al, 2006 utilizou a planilhada de serapilheira avaliação visual para - Estado decomposição avaliar li a qualidade lid d d do solo l em á áreas em processo d de recuperação, ã -e chegou Incorporação no solo a conclusãoda queserapilheira esta técnica permite a quantificação do grau de recuperação das áreas impactadas e poder ser usada como - Fauna silvestre. silvestre ferramenta auxiliar nos estudos da qualidade dos solos. (MELLONI, 2001) Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas INDICADORES DE QUALIDADE DO SOLO o Indicadores Físicos para o estudo • Uso de atributos físicos do solo p de sua qualidade; • Baixo custo; • Metodologia simplificada. Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas TEXTURA Processo de degradação g ç predominante Erosão acelerada Alteração na textura Remove argila e deixa trasformações grosseiras. Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas • Análise textural granulométrica g - Determinação do tamanho das partículas e sua distribuição em determinados intervalos • Método da pipeta - Define os percentuais de frações de areia silte e argila g Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas ESTRUTURA Complementa o estudo de avaliação do arranjo entre sólidos e vazios;; Agregação e distribuição do tamanho dos agregados g g e dos poros; Avaliação da curva de retenção de umidade do solo. Poucos relatos do uso da estrutura com indicador de qualidade; Merece atenção pela interação com outros atributos e a influência direta nas operações de preparo e manejo do solo. solo MENDES et al ,(2006) ; GOMES & FILIZOLA, (2006) Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO • Resistência física que solo exerce em algo que tenta t t se mover através t é dele d l aumenta t com a compactação e a redução da umidade; id d • Limita o crescimento das infiltração de água no solo. plantas e PEDROTTI et al., (2001); DIAS et al, )2002). Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO Ç • Penetrômetro Expressa em Kg/cm² ou Kpa Neste tipo de avaliação é necessário conhecer o teor de umidade do solo. Fonte: <soilcontrol.com.br> Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO • Avaliações indiretas: - Densidade do solo (g/cm³) Mét d do Método d anél él volumétrico l ét i - Condutividade elétrica (cm/h) Condutímetro - Profundidade P f did d d de raízes í Fonte:<gaia.liberato.com.br/q uimicaonline/imagens/equipa i i li /i / i mentos/co ndutivimetro> Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO • Fenômenos que melhor refletem as condições fí i físicas internas i t do d solo l (ALVES & CABEDA, 1999) • Interdependência com outros atributos do solo; • Infiltrômetro. Fonte: <soilcontrol.com.br> Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas Degradação química Reflete os insumos, como a adição desregrada de agroquímicos ao solo; e as saídas, como os nutrientes exportados pela produção agrícola ou pela madeira dos plantios florestais, que reduzem a fertilidade do solo. Os principais indicadores são: 9Carbono orgânico total, total matéria orgânica do solo, N total; pH; condutividade elétrica; e os teores de N, P e K disponíveis, etc. Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas o Indicadores Químicos • Processos do solo ou de comportamento; • Capacidade do solo em resistir à troca de cátions; • Necessidades nutricionais da planta; • Contaminação ou poluição dos solos. (GOMES & FILIZOLA, 2006). Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas • pH - Indicar acidez; - Peagâmetro g Fonte: <portaldoprofessor.mec.gov.br> - Reações no sistema solo-solução Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas • Carbono orgânico - Não é considerado um nutriente para a planta; - Baixos valores Efeito na estrutura, disponibilidade de água para as plantas e poder de tamponamento devido à presença de compostos muitas vezes tóxicos a planta. (GOMES & FILIZOLA, 2006) Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas • Método de análise Oxidação O idação da matéria orgânica com sol solução ção de potássio em presença de ácido sulfúrico; Calor desprendido na diluição do ácido sulfúrico e titulação do excesso de dicromato com sulfato ferroso amoniacal. (CAMARGO et al 2009) Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas • Capacidade p de troca de cátions ((CTC)) - Habilidade do solo de reter e trocar íons positivamente carregados na superfície coloidal; - Importantes propriedades físico-químicas do sistema. Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas • Análise - Extração macronutrientes (Ca, Mg e K) e sódio - Solução normal de acetato de amônio pH 7,0 e d t determinação i ã dos d seus teores t no extrato t t • Teor de Micronutrientes (Zn, Cu, Fe e Mn) • Deficiência ou toxicidade DTPA TEA • Extratores: Mehlich e o DTPA-TEA PEREIRA et al., (2001); CAMARGO et al, 2009). Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas INDICADORES BIOLÓGICOS DO SOLO Definição Presença ou ausência de uma certa espécie p (planta ou animal)) em dada (p área, associada a determinada condição ambiental. Essa estratégia é bastante útil, uma vez que elimina a necessidade de se estudar todos os indivíduos da comunidade biológica. biológica (TURCO & BLUME, 1999). Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas Degradação biológica Perda da biodiversidade do solo e pela redução do teor de MO, tendo como principal consequência a baixa ou nula atividade da: 9 micro (menor de 0,2 mm em tamanho); 9 meso (de 0,2 0 2 a 2 mm); e 9 macrofauna (de 2 a 20 mm) e flora do solo Os principais indicadores são: 9C e N contidos na biomassa microbiana; N potencialmente mineralizável e taxa de respiração do solo, etc Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas Invertebrados de solo, como minhocas, térmitas e protozoários, á têm ê sido utilizados como bioindicadores Demonstram o estado da qualidade do solo ante as ações antrópicas Sensíveis à mudanças sazonais Grupo dos coliformes A presença de coliformes em amostras ambientais indica a qualidade sanitária do solo e da água Escherichia, Klebsiella e Enterobacter (BROCK & MADIGAN, 1991). Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas Diversidade Microbiana Permite considera avaliar a a diversidade, estrutura e porém composição não da comunidade microbiana O uso como indicador tem sido discutido A diversidade microbiana manter-se naturalmente inalterada ao longo do ano (SMIT et al., 2001; JOHNSON et al., 2003) Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas • Indicadores microbiológicos - Fundamentais na ciclagem de nutrientes no solo e no fluxo de energia dos ecossistemas terrestres - Importantes formação de estrutura do solo e tem ação amenizadora de stress nutricional • Biomassa microbiana - Controlam funções a decomposição e o acúmulo de m.o ou transformações envolvendo os nutrientes minerais; - Microorganismos utilizam a fração disponível da ç a sua q qualidade. m.o Sensíveis a mudanças PARRON & BUSTAMANTE, (2002); TÓTOLA & CHAER, 2002; MELLONI, (2007) Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas INDICADORES MICROBILÓGICOS • - Métodos de análise Fumigação e incubação; g ç e extração; ç Fumigação Determinação da respiração induzida pelo Substrato. • Não considera composição e estrutura (BRESOLIN et al, 2002). Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas • Diversidade microbiana - Riqueza de microogarnismos = variedade de espécies p e inter-relaçoes ç dos p processos biológicos que ocorrem; Bactérias fungos, fungos protozoários, protozoários nematóides nematóides, - Bactérias, minhocas e artrópodes; - Normalmente avaliada a nível de espécie e diversidade genética. (TÓTOLA & CHAER, 2002) Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas 3. Análise Florística INDICADORES C O S DE RESTAURAÇÃO S U Ç O AMBIENTAL Índices de Restauração Índice de Diversidade de Shannon Shannon-Weaver Weaver (H’) – Este índice é calculado com base no número de indivíduos de cada espécie e no total de indivíduos Índice de Equabilidade q de Pielou ((J)) Coeficiente de Mistura de Jentsch (QM) – Fornece uma idéia geral da composição florística do ambiente, pois, indica, em média, o número de árvores de cada espécie que é encontrado no povoamento. t Índice de MacGuinnes (IGA) – Estima o grau g a de agregação ag egação da espécie Índice de dinâmica da comunidade Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas 4 FAUNA 4. Quanto maior a quantidade e a diversidade da fauna, principalmente da avifauna, maior seria i o potencial t i l de d auto t recuperação ã desta d t área. As aves silvestres são reconhecidas como as melhores bioindicadores dos ecossistemas terrestres, principalmente os florestais. PADOVEZI, (2005); ALMEIDA e ALMEIDA, (1998). Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas Indicadores Faunísticos • Presença de todo e qualquer animal pode ser considerado indicativo de qualidade ambiental • Desproporção – Indica desequilíbrio ambiental Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas • Invertebrados - Fáceis de serem avaliados; - Métodos de avaliação identificação e contagem dos indivíduos; - Sobrevivência dependente da presença de habitats específicos. (DORAN t l 1996) (DORAN et al., 1996). Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas • - Insetos Abundantes - Tolerantes E é i sensíveis Espécies í i á alterações lt õ no meio i (SILVA, 2002). Método de análise Fonte: <methodosambiental.com.br> Fonte: <googleusercontent.com> Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas • Formigas Fonte: <blogspot.com> Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas • Cupins p nos p processos de ciclagem g de - Importante nutrientes e formação de solo; - Efeito na estrutura física; - Termiteiros abrigo a uma fauna e distribuição de plantas. Fonte: <blogspot.com> Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas Indicadores • Utilização dos indicadoresFaunísticos – Maioria dos estudos são feitos por comparação • MC C – insetos com larvas l aquáticas, á i insetos fitófagos,, mosquitos e libélulas fitófagos • Ambiente mais Orthoptera secos – Coleoptera e • Invertebrados – Indicadores ambientais de poluição p ç ou • Facilidade de coleta e baixo custo • Grande diversidade alterações ç Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas Indicadores Faunísticos • Isopteras – Tropicais e subtropicais • Associados a ciclagem de nutriente • Lepidoptera – Indicativo I di ti d de ambiente bi t “limpo” “li ” (sem ( poluição) l i ã ) • Abrange a maioria dos ambientes Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas Indicadores Faunísticos Consideraram-nos como bons indicadores, pois geralmente são organismos que possuem ampla distribuição geográfica e ao mesmo tempo são abundantes em seus hábitats. Pérez et al. (2001) Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas Indicadores Faunísticos • Ictiofauna – Sensibilidade a mudanças ambientais • Poluição • Desmatamento • Contaminação direta dos mananciais Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas Indicadores Faunísticos • Espécies-chave para o Cerrado – Térmitas • Devido às alterações que causam nas características do solo, na grande quantidade de inquilinos que vivem em suas colônias, na importância de alimentos para vertebrado etc. vertebrado, etc – Formigas cortadeiras, saúvas e quem-quem – Movimentam Mo imentam uma ma grande g ande biomassa vegetal, egetal alteram as características locais do solo e abrigam vários inquilinos em seus ninhos (Brandão & Vanzolini 1985) Departamento de Engenharia Florestal Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas Consideração ç Final ¾ Apesar de não ser recente, a discussão sobre o uso de indicadores vem ganhando força e expõe a dificuldade de se chegar a um consenso sobre quais parâmetros são capazes de atestar o impactos. ¾ Na prática p ática 9Muitos utilizam indicadores “empíricos” 9Presença de determinadas plantas, plantas insetos insetos, minhocas, etc ¾ No meio científico 9 Além desses parâmetros, figuram as interações e funções ecológicas sobre esses indicadores de restauração