VITORINO NEMESIO OBRAS COMPLETAS Vol. Ill Caderno de Caligraphia e outros poemas a Marga Edição de Luiz Fagundes Duarte IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA LISBOA 2003 [27] [28] [291 [30] [31] [32] [33] [34] [351 [36] [37] [38] [39] [40] [41] [42] [43] [44] [45] [46] [47] [48] [491 [50] [51] [52] 153] Segundo é voz, tens um apartamento secreto Acalmei do poema das cinco da madrugada Faço horas para o Aeroporto, Já n o Aeroporto. Outro poema de espera, OUTRO [Um par abraça-se e tinge] SÁTIRA [Da Rua da Amargura, hoje da Angústia,] Pelos trilhos de mim caminho ardente Alta Costura. Angústia imoderada Dorme a meu lado quietinha Noite em branco a pontos negros O PUNHAL [Um punhal de cristal no retrato da morta,] Hipnótico amargo, vem! MORS-AMOR, Morse-amor teleguiado, Teu só sossego aqui contigo ausente O «Bléchnum Brasiliense», TELEPOEMA [Faltei à fala nocturna] Tira a máscara. Escreve Business woman és, e isso me custa A CARTOMANTE [Com «pensamentos d e corpo»] A CARTOMANTE (II) [Oh! No q u e a gente se mete!] Só hoje ouvi o sino dos Anjos, Marga! Neste tórrido Agosto, onde? a Marga de Maio? PEDRA DE CANTO [Ainda terás alento e pedra de canto,] Vem, Macaca de Fogo, Tímido te espero Fui sozinho aos Mosteiros, 2." Caderno de Caligraphia. Offereçido à menina Margarida Victória pelo seu menor criado e bem querido Victorino Nemésio [54] [55] [56] [57] Oh Ilha de Sã Miguel I E do Senhor Santo Cristo, Feliz o cristal dos padres Margarida azul-celeste, Margarida, flor de Março OUTROS POEMAS A MARGA Romances da Filha de Ayres Corrêa [58] A filha de Ayres Corrêa I (Ripipi, orgasmo de anjo, [59] [60] [61] Já não há vizinhos na minha rua, A filha de Aires Corrêa I Não tem sono à meia-noite. OUTRO [À uma hora da manhã,] 12 [62] O céu da Vila da Praia [63] A filha de Ayres Corrêa, I Alma da Vila da Praia, [ Rascunhos para mais Romances da Filha de Ayres Corrêa ] [64] A filha de Ayres Correia I Nasceu em mil e quinhentos [65] [66] [67] [68] Quando os carros do Saldanha, A SANTINHA [Lá em qualquer vila alçada] Se à fama da vera história A filha de Aires Correia I Imponderável, ciranda. [ À Ilha de São Miguel ] [69] [70] [71] [72] [73] O h Serra d e Água d e Pau, O h Ilha d e São Miguel, I Verde e m bagacina escura, Casas d e Porto Formoso, O h Ilha d e São Miguel, I Como à Terceira te quero: O h Ilha d e São Miguel, I Nunca tinha reparado: [74] CORISCO DE ILHA [Corisco d e ilha,] [751 [76] Oh Oh do Oh Oh [77] [78] Ilha d e São Miguel, I Alta d o Pico da Vara, Ilha d e Sã Miguel, I Q u e eu n ã o d e v o rimar sempre c o m Ponta Amei, Ilha d e Sã Miguel, I Nasces d e lava e água, Ilha d e Sã Miguel, cotada n o s livros d o s ingleses [ Poemas Soltos ] [79] [80] [81] [82] [83] [84] [85] [86] [87] [88] [891 [90] [91] [92] [93] [94] [95] Com tojo a arder n o s taludes MARGARIDA VAI À FONTE... [Olha lá! Tu q u a n d o vens?] Até n o carro te canto, Q u a n d o n o breve esquife, a c h u m b o e m o g n o , B. N. U. [Ando n o s cheques, chiques, choques,] Aníbal guarda a Victória d e Cartago O p o e m a e m q u e te busco é a minha rede, Faz-me u m a falta negra Margarida ausente Com padres na Fajã, bibelots n o salão, Eu sou amigo d o Conde Os anos são d e Margarida: Pensei u m p o e m a Morse Nevrítico, reumático, esmoreço Margarida e Natália falam-me d e Lisboa, d e urgência Os c o n c u n h a d i n h o s d e Valladolid Marga, teu busto tufa, 13 [96] [97] [98] [99] [100] [101] [102] [103] [104] [105] [106] [107] [108] [109] [110] [111] [112] [113] [114] [115] [Il6] Já não escreverei romances Ainda que de cera, Marga, fosses, Num joelho cromático de papá As camélias guardam segredo, Fui hoje à Caixa, Marga, receber Agora é D. Dinis director de programas A nossa intimidade a três ou quatro é constrangida. Vieste com a pele de lince: Gostava de sentir-te a hora do assaz, e como. Consolação não há, Margarida, Fogos postos do adeus, ameaça de corpos separados [I] Estendo-te, Marga, as palavras pascais, II Marga, na Ilha o Padre não tilinta Venham os nomes tíbios, Usa a minha dor com regra Doente é o que lhe dói Eu não quero adormecer, Marga não é a cicatriz na cara -Seja a terra da Terceira A BODA [Lá vai o lacaio na ponta da unha,] Tenho uma saudade tão braba [ Treze Poemas Secretos ] [117] No cabeleireiro chie [118] MARGARIDINHA COSTUREIRA [Margaridinha do Monte,] [119] [120] [121] [122] [123] [124] [125] [126] [127] [128] [1291 Nel Aeropuerto de Barajas Compraste uma tanga cara Trocaste o teu biquini Na tua festa de fogo Au réveil tu me dis: — J e vais sur Ia terrasse: Deux colombes se disputem Je te mangerai, en pomme Não tiveste paciência Esse teu cabeleireiro El regalo de cadena Mudaste de penteado, APARATO ÍNDICES de primeiros versos de datas de variedades 14