Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 1 Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 2 ÍNDICE I. Relatório de Gestão 1. Mensagem conjunta do Presidente do Conselho de Administração e do Presidente da Comissão Executiva ………………………………………………………………………………. 5 2. O Novo Banco dos Açores ………………………………………………………………………………………………. - Composição Acionista ………………………………………………………………………………………… - Órgãos Sociais………………………………………………………………………………………………………… - Principais Acontecimentos de 2014……………………………………………………………………… - Presença Geográfica e Rede de Distribuição ……………………………………………………… 7 7 8 10 11 3. Enquadramento Económico ………………………………………………………………………………………… - Breve caracterização da economia Açoriana ……………………………………………………. - Situação Económica Internacional ……………………………………………………………………… - Situação Económica Nacional ……………………………………………………………………………. - Situação Económica da Região Autónoma dos Açores ……………………………………. 13 13 15 16 18 4. Estratégia e Modelo de Negócio ……………………………………………………………………………………. - Banca de Retalho……………………………………………………………………………………………………. - Private Banking ……………………………………………………………………………………………………… - Empresas …………………...…………………………………………………………………………………………… - Municípios e Institucionais …………………………………………………………………………………… 27 29 39 40 42 5. Recursos Humanos ………………………………………………………………………………………………………… 45 6. Análise do Risco de Crédito ……………………………………………………………………………………………. 48 7. Análise da evolução da atividade …………………………………………………………………………….… - Principais indicadores …………………………………………………………………………………………… - Evolução previsível da Sociedade ………………………………………………………………………… 51 51 60 8. Demonstrações Financeiras …………………………………………………………………………………………. 61 9. Notas Finais ……………………………………………………………………………………………………………………. - Declaração de Conformidade sobre a informação financeira apresentada …. - Proposta de Aplicação de Resultados …………………………………………………………………. - Agradecimento ………………………………………………………………………………………………………. 64 64 65 66 Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 3 II. Demonstrações Financeiras e Notas às Contas 1. Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas …………………………………………………… 67 2. Anexo – Adaptação das Recomendações do Financial Stability Fórum (FSF) e do Commitee of European Supervisors (CEBS) relativas à Transparência da Informação e Valorização dos Ativos …………………………………………………………………. 147 Certificação Legal e Relatório do Revisor Oficial de Contas…………………………………… 150 4. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal ……………………………………………………………………. 153 3. III. Informação sobre o Governo da Sociedade 1. Participações qualificadas no capital social do Novo Banco dos Açores .………. 157 2. Acionistas titulares de direitos especiais ………………………………………………………………. 157 3. Restrições em matéria de direito de voto……………………………………………………………… 158 4. Nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e alteração dos estatutos da sociedade……………………………………………………………………. 158 5. Poderes do órgão de administração ……………………………………………………………………… 159 6. Sistemas de controlo interno e de gestão de risco ……………………………………………… 159 IV. Anexos Anexo 1 – Politica de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização do Novo Banco dos Açores, apresentada pela Comissão de Vencimentos na Assembleia Geral de 25 de março de 2015. ………………………….. 160 Anexo 2 – Extrato da Ata da Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos Açores, S.A. ……………………………………………………………………………………………………… 166 Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 4 MENSAGEM CONJUNTA DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA 1 Senhores Acionistas, O primeiro semestre de 2014 decorreu dentro do orçamentado e com resultados muito positivos. O segundo semestre foi marcado pelos efeitos colaterais que a Instituição sofreu com o colapso do ex BES e que teve o seu ponto mais alto na medida de Resolução que foi aplicada àquele Banco. Esses fatos influenciaram em grande medida a atividade do BES dos Açores / Novo Banco dos Açores nos últimos 5 meses do ano. O ex BES dos Açores, no contexto da medida de Resolução, apesar de não ter estado na sua origem, foi incluído no perímetro do Novo Banco. Na Assembleia Geral dos Acionistas do BES dos Açores de 7 de outubro de 2014, foi deliberado pelos Acionistas adotar o nome de Novo Banco dos Açores, seguindo, assim, a marca do acionista maioritário que é o Novo Banco, que detém 57,5% do capital social da Instituição, sendo os restantes 42,5% de acionistas regionais, mais precisamente 13 Santas Casas das Misericórdias dos Açores, com 32,5%, com particular destaque para a Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada com 30%, e os restantes 10% pertencentes ao acionista Grupo Bensaúde. Depois, foi solicitado ao Banco de Portugal o registo do nome de Novo Banco dos Açores, tendo o mesmo sido autorizado em 22 de outubro de 2014. Não obstante os impactos negativos decorrentes do colapso do BES, o nosso Banco continuou a desenvolver a sua atividade com muita persistência e resiliência. Os recursos de balanço sofreram no ano em análise uma quebra de -10,1%, passando de 331.8 milhões de euros para 298.2 milhões de euros, sendo que a maior quebra sofrida foi nos Recursos fora de Balanço. Quanto ao Crédito, neste mesmo período, registou-se uma evolução positiva de +1,5%. O Exercício de 2014 terminou com um Resultado Bruto de 5,5 milhões de euros, o que representa um crescimento de cerca 41% relativamente a 2013. Tal evolução ficou a dever-se a uma melhoria do Resultado Financeiro de mais 34,6% relativamente ao período homólogo e a um crescimento também positivo do Serviço a Clientes de 3,5%, o que se traduziu num crescimento do Produto Bancário de mais 13,4%. Acresce que o Novo Banco dos Açores, no período em análise, conseguiu reduzir os Custos Operativos em 0,6%. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 5 O Resultado Líquido, negativo, no montante de 2.1 milhões de euros, foi altamente influenciado pelo forte aumento do provisionamento para crédito a Clientes, mais 4.094 milhares de euros do que em 2013. Não fosse este elevado reforço de provisões, o Banco teria um Resultado Líquido Positivo. A este movimento de Provisões também não são alheios o desempenho da economia e os seus constrangimentos, dificultando em muito a resolução de vários processos. O Crédito Vencido em 31 de dezembro de 2014 era de 18.296 milhares de euros e as Provisões acumuladas para Crédito eram de 26.340 milhares de euros, sendo que uma grande parte do crédito vencido já está coberto por consideráveis garantias reais. O ano de 2014 encerrou com um Ativo Líquido de 437,5 milhões de euros, o que representa uma variação, relativamente a 2013, de -1,8%. Tal como no passado, no ano de 2015, iremos continuar a nossa política de dinamização do Banco, muito ativa e rigorosa, de forma a continuarmos a constituir um elemento fundamental para o Desenvolvimento Económico e Social dos Açores, e em especial das suas empresas, e em conformidade com as nossas responsabilidades de sermos o único Banco a operar na Região com sede nos Açores. A todos os nossos Colaboradores um agradecimento especial por terem contribuído para ultrapassar este ano muito difícil. O empenho de todos faz com que o Novo Banco dos Açores esteja à altura dos atuais desafios e possa continuar a ser um Banco de referência na Região Autónoma dos Açores. Manifestamos o nosso agradecimento também aos Colaboradores do Novo Banco, da Companhia de Seguros Tranquilidade e das outras Empresas do Grupo Novo Banco, com quem trabalhamos todos os dias e das quais recebemos valiosa colaboração, designadamente através do fornecimento de serviços e produtos no quadro do modelo de externalização que se pretende cada vez mais eficiente e do qual se espera um relevante contributo para a continuada redução do nosso Cost to Income. Registamos um agradecimento aos Órgãos de Fiscalização do Banco, com particular destaque para o Conselho Fiscal, pelo trabalho desenvolvido no exercício agora findo. Uma palavra também de agradecimento para os Membros do Conselho Consultivo pelo apoio prestado para o desenvolvimento da nossa atividade. Queremos também salientar o nosso agradecimento às Autoridades Monetárias e Financeiras Nacionais e Regionais, com particular destaque para o Banco de Portugal e para a Vice-Presidência do Governo Regional que tutela a área das Finanças Regionais, das quais temos tido todo o apoio. Registamos também um agradecimento muito especial aos nossos Acionistas e aos nossos Clientes, empresas e institucionais, e particulares, sejam residentes nos Açores ou nas Comunidades de Emigrantes, pela forte e valiosa contribuição para o desenvolvimento do Novo Banco dos Açores. Gualter José Andrade Furtado Jaime José Matos da Gama Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 6 2 O NOVO BANCO DOS AÇORES Composição Acionista Accionista Nº Acções % Capital Social Novo Banco, SA 2.144.191 57,5236% Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada 1.118.263 30,0003% 372.750 10,0000% 213 0,0057% Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande 53.250 1,4286% Santa Casa da Misericórdia de Nordeste 24.022 0,6445% Santa Casa da Misericórdia da Horta 12.750 0,3421% Santa Casa da Misericórdia da Calheta 500 0,0134% Santa Casa da Misericórdia do Divino Espírito Santo Maia 531 0,0142% Santa Casa da Misericórdia de Vila do Porto 266 0,0071% Santa Casa da Misericórdia de Vila Santa Cruz Flores 213 0,0057% Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca do Campo 106 0,0028% Santa Casa da Misericórdia de Santo António Lagoa 106 0,0028% Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória 106 0,0028% Santa Casa da Misericórdia de Vila Praia da Graciosa 106 0,0028% Santa Casa da Misericórdia da Madalena 106 0,0028% 21 0,0006% 3.727.500 100,00% Bensaúde Participações SGPS, SA Banco Espírito Santo de Investimento, SA Santa Casa da Misericórdia do Corvo Total Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 7 Órgãos Sociais Os órgãos sociais do Novo Banco dos Açores, face ao seu estatuto de sociedade anónima, são eleitos em Assembleia Geral e estão localizados na sede social do Banco. A gestão do Novo Banco dos Açores é assegurada por um Conselho de Administração com competência para exercer os mais amplos poderes de gestão e representação da Sociedade, praticando todos os atos necessários à prossecução das atividades do Banco. O Conselho de Administração é composto por nove membros, dos quais seis são não executivos. A gestão corrente da sociedade é delegada numa Comissão Executiva, composta por três membros. O Conselho de Administração do NB dos Açores reúne, por norma, uma vez por mês, e reunirá extraordinariamente sempre que convocado pelo seu Presidente ou por dois Administradores. A composição dos Órgãos Sociais para o triénio 2014 – 2016 é atualmente a seguinte: Mesa da Assembleia Geral Presidente: - Dr. Francisco Marques da Cruz Vieira da Cruz Vice-Presidente: - Sr. Octaviano Geraldo Cabral Mota Secretário: - Dr. João Afonso Pereira Gomes da Silva Conselho de Administração Presidente: - Dr. Jaime José Matos da Gama Vice-Presidente: - NOVO BANCO, S.A. representado por Dr. José João Guilherme Vogais: - NOVO BANCO, S.A. representado por Dr. José Eduardo Fragoso Tavares de Bettencourt - NOVO BANCO, S.A. representado por Dr. Luís Miguel Cordeiro Guimarães de Carvalho - Dr. José Francisco Gonçalves Silva - Dr.ª Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa - Dr. Gualter José Andrade Furtado - Dr. António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues - Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 8 Comissão Executiva Presidente: - Dr. Gualter José Andrade Furtado Vice-Presidente: - Dr. António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues Vogal: - Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros Conselho Fiscal Presidente: Vogais: - Dr. José Maria Rego Ribeiro da Cunha - Dr. António Maurício Couto Tavares Sousa - Dr. José Manuel dos Santos Gaudêncio Suplente - Dr. Mário Paulo Bettencourt de Oliveira Revisor Oficial de Contas Efectivo - PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Ld.ª, representada por José Manuel Henriques Bernardo ou Aurélio Adriano Rangel Amado Suplente: - Jorge Manuel Santos Costa Comissão Executiva António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues Vice-Presidente Gualter José Andrade Furtado Presidente Gustavo Manuel Frazão de Medeiros Vogal Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 9 Principais Acontecimentos de 2014 14 fevereiro – O BES dos Açores divulga os resultados do exercício de 2013. O resultado líquido do exercício foi de -1.025 milhares de euros 21 março – Reunião do Conselho Consultivo no âmbito da qual é promovida uma conferência com a participação do Dr. Luís Cabral de Melo, empresário na área das tecnologias da informação e Dr. Carlos Andrade, Economista Chefe do Banco Espírito Santo 25 março - O BES dos Açores e o Governo Regional dos Açores assinam um Protocolo ao abrigo do Programa de Apoio Extraordinário no âmbito do Crédito à Habitação para Agregados Familiares com Salários em Atraso. 27 março - Em Assembleia-geral Anual os Acionistas aprovam o relatório de gestão, as contas do exercício e a aplicação dos resultados e elegem os membros dos órgãos sociais para o triénio 2014/2016 - Assinatura de protocolo com a INSULAC - Produtos Lácteos Açorianos, SA 30 abril - É inaugurado o Business Continuity Site (instalações alternativas) situado na freguesia de Rabo de Peixe, no 1º andar do edifício da Agência naquela localidade. 16 maio - O BES dos Açores esteve presente na Feira Agrícola AgroTer 2014, que decorreu na Praia da Vitória. 19 maio - O BES dos Açores assina um Protocolo com a Direcção Regional da Energia no âmbito do Proenergia. 21 maio - O BES dos Açores, a Secretaria Regional da Solidariedade Social e a Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura assinam um Protocolo no âmbito do Programa ADI para a concretização do Prémio “Eu aposto no meu Futuro”. 4 julho - O BES dos Açores homenageia o Dr. Augusto de Ataíde, primeiro Presidente do Conselho de Administração do Banco, atribuindo o seu nome à Sala de reuniões do Conselho de Administração. 3 de agosto - Na sequência da Medida de Resolução aplicada pelo Banco de Portugal ao Banco Espírito Santo, o BES dos Açores é incluído no perímetro de consolidação do Grupo Novo Banco. 22 outubro - Por deliberação da Assembleia Geral e após autorização do Banco de Portugal, foi alterada a denominação social do BES dos Açores para Novo Banco dos Açores. 20 novembro - Uma delegação do Novo Banco dos Açores desloca-se ao Canadá para contactos com a Comunidade Açoriana e reforço das relações com os seus Clientes. 31 dezembro – O Novo Banco dos Açores termina o ano com um resultado líquido negativo de 2.121 milhares de euros. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 10 Presença Geográfica e Rede de Distribuição SEDE - P ONTA DELGA DA Rua Hintze Ribeiro, 2 - 8 - Ponta delgada Telefone 296 307 000 Fax 296 307 006 CENTRO DE EMP RESA S DE P ONTA DELGA DA Praça Gonçalo Velho, 2 - 1º - Ponta Delgada Telefone 296 309 000 Fax 296 309 001 CENTRO P RIVA TE Praça Gonçalo Velho, 2 - r/c Telefone 296 287 231 Fax 296 629 416 Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 11 AGÊNCIAS S. MIGUEL CENTRO NB 3 60º Praça Gonçalo Velho, 2 - r/c Telefone 296 287 231 HOSP ITA L DIVINO ESP ÍRITO SA NTO Fax 296 629 416 SEDE Fax - 296 307 684 NORDESTE Rua Hintze Ribeiro, 2 - 8 - Ponta Delgada Telefone - 296 628 345 Fax - 296 307 054 A NTERO DE QUENTA L Estrada Regional, 9 - Lomba da Fazenda Telefone - 296 488 048 Fax - 296 480 184 RA BO DE P EIXE Avenida Antero de Quental, 37 Ponta Delgada Telefone - 296 629 047 Fax - 296 301 624 A RRIFES Largo da Saúde - Arrifes Telefone - 296 682 002 Grotinha - Arrifes Telefone - 296 282 167 Rua Infante D. Henrique, 10 - Rabo de Peixe Telefone - 296 492 115 Fax - 296 490 284 RIBEIRA GRA NDE Fax - 296 301 694 CA NDELÁ RIA Rua El-Rei D. Carlos I, 49 - Ribeira Grande Telefone - 296 472 850 Fax - 296 470 524 VILA FRA NCA DO CA MP O Estrada Regional, 139 - Candelária Telefone - 296 295 420 Fax - 296 295 267 Rua Teófilo Braga, 17 - Vila Franca do Campo Telefone - 296 582 007 Fax - 296 539 184 FA J Ã DE BA IXO Rua do Vigário Geral, 1 e 1A - Fajã de Baixo Telefone - 296 630 510 Fax - 296 630 511 TERCEIRA A NGRA DO HEROÍSMO FA IA L HORTA Rua de S. João, 45 - Angra do Heroísmo Rua Vasco da Gama - Horta Telefone - 295 215 125 Telefone - 292 292 902 Fax - 295 217 546 LA MEIRINHO Fax - 292 202 194 P ICO MA DA LENA Centro Empresarial de Angra Rua Dr. Aníbal Bettencourt, 242 G Rua Engº Alvaro de Freitas, s/nº - Madalena Angra do Heroísmo Telefone - 292 628 510 Telefone - 295 403 580 Fax - 292 628 511 Fax - 295 403 581 SA NTA MA RIA VILA DO P ORTO P RA IA DA VITÓRIA Rua de jesus, 2 - Praia da Vitória Rua Dr. Luis Bettencourt - Vila do Porto Telefone - 295 543 200 Telefone - 292 307 033 Fax - 295 543 001 NBNET DOS A ÇORES www.novobancodosacores.pt Fax - 292 307 035 NBDIRECTO DOS A ÇORES 707 296 3 65 Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 12 3 ENQUADRAMENTO ECONÓMICO Breve caracterização da economia Açoriana A Região Autónoma dos Açores (R.A.A.) é constituída por 19 concelhos distribuídos por nove ilhas. O Grupo Ocidental abarca os concelhos do Corvo, Santa Cruz das Flores e de Lajes das Flores. Os concelhos de Santa Cruz da Graciosa, Vila da Praia da Vitória, Angra do Heroísmo, Velas, Calheta, Horta, São Roque do Pico, Madalena e de Lajes do Pico constituem o Grupo Central. O Grupo Oriental é formado pelos concelhos de Ponta Delgada, Ribeira Grande, Lagoa, Vila Franca do Campo, Nordeste, Povoação e de Vila do Porto. 2 A área total da R. A. Açores ascende a 2 322 Km , cerca de 2.5% da superfície terrestre portuguesa. Em 2011, Ponta Delgada era o concelho mais populoso da região (37º no ranking de Portugal). Já Angra do Heroísmo era aquele que apresentava maior densidade populacional (89º no ranking em Portugal). Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 13 Segundo o Censos de 2011, a população residente era de 246.746 indivíduos o que equivale a um crescimento populacional de 2,8% (4.983 indivíduos) nos últimos 10 anos representando 2,3% da população residente em Portugal. Analisando a relação de masculinidade, traduzida pelo rácio homens/mulheres, continuamos a ser uma região com mais mulheres do que homens, ou seja, 50,8%, da população são indivíduos do sexo feminino (125.213) e 49,2% da população são indivíduos do sexo masculino (121.533). Este crescimento da população Açoriana é, maioritariamente, explicado pelo aumento do saldo natural (nascimentos - óbitos), de 4.756 indivíduos tendo sido o saldo migratório estimado (imigração – emigração) negativo no montante de -417 indivíduos. O número de famílias (81.718) cresceu cerca de 13,5% na última década e o número médio de pessoas por família decresceu de 3,4 em 2001 para 3 em 2011. De 2001 a 2011, apenas as ilhas de S. Miguel, Terceira e Corvo viram crescer a sua população em valores superiores a 1%. A ilha do Faial manteve o seu nível de população, com uma ligeira variação, e as restantes ilhas tiveram decréscimos populacionais superiores a 1%. Os crescimentos populacionais refletiram-se em 7 dos 19 municípios da Região dos quais, salientam-se os seguintes concelhos: Ribeira Grande (12%), Ponta Delgada (4%), Praia da Vitória (4%) e Lagoa (2%). AÇORES POPULAÇÃO RESIDENTE ILHAS/ANOS 2001 2011 Δ% Santa Maria S. Miguel Terceira Graciosa S.Jorge Pico Faial Flores Corvo TOTAL 5.578 5.552 131.609 55.833 4.780 9.674 14.806 15.063 3.995 425 241.763 137.830 56.437 4.391 9.171 14.148 14.994 3.793 430 246.746 -0,47% DISTR. % 2,25% 4,73% 55,86% 1,08% 22,87% -8,14% 1,78% -5,20% 3,72% -4,44% 5,73% -0,46% 6,08% -5,06% 1,54% 1,18% 0,17% 2,06% 100,00% FONTE: SREA Há uma tendência natural de concentração da população nas ilhas onde se localizam as principais funções administrativas e económicas. Nos últimos anos, verifica-se que o crescimento demográfico em algumas ilhas é a consequência da desertificação de outras, o que acontece devido aos fluxos migratórios entre ilhas, tanto de mão-de-obra especializada, como de indiferenciada. Este movimento migratório tem como objetivos a obtenção de emprego e de melhores condições de vida e é essencialmente na ilha de S. Miguel que se verifica a concentração deste crescimento. Os Açores são a Região do País com população mais jovem. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 14 Qualquer que seja o cenário considerado estima-se que a população dos Açores continuará a crescer lentamente nos próximos anos. Também, no período de 2001 a 2011, assistimos a um crescimento significativo dos alojamentos (17,1%) e dos edifícios (12,8%). Presentemente, na Região Autónoma dos Açores, o número de alojamentos é de 109.324 e o número de edifícios é de 98.807, ou seja, foram construídos mais 11.222 edifícios residenciais na última década. Para se fazer uma abordagem à Economia da Região e perceber o que se passou nos Açores em 2014, é necessário proceder ao seu enquadramento no contexto internacional, Europeu e Nacional. Situação Económica Internacional Em 2014, o mundo assistiu a um abrandamento da economia na sua globalidade, em parte, devido à desaceleração das economias dos países emergentes e em desenvolvimento. Em 2014, a volatilidade dos índices bolsistas internacionais persistiram motivada por: Nos Estados Unidos os principais índices estarem com uma evolução positiva; Na área do Euro assistiu-se a uma queda do preço das ações provocado pela instabilidade política de alguns países, como a Grécia, e dúvidas quanto ao ritmo do crescimento económico mundial; A crise financeira da Rússia acompanhada pela descida acentuada do preço do petróleo; Em dezembro a taxa de câmbio do Euro desvalorizou face às principais divisas internacionais. No 3º trimestre de 2014 a desaceleração das economias de países como o Japão, a China, a Rússia, o Brasil e o México afetaram negativamente o PIB do G20. Em contrapartida o PIB da Índia e da Indonésia mantiveram a sua rota crescente. Os Estados Unidos da América, durante o 3º trimestre do ano findo, apresentou um bom crescimento do PIB e as perspetivas para 4º Trimestre do ano apontavam para a manutenção de um forte dinamismo da atividade económica consequência de uma procura interna crescente acompanhada de uma boa evolução do mercado de trabalho, com o aumento da produção industrial e vendas a retalho. No 3º trimestre do ano o PIB europeu manteve um crescimento de cerca de 1% em termos homólogos, consequência do abrandamento do investimento compensado por uma melhoria do consumo e das exportações. No final do ano, o sentimento económico abrandou fruto de uma quebra de confiança dos empresários do comércio a retalho e dos consumidores. Contudo, as previsões apontam para uma melhoria da atividade económica no 4º trimestre do ano devido a um aumento da produção industrial e Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 15 das vendas a retalho na Europa. A taxa de desemprego manteve-se e a inflação baixou para 0,3% influenciada pela redução dos preços da energia. Em dezembro de 2014, o preço do petróleo sofreu um decréscimo acentuado em reflexo de uma oferta superior à procura. Nos finais de 2014 as taxas de juro de curto prazo da zona euro estabilizaram e subiram ligeiramente nos EUA. Até ao dia 22 de dezembro a taxa Euribor a 3 meses era de 0,08% e a dos EUA subiu para 0,24%. O abrandamento do crescimento económico e designadamente nos países emergentes e em desenvolvimento teve reflexos negativos no crescimento do comércio Mundial de produtos e serviços. Situação Económica Nacional Em Portugal, a retoma económica continua a ser feita a um ritmo lento. O 3º trimestre de 2014 ficou marcado por um crescimento homólogo de 1,1% do PIB (Contas Nacionais Trimestrais do INE) motivado pelo contributo positivo da procura interna e pelo contributo negativo da procura externa. Por sua vez, o consumo privado teve uma variação positiva de 2,7% especialmente na sua componente de Bens Duradouros, bem como do investimento em 3,7%. No que refere ao indicador de atividade económica do INE, em outubro houve uma ligeira desaceleração, embora tivesse havido um crescimento homólogo de 2,8%. Contudo, assistiu-se a uma melhoria generalizada dos indicadores de confiança com exceção do indicador para os serviços. Até ao final do mês de outubro, em termos homólogos, verificou-se que, na indústria transformadora o índice de produção desceu 0,3% e o índice do volume de negócios cresceu em 1,5%. Por outro lado, o índice de produção, na construção civil e obras públicas, teve uma quebra de 5,8% e o índice de volume de negócios nos serviços apresentou uma quebra de 2,3%. O índice de volume de negócios do comércio a retalho teve um incremento de 0,8%. Em relação ao emprego, até ao final do 3º trimestre a taxa de desemprego, segundo o Eurostat, voltou a decrescer para 13,6%, menos 2,1% do que o mês homólogo de 2013. Portugal registou em setembro uma das maiores quedas homólogas da taxa desemprega entre os Estados-membros da União Europeia. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 16 Em outubro e de acordo com as estatísticas do INE a taxa de desemprego, voltou a baixar para os 13,4% e o emprego cresceu 1,6%. No final de novembro de 2014, estavam registados cerca de 598 mil desempregados nos centros de emprego, o que representou uma descida em termos homólogos de 13,6%. As ofertas e as colocações de emprego em outubro e novembro tiveram acréscimos de 1,5% e 18,4% respetivamente. Novembro terminou com cerca de 237 mil trabalhadores abrangidos por instrumentos de Regulação Coletiva de Trabalho. A taxa de inflação em Portugal em 2014 foi negativa cifrando-se em -0,3%. Este é o valor mais baixo desde 2009, ano em que os preços também haviam caído (-0,8%). A taxa de inflação portuguesa no período homólogo de 2013 foi marginalmente positiva no valor de 0,3%. Em finais de 2014, contrariamente à evolução dos índices bolsistas internacionais, o índice PSI-20 sofreu uma desvalorização, afetando tanto os bancos como algumas empresas do setor energético. No dia 22 de dezembro de 2014, o PSI-20 apresentava uma desvalorização de 26% face a 2013. Em outubro, a taxa de variação anual dos empréstimos ao setor privado não financeiro, estabilizou em -4,8%, devido à evolução dos empréstimos destinados aos particulares. No que refere ao crédito atribuído às empresas não financeiras, deteriorou-se. A variação do crédito a particulares manteve-se estabilizada em -3%, em outubro 2014, consequência da estabilização do crédito à habitação. O crédito ao consumo apresentou uma variação menos negativa. As taxas de juro das operações do crédito diminuíram tanto para as empresas como para os particulares. Até novembro de 2014, o défice global provisório das Administrações Públicas (AP), na ótica da contabilidade pública, foi de 6.420,3 M€, uma melhoria de 2.765,5 M€ face ao período homólogo. A execução orçamental até o final de novembro de 2014 e face ao período homólogo de 2013 caracterizou-se por: Um crescimento da receita fiscal de 6,2%, justificada principalmente pelo aumento do IRS (9%), do IVA (7%), do imposto sobre veículos (33,7%), do imposto sobre tabaco (7,7%) e do imposto único de circulação (22,5%); A receita não fiscal registou uma diminuição de 22,3% motivado pela diminuição de outras receitas de capital o efeito de base relativa à concessão do serviço aeroportuário de apoio à aviação civil, às transferências correntes de outros subsetores das administrações públicas, aos rendimentos de propriedade e a outras receitas correntes; Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 17 • Aumento da despesa total em 0,2% e uma redução da despesa primária de 0,2% (crescimento das despesas com pessoal). • Diminuição das transferências de capital para outros subsetores das administrações públicas em 32,5%, em particular para a administração regional como consequência da aplicação da Lei das Finanças Regionais, das outras despesas correntes e das transferências para a União europeia. Os Serviços e Fundos Autónomos aumentaram o seu excedente em 659,7 M€ e o excedente da Segurança Social apresentou uma redução de 44,73 M€. A administração local passou de um défice de 180 M€ para um excedente de 352 M€, a administração regional diminuiu o défice em 461,7 M€ e o Estado em 1.157,7 M€ De acordo com os dados publicados pelo Banco de Portugal, em outubro de 2014, a dívida pública das Administrações Públicas foi de 225,2 M€, menos 3.975,4 M€ que no final de setembro. Mantêm-se os desequilíbrios estruturais nas Contas Públicas Portuguesas, sendo de prever, que os ajustamentos terão de continuar, ainda que “amenizados” por uma intenção de contrariar a realidade por parte de alguns protagonistas políticos. No que refere às contas externas, os dados do INE relativos ao comércio internacional português, no final de outubro, em termos médios homólogos, apontavam para uma subida das importações de 1,2% e de uma subida das exportações em 9,4%. O aumento das exportações verificou-se tanto para o mercado comunitário como para o mercado extracomunitário. No fim de outubro de 2014, o excedente acumulado da balança corrente foi de 1.088 milhões de Euros, o que representou uma melhoria face ao período homólogo de 2013, proveniente de uma melhoria dos saldos das balanças de serviços, rendimentos primários e secundários. A balança corrente e de capital apresentou uma capacidade de financiamento da economia portuguesa de 852 milhões de euros, o que representou um decréscimo face ao excedente registado durante o ano. Situação Económica da Região Autónoma dos Açores A envolvente internacional e a situação económica nacional, tiveram os seus reflexos na Região Autónoma dos Açores em 2014. A sua economia foi afetada, padecendo dos mesmos sintomas da Economia Portuguesa. Até novembro 2014, e na ótica da contabilidade pública, assistiu-se a um novo decréscimo do excedente orçamental de 13,4 M€, sendo os resultados influenciados pelo pagamento de dívidas a fornecedores de Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 18 anos anteriores. É de salientar que em novembro de 2013 o excedente orçamental já tinha sofrido um decréscimo de 18 M€, em virtude de um ritmo mais acelerado de aumento da despesa face ao da receita. A execução orçamental da Administração Regional, face a 2013, caracterizou-se por: • Uma diminuição da receita total de 5,8%, sobretudo devido à diminuição das transferências de Capital do Estado, resultado da alteração à Lei de Finanças Regionais, pela evolução do IRC na Região e diminuição das transferências de Capital da UE. • Uma redução da despesa total de 4,6%, que é explicada pela redução de 15,8% das outras transferências, pelo decréscimo de 49,2% dos subsídios e do abrandamento de 31% do investimento. Estas variações negativas foram mais que suficientes para compensar o aumento de 50,4% da despesa com juros. No final de setembro, a Região viu a sua taxa de desemprego reduzir para 15,7%, o que representou um decréscimo de 2% face ao período homólogo. Refira-se que, tradicionalmente, a taxa de desemprego nos Açores era mais baixa do que no resto do país. Esta situação inverteu-se, tendo este indicador atingido valores superiores à taxa de desemprego Nacional, que em igual período era de 13,1%. A taxa de desemprego tanto Nacional como Regional apresentam tendências decrescentes. No terceiro trimestre de 2014, em termos homólogos, a população total dos Açores manteve-se estável, enquanto a sua população ativa reduziu de 121.762 trabalhadores para 121.744 (-0,2%). Por sua vez a população desempregada VARIAÇÃO HOMOLOGA POPULAÇÃO AÇORES Set-13 Set-14 POPULAÇÃO TOTAL POPULAÇÃO ATIVA TAXA DE ATIVIDADE POPULAÇÃO EMPREGADA POPULAÇÃO DESEMPREGADA TAXA DE DESEMPREGO 247.671 121.762 49,2% 100.252 21.509 17,7% 247.538 121.474 49,1% 102.405 19.068 15,7% -0,1% -0,2% -0,1% 2,1% -11,3% -2,0% FONTE: SREA apresentou uma redução de 21.509 trabalhadores para 19.068 (-11.3%) e a taxa de desemprego passou de 17,7% para 15,7%. Estes decréscimos podem ser explicados pela emigração, por uma melhoria de oferta de emprego em alguns setores de atividade, pelo empreendedorismo e políticas de apoio ao emprego do Governo Regional dos Açores. Nos Açores, o setor com maior número de trabalhadores é o terciário onde estão incluídos os trabalhadores da Administração Pública. POPULAÇÃO EMPREGADA Set-13 Set-14 SECTOR PRIMÁRIO SECTOR SECUNDÁRIO SECTOR TERCIÁRIO TOTAL 13.564 13.359 73.329 100.252 13.725 15.952 72.728 102.405 VARIAÇÃO HOMOLOGA FONTE: SREA 1,2% 19,4% -0,8% 2,1% Comparando o terceiro trimestre de 2014 com o trimestre homólogo de 2013, verifica-se uma melhoria do emprego no setor primário e secundário e uma degradação do emprego no setor terciário. O setor primário gerou 161 novos postos de trabalho, o setor secundário gerou 2.593 postos de trabalho, apresentando crescimentos de postos de trabalho tanto nas indústrias transformadoras como na construção. De Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 19 setembro de 2013 a setembro de 2014, a população empregada cresceu 2,1%, significando um crescimento de 2.153 postos de trabalho. Em igual período, o setor terciário perdeu 601 postos de trabalho representando um decréscimo homólogo de 0,8%. Até ao final de setembro de 2014, de acordo com os dados disponíveis pelo SREA, os diferentes setores de atividade na Região registaram comportamentos diferenciados. A crise que se vive nos Açores mantém-se. A dúvida no futuro persiste e as expectativas dos agentes económicos continuam a ser incerteza. O tecido empresarial está frágil, aumentou o número de insolvências, tanto empresariais como individuais. Durante o ano de 2014 dissolveram-se 138 empresas. Foram declaradas 56 insolvências e surgiram 570 empresas novas, muitas das quais, graças ao empreendedorismo, ao microcrédito e políticas de apoio ao emprego do Governo Regional. Desde 2009, nos Açores, 2014 foi o ano que registou o maior número de criação e de insolvências de empresas, no que refere às dissoluções de empresas decresceu 7% em 2014 face ao período homólogo. FONTE: D&B A Agricultura nos Açores manifesta um conjunto de peculiaridades que, no quadro económico atual, estimulam uma atenção especial por parte das entidades públicas, face às debilidades que aparentam outros setores, concentrando em si um potencial de criação de emprego, de inovação e de capacidade exportadora. O fenómeno de perca de emprego nos principais centros urbanos conduz, também, à preocupação da preservação e criação de emprego no território rural da Região Autónoma dos Açores, onde a Agricultura, a par do turismo, podem desempenhar um importante papel. Até novembro de 2014, a Agricultura tem estado a registar uma evolução positiva, face ao ano anterior. O setor primário e em especial a produção agropecuária constitui um dos principais pilares da economia açoriana. Na última década, os Açores mantiveram, em termos territoriais, uma grande especialização na utilização dos solos dedicada à produção pecuária, de forma muito expressiva, no âmbito da produção de leite, dedicando o seu uso à produção forrageira (erva e milho forrageiro). As ilhas de S. Miguel, Terceira e S. Jorge apresentaram uma forte propensão para o aumento da produção Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 20 leiteira. Produção que, atualmente, já representa cerca de 30% da produção portuguesa e 95% da produção açoriana. Os Açores produzem cerca de um terço do leite produzido no país com apenas 2,5% da SAU (superfície agrícola útil). A estabilidade na recolha, transformação e acesso aos mercados dos produtos lácteos, a regularidade do pagamento mensal do leite, apenas nas ilhas de S. Miguel e Terceira, e o investimento na modernização das unidades industriais e explorações agrícolas têm contribuído para o fortalecimento desse setor. Nas restantes ilhas, com exceção da ilha Graciosa, os investimentos no setor leiteiro não se traduziram em retorno visível pelos seguintes motivos: • Abandono sucessivo da atividade, apesar do investimento em novas unidades industriais como é no caso das ilhas do Pico, do Faial e das Flores. • Criação de bovinos para a produção intencional de carne como um setor determinante, em algumas ilhas. • O mercado de “exportação” para o continente português constitui o destino mais importante dos produtos derivados do leite e da carne dos Açores. Relativamente às exportações para fora do país, registam-se crescimentos sustentados, designadamente, no setor dos laticínios. A confirmar esta liderança, os dados disponibilizados pelo SREA, até novembro de 2014, são suficientes para se constatar a evolução positiva do setor. De janeiro a novembro do ano em curso, foram entregues nas fábricas 533.352 milhares de litros de leite, o que representou um acréscimo de 7,9% (38.834 milhares de UNIDADE: 1000 litros ENTREGA DE LEITE EM FÁBRICA Nov-13 Nov-14 494.518 533.352 VARIAÇÃO HOMOLOGA 7,9% FONTE: SREA litros de leite), face ao mês homólogo do ano anterior. Contribuíram para este acréscimo os seguintes fatores: • Fraca oscilação dos preços dos fatores de produção (rações, adubos e combustíveis); • Condições climatéricas favoráveis ao longo do ano. Por outro lado a agropecuária açoriana foi afetada pelo aumento da carga fiscal e redução do preço do leite pago ao produtor, embora não tivesse sido aplicada a sazonalidade no que refere ao preço do leite, especialmente na ilha de S. Miguel, onde o leite tem o preço mais elevado. Esta situação provocou discrepância no preço do leite pago ao produtor, nas diferentes ilhas dos Açores. ENTREGA DE LEITE EM FÁBRICA POR ILHA UNIDADE: 1000 litros S.MIGUEL TERCEIRA GRACIOSA SÃO JORGE PICO FAIAL FLORES CORVO Notas às TOTAL Nov-13 Nov-14 VARIAÇÃO HOMOLOGA 321.158 346.699 8,0% 123.877 135.774 9,6% 6.915 6.753 -2,3% 24.790 26.083 5,2% 5.742 6.017 4,8% 11.343 11.431 0,8% 677 573 -15,3% 21 30,4% Demonstrações16Financeiras 494.518 533.352 7,9% FONTE: SREA Relatório e Contas de 2014 2014 ENTREGA DE LEITE EM FÁBRICA POR ILHA UNIDADE: 1000 litros S.MIGUEL TERCEIRA SÃO JORGE FAIAL GRACIOSA PICO FLORES CORVO TOTAL Nov-14 PESO NA PRODUÇÃO 321.158 123.877 24.790 11.343 6.945 5.742 677 16 494.548 65% 25% 5% 2% 1% 1% 0% 0% 100% FONTE: SREA 21 Até ao final do mês de novembro de 2014, verificou-se um crescimento da produção leiteira em todas as ilhas dos Açores com exceção da Graciosa e das Flores. As Flores foi a ilha onde a redução da entrega de leite em fábrica foi mais acentuada (-15,3%), na ilha Graciosa o decréscimo foi de 2,3%. Os maiores aumentos de entrega de leite em fábrica foram nas ilhas Terceira (9,6%), S. Miguel (8%) e S. Jorge (5,2%). A produção leiteira açoriana é liderada pela ilha de S. Miguel (65%), seguindo-se da Ilha Terceira (25%) e da Ilha de S. Jorge (5%). Estas três ilhas representam 95% da produção do leite na Região Autónoma dos Açores. De janeiro a novembro de 2014, e como consequência imediata do acréscimo da produção leiteira, os PRINCIPAIS PRODUTOS LÁCTEOS PRODUZIDOS DURANTE O ANO DE 2014 Nov-13 Nov-14 VARIAÇÃO HOMOLOGA principais produtos lácteos produzidos nos Açores viram aumentar a sua produção, com exceção da produção de natas que decresceu -34,4%, face a igual período do ano anterior. A produção de iogurte manteve-se inalterável. Nas ilhas de S. Miguel e Terceira, a produção de leite LEITE PARA CONSUMO (1000 litros) NATAS (1000 litros) LEITE EM PÓ (Ton.) MANTEIGA (Ton.) IOGURTE (Ton.) QUEIJO (Ton.) 114.888 117.656 2,4% 276 13.094 8.117 348 26.147 181 15.120 9.140 348 27.282 -34,4% 15,5% 12,6% 0,0% 4,3% FONTE: SREA e laticínios está estruturada e com capacidade de acesso aos mercados com produtos de grande consumo, bem como, de outros de valor diferenciado e acrescentado. Em relação à produção total de carne na Região, até ao final de novembro 2014, verificou-se uma redução de -2,3% face ao mês homólogo. Esta redução foi influenciada por um decréscimo, em igual período, de 7,4% na produção de carne de bovinos e de um decréscimo de 0,8% na produção de carne de ABATE DE GADO (produção de carne) BOVINOS (Ton.) SUÍNOS (Ton.) AVES (Ton.) TOTAL Nov-13 12.162 4.430 4.296 20.888 Nov-14 11.263 4.879 4.261 20.403 VARIAÇÃO HOMOLOGA -7,4% 10,1% -0,8% -2,3% FONTE: SREA aves. O reflexo da queda da produção de carne de bovinos e aves, na produção total de carne nos Açores, durante os onze primeiros meses de 2014, foi suavizado pelo acréscimo da produção de carne de suínos (10,4%). É de referir que a carne de bovino exportada é feita em carcaça em detrimento da exportação dos animais vivos para abate. Dos setores emergentes, a produção de carne de elevada qualidade, poderá merecer honras de potencial exportador com vantagens nas ilhas onde a produção leiteira não pode ganhar dimensão verdadeiramente exportadora. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 22 Apesar da situação económica atual e dos seus constrangimentos, o setor agropecuário da Região, é um setor de sucesso e deve-se em parte aos seguintes fatores: • As empresas agrícolas manifestaram algum rejuvenescimento com a entrada no mercado de jovens agricultores (projetos de 1ª instalação), principalmente, filhos de agricultores com a colaboração destes e reforma antecipada. • As condições climáticas e de solos associadas ao know-how, adquirido nas últimas três décadas, foram determinantes para a situação atual. • A marca Açores, qualidade e o sabor dos produtos dos Açores estão a ser reconhecidos nos PRODUÇÃO DE CIMENTO PRODUÇÃO LOCAL IMPORTAÇÃO DO CONTINENTE TOTAL mercados externos. Contudo, a lavoura Açoriana vive também com algumas expectativas e incertezas face à imprevisibilidade do comportamento dos mercados, Dez-13 VARIAÇÃO HOMOLOGA Dez-14 87.265 69.837 -20,0% 37.989 46.205 21,6% 125.254 116.042 -7,4% FONTE: SREA com o fim das quotas leiteiras em 31 de março de 2015, associados a constrangimentos no cumprimento dos seus compromissos bancários face às reduções do preço do leite pago ao produtor. No quadro de referência estratégico que terminou em 2013, muitos investimentos agrícolas ficaram por executar em face da escassez de recursos financeiros e transitarão para os instrumentos do período 2014-2020. Este facto traduz alguma apetência e atratividade do setor nas diversas vertentes, pecuárialeite, pecuária-carne e horto-fruti-floricultura. No setor das pescas, em 2014, verificou-se UNIDADE: kg um decréscimo de -34,8% na quantidade QUANTIDADE DE PESCA DESCARREGADA FONTE: SREA total de pescado descarregado nos portos Dez-13 Dez-14 13.961.245 9.100.036 VARIAÇÃO HOMOLOGA -34,8% dos Açores em consequência das condições marítimas que se fizeram sentir nas ilhas durante o inverno, que não permitiram a saída para o mar da frota pesqueira, especialmente os barcos de boca aberta, bem como a redução das quotas de pescado e possível afastamento da costa dos cardumes. A diminuição da captura do atum foi a responsável pera redução do pescado descarregado nos portos da Região. O valor do pescado descarregado foi de 27.532 m€, o que representou um decréscimo de 19,1% em UNIDADE: 1000 € VALOR DA PESCA DESCARREGADA FONTE: SREA Dez-13 34.033 Dez-14 VARIAÇÃO HOMOLOGA 27.532 -19,1% relação a dezembro de 2013, embora o setor das pescas continue a oferecer um grande potencial de crescimento económico para a RAA. A zona económica exclusiva dos Açores, com quase um milhão de km2 de superfície, possui uma rica e diversificada população marinha, oferecendo um vasto leque de peixe fresco para consumo interno e exportação, bem como para os enlatados. A espécie mais representativa em termos económicos é o Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 23 atum, a principal apanha das frotas pesqueiras comerciais, embora continuem a existir problemas relacionados com a sua congelação, transformação e exportação. No final do 3º trimestre de 2014 o setor secundário, para além do aumento do consumo de energia, registou comportamento positivo no emprego, com um crescimento homólogo do emprego de 19,4%, que se verificou tanto na indústria transformadora como na construção civil. VENDAS DE CIMENTO QUANTIDADE TOTAL (Ton.) FONTE: SREA Dez-13 Dez-14 129.187 Com comportamento negativo, durante o ano de 2014, -15,2% continuaram as vendas acumuladas do cimento que 109.552 decresceram 15,2% em relação a 2013. A produção local Nov-13 EDIFÍCIOS VARIAÇÃO HOMOLOGA TOTAL DE EDIFÍCIOS LICENCIADOS CONSTRUÇÕES NOVAS HABITAÇÕES FONTE: SREA VARIAÇÃO HOMOLOGA Nov-14 547 488 -10,8% 188 142 -24,5% acumulada de cimento, em igual período, decresceu -7,2% e as importações de cimento do continente aumentaram 21,6%. O número de licenciamentos de edifícios reduziu 10,8%, de janeiro a novembro de 2014, baixando de um total de 547 edifícios licenciados em novembro de 2013, para 488 edifícios licenciados até ao final de novembro de 2014. Verificou-se também, uma redução de 24,5% no número de edifícios novos em construção para habitação, baixando de um total de 188 edifícios em construção, em novembro de 2013, para 142 edifícios até ao final de novembro de 2014. A redução das vendas de cimento, o decréscimo verificado no número de licenciamento de edifícios, bem como, o decréscimo do número de edifícios novos em construção, revelam claramente o comportamento negativo do setor da construção. Em 2014, tal como em 2013, o setor da construção civil e obras públicas é sem dúvida um dos setores mais afetados pela crise que se vive na Região Autónoma dos Açores, que continua a degradar-se embora tivesse contribuído, até ao final do terceiro trimestre do ano, positivamente para a criação de novos postos de trabalho colaborando para uma melhoria social na Região. Com o volume de obras públicas reduzido, com as limitações decorrentes das imposições à diminuição dos rácios de transformação dos Bancos, que resultam em menor crédito à habitação, ao investimento e à construção, com a diminuição da procura provocada pela crise, o futuro do setor não se apresenta animador. PRODUÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA MWh TÉRMICA GEOTÉRMICA OUTRAS TOTAL Dez-13 517.049 174.266 100.814 792.129 Dez-14 502.574 182.870 103.423 788.867 VARIAÇÃO HOMOLOGA -2,8% 4,9% 2,6% -0,4% O consumo acumulado de energia elétrica, em 2014, apresentou um ligeiro decréscimo face a igual período em 2013, tendo-se verificado apenas, reduções nos consumos domésticos e serviços públicos. Em igual FONTE: SREA período verificaram-se aumentos de consumo na CONSUMO DE ENERGIA MWh DOMÉSTICOS indústria, comércio e serviços e iluminação pública. Em TOTAL INDUSTRIAL igual período, a produção acumulada de energia SERVIÇOS PÚBLICOS COMÉRCIO E SERVIÇOS ILUMINAÇÃO PÚBLICA Notas às Demonstrações Financeiras TOTAL Dez-13 VARIAÇÃO HOMOLOGA Dez-14 248.569 119.681 238.599 82.331 244.860 121.018 240.735 81.051 -1,5% 1,1% 0,9% -1,6% 30.487 30.612 0,4% 719.667 718.276 -0,2% FONTE: SREA Relatório e Contas de 2014 2014 24 elétrica sofreu um decréscimo de 0,2%, com decréscimo de -2,8% na produção de energia térmica e acréscimos nas energias alternativas. Durante 2014, mantêm-se a opinião de que a evolução das vendas nos Açores continua a ser, negativa tanto no comércio por grosso como a retalho. Continuam a existir expectativas negativas sobre o comportamento do volume de vendas. As previsões para o volume de encomendas a fornecedores no setor são para continuar o seu trajeto descendente. O nível de aprovisionamentos em armazém, tanto no comércio por grosso como no comércio a retalho, é considerado pelos empresários como estando abaixo do normal. Com o rendimento das famílias a baixar, os reflexos negativos no consumo privado fizeram-se sentir no setor comercial bem como no da restauração. Até novembro de 2014, as vendas de veículos automóveis contribuíram favoravelmente para o desenvolvimento do AUTOMÓVEIS NOVOS VENDIDOS LIGEIROS setor dos serviços com um crescimento de 16,9%. As COMERCIAIS vendas veículos de mercadorias cresceram 20,5% e os FONTE: SREA Nov-13 1.567 293 1.860 TOTAL VARIAÇÃO HOMOLOGA Nov-14 1.822 353 2.175 16,3% 20,5% 16,9% veículos ligeiros, por sua vez, cresceram 16,3%, influenciados pela aquisição de viaturas por parte das rent-a-car para renovação ou reposição das frotas. O total de mercadorias movimentadas nos portos de Ponta Delgada e Praia da Vitória, até setembro de 2014 foi de 412.000 t, o que se traduziu num decréscimo de -7,6% face ao período homólogo. O movimento total de mercadorias decresceu -6,7% no porto de Ponta Delgada e -9,7% no porto da Praia da Vitória. Os portos de Ponta Delgada e da Praia da Vitória registaram decréscimos do movimento de mercadorias a nível nacional (-16,9% e -14,7%) e acréscimos do movimento de mercadorias a nível internacional (37,9% e 6,%). UNIDADE: t PORTOS MOVIMENTO DE MERCADORIAS 3º TRIMESTRE 2014 TOTAL PONTA DELGADA 291.000 PRAIA DA VITÓRIA 121.000 TOTAL 412.000 FONTE: INE NACIONAL INTERNACIONAL 211.000 87.000 298.000 Nos primeiros onze meses de 2014 registou-se um aumento de 5,7% de passageiros desembarcados nos aeroportos açorianos, proporcionando um crescimento positivo no âmbito dos serviços. DORMIDAS HOTELARIA TRADICIONAL PORTUGUESES Out-13 336.175 ESTRANGEIROS 649.911 Notas TOTAL às Demonstrações 986.086 Out-14 VARIAÇÃO HOMOLOGA 356.517 6,1% 622.464 -4,2% Financeiras 978.981 -0,7% 80.000 34.000 114.000 AEROPORTOS DOS AÇORES - MOVIMENTO DE PASSAGEIROS DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS EMBARQUE DE PASSAGEIROS FONTE: SREA TAXA DE VARIAÇÃO HOMÓLOGA % TOTAL NACIONAL -6,7% -9,7% -7,6% INTERNACIONAL -16,9% -14,7% -8,6% Nov-13 37,9% 6,3% 26,7% Nov-14 VARIAÇÃO HOMOLOGA 804.463 850.165 5,7% 810.650 854.902 5,5% Até ao final de outubro de 2014, o setor do turismo teve um comportamento positivo com o aumento homólogo de 2,4% do nº de hóspedes e, por sua vez, FONTE: SREA Relatório e Contas de 2014 2014 25 o número de dormidas em igual período teve um comportamento negativo de -0,7%. Contudo, e em igual período, registou-se um aumento homólogo de 6,1% nas dormidas com origem em Portugal, que representaram 36% do total de dormidas e uma redução de 4,2% de dormidas, com origem no estrangeiro, que representaram 64% do total de dormidas. HOSPEDES HOTELARIA TRADICIONAL PORTUGUESES ESTRANGEIROS TOTAL Out-13 144.648 162.636 307.284 Out-14 151.257 163.496 314.753 VARIAÇÃO HOMOLOGA 4,6% 0,5% 2,4% FONTE: SREA Os hóspedes portugueses da hotelaria tradicional, até final de novembro e relativamente a outubro de 2013, cresceram 4,6% e, em igual período, verificou-se um crescimento de 0,5% relativamente aos hóspedes estrangeiros. Destes dados estatísticos podemos concluir que até outubro de 2014, embora tivesse crescido o número de hóspedes na hotelaria tradicional, reduziu o tempo de permanência nos estabelecimentos hoteleiros da Região. Os maiores números de estrangeiros que visitaram os HOSPEDES ESTRANGEIROS Nov-14 HOTELARIA TRADICIONAL PESO NO SETOR Açores, durante os primeiros onze meses de 2014, tiveram origem na Alemanha (23%), nos países nórdicos (11%), na Espanha (11%), nos Estados Unidos da América (10%) e na Holanda (9%). Em igual período verificou-se uma redução nos estrangeiros com origem nos países nórdicos, na Áustria e Bélgica. ALEMANHA PAÍSES NORDICOS ESPANHA ESTADOS UNIDOS A AMÉRICA HOLANDA 39.406 18.612 18.091 23% 11% 11% 17.198 10% 9% 14.584 FONTE: SREA O Turismo nos Açores tem um elevado potencial ainda não concretizado. A taxa média de inflação nos Açores, em dezembro de 2014, foi de 0,26% (SREA), valor superior à taxa de inflação a nível nacional, que em igual período foi de -0,28% (INE). Em 2013, as referidas taxas tinham sido de 1,86% e 0,27% respetivamente. Face à conjuntura mundial, comunitária e nacional, o ano de 2014 para os Açorianos, foi um ano difícil, tal como já tinha sido o ano de 2013, embora o Governo dos Açores tenha tomado medidas para dinamizar a economia regional de modo a fomentar o emprego, o investimento e o consumo através do reforço da competitividade regional, melhoria das exportações, apoiar e incentivar o desenvolvimento da agricultura, através da redução do investimento público e um reforço das verbas destinadas a apoiar as empresas, a promoção do emprego e o apoio social, bem como o reforço das verbas destinadas a setores produtivos como a agricultura, pesca e o turismo. O Novo Banco dos Açores tem sido um Parceiro muito ativo na concretização destas medidas, participando em todos os Protocolos promovidos pelo Governo dos Açores. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 26 4 ESTRATÉGIA E MODELO DE NEGÓCIO Atividade Comercial - Estratégia e Modelo de Negócio O NOVO BANCO DOS AÇORES assume como principais eixos de desenvolvimento e diferenciação estratégicos a prestação de serviços caracterizados pela excelência e permanente orientação para as necessidades de cada cliente. A sua evolução serve todos os segmentos de clientes particulares, empresas e institucionais, oferecendo-lhes uma gama abrangente de produtos e serviços financeiros através de abordagens e propostas de valor diferenciadas, capazes de responder de forma distintiva às suas necessidades. O posicionamento do NOVO BANCO DOS AÇORES assenta assim em três pilares: (i) conhecimento aprofundado das necessidades dos diferentes segmentos, (ii) desenvolvimento da oferta em função das necessidades identificadas e (iii) proposta das soluções melhor ajustadas a cada segmento. A capacidade de distribuição é um dos fatores fundamentais para o posicionamento competitivo do Banco nos Açores. A 31 de dezembro de 2014 o NOVO BANCO DOS AÇORES dispunha de uma rede de retalho de 17 balcões. A rede de balcões é complementada por um centro especializado e totalmente dedicado ao segmento de empresa, um centro 360º e Private e Departamento de Municípios e Institucionais. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 27 Centro Private Retalho (17 Balcões) Municípios e Institucionais Médias Empresas (1 Centro) O NOVO BANCO DOS AÇORES tem prosseguido uma consistente e clara estratégia de crescimento orgânico no mercado regional e rejuvenescimento dos seus Balcões. Neste âmbito, a 3 de fevereiro de 2014, foi inaugurado o novo Centro 360º e Private, privilegiando novos formatos, mais eficientes e flexíveis. A nossa estratégia suportada no desenvolvimento de um modelo multi-especialista de abordagem ao mercado regional e num forte dinamismo comercial junto dos segmentos de clientes particulares, empresas e institucionais, tem permitido atingir consecutivos ganhos de quota de mercado. A quota média de mercado mais que duplicou entre 2002 e 2014, passando de 3,5% para 14,4%. Para além da presença física, o NOVO BANCO DOS AÇORES desenvolveu desde muito cedo uma abordagem multicanal na sua relação com os Clientes, em particular através da Internet, esta abordagem tem vindo a ser progressivamente aprofundada e alargada através, por exemplo, da adoção de uma metodologia de CRM (Customer Relationship Management) que assegura a integração entre os diferentes canais de interação com os Clientes e do progressivo recurso a desmaterialização de processos. Evolução da Banca de Retalho -11,1% -2,4% Total Recursos Total Aplicações -7,0% Movimento Financeiro Movimento Financeiro = Recursos + Crédito O NOVO BANCO DOS AÇORES quer recuperar desígnios do crescimento sustentado da sua atividade por forma a: Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 28 Reforçar o posicionamento no mercado regional através da captação de novos Clientes, particulares e empresas e do reforço do share-of-wallet (em particular na vertente da poupança) na atual base de Clientes, através de uma oferta diversificada de produtos e serviços inovadores apoiada em iniciativas de cross-selling e de cross-segment como a bancassurance e o assurfinance (em parceria com a Companhia de Seguros Tranquilidade); Apoio às empresas Açorianas em fase de internacionalização e ao setor agrícola, através de: (i) parcerias com entidades locais; (ii) missões comerciais com empresários a países relevantes; (iii) um know-how reconhecido em trade finance, uma área de negócio em que o Grupo Novo Banco tem consistentemente liderado o mercado português; e (iv) através de equipas e estruturas dedicadas e especializadas no apoio às empresas em processo de internacionalização (entre as quais se pode destacar a Unidade Internacional Premium, única no panorama nacional); A eficiência deverá continuar a ser uma das prioridades estratégicas, continuando o esforço de redução do rácio Cost to Income. Banca de Retalho Na sua abordagem aos Clientes de retalho o NOVO BANCO DOS AÇORES aposta numa oferta diversificada e distintiva, de acordo com as necessidades financeiras dos seus Clientes. A criação de propostas de valor diferenciadas assenta no desenvolvimento constante dos produtos e dos serviços disponibilizados aos Clientes mas também na adoção de critérios de segmentação ajustados às características dos Clientes, na elevada qualidade do serviço prestado e na eficácia da comunicação. O NOVO BANCO DOS AÇORES criou propostas de valor inovadoras ao nível do Retalho, em concreto para Clientes afluentes (“NB 360’”), para pequenas empresas e empresários em nome individual (“Negócios”) e para mass market (“Particulares de Retalho”). Estes Clientes são atualmente servidos por uma rede de 17 balcões. A atividade do Retalho desenvolveu-se em 2014 em torno de três dimensões centrais de atuação: i) impulsionar a economia Açoriana no apoio às empresas na concessão de crédito; ii) elevado esforço de captação de recursos; iii) manutenção de importantes níveis de cross-selling. Nas suas opções estratégias o NOVO BANCO DOS AÇORES encara o setor agrícola como um dos principais parceiros de negócio. Esta opção resulta de se assumir o setor agrícola como de grande relevância na economia Açoriana. Ao nível da captação de recursos, registou-se um decréscimo, -11,2% face a 2013, resultado do colapso do BES. Para apoiar o crescimento dos recursos foram recentemente lançadas várias campanhas publicitárias, para além do lançamento de várias soluções inovadoras, a campanha de Recursos “O Rendimento Voltou” e a Poupança NB Júnior “Sonhar e Poupar é muito bom”. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 29 O ano de 2014 permitiu ainda aumentar o número de clientes fidelizados (+ 12.1%), como consequência da consolidação das abordagens segmentadas, visando servir de forma cada vez mais especializada os vários segmentos, tendo em consideração as suas respetivas necessidades financeiras. Para assegurar a manutenção de níveis sustentados de cross-selling, a dinâmica comercial suportou-se num conjunto alargado de produtos e serviços. Adicionalmente, observou-se em 2014 uma elevada dinâmica de captação de Clientes mais de 3.000, fruto da articulação entre a rede de balcões e os principais canais de captação de Clientes (em particular os programas Cross-segment, Assurfinance e Promotores Externos). Assurfinance: Uma parceria de sucesso entre o NOVO BANCO DOS AÇORES e a Tranquilidade Uma parceria vocacionada para o negócio através de um canal de angariação abrangente e significativo, solidificada por uma forte relação entre Novo Banco dos Açores, Companhia de Seguros Tranquilidade e uma rede de Agentes de Seguros - componente Assurfinance. Esta tem sido a parceria de sucesso e de relação que apresenta distinção, inovação e valor no âmbito da atuação no mercado regional - Açores, com a multiplicidade de produtos Banca e Seguros. Tudo se conjuga na complementaridade a uma rede de balcões do NB Açores e que é para continuar. O Assurfinance, de forma sustentada e programada, desenvolve a sua atividade comercial onde impera o consistente contributo na captação de Clientes, Recursos e Venda de Imóveis - DGI. O 1º semestre do ano de 2014 configurou-se pela positiva na captação em termos gerais. Alguns Agentes Assurfinance, imbuídos de forte sentido, cumpriram os objetivos determinados. Fizeram um resultado insofismável de grande contributo para os resultados do ano. Resultados Assurfinance 2014 No NB Açores, assistiu-se a um decréscimo na captação de clientes ... ainda que, assegurando uma quota de 10,5% Captação de clientes Captação de clientes 2014 1º semestre. Em nº de clientes Em nº de clientes DGI Ultrapassámos o objetivo em 2014 Venda de imóveis Milhares de euros GC Acum.: GC: 161 107% GC: 70% 27%* 300 150 193% 579 300 209 Real Obj. * Quota Assurfinance NB dos Açores Real Obj. Real Obj. Quota AF NB dos Açores 2013 2014 8% Montante (+3pp face a 2013) Pipeline 193m€ Montante 4 processos Montante 3 Agentes 10,5% Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 30 Falar do 2º semestre é recordar a queda do BES e a forte influência negativa na ação dos Agentes Assurfinance. O efeito produzido provocou arrefecimento na atividade que derivou para um resultado menos conseguido. Todavia, o exercício da atividade Assurfinance no todo desenvolveu-se em consonância com o programado. Ocorreram alguns acontecimentos de relevo, entre os quais, indiferenciadamente, e distinta, identificam presença de intervenientes do programa Assurfinance: 3º Edição da Feira de Emprego - realizada em 30 abril e promovida pela Escola Profissional da Vila Franca do Campo no Pavilhão Multiúsos Açor Arena. Feira, com espaço destinado à Agente Conceição Quental - lugar representativo e identificado no essencial pelo Banco, C. S. Tranquilidade através de cartazes e folhetos expostos. Interesse e presença de parceiros na conjugação de esforços para a oferta e colocação de produtos Banca / Seguros, e para a importância da captação de novos Clientes. 1ª Campanha de Captação Assurfinance 2014 – outro acontecimento que ocorreu com premiação para alguns balcões, Rabo de Peixe um dos premiados. O ano face a todas as vicissitudes exógenas teve um curso positivo de resultados, mesmo comparativamente com o ano anterior. O Assurfinance subsiste e realça-se pela capacidade, pela dinâmica e pela diferença da sua essência como canal de captação para o Novo Banco dos Açores. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 31 Residentes no Estrangeiro Em 2014, o NOVO BANCO DOS AÇORES continuou a acompanhar os seus Clientes Residentes no Estrangeiro através de dois Canais – Balcões e Gestores de Relação à Distância. Neste segmento, a utilização de novas tecnologias, nomeadamente a ferramenta NBNET, é uma aposta estratégica essencial com vista a manter uma relação de proximidade dos Clientes com o nosso Banco. Tal como já vinha sendo feito no passado, o Banco continua o acompanhamento aos emigrantes na Bermuda a partir da Região Autónoma dos Açores. O Banco procura acompanhar esses Clientes desde o início do processo de emigração para esse destino, dando particular interesse às suas necessidades e procurando, em simultâneo, complementar o apoio que os mesmos têm tido quando se deslocam à nossa Região Autónoma dos Açores. Este é um mercado que vamos continuar a acompanhar como objetivo de aprofundarmos mais este importante nicho de mercado. Por forma a continuar a garantir a ligação entre os nossos Clientes residentes nos E.U.A. e a nossa Instituição e dignificar a distinção recebida no passado pelo Conselho Luso-Americano de Liderança dos EUA, PALCUS – Portuguese American Leadership Council of the United States, na categoria de “Corporate Leadership in Community Service”, pelo seu apoio e envolvimento à comunidade lusodescendente norte-americana e pelo seu dinamismo na criação e desenvolvimento de oportunidades de investimento entre Portugal e os EUA, foram criadas soluções que possibilitam a manutenção destas relações e de prestação de um serviço de proximidade e acompanhamento regular aos nossos Clientes. O contexto adverso sentido numa fase a priori e no seguimento da medida de resolução aplicada pelo Banco de Portugal ao Banco Espírito Santo, S.A. que culminou com a criação do NOVO BANCO, S.A. em agosto de 2014 teve impacto na atividade do segmento. No entanto, no final de 2014, após um período inicial de maior adversidade, já há sinais positivos de recuperação e crescimento da atividade. Evolução dos Recursos (milhares de euros) 11.818 11.282 2013 Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 2014 32 Promotores Externos A Atividade de Promoção Externa tem como objetivo promover o Banco junto dos clientes e não clientes, seguindo os requisitos legais presentes na Legislação Bancária no cumprimento desta atividade. A atividade do promotor é de mera prospeção de clientes potenciais prestando informação sobre produtos e serviços bancários disponibilizados pelo NOVO BANCO DOS AÇORES. Esta nova realidade foi implementada em outubro 2012 apresentando no final de 2014 uma carteira de 587 clientes e recursos na ordem de 2,5 M€. Foram captados durante o ano de 2014, 160 novos clientes através deste canal. Estes resultados são verdadeiramente encorajadores para se continuar a desenvolver a rede de promotores externos. Rede de Balcões do NOVO BANCO DOS AÇORES NB 360: Dedicado a quem ganhou o direito a esperar mais do seu banco Para o segmento dos Clientes afluentes, foi inaugurado a 3 de fevereiro o novo Centro 360º e Private, permitindo um serviço dedicado para o cliente que ganhou o direito a esperar mais do seu banco, relações de confiança, soluções competitivas e o acompanhamento de um gestor dedicado. O NB 360° garante um elevado padrão de qualidade através do acompanhamento permanente de um gestor dedicado e especializado, de uma oferta exclusiva e de soluções adequadas as necessidades especificas Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 33 dos Clientes. A competitividade da proposta de valor do segmento 360° assenta num conjunto de iniciativas estratégicas e distintivas, sendo de destacar as seguintes: • Compromisso NB 360°: tangibilizacção da excelência no serviço ao Cliente em objetivos concretos, assegurando uma postura profissional, rigorosa e dedicada com eficácia na resolução de problemas e uma atitude proativa na apresentação das melhores soluções para as necessidades de cada Cliente; • Oferta competitiva: oferta de produtos inovadores que respondem as necessidades dos Clientes afluentes, como e o caso da oferta de produtos estruturados e da poupança por impulso e em áreas que vão para além das necessidades financeiras, com ofertas específicas para saúde e lazer; • NBnet Trading: uma solução inovadora de fácil navegação e utilização para negociação em bolsa que integra num único interface um vasto leque de funcionalidades; O segmento representa mais de 62% do total de recursos do retalho, constituindo assim uma base estável de funding do NOVO BANCO DOS AÇORES. Crescimento do segmento NB 360 (Afluentes) -13,9% -3,6% Total Recursos Total Aplicações -11,1% Movimento Financeiro Movimento Financeiro = Recursos + Crédito Negócios no Retalho: Apoio a Micro e Pequenas Empresas dos Açores Os sinais na economia dos Açores são positivos face a 2013 onde verificou-se uma dinâmica positiva na criação de novas empresas. O ano foi também positivo para alguns setores da economia, com destaque para a Agricultura, onde a produção de leite superou as melhores expectativas. Foi neste contexto que o NOVO BANCO DOS AÇORES apostou no crescimento deste segmento por via da concessão de Crédito Negócios, com forte impacto nas receitas de produto bancário, e pela Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 34 captação de novos clientes tesouraria, isto é, com maioria da tesouraria no NOVO BANCO DOS AÇORES. Durante o ano de 2014 a produção de Crédito Negócios superou os 10 M€, o que permitiu crescer 8% no stock de crédito negócios (+2,5 M€). De destacar que esta produção foi efetuada em 313 novos contratos pelo que o valor médio por contrato é de 30 mil euros. A aposta no setor agrícola contribuiu de forma decisiva para a obtenção dos resultados mencionados anteriormente visto que 60% da produção de Crédito Negócios foi efetuada neste setor. O Setor Agrícola é um dos principais setores dos Açores, produtor de bens transacionáveis com potencial de exportação e com representatividade em termos nacionais. De referir que o NOVO BANCO DOS AÇORES tornou-se em maio de 2014 no Banco exclusivo para os agricultores da Ilha Terceira anteciparem o subsídio Prémio aos Produtores de Leite. Foi assim satisfeita uma reivindicação de alguns anos. Através desta parceria com a Associação Agrícola da Ilha Terceira foram concedidos cerca de 750 mil euros de crédito a mais de 40 agricultores. Em 2014 captou-se 306 novas empresas e ENI’s e aumentou-se o stock de TPA’s em 76 TPA’s. Durante o ano foram lançados dois novos projetos: Negócios com Futuro e NB Express Bill. Com base numa análise prévia dos elementos económico financeiros de todas as empresas da região, selecionamos um conjunto de empresas clientes e não clientes, onde o NOVO BANCO DOS AÇORES pretende ser o seu principal parceiro financeiro. Estas empresas, denominadas Negócios com Futuro, estão a ser alvo de uma abordagem específica, sendo desenvolvida uma oferta competitiva ao nível de condições de tesouraria e de crédito. Através do NB Express Bill o NOVO BANCO DOS AÇORES demonstrou ser um banco inovador e pioneiro na disponibilização de uma solução de gestão de pagamentos, altamente flexível e inovadora, que permite à empresa efetuar a gestão dos seus pagamentos, assegurando aos fornecedores a garantia de recebimento na data de vencimento e a possibilidade de antecipar os fundos. Esta solução permitiu durante o ano de 2014 assegurar o pagamento de 442 mil euros através de 288 ordens de pagamento. Com a experiência e conhecimento adquirido neste primeiro ano de implementação prevê-se um crescimento sustentado na utilização deste produto. O NOVO BANCO DOS AÇORES certificou 10 empresas do segmento de negócios como PME Líder. O objetivo do banco é continuar a crescer neste segmento de empresas. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 35 É com esta orientação estratégica que vamos procurar em 2015 continuar a crescer na quota de mercado das Micro e Pequenas Empresas. Crescimento do segmento de Negócios (Retalho) 2,4% -11,6% -3,0% Total Recursos Total Aplicações Movimento Financeiro Movimento Financeiro = Recursos + Crédito Particulares de Retalho: Acreditar, Um Bom Começo Verificaram-se, no ano de 2014, transformações na economia portuguesa que obrigaram o Banco a adotar um ajustamento no seu posicionamento ao nível da oferta de produtos de poupança e de proteção do quotidiano, indo assim ao encontro das prioridades das famílias portuguesas. Ao nível da poupança é de destacar a inovadora oferta de Poupança Programada e Micro Poupança, que alarga substancialmente o universo de famílias com poupança regular, quer por via de entregas mensais, a partir de pequenos montantes (10 euros), quer por via do arredondamento de movimentos (cartões de um conjunto vasto débito e seguros, de …), permitindo a cada família poupar com toda a conveniência. Em complemento, o lançamento de produtos de aforro competitivos e inovadores numa lógica de diversificação e obtenção de maiores rentabilidades para os clientes, como a Conta Rendimento Mensal, e o DP NB 92 dias, acompanhados por ações de comunicação de elevada visibilidade, que contribuíram de forma decisiva para o Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 36 crescimento significativo. Num cenário de maior incerteza, o Banco continua a privilegiar a oferta de seguros que protegem os agregados familiares perante situações imprevistas. Como reflexo deste posicionamento, o NOVO BANCO DOS AÇORES dispõe atualmente de uma série alargada e competitiva de famílias de seguros, sendo de distinguir pelo contexto que o segmento atravessa, o Seguro de Proteção do Salário (riscos de Desemprego Involuntário ou Hospitalização e Incapacidade temporária absoluta), que garante uma indemnização complementar de 35% durante seis meses em caso de desemprego involuntário. “Um novo Futuro, pede um novo poupar” – e por isso também os Canais Diretos suportam os novos conceitos de poupança como a Micro Poupança, a Poupança Programada, e as soluções NB Super Rendimento, com especial destaque para o Orçamento Familiar, que apoia o esforço de poupança das famílias portuguesas, permitindo uma visão rápida e sem esforço do seu perfil de despesas e receitas, de forma totalmente integrada com o NBnet. Esta inovadora solução tem sido um sucesso. O NOVO BANCO DOS AÇORES surge em 2014, novamente, como parceiro associado ao Cartão Interjovem, iniciativa do Governo dos Açores que visa promover a mobilidade e o turismo juvenil nas ilhas dos Açores, reforçando a sua posição como único Banco com sede nos Açores e em harmonia com o slogan do Cartão “Com o Cartão InterJovem, vais longe!”. Para o efeito o NOVO BANCO DOS AÇORES disponibiliza um desconto de 10% na aquisição do cartão InterJovem com abertura de conta nos Balcões do NOVO BANCO DOS AÇORES e possibilitando, ainda que, a aquisição do cartão seja gratuita caso domicilie o seu ordenado. Crescimento do segmento Particulares Retalho -4,0% -3,4% Total Recursos Total Aplicações -3,6% Movimento Financeiro Movimento Financeiro = Recursos + Crédito Formação A política de formação adotada foi muito importante na valorização dos Recursos Humanos do Novo Banco dos Açores, permitindo melhorar a qualidade e os níveis de competência e motivação dos Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 37 Colaboradores. No Ano 2014 manteve-se a aposta no programa de formação Atitude centrado na melhoria contínua da qualidade do atendimento e no desenvolvimento da relação com o Cliente, permitindo que seja considerado o banco que melhor serve os clientes. A consolidação das abordagens segmentadas e de relacionamento com os Clientes possibilitaram o crescimento da Banca de Retalho, onde importa destacar: Evolução do crédito nos negócios com um elevado grau de seletividade, que se traduziu num aumento de 2.4% com produção de + 10M€. Captação de 3.024 clientes sendo que o número de clientes ativos no retalho seja 29.567, o que representa + 3.5% face a 2013. Como suporte para estes resultados esteve o forte contributo de Cross-segment com 27% e os canais Assurfinance com 12% e Promotores com 8%. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 38 Private Banking A atividade de private banking no Novo Banco dos Açores foi integrada no Centro 360 e Private. Essa integração, desde fevereiro de 2014, permitiu maior grau eficiência e qualidade do serviço prestado aos Clientes. Com uma oferta baseada num visão integrada do cliente, consubstanciada em soluções de investimento que satisfaçam as suas necessidades financeiras e patrimoniais. O desenvolvimento de uma relação de confiança é um dos pilares desta atividade, assegurada por um gestor private, e por toda a equipa do Centro 360, com elevadas competências técnicas e relacionais. O ano de 2014 continuou a ser marcado por uma grande aversão ao risco, também neste segmento. O Novo Banco dos Açores respondeu de forma cuidada aos anseios dos Clientes fazendo sempre tomarem a correta perceção da relação risco versus rentabilidade. Continuamos a desenvolver uma relação de confiança e de grande comunicação com os Clientes de forma a responder proativamente a todos os seus anseios e preocupações. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 39 Empresas Após um período desenvolvido num difícil contexto Macroeconómico, em que o Setor Financeiro em Portugal teve de enfrentar vários desafios, verificou-se em 2014, especialmente após o término do programa de assistência financeira a Portugal, alguma estabilização e recuperação de importantes indicadores da atividade económica, nomeadamente, a melhoria do índice de confiança dos consumidores e empresários. Não obstante esta melhoria manteve-se uma política de aumento das provisões face ao crédito vencido, procurando-se preventivamente antecipar potencial de quebra da qualidade dos ativos. Contudo, a atividade da Direcção de Empresas desenvolveu-se ainda num ambiente difícil. Apesar de algum abrandamento, continuou-se a assistir a inúmeros processos de falências, insolvências, ações judiciais, penhoras e reclamações de crédito. A Direcção de Empresas manteve constante a sua ação de proximidade aos Clientes dos segmentos de Grandes, Pequenas e Médias Empresas, disponibilizando um acompanhamento especializado, a par de uma abrangente oferta e soluções diversificadas. Especial relevo para a Solução NB Express Bill a qual se trata de uma oferta da mais elevada inovação existente disponibilizando valioso às instrumento no setor empresas financeiro financeiro, Açorianas que um promove segurança nos negócios, disponibiliza liquidez imediata e promove a disciplina nos pagamentos e recebimentos entre empresas. Em 2014 foram emitidas mais de 550 ordens NB Express Bill num total aproximado de 10 milhões de euros. A Direcção de Empresas manteve e reforçou a oferta para a área de empresas disponibilizada pelo Banco mantendo as características largamente reconhecidas pelos seus Clientes: oferta inovadora com soluções únicas e exclusivas, abrangendo as mais diferentes vertentes, nomeadamente necessidades de apoio à gestão de tesouraria, apoios ao investimento, cobertura de risco cambial e de taxa de juro. A Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 40 parceria com a Companhia de Seguros Tranquilidade manteve-se e foi incrementada com várias ações de dinamização procurando-se desta forma também disponibilizar às empresas dos Açores uma vasta oferta não financeira A nível dos recursos humanos e após renovação da totalidade dos quadros da Direcção de Empresas verificada em 2013, procedeu-se no inicio de 2014 à implementação e execução de um plano de formação especifico e presencial para os colaboradores do Novo Banco dos Açores junto de Centros de Empresas do NOVO BANCO, procurando desta forma disponibilizar uma experiencia e uma aproximação à realidade e às boas práticas existentes em estruturas semelhantes ao Centro de Empresas do NOVO BANCO DOS AÇORES com o intuito da melhoraria do acompanhamento e aconselhamento dos seus Clientes e das soluções disponibilizadas pelo Banco. A captação de novos Clientes manteve-se como um dos principais objetivos da ação da Direcção de Empresa, tendo em 2014 se atingido o número recorde de empresas captadas. Em termos de informação quantitativa, a Direcção de Empresas originou em 2014 um Volume de Negócios de 137.8 milhões de euros. Ao nível dos Recursos de Clientes, verificou-se um saldo final da ordem dos 48,5 milhões de euros, valor este altamente influenciado pelo que ocorreu no segundo semestre do ano, designadamente o colapso do BES. Em termos de decomposição, 16,9% corresponde a saldos em depósitos à ordem, sendo os restantes 83.1%, maioritariamente, Depósitos a Prazo. Em termos de Aplicações, o saldo final foi de 89,8 milhões de euros, tendo-se observado, em termos médios, um valor na ordem dos 89,3 milhões de euros. Neste agregado, a variável de maior relevância foi o Crédito Directo que atingiu em termos médios os 62,2 milhões de euros, correspondendo a 69.6% do Crédito Total da Direcção de Empresas. Ao nível do crédito por assinatura, o valor global de garantias prestadas atingiu em 2014, em termos médios, o saldo de 12,7 milhões de euros, correspondendo a 14,2% do total do Crédito da Direcção de Empresas. Nas operações de desintermediação financeira e, em especial, em relação ao Leasing Mobiliário e Imobiliário, o saldo médio verificado em 2014 foi da ordem dos 14,9 milhões de euros, correspondendo a 16.7% do total do Crédito verificado da Direcção de Empresas. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 41 Municípios e Institucionais O desenvolvimento da atividade comercial pode ser observado em duas fases distintas. Uma primeira fase, nomeadamente no primeiro semestre de 2014, em que devido ao rácio de transformação se situar abaixo dos 70%, permitiu focalizar a sua ação na rentabilidade e por esta via, observou-se um crescimento da concessão de crédito mais acentuado. Numa segunda fase, nomeadamente no segundo semestre de 2014, já num contexto de constrangimentos, a ação comercial focalizouse na retenção e angariação de Recursos, o que permitiu que a redução neste semestre fosse minimizada por esta atitude proativa. Como objetivo estratégico, manteve-se o modelo em que o DMI trabalhou de uma forma mais profunda e transversal os atuais Clientes, procurando responder às necessidades específicas da gestão financeira das instituições de caráter público. A relação desta Direção com o Setor Institucional tem vindo, ano após ano, a ganhar maior importância, uma vez que o Setor Público apresenta um peso da ordem dos 30% no total da população ativa ou, 27,1% se considerarmos a população empregada e ainda em relação ao PIB Regional, cujas Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 42 “Receitas Públicas” representam aproximadamente 37% e se acrescentarmos o Setor Autárquico e Empresarial do Estado, o peso relativo situa-se acima dos 50%, o que demonstra a elevada importância que o Estado/Setor Público Regional têm no mercado regional açoriano. O exercício de 2014 no segmento Municípios e Institucionais, pautou-se por um crescimento da atividade financeira, nomeadamente do Crédito concedido a Clientes, da ordem dos 19,73%, correspondente a um saldo da ordem dos 48,6 Milhões de euros e numa diminuição dos Recursos, da ordem dos 9,72%%, correspondente a um Saldo no final do exercício da ordem dos 53,8 Milhões de euros. Este aumento da atividade com crescimento acentuado no Crédito e diminuição dos Depósitos, permitiu com que o Movimento Financeiro do segmento tenha crescido na ordem dos 2,21%, correspondente a um aumento do saldo médio na ordem dos 2,4 milhões de euros, consolidando-se assim num valor global da ordem dos 102,4 Milhões de euros, em termos de saldo de Balanço. Ao nível setorial, o maior relacionamento do DMI é com o setor governamental, com destaque para o setor da saúde, seguindo-se o setor autárquico. As misericórdias dos Açores são também um setor muito importante para o Novo Banco dos Açores. Neste exercício, foi dado um passo importante, na ampliação da gestão da tesouraria global da Rede Integrada de Apoio ao Cidadão – RIAC, bem como outro passo importante foi a gestão da área afeta ao Emprego, em que os fluxos comunitários passaram também a ser geridos pelo Banco. Além disso, também foi uma realidade a manutenção da gestão da tesouraria global da Segurança Social dos Açores, cada vez mais consolidada, representando um projeto de elevada importância para o Banco e um contributo de elevado relevo para o desempenho do D.M.I. na melhoria da quota de mercado, que tem sido uma realidade, desde a sua criação. Fundações, Escolas Secundárias, Centrais Sindicais, etc., foram áreas de intervenção do D.M.I., embora com dimensão mais reduzida, mas sempre com elevada importância de atuação. Em relação às áreas de atuação da Direção, os principais enfoques centraram-se na captação de Clientes de pequena dimensão, como por exemplo as Juntas de Freguesia, os Centros Sócio-Culturais e Paroquiais e as Comissões Fabriqueiras das Igrejas. Além disso, a atuação na captação das tesourarias das Instituições foi muito importante, se considerarmos que a colocação de Terminais Automáticos de Pagamentos (TPA’s) Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 43 atingiu os 308 terminais de pagamento do Banco instalados em instituições. O pagamento de salários e a fornecedores através do Banco, apresenta um crescimento muito interessante, observando-se a transformação do sistema PS2 em NBNet, permitindo assim minimizar os custos afetos ao Banco e criar maior eficiência na gestão destes processos por parte das Instituições. Além do referido, o DMI intermediou um conjunto de Protocolos, que foram assinados com várias Instituições. A responsabilidade social do D.M.I. tem estado sempre presente na sua atuação, até mesmo o relacionamento e a proximidade com as Instituições Particulares de Solidariedade Social – IPSS’s, com os Centros Sociais e Paroquiais e muitas outras instituições de cariz social, tem levado a que durante a época festiva do Natal, a Direção tenha dinamizado através dos colaboradores do Banco, a angariação de verbas no sentido da atribuição de cabazes de Natal a famílias e agregados carenciados economicamente e socialmente. Em 2014 foi possível contemplar 16 famílias carenciadas, que assim tiveram um Natal melhor. Assim, em 2014 o rumo definido para o exercício, embora com muitos percalços, acabou neste segmento por ter um desempenho positivo, permitindo também ajudar num contexto global do Banco, minimizar os efeitos nefastos da crise já referenciada. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 44 5 RECURSOS HUMANOS Em 31 de dezembro de 2014 o NB dos Açores apresentava um quadro de pessoal com 101 colaboradores, incluindo nove situações de suspensão do contrato individual de trabalho e uma situação de destacamento. Em comparação com o final do ano de 2013, verifica-se a manutenção do número de Colaboradores. Evolução do nº de colaboradores 99 101 101 2 012 2 013 2 014 Os Colaboradores do Banco encontram-se distribuídos entre as áreas comerciais (76,2%) e serviços centrais (23,8%), mantendo a mesma estrutura que se registava em dezembro de 2013. 2013 2014 Áreas Comerciais 76,2% 76,2% Serviços Centrais 23,8% 23,8% Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 45 Verifica-se que a maior concentração de Colaboradores do Banco se regista nas funções específicas e comerciais. As funções de chefia representam cerca de 20% do quadro de pessoal. Distribuição dos Colaboradores por Funções 38 35 2013 2014 32 29 20 21 9 5 8 5 Directivas Chefias Funções específicas Comerciais Administrativas A Ilha de S. Miguel, onde se encontra sedeada a empresa e a maioria dos seus balcões, concentra cerca de 79% dos colaboradores. Distribuição dos Colaboradores por Ilha Ilha de S. Miguel 79,2% Ilha Terceira 12,9% Ilha do Faial 3,0% Ilha do Pico 3,0% Ilha de Stª Maria 2,0% Total 100,0% A média etária dos colaboradores do banco registou uma ligeira subida para cerca de 43 anos. Os Colaboradores com mais de 50 anos representam 39,6 do total do quadro de Pessoal. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 46 Distribuição dos Colaboradores por grupo etário - 2014 39,6% 31,7% 16,8% 11,9% Menos de 30 anos Entre 30 e 40 anos Entre 40 e 50 anos Mais de 50 anos A antiguidade média dos Colaboradores do Banco situa-se nos 19 anos. No que respeita à formação académica, verificou-se um aumento significativo da percentagem de colaboradores com formação superior; iniciando a atividade em 2002 com cerca de 10% de colaboradores licenciados, o NB dos Açores em 2014 já regista nos seus quadros licenciados que representam cerca de 48% dos Colaboradores. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 47 6 ANÁLISE DO RISCO DE CRÉDITO Estrutura de Carteira de Crédito A carteira de crédito apresentou em 31 de dezembro de 2014, um crescimento de 1,5%, face ao final do exercício anterior. Este ligeiro acréscimo reflete uma política que tem por base análises de risco ainda mais criteriosas em função da situação socioeconómica que se vive na Região Autónoma dos Açores. A atual política de crédito do Banco continua direcionada, por um lado, para produtos de baixo risco destinados a particulares, embora se tivesse verificado um decréscimo neste segmento de mercado e, por outro, para o segmento de empresas, procurando sempre uma política de diversificação da carteira de crédito, privilegiando-se os setores e empresas de melhor rating. Com o rigor implementado nas análises de risco de crédito a empresas, associado ao aumento da procura de crédito por parte das empresas dos diversos setores de atividade, o Novo Banco dos Açores, durante o ano de 2014, aumentou o crédito concedido a empresas em 12,6%, desenvolvendo todos os esforços e dando o seu contributo para a manutenção e desenvolvimento do tecido empresarial do Região. milahres de euros Tipo de Crédito Crédito Total (bruto) Habitação Particulares (Outro) Empresas Dez-13 Dez-14 Δ% 384 689 390 463 1,5% 227 680 222 063 -2,5% 32 114 26 897 -16,2% 124 895 141 503 13,3% Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 48 Qualidade de crédito Durante o ano de 2014, tal como nos anos anteriores, continuou-se o esforço de melhoria assinalável ao nível do perfil de risco da atividade creditícia, dando continuidade à tendência verificada desde a constituição do Banco. O rácio do crédito vencido há mais de 90 dias situou-se em 4,6% (Dez.13: 4,3%). Crédito Vencido (>90 dias) / Crédito a Clientes (%) 4,6 4,3 Dez,13 Dez,14 Como resultado do aumento da sinistralidade, registou-se um maior esforço de provisionamento da carteira de crédito, resultante do rigor e prudência em função da conjuntura difícil que atravessamos, e da aplicabilidade das normas prudenciais em vigor. Como corolário desta tendência, o custo de imparidade no ano de 2014 situou-se em 2,1%, (Dez.13: 1,1%). Custo da Imparidade do Crédito % (Provisões / Crédito a Clientes) 2,10 1,10 Dez,13 Dez,14 O ligeiro incremento de crédito vencido implicou um aumento do nível da cobertura de crédito vencido por provisões, que se situou nos 146,2%. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 49 Cobertura do Crédito Vencido (> 90 dias) % (Provisões para Crédito / Crédito Vencido > 90 dias) 146,2 114,4 Dez,13 Dez,14 Este desempenho é o corolário da prioridade atribuída nos últimos anos ao desenvolvimento da função risco, bem como aos instrumentos de apoio à decisão, continuando o caminho de reforço de garantias e da maior seletividade do crédito, não obstante a crise financeira que atravessamos, que nos permite continuar a encarar o futuro com otimismo. 31-Dez-13 DADOS DE BASE 31-Dez-14 Variação absoluta relativa (milhares de euros) Crédito a Clientes (bruto) Crédito Vencido 384 689 17 019 Crédito Vencido > 90 dias (1) Crédito em Risco (2) Crédito Reestruturado Crédito Reestruturado não incluido no Crédito em Risco Provisões para Crédito (2) 16 37 4 4 18 440 043 540 163 806 390 463 18 297 18 39 8 5 26 022 498 687 978 340 5 774 1 278 1 2 4 1 7 1,5% 7,5% 582 455 147 815 534 9,6% 6,6% 91,3% 43,6% 40,1% INDICADORES (%) Crédito Vencido / Crédito a Clientes (bruto) Crédito Vencido > 90 dias / Crédito a Clientes (bruto) (1) Crédito em Risco / Crédito a Clientes (bruto) Crédito Reestruturado (2) / Crédito a Clientes (bruto) Crédito Reestruturado não incluido no Crédito em Risco (2)/ Crédito a Clientes (bruto) Provisões para Crédito / Crédito Vencido Provisões para Crédito / Crédito Vencido > 90 dias (1) Provisões para Crédito / Crédito em Risco Provisões para Crédito / Crédito a Clientes Carga de Provisões para Crédito (1) De acordo com a definição constante da Instrução nº23/2011 do Banco de Portugal. (2) De acordo com a definição constante da Instrução nº32/2013 do Banco de Portugal. 4,4 4,3 9,6 1,2 4,7 4,6 10,1 2,2 0,3 0,3 0,5 1,0 1,1 1,5 0,4 110,5 114,4 50,8 4,9 1,1 144,0 146,2 66,7 6,7 2,1 33,5 31,8 15,9 1,9 1,0 p.p. p.p. p.p. p.p. p.p. p.p. p.p. p.p. p.p. p.p. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 50 7 ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE Principais indicadores Relativamente ao exercício de 2014 salientamos: - o resultado líquido foi negativo e atingiu os 2.121 milhares de euros tendo a sua evolução sido marcada pelo enorme esforço de provisões para crédito; - os recursos totais de clientes registaram uma quebra de 21,4% enquanto o crédito concedido a clientes registou uma variação homóloga de +1,5%; - o rácio Cost to Income registou uma evolução de 66,0% em 2013 para 57,8% em 2014 e o rácio Cost to Income comercial situou-se nos 73,9% (88,3% em 2013); Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 51 ATIVIDADE Relativamente à evolução da atividade no ano de 2014 destacamos o seguinte: - o ativo líquido do banco situou-se nos 437,5 milhões de euros (-1,8% que no período homólogo); - os recursos de clientes registaram uma redução de 10,1%; - os recursos totais de clientes, incluindo a desintermediação, apresentam uma quebra de 21,4% - o crédito concedido a clientes cresceu cerca de 5,8 milhões de euros (+1,5 %); Milhares de euro Variáveis - Evolução da A ctividade Dez.13 Dez.14 V ari ação (% ) Ac t ivo Líq u id o 445 . 5 0 7 43 7. 496 -1, 8 % C r éd it o a C lien t es (b r u t o ) 3 8 4. 68 9 3 90 . 463 1, 5 % 259.794 249.886 -3,8% 227.680 222.899 -2,1% Crédito a Particulares - Habitação - Outro Crédito a Particulares 32.114 26.987 -16,0% 124.895 140.577 12,6% 496. 8 94 3 90 . 3 5 4 -21, 4% Recursos de Clientes 331.796 298.227 -10,1% Recursos de Desintermediação 165.098 92.127 -44,2% Crédito a Empresas Rec u r so s To t a is d e C lien t es RÁCIO DE TRANSFORMAÇÃO No ano de 2014 o crédito concedido a Clientes voltou a registar uma evolução positiva, nomeadamente por efeito do crédito concedido às empresas. Após um período com crescimentos negativos (até março de 2014), a concessão de crédito a Clientes regista, em termos médios crescimentos positivos, comparativamente com os períodos homólogos. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 52 Evolução do Crédito a Clientes Valores médios (crescimento face ao período homólog o do ano anterior) 3,9% 2,3% 1,6% Dez-11 -0,7% Mar-12 -1,6% Jun-12 -0,7% Set-12 -0,7% Dez-12 -0,1% Mar-13 Jun-13 Set-13 Dez-13 -5,7% -6,3% Mar-14 Jun-14 -0,4% Set-14 Dez-14 -5,3% -5,7% O rácio de transformação de Recursos de Balanço em Crédito situou-se em 122% (100% em 2013) enquanto o rácio de transformação de Depósitos em Crédito registou um aumento de 12 p.p. (de 110% para 122%). Milhares de euro Dez.13 R áci o de T ransf orm ação C RÉDITO A C LIENTES C r éd it o a C lien t es (b r u t o ) Provisões Crédito a Clientes (líquido) REC URSOS DE BALANÇ O Depósitos de Clientes Recursos de Balanço (1) Dez.14 3 8 4. 68 9 18.806 365.883 3 90 . 463 26.341 364.122 331.796 298.227 366.809 298.227 110% 122% 100% 122% RÁC IOS DE TRANSFORMAÇ ÃO Depósitos de Clientes em Crédito Recursos de Balanço em Crédito (2) (2) (1) - Inclui Emissões de Obrigações de Caixa (última emissão liquidada em setembro 2014) (2) - Crédito a Clientes líquido Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 53 CAPITAIS PRÓPRIOS Os capitais próprios e equiparados totalizaram 34,1 milhões de euros, valor inferior em cerca de 4,9 milhões de euros ao final do ano anterior (39,0 milhões de euros). O capital social do Banco, no valor de 18,6 milhões de euros, encontra-se representado por 3.727.500 ações com um valor nominal de 5 euros cada. Milhares de euro Dez.13 Capital Prémios de Emissão Reservas de Reavaliação Dez.14 V ari ação 18.638 18.638 0,0% 6.681 6.681 0,0% 418 -2.430 …. Outras Reservas e Resultados Transitados 14.314 13.374 -6,6% Resultado do Exercício -1.025 -2.121 …. 0 0 …. 3 9. 0 26 3 4. 142 -12, 5 % Dividendos Antecipados To t a l RESULTADOS O resultado líquido alcançado pelo NB dos Açores no exercício de 2014 apresenta-se negativo em 2.121 milhares de euros. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 54 Milhares de euros Variáveis Dez.13 Va r ia ç ã o Dez.14 Absol uta R e l ati va Resultado Financeiro 4.214 5.671 1.457 34,6% + Serviço Clientes 4.413 4.569 156 3,5% = P roduto Bancário Comercial 8.62 7 10.2 4 0 1.613 18,7% + Resultado Operações Financeiras e Diversos 2.920 2.851 -69 -2,4% = P roduto Bancário 11.54 7 13 .091 1.54 4 13 ,4 % - Custos Operativos 7.617 7.568 -49 -0,6% = Resultado Bruto 3 .93 0 5.52 3 1.593 4 0,5% - Provisões - Reposições Risco Crédito Títulos Outras 4.849 4.045 0 804 8.237 8.139 0 98 3.388 4.094 0 -706 69,9% 101,2% -87,8% = Resultado antes Impostos -919 -2 .714 -1.795 ,,, - Impostos 106 -593 -699 ,,, -116 62 160 115 -868 160 231 -930 0 ,,, --0,0% -1.02 5 -2 .12 1 -1.096 …. Impostos Correntes Impostos Diferidos Contribuição s/ Sector Bancário = Resultado Líquido Para o nível de resultados obtido contribuíram decisivamente os seguintes fatores: - crescimento do resultado financeiro em cerca de 1.457 milhares de euros (+34,6%) - crescimento dos proveitos de serviços a Clientes em 156 milhares de euros (+3,5%) - aumento do esforço de provisionamento para crédito (+4.094 milhares de euros). PRODUTO BANCÁRIO Verifica-se que o resultado financeiro (+34,6% que em 2013) recuperou algum peso na composição do produto bancário, atingindo os 43,3% (36,5% em 2013). Por outro lado, o peso dos proveitos por serviços prestados a Clientes regista um decréscimo, passando de 38,2% em 2013 para 34,9% em 2014. O resultado das operações financeiras e diversos também diminui o seu peso no produto bancário ao evoluir para 21,8% (2013: 25,3%). Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 55 EVOLUÇ ÃO DA ESTRUTURA DO PRODUTO BANC ÁRIO 21,8% 25,3% 34,9% 38,2% 36,5% 43,3% 2013 2014 Resultado Financeiro Serviços Clientes Resultados Mercados RESULTADO FINANCEIRO E MARGEM A evolução das taxas de mercado e a política de preços adotada pelo banco em 2014, tudo isto, combinado com a evolução registada nos recursos de Clientes, influenciou o comportamento da margem financeira que se situou nos 1,35% (0,93% em 2013), possibilitando melhores índices de rentabilidade do Novo Banco dos Açores. Evolução da Margem Financeira 2014 0,78% 0,93% 1,04% 1,35% 2013 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 56 O resultado financeiro atingiu 5.671 milhares de euros e registou um crescimento de 1.457 milhares de euros em relação a 2013, influenciado pela diminuição dos proveitos obtidos em Outras Aplicações, mas compensado sobretudo pela redução dos custos pagos por Depósitos e Outros Recursos. Milhares de euros Dez.13 Resu lt a d o Fin a n ceir o P roveitos ( J uros A ctivos) Dez.14 variação 15.568 13 .780 -1.788 13.151 13.134 -17 2.417 646 -1.771 11.3 54 8.109 -3 .2 4 5 - de Depósitos 9.472 7.065 -2.407 - de Outros recursos 1.882 1.044 -838 4 .2 14 5.671 1.4 57 - de Crédito - de Outras Aplicações Custos ( J uros P assivos) Resultado Financeiro CUSTOS OPERATIVOS A evolução dos custos de funcionamento (diminuição de 0,6% em termos homólogos) foi determinada pelo comportamento verificado nos Gastos gerais Administrativos (-2,9%) e nas Amortizações (-1,2%). Os Custos com Pessoal aumentaram 0,9%. Milhares de euros C USTOS OPERATIVOS 2013 2014 Variação A bsoluta Relativa Custos com Pessoal 4.020 4.058 38 0,9% Gastos Gerais Administrativos 2.575 2.500 -75 -2,9% Amortizações 1.022 1.010 -12 -1,2% 7.617 7.568 -4 9 -0,6% Total Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 57 PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA A evolução registada no produto bancário comercial e nos custos operativos determinou uma recuperação tanto no Cost to Income com uma redução homologa de 8,2 p.p., como no Cost to Income comercial (sem mercados) (-14,4 p.p.). A evolução verificada no total do Ativo, nos Custos Operativos e no número de colaboradores originaram um aumento no rácio Custos Operativos / Ativo Médio e uma redução no indicador Ativo por Empregado. In d ica d o r es d e Pr o d u t ivid a d e e Eficiên cia Dez.13 Dez.14 V ari ação Cost to Income (sem mercados) 88,3% 73,9% -14,4 p.p. Cost to Income (com mercados) 66,0% 57,8% -8,2 p.p. Custos Operativos / Activo Médio 1,58% 1,69% 0,11 p.p. 4.411 4.248 -3,7% Activo por Empreg ado (€.000) PROVISIONAMENTO O ano de 2014 foi marcado por um elevado reforço de provisões, que totalizaram 8.237 milhares de euros, o que constituiu um esforço superior em 3.388 milhares ao do exercício de 2013. Para esse aumento do esforço de provisionamento contribuiu um maior nível de provisões para crédito com mais 4.094 milhares de euros, e para Imóveis com menos 706 milhares de euros. As Provisões para Crédito registam em 31 de dezembro de 2013 um valor acumulado de 26,3 milhões de euros. Milhares de euros Do t a çõ es p a r a Pr o visõ es para Crédito a Clientes para Títulos para Outros Riscos e Encarg os To t a l Dez.13 Variação Dez.14 4.045 8.139 4.094 101,2% 0 0 0 - 804 98 -706 -87,8% 4. 8 49 8 . 23 7 3 .3 88 69, 9% Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 58 INDICADORES DE REFERÊNCIA DO BANCO DE PORTUGAL % 31-Dez-13 31-Dez-14 SOLVABILIDADE (g) Fundos Próprios/Ativos de Risco (a) Fundos Próprios de Base/Ativos de Risco (a) Core Tier I /Ativos de Risco (a) 8,5 6,2 8,3 6,2 8,3 6,2 5,1 6,9 0,3 0,2 9,6 10,1 5,0 3,6 -2,3 -7,1 2,4 2,9 -2,3 -7,1 66,0 57,8 34,8 31,0 110,3 122,1 QUALIDADE DO CRÉDITO Crédito com Incumprimento (b) / Crédito Total (c) Crédito com Incumprimento, líquido (c) / Crédito Total, líquido (c) Crédito em Risco(c/f) / Crédito Total (c) Crédito em Risco, líquido (c/f) / Crédito Total, líquido (c) RENDIBILIDADE Resultado antes de Impostos e de Interesses Minoritários / Ativo Líquido médio Produto Bancário (d) /Ativo Líquido médio Resultado antes de Impostos e de Interesses Minoritários / Capitais Próprios médios (e) EFICIÊNCIA Custos de Funcionamento (d) + Amortizações / Produto Bancário Custos com Pessoal / Produto Bancário (d) (d) TRANSFORMAÇÃO (Crédito Total(c)- Provisões para Crédito(c))/ Depósitos de Clientes (f) (a) Valores calculados com base no método BIS II padrão (b) De acordo com a definição constante da Carta Circular nº 99/2003/DSB do Banco de Portugal ( c) De acordo com a definição constante da Instrução nº22/2011 do Banco de Portugal ( d) De acordo com a definição constante da Instrução nº16/2004 do Banco de Portugal ( e) Incluem Interesses que não controlam ( f) De acordo com a definição constante da Instrução nº23/2004 do Banco de Portugal ( g) dezembro de 2014 (informação provisória). Relativamente ao Rácio de Solvabilidade o Novo Banco, como acionista de referência, tomará as medidas necessárias para o repor nos níveis regulamentares. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 59 Evolução previsível da Sociedade O ano 2015 para o Novo Banco dos Açores irá ser marcado pela decisão que for tomada relativamente ao futuro do seu principal acionista, o Novo Banco. Apesar desta incógnita, o Banco continuará a desenvolver a sua atividade tendo como grande objetivo a continuação do trabalho que tem vindo a ser desenvolvimento no sentido de consolidar a sua quota de mercado. Para atingir esse objetivo propõe-se continuar a desenvolver uma abordagem segmentada e próxima da sociedade, que permita o aumento da quota através da captação de novos Clientes e da fidelização dos Clientes existentes. O Banco em 2015 irá privilegiar o reforço da captação / recuperação de depósitos, o aprofundamento da seletividade do crédito (sem deixar de apoiar os setores mais dinâmicos da economia) e uma atuação muito cuidada de prevenção e cobertura do risco do crédito. O Banco irá desenvolver diversas ações de índole comercial. Prevê-se a assinatura de Protocolos com empresas e Instituições com o objetivo de captação de novos Clientes. Pretende-se o aprofundamento de relações e a cooperação com todas as entidades envolvidas no processo de desenvolvimento dos Açores, quer sejam privadas quer sejam oficiais. No ano de 2015 iremos continuar a nossa política de dinamização do Banco muito ativa e rigorosa, de forma a continuarmos a constituir um elemento fundamental para o Desenvolvimento Económico e Social dos Açores, e em conformidade com as nossas responsabilidades de sermos o único Banco a operar na Região com sede nos Açores. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 60 8 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 61 N O V O B A N C O D O S A ÇO R E S , S A B A LA NÇO EM 31DE DEZEM B RO DE 2014 (em milhares de euro ) 3 1 de de ze m bro de 2 0 14 B A LA N ÇO V A LO R A N T E S P R O V IS Õ E S , D E P R O V IS Õ E S , IM P A R ID A D E E V A LO R LÍ Q UID O IM P A R ID A D E E A M O R T IZ A ÇÕ E A M O R T IZ A ÇÕ E S S 3 1 de de ze m bro de 2 0 13 A CTIVO 1.Caixa e dispo nibilidades em banco s centrais.......................................... 4.717 0 4.717 4.220 17.848 0 17.848 14.934 3.A ctivo s financeiro s detido s para nego ciação ......................................... 0 0 0 0 4.Outro s activo s financeiro s ao justo valo r através de resultado s........... 3 0 3 3 12.780 62 12.718 20.493 2.Dispo nibilidades em o utras instituiçõ es de crédito ................................... 5.A ctivo s financeiro s dispo níveis para venda........................................... 6.A plicaçõ es em instituiçõ es de crédito ...................................................... 8.243 0 8.243 7.257 390.463 23.758 366.705 368.365 8.Investimento s detido s até à maturidade.................................................... 0 0 0 0 9.A ctivo s co m aco rdo de reco mpra............................................................ 0 0 0 0 10.Derivado s de co bertura.......................................................................... 0 0 0 1 12.876 1.163 11.713 12.462 7.Crédito a clientes...................................................................................... 11.A ctivo s não co rrentes detido s para venda............................................ 12.P ro priedades de investimento ................................................................ 0 0 0 0 10.020 4.263 5.757 6.158 6.601 5.244 1.357 1.399 0 0 0 0 82 0 82 464 17.A ctivo s po r impo sto s diferido s............................................................... 4.051 0 4.051 3.644 18.Outro s activo s........................................................................................ 4.302 0 4.302 6.107 471.986 34.490 437.496 445.507 1.Recurso s de banco s centrais.................................................................. 0 0 0 0 2.P assivo s financeiro s detido s para nego ciação ....................................... 0 0 0 0 3.Outro s passivo s financeiro s ao justo valo r atraves de resultado s.......... 0 0 0 0 4.Recurso s de o utras instituiçõ es de crédito ............................................... 99.272 0 99.272 34.264 5.Recurso s de clientes e o utro s empréstimo s............................................ 13.Outro s activo s tangíveis......................................................................... 14.A ctivo s intangíveis................................................................................. 15.Investimento s em filiais, asso ciadas e empreendimento s co njunto s...... 16.A ctivo s po r impo sto s co rrentes............................................................. TOTA L DO A CTIVO P A SSIVO 298.227 0 298.227 331.796 6.Respo nsabilidades representadas po r título s............................................. 0 0 0 35.013 7.P assivo s financeiro s asso ciado s a activo s transferido s........................ 0 0 0 0 651 0 651 624 8.Derivado s de co bertura............................................................................. 9.P assivo s não co rrentes detido s para venda........................................... 0 0 0 0 2.605 0 2.605 2.508 11.P assivo s po r impo sto s co rrentes........................................................... 35 0 35 0 12.P assivo s po r impo sto s diferido s............................................................ 176 0 176 495 13.Instrumento s representativo s de capital................................................ 0 0 0 0 14.Outro s passivo s subo rdinado s.............................................................. 0 0 0 0 2.388 0 2.388 1.781 403.354 0 403.354 406.481 18.638 0 18.638 18.638 6.681 0 6.681 6.681 18.Outro s instrumento s de capital............................................................... 0 0 0 0 19.A cçõ es pró prias.................................................................................... 0 0 0 0 20.Reservas de reavaliação ........................................................................ -2.430 0 -2.430 418 21.Outras reservas e resultado s transitado s............................................. 10.P ro visõ es.................................................................................................. 15.Outro s passivo s..................................................................................... TOTA L DO P A SSIVO CA P ITA L 16.Capital..................................................................................................... 17.P rémio s de emissão ................................................................................ 13.374 0 13.374 14.314 22.Resultado do exercício ........................................................................... -2.121 0 -2.121 -1.025 23.Dividendo s antecipado s........................................................................ 0 0 0 0 34.142 0 34.142 39.026 437.496 0 437.496 445.507 TOTA L DO CA P ITA L TOTA L DO P A SSIVO + CA P ITA L O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração Luis Miguel Rosário Baptista Jaime José Matos da Gama José João Guilherme José Eduardo Fragoso Tavares de Bettencourt Luis Miguel Cordeiro Guimarães de Carvalho Gualter José Andrade Furtado António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues José Francisco Gonçalves Silva Gustavo Manuel Frazão de Medeiros Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 62 N O V O B AN CO DO S AÇO R ES, SA D E M O N S T R A ÇÃ O D E R E S ULT A D O S A T É 3 1 D E D E Z E M B R O D E 2 0 14 (em milhares de euro ) D E M O N S T R A ÇÃ O D E R E S ULT A D O S 3 1 de de ze m bro de 2 0 14 3 1 de de ze m bro de 2 0 13 1. Juro s e rendimento s similares........................................................... 13.816 16.113 2. Juro s e encargo s similares................................................................. 8.145 11.899 5 .6 7 1 4 .2 14 M a rge m F ina nc e ira 3. Rendimento s de instrumento s de capital..................................... 378 87 4. Rendimento s de serviço s e co missõ es....................................... 5.296 5.205 5. Encargo s co m serviço s e co missõ es........................................... 730 792 675 (110) 6. Resultado s de activo s e passivo s avaliado s ao justo valo r através de resultado s........................................................ 7. Resultado s de activo s financeiro s dispo níveis para venda................................................................ 11 21 8. Resultado s de reavaliação cambial......................................... 1.708 2.844 9. Resultado s de alienação de o utro s activo s............................... 14 12 10. Outro s resultado s de explo ração .................................................. (92) (94) 12 .9 3 1 11.3 8 7 11. Custo s co m pesso al.......................................................................... P ro dut o ba nc á rio 4.058 4.020 12. Gasto s gerais administrativo s...................................................... 2.500 2.575 1.010 1.022 13. A mo rtizaçõ es do exercício ........................................................ 14. P ro visõ es líquidas de repo siçõ es e anulaçõ es..................... 101 (228) 15. Co rrecçõ es de valo r asso ciadas ao crédito a clientes e valo res a receber de o utro s devedo res (líquidas de repo siçõ es e anulaçõ es).......................................... 8.039 4.273 0 0 16. Imparidade de o utro s activo s financeiro s líquida de reversõ es e recuperaçõ es......................................................... 17. Imparidade de o utro s activo s líquida de reversõ es e recuperaçõ es............................................................... R e s ult a do a nt e s de im po s t o s Impo sto s 18. Co rrentes............................................................................................. 19. Diferido s............................................................................................... R e s ult a do a pó s im po s t o s 97 804 - 2 .8 7 4 - 1.0 7 9 (753) (54) 115 (116) (868) 62 - 2 .12 1 - 1.0 2 5 Do qual: Resultado líquido apó s impo sto s de o peraçõ es desco ntinuadas.................................................... 15 13 O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração Luis Miguel Rosário Baptista Jaime José Matos da Gama José João Guilherme José Eduardo Fragoso Tavares de Bettencourt Luis Miguel Cordeiro Guimarães de Carvalho Gualter José Andrade Furtado António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues José Francisco Gonçalves Silva Gustavo Manuel Frazão de Medeiros Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 63 9 NOTAS FINAIS Declaração de conformidade sobre a informação financeira apresentada Os membros do Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores, SA, declaram que: - as demonstrações financeiras do Novo Banco dos Açores, SA, relativas aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e em 31 de Dezembro de 2014 foram preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como definido pelo Banco de Portugal no Aviso 1/2005 de 21 de Fevereiro de 2005); - tanto quanto é do seu conhecimento as demonstrações financeiras referidas na alínea anterior dão uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados do NB dos Açores, de acordo com as referidas Normas e foram objeto de aprovação na reunião do Conselho de Administração realizada no dia 25 de Fevereiro de 2015; - o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição financeira do NB dos Açores no exercício de 2014 e contém uma descrição sobre a evolução previsível da sociedade. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 64 Proposta de Aplicação de Resultados Nos termos da alínea f) do nº 5 do artigo 66º e para efeitos da alínea b) do nº 1 do artigo 376º do Código das Sociedades Comerciais e em conformidade com o Artº 28º dos Estatutos, o Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores propõe, para aprovação na Assembleia Geral, que o prejuízo apurado no exercício de 2014, no montante de 2.120.768,18 euros, seja integrado na rubrica de “Outras Reservas e Resultados Transitados”, do Balanço. Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 65 Agradecimento O Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores manifesta o seu agradecimento pela confiança dos seus Clientes e Acionistas, pela lealdade e dedicação dos seus Colaboradores e pela cooperação das Autoridades Governamentais e de Supervisão. Ponta Delgada, 25 de fevereiro de 2015 O Conselho de Administração do BES dos Açores Jaime José Matos da Gama José João Guilherme José Eduardo Fragoso Tavares de Bettencourt Luis Miguel Cordeiro Guimarães de Carvalho Gualter José Andrade Furtado António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues José Francisco Gonçalves Silva Gustavo Manuel Frazão de Medeiros Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 66 II DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 67 NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013 Notas Juros e proveitos similares Juros e custos similares 5 5 Margem financeira Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Encargos com serviços e comissões Resultados de ativos e passivos ao justo valor através de resultados Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda Resultados de reavaliação cambial Resultados da alienação de outros ativos Outros resultados de exploração 19 6 6 7 8 9 10 11 Proveitos operacionais Custos com pessoal Gastos gerais administrativos Depreciações e amortizações Provisões líquidas de anulações Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações Imparidade de outros ativos líquida de reversões e recuperações 12 14 24 e 25 30 21 23 Custos operacionais Resultado antes de impostos Impostos Correntes Diferidos 31 31 Resultado líquido do exercício Resultados por ação básicos (em euros) Resultados por ação diluídos (em euros) 15 14 15 31.12.2014 (milhares de euros) 31.12.2013 13 816 8 145 16 113 11 899 5 671 4 214 378 5 296 ( 730) 675 11 1 708 14 ( 92) 87 5 205 ( 792) ( 110) 21 2 844 12 ( 94) 12 931 11 387 4 058 2 500 1 010 101 8 039 97 4 020 2 575 1 022 ( 228) 4 273 804 15 805 12 466 ( 2 874) ( 1 079) 115 ( 868) ( 116) 62 ( 2 121) ( 1 025) (0,57) (0,28) (0,57) (0,28) As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 68 NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A. DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013 (milhares de euros) 31.12.2014 Resultado líquido do exercício 31.12.2013 ( 2 121) ( 1 025) ( 2 770) 85 ( 2 685) ( 597) ( 23) ( 620) ( 78) 1 086 ( 78) 1 086 ( 4 884) ( 559) Outro rendimento integral do exercício Itens que não serão reclassificados para resultados Benefícios de longo prazo Pensões - regime transitório Itens que poderão vir a ser reclassificados para resultados Alterações de justo valor, líquidas de imposto Total do rendimento integral do exercício As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 69 NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A. BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 e 2013 (milhares de euros) Notas Ativo Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados Ativos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Derivados para gestão de risco Ativos não correntes detidos para venda Outros ativos tangíveis Ativos intangíveis Ativos por impostos correntes Ativos por impostos diferidos Outros ativos 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 31 31 26 Total de Ativo Passivo Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes Responsabilidades representadas por títulos Derivados para gestão de risco Provisões Passivos por impostos correntes Passivos por impostos diferidos Outros passivos 27 28 29 22 30 31 31 32 Total de Passivo Capital Próprio Capital Prémios de emissão Reservas e resultados transitados e outro rendimento integral Resultado líquido do período Total de Capital Próprio Total de Passivo e Capital Próprio 33 33 34 31.12.2014 31.12.2013 4 717 17 848 3 12 718 8 243 366 705 11 713 5 757 1 357 82 4 051 4 302 4 220 14 934 3 20 493 7 257 368 365 1 12 462 6 158 1 399 464 3 644 6 107 437 496 445 507 99 272 298 227 651 2 605 35 176 2 388 34 264 331 796 35 013 624 2 508 495 1 781 403 354 406 481 18 638 6 681 10 944 ( 2 121) 18 638 6 681 14 732 ( 1 025) 34 142 39 026 437 496 445 507 As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras Notas às Demonstrações Financeiras Relatório e Contas de 2014 2014 70 NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A. DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013 (milhares de euros) Reservas, resultados transitados e outro rendimento integral Prémios de emissão Capital Saldo em 31 de dezembro de 2012 Outras reservas, resultados transitados e Outro rendimento integral Reservas de justo valor Resultado líquido do período Total Total do Capital Próprio 17 500 6 681 2 127 10 988 13 115 2 289 39 585 Rendimento integral: Alterações de justo valor, líquidas de imposto (ver Nota 34) Desvios atuariais Pensões - regime transitório, líquido de imposto (ver Nota 13) Resultado líquido do período - - 1 086 - ( 597) ( 23) - 1 086 ( 597) ( 23) - ( 1 025) 1 086 ( 597) ( 23) ( 1 025) Total do rendimento integral do período - - 1 086 ( 620) 466 ( 1 025) ( 559) 1 138 - - - 1 151 - 1 151 - ( 1 151) ( 1 138) 1 138 ( 1 138) 18 638 6 681 3 213 11 519 14 732 ( 1 025) 39 026 Rendimento integral: Alterações de justo valor, líquidas de imposto (ver Nota 34) Desvios atuariais Pensões - regime transitório, líquido de imposto (ver Nota 13) Resultado líquido do período - - ( 78) - ( 2 770) 85 - ( 78) ( 2 770) 85 - ( 2 121) ( 78) ( 2 770) 85 ( 2 121) Total do rendimento integral do período - - ( 78) ( 2 685) ( 2 763) ( 2 121) ( 4 884) Aumento de capital Constituição de reservas - - - ( 1 025) ( 1 025) 1 025 - 18 638 6 681 3 135 7 809 10 944 ( 2 121) 34 142 Aumento de capital Constituição de reservas Dividendos distribuídos (a) Saldo em 31 de dezembro de 2013 Saldo em 31 de dezembro de 2014 Notas às Demonstrações Financeiras (a) Corresponde a um dividendo por ação de 0,33 euros pagos às ações em circulação em 2013, respetivamente. Relatório e Contas de 2014 31 dezembro de 2013 71 71 NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013 (milhares de euros) Notas 31.12.2014 31.12.2013 14 280 ( 8 892) 5 296 ( 730) 253 ( 4 044) 16 175 ( 12 291) 5 205 ( 792) 251 ( 6 152) 6 163 2 396 675 ( 986) 65 008 ( 8 481) ( 32 784) ( 174) 2 263 40 328 24 230 17 662 ( 29 153) 813 654 29 423 ( 425) 57 193 ( 509) 28 998 56 684 378 ( 21 969) 29 764 ( 568) 1 87 ( 327 706) 326 084 ( 995) - 7 606 ( 2 530) Fluxos de caixa das atividades de financiamento Aumento de capital Reembolso de obrigações de caixa Dividendos pagos ( 35 000) - 1 138 ( 60 000) ( 1 138) Fluxos de caixa líquidos das atividades de financiamento ( 35 000) ( 60 000) 1 604 ( 5 846) 16 465 19 469 1 708 1 604 2 842 ( 5 846) 19 777 16 465 16 4 717 4 220 17 17 ( 2 788) 17 848 ( 2 689) 14 934 19 777 16 465 Fluxos de caixa de atividades operacionais Juros e proveitos recebidos Juros e custos pagos Serviços e comissões recebidas Serviços e comissões pagas Recuperações de créditos Pagamentos de caixa a empregados e fornecedores Variação nos ativos e passivos operacionais: Venda de ativos financeiros ao justo valor através de resultados Aplicações em instituições de crédito Recursos de instituições de crédito Crédito a clientes Recursos de clientes e outros empréstimos Derivados para gestão de risco Outros ativos e passivos operacionais Fluxos de caixa líquidos das atividades operacionais, antes de impostos sobre os lucros Impostos sobre os lucros pagos Fluxos de caixa das atividades de investimento Dividendos recebidos Compra de ativos financeiros disponíveis para venda Venda de ativos financeiros disponíveis para venda Compra de imobilizações Venda de imobilizações Variação líquida em caixa e seus equivalentes Caixa e equivalentes no início do período Efeitos da alteração da taxa de câmbio em caixa e seus equivalentes Variação líquida em caixa e seus equivalentes Caixa e equivalentes no fim do período Caixa e equivalentes engloba: Caixa Disponibilidades em Bancos Centrais (Das quais, Disponibilidades de natureza obrigatória) (a) Disponibilidades em outras instituições de crédito (a) o NBA constitui as suas reservas mínimas indiretamente através do Novo Banco, S.A. (ver Nota 17) As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras Relatório e Contas de 2014 72 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 (Montantes expressos em milhares de euros, exceto quando indicado) NOTA 1 – ATIVIDADE O Novo Banco Açores, S.A. (Banco ou NBA) é uma instituição financeira com sede em Ponta Delgada, Portugal. Para o efeito possui as indispensáveis autorizações das autoridades portuguesas, Banco Central e demais agentes reguladores para operar em Portugal. O Banco iniciou a sua atividade no dia 1 de julho de 2002, resultado de uma aliança estratégica entre o Grupo Banco Espírito Santo e a Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada para a constituição de um Banco vocacionado para a satisfação das necessidades financeiras da Região Autónoma dos Açores, através de uma forte ligação às Misericórdias Açorianas e às comunidades de emigrantes açorianos. A 3 de agosto de 2014, e na sequência da Medida de Resolução aplicada pelo Banco de Portugal ao Banco Espírito Santo, seu acionista maioritário, o BES dos Açores foi incluído no perímetro de consolidação do Grupo NOVO BANCO. Em outubro, por deliberação da Assembleia Geral e após autorização do Banco de Portugal, foi alterada a denominação social do BES dos Açores para Novo Banco dos Açores, acompanhando a marca definida para o acionista maioritário. O Banco dedica-se à obtenção de recursos de terceiros, sob a forma de depósitos ou outros, os quais aplica, conjuntamente com os seus recursos próprios, na concessão de crédito, em títulos e em outros ativos, prestando ainda outros serviços bancários. Para tal, o Banco conta com uma rede de 17 agências (31 de dezembro de 2013: 17 agências), um centro de empresas e um centro private. O Banco faz parte do Grupo NOVO BANCO, pelo que as suas demonstrações financeiras são consolidadas pelo NOVO BANCO, S.A., com sede na Avenida da Liberdade nº 195, em Lisboa. Relatório e Contas de 2014 73 NOTA 2 – PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação No âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho de 2002, na sua transposição para a legislação portuguesa através do Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de fevereiro e do Aviso n.º 1/2005, do Banco de Portugal, as demonstrações financeiras do NBA são preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como definidas pelo Banco de Portugal. As NCA traduzem-se na aplicação às demonstrações financeiras individuais das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adotadas na União Europeia, com exceção de algumas matérias reguladas pelo Banco de Portugal, como a imparidade do crédito a clientes e o tratamento contabilístico relativo ao reconhecimento em resultados transitados dos ajustamentos das responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência apuradas na transição. Os IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC) e pelos respetivos órgãos antecessores. As demonstrações financeiras do NBA agora apresentadas, reportam-se ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e foram preparadas de acordo com as NCA, as quais incluem os IFRS em vigor tal como adotados na União Europeia até 31 de dezembro de 2014. As políticas contabilísticas utilizadas pelo Banco na preparação das suas demonstrações financeiras referentes a 31 de dezembro de 2014 são consistentes com as utilizadas na preparação das demonstrações financeiras anuais com referência a 31 de dezembro de 2013. Contudo, e tal como descrito na Nota 39, o Banco adotou na preparação das demonstrações financeiras referentes a 31 de dezembro de 2014, as normas contabilísticas emitidas pelo IASB e as interpretações do IFRIC de aplicação obrigatória desde 1 de janeiro de 2014. As políticas contabilísticas utilizadas pelo Banco na preparação das demonstrações financeiras, descritas nesta nota, foram adotadas em conformidade. A adoção destas novas normas e interpretações em 2014 não teve um efeito material nas contas do Banco. As normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas mas que ainda não entraram em vigor e que o Banco ainda não aplicou na elaboração das suas demonstrações financeiras podem também ser analisadas na nota 39. Relatório e Contas de 2014 74 As demonstrações financeiras estão expressas em milhares de euros, arredondado ao milhar mais próximo. Foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com exceção dos ativos e passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente instrumentos financeiros derivados, ativos e passivos financeiros ao justo valor através dos resultados, ativos financeiros disponíveis para venda e ativos e passivos cobertos, na sua componente que está a ser objeto de cobertura. A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as NCA requer que o Banco efetue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, ativos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as atuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação das demonstrações financeiras encontram-se analisadas na Nota 3. Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração em 25 de fevereiro de 2015. 2.2. Operações em moeda estrangeira As transações em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor na data da transação. Os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são reconhecidas em resultados. Os ativos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio à data da transação. Ativos e passivos não monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais resultantes são reconhecidas em resultados, exceto no que diz respeito às diferenças relacionadas com ações classificadas como ativos financeiros disponíveis para venda, as quais são registadas em reservas. 2.3. Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura Classificação O Banco classifica como derivados para gestão do risco os (i) derivados de cobertura e (ii) os derivados contratados com o objetivo de efetuar a cobertura económica de certos ativos e passivos designados ao justo valor através de resultados mas que não foram classificados como de cobertura. Todos os restantes derivados são classificados como derivados de negociação. Relatório e Contas de 2014 75 Reconhecimento e mensuração Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (trade date), pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados diretamente em resultados do exercício, exceto no que se refere aos derivados de cobertura. O reconhecimento das variações de justo valor dos derivados de cobertura depende da natureza do risco coberto e do modelo de cobertura utilizado. O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado, quando disponível, ou é determinado tendo por base técnicas de valorização incluindo modelos de desconto de fluxos de caixa (discounted cash flows) e modelos de avaliação de opções, conforme seja apropriado. Contabilidade de cobertura Critérios de classificação Os instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura, podem ser classificados contabilisticamente como de cobertura desde que cumpram, cumulativamente, com as seguintes condições: (i) À data de início da transação a relação de cobertura encontra-se identificada e formalmente documentada, incluindo a identificação do item coberto, do instrumento de cobertura e a avaliação da efetividade da cobertura; (ii) Existe a expectativa de que a relação de cobertura seja altamente efetiva, à data de início da transação e ao longo da vida da operação; (iii) A eficácia da cobertura possa ser mensurada com fiabilidade à data de início da transação e ao longo da vida da operação; (iv) Para operações de cobertura de fluxos de caixa os mesmos devem ser altamente prováveis de virem a ocorrer. Cobertura de justo valor (fair value hedge) Numa operação de cobertura de justo valor de um ativo ou passivo (fair value hedge), o valor de balanço desse ativo ou passivo, determinado com base na respetiva política contabilística, é ajustado por forma a refletir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo valor dos ativos ou dos passivos cobertos atribuíveis ao risco coberto. Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, o instrumento financeiro derivado é transferido para a carteira de negociação e a contabilidade de Relatório e Contas de 2014 76 cobertura é descontinuada prospetivamente. Caso o ativo ou passivo coberto corresponda a um instrumento de rendimento fixo, o ajustamento de revalorização é amortizado até à sua maturidade pelo método da taxa efetiva. Cobertura de fluxos de caixa (cash flow hedge) Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade (cash flow hedge), a parte efetiva das variações de justo valor do derivado de cobertura são reconhecidas em reservas, sendo transferidas para resultados nos exercícios em que o respetivo item coberto afeta resultados. A parte inefetiva da cobertura é registada em resultados. Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação coberta também afetar resultados. Se for previsível que a operação coberta não se efetuará, os montantes ainda registados em capital próprio são imediatamente reconhecidos em resultados e o instrumento de cobertura é transferido para a carteira de negociação. Durante o período coberto por estas demonstrações financeiras o Banco não detinha operações de cobertura classificadas como coberturas de fluxos de caixa. Derivados embutidos Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados separadamente quando as suas características económicas e os seus riscos não estão relacionados com o instrumento principal e o instrumento principal não está contabilizado ao seu justo valor através de resultados. Estes derivados embutidos são registados ao justo valor com as variações reconhecidas em resultados. 2.4. Crédito a clientes A rubrica crédito a clientes inclui os empréstimos originados pelo Banco, cuja intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data em que o montante do crédito é adiantado ao cliente. O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais do Banco relativos aos respetivos fluxos de caixa expiram, (ii) o Banco transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, ou (iii) não obstante o Banco ter retido parte, mas não substancialmente todos, os riscos e benefícios associados à sua detenção, o controlo sobre os ativos foi transferido. Relatório e Contas de 2014 77 O crédito a clientes é reconhecido inicialmente ao seu justo valor, acrescido dos custos de transação, e é subsequentemente valorizado ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva, sendo apresentado em balanço deduzido de perdas por imparidade. O Banco, de acordo com a sua estratégia documentada de gestão do risco, contrata operações de derivados (derivados para gestão do risco) com o objetivo de efetuar a cobertura económica de certos riscos de determinados créditos a clientes, sem contudo apelar à contabilidade de cobertura tal como descrita na Nota 2.3. Nestas situações, o reconhecimento inicial de tais créditos é concretizado através da designação dos créditos ao justo valor através de resultados. Desta forma, é assegurada a consistência na valorização dos créditos e dos derivados (accounting mismatch). Esta prática está de acordo com a política contabilística de classificação, reconhecimento e mensuração de ativos financeiros ao justo valor através de resultados descrita na Nota 2.5. Imparidade O Banco avalia regularmente se existe evidência objetiva de imparidade na sua carteira de crédito. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso, num período posterior, o montante da perda estimada diminua. Um crédito concedido a clientes, ou uma carteira de crédito concedido, definida como um conjunto de créditos com características de risco semelhantes, encontra-se em imparidade quando: (i) exista evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial e (ii) quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável dos fluxos de caixa futuros desse crédito, ou carteira de créditos, que possa ser estimado com razoabilidade. Inicialmente, o Banco avalia se existe individualmente para cada crédito evidência objetiva de imparidade. Para esta avaliação e na identificação dos créditos com imparidade numa base individual, o Banco utiliza a informação que alimenta os modelos de risco de crédito implementados e considera de entre outros os seguintes fatores: a exposição global ao cliente e a existência de créditos em situação de incumprimento; a viabilidade económico-financeira do negócio do cliente e a sua capacidade de gerar meios capazes de responder ao serviço da dívida no futuro; a existência de credores privilegiados; a existência, natureza e o valor estimado dos colaterais; Relatório e Contas de 2014 78 o endividamento do cliente com o setor financeiro; o montante e os prazos de recuperação estimados. Se para determinado crédito não existe evidência objetiva de imparidade numa ótica individual, esse crédito é incluído num grupo de créditos com características de risco de crédito semelhantes (carteira de crédito), o qual é avaliado coletivamente – análise da imparidade numa base coletiva. Os créditos que são avaliados individualmente e para os quais é identificada uma perda por imparidade não são incluídos na avaliação coletiva. Caso seja identificada uma perda por imparidade numa base individual, o montante da perda a reconhecer corresponde à diferença entre o valor contabilístico do crédito e o valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efetiva original do contrato. O crédito concedido é apresentado no balanço líquido da imparidade. Para um crédito com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respetiva perda de imparidade é a taxa de juro efetiva atual, determinada com base nas regras de cada contrato. O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados de um crédito garantido reflete os fluxos de caixa que possam resultar da recuperação e venda do colateral, deduzido dos custos inerentes com a sua recuperação e venda. No âmbito da análise da imparidade numa base coletiva, os créditos são agrupados com base em características semelhantes de risco de crédito, em função da avaliação de risco definida pelo Banco. Os fluxos de caixa futuros para uma carteira de créditos, cuja imparidade é avaliada coletivamente, são estimados com base nos fluxos de caixa contratuais e na experiência histórica de perdas. A metodologia e os pressupostos utilizados para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos regularmente pelo Banco de forma a monitorizar as diferenças entre as estimativas de perdas e as perdas reais. De acordo com as NCA, o valor dos créditos deve ser objeto de correção, de acordo com critérios de rigor e prudência para que reflita a todo o tempo o seu valor realizável. Esta correção de valor (imparidade) não poderá ser inferior ao que for determinado de acordo com o Aviso n.º 3/95, do Banco de Portugal, o qual estabelece o quadro mínimo de referência para a constituição de provisões específicas e genéricas. Quando o Banco considera que determinado crédito é incobrável e tenha sido reconhecida uma perda por imparidade de 100%, este é abatido ao ativo. Relatório e Contas de 2014 79 2.5. Outros ativos financeiros Classificação O Banco classifica os outros ativos financeiros no momento da sua aquisição considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias: Ativos financeiros ao justo valor através dos resultados Esta categoria inclui: (i) os ativos financeiros de negociação, que são aqueles adquiridos com o objetivo principal de serem transacionados no curto prazo ou que são detidos como parte integrante de uma carteira de ativos, normalmente de títulos em relação à qual existe evidência de atividades recentes conducentes à realização de ganhos de curto prazo, e (ii) os ativos financeiros designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com variações reconhecidas em resultados. O Banco designa, no seu reconhecimento inicial, certos ativos financeiros como ao justo valor através de resultados quando: tais ativos financeiros são geridos, avaliados e analisados internamente com base no seu justo valor; são contratadas operações de derivados com o objetivo de efetuar a cobertura económica desses ativos, assegurando-se assim a consistência na valorização dos ativos e dos derivados (accounting mismatch); ou tais ativos financeiros contêm derivados embutidos. Os produtos estruturados adquiridos pelo Banco que correspondem a instrumentos financeiros contendo um ou mais derivados embutidos, por se enquadrarem sempre numa das três situações acima descritas, seguem o método de valorização dos ativos financeiros ao justo valor através de resultados. Investimentos detidos até à maturidade Estes investimentos são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidades definidas, que o Banco tem intenção e capacidade de deter até à maturidade e que não foram designados, no momento do seu reconhecimento inicial, como ao justo valor através de resultados ou como disponíveis para venda. Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que: (i) o Banco tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) não se enquadram nas categorias anteriormente referidas. Relatório e Contas de 2014 80 Reconhecimento e mensuração inicial e desreconhecimento Aquisições e alienações de: (i) ativos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii) investimentos detidos até à maturidade e (iii) ativos financeiros disponíveis para venda, são reconhecidos na data da negociação (trade date), ou seja, na data em que o Banco se compromete a adquirir ou alienar o ativo. Os ativos financeiros são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de transação, exceto nos casos de ativos financeiros ao justo valor através de resultados, caso em que estes custos de transação são diretamente reconhecidos em resultados. Estes ativos são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais do Banco ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) o Banco tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, o Banco tenha transferido o controlo sobre os ativos. Mensuração subsequente Após o seu reconhecimento inicial, os ativos financeiros ao justo valor através de resultados são valorizados ao justo valor, sendo as suas variações reconhecidas em resultados. Os ativos financeiros detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no entanto, as respetivas variações reconhecidas em reservas, até que os ativos sejam desreconhecidos ou seja identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais registados em reservas é transferido para resultados. As variações cambiais associadas a estes ativos são reconhecidas também em reservas, no caso de ações e outros títulos de capital, e em resultados, no caso de instrumentos de dívida. Os juros, calculados à taxa de juro efetiva, e os dividendos são reconhecidos na demonstração dos resultados. Os investimentos detidos até à maturidade são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa efetiva e são deduzidos de perdas de imparidade. O justo valor dos ativos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (bid-price). Na ausência de cotação, o Banco estima o justo valor utilizando (i) metodologias de avaliação, tais como a utilização de preços de transações recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado, técnicas de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções customizados de modo a refletir as particularidades e circunstâncias do instrumento, e (ii) pressupostos de avaliação baseados em informações de mercado. Relatório e Contas de 2014 81 Transferências entre categorias O Banco apenas procede à transferência de ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidades definidas, da categoria de ativos financeiros disponíveis para venda para a categoria de ativos financeiros detidos até à maturidade, desde que tenha a intenção e a capacidade de manter estes ativos financeiros até à sua maturidade. Estas transferências são efetuadas com base no justo valor dos ativos transferidos, determinado na data da transferência. A diferença entre este justo valor e o respetivo valor nominal é reconhecida em resultados até à maturidade do ativo, com base no método da taxa efetiva. A reserva de justo valor existente na data da transferência é também reconhecida em resultados com base no método da taxa efetiva. Imparidade Em conformidade com as NCA, o Banco avalia regularmente se existe evidência objetiva de que um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, apresenta sinais de imparidade. Um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para as ações e outros instrumentos de capital, uma desvalorização continuada ou significativa no seu valor de mercado face ao custo de aquisição, e (ii) para títulos de dívida, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, que possa ser estimado com razoabilidade. No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade correspondem à diferença entre o valor contabilístico do ativo e o valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efetiva original do ativo financeiro e são registadas por contrapartida de resultados do exercício. Estes ativos são apresentados no balanço líquidos de imparidade. Caso estejamos perante um ativo com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respetiva perda por imparidade é a taxa de juro efetiva atual, determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos detidos até à maturidade, se num período subsequente o montante da perda por imparidade diminui, e essa diminuição pode ser objetivamente relacionada com um evento que ocorreu após o reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício. Relatório e Contas de 2014 82 Quando existe evidência de imparidade nos ativos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de aquisição e o justo valor atual, deduzida de qualquer perda por imparidade no ativo anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Se num período subsequente o montante da perda por imparidade diminui, a perda por imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição se o aumento for objetivamente relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda por imparidade, exceto no que se refere a ações ou outros instrumentos de capital, em que as mais-valias subsequentes são reconhecidas em reservas. 2.6. Ativos cedidos com acordo de recompra e empréstimos de títulos Títulos vendidos com acordo de recompra (repos) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de venda acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são desreconhecidos do balanço. O correspondente passivo é contabilizado em valores a pagar a outras instituições de crédito ou a clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de venda e o valor de recompra é tratada como juro e é diferida durante a vida do acordo, através do método da taxa efetiva. Títulos comprados com acordo de revenda (reverse repos) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no balanço, sendo o valor de compra registado como empréstimos a outras instituições de crédito ou clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efetiva. Os títulos cedidos através de acordos de empréstimo não são desreconhecidos do balanço, sendo classificados e valorizados em conformidade com a política contabilística referida na Nota 2.5. Os títulos recebidos através de acordos de empréstimo não são reconhecidos no balanço. 2.7. Passivos financeiros Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro, independentemente da sua forma legal. Os passivos financeiros não derivados incluem recursos de instituições de crédito e de clientes, empréstimos, responsabilidades representadas por títulos, outros passivos subordinados e vendas a descoberto. Relatório e Contas de 2014 83 Estes passivos financeiros são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transação incorridos e (ii) subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da taxa efetiva, com a exceção das vendas a descoberto e dos passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados, as quais são registadas ao justo valor. O Banco designa, no seu reconhecimento inicial, certos passivos financeiros como ao justo valor através de resultados quando: são contratadas operações de derivados com o objetivo de efetuar a cobertura económica desses passivos, assegurando-se assim a consistência na valorização dos passivos e dos derivados (accounting mismatch); ou tais passivos financeiros contêm derivados embutidos. Os produtos estruturados emitidos pelo Banco, por se enquadrarem sempre numa das situações acima descritas, seguem o método de valorização dos passivos financeiros ao justo valor através de resultados. O justo valor dos passivos financeiros cotados é o seu valor de cotação. Na ausência de cotação, o Banco estima o justo valor utilizando metodologias de avaliação considerando pressupostos baseados em informação de mercado, incluindo o próprio risco de crédito. Caso o Banco recompre dívida emitida esta é anulada do balanço e a diferença entre o valor de balanço do passivo e o valor de compra é registada em resultados. 2.8. Garantias financeiras São considerados como garantias financeiras os contratos que requerem que o seu emitente efetue pagamentos com vista a compensar o detentor por perdas incorridas decorrentes de incumprimentos dos termos contratuais de instrumentos de dívida, nomeadamente o pagamento do respetivo capital e/ou juros. As garantias financeiras emitidas são inicialmente reconhecidas pelo seu justo valor. Subsequentemente estas garantias são mensuradas pelo maior (i) do justo valor reconhecido inicialmente e (ii) do montante de qualquer obrigação decorrente do contrato de garantia, mensurada à data do balanço. Qualquer variação do valor da obrigação associada a garantias financeiras emitidas é reconhecida em resultados. As garantias financeiras emitidas pelo Banco normalmente têm maturidade definida e uma comissão periódica cobrada antecipadamente, a qual varia em função do risco de contraparte, montante e período do contrato. Nessa base, o justo valor das garantias na data do seu reconhecimento inicial é aproximadamente equivalente ao valor da comissão inicial recebida tendo em consideração que as Relatório e Contas de 2014 84 condições acordadas são de mercado. Assim, o valor reconhecido na data da contratação iguala o montante da comissão inicial recebida a qual é reconhecida em resultados durante o período a que diz respeito. As comissões subsequentes são reconhecidas em resultados no período a que dizem respeito. 2.9. Instrumentos de capital Um instrumento é classificado como instrumento de capital quando não existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro, independentemente da sua forma legal, evidenciando um interesse residual nos ativos de uma entidade após a dedução de todos os seus passivos. Custos diretamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são registados por contrapartida do capital próprio como uma dedução ao valor da emissão. Valores pagos e recebidos pelas compras e vendas de instrumentos de capital são registados no capital próprio, líquidos dos custos de transação. As distribuições efetuadas por conta de instrumentos de capital são deduzidas ao capital próprio como dividendos quando declaradas. 2.10. Compensação de instrumentos financeiros Ativos e passivos financeiros são apresentados no balanço pelo seu valor líquido quando existe a possibilidade legal de compensar os montantes reconhecidos e exista a intenção de os liquidar pelo seu valor líquido ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. 2.11. Ativos não correntes detidos para venda Ativos não correntes ou grupos para alienação (grupo de ativos a alienar em conjunto numa só transação e passivos diretamente associados que incluem pelo menos um ativo não corrente) são classificados como detidos para venda quando o seu valor de balanço for recuperado principalmente através de uma transação de venda (incluindo os adquiridos exclusivamente com o objetivo da sua venda), os ativos ou grupos para alienação estiverem disponíveis para venda imediata e a venda for altamente provável. Imediatamente antes da classificação inicial do ativo (ou grupo para alienação) como detido para venda, a mensuração dos ativos não correntes (ou de todos os ativos e passivos do grupo para alienação) é efetuada de acordo com os IFRS aplicáveis. Subsequentemente, estes ativos ou grupos para alienação são remensurados ao menor valor entre o valor de reconhecimento inicial e o justo valor deduzido dos custos de venda. Relatório e Contas de 2014 85 No decurso da sua atividade corrente de concessão de crédito o Banco incorre no risco de não conseguir que todo o seu crédito seja reembolsado. No caso de créditos com colateral de hipoteca, o Banco procede à execução das mesmas recebendo imóveis e outros bens em dação para liquidação do crédito concedido. Por força do disposto no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) os bancos estão impedidos, salvo autorização concedida pelo Banco de Portugal, de adquirir imóveis que não sejam indispensáveis à sua instalação e funcionamento ou à prossecução do seu objeto social (nº1 do artigo 112º do RGICSF) podendo, no entanto, adquirir imóveis por reembolso de crédito próprio, devendo as situações dai resultantes serem regularizadas no prazo de 2 anos o qual, havendo motivo fundado, poderá ser prorrogado pelo Banco de Portugal, nas condições que este determinar (art.114º do RGICSF). O Banco tem como objetivo a venda imediata de todos os imóveis recebidos em dação. Estes imóveis são classificados como ativos não correntes detidos para venda sendo registados no seu reconhecimento inicial pelo menor de entre o seu justo valor deduzido dos custos esperados de venda e o valor de balanço do crédito concedido objeto de recuperação. Subsequentemente, estes ativos são mensurados ao menor de entre o valor de reconhecimento inicial e o justo valor deduzido dos custos de venda e não são amortizados. As perdas não realizadas com estes ativos, assim determinadas, são registadas em resultados. As avaliações destes imóveis são efetuadas de acordo com uma das seguintes metodologias, aplicadas de acordo com a situação específica do bem: a) Método de Mercado O Critério da Comparação de Mercado tem por referência valores de transação de imóveis semelhantes e comparáveis ao imóvel objeto de estudo obtido através de prospeção de mercado realizada na zona. b) Método do Rendimento Este método tem por finalidade estimar o valor do imóvel a partir da capitalização da sua renda líquida, atualizado para o momento presente, através do método dos fluxos de caixa descontados. c) Método do Custo O Método de Custo é um critério que decompõe o valor da propriedade nas suas componentes fundamentais: Valor do Solo Urbano e o Valor da Urbanidade; Valor da Construção; e Valor de Custos Indiretos. As avaliações realizadas são conduzidas por entidades independentes especializadas neste tipo de serviços. Os relatórios de avaliação são analisados internamente com aferição da adequação dos processos, comparando os valores de venda com os valores reavaliados dos imóveis. Relatório e Contas de 2014 86 2.12. Outros ativos tangíveis Os outros ativos tangíveis do Banco encontram-se valorizados ao custo deduzido das respetivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade. O custo inclui despesas que são diretamente atribuíveis à aquisição dos bens. Os custos subsequentes com os outros ativos tangíveis são reconhecidos apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para o Banco. Todas as despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Os terrenos não são amortizados. As amortizações dos outros ativos tangíveis são calculadas segundo o método das quotas constantes, às seguintes taxas de amortização que refletem a vida útil esperada dos bens: Número de anos Imóveis de serviço próprio Beneficiações em edifícios arrendados Equipamento informático Mobiliário e material Instalações interiores Equipamento de segurança Máquinas e ferramentas Material de transporte Outro equipamento 35 a 50 10 4a5 4 a 10 5 a 12 4 a 10 4 a 10 4 5 Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade, o IAS 36 exige que o seu valor recuperável seja estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um ativo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas na demonstração dos resultados. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa estimados futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil. 2.13. Ativos intangíveis Os custos incorridos com a aquisição, produção e desenvolvimento de software são capitalizados, assim como as despesas adicionais suportadas pelo Banco necessárias à sua implementação. Estes custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes ativos a qual se situa normalmente entre 3 a 6 anos. Os custos diretamente relacionados com o desenvolvimento de aplicações informáticas, sobre os quais seja expectável que estes venham a gerar benefícios económicos futuros para além de um exercício, são reconhecidos e registados como ativos intangíveis. Estes custos incluem as despesas com os Relatório e Contas de 2014 87 empregados das empresas do Grupo especializadas em informática enquanto estiverem diretamente afetos aos projetos em causa. Todos os restantes encargos relacionados com os serviços informáticos são reconhecidos como custos quando incorridos. 2.14. Benefícios aos empregados Pensões Decorrente da assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e subsequentes alterações decorrentes dos 3 acordos tripartidos conforme descritos na Nota 13, o Banco constituiu um fundo de pensões e outros mecanismos tendo em vista assegurar a cobertura das responsabilidades assumidas para com pensões de reforma por velhice, invalidez, sobrevivência e ainda por cuidados médicos. A cobertura das responsabilidades é assegurada através de um fundo de pensões gerido pela GNB – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.. Os planos de pensões existentes no Banco correspondem a planos de benefícios definidos, uma vez que definem os critérios de determinação do valor da pensão que um empregado receberá durante a reforma, usualmente dependente de um ou mais fatores como sejam a idade, anos de serviço e retribuição. As responsabilidades do Banco com pensões de reforma são calculadas semestralmente, em 31 de dezembro e 30 de junho de cada ano, individualmente para cada plano, com base no Método da Unidade de Crédito Projetada, sendo sujeitas a uma revisão anual por atuários independentes. A taxa de desconto utilizada neste cálculo é determinada com base nas taxas de mercado associadas a emissões de obrigações de empresas de alta qualidade, denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e com maturidade semelhante à data do termo das obrigações do plano. O proveito/custo de juros com o plano de pensões é calculado pelo Banco multiplicando o ativo/responsabilidade líquido com pensões de reforma (responsabilidades deduzidas do justo valor dos ativos do fundo) pela taxa de desconto utilizada para efeitos da determinação das responsabilidades com pensões de reforma e atrás referida. Nessa base, o proveito/custo líquido de juros representa o custo dos juros associado às responsabilidades com pensões de reforma líquidas do rendimento teórico dos ativos do fundo, ambos mensurados com base na taxa de desconto utilizada no cálculo das responsabilidades. Os ganhos e perdas de remensuração, nomeadamente (i) os ganhos e perdas atuariais, resultantes das diferenças entre os pressupostos atuariais utilizados e os valores efetivamente verificados (ganhos Relatório e Contas de 2014 88 e perdas de experiência) e das alterações de pressupostos atuariais e (ii) os ganhos e perdas decorrentes da diferença entre o rendimento teórico dos ativos do fundo e os valores obtidos, são reconhecidos por contrapartida de capital próprio na rubrica de outro rendimento integral. O Banco reconhece na sua demonstração de resultados um valor total líquido que inclui (i) o custo do serviço corrente, (ii) o proveito/custo líquido de juros com o plano de pensões, (iii) o efeito das reformas antecipadas, (iv) custos com serviços passados e (v) os efeitos de qualquer liquidação ou corte ocorridos no período. O proveito/custo líquido com o plano de pensões é reconhecido como juros e proveitos similares ou juros e custos similares consoante a sua natureza. Os encargos com reformas antecipadas correspondem ao aumento de responsabilidades decorrente da reforma ocorrer antes do empregado atingir os 65 anos de idade. O Banco efetua pagamentos ao fundo de forma a assegurar a solvência do mesmo, sendo os níveis mínimos fixados pelo Banco de Portugal como segue: (i) financiamento integral no final de cada exercício das responsabilidades atuariais por pensões em pagamento e (ii) financiamento a um nível mínimo de 95% do valor atuarial das responsabilidades por serviços passados do pessoal no ativo. Semestralmente, o Banco avalia, para cada plano, a recuperabilidade do eventual excesso do fundo em relação às responsabilidades com pensões de reforma, tendo por base a expectativa de redução em futuras contribuições necessárias. No âmbito da preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCA, o reconhecimento do impacto apurado com referência a 31 de dezembro de 2004, decorrente da transição para as NCA, que anteriormente estava a ser amortizado linearmente até 31 de dezembro de 2010 passou, com o Aviso n.º 7/2008 do Banco de Portugal, a ser amortizado por um período adicional de 3 anos até 31 de dezembro de 2012, com exceção da parte referente a responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego e a alterações de pressupostos relativos à tábua de mortalidade, para a qual esse plano de amortização pode ter a duração de sete anos. Adicionalmente, e de acordo com o Aviso n.º 12/2005, do Banco de Portugal, para efeitos da preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCA, o acréscimo de responsabilidades resultante das alterações dos pressupostos atuariais relativos à tábua de mortalidade efetuados posteriormente a 1 de janeiro de 2005 é adicionado ao limite do corredor. Benefícios de saúde Aos trabalhadores bancários é assegurada pelo Banco a assistência médica através de um Serviço de Assistência Médico-Social. O Serviço de Assistência Médico-Social – SAMS – constitui uma entidade autónoma e é gerido pelo Sindicato respetivo. Relatório e Contas de 2014 89 O SAMS proporciona, aos seus beneficiários, serviços e/ou comparticipações em despesas no domínio de assistência médica, meios auxiliares de diagnóstico, medicamentos, internamentos hospitalares e intervenções cirúrgicas, de acordo com as suas disponibilidades financeiras e regulamentação interna. Constituem contribuições obrigatórias para os SAMS, a cargo do Banco, a verba correspondente a 6,50% do total das retribuições efetivas dos trabalhadores no ativo, incluindo, entre outras, o subsídio de férias e o subsídio de Natal. O cálculo e registo das obrigações do Banco com benefícios de saúde atribuíveis aos trabalhadores na idade da reforma são efetuados de forma semelhante às responsabilidades com pensões. Estes benefícios estão cobertos pelo Fundo de Pensões que passou a integrar todas as responsabilidades com pensões e benefícios de saúde. No âmbito da preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCA, o reconhecimento do impacto apurado com referência a 31 de dezembro de 2004, decorrente da transição para as NCA, que anteriormente estava a ser amortizado linearmente até 31 de dezembro de 2011 passou, com o Aviso n.º 7/2008 do Banco de Portugal, a ser amortizado por um período adicional de 3 anos até 31 de dezembro de 2014. Prémios de antiguidade No âmbito do Acordo Coletivo de Trabalho do Setor Bancário, o NBA assumiu o compromisso de pagar aos seus trabalhadores, quando estes completam 15, 25 e 30 anos ao serviço do Banco, prémios de antiguidade de valor correspondente a uma, duas ou três vezes, respetivamente, o salário mensal recebido à data de pagamento destes prémios. À data da passagem à situação de invalidez ou invalidez presumível, o trabalhador tem direito a um prémio de antiguidade de valor proporcional àquele de que beneficiaria se continuasse ao serviço até reunir os pressupostos do escalão seguinte. Os prémios de antiguidade são contabilizados pelo Banco de acordo com o IAS 19, como outros benefícios de longo prazo a empregados. O valor das responsabilidades do Banco com estes prémios de antiguidade é estimado semestralmente com base no Método da Unidade de Crédito Projetada. Os pressupostos atuariais utilizados baseiam-se em expectativas de futuros aumentos salariais e tábuas de mortalidade. A taxa de desconto utilizada neste cálculo foi determinada com base na mesma metodologia descrita nas pensões de reforma. Relatório e Contas de 2014 90 Em cada período, o aumento da responsabilidade com prémios de antiguidade, incluindo ganhos e perdas atuariais e custos de serviços passados, é reconhecido em resultados. Remunerações variáveis aos empregados De acordo com o IAS 19 – Benefícios dos empregados, as remunerações variáveis (participação nos lucros, prémios e outras) atribuídas aos empregados e, eventualmente, aos membros executivos dos órgãos de administração, são contabilizadas em resultados do exercício a que respeitam. 2.15. Impostos sobre lucros Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, exceto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos diretamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem. Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou substancialmente aprovada em cada jurisdição. Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço e que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem. Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de ativos e passivos que não afetem quer o lucro contabilístico quer o fiscal, na medida em que não seja provável que se revertam no futuro. Os impostos diferidos ativos são reconhecidos apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de absorver as diferenças temporárias dedutíveis. 2.16. Provisões São reconhecidas provisões quando (i) o Banco tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação. Relatório e Contas de 2014 91 Nos casos em que o efeito do desconto é material, a provisão corresponde ao valor atual dos pagamentos futuros esperados, descontados a uma taxa que considera o risco associado à obrigação. São reconhecidas provisões para reestruturação quando o Banco tenha aprovado um plano de reestruturação formal e detalhado e tal reestruturação tenha sido iniciada ou anunciada publicamente. Uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios esperados de um contrato formalizado sejam inferiores aos custos que inevitavelmente o Banco terá de incorrer de forma a cumprir as obrigações dele decorrentes. Esta provisão é mensurada com base no valor atual do menor de entre os custos de terminar o contrato ou os custos líquidos estimados resultantes da sua continuação. 2.17. Reconhecimento de juros Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado e de ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e custos similares, utilizando o método da taxa efetiva. Os juros dos ativos e dos passivos financeiros ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e proveitos similares ou juros e custos similares, respetivamente. A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido atual de balanço do ativo ou passivo financeiro. A taxa de juro efetiva é estabelecida no reconhecimento inicial dos ativos e passivos financeiros e não é revista subsequentemente. Para o cálculo da taxa de juro efetiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (por exemplo opções de pagamento antecipado), não considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam parte integrante da taxa de juro efetiva, custos de transação e todos os prémios e descontos diretamente relacionados com a transação. No caso de ativos financeiros ou grupos de ativos financeiros semelhantes para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em juros e proveitos equiparados são determinados com base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por imparidade. No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, com exceção daqueles classificados como derivados para gestão de risco (ver Nota 2.3), a componente de juro inerente à variação de justo valor não é separada e é classificada na rubrica de resultados de ativos e passivos ao justo valor através de resultados. A componente de juro inerente à variação de justo valor dos instrumentos financeiros Relatório e Contas de 2014 92 derivados para gestão do risco é reconhecida nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e custos similares. 2.18. Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos da seguinte forma: Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um ato significativo, como por exemplo comissões na sindicação de empréstimos, são reconhecidos em resultados quando o ato significativo tiver sido concluído; Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no exercício a que se referem; Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efetiva de um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efetiva. 2.19. Reconhecimento de dividendos Os rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando o direito de receber o seu pagamento é estabelecido. 2.20. Reporte por segmentos Considerando que o Banco não detém títulos de capital próprio ou de dívida que sejam negociados publicamente, à luz do parágrafo 2 do IFRS 8 – Segmentos Operacionais, o Banco não apresenta informação relativa aos segmentos. 2.21. Resultados por ação Os resultados por ação básicos são calculados dividindo o resultado líquido atribuível aos acionistas do Banco pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação, excluindo o número médio de ações próprias detidas pelo Banco. Para o cálculo dos resultados por ação diluídos, o número médio ponderado de ações ordinárias em circulação é ajustado de forma a refletir o efeito de todas as potenciais ações ordinárias diluidoras, como as resultantes de dívida convertível e de opções sobre ações próprias concedidas aos trabalhadores. O efeito da diluição traduz-se numa redução nos resultados por ação, resultante do pressuposto de que os instrumentos convertíveis são convertidos ou de que as opções concedidas são exercidas. Relatório e Contas de 2014 93 2.22. Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de aquisição/contratação, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em Bancos Centrais e outras instituições de crédito. A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de Bancos Centrais. NOTA 3 – PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS UTILIZADOS NA ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As NCA estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho de Administração efetue julgamentos e faça as estimativas necessárias para decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pelo Banco são discutidas nesta Nota com o objetivo de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afeta os resultados reportados do Banco e a sua divulgação. Uma descrição alargada das principais políticas contabilísticas utilizadas pelo Banco é apresentada na Nota 2 às demonstrações financeiras. Considerando que em muitas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adotado pelo Conselho de Administração, os resultados reportados pelo Banco poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera que as escolhas efetuadas são apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira do Banco e o resultado das suas operações em todos os aspetos materialmente relevantes. 3.1. Imparidade dos ativos financeiros disponíveis para venda O Banco determina que existe imparidade nos seus ativos financeiros disponíveis para venda quando existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo valor ou quando prevê existir um impacto nos fluxos de caixa futuros dos ativos. Esta determinação requer julgamento, no qual o Banco recolhe e avalia toda a informação relevante à formulação da decisão, nomeadamente a volatilidade normal dos preços dos instrumentos financeiros. Para o efeito e em consequência da forte volatilidade dos mercados consideraram-se os seguintes parâmetros como triggers da existência de imparidade: (i) Títulos de capital: desvalorização continuada ou de valor significativo no seu valor de mercado face ao custo de aquisição; Relatório e Contas de 2014 94 (ii) Títulos de dívida: sempre que exista evidência objetiva de eventos com impacto no valor recuperável dos fluxos de caixa futuros destes ativos. Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado (mark to market) ou de modelos de avaliação (mark to model) os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou de julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor. A utilização de metodologias alternativas e de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados do Banco. 3.2. Justo valor dos instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros valorizados ao justo valor O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na ausência de cotação é determinado com base na utilização de preços de transações recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado, ou com base em metodologias de avaliação, baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o valor temporal, a curva de rentabilidade e fatores de volatilidade. Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor. Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou de diferentes pressupostos ou julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderia originar resultados financeiros diferentes daqueles reportados. 3.3. Perdas por imparidade no crédito sobre clientes O Banco efetua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de imparidade, conforme referido na Nota 2.4, tendo como referência os níveis mínimos exigidos pelo Banco de Portugal através do Aviso n.º 3/95. O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui fatores como a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas, quer dos fluxos de caixa futuros, quer do momento do seu recebimento. A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderiam resultar em níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados do Banco. Relatório e Contas de 2014 95 3.4. Impostos sobre os lucros O Banco encontra-se sujeito ao pagamento de impostos sobre lucros. A determinação do montante global de impostos sobre os lucros requer determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas transações e cálculos para os quais a determinação do valor final de imposto a pagar é incerto durante o ciclo normal de negócios. Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período. As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria coletável efetuado pelo Banco, durante um período de quatro ou seis anos, no caso de haver prejuízos fiscais reportáveis. Desta forma, é possível que haja correções à matéria coletável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração do Banco de que não haverá correções significativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações financeiras. 3.5. Pensões e outros benefícios a empregados A determinação das responsabilidades por pensões de reforma requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais, rentabilidade estimada dos investimentos e outros fatores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões. Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados. NOTA 4 – REPORTE POR SEGMENTOS Considerando que o Banco não detém títulos de capital próprio ou de dívida que sejam negociados publicamente, à luz do parágrafo 2 do IFRS 8 – Segmentos Operacionais, o Banco não apresenta informação relativa aos segmentos. NOTA 5 – MARGEM FINANCEIRA O valor desta rubrica é composto por: Relatório e Contas de 2014 96 (milhares de euros) 31.12.2014 31.12.2013 De ativos/ passivos ao custo amortizado e ativos disponíveis para venda De ativos/ passivos ao justo valor através de resultados 13 165 569 46 30 6 - 13 810 7 095 829 41 - Juros e proveitos similares Juros de crédito Juros de ativos financeiros disponíveis para venda Juros de disponibilidades e aplicações em instituições de crédito Juros de derivados para gestão de risco Outros juros e proveitos similares Juros e custos similares Juros de recursos de clientes Juros de responsabilidades representadas por títulos Juros de recursos de bancos centrais e instituições de crédito Juros de derivados para gestão de risco De ativos/ passivos ao custo amortizado e ativos disponíveis para venda De ativos/ passivos ao justo valor através de resultados 13 165 569 46 6 30 12 992 1 969 88 90 159 815 - 13 151 1 969 88 815 90 6 13 816 15 139 974 16 113 180 7 095 829 41 180 9 472 1 863 19 - 545 9 472 1 863 19 545 7 965 180 8 145 11 354 545 11 899 5 845 ( 174) 5 671 3 785 429 4 214 Total Total As rubricas de proveitos e custos relativos a juros dos derivados para gestão de risco incluem, de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.3 e 2.17, os juros dos derivados de cobertura e os juros dos derivados contratados com o objetivo de efetuar a cobertura económica de determinados ativos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados, conforme políticas contabilísticas descritas nas Notas 2.4, 2.5 e 2.7. NOTA 6 – RESULTADOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES O valor desta rubrica é composto por: (milhares de euros) 31.12.2014 Rendimentos de serviços e comissões Por serviços bancários prestados Por garantias prestadas Por operações realizadas com títulos Por compromissos perante terceiros Outros rendimentos de serviços e comissões Encargos com serviços e comissões Por serviços bancários prestados por terceiros Por operações realizadas com títulos Outros encargos com serviços e comissões Relatório e Contas de 2014 31.12.2013 3 530 1 314 110 47 295 3 598 932 130 1 544 5 296 5 205 656 47 27 701 57 34 730 792 4 566 4 413 97 NOTA 7 – RESULTADOS DE ATIVOS E PASSIVOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS O valor desta rubrica é composto por: 31.12.2014 Custos Proveitos Total Proveitos (milhares de euros) 31.12.2013 Custos Total Instrumentos financeiros derivados Contratos sobre taxas de juro 306 133 173 315 543 ( 228) 306 133 173 315 543 ( 228) - - - 2 - 2 - - - 2 - 2 - - - 62 437 ( 375) - - - 62 437 ( 375) 701 199 502 717 226 491 701 199 502 717 226 491 701 199 502 781 663 118 1 007 332 675 1 096 1 206 Ativos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados Títulos Ações Outros Ativos financeiros (1) Crédito a clientes Passivos financeiros (1) Recursos de clientes ( 110) (1) inclui a variação de justo valor de ativos/passivos objeto de cobertura ou ao fair value option NOTA 8 – RESULTADOS DE ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA O valor desta rubrica é composto por: (milhares de euros) 31.12.2013 31.12.2014 Proveitos Obrigações e outros títulos de rendimento fixo De outros emissores Custos Total Proveitos Custos Total 53 42 11 30 9 21 53 42 11 30 9 21 NOTA 9 – RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL O valor desta rubrica é composto por: Relatório e Contas de 2014 98 (milhares de euros) 31.12.2013 31.12.2014 Proveitos Reavaliação cambial Custos Total Proveitos Custos Total 7 017 5 309 1 708 8 138 5 294 2 844 7 017 5 309 1 708 8 138 5 294 2 844 Esta rubrica inclui (i) resultados decorrentes de reavaliação cambial de ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.2; (ii) resultados de compra e venda de moeda spot, nomeadamente com entidades do Grupo NOVO BANCO. NOTA 10 – RESULTADOS DA ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOS O valor desta rubrica é composto por: (milhares de euros) 31.12.2014 Ativos não correntes detidos para venda 31.12.2013 14 12 14 12 NOTA 11 – OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO O valor desta rubrica é composto por: (milhares de euros) 31.12.2014 Outros proveitos/ (custos) de exploração Impostos diretos e indiretos Contribuições para o fundo de garantia de depósitos Quotizações e donativos Proveitos não recorrentes em operações de crédito Outros 31.12.2013 ( 199) ( 102) ( 4) 253 ( 40) ( 192) ( 101) ( 5) 251 ( 47) ( 92) ( 94) Os impostos diretos e indiretos incluem 160 milhares de euros (31 de dezembro de 2013: 160 milhares de euros) relativos ao custo relacionado com a Contribuição sobre o Setor Bancário, criada através da Relatório e Contas de 2014 99 Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro de 2010 e cujo regime foi prorrogado pela Lei n.º 64 – B/2011, de 30 de dezembro e pela Lei n.º 66 – B/2012 de 31 de dezembro (ver Nota 31). NOTA 12 – CUSTOS COM PESSOAL O valor dos custos com pessoal é composto por: (milhares de euros) 31.12.2014 Vencimentos e salários Remunerações Prémios por antiguidade (ver Nota 13) Outros encargos sociais obrigatórios Custos com benefícios pós emprego (ver Nota 13) Outros custos 31.12.2013 3 163 3 106 57 840 15 40 3 063 3 017 46 779 84 94 4 058 4 020 As remunerações e outros benefícios atribuídos aos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal do Banco são apresentados como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Conselho de Administração Remunerações e outros benefícios a curto prazo Benefícios pós emprego e outros encargos sociais Prémios de antiguidade Remunerações variáveis Conselho fiscal 31.12.2013 453 112 565 374 95 469 3 6 568 475 Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o valor do crédito concedido ao Conselho de Administração e Conselho Fiscal ascendia a 626 milhares de euros e 462 milhares de euros, respetivamente. Por categoria profissional, o número de colaboradores do Banco analisa-se como segue: Relatório e Contas de 2014 100 Funções Funções Funções Funções 31.12.2014 31.12.2013 5 21 32 43 5 20 29 47 101 101 diretivas de chefia específicas administrativas NOTA 13 – BENEFÍCIOS A EMPREGADOS Pensões de reforma e benefícios de saúde Em conformidade com o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) celebrado com os sindicatos e vigente para o setor bancário, o Banco assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência. Estas prestações consistem numa percentagem, crescente em função do número de anos de serviço do empregado, aplicada à tabela salarial negociada anualmente para o pessoal no ativo. Em 30 de dezembro de 1987, o Banco constituiu um fundo de pensões fechado para cobrir as prestações pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência, relativamente às obrigações consagradas no âmbito do ACT. Posteriormente e após obtida autorização do Instituto de Seguros de Portugal, procedeu à alteração do Contrato Constitutivo do Fundo de Pensões que passou a integrar todas as responsabilidades para com pensões e benefícios de saúde (SAMS) e, no exercício de 2009, o subsídio por morte. Em Portugal, os fundos têm como sociedade gestora a GNB – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.. Estão abrangidos por este benefício os empregados admitidos até 31 de dezembro de 2008. As novas admissões a partir daquela data beneficiam do regime geral da Segurança Social. Adicionalmente, com a publicação do Decreto-Lei n.1-A / 2011, de 3 de janeiro, todos os trabalhadores bancários beneficiários da CAFEB – Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários foram integrados no Regime Geral de Segurança Social a partir de 1 de janeiro de 2011, que passou a assegurar a proteção dos colaboradores nas eventualidades de maternidade, paternidade e adoção e ainda de velhice, permanecendo sob a responsabilidade dos bancos a proteção na doença, invalidez, sobrevivência e morte. As pensões de reforma dos bancários integrados na Segurança Social no âmbito do 2.º acordo tripartido continuam a ser calculadas conforme o disposto no ACT e restantes convenções, havendo Relatório e Contas de 2014 101 contudo lugar a uma pensão a receber do Regime Geral, cujo montante tem em consideração os anos de descontos para este regime. Aos bancos compete assegurar a diferença entre a pensão determinada de acordo com o disposto no ACT e aquela que o empregado vier a receber da Segurança Social. A taxa contributiva é de 26,6%, cabendo 23,6% à entidade empregadora e 3% aos trabalhadores, em substituição da Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários (CAFEB) que foi extinta por aquele mesmo diploma. Em consequência desta alteração o direito à pensão dos empregados no ativo passa a ser coberto nos termos definidos pelo Regime Geral da Segurança Social, tendo em conta o tempo de serviço prestado de 1 de janeiro de 2011 até à idade da reforma, passando os bancos a suportar o diferencial necessário para a pensão garantida nos termos do Acordo Coletivo de Trabalho. No final do exercício de 2011 na sequência do 3º acordo tripartido, foi decidida a transmissão para a esfera da Segurança Social, das responsabilidades com pensões em pagamento dos reformados e pensionistas que se encontravam nessa condição à data de 31 de dezembro de 2011. Ao abrigo deste acordo tripartido, foi efetuada a transmissão para a esfera da Segurança Social, das responsabilidades com pensões em pagamento à data de 31 de dezembro de 2011, a valores constantes (taxa de atualização 0%), na componente prevista no Instrumento de Regulação Coletiva de Trabalho (IRCT) dos trabalhadores bancários, incluindo as eventualidades de morte, invalidez e sobrevivência. As responsabilidades relativas às atualizações das pensões, benefícios complementares, contribuições para o SAMS, subsídio de morte e pensões de sobrevivência diferida, permaneceram na esfera da responsabilidade das instituições financeiras com o financiamento a ser assegurado através dos respetivos fundos de pensões. O acordo estabeleceu ainda que os ativos dos fundos de pensões das respetivas instituições financeiras, na parte afeta à satisfação das responsabilidades pelas pensões referidas fossem transmitidos para o Estado. Na medida em que a transferência consiste numa transferência definitiva e irreversível das responsabilidades com pensões em pagamento (mesmo que só relativas a uma parcela do benefício), verificam-se as condições subjacentes ao conceito de liquidação previsto no IAS 19 ‘Benefícios a empregados’ uma vez que se extinguiu a obrigação à data da transferência, relativa ao pagamento dos benefícios abrangidos. Tratando-se de uma liquidação o respetivo efeito foi reconhecido em resultados no exercício de 2011. Os pressupostos atuariais utilizados no cálculo das responsabilidades são como segue: Relatório e Contas de 2014 102 Pressupostos 31-12-2013 31-12-2014 1º ao 3º ano 4º ano e subsequentes Pressupostos Atuariais Taxas de rendimento esperado Taxa de desconto Taxa de crescimento de pensões Taxa de crescimento salarial 3,50% 2,50% 0,50% 1,00% Tábua de Mortalidade masculina Tábua de Mortalidade feminina 4,50% 4,00% 0,00% 1,00% 0,75% 1,75% TV 73/77 - 1 ano TV 88/90 Os participantes no plano de pensões são desagregados da seguinte forma: 31.12.2014 Ativos Reformados TOTAL 31.12.2013 82 32 82 39 114 121 A aplicação do IAS 19 traduz-se nas seguintes responsabilidades e níveis de cobertura reportáveis a 31 de dezembro de 2014 e 2013: (milhares de euros) 31.12.2014 31.12.2013 Ativos/(responsabilidades) líquidas reconhecidas em balanço Responsabilidades Coberturas Saldos dos Fundos Ativos líquidos em balanço (ver Nota 26) Desvios atuariais acumulados reconhecidos em outro rendimento integral Regime transitório ( 15 674) ( 12 333) 15 674 14 549 - 2 216 6 135 3 499 - 65 De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.14 – Benefícios aos empregados, o Banco procede ao cálculo das responsabilidades com pensões de reforma e dos ganhos e perdas atuariais semestralmente. A evolução das responsabilidades com pensões de reforma e benefícios de saúde pode ser analisada como segue: Relatório e Contas de 2014 103 (milhares de euros) 31.12.2014 Responsabilidades no início do exercício 31.12.2013 12 333 10 969 15 491 66 84 495 66 Custo do serviço corrente Custo dos juros Contribuições dos participantes (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades Alteração de pressupostos (Ganhos) e perdas de experiência 4 353 ( 1 584) Responsabilidades no final do exercício 15 674 1 262 ( 543) 12 333 A evolução do valor dos fundos de pensões pode ser analisada como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Saldo dos fundos no início do exercício Rendimento real do fundo Contribuições do Banco Contribuições dos empregados Saldo dos fundos no final do exercício 31.12.2013 14 549 13 600 672 387 66 883 66 15 674 14 549 Os ativos dos fundos de pensões utilizados pelo Banco são detalhados como seguem: (milhares de euros) 31.12.2014 Acções Obrigações Imóveis Outros Total 4 593 7 342 279 3 460 15 674 Nos ativos do fundo de pensões não constam quaisquer títulos emitidos pelo Banco ou imóveis utilizados em serviço próprio. A evolução dos desvios atuariais diferidos em balanço pode ser analisada como segue: Relatório e Contas de 2014 104 (milhares de euros) 31.12.2014 31.12.2013 3 499 3 078 4 353 ( 1 717) 1 262 ( 841) 6 135 3 499 Desvios atuariais no início do exercício (Ganhos) e perdas atuariais do período - Alteração de pressupostos - (Ganhos) e perdas de experiência Desvios atuariais reconhecidos em outro rendimento integral A evolução do regime transitório pode ser analisada como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Saldo inicial Amortização por reservas 31.12.2013 65 129 ( 65) ( 64) Saldo final - 65 Os custos do exercício com pensões de reforma e com benefícios de saúde podem ser analisados como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Custo do serviço corrente Custo/ (proveito) de juros Rendimento esperado do fundo Custos do exercício 31.12.2013 15 491 ( 539) 84 495 ( 586) ( 33) ( 7) A evolução dos ativos/(responsabilidades) líquidas em balanço nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 pode ser analisada como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 No início do exercício Custo do exercício Amortização do regime transitório (por reservas) Contribuições efectuadas Outros No final do exercício 31.12.2013 5 780 5 838 33 ( 65) 387 - 7 ( 64) ( 1) 6 135 5 780 O evolutivo das responsabilidades e saldo dos fundos nos últimos 5 anos é analisado como segue: Relatório e Contas de 2014 105 (milhares de euros) 31.12.2014 Responsabilidades Saldo dos fundos Responsabilidades (sub) / sobre financiadas (Ganhos) / Perdas de experiência decorrentes das responsabilidades (Ganhos) / Perdas de experiência decorrentes dos ativos do fundo 31.12.2013 ( 15 674) 31.12.2012 31.12.2011 31.12.2010 ( 12 333) ( 10 969) ( 9 686) ( 21 232) 15 674 14 549 13 600 2 512 21 232 - 2 216 2 631 ( 7 174) ( 718) ( 816) 5 117 1 452 1 028 ( 2 733) ( 10) ( 2 769) 133 297 - Prémio por antiguidade Conforme referido na Nota 2.14, os trabalhadores que atinjam determinados níveis de antiguidade têm direito a um prémio por antiguidade, calculado com base no valor da maior retribuição mensal efetiva a que o trabalhador tenha direito no ano da sua atribuição. À data da passagem à situação de invalidez presumível, o trabalhador terá direito a um prémio por antiguidade de valor proporcional àquele de que beneficiaria se continuasse ao serviço até reunir os pressupostos do escalão seguinte. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, as responsabilidades assumidas pelo Banco ascendem a 227 milhares de euros e 178 milhares de euros, respetivamente. Os custos reconhecidos no exercício com o prémio por antiguidade foram de 57 milhares de euros (31 de dezembro de 2013:46 milhares de euros). Os pressupostos atuariais utilizados no cálculo das responsabilidades com prémios de antiguidade são os apresentados para o cálculo das pensões de reforma (quando aplicáveis). NOTA 14 – GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS O valor desta rubrica é composto por: Relatório e Contas de 2014 106 (milhares de euros) 31.12.2014 Rendas e alugueres Publicidade e publicações Comunicações e expedição Conservação e reparação Deslocações e representação Água, energia e combustiveis Transporte de valores Material de consumo corrente Serviços Informáticos Mão-de-obra eventual Trabalho independente Sistema eletrónico de pagamentos Judiciais, contencioso e notariado Consultoria e auditoria Outros custos 31.12.2013 284 37 385 69 112 122 89 90 264 31 108 347 120 36 406 304 57 413 86 175 122 91 58 258 128 389 106 71 317 2 500 2 575 A rubrica Outros custos inclui, entre outros, segurança e vigilância, formação, tratamento de valores e custos com serviços prestados pelo Agrupamento Complementar de Empresas (ACE). Os honorários faturados durante o exercício de 2014 e 2013 pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, de acordo com o disposto no artº 66º-A do Código das Sociedades Comerciais, detalham-se como se segue: (milhares de euros) 31.12.2014 31.12.2013 Revisão legal das contas anuais 29 25 Outros serviços de garantia de fiabilidade 10 17 8 15 Outros serviços que não sejam de revisão ou auditoria Valor total dos serviços faturados 47 57 NOTA 15 – RESULTADOS POR AÇÃO Resultados por ação básicos Os resultados por ação básicos são calculados efetuando a divisão do resultado líquido atribuível aos acionistas do Banco pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação durante o ano. Relatório e Contas de 2014 107 (milhares de euros) 31.12.2014 Resultado líquido atribuível aos acionistas do Banco 31.12.2013 ( 2 121) ( 1 025) Número médio de ações ordinárias em circulação (milhares) 3 728 3 614 Resultado por ação básico atribuível aos acionistas do Banco (em euros) (0,57) (0,28) Resultados por ação diluídos Os resultados por ação diluídos são calculados ajustando o efeito de todas as potenciais ações ordinárias diluidoras ao número médio ponderado de ações ordinárias em circulação e ao resultado líquido atribuível aos acionistas do Banco. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 o Banco não detinha potenciais ações ordinárias diluidoras, pelo que, o resultado por ação diluído é igual ao resultado por ação básico. NOTA 16 – CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Caixa 31.12.2013 4 717 4 220 4 717 4 220 NOTA 17 – DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue: (milhares de euros) Disponibilidades em outras instituições de crédito no país Depósitos à ordem Cheques a cobrar Relatório e Contas de 2014 31.12.2014 31.12.2013 11 299 6 549 14 271 663 17 848 14 934 108 Os cheques a cobrar sobre instituições de crédito no país foram enviados para cobrança nos primeiros dias úteis subsequentes às datas em referência. De acordo com o artigo 10º do Regulamento n.º 2818/98 do Banco Central Europeu de 1 de dezembro, e através da carta circular com referência n.º 204/DMRCF/DMC de 5 de junho de 2001, o Banco de Portugal autorizou o NBA a constituir as suas reservas mínimas indiretamente através do NOVO BANCO, S.A. Mensalmente o NBA regulariza através de uma conta de depósito junto do NOVO BANCO o valor respeitante ao nível mínimo de reservas de caixa a constituir. A 31 de dezembro de 2014, o saldo daquela conta era de 2788 milhares de euros (31 de dezembro de 2013: 2689 milhares de euros), tendo a taxa média de remuneração no exercício sido de 0,16% (31 de dezembro de 2013: 0,55%). NOTA 18 – OUTROS ATIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS O valor desta rubrica é composto por: (milhares de euros) 31.12.2014 Ações 31.12.2013 3 3 3 3 Estes títulos são cotados em mercado. NOTA 19 – ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue: (milhares de euros) Custo Obrigações e outros títulos de rendimento fixo De emissores públicos De outros emissores Ações (1 ) 777 4 754 Reserva de justo valor P ositiva 89 12 P erdas por imparidade Neg ativa - Valor balanço - 866 4 766 4 085 3 063 - ( 62) 7 086 Saldo a 3 1 de dezembro de 2 014 9 616 3 164 - ( 62 ) 12 718 Obrigações e outros títulos de rendimento fixo De emissores públicos De outros emissores 999 12 313 29 106 - - 1 028 12 419 Ações 4 084 3 024 - ( 62) 7 046 17 3 96 3 159 - ( 62 ) 2 0 4 93 Saldo a 3 1 de dezembro de 2 013 (1 ) custo de aquisição no que se refere às ações e custo amortizado para títulos de dívida Relatório e Contas de 2014 109 De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.5, o Banco avalia regularmente se existe evidência objetiva de imparidade na sua carteira de ativos disponíveis para venda seguindo os critérios de julgamento descritos na Nota 3.1. Os valores relativos à reserva de justo valor encontram-se analisados na Nota 34. Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade em Ativos financeiros disponíveis para venda são apresentados como se segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Saldo inicial 31.12.2013 62 63 Dotações - ( 1) Saldo final 62 62 A 31 de dezembro de 2014 e 2013, o escalonamento dos títulos disponíveis para venda por prazo de vencimento é como segue: (milhares de euros) 3 1.12.2014 Até 3 meses De 3 meses a um ano De um a cinco anos Mais de cinco anos Duração indeterminada 3 1.12.2013 31 4 766 835 7 086 10 362 933 2 080 72 7 046 12 718 20 4 93 Esta rubrica, no que respeita a títulos cotados e não cotados, é desagregada da seguinte forma: (milhares de euros) Cotados Obrigações e outros títulos de rendimento fixo De emissores públicos De outros emissores Ações 31.12.2014 Não cotados Total Cotados 31.12.2013 Não cotados Total 866 - 4 766 866 4 766 1 028 2 085 10 334 1 028 12 419 7 7 079 7 086 17 7 029 7 046 873 11 84 5 12 718 3 130 17 363 20 4 93 A carteira de ativos financeiros disponíveis para venda gerou o recebimento de 378 milhares de euros de dividendos. Relatório e Contas de 2014 110 NOTA 20 – APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue: (milhares de euros) 3 1.12.2014 3 1.12.2013 A plicações em instituições de crédito no país Depósitos 8 243 7 257 8 24 3 7 257 As principais aplicações em instituições de crédito no país, em 31 de dezembro de 2014, vencem juros à taxa média anual de 0,38% (31 de dezembro de 2013: 0,54%). O escalonamento das Aplicações em instituições de crédito por prazos de vencimento, a 31 de dezembro de 2014 e 2013, é como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 De 3 meses a um ano Relatório e Contas de 2014 31.12.2013 8 243 7 257 8 24 3 7 257 111 NOTA 21 – CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Crédito interno A empresas Empréstimos Créditos em conta corrente Descontos e outros créditos titulados por efeitos Factoring Descobertos Outros créditos A particulares Habitação Consumo e outros Crédito ao exterior A particulares Habitação Consumo e outros Crédito e juros vencidos Até 3 meses De 3 meses a 1 ano De 1 a 3 anos Há mais de 3 anos Perdas por imparidade 31.12.2013 80 955 40 824 2 299 2 418 16 192 68 646 41 245 2 184 274 226 221 154 23 513 225 865 28 491 371 371 366 931 747 48 676 63 795 739 275 894 9 057 8 071 579 2 854 8 083 5 503 18 297 17 019 390 463 384 689 ( 23 758) ( 16 324) 366 705 368 365 O justo valor da carteira de crédito a clientes encontra-se apresentado na Nota 37. Em 31 de dezembro de 2014 o crédito vivo inclui cerca de 888 milhares de euros de crédito renegociado (31 de dezembro de 2013: 611 milhares de euros). Estes créditos correspondem, de acordo com a definição do Banco de Portugal, a créditos anteriormente vencidos, que através de um processo de renegociação, passam a ser considerados como créditos correntes. Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade evidenciadas como correção aos valores de crédito no ativo, foram os seguintes: Relatório e Contas de 2014 112 (milhares de euros) 31.12.2014 31.12.2013 Saldo inicial Dotações Utilizações Reversões Saldo final 16 324 13 298 8 137 ( 605) ( 98) 5 193 ( 1 247) ( 920) 23 758 16 324 O escalonamento do Crédito a clientes por prazos de vencimento, a 31 de dezembro de 2014 e 2013, é como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Até 3 meses De 3 meses a um ano De um a cinco anos Mais de cinco anos Duração indeterminada 31.12.2013 26 776 31 908 30 667 282 815 18 297 28 123 26 595 20 533 292 419 17 019 390 463 384 689 Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2014, o Banco tem 2583 milhares de euros de provisões para riscos gerais de crédito (31 de dezembro de 2013: 2482 milhares de euros), as quais de acordo com as NCA são apresentadas no passivo (ver Nota 30). A distribuição do Crédito a clientes por tipo de taxa é como segue: (milhares de euros) Taxa fixa Taxa variável 31.12.2014 31.12.2013 22 596 367 867 26 668 358 021 390 463 384 689 NOTA 22 – DERIVADOS DE GESTÃO DE RISCO Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o justo valor dos derivados para gestão de risco em balanço analisam-se como segue: Relatório e Contas de 2014 113 (milhares de euros) 31.12.2014 Gestão do risco Cobertura 31.12.2013 Total Cobertura Gestão do risco Total Derivados para gestão do risco Derivados para gestão do risco - Ativo Derivados para gestão do risco - Passivo ( 651) ( 651) - ( 651) ( 651) 1 ( 624) ( 623) - 1 ( 624) ( 623) Justo valor dos Ativos e Passivos cobertos Ativos financeiros Crédito a clientes Passivos financeiros Recursos de clientes 779 - 779 577 - 577 779 - 779 577 - 577 Conforme política contabilística descrita na Nota 2.3, na rubrica de Derivados para gestão de risco são registados os derivados contratados com o objetivo de efetuar a cobertura económica de determinados ativos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados (e que não foram designados como derivados de cobertura). Derivados de cobertura As operações de cobertura de justo valor em 31 de dezembro de 2014 e 2013 podem ser analisadas como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Produto derivado Interest Rate Swap Produto coberto Crédito a clientes Risco coberto Taxa de Juro Nocional 3 733 3 733 (1) Inclui juro corrido (2) Atribuível ao risco coberto Var. justo Justo valor do valor do (1) derivado no derivado ano ( 651) ( 29) ( 651) ( 29) Componente de justo valor do elemento coberto (2) Variação do justo valor do elemento coberto no ano (2) 779 202 779 202 (milhares de euros) 31.12.2013 Produto derivado Interest Rate Swap (1) Inclui juro corrido (2) Atribuível ao risco coberto Produto coberto Crédito a clientes Risco coberto Taxa de Juro Nocional Componente Variação do Var. justo de justo valor justo valor do Justo valor do valor do do elemento derivado (1) derivado no elemento coberto no ano coberto (2) ano (2) 4 200 ( 623) 225 577 ( 375) 4 200 ( 623) 225 577 ( 375) Em 31 de dezembro de 2014, a parte inefetiva das operações de cobertura de justo valor, que se traduziu num proveito de 173 milhares de euros (31 de dezembro de 2013: proveito de 150 milhares de Relatório e Contas de 2014 114 euros), foi registada por contrapartida de resultados. O Banco realiza periodicamente testes de efetividade das relações de cobertura existentes. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os recursos de clientes à taxa fixa geridos numa ótica de justo valor através de resultados não detinham derivados de gestão de risco associados. As operações com derivados de gestão de risco em 31 de dezembro de 2014 e 2013, por maturidades, podem ser analisadas como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Nocional Mais de cinco anos 31.12.2013 Justo valor Nocional Justo valor 7 467 ( 651) 8 400 ( 623) 7 467 ( 651) 8 400 ( 623) NOTA 23 – ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Ativos não correntes detidos para venda Imóveis Perdas por imparidade 31.12.2013 12 876 13 774 12 876 13 774 ( 1 163) ( 1 312) 11 713 12 462 O movimento dos ativos não correntes detidos para venda durante os exercícios de 2014 e 2013 foi o seguinte: (milhares de euros) 31.12.2014 Saldo inicial Entradas Vendas Outros movimentos Saldo final 31.12.2013 13 774 11 225 1 900 ( 2 802) 4 5 427 ( 2 878) - 12 876 13 774 Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade foram os seguintes: Relatório e Contas de 2014 115 (milhares de euros) 31.12.2014 Saldo inicial Dotações Utilizações Reversões Diferenças de câmbio e outras Saldo final 31.12.2013 1 312 860 162 ( 247) ( 65) 1 862 ( 351) ( 58) ( 1) 1 163 1 312 NOTA 24 – OUTROS ATIVOS TANGÍVEIS Esta rubrica a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue: (milhares de euros) Imóveis De serviço próprio Beneficiações em edifícios arrendados Equipamento Equipamento informático Instalações interiores Mobiliário e material Equipamento de segurança Máquinas e ferramentas Material de transporte Depreciação acumulada 31.12.2014 31.12.2013 4 547 2 040 4 546 2 038 6 587 6 584 906 1 060 884 440 122 21 944 1 060 883 435 121 21 3 433 3 464 10 020 10 048 ( 4 263) ( 3 890) 5 757 6 158 O movimento nesta rubrica foi o seguinte: Relatório e Contas de 2014 116 (milhares de euros) Imóveis Equipamento Imobilizado em curso Total Custo de aquisição Saldo a 31 de dezembro de 2012 Adições Abates / vendas Transferências Outros movimentos Saldo a 31 de dezembro de 2013 Adições Abates / vendas Transferências Saldo a 31 de dezembro de 2014 6 392 6 186 6 584 1 2 6 587 3 324 73 ( 76) 141 2 3 464 8 ( 44) 5 3 433 Depreciações Saldo a 31 de dezembro de 2012 Amortizações do exercício Abates / vendas Outros 1 295 180 - 2 249 241 ( 76) 1 - 3 544 421 ( 76) 1 Saldo a 31 de dezembro de 2013 Amortizações do exercício Abates / vendas Saldo a 31 de dezembro de 2014 1 475 190 1 665 2 415 226 ( 43) 2 598 - 3 890 416 ( 43) 4 263 Saldo líquido a 31 de dezembro de 2014 4 922 835 - 5 757 Saldo líquido a 31 de dezembro de 2013 5 109 1 049 - 6 158 22 304 ( 327) 1 8 ( 8) - 9 738 383 ( 76) 3 10 048 17 ( 44) ( 1) 10 020 NOTA 25 – ATIVOS INTANGÍVEIS Esta rubrica a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Adquiridos a terceiros Sistema de tratamento automático de dados Imobilizado em curso Amortização acumulada 31.12.2013 6 244 5 700 357 350 6 601 6 050 (5 244) (4 651) 1 357 1 399 O movimento nesta rubrica foi o seguinte: Relatório e Contas de 2014 117 (milhares de euros) Sistema de tratamento automático de dados Custo de aquisição Saldo a 31 de dezembro de 2012 Adições: Adquiridas a terceiros Transferências Outros movimentos Saldo a 31 de dezembro de 2013 Adições: Adquiridas a terceiros Transferências Saldo a 31 de dezembro de 2014 Imobilizações em curso 5 028 Total 409 5 437 18 653 1 5 700 594 ( 653) 350 612 1 6 050 544 6 244 551 ( 544) 357 551 6 601 Amortizações Saldo a 31 de dezembro de 2012 Amortizações do exercício Outros movimentos Saldo a 31 de dezembro de 2013 Amortizações do exercício Saldo a 31 de dezembro de 2014 4 049 601 1 4 651 593 5 244 - 4 049 601 1 4 651 593 5 244 Saldo líquido a 31 de dezembro de 2014 1 000 357 1 357 Saldo líquido a 31 de dezembro de 2013 1 049 350 1 399 NOTA 26 – OUTROS ATIVOS A rubrica Outros ativos a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Devedores e outras aplicações Devedores por bonificações de juros de crédito imobiliário Sector público administrativo Outros devedores diversos 31.12.2013 1 167 1 057 563 2 787 908 1 318 170 2 396 45 36 81 45 36 81 Proveitos a receber 184 247 Despesas com custo diferido 752 834 498 498 333 333 - 2 216 4 302 6 107 Outros ativos Ouro, outros metais preciosos, numismática, medalhística e outras disponibilidades Outros ativos Outras contas de regularização Outras operações a realizar Pensões de reforma e benefícios de saúde (ver Nota 13) Relatório e Contas de 2014 118 Em 31 de dezembro de 2014, a rubrica de despesas com custo diferido inclui o montante de 636 milhares de euros (31 de dezembro de 2013: 679 milhares de euros) relativo à diferença entre o valor nominal dos empréstimos concedidos aos colaboradores do Banco no âmbito do ACT para o Setor Bancário e o seu justo valor à data da concessão, calculado de acordo com o IAS 39, o qual é reconhecido em custos com pessoal durante o menor do prazo residual do empréstimo e o número de anos estimado de vida ativa remanescente do colaborador. NOTA 27 – RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO A rubrica Recursos de outras instituições de crédito é apresentada como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 No país Depósitos Recursos a muito curto prazo Outros recursos 31.12.2013 8 069 91 000 203 4 087 30 000 177 99 272 34 264 O escalonamento dos recursos de outras instituições de crédito por prazo de vencimento, a 31 de dezembro de 2014 e 2013, é como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Até 3 meses 31.12.2013 99 272 34 264 99 272 34 264 NOTA 28 – RECURSOS DE CLIENTES O saldo da rubrica Recursos de clientes é composto, quanto à sua natureza, como segue: (milhares de euros) Depósitos à vista Depósitos a prazo Depósitos de poupança Outros recursos 31.12.2014 31.12.2013 66 208 21 2 73 235 21 1 218 285 564 160 298 227 Relatório e Contas de 2014 473 590 633 100 331 796 119 O escalonamento dos Recursos de clientes e outros empréstimos por prazo de vencimento, a 31 de dezembro de 2014 e 2013, é como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Exigível à vista Exigível a prazo Até 3 meses De 3 meses a um ano De um a cinco anos Mais de cinco anos 31.12.2013 66 218 105 99 24 1 232 358 895 956 800 009 298 227 73 473 89 122 44 1 258 491 812 243 777 323 331 796 NOTA 29 – RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS A rubrica Responsabilidades representadas por títulos decompõe-se como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Obrigações de caixa 31.12.2013 - 35 013 - 35 013 Durante o exercício de 2014, o Banco procedeu a reembolsos de 35 000 milhares de euros (31 de dezembro de 2013: reembolsos de 60 000 milhares de euros). A duração residual das Responsabilidades representadas por títulos, a 31 de dezembro de 2013, é como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Até 3 meses De 3 meses a um ano 31.12.2013 - 13 35 000 - 35 013 NOTA 30 – PROVISÕES Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a rubrica Provisões apresenta os seguintes movimentos: Relatório e Contas de 2014 120 (milhares de euros) Provisão para riscos gerais de crédito Saldo a 31 de dezembro de 2012 Reversões Outros movimentos Saldo a 31 de dezembro de 2013 Dotações Utilizações Saldo a 31 de dezembro de 2014 Outras provisões Total 2 710 25 2 735 ( 228) - 1 ( 228) 1 2 482 26 2 508 101 2 583 ( 4) 101 ( 4) 22 2 605 NOTA 31 – IMPOSTOS O Banco está sujeito à tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) e correspondentes Derramas. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício, exceto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de capital próprio. Nestas situações, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida de capital próprio, não afetando o resultado do exercício. O cálculo do imposto corrente do exercício de 2014 foi apurado em função de um montante de 30% do lucro tributável estimado e com base numa taxa nominal de IRC de 23% aprovada pela Lei nº 2/2014, de 16 de janeiro e de Derrama Municipal de 1,5%. Adicionalmente, para efeitos do cálculo do imposto corrente do exercício findo em 31 de dezembro de 2014, foi tomado em consideração o Decreto-Lei nº 127/2011, de 31 de dezembro, que regula a transferência de responsabilidades pelos encargos com as pensões de reforma e sobrevivência dos reformados e pensionistas para a Segurança Social e que, conjugado com o artigo 183º da Lei nº 64B/2011, de 30 de dezembro (Lei do Orçamento de Estado para 2012), consagrou um regime especial de dedutibilidade fiscal dos gastos e outras variações patrimoniais decorrentes dessa transferência: O impacto decorrente da variação patrimonial negativa associada à alteração da política contabilística de reconhecimento dos ganhos e perdas atuariais anteriormente diferidos, será integralmente dedutível, em partes iguais, durante 10 anos, a partir do exercício que se iniciou em 1 de janeiro de 2012. Este impacto é registado em rubricas de capital próprio; O impacto decorrente da liquidação (determinado pela diferença entre a responsabilidade mensurada de acordo com os critérios da IAS 19 e os critérios definidos no acordo) será Relatório e Contas de 2014 121 integralmente dedutível para efeitos do apuramento do lucro tributável, em partes iguais, em função da média do número de anos de esperança de vida dos pensionistas cujas responsabilidades foram transferidas (18 anos), a partir do exercício que se iniciou em 1 de janeiro de 2012. Este impacto é registado em rubricas de resultados. Os impostos diferidos ativos resultantes da transferência das responsabilidades e da alteração da política contabilística do reconhecimento dos desvios atuariais são recuperáveis nos prazos de 10 e 18 anos, via rubricas de capital próprio e via rubricas de resultados, respetivamente. Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, as quais correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Assim, para o exercício de 2013, o imposto diferido foi, em termos gerais, apurado com base numa taxa agregada de 26,5%, resultante do somatório da taxa de IRC (23%) aprovada pela Lei nº 2/2014, de 16 de janeiro, da taxa de Derrama Municipal (1,5%) e de uma taxa média prevista de Derrama Estadual (2%). Para o exercício de 2014, o imposto diferido foi, em termos gerais, apurado com base numa taxa agregada de 24,5%, resultante do somatório da taxa de IRC (21%) aprovada pela Lei nº 82-B/2014, de 31 de dezembro, da taxa de Derrama Municipal (1,5%) antes referida e de uma taxa média prevista de Derrama Estadual (2%). No exercício de 2013, o imposto diferido relativo a prejuízos fiscais reportáveis foi especificamente apurado com base na taxa de IRC (23%) aprovada pela Lei nº 2/2014, de 16 de janeiro, que alterou o Código do IRC. Em 2014, em resultado da redução da taxa de IRC aprovada pela Lei nº 82-B/2014, de 31 de dezembro, o imposto diferido relativo a prejuízos fiscais reportáveis foi especificamente apurado com base na taxa de 21%. As declarações de autoliquidação do IRC do Banco ficam sujeitas a inspeção e eventual ajustamento pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos ou durante o período em que seja possível deduzir prejuízos fiscais ou créditos de imposto (até doze anos, em função do exercício em que forem apurados). Assim, poderão vir a ter lugar eventuais liquidações adicionais de impostos devido essencialmente a diferentes interpretações da legislação fiscal. No entanto, é convicção da Administração que, no contexto das demonstrações financeiras individuais, não ocorrerão encargos adicionais de valor significativo. Os ativos e passivos por impostos diferidos reconhecidos em balanço em 31 de dezembro de 2014 e 2013 podem ser analisados como seguem: Relatório e Contas de 2014 122 (milhares de euros) Ativo 31.12.2014 Instrumentos financeiros Imparidade no crédito a clientes Pensões Prémios de antiguidade Prejuízos fiscais reportáveis Ativos/ (passivos) por imposto diferido Passivo Líquido 31.12.2013 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2014 31.12.2013 - 59 29 5 3 085 2 396 - - 3 085 ( 29) 2 396 54 772 936 147 490 625 446 55 46 - - 55 46 139 207 - - 139 207 4 051 3 644 176 495 3 875 3 149 O Banco avaliou a recuperabilidade dos seus impostos diferidos em balanço tendo por base a expectativas de lucros futuros tributáveis. Os movimentos ocorridos nas rubricas de impostos diferidos de balanço tiveram as seguintes contrapartidas: (milhares de euros) 31.12.2014 31.12.2013 Saldo inicial 3 149 2 491 Imposto diferido reconhecido em Resultados Reservas de justo valor Reservas - outro rendimento integral Outras reservas 868 ( 83) ( 122) 63 ( 62) 790 ( 148) 78 Saldo final Ativo / (Passivo) 3 875 3 149 O imposto diferido reconhecido em reservas – outro rendimento integral inclui os desvios atuariais reconhecidos também nesta rubrica, conforme descrito na Nota 13 – Benefícios a empregados. O imposto reconhecido em resultados e reservas durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 teve as seguintes origens: (milhares de euros) 31.12.2014 Reconhecido Reconhecido em resultados em reservas Ativos financeiros disponíveis para venda Imparidade no crédito a clientes Pensões Prémios de antiguidade Prejuízos fiscais reportáveis ( 689) ( 301) ( 9) 131 83 122 ( 63) Impostos Diferidos ( 868) 142 Impostos Correntes Total do imposto reconhecido 115 ( 753) ( 74) 68 31.12.2013 Reconhecido Reconhecido em resultados em reservas 187 7 ( 3) ( 129) ( 790) 148 ( 78) 62 ( 720) ( 116) 49 ( 54) ( 671) A reconciliação da taxa de imposto, na parte respeitante ao montante reconhecido em resultados, pode ser analisada como segue: Relatório e Contas de 2014 123 (milhares de euros) 31.12.2014 % Valor Resultado antes de impostos Contribuição Extraordinária sobre o Setor Bancário Taxa de imposto Imposto apurado com base na taxa de imposto Dividendos Custos não dedutíveis Alteração de taxas e base tributável decorrente de Reforma do IRC Outros 31.12.2013 % Valor ( 2 874) ( 160) ( 2 714) ( 1 079) ( 160) ( 919) 23,0 2,9 0,0 -9,5 13,2 29,7 25,0 ( 624) ( 80) 272 ( 321) 0,0 0,0 -20,6 4,3 ( 230) 222 ( 46) ( 753) 8,7 ( 54) No seguimento da Lei nº55-A/2010, de 31 de dezembro, foi criada a Contribuição sobre o Setor Bancário, a qual não é elegível como custo fiscal, e cujo regime foi prorrogado pela Lei nº64-B/2011, de 30 de dezembro, pela Lei nº66-B/2012, de 31 de dezembro e pela Lei nº 83-C/2013, de 31 de dezembro. A 31 de dezembro de 2014 o Banco reconheceu como custo do exercício o valor de 160 milhares de euros (31 de dezembro de 2013: 160 milhares de euros), o qual foi incluído nos Outros resultados de exploração – Impostos diretos e indiretos (ver Nota 11). NOTA 32 – OUTROS PASSIVOS A rubrica Outros passivos a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 31.12.2013 267 740 1 007 293 527 820 227 640 867 178 638 816 Receitas com proveito diferido 14 18 Outras contas de regularização Outras operações a regularizar 500 127 2 388 1 781 Credores e outros recursos Setor público administrativo Credores diversos Custos a pagar Prémios por antiguidade (ver Nota 13) Outros custos a pagar NOTA 33 – CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Ações ordinárias Relatório e Contas de 2014 124 Em 31 de dezembro de 2014, o capital social do Banco encontrava-se representado por 3 727 500 ações, com um valor nominal de 5 euros cada, as quais se encontram totalmente subscritas e realizadas por diferentes acionistas, dos quais se destacam as seguintes entidades: % Capital 31.12.2014 Novo Banco, S.A. Banco Espírito Santo, S.A. (a) Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada Bensaúde Participações, SGPS, S.A. Outros 31.12.2013 57,52% 30,00% 10,00% 2,48% 57,52% 30,00% 10,00% 2,48% 100,00% 100,00% (a) no âmbito da medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo, S.A., a participação detida por este no NB Açores foi transferida para o Novo Banco, S.A. Prémios de emissão Em 31 de dezembro de 2014, os prémios de emissão totalizaram 6681 milhares de euros, referentes aos prémios pagos pelos acionistas nos aumentos de capital. NOTA 34 – RESERVAS DE JUSTO VALOR, OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS Reserva legal A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. A legislação portuguesa aplicável ao setor bancário (Artigo 97º do Decreto-lei n.º 298/92, de 31 de dezembro) exige que a reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido anual, até a um limite igual ao valor do capital social ou ao somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Reservas de justo valor As reservas de justo valor representam as mais e menos valias potenciais relativas à carteira de ativos financeiros disponíveis para venda, líquidas de imparidade reconhecida em resultados no exercício e/ou em exercícios anteriores. O valor desta reserva é apresentado líquido de imposto diferido. Relatório e Contas de 2014 125 Durante os exercícios de 2014 e 2013, os movimentos ocorridos nestas rubricas foram os seguintes: (milhares de euros) Outro rendimento integral, Outras Reservas e Resultados Transitados Reservas de justo valor Ativos financeiros disponíveis p/ venda Saldo em 31 de Dezembro de 2012 Alterações de justo valor 2 863 Reservas por impostos diferidos Total Reserva de justo valor ( 736) Desvios atuariais 2 127 Reserva Legal ( 2 198) Total Outras Reservas e Res.Trans. 3 523 9 663 - - - - 10 988 296 790 1 086 Desvios atuariais - - - Pensões - regime transitório - - - - - Constituição de reservas - - - - 229 922 1 151 3 159 54 3 213 3 752 10 562 11 519 - - - - Saldo em 31 de Dezembro de 2013 ( 597) ( 2 795) Alterações de justo valor 5 Desvios atuariais - - - Pensões - regime transitório - - - - - Constituição de reservas - - - - - Saldo em 31 de Dezembro de 2014 3 164 ( 83) - Outras reservas e Resultados Transitados ( 29) ( 78) 3 135 ( 2 770) ( 5 565) ( 597) ( 23) ( 23) ( 2 770) 85 3 752 85 ( 1 025) ( 1 025) 9 622 7 809 A reserva de justo valor explica-se da seguinte forma: (milhares de euros) 31.12.2014 Custo amortizado dos ativos financeiros disponíveis para venda Imparidade acumulada reconhecida Custo amortizado dos ativos financeiros disponíveis para venda líquido de imparidade Valor de mercado dos ativos financeiros disponíveis para venda Ganhos/(perdas) potenciais reconhecidos na reserva de justo valor Impostos diferidos 31.12.2013 9 616 17 396 ( 62) ( 62) 9 554 17 334 12 718 20 493 3 164 3 159 ( 29) 54 3 135 3 213 O movimento da reserva de justo valor, líquida de impostos diferidos, pode ser assim analisado: (milhares de euros) 31.12.2014 Saldo no início do período Variação de justo valor 31.12.2013 3 213 2 127 16 317 Alienações do período ( 11) ( 21) Impostos diferidos reconhecidos no exercício em reservas (ver nota 31) ( 83) 790 Saldo no final do período 3 135 3 213 NOTA 35 – PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS A 31 de dezembro de 2014 e 2013, existiam os seguintes saldos relativos a contas extrapatrimoniais: Relatório e Contas de 2014 126 (milhares de euros) 31.12.2014 Passivos e avales prestados Garantias e avales prestados Ativos financeiros dados em garantia Compromissos Compromissos revogáveis Compromissos irrevogáveis 31.12.2013 417 013 835 417 848 326 749 1 005 327 754 47 081 5 442 52 523 34 362 5 442 39 804 As garantias e avales prestados são operações bancárias que não se traduzem numa mobilização de fundos por parte do Banco. Em 31 de dezembro de 2014 a rubrica de ativos dados em garantia inclui: Títulos dados em garantia à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários no âmbito do Sistema de Indemnização aos Investidores no montante de 93 milhares de euros (31 de dezembro de 2013: 72 milhares de euros); Títulos dados em garantia ao Fundo de Garantia de Depósitos no montante de 742 milhares de euros (31 de dezembro de 2013: 933 milhares de euros). Estes títulos dados em garantia encontram-se registados na carteira de ativos financeiros disponíveis para venda, e podem ser executados em caso de incumprimento, por parte do Banco, das obrigações contratuais assumidas nos termos e condições dos contratos celebrados. Os créditos documentários são compromissos irrevogáveis, por parte do Banco, por conta dos seus clientes, de pagar/mandar pagar um montante determinado ao fornecedor de uma dada mercadoria ou serviço, dentro de um prazo estipulado, contra a apresentação de documentos referentes à expedição da mercadoria ou prestação do serviço. A condição de irrevogável consiste no facto de não ser viável o seu cancelamento ou alteração sem o acordo expresso de todas as partes envolvidas. Os compromissos, revogáveis e irrevogáveis, representam acordos contratuais para a concessão de crédito com os clientes do Banco (por exemplo linhas de crédito não utilizadas) os quais, de forma geral, são contratados por prazos fixos ou com outros requisitos de expiração e, normalmente, requerem o pagamento de uma comissão. Substancialmente todos os compromissos de concessão de crédito em vigor requerem que os clientes mantenham determinados requisitos verificados aquando da contratualização dos mesmos. Relatório e Contas de 2014 127 Não obstante as particularidades destes passivos contingentes e compromissos, a apreciação destas operações obedece aos mesmos princípios básicos de uma qualquer outra operação comercial, nomeadamente o da solvabilidade quer do cliente quer do negócio que lhes estão subjacentes, sendo que o Banco requer que estas operações sejam devidamente colateralizadas quando necessário. Uma vez que é expectável que a maioria dos mesmos expire sem ter sido utilizado, os montantes indicados não representam necessariamente necessidades de caixa futuras. Adicionalmente, as responsabilidades evidenciadas em contas extrapatrimoniais relacionadas com a prestação de serviços bancários são como segue: (milhares de euros) 31.12.2014 Depósito e guarda de valores Valores recebidos para cobrança 31.12.2013 223 566 178 326 275 117 223 744 326 392 NOTA 36 – TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS O valor das transações do Banco com entidades do Grupo NB em 31 de dezembro de 2014 e 2013, assim como os respetivos custos e proveitos reconhecidos, resumem-se como segue: (milhares de euros) NOVO BANCO BEST GNB VIDA GNB GA ES ACE 2 ES INFORMÁTICA ES RECUPERAÇÃO CRÉDITO ACE GNB SEGUROS UNICRE Ativos 19 537 19 537 Passivos 95 838 2 878 26 915 5 844 281 131 756 31.12.2014 Garantias 402 694 402 694 Proveitos 871 39 3 913 Custos 840 627 111 31 264 30 1 903 Ativos 21 516 21 516 Passivos 66 351 2 684 27 067 4 301 8 3 566 2 103 979 31.12.2013 Garantias - Proveitos 3 103 18 95 13 3 229 Custos 1 870 201 129 40 268 31 2 539 Todas as transações efetuadas com partes relacionadas são realizadas a preços normais de mercado, obedecendo ao princípio do justo valor. NOTA 37 – JUSTO VALOR DOS ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS O justo valor dos ativos e passivos financeiros para o Banco é como segue: Relatório e Contas de 2014 128 (milhares de euros) Valorizados ao Justo Valor Custo Amortizado Modelos de valorização com parâmetros observáveis no mercado Cotações de mercado Modelos de valorização com parâmetros não observáveis no mercado Total Valor de Balanço Justo Valor 31 de dezembro de 2014 Caixa e disponibilidades bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Ativos finan. ao justo valor através de resultados Ativos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Derivados para gestão do risco 4 717 17 848 1 485 8 243 363 274 - 3 873 - 3 431 - 10 360 - 4 717 17 848 3 12 718 8 243 366 705 - 4 717 17 848 3 12 718 8 243 323 448 - Ativos financeiros 395 567 876 3 431 10 360 410 234 366 977 Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Derivados para gestão do risco 99 272 297 906 - - 321 651 - 99 272 298 227 651 99 272 298 227 651 Passivos financeiros 397 178 - 972 - 398 150 398 150 Caixa e disponibilidades bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Ativos finan. ao justo valor através de resultados Ativos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Derivados para gestão do risco 4 220 14 934 7 257 364 169 - 3 3 130 - 10 350 4 196 1 7 013 - 4 220 14 934 3 20 493 7 257 368 365 1 4 220 14 934 3 20 493 7 257 316 681 1 Ativos financeiros 390 580 3 133 14 547 7 013 415 273 363 589 Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Derivados para gestão do risco 34 264 237 019 35 013 - - 94 777 624 - 34 264 331 796 35 013 624 34 264 331 796 35 013 624 Passivos financeiros 306 296 - 95 401 - 401 697 401 697 31 de dezembro de 2013 Os Ativos e Passivos ao justo valor do Banco foram valorizados de acordo com a seguinte hierarquia: Valores de cotação de mercado – nesta categoria incluem-se as cotações disponíveis em mercados oficiais e as divulgadas por entidades que habitualmente fornecem preços de transações para estes ativos/passivos negociados em mercados líquidos. Métodos de valorização com parâmetros/ preços observáveis no mercado – consiste na utilização de modelos internos de valorização, designadamente modelos de fluxos de caixa descontados e de avaliação de opções, que implicam a utilização de estimativas e requerem julgamentos que variam conforme a complexidade dos produtos objeto de valorização. Não obstante, o Banco utiliza como inputs nos seus modelos, variáveis disponibilizadas pelo mercado, tais como as curvas de taxas de juro, spreads de crédito, volatilidade e índices sobre cotações. Inclui ainda instrumentos cuja valorização é obtida através de cotações divulgadas por entidades independentes mas cujos mercados têm liquidez mais reduzida. Métodos de valorização com parâmetros não observáveis no mercado – neste agregado incluemse as valorizações determinadas com recurso à utilização de modelos internos de valorização ou cotações fornecidas por terceiras entidades mas cujos parâmetros utilizados não são observáveis no mercado. Relatório e Contas de 2014 129 O movimento dos ativos financeiros valorizados com recurso a métodos com parâmetros não observáveis no mercado, durante o exercício de 2014, pode ser analisado como segue: (milhares de euros) Saldo no início do período 7 013 4 754 Aquisições ( 1 469) Transferências 62 Variação de valor Saldo no fim do período 10 360 Os principais parâmetros utilizados, durante os exercícios de 2014 e 2013, nos modelos de valorização foram os seguintes: Curvas de taxas de juro As taxas de curto prazo apresentadas refletem os valores indicativos praticados em mercado monetário, sendo que para o longo prazo os valores apresentados representam as cotações para swap de taxa de juro para os respetivos prazos: (%) 31.12.2014 EUR Overnight 1 mês 3 meses 6 meses 9 meses 1 ano 3 anos 5 anos 7 anos 10 anos 15 anos 20 anos 25 anos 30 anos 0,0100 0,0180 0,0780 0,1710 0,1662 0,1635 0,2240 0,3600 0,5320 0,8195 1,1528 1,3268 1,4169 1,4718 USD 0,1750 0,3100 0,1900 0,5000 0,6000 0,4325 1,2610 1,7900 2,0390 2,2790 2,5020 2,6160 2,6660 2,6910 31.12.2013 GBP 0,4500 0,5250 0,6000 0,7400 0,7393 0,6476 1,1400 1,4490 1,6450 1,8430 2,0673 2,1838 2,2211 2,2320 EUR 0,1100 0,1941 0,2870 0,3890 0,3981 0,4130 0,7715 1,2580 1,6820 2,1550 2,5809 2,7139 2,7399 2,7309 USD 0,1100 0,1600 0,3300 0,4100 0,4500 0,3050 0,8560 1,7490 2,4270 3,0280 3,5230 3,7200 3,8080 3,8520 GBP 0,4100 0,4100 0,5200 0,7350 0,8100 0,6412 1,4342 2,1337 2,5770 2,9876 3,3160 3,4170 3,4380 3,4360 Volatilidades de taxas de juro Os valores a seguir apresentados referem-se às volatilidades implícitas (at the money) que serviram de base para a avaliação de opções de taxa de juro: Relatório e Contas de 2014 130 (%) 1 ano 3 anos 5 anos 7 anos 10 anos 15 anos EUR 31.12.2014 USD GBP 283,60 102,30 94,22 84,35 67,52 53,72 69,94 57,67 49,13 44,41 40,68 35,58 49,46 61,19 59,26 55,17 49,61 41,94 EUR 31.12.2013 USD GBP 112,77 65,30 53,30 45,20 36,80 30,68 75,90 72,76 50,62 38,21 31,55 35,58 49,18 55,78 45,99 38,55 31,80 26,58 Câmbios e volatilidade cambiais Seguidamente apresentam-se as taxas de câmbio (Banco Central Europeu) à data de balanço e as volatilidades implícitas (at the money) para os principais pares de moedas, utilizadas na avaliação dos derivados: Cambial 31.12.2014 31.12.2013 1 mês 1,2141 0,7789 1,2024 9,0420 4,2732 72,3370 2,6527 2,3326 1,3791 0,8337 1,2276 8,3630 4,1543 45,3246 2,3621 2,1467 9,57 7,67 2,95 15,57 7,29 68,60 15,00 12,55 EUR/USD EUR/GBP EUR/CHF EUR/NOK EUR/PLN EUR/RUB USD/BRL a) USD/TRY b) a) Calculada com base nos câmbios EUR/USD e EUR/BRL b) Calculada com base nos câmbios EUR/USD e EUR/TRY Volatilidade (%) 3 meses 6 meses 9 meses 9,34 7,69 3,42 13,61 7,42 56,00 14,50 12,92 9,03 8,30 3,70 11,50 7,50 48,96 14,45 13,58 8,93 8,18 4,08 10,65 7,58 22,50 14,55 13,96 1 ano 8,93 8,10 4,28 10,40 7,75 41,69 14,65 14,30 O Banco utiliza nos seus modelos de avaliação a taxa spot observada no mercado no momento da avaliação. Índices sobre cotações No quadro seguinte, resume-se a evolução dos principais índices de cotações e respetivas volatilidades utilizadas nas valorizações dos derivados sobre ações: Cotação 31.12.2014 DJ Euro Stoxx 50 PSI 20 IBEX 35 FTSE 100 DAX S&P 500 BOVESPA 31.12.2013 3 146 4 799 10 280 6 566 9 806 2 059 50 007 Relatório e Contas de 2014 3 109 6 559 9 917 6 749 9 552 1 848 51 507 Volatilidade histórica Variação % 2,5 -18,0 -2,1 -1,7 7,1 6,2 -11,7 1 mês 3 meses 24,58 24,45 25,94 18,03 22,50 13,76 33,78 21,31 23,11 22,61 14,69 19,73 13,10 34,02 Volatilidade implícita 27,02 15,03 19,50 15,04 26,38 131 As principais metodologias e pressupostos utilizados na estimativa do justo valor dos ativos e passivos financeiros registados no balanço ao custo amortizado são analisados como segue: Caixa e disponibilidades em bancos centrais, Disponibilidades em outras instituições de crédito e Aplicações em instituições de crédito Estes ativos são de muito curto prazo pelo que o valor de balanço é uma estimativa razoável do respetivo justo valor. Crédito a clientes O justo valor do crédito a clientes é estimado com base na atualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros, considerando que as prestações são pagas nas datas contratualmente definidas. Os fluxos de caixa futuros esperados das carteiras de crédito homogéneas, como por exemplo o crédito à habitação, são estimados numa base de portfolio. As taxas de desconto utilizadas são as taxas atuais praticadas para empréstimos com características similares. Recursos de bancos centrais e Recursos de outras instituições de crédito Estes passivos são de muito curto prazo pelo que o valor de balanço é uma estimativa razoável do respetivo justo valor. Recursos de clientes e outros empréstimos O justo valor destes instrumentos financeiros é estimado com base na atualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros, considerando que as prestações ocorrem nas datas contratualmente definidas. A taxa de desconto utilizada é a que reflete as taxas praticadas para os créditos com características similares à data do balanço. Considerando que as taxas de juro aplicáveis são renovadas por períodos inferiores a um ano, não existem diferenças materialmente relevantes no seu justo valor. Responsabilidades representadas por títulos e Passivos subordinados O justo valor é baseado em cotações de mercado quando disponíveis; caso não existam, é estimado com base na atualização dos fluxos de caixa esperados de capital e juros no futuro para estes instrumentos. NOTA 38 – GESTÃO DOS RISCOS DE ATIVIDADE O Banco está exposto aos seguintes riscos decorrentes do uso de instrumentos financeiros: Risco de crédito; Risco de mercado; Risco de liquidez; Relatório e Contas de 2014 132 Risco operacional. Risco de crédito O Risco de crédito resulta da possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes do incumprimento do cliente ou contraparte relativamente às obrigações contratuais estabelecidas com o Banco no âmbito da sua atividade creditícia. O risco de crédito está essencialmente presente nos produtos tradicionais bancários – empréstimos, garantias e outros passivos contingentes, e em produtos de negociação – swaps, forwards e opções (risco de contraparte). É efetuada uma gestão permanente das carteiras de crédito que privilegia a interação entre as várias equipas envolvidas na gestão de risco ao longo das sucessivas fases da vida do processo de crédito. Esta abordagem é complementada pela introdução de melhorias contínuas tanto no plano das metodologias e ferramentas de avaliação e controlo dos riscos, como ao nível dos procedimentos e circuitos de decisão. O acompanhamento do perfil de risco de crédito do Banco, nomeadamente no que se refere à evolução das exposições de crédito e monitorização das perdas creditícias, é efetuado regularmente pelo Comité de Risco. São igualmente objeto de análises regulares o cumprimento dos limites de crédito aprovados e o correto funcionamento dos mecanismos associados às aprovações de linhas de crédito no âmbito da atividade corrente das áreas comerciais. Seguidamente apresenta-se a informação relativa à exposição do Banco ao risco de crédito: 31.12.2014 Disponibilidades e aplicações em Instituições de crédito Ativos financeiros disponíveis para venda Crédito a clientes Derivados para gestão de risco Outros ativos Garantias e avales prestados Compromissos irrevogáveis (milhares de euros) 31.12.2013 26 091 5 632 366 705 2 971 417 013 5 442 22 191 13 447 368 365 1 2 643 326 749 5 442 1 179 534 738 838 A repartição por setores de atividade, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, encontra-se apresentada conforme segue: Relatório e Contas de 2014 133 (milhares de euros) 31.12.2014 Crédito sobre clientes Valor bruto Agricultura, Silvicultura e Pesca Indústrias Extrativas Indústrias Alimentares, das Bebidas e Tabaco Texteis e Vestuário Curtumes e Calçado Madeira e Cortiça Papel e Indústrias Gráficas Refinação de Petróleo Produtos Quimicos e de Borracha Produtos Minerais não Metálicos Indústrias Metalurgicas de Base e p. metálicos Fabricação de Máquinas, Eq. e Ap. Elétricos Fabricação de Material de Transporte Outras Industrias Transformadoras Eletricidade, Gás e Água Construção e Obras Públicas Comércio por Grosso e a Retalho Turismo Transportes e Comunicações Atividades Financeiras Atividades Imobiliárias Serviços Prestados às Empresas Administração e Serviços Públicos Outras atividades de serviços coletivos Crédito à Habitação Crédito a Particulares TOTA L (a) Imparidade (a) Outros ativos fin. ao justo valor através de resultados Ativos financeiros detidos para venda Derivados para gestão de risco Valor bruto 10 926 615 3 919 164 467 976 1 048 910 1 509 1 67 1 9 875 42 110 8 523 14 086 510 2 438 11 019 7 735 23 678 222 899 26 987 ( 464) ( 42) ( 47) ( 4) ( 80) ( 234) ( 14) ( 239) ( 43) ( 1) ( 1) ( 2 875) ( 12 052) ( 843) ( 456) ( 21) ( 874) ( 242) ( 10) ( 514) ( 3 146) ( 4 139) 3 - - 1 501 5 647 5 632 - 3 90 4 63 ( 2 6 3 4 1) 3 - 12 780 Garantias prestadas Imparidade ( ( 3) ( 59) - 9 292 7 55 41 2 470 7 908 3 141 489 431 402 694 693 210 18 387 166 62 ) 4 17 013 inclui provisão para imparidade no valor de 23 758 milhares de euros (ver Nota 21) e provisão para riscos gerais de crédito no valor de 2 583 milhares de euros (ver Nota 30) (milhares de euros) 31.12.2013 Crédito sobre clientes Valor bruto Agricultura, Silvicultura e Pesca Indústrias Extrativas Indústrias Alimentares, das Bebidas e Tabaco Texteis e Vestuário Madeira e Cortiça Papel e Indústrias Gráficas Produtos Químicos e de Borracha Produtos Minerais não Metálicos Indústrias Metalurgicas de Base e p. metálicos Fabricação de Máquinas, Eq. e Ap. Elétricos Fabricação de Material de Transporte Outras Industrias Transformadoras Eletricidade, Gás e Água Construção e Obras Públicas Comércio por Grosso e a Retalho Turismo Transportes e Comunicações Atividades Financeiras Atividades Imobiliárias Serviços Prestados às Empresas Administração e Serviços Públicos Outras atividades de serviços coletivos Crédito à Habitação Crédito a Particulares TOTA L (a) Imparidade (a) Outros ativos fin. Ao justo valor através de resultados Derivados para gestão de risco Ativos financeiros detidos para venda Valor bruto 7 438 989 4 024 180 534 995 19 953 971 1 738 7 100 7 9 850 37 378 4 374 8 223 0 2 493 11 541 26 683 6 394 227 680 32 114 ( 399) ( 184) ( 347) ( 4) ( 66) ( 133) ( 11) ( 218) ( 114) ( 2) ( 1) ( 1 763) ( 7 213) ( 741) ( 186) ( 510) ( 126) ( 51) ( 335) ( 2 773) ( 3 629) 3 - 1 - 7 986 1 488 10 048 1 028 5 - 3 84 685 ( 18 806) 3 1 2 0 555 Garantias prestadas Imparidade ( ( 3) ( 60) - 7 321 1 57 50 41 2 470 7 548 3 318 523 648 312 296 993 220 27 227 62 ) 3 2 6 74 9 inclui provisão para imparidade no valor de 16 324 milhares de euros (ver Nota 21) e provisão para riscos gerais de crédito no valor de 2 482 milhares de euros (ver Nota 30) Relatório e Contas de 2014 134 Risco de mercado O Risco de mercado representa genericamente a eventual perda resultante de uma alteração adversa do valor de um instrumento financeiro como consequência da variação de taxas de juro, taxas de câmbio e preços de ações e de mercadorias. A gestão de risco de mercado é integrada com a gestão do balanço através da estrutura ALCO (Asset and Liability Committee) constituída ao mais alto nível da instituição. Este órgão é responsável pela definição de políticas de afetação e estruturação do balanço bem como pelo controlo da exposição aos riscos de taxa de juro, de taxa de câmbio e de liquidez. Ao nível do risco de mercado o principal elemento de mensuração de riscos consiste na estimação das perdas potenciais sob condições adversas de mercado, para o qual a metodologia Value at Risk (VaR) é utilizada. O Banco utiliza um VaR com recurso à simulação de Monte Carlo, com um intervalo de confiança de 99% e um período de investimento de 10 dias. As volatilidades e correlações são históricas com base num período de observação de um ano. Como complemento ao VaR têm sido desenvolvidos cenários extremos (stress-testing) que permitem avaliar os impactos de perdas potenciais superiores às consideradas na medida do VaR. milhares de euros 31.12.2014 31.12.2013 Dezembro Média anual Máximo Mínimo Dezembro Média anual Máximo Mínimo Risco cambial 92 53 92 29 52 33 52 15 Total 92 53 92 29 52 33 52 15 O Banco apresenta um valor em risco (VaR) de 92 milhares de euros para as suas posições de negociação (31 de dezembro de 2013: 52 milhares de euros). No seguimento das recomendações de Basileia II (Pilar 2) e da Instrução nº 19/2005, do Banco de Portugal, o NBA calcula a sua exposição ao risco de taxa de juro de balanço baseado na metodologia do Bank of International Settlements (BIS) classificando todas as rubricas do ativo, passivo e extrapatrimoniais, que não pertençam à carteira de negociação, por escalões de repricing. Relatório e Contas de 2014 135 (milhares de euros) 31.12.2014 Montantes elegíveis Aplicações e disp. em Inst. de Crédito Crédito a clientes Títulos 30 804 389 493 12 690 Não sensíveis Até 3 meses 11 268 7 089 11 299 262 266 - Total Recursos de outras Inst. de Crédito Depósitos 99 272 294 353 - Total GAP de balanço (Activos - Passivos) 21 006 Fora de Balanço - GAP estrutural 21 006 - GAP acumulado De 3 a 6 meses De 6 meses a 1 ano De 1 a 5 anos Mais de 5 anos 8 237 95 064 - 5 436 4 766 23 540 - 3 188 835 273 565 103 301 10 202 23 540 4 023 99 272 121 740 45 835 68 886 57 792 100 221 012 45 835 68 886 57 792 100 52 553 57 466 ( 58 684) ( 34 252) 3 733 - - 56 286 57 466 ( 58 684) ( 34 252) 190 56 286 113 752 55 068 20 816 21 006 3 923 - ( 3 733) (milhares de euros) Montantes elegíveis Aplicações e disp. em Inst. de Crédito Crédito a clientes Títulos Não sensíveis Até 3 meses 4 883 7 049 14 268 252 536 10 334 7 251 97 748 933 277 138 26 403 383 262 20 468 Total Recursos de outras Inst. de Crédito Depósitos Títulos emitidos 31.12.2013 De 3 a 6 De 6 meses meses a 1 ano 34 264 328 196 35 000 - Total De 1 a 5 anos Mais de 5 anos 5 908 - 1 24 054 2 080 3 017 72 105 932 5 908 26 135 3 089 34 264 122 523 35 000 31 555 - 96 336 - 77 623 - 160 - 191 787 31 555 96 336 77 623 160 ( 90 428) ( 51 488) 20 741 - 85 352 74 377 Fora de Balanço - - 4 200 - GAP estrutural 20 741 GAP de balanço (Activos - Passivos) GAP acumulado - 2 929 - ( 4 200) 89 552 74 377 ( 90 428) ( 51 489) ( 1 271) 89 552 163 928 73 501 22 012 20 741 O modelo utilizado para o cálculo da análise de sensibilidade do risco de taxa de juro da carteira bancária baseia-se numa aproximação ao modelo da duração, sendo efetuados cenários paralelos para deslocação da curva de rendimentos de 100 p.b. em todos os escalões de taxa de juro e cenários de deslocação da curva de rendimentos não paralelos, superiores a um ano em 100 p.b.. Aumento paralelo de 100 pb Em 31 de Dezembro Média do exercício Máximo para o exercício Mínimo para o exercício 366 577 890 366 31.12.2014 Diminuição Aumento paralela de depois de 1 100 pb ano de 50pb Diminuição depois de 1 ano de 50pb 120 193 257 120 (120) (193) (257) (120) (366) (577) (890) (366) Aumento paralelo de 100 pb 984 1 276 1 640 984 (milhares de euros) 3 1.12.2013 Diminuição Aumento Diminuição paralela de depois de 1 depois de 1 100 pb ano de 50pb ano de 50pb ( 984) (1 276) (1 640) ( 984) 341 555 726 341 ( 341) ( 555) ( 726) ( 341) No quadro seguinte apresentam-se as taxas médias de juro verificadas para as grandes categorias de ativos e passivos financeiros do Banco, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, bem assim como os respetivos saldos médios e os juros do período: Relatório e Contas de 2014 136 (milhares de euros) 31.12.2013 31.12.2014 Saldo médio do período Juro do período Taxa de juro média Saldo médio do período Taxa de juro média Juro do período Ativos monetários Crédito a clientes Aplicações em títulos 16 422 394 325 10 439 77 13 134 569 0,47% 3,33% 5,45% 40 992 389 341 24 531 358 13 151 2 059 0,87% 3,38% 8,39% Ativos financeiros 421 186 13 780 3,27% 454 864 15 568 3,42% Recursos monetários Recursos de clientes Outros recursos Recursos diferenciais 44 827 333 898 24 781 17 680 215 7 065 829 - 0,48% 2,12% 3,35% - 14 358 360 599 58 083 21 824 8 109 1,93% 454 864 5 671 1,35% Passivos financeiros 421 186 Resultado Financeiro 19 9 472 1 863 - 0,13% 2,63% 3,21% - 11 354 2,50% 4 214 0,93% No que se refere ao risco cambial, a repartição dos ativos e dos passivos, a 31 de dezembro de 2014 e 2013, por moeda, é analisado como segue: (milhares de euros) 3 1.12 .2 013 31.12.2014 Posições à Vista USD DOLAR DOS E.U.A. GBP LIBRA ESTERLINA Posições a Prazo P osição Líquida P osições à Vista P osições a P razo P osição Líquida - 2 163 930 - 930 ( 2) - ( 2) ( 18) - ( 18) 2 163 65 - 65 72 - 72 CHF FRANCO SUICO 8 - 8 37 - 37 SEK COROA SUECA 15 - 15 20 - 20 NOK COROA NORUEGUESA 39 - 39 35 - 35 745 - 745 1 130 - 1 130 - - - 1 - 1 3 03 3 - 3 03 3 2 2 07 - 2 2 07 DKK COROA DINAMARQUESA CAD DOLAR CANADIANO AUD DOLAR AUSTRALIANO Risco de liquidez O risco de liquidez é o risco atual ou futuro que deriva da incapacidade de uma instituição solver as suas responsabilidades à medida que estas se vão vencendo, sem incorrer em perdas substanciais. O risco de liquidez pode ser subdividido em dois tipos: • Liquidez dos ativos (market liquidity risk) - consiste na impossibilidade de alienar um determinado tipo de ativo devido à falta de liquidez no mercado, o que se traduz no alargamento do spread bid/offer ou na aplicação de um haircut ao valor de mercado. Relatório e Contas de 2014 137 • Financiamento (funding liquidity risk) - consiste na impossibilidade de financiar no mercado os ativos e/ou refinanciar a dívida que está a maturar, na moeda desejada. Esta impossibilidade pode ser refletida através de um forte aumento do custo de financiamento ou da exigência de colateral para a obtenção de fundos. A dificuldade de (re)financiamento pode conduzir à venda de ativos, ainda que incorrendo em perdas significativas. O risco de (re)financiamento deve ser minimizado através de uma adequada diversificação das fontes de financiamento e dos prazos de vencimento. Os bancos estão sujeitos a risco de liquidez por inerência do seu negócio de transformação de maturidades (emprestadores de longo prazo e depositários de curto prazo), sendo assim crucial uma gestão prudente do risco de liquidez. Com o objetivo de avaliar a exposição global ao risco de liquidez são elaborados relatórios que permitem não só identificar os mismatch negativos, como efetuar a cobertura dinâmica dos mesmos. (milhões de euros) 31.12.2014 Montantes Elegíveis ATIVOS Caixa e disponibilidades Aplicações e disponibilidades em Instituições de crédito e Bancos Centrais Crédito a clientes Títulos 11 20 371 12 Total PASSIVOS Recursos de Instituições de crédito, Bancos Centrais e Outros empréstimos Depósitos de clientes Títulos Emitidos Outros passivos exigíveis a curto prazo Fora de Balanço (Compromissos e Derivados) 99 294 4 52 Total de 7 dias até 1 de 6 meses a 1 de 1 a 3 meses de 3 a 6 meses mês ano até 7 dias superior a 1 ano 11 11 1 - 2 - 5 - 8 15 - 11 - 338 12 23 2 5 23 11 3 50 99 5 4 - 2 - 14 1 4 1 4 - 266 50 3 16 108 2 15 5 4 GA P ( A tivos - P assivos) ( 85) - ( 9) 18 7 GA P A cumulado ( 85) ( 85) ( 94 ) ( 76) ( 69) Buffer de activos liq > 12 meses - (milhões de euros) 31.12.2013 Montantes Elegíveis ATIVOS Caixa e disponibilidades Aplicações e disponibilidades em Instituições de crédito e Bancos Centrais Crédito a clientes Títulos Outros ativos líquidos Fora de Balanço (Compromissos e Derivados) 5 22 367 20 1 - Total PASSIVOS Recursos de Instituições de crédito, Bancos Centrais e Outros empréstimos Depósitos de clientes Títulos Emitidos Outros passivos exigíveis a curto prazo Fora de Balanço (Compromissos e Derivados) Total 34 328 35 2 40 de 7 dias até 1 de 6 meses a 1 de 1 a 3 meses de 3 a 6 meses mês ano até 7 dias 5 14 1 1 - 2 10 - 6 - 7 13 - 10 - 334 9 - 21 12 6 20 10 34 3 34 10 2 - 2 - 6 - 4 5 1 9 30 - 297 38 335 46 2 6 10 39 GA P ( A tivos - P assivos) ( 2 6) 10 ( 1) 11 ( 2 9) GA P A cumulado ( 2 6) ( 16) ( 17) ( 5) ( 3 5) Buffer de activos liq > 12 meses Relatório e Contas de 2014 superior a 1 ano - 138 O Gap acumulado a um ano passou de -34 721 milhares de euros em dezembro de 2013 para -68 629 milhares de euros em dezembro de 2014 na sequência da não renovação das emissões de médio e longo prazo e consequente aumento do financiamento até um ano. Adicionalmente, e de acordo com a instrução nº13/2009 do Banco de Portugal, o gap de liquidez é definido como (Ativos líquidos – Passivos voláteis) / (Ativo – Ativos líquidos) * 100 em cada escala cumulativa de maturidade residual, onde os ativos líquidos incluem tesouraria e títulos líquidos e os passivos voláteis incluem a tesouraria, as emissões, os compromissos assumidos, os derivados e outros passivos. Este indicador permite uma caracterização da posição de liquidez do risco de wholesale das instituições. De acordo com a evolução do Gap acumulado, o gap de liquidez até um ano do NBA era, a 31 de dezembro de 2014, de -18,40 que compara com -11,2 no período homólogo do ano anterior. Risco operacional O Risco operacional traduz-se, genericamente, na probabilidade de ocorrência de eventos com impactos negativos, nos resultados ou no capital, resultantes da inadequação ou deficiência de procedimentos, sistemas de informação, comportamento das pessoas ou motivados por acontecimentos externos, incluindo os riscos jurídicos. Entende-se, assim, risco operacional como o cômputo dos seguintes riscos: operativa, de sistemas de informação, de compliance e de reputação. Para gestão do risco operacional, foi desenvolvido e implementado um sistema que visa assegurar a uniformização, sistematização e recorrência das atividades de identificação, monitorização, controlo e mitigação deste risco. Este sistema é suportado por uma estrutura organizacional, integrada no Departamento de Risco Global exclusivamente dedicada a esta tarefa. Gestão de Capital e Rácio de Solvabilidade O principal objetivo da gestão de capital consiste em assegurar o cumprimento dos objetivos estratégicos do Banco em matéria de adequação de capital, respeitando e fazendo cumprir os requisitos mínimos de fundos próprios definidos pelas entidades de supervisão. A definição da estratégia a adotar em termos de gestão de capital é da competência da Comissão Executiva encontrando-se integrada na definição global de objetivos do Banco. Em termos prudenciais, o Banco está sujeito à supervisão do Banco de Portugal que, tendo por base a Diretiva Comunitária sobre adequação de capitais, estabelece as regras que a este nível deverão ser observadas pelas diversas instituições sob a sua supervisão. Estas regras determinam um rácio mínimo de fundos próprios totais em relação aos requisitos exigidos pelos riscos assumidos, que as instituições deverão cumprir. Relatório e Contas de 2014 139 O Parlamento Europeu e o Conselho aprovaram em 26 de junho de 2013 a Diretiva 2013/36/EU e o Regulamento (EU) nº 575/2013 que passaram a regular na União Europeia, respetivamente, o acesso à atividade das instituições de crédito e empresas de investimento e a determinação de requisitos prudenciais a observar por aquelas mesmas entidades a partir de 1 de janeiro de 2014. Estes normativos transpõem para o ordenamento jurídico europeu as recomendações do Comité de Basileia, normalmente designadas por Basileia III. O Aviso 6/2013 de 23 de dezembro do Banco de Portugal veio regulamentar o regime transitório previsto naquele Regulamento em matéria de fundos próprios, estabelecer medidas de preservação de capital e determinar um rácio de Common Equity Tier I (CET1) não inferior a 7%. Atualmente, no novo ordenamento jurídico de Basileia III, os elementos de capital do NB Açores para efeitos da determinação do rácio de solvabilidade, dividem-se em Fundos Próprios Principais de nível 1 ( ou Common Equity Tier I ), Fundos Próprios de nível 1 (ou Tier I), Fundos Próprios de nível 2 (ou Tier II ) e Fundos Próprios Totais, com a seguinte composição: Common Equity Tier I: Esta categoria inclui essencialmente o capital estatutário realizado, os prémios de emissão, as reservas elegíveis e os resultados positivos retidos do exercício quando certificados. Também é dedutível ao Common Equity Tier I o valor elegível dos ativos intangíveis, desvios atuariais negativos decorrentes de responsabilidades com benefícios pós emprego a empregados, valor excedente dos ativos por impostos diferidos e de participações em sociedades financeiras e, quando aplicável, os resultados negativos do exercício. Tier I : Para além dos valores considerados como Common Equity Tier I, esta categoria inclui, quando aplicável, as ações preferenciais e instrumentos de capital híbridos. Tier II : Incorpora essencialmente, quando aplicável, dívida subordinada emitida elegível. O capital do NB Açores é essencialmente constituído por elementos de Common Equity Tier I. O quadro seguinte apresenta um sumário dos cálculos de requisitos de capital do NBA para 31 de dezembro de 2014 e 2013: Relatório e Contas de 2014 140 (milhares de euros) BIS III 31.12.2014 A - Fundos Próprios Capital ordinário realizado, Prémios de Emissão e Ações Próprias Reservas e Resultados elegíveis (excluindo reservas de justo valor) Ativos Intangíveis Desvios Atuariais com responsabilidades pós-emprego com impacto prudencial Reservas de justo valor com impacto prudencial Outros efeitos Common Equity Tier I / Core Tier I ( A1 ) Ações Preferenciais e Hibridos Outros efeitos Tier I ( A2 ) Divida Subordinada elegível Outros efeitos TIER II Deduções Fundos Próprios Elegíveis ( A3 ) B- Ativos de Risco C- Rácios Prudenciais Rácio Common Equity Tier I / Core Tier 1 Rácio Tier 1 Rácio de Solvabilidade (1) (B) ( A1 / B ) ( A2 / B ) ( A3 / B ) 25 319 11 253 ( 271) ( 4 311) ( 1 582) 30 408 30 408 30 408 490 062 BIS II 01.01.2014 (1) 31.12.2013 25 319 12 265 ( 267) ( 1 639) ( 1 896) 33 782 33 782 33 782 25 319 13 288 ( 1 399) ( 1 341) 765 36 632 36 632 1 361 1 361 ( 475) 37 518 449 647 442 647 6,2% 6,2% 6,2% 7,5% 7,5% 7,5% 8,3% 8,3% 8,5% Valor provisório Com o objetivo de recolocar o rácio de solvabilidade do Novo Banco dos Açores em níveis compatíveis com o exigido, o Novo Banco, como acionista de referência, irá tomar as medidas compatíveis com este ajustamento, prevendo-se que à data da realização da Assembleia Geral do Novo Banco dos Açores esta reposição esteja já concretizada. NOTA 39 – Normas recentemente emitidas Impacto de adoção de normas e interpretações que se tornaram efetivas a 1 de janeiro de 2014 IAS 32 (alteração) ‘Compensação de ativos e passivos financeiros. Esta alteração faz parte do projeto de “compensação de ativos e passivos” do IASB, o qual visa clarificar o conceito de “deter atualmente o direito legal de compensação”, e clarifica que alguns sistemas de regularização pelos montantes brutos (as câmaras de compensação) podem ser equivalentes à compensação por montantes líquidos. A adoção desta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras do Banco. IAS 36 (alteração) ‘Divulgação do valor recuperável para ativos não financeiros’. Esta alteração trata da divulgação de informação sobre o valor recuperável de ativos em imparidade, quando este tenha sido mensurado através do modelo do justo valor menos custos de vender. A adoção desta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras do Banco. Relatório e Contas de 2014 141 IAS 39 (alteração) ‘Novação de derivados e continuidade da contabilidade de cobertura’. A alteração à IAS 39 permite que uma Entidade mantenha a contabilização de cobertura, quando a contraparte de um derivado que tenha sido designado como instrumento de cobertura, seja alterada para uma câmara de compensação, ou equivalente, como consequência da aplicação de uma lei ou regulamentação. A adoção desta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras do Banco. Alterações à IFRS 10, 12 e IAS 27 - ’Entidades de investimento’. A alteração define uma Entidade de investimento (‘Investment entities’) e introduz uma exceção à aplicação da consolidação no âmbito da IFRS 10, para as entidades que qualifiquem como Entidades de investimento, cujos investimentos em subsidiárias devem ser mensurados ao justo valor através de resultados do exercício, por referência à IAS 39. Divulgação específicas exigidas pela IFRS 12. A adoção destas alterações não teve impacto nas demonstrações financeiras do Banco. IFRS 10 (nova), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’. A IFRS 10 substitui todos os procedimentos e orientações contabilísticas relativas a controlo e consolidação, incluídas na IAS 27 e na SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo. O princípio fundamental de que uma entidade consolidada apresenta a empresa-mãe e as suas subsidiárias como uma única entidade, permanece inalterado. A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras do Banco. IFRS 11 (nova), ‘Acordos conjuntos’. A IFRS 11 foca-se nos direitos e obrigações dos acordos conjuntos em detrimento da sua forma legal. Os acordos conjuntos podem ser operações conjuntas (direitos sobre os ativos e obrigações) ou empreendimentos conjuntos (direitos sobre os ativos líquidos pela aplicação do método de equivalência patrimonial). A consolidação proporcional de empreendimentos conjuntos deixa de ser permitida. A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras do Banco. IFRS 12 (nova), ‘Divulgação de interesses em outras entidades’. Esta norma estabelece os requisitos de divulgação para todas as naturezas de interesses em outras entidades, como: subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades estruturadas, de forma a permitir a avaliação da natureza, riscos e efeitos financeiros associados aos interesses da Entidade. A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras do Banco. Alterações à IFRS 10, 11 e 12, ‘Regime de transição’. Esta alteração clarifica que, quando um tratamento contabilístico diferente das orientações da IAS 27/SIC 12 resultar da adoção da IFRS 10, os comparativos apenas devem ser ajustados para o período contabilístico imediatamente precedente, sendo as diferenças apuradas reconhecidas no início do período comparativo, em Capitais próprios. A alteração introduzida na IFRS 11, refere-se à obrigação de testar para imparidade o investimento Relatório e Contas de 2014 142 financeiro que resulte da descontinuação da consolidação proporcional. Os requisitos de divulgação específicos estão incluídos na IFRS 12. A adoção destas alterações não teve impacto nas demonstrações financeiras do Banco. IAS 27 (revisão 2011), ‘Demonstrações financeiras separadas’. A IAS 27 foi revista, na sequência da emissão da IFRS 10, e contém os requisitos de contabilização e divulgação para os investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, quando a Entidade prepara demonstrações financeiras separadas. A adoção desta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras do Banco. IAS 28 (revisão 2011),’Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’. A IAS 28 foi revista, na sequência da emissão da IFRS 11, e prescreve o tratamento contabilístico para investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos, definindo ainda os requisitos de aplicação do método de equivalência patrimonial. A adoção desta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras do Banco. Normas, alterações a normas existentes e interpretações que já foram publicadas e cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014, ou em data posterior, e que o Banco decidiu não adotar antecipadamente: Normas IAS 1 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso da União Europeia. A alteração dá indicação relativamente à materialidade e agregação, a apresentação de subtotais, a estrutura das demonstrações financeiras e a divulgação das políticas contabilísticas. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração. IAS 16 e IAS 38 (alteração), ‘Métodos de cálculo de amortização e depreciação permitidos’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que a utilização de métodos de cálculo das depreciações/ amortizações de ativos com base no rédito obtido, não são por regra consideradas adequadas para a mensuração do padrão de consumo dos benefícios económicos associados ao ativo. É de aplicação prospetiva. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração. IAS 19 (alteração), ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos empregados’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Esta alteração ainda está sujeita ao Relatório e Contas de 2014 143 processo de endosso da União Europeia. A alteração à IAS 19 aplica-se a contribuições de empregados ou entidades terceiras para planos de benefícios definidos, e pretende simplificar a sua contabilização, quando as contribuições são independentes do número de anos de serviço. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração. IAS 27 (alteração), ‘Método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras separadas’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração permite que uma entidade aplique o método da equivalência patrimonial na mensuração dos investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, nas demonstrações financeiras separadas. Esta alteração é de aplicação retrospetiva. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras com a adoção desta alteração. Alterações à IFRS 10 e IAS 28, ‘Venda ou contribuição de ativos entre um investidor e uma sua Associada ou Empreendimento conjunto’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que na venda ou contribuição de ativos entre um investidor e uma sua associada ou empreendimento conjunto, o ganho/perda apurado é reconhecido na totalidade quando os ativos transferidos constituem um negócio, e apenas parcialmente (na quota-parte detida por terceiros) quando os ativos transferidos não constituem um negócio. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração. Alterações às IFRS 10, 12 e IAS 28, ‘Entidades de investimento: aplicação da isenção à obrigação de consolidar’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que a isenção à obrigação de consolidar aplica-se a uma empresa holding intermédia que constitua uma subsidiária de uma entidade de investimento. Adicionalmente, a opção de aplicar o método da equivalência patrimonial, de acordo com a IAS 28, é extensível a uma entidade, que não é uma entidade de investimento, mas que detém um interesse numa associada ou empreendimento conjunto que é uma “Entidade de investimento”. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração. IFRS 11 (alteração), ‘Contabilização da aquisição de interesse numa operação conjunta’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016).Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração introduz orientação acerca da contabilização da aquisição do interesse numa operação conjunta que qualifica como um negócio, sendo aplicáveis os princípios da IFRS 3 – concentrações de atividades empresariais. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração. Relatório e Contas de 2014 144 Melhorias às normas 2010 - 2012, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 2, IFRS 3, IFRS 8, IFRS 13, IAS 16, IAS 24 e IAS 38. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração. Melhorias às normas 2011 - 2013, (a aplicar na União Europeia nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2015). Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 3, IFRS 13, e IAS 40. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração. Melhorias às normas 2012 - 2014, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 5, IFRS 7, IAS 19 e IAS 34. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração. IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos ativos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta norma. IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2017). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar ativos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na “metodologia dos 5 passos”. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta norma. Relatório e Contas de 2014 145 Interpretações IFRIC 21 (nova), ‘Taxas do governo’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 17 de junho de 2014). A IFRIC 21 é uma interpretação à IAS 37 e ao reconhecimento de passivos, clarificando que o acontecimento passado que resulta numa obrigação de pagamento de uma taxa ou imposto (que não imposto sobre o rendimento - IRC) corresponde à atividade descrita na legislação relevante que obriga ao pagamento. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras com a adoção desta alteração. Relatório e Contas de 2014 146 ANEXO Adoção das Recomendações do Financial Stability Forum (FSF) e do Committee of European Banking Supervisors (CEBS) relativas à Transparência da Informação e à Valorização dos Ativos os (Carta-Circular n 97/2008/DSB de 3 de Dezembro e Carta Circular nº58/2009/DSB de 5 de Agosto) O Banco de Portugal, através da Carta Circular nº58/2009/DSB de 5 de Agosto de 2009 reiterou “a necessidade de as instituições continuarem a dar adequado cumprimento às recomendações do Financial Stability Forum (FSF), bem como às recomendações do Committee of European Banking Supervisors (CEBS), no que se refere à transparência da informação e à valorização de ativos, tendo em conta o princípio da proporcionalidade” constantes das Cartas-Circulares nos 46/2008/DSB de 15 de Julho de 2008 e 97/2008/DSB de 3 de Dezembro de 2008. O Banco de Portugal recomenda que seja elaborado um capítulo ou anexo específico nos documentos de prestação de contas exclusivamente dedicado aos aspetos mencionados nas respetivas recomendações do CEBS e do FSF. No presente anexo procurou-se dar cumprimento à recomendação do Banco de Portugal utilizando remissões para a informação apresentada, quer no Relatório de Gestão, quer nas Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras relativos aos exercícios de 2013 e 2014. I. MODELO DE NEGÓCIO 1. Descrição do modelo de negócio No capítulo 4 “Atividade Comercial – Estratégia e Modelo de Negócio” do Relatório de Gestão, faz-se uma descrição detalhada sobre a estratégia e o modelo de negócio do Banco. 2. Estratégias e objetivos As estratégias e objetivos do Banco estão igualmente divulgados no capítulo 4 “Atividade Comercial – Estratégia e Modelo de Negócio” do Relatório de Gestão. 3., 4. e 5. Atividades desenvolvidas e contribuição para o negócio No capítulo 4 “Atividade Comercial – Estratégia e Modelo de Negócio” do Relatório de Gestão apresenta-se informação acerca das atividades desenvolvidas e sua contribuição para o negócio. Relatório e Contas de 2014 147 II. RISCOS E GESTÃO DE RISCOS 6. e 7. Descrição e natureza dos riscos incorridos No capítulo 6 “Análise do Risco de Crédito” do Relatório de Gestão dá-se informação detalhada sobre o risco de crédito do Banco. Também na Nota Explicativa 38 é apresentada diversa informação que, em conjunto, permite obter a perceção sobre os riscos incorridos pelo Banco e mecanismos de gestão para a sua monitorização e controlo. III. IMPACTO DO PERÍODO DE TURBULÊNCIA FINANCEIRA NOS RESULTADOS 8.,9., 10. e 11. Descrição qualitativa e quantitativa dos resultados e comparação dos impactos entre períodos Durante o exercício de 2014 consideramos terem ocorrido factos com impactos materialmente relevantes na atividade, nomeadamente, a medida de resolução aplicada pelo Banco de Portugal ao Banco Espírito Santo, principal acionista do BES dos Açores, cujas consequências imediatas se traduziram na acentuada saída de recursos de Clientes, principalmente da desintermediação. Em 2014 a atividade desenvolveu-se num quadro de referência de dificuldades económicas do país e também da região, com impacto no agravamento do risco pelo que o Banco realizou um reforço total de provisões de 8,1 milhões de euros (+4,1 milhões de euros que no exercício de 2013). 12. Decomposição dos write-downs entre realizados e não realizados Os proveitos e custos relacionados com os ativos e passivos detidos para negociação, dos ativos e passivos ao justo valor através de resultados e dos ativos disponíveis para venda encontram-se desagregados por instrumento financeiro nas Notas 7 e 8 às demonstrações financeiras. Adicionalmente, os ganhos e perdas não realizados dos ativos disponíveis para venda constam das Notas 19 e 34 13. Turbulência financeira na cotação das ações do NB dos Açores As ações do Banco não estão cotadas em nenhum mercado oficial, pelo que este ponto não é aplicável. 14. Risco de perda máxima Na Nota Explicativa 38 divulga-se informação relevante sobre as perdas suscetíveis de serem incorridas em situações de stress do mercado. 15. Responsabilidades do Banco emitidas e resultados Na Nota Explicativa 29 faz-se divulgação sobre as condições das emissões realizadas em 2014. IV. NÍVEIS E TIPOS DAS EXPOSIÇÕES AFETADAS PELO PERÍODO DE TURBULÊNCIA 16. Valor nominal e justo valor das exposições 17. Mitigantes do risco de crédito 18. Informação sobre as exposições do Grupo O Banco não teve nenhuma exposição diretamente afetada pelo período de turbulência. Relatório e Contas de 2014 148 19. Movimentos nas exposições entre períodos Não aplicável 20. Exposições que não tenham sido consolidadas Não aplicável 21. Exposição a seguradoras monoline e qualidade dos ativos segurados O Banco não tem exposições a seguradoras monoline. V. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E MÉTODOS DE VALORIZAÇÃO 22. Produtos estruturados Estas situações estão desenvolvidas na Nota 2 – Principais Políticas Contabilísticas. 23. Special Purpose Entities (SPE) e consolidação O Banco não realizou nenhuma operação de titularização até 31 de dezembro de 2014. 24. e 25. Justo valor dos instrumentos financeiros Ver comentários ao ponto 16 do presente Anexo. Nas Notas 2 e 37 referem-se as condições de utilização da opção do justo valor, bem como as técnicas utilizadas para a valorização dos instrumentos financeiros. VI. OUTROS ASPETOS RELEVANTES NA DIVULGAÇÃO 26. Descrição das políticas e princípios de divulgação O NB dos Açores, no contexto da sua política de divulgação de informação de natureza contabilística e financeira, visa dar satisfação a todos os requisitos de natureza regulamentar, sejam eles instituídos pelas normas contabilísticas em vigor ou pelas entidades de supervisão e de regulação do mercado. Paralelamente, procura alinhar as suas divulgações pelas melhores práticas do mercado, atendendo por um lado, ao custo na captação da informação relevante e, por outro, dos benefícios que a mesma pode proporcionar aos diversos utilizadores. De entre o conjunto de informação disponibilizada aos seus acionistas, clientes, colaboradores, entidades de supervisão e ao público em geral, destacam-se o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras e respetivas Notas Explicativas. O Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras são preparados de acordo coma as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), definidas pelo Banco de Portugal, e que se traduzem na aplicação às demonstrações financeiras das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal como adotadas pela União Europeia, conferindo um elevado grau de transparência à informação divulgada bem assim como de comparabilidade. Relatório e Contas de 2014 149 3 - Certificação Legal e Relatório do Revisor Oficial de Contas Relatório e Contas de 2014 150 Relatório e Contas de 2014 151 Relatório e Contas de 2014 152 4 - Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Relatório e Contas de 2014 153 Relatório e Contas de 2014 154 Relatório e Contas de 2014 155 Relatório e Contas de 2014 156 III INFORMAÇÃO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE 1 – Participações qualificadas no capital social do NB dos Açores Participações qualificadas no capital social do Novo Banco dos Açores em 31 de dezembro de 2014. Dez.14 Nº acções % C a p it a l So cia l co m d ir eit o d e vo t o Novo Banco, SA 2.144.191 57,5236% Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada 1.118.263 30,0003% Bensaúde Participações, SGPS, SA 372.750 10,0000% 3.635.204 97,5239% P articipações Qualificadas Total 2 – Acionistas titulares de direitos especiais Identificação dos acionistas titulares de direitos especiais e descrição desses direitos Não existem acionistas titulares de direitos especiais. Relatório e Contas de 2014 157 3 – Restrições em matéria de direito de voto Eventuais restrições em matéria de direito de voto, tais como limitações ao exercício do voto dependente da titularidade de um número ou percentagem de ações, prazos impostos para o exercício do direito de voto ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial Tem direito a voto o acionista titular de, pelo menos, duzentas ações, inscritas em seu nome em conta de registo de valores mobiliários até ao décimo quinto dia anterior ao designado para a reunião da Assembleia Geral, comprovando tal inscrição perante a sociedade, até às dezoito horas do quinto dia útil anterior ao designado para a reunião. Os acionistas que não possuam o número de ações necessário para terem direito de voto poderão agrupar-se de forma a perfazê-lo, devendo designar por acordo um só de entre eles para os representar na Assembleia Geral. Não é admitido o voto por correspondência, salvo nos casos previstos em disposição legal imperativa. Não existem restrições ao exercício do direito de voto ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial. Existe um acordo parassocial entre os dois maiores acionistas do Novo Banco dos Açores, o Novo Banco, S.A. e a Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, nos termos do qual, entre outras matérias, são estabelecidos direitos de preferência recíprocos na alienação de ações do NB dos Açores. 4 – Nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e alteração dos estatutos da sociedade Regras aplicáveis à nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e à alteração dos estatutos da sociedade Os membros dos órgãos de administração e de fiscalização são eleitos em Assembleia Geral de Acionistas. Não existem regras específicas da sociedade para a falta ou impedimento definitivos de qualquer Administrador, sendo prática do NB dos Açores que se proceda à cooptação de um substituto, que será ratificada na Assembleia Geral imediatamente subsequente. O mandato do novo Administrador terminará no fim do período para o qual o Administrador substituído tenha sido eleito. Relatório e Contas de 2014 158 A alteração dos estatutos do NB dos Açores, nos termos legais, é deliberada pela Assembleia Geral. As deliberações sobre alteração do contrato de sociedade devem ser aprovadas por dois terços dos votos emitidos, quer a Assembleia reúna em primeira quer em segunda convocação. 5 – Poderes do órgão de administração Poderes do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento de capital O Conselho de Administração tem a sua competência definida por lei e pelos estatutos do NB dos Açores, cabendo-lhes os mais amplos poderes de gestão, representando a sociedade, em juízo e fora dele. No NB dos Açores, o Conselho de Administração não tem competência para deliberar um aumento de capital. Qualquer aumento de capital necessita de aprovação em Assembleia Geral, por proposta do Conselho de Administração. 6 – Sistemas de controlo interno e de gestão de risco Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira O Novo Banco dos Açores detém um sistema de controlo interno (SCI), cuja gestão está confiada ao Departamento de Compliance. Neste âmbito, a sua missão passa por gerir o SCI de forma eficiente e eficaz, monitorizar os riscos e controlos, reportar externamente às entidades de supervisão e, internamente, ao Conselho de Administração, ao Conselho Fiscal, às restantes estruturas responsáveis pela e monitorização do SCI do NB, aos sponsors dos processos de negócio, de suporte e tecnológicos. No Novo Banco dos Açores, o controlo dos riscos está organizado de forma a abranger os riscos de crédito, de mercados, de liquidez, de taxa de juro, de taxa de câmbio, operacional e de compliance. As principais estruturas que se dedicam à prevenção e controlo dos riscos na atividade, são o Comité de Risco, a Comissão de Análise de Risco de Crédito, o Grupo de Acompanhamento de Risco, o Departamento de Risco Global, o Departamento de Compliance e o Departamento de Auditoria Interna. Relatório e Contas de 2014 159 IV ANEXOS Anexo 1 – Política de remuneração Política de remuneração dos órgãos sociais do Novo Banco dos Açores, S.A. (o «NBA») aprovada na Assembleia Geral de 25 de março de 2015 Política de remuneração dos órgãos sociais do Novo Banco dos Açores, S.A. (o «NBA») Política de remuneração dos órgãos sociais do NBA 1. Processo de aprovação da política de remuneração a) Aprovação A atual política de remuneração dos órgãos sociais do NBA foi aprovada, pela primeira vez, pela Comissão de Vencimentos em onze de fevereiro de 2010, tendo sido proposta e aprovada novamente nas Assembleias Gerais de vinte e oito de março de 2011, vinte e sete de março de 2012, 26 de março de 2013 e 27 de março de 2014. b) Mandato da Comissão de Vencimentos Nos termos do artigo vigésimo terceiro do contrato de sociedade, compete à Comissão de Vencimentos estabelecer a remuneração dos Administradores do NBA. A comissão de Vencimentos é atualmente composta por dois membros, eleitos em Assembleia Geral de 31 de dezembro de 2014. O mandato da Comissão de Vencimentos é de 3 anos, terminando o atual mandato em 2016. c) Composição da Comissão de Vencimentos Vitor Manuel Lopes Fernandes Licenciado em Gestão pela Universidade Católica Portuguesa. Administrador do Novo Banco, S.A.. Relatório e Contas de 2014 160 Francisco Marques da Cruz Vieira da Cruz Advogado. Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa. Nenhum dos membros da Comissão de Vencimentos do NBA é membro do órgão de administração, ou tem qualquer vínculo familiar com algum dos seus membros. Encontra-se presente em cada Assembleia Geral de Acionistas um representante da Comissão de Vencimentos. d) Consultores externos Não foram contratados quaisquer consultores externos para a definição da política de remuneração dos órgãos sociais do NBA. 2. Remuneração dos membros da Mesa da Assembleia Geral Os membros da Mesa da Assembleia Geral não são remunerados. 3. Membros do órgão de fiscalização Os órgãos de fiscalização do NBA são o Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas. O Conselho Fiscal é eleito pela Assembleia Geral do NBA para mandatos de 3 anos sendo composto por 3 membros efetivos e um suplente, sendo o Presidente designado pela Assembleia Geral. Os membros do Conselho Fiscal auferem uma remuneração mensal fixa paga doze vezes ao ano. O Revisor Oficial de Contas (o efetivo e o suplente) é eleito pela Assembleia Geral por proposta do Conselho Fiscal, para mandatos trienais. Relativamente ao Revisor Oficial de Contas efetivo, a sua remuneração é efetuada de forma independente e enquadrada por via do contrato de prestação de serviços de revisão de contas com o Grupo Novo Banco, estando dessa forma em linha com as práticas do mercado. O Revisor Oficial de Contas suplente não é remunerado. 4. Membros não executivos do Conselho de Administração Os membros não executivos do Conselho de Administração não são remunerados. Os membros que desempenhem funções executivas em órgãos de administração de sociedades em relação de domínio e/ou de grupo com o NBA, ou que exerçam funções específicas por indicação do Conselho de Administração do NBA, poderão ser remunerados pelas referidas sociedades ou pelo NBA, de acordo com o relevo das funções desempenhadas. 5. Membros da Comissão Executiva a) Diferenciação de remuneração Todos os membros da Comissão Executiva auferem remunerações diferenciadas, de acordo com os respetivos percursos profissionais, funções desempenhadas e experiência profissional. Os membros que desempenhem funções executivas em órgãos de administração de sociedades em relação de domínio e/ou de grupo com o NBA, ou que exerçam funções específicas por indicação do Conselho de Administração do NBA, poderão ser remunerados pelas referidas sociedades ou pelo NBA, de acordo com o relevo das funções desempenhadas. Relatório e Contas de 2014 161 b) Composição da remuneração A remuneração comporta uma parte fixa e, eventualmente, uma parte variável. A remuneração dos membros da Comissão Executiva é fixada todos os anos até ao final de março, nomeadamente tendo como base a avaliação do desempenho do exercício anterior. c) Limites da remuneração A parte fixa terá os limites que forem fixados pelo órgão competente e representará aproximadamente 80% da Remuneração Total Anual. A parte fixa é composta pelo vencimento dos membros da Comissão Executiva e por outros subsídios que são atribuídos a todos os colaboradores do NBA. A parte variável para 2015 tem o limite máximo de 20% da remuneração total, não podendo exceder 5% dos lucros líquidos do exercício. d) Equilíbrio na remuneração A parte fixa representará aproximadamente 80% do total da remuneração, sendo os restantes 20% atribuídos como parte variável sempre que o resultado líquido anual seja positivo. Parte Fixa (ca. 80%) Remuneração Total Anual Parte Variável (ca. 20%) A parte variável da remuneração será calculada no início de cada ano pela Comissão de Vencimentos em função dos seguintes fatores: - Cumprimento dos principais objetivos constantes do Orçamento Anual do ano anterior, aprovado pelo Conselho de Administração: o Resultado Líquido do Exercício, o Cost-to-Income (rácio entre os custos operativos e o produto bancário total) e o Return-on-Equity (rácio entre o resultado líquido e capitais próprios); - Desempenho segundo critérios não financeiros, incluindo o desempenho individual de cada membro da Comissão Executiva e a evolução de indicadores associados à sustentabilidade do crescimento do Banco (nomeadamente o rácio de crédito / depósitos, o rácio de Core Tier 1), os principais indicadores de Qualidade de Serviço, bem como o cumprimento das principais regras associadas à atividade da instituição. e) Mecanismos de Limitação da Remuneração Variável A parte variável da remuneração apenas será atribuída, se até à data da sua colocação a pagamento, no ano subsequente ao do seu apuramento, for sustentável à luz da situação financeira do NBA e se justificar tendo em conta o desempenho financeiro do NBA e de cada um dos seus administradores executivos, não se verificando uma degradação estrutural do desempenho do NBA. Cabe à Comissão de Vencimentos verificar e determinar a existência de uma Relatório e Contas de 2014 162 degradação estrutural que consistirá, nomeadamente, na redução da rentabilidade dos capitais próprios (“Return-on-Equity”) para níveis inferiores a 5%. A parte variável da remuneração poderá ser reduzida ou mesmo retida pelo NBA, nos casos em que o desempenho financeiro da instituição regrida ou seja negativo e, ainda, em casos em que da conduta do administrador tenham resultado perdas significativas para a instituição, ou quando este tenha deixado de cumprir os critérios de adequação e idoneidade. f) Critérios para a avaliação de desempenho A avaliação dos administradores executivos assenta tem por base os critérios financeiros e não financeiros seguintes: “Cost-to-Income” (rácio entre os custos operativos e o produto bancário total) , indicador que traduz a atividade operacional do Banco, e que mede a capacidade de geração de receitas face aos custos operativos incorridos; Resultado Líquido do Exercício, indicador que traduz o contributo para os acionistas, já deduzido de dimensões não capturadas no Cost-to-Income, em particular o custo do risco, os impostos e os interesses minoritários; “Return-on-Equity” (rácio entre o resultado líquido e os capitais próprios), indicador que mede a rentabilidade proporcionada em face do volume investido pelos acionistas; Desempenho individual de cada membro da Comissão Executiva, por forma a identificar o contributo relativo de cada administrador executivo para o resultado global do NBA, o que está refletido, de forma objetiva, na análise do desempenho das funções e departamentos que estejam sob a sua responsabilidade, para além do contributo individual às decisões tomadas a nível colegial; Rácio de crédito / depósitos, que qualifica o grau de equilíbrio da trajetória de crescimento do NBA, e permite aferir se esse crescimento assegura o cumprimento dos requisitos regulamentares de desalavancagem estabelecidos para o setor financeiro em Portugal; Rácio de Core Tier 1, principal indicador para aferir a solvabilidade do ponto de vista prudencial (com referências estipuladas tanto pelo Banco de Portugal como pela Autoridade Bancária Europeia); Indicadores de Qualidade de Serviço, por forma a incorporar a opinião de base de clientes do NBA sobre o grau de proteção dos seus interesses; Cumprimento das principais regras associadas à atividade da instituição, avaliação a efetuar pelas funções de controlo interno que evidenciam eventuais desconformidades nas áreas de risco, auditoria interna e de compliance e as medidas implementadas/concretizadas para sanar tais insuficiências, as quais são reportadas ao Banco de Portugal. g) Critérios em que se baseia a manutenção pelos administradores executivos das ações que lhes tenham sido atribuídas Não são atribuídas quaisquer ações ou opções sobre ações aos administradores executivos do NBA. h) Critérios em que se baseia a eventual celebração de contratos relativos às ações atribuídas Não são atribuídas quaisquer ações ou opções sobre ações aos administradores executivos do NBA. Relatório e Contas de 2014 163 i) Os principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários Não existem outras formas de remuneração para além da remuneração fixa e variável descritas na presente política de remuneração. j) Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e ou de pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e ou participação nos lucros foram concedidos Não existem outras formas de remuneração para além da remuneração fixa e variável descritas na presente política de remuneração. k) Indemnizações pagas ou devidas a ex-membros executivos do órgão administração relativamente à cessação das suas funções durante o exercício de Não foram pagas nem são devidas quaisquer indemnizações a antigos membros da Comissão Executiva relativamente à cessação das suas funções. l) Limitações contratuais previstas para a compensação a pagar por destituição sem justa causa do administrador e sua relação com a componente variável da remuneração Não existem quaisquer acordos que fixem montantes a pagar a membros da Comissão Executiva em caso de destituição sem justa causa. m) Principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, com indicação se foram sujeitas a apreciação pela Assembleia Geral O NBA não tem acordos que prevejam regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada. n) Estimativa do valor dos benefícios não pecuniários relevantes considerados como remuneração não abrangidos nas situações anteriores Não são atribuídos aos administradores do NBA quaisquer benefícios não pecuniários de relevo. 6. Regras aplicáveis a todos os membros do órgão de administração a) Pagamentos relativos à destituição ou cessação por acordo de funções de administradores Não existem quaisquer pagamentos previstos em caso de destituição de administradores e qualquer cessação por acordo carece, no que respeita aos montantes envolvidos, de ser previamente aprovada pela Comissão de Vencimentos. b) Montantes pagos em 2014 aos membros dos órgãos sociais, incluindo os montantes pagos a qualquer título por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo Relatório e Contas de 2014 164 i. Membros dos órgãos sociais (com exceção da Comissão Executiva) Valores em unidades de euro Novo Banco dos Açores Fixa Conselho Fiscal José Maria Ribeiro da Cunha 0 0 2.900 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (b) 1.500 0 0 1.500 (b) 600 António Maurício do Couto Tavares Sousa José Manuel dos Santos Gaudêncio Octaviano Geraldo Cabral Mota Total 2.900 (a) Rui Pedro Maco Ferreira Bento Variável Subsidios e Outros Vencimentos (c) (c) 600 0 0 (e) 0 0 0 0 (a) (e) 800 0 0 800 Administradores não Executivos 0 84.477 0 84.477 Jaime José Matos da Gama 0 75.000 0 75.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2.245 0 2.245 0 1.995 0 1.995 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1.995 0 1.995 1.995 Carlos Jorge Leitão Santos Luís Paulo Elias Pereira José João Guilherme (a) (c) José Eduardo de Bettencourt (c) Luis Miguel Cordeiro Guimarães de Carvalho José Francisco Gonçalves Silva Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa Augusto de Athayde Soares d'Albergaria João Eduardo Moura da Silva Freixa (d) (f) (e) João Maria de Magalhães Barros de Melo Franco 0 1.995 0 (b) 0 0 0 0 (a) (e) 0 1.247 0 1.247 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Comissão de Vencimentos 0 0 0 0 António José Batista do Souto 0 0 0 0 Rui Manuel Duarte Sousa da Silveira 0 0 0 0 2.900 84.477 0 87.377 Luis Filipe Pinto Basto Bensaúde Luís Manuel do Couto Pacheco (e) Mesa Assembleia Geral Francisco Marques da Cruz Vieira da Cruz Octaviano Geraldo Cabral Mota (a) João Afonso Pereira Gomes da Silva Rui Manuel Duarte Sousa da Silveira Luis Paulo Elias Pereira (c) (c) (e) (b) Maria Madalena França Silva Quintanilha Mantas Moura (e) Total Órgãos Sociais s/ Comissão Executiva (a) Eleitos em Assembleia Geral de 27/03/2014 (b) Não reconduzidos nos cargos (c) Eleitos em Assembleia Geral de 7 de outubro de 2014 (d) Designada, por cooptação, em 28 de outubro de 2014 (e) Apresentaram o pedido de renuncia aos cargos (f) Falecido em fevereiro de 2014 ii. Membros da Comissão Executiva Valores em unidades de euro Novo Banco dos Açores Fixa Vencimentos Gualter José Andrade Furtado António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues (a) Gustavo Manuel Frazão de Medeiros Manuel Henrique Carvalho Rodrigues (b) Total Comissão Executiva Variável Subsidios e Outros Total 159.281 2.050 0 161.330 79.727 2.071 0 81.798 92.578 2.041 0 94.619 26.767 316 0 27.083 358.353 6.478 0 364.831 (a) Eleito em Assembleia Geral de 27/03/2014 (b) Não reconduzido no cargo Relatório e Contas de 2014 165 Anexo 2 – Extrato da Ata da Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos Açores Extrato da Ata nº 19, da Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos Açores realizada em 25 de março de 2015 No dia vinte e cinco de Março de dois mil e quinze, reuniu às dezasseis horas, nos termos do número 7 do artigo 12º dos Estatutos, com utilização de meios telemáticos (videoconferência) a Assembleia Geral Anual do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.", tendo a sociedade assegurado a segurança das comunicações, procedendo-se através da presente ata ao registo do respetivo conteúdo e à identificação dos intervenientes. A Presidência da Assembleia Geral foi assumida pelo Sr. Dr. Francisco Marques da Cruz Vieira da Cruz na qualidade de Presidente da Mesa da Assembleia Geral, presente na sede do “NOVO BANCO, S.A.” e na ausência do Secretário da Mesa da Assembleia Geral, foi designada pelo Presidente da Mesa, com a concordância de todos os acionistas, para secretariar a reunião a Sra. Dra. Maria Carolina Soares Carreiro, presente na sede do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A." Na sede social sita na Rua Hintze Ribeiro, números dois a oito, em Ponta Delgada, estiveram presentes, o Sr. Octaviano Geraldo Cabral Mota, na qualidade de Vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral, o Sr. Dr. José João Guilherme em representação do NOVO BANCO, S.A., o Sr. Dr. José Francisco Gonçalves Silva em representação da Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, o Sr. Dr. António Bensaúde de Castro Freire em representação da “Bensaúde Participações, SGPS, S.A.”, o Sr. Nélson de Jesus Tavares Correia em representação da Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande, o Sr. Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros em representação da Santa Casa da Misericórdia de Nordeste, o Sr. Dr. Gualter José Andrade Furtado, em representação e do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. e ainda na qualidade de Presidente da Comissão Executiva do NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A., o Sr. Dr. Jaime José Matos da Gama, na qualidade de Presidente do Conselho de Administração, o Sr. Dr. António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues, na qualidade de Vice-Presidente da Comissão Executiva, o Sr. Dr. Dr. José Maria Rego Ribeiro da Cunha, na qualidade de Presidente do Conselho Fiscal, os Sr.s Relatório e Contas de 2014 166 Dr.s António Maurício Couto Tavares Sousa e José Manuel dos Santos Gaudêncio na qualidade de Vogais do Conselho Fiscal e ainda o Revisor Oficial de Contas, PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda., representada por José Manuel Henriques Bernardo e Carlos José Rodrigues. A Assembleia Geral Anual do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A." reuniu a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem de Trabalhos: 1. Relatório de Gestão, o Balanço e os restantes documentos de prestação de contas, relativos ao exercício de 2014. 2. Proposta de aplicação de resultados. 3. Apreciação geral da administração e fiscalização. 4. Apreciação das declarações da Comissão de Vencimentos e do Conselho de Administração sobre, respetivamente, a política de remunerações do órgão de administração e fiscalização e dos demais dirigentes. 5. Designação de novos membros do Conselho Consultivo para o mandato em curso (2014/2016). O Presidente da Mesa começou por cumprimentar os representantes das acionistas e também os membros dos órgãos sociais presentes. De seguida verificou a conformidade dos mandatos de representação e referiu que se encontravam presentes e devidamente representados acionistas titulares de 3.712.689 ações, correspondentes a 99,6027% do capital social e que a presente Assembleia havia sido regularmente convocada, mediante convocatória publicada no dia vinte e quatro de Fevereiro no sítio das publicações On-Line da Direcção Geral dos Registos e do Notariado. O Presidente da Mesa referiu, ainda, também ter sido publicada no dia treze de Março, respetivamente, nos jornais “Açoriano Oriental” e “Correio dos Açores” a relação dos acionistas cujas participações excedem 2% do capital social. Disse, ainda, estarem reunidas as condições legais e estatutárias para que a presente Assembleia Geral reúna e validamente delibere sobre todas as propostas constantes da sua Ordem de Trabalhos, tendo a documentação à mesma inerente estado depositada, na sede da sociedade, e compilada em dossier próprio, para consulta dos acionistas, nos quinze dias que antecederam a sua realização. De seguida, declarou iniciados os trabalhos perguntando, se alguém entre os presentes pretendia usar da palavra. Como ninguém quis tomar a palavra, o Presidente da Mesa procedeu à leitura da proposta, apresentada pelo Conselho de Administração, de aprovação do Relatório de Gestão e das Contas do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.” relativas ao exercício de 2014 (…) O Presidente da Mesa pôs então à votação a proposta de aprovação do Relatório de Gestão e das Contas do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.” relativo ao exercício de 2014, tendo a mesma sido aprovado por unanimidade de votos dos acionistas da sociedade, presentes e representados nesta Assembleia Geral, e em consequência aprovados, tanto na generalidade como na especialidade, os documentos de prestação de contas relativos ao exercício de 2014. Relatório e Contas de 2014 167 Passando-se ao ponto número dois da ordem de trabalhos, o Presidente da Mesa procedeu à leitura da proposta de aplicação de resultados constante do Relatório do Conselho de Administração do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.” que se transcreve: “PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS Nos termos da alínea f) do nº 5 do Art.º 66º e para efeitos da alínea b) do nº 1 do Artº. 376º do Código das Sociedades Comerciais e em conformidade com o Artº. 28º dos Estatutos, o Conselho de Administração do “ NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A." propõe para aprovação na Assembleia Geral, que o prejuízo apurado no exercício de 2014, no montante de 2.120.768,18 euros, seja integrado na rubrica de “outras reservas e resultados transitados” do balanço. O Presidente da Mesa pôs à votação a proposta de aplicação de resultados relativa ao exercício de dois mil e catorze, tendo a mesma sido aprovada por unanimidade de votos dos acionistas, presentes e representados, nesta Assembleia Geral. Entrando-se na apreciação do assunto constante do ponto número três da Ordem de Trabalhos que decorre de uma obrigação de natureza legal, o Presidente da Mesa procedeu à leitura da proposta que se encontra na mesa subscrita pelo acionista “NOVO BANCO, S.A.” (…) (…) foi a referida proposta posta à votação tendo sido aprovada por unanimidade de votos dos acionistas, presentes e representados, nesta Assembleia Geral. Passando-se à apreciação do assunto constante do ponto quatro da ordem de trabalhos, o Presidente da Mesa perguntou aos presentes se tinham conhecimento do conteúdo do documento elaborado pela Comissão de Vencimentos relativo à política de remunerações do órgão da administração e fiscalização e dos demais dirigentes do NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A., que se encontra junto à documentação relativa a esta Assembleia Geral. A esse propósito, o Presidente da Mesa referiu que em relação aos “demais dirigentes” a politica não se aplica no caso do NOVO BANCO DOS AÇORES, por não existirem cargos dirigentes relevantes. Como todos os presentes confirmaram ter conhecimento do conteúdo do referido documento, foi dispensada a sua leitura, sendo o mesmo transcrito no texto desta ata: (…) A Declaração da Comissão de Vencimentos sobre a Política de Remunerações dos Órgãos Sociais do Banco foi posta à votação tendo sido aprovada por unanimidade de votos dos acionistas, presentes e representados, nesta Assembleia Geral. Finalmente entrou-se na apreciação do último ponto da Ordem de Trabalhos. O Presidente da Mesa referiu que o Conselho Consultivo é um órgão não estatutário instituído pelos acionistas, que tem por atribuição acompanhar e pronunciar-se sobre aspetos da atividade do Banco relativamente aos quais o seu Conselho de Administração entenda ouvir a sua opinião, é um órgão próprio do NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A. e as suas atribuições encontram-se consagradas em Regulamento próprio. De seguida, procedeu à leitura da proposta, relacionada com este Órgão, que se encontra na mesa subscrita pelo Presidente do Conselho de Administração do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.” (…) (…) foi a referida proposta posta à votação tendo sido aprovada por unanimidade de votos dos acionistas, presentes e representados, nesta Assembleia Geral. Relatório e Contas de 2014 168 Nada mais havendo a deliberar o Presidente da Mesa deu por encerrada a sessão tendo da mesma sido lavrada a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente da Mesa e por mim que na qualidade de Secretária a elaborei. Relatório e Contas de 2014 169