UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CATIA DENISE MATTE CIOTTI ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA MULTIMARCAS IJUÍ (RS) 2012 1 CATIA DENISE MATTE CIOTTI ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA MULTIMARCAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao DACEC da UNIJUI, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis . Profª. Orientadora: Euselia Paveglio Vieira IJUÍ (RS) 2012 2 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida; Aos meus pais, que me proporcionaram a vida em família com muito carinho, amor, compreensão, apoio e ajuda que sempre me deram para que conseguisse realizar meus objetivos; A minha irmã, pelo grande amor, apoio e compreensão; Ao meu namorado, pelo amor e carinho, e por estar sempre ao meu lado me apoiando; Aos professores que contribuíram de forma relevante para a minha formação, em especial a Professora Eusélia Vieira pelo acompanhamento e orientação deste trabalho de conclusão; A todos os meus amigos e amigas, pelo companheirismo e verdadeira amizade. Enfim, a todos, que de um modo ou de outro, contribuíram para a concretização do curso. Muito obrigada a Todos! 3 SUMÁRIO LISTA DE QUADROS ................................................................................................. 5 LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... 7 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO .................................................................. 9 1.1.1 Área de Conhecimento Contemplada ................................................................ 9 1.1.2 Caracterização da Organização ......................................................................... 9 1.1.3 Problematização do Tema................................................................................ 10 1.1.4 Objetivos .......................................................................................................... 11 1.1.4.1 Objetivo Geral ............................................................................................... 11 1.1.4.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 11 1.1.5 Justificativa ....................................................................................................... 12 1.1.6 Metodologia do Trabalho .................................................................................. 13 1.1.6.1 Classificação da Pesquisa............................................................................. 13 1.1.6.2 Plano de Coleta de Dados............................................................................. 15 1.1.6.3 Plano de Análise e Interpretação dos Dados ................................................ 17 2 REVISAO BIBLIOGRAFICA .................................................................................. 18 2.1 CONTABILIDADE GERENCIAL ......................................................................... 18 2.1.1 A Diferença entre a Contabilidade Gerencial e a Financeira ............................ 18 2.1.2 Funções da Contabilidade Gerencial ............................................................... 19 2.1.3 Áreas da Contabilidade Gerencial .................................................................... 20 2.1.4 O Papel do Contador Gerencial ....................................................................... 21 2.2 PLANO DE NEGÓCIOS...................................................................................... 22 2.2.1 Conceitos ......................................................................................................... 22 2.2.2 Razões para a Elaboração de um Plano de Negócios ..................................... 22 2.2.3 A quem se destina o Plano de Negócios .......................................................... 23 2.2.4 Tipos e Tamanhos sugeridos de Plano de Negócios ....................................... 24 2.2.5.1 Sumário Executivo ........................................................................................ 26 2.2.5.2 Descrição da Empresa .................................................................................. 27 2.2.5.3 Plano de Marketing........................................................................................ 27 2.2.5.4 Plano Financeiro ........................................................................................... 28 2.3 ATIVIDADE COMERCIAL .................................................................................. 29 2.3.1 Empresa Comercial: características ................................................................. 29 2.3.2 Composição dos Custos de Aquisição ............................................................. 29 2.3.3 Despesas Mensais ........................................................................................... 30 2.3.4 Formação de Preços de Vendas ...................................................................... 31 2.3.4.1 Formação do Preço de Venda utilizando o Mark-up ..................................... 32 2.4 INDICADORES DE ANÁLISE DE MERCADO ................................................... 34 2.4.1 Margem de Contribuição .................................................................................. 34 2.4.2 Ponto de Equilíbrio ........................................................................................... 36 2.4.3 Margem de Segurança ..................................................................................... 38 2.5 PROJEÇÕES E ORÇAMENTOS ........................................................................ 39 2.5.1 Classificação dos orçamentos .......................................................................... 40 4 2.5.2 Orçamento de Vendas...................................................................................... 40 2.5.3 Estratégias de Marketing .................................................................................. 42 2.6 MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ............................................... 43 2.6.1 Tempo de retorno de investimentos – Payback ............................................... 43 2.6.2 Valor presente líquido (VPL) ............................................................................ 44 2.6.3 Taxa interna de retorno (TIR) ........................................................................... 44 2.6.4 Índice de rotatividade do estoque ..................................................................... 45 2.7 FLUXO DE CAIXA .............................................................................................. 46 2.7.1 A Estrutura do Fluxo de Caixa .......................................................................... 47 2.7.2 Métodos de Geração de Fluxo de Caixa .......................................................... 48 3 ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA MULTIMARCAS .................................................................................... 50 3.1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE PRINCIPAL DA EMPRESA A SER IMPLANTADA........................................................................................................... 50 3.1.1 Estrutura Organizacional e Legal ..................................................................... 51 3.1.2 Estruturação Funcional, Diretoria, Gerencia e Equipe ..................................... 51 3.2 DESENVOLVIMENTO DAS ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO, MARKETING, FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO ........................................................................ 52 3.2.1 Análise da Atratividade do Negócio .................................................................. 53 3.2.2 Análise do Mercado (Produtos/Serviços, Concorrência, Clientes e Fornecedores) ........................................................................................................... 54 3.2.2.1 Estratégias de Marketing ............................................................................... 56 3.2.3 Análise de Oportunidades e Riscos ................................................................. 57 3.2.4 Características dos Consumidores x Forma de Venda .................................... 58 3.3 INVESTIMENTO INICIAL .................................................................................... 59 3.4 DESPESAS MENSAIS........................................................................................ 65 3.5 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ORIENTATIVO ...................................... 69 3.5.1 Métodos de formação de preço de venda das mercadorias ............................. 69 3.6 APURAÇÃO DOS INDICADORES DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO, PONTO DE EQUILÍBRIO, MARGEM DE SEGURANÇA E CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS. ............................................................................................................... 76 3.6.1 Métodos de análise de investimentos; payback, valor presente líquido, taxa interna de retorno ...................................................................................................... 83 3.6.1.1 Valor Presente Líquido .................................................................................. 83 3.6.1.2 Taxa Interna de Retorno................................................................................ 84 3.6.1.3 Payback......................................................................................................... 85 3.6.2 Índice de Rotatividade do Estoque ................................................................... 87 3.7 PROJEÇÃO DO RESULTADO ........................................................................... 88 3.7.1 Construção de Cenários ................................................................................... 89 3.7.2 Projeção do Fluxo de Caixa ............................................................................. 91 3.7.3 Projeção do Balanço Patrimonial ..................................................................... 94 3.8 INDICADORES FINANCEIROS .......................................................................... 95 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 99 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 102 5 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial ................................ 19 Quadro 2: Estrutura de um Plano de Negócios ......................................................... 25 Quadro 3: Cadastro de Fornecedores ....................................................................... 56 Quadro 4: Matriz FOFA ............................................................................................. 58 Quadro 5: Estimativa de Investimentos Pré-Operacionais ........................................ 59 Quadro 6: Estimativa de Investimento Fixo ............................................................... 60 Quadro 7: Custo do Estoque Inicial ........................................................................... 61 Quadro 8: Políticas de Vendas/Compras/Estoques .................................................. 62 Quadro 9: Estimativa de Investimento Inicial............................................................. 63 Quadro 10: Estimativa de Capital de Giro ................................................................. 64 Quadro 11: Estimativa do Custo com Pessoal: Salários e Encargos ........................ 65 Quadro 12: Estimativa do Custo com Depreciação ................................................... 66 Quadro 13: Resumo das Despesas Mensais ............................................................ 67 Quadro 14: Custo de Comercialização ...................................................................... 68 Quadro 15: Formação do Mark-up com Margem de Lucro ....................................... 70 Quadro 16: Formação do Mark-up sem Margem de Lucro ....................................... 71 Quadro 17: Formação do Preço de Venda ................................................................ 72 Quadro 18: Estimativa de Venda em Unidades e Faturamento com Vendas Mensal .................................................................................................................................. 74 Quadro 19: Apuração do Custo das Mercadorias Vendidas – CMV.......................... 77 Quadro 20: Margem de Contribuição com o Preço de Venda Orientativo ................. 78 Quadro 21: Margem de Contribuição com Preço de Venda Mínimo ......................... 80 Quadro 22: Ponto de Equilíbrio com Preço de Venda Orientativo............................. 81 Quadro 23: Margem de Segurança Operacional com Preço de Venda Orientativo .. 82 Quadro 24: Valor Presente Líquido ........................................................................... 84 6 Quadro 25: Taxa Interna de Retorno ......................................................................... 85 Quadro 26: Payback Simples .................................................................................... 86 Quadro 27: Payback Descontado.............................................................................. 86 Quadro 28: Giro dos Estoques .................................................................................. 87 Quadro 29: Giro dos Estoques em dias .................................................................... 87 Quadro 30: Demonstração do Resultado do Exercício ............................................. 88 Quadro 31: Construção de Cenários ......................................................................... 90 Quadro 32: Projeção do Fluxo de Caixa – Cenário Otimista ..................................... 92 Quadro 33: Projeção do Fluxo de Caixa – Cenário Pessimista ................................. 93 Quadro 34: Projeção do Balanço Patrimonial............................................................ 94 Quadro 35: Lucratividade .......................................................................................... 96 Quadro 36: Rentabilidade ......................................................................................... 96 Quadro 37: Prazo de Retorno de Investimento – Cenário Otimista........................... 97 Quadro 38: Prazo de Retorno de Investimento – Cenário Pessimista ...................... 97 7 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Organograma Empresarial ......................................................................... 52 Figura 2: Logamarca da empresa ............................................................................. 57 Figura 3: Custo das Mercadorias/ estoques .............................................................. 62 Figura 4: Estimativa de Investimento Total ............................................................... 64 Figura 5: Estimativa das Despesas Fixas Operacionais Mensais ............................. 68 Figura 6: Participação no Faturamento Mensal ......................................................... 75 8 1 INTRODUÇÃO A Contabilidade Gerencial tem como principal finalidade ser um instrumento de gestão, utilizando a contabilidade como um auxilio para a administração. O seu objetivo é a utilização da informação Contábil, para permitir a tomada de decisões no enfoque do planejamento, da gestão e do controle. A Contabilidade Gerencial é de suma importância nas empresas nos dias de hoje, onde a competitividade vem aumentando dia a dia, pois as informações gerenciais Contábeis são o início de uma tomada de decisões para o gerenciamento de uma empresa, que junto com os sistemas gerenciais Contábeis podem auxiliar os gerentes, funcionários, proprietários, a obterem uma maior organização, aperfeiçoando os processos e desempenho de suas empresas. O Plano de negócio é um instrumento de gestão, que deve ser usado sempre por quem deseja se transformar em um empreendedor de sucesso, pois é um documento que vai auxiliar a construir os objetivos, estabelecer diretrizes, gerenciar de forma mais eficaz, facilitando a identificação de oportunidades para seu diferencial no mercado, diminuindo os riscos e incertezas para o seu negócio. O presente Trabalho de Conclusão de Curso teve como finalidade elaborar e estruturar um plano de negócios para que se possa analisar a viabilidade da implantação de uma Loja Multimarcas. Assim, auxilia na evidenciação das oportunidades, e das possíveis dificuldades que podem ser encontradas pela empresa. Inicialmente o estudo apresenta a sua contextualização, onde foi definida a empresa para qual foi realizado o plano de negócio, com sua caracterização, o tema desenvolvido, o objetivo que tem por finalidade prever antecipadamente as situações da viabilidade de instalação, seguido da justificativa, e da metodologia do trabalho utilizado durante a sua realização. Em seguida, consta a revisão bibliográfica, baseada em pesquisas de livros, artigos e sites da internet, que define e conceituam por meio do conhecimento de diversos autores, informações sobre os assuntos necessários para a realização do estudo. Posteriormente, o relatório apresenta o desenvolvimento do plano de negócios, o seu estudo aplicado, contendo a descrição das atividades e estrutura da 9 empresa, bem como estratégias de marketing e formas de comercialização, também foi realizado um estudo mais prático, onde por meio de cálculos e planilhas foi analisada a viabilidade de implantação da empresa. Para finalizar, o estudo apresenta sua conclusão seguida da bibliografia consultada na sua realização. 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO Neste capítulo inicial, apresenta-se o tema estudado, que se refere à elaboração de um plano de negócios para a implantação de uma Loja Multimarcas, tendo como sua área de conhecimento, a contabilidade gerencial, seguido da problemática do estudo, dos objetivos, da justificativa e da metodologia utilizada no desenvolvimento do estudo. 1.1.1 Área de Conhecimento Contemplada A contabilidade possui diversos campos de atuação profissional, sendo uma delas a contabilidade gerencial, onde se estuda indicadores para o gerenciamento de negócios, facilitando o seu planejamento, controle, avaliação e tomada de decisão. Neste sentido, o desenvolvimento de um plano de negócios, antevê um estudo que contempla diversas áreas como vendas, marketing e financeira, as quais preveem situações da implantação do negócio. Sendo assim, o estudo tem como tema o desenvolvimento de um plano de negócios para a implantação de uma Loja Multimarcas, com marcas selecionadas. 1.1.2 Caracterização da Organização O plano de negócios elaborado é o de uma loja Multimarcas, com roupas femininas, masculinas e acessórios, sendo oferecido aos clientes roupas de marcas conceituadas do mercado atual, como Index, Lança Perfume, Biamar, Anselm, Pitti, Colcci entre outras. Suas atividades serão relacionadas ao público jovem, principalmente voltada ao público feminino. A empresa tem como objetivo apresentar aos seus clientes uma forma criativa de se vestir bem, tendo seu próprio estilo. Por se tratar de um público jovem, a 10 empresa se preocupa em manter-se sempre atualizada frente às tendências do mercado, sem fugir do seu padrão de qualidade e diferencial de preços, buscando oferecer um espaço amplo, com móveis arrojados, som ambiente, café para os clientes, partindo do pressuposto de que o atendimento e a confiabilidade do cliente são o que prevalece. A empresa se localizará no centro da cidade de Ijuí/ RS, sendo de fácil localização por parte dos clientes. Contará com a colaboração de duas funcionárias. O investimento inicial para a abertura da empresa será de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais) e a sua tributação pelo simples nacional. E a mesma pretende obter um faturamento mensal de R$ 65.000,00 (sessenta e cinco mil reais). 1.1.3 Problematização do Tema A contabilidade vem evoluindo e com essa evolução transformando seus profissionais Contábeis, não apenas em Contadores, mas em profissionais capazes de atuar como gestores dentro das organizações. Assim, podendo auxiliar as mesmas em seus procedimentos contábeis, mas principalmente em sua administração, em tomadas de decisões, e em análises de competitividade. A contabilidade gerencial tem como seu foco principal a gestão da empresa, transformando dados da contabilidade financeira e de contabilidade de custos em indicadores para a gestão de uma organização. A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a varias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na analise financeira e de balanços, etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório, (IUDICIBUS, 1998, p. 21). Um dos instrumentos da contabilidade gerencial é o plano de negócios, que é considerado o caminho mais seguro para quem deseja criar e gerenciar com qualidade uma empresa. O mesmo ajuda o empreendedor a analisar os riscos do mercado, a viabilidade econômica, também ajuda a estabelecer uma comunicação eficaz entre a empresa e seus fornecedores, clientes, bancos, entre outros. 11 O plano de negócio é um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. Sua elaboração envolve um processo de aprendizagem e alto conhecimento, e, ainda, permite o empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios, (DORNELAS, 2001, p. 96). Para Hisrich e Peters (2004, p. 210) o plano de negócio “é com freqüência uma integração de planos funcionais como os de marketing, finanças, produção e recursos humanos”. A empresa em estudo é uma loja de confecções femininas, masculinas e acessórios, de marcas renomadas no mercado. E o desenvolvimento desse plano de negócios contribuiu para a simulação de gastos, receitas, formas de abordagem dos clientes, entre outras. Nesta linha, questiona-se: De que forma o desenvolvimento de um plano de negócios pode contribuir na prevenção de riscos e incertezas decorrentes da implantação de uma loja multimarcas? 1.1.4 Objetivos A definição dos objetivos tem por finalidade definir a linha de pensamentos que se deve seguir para alcançá-los. Os objetivos são divididos em objetivo geral e objetivos específicos. 1.1.4.1 Objetivo Geral Desenvolver um plano de negócios contemplando as áreas envolvidas para implantação de uma loja, que prevê antecipadamente as situações de sua viabilidade de instalação. 1.1.4.2 Objetivos Específicos Os objetivos específicos são: • Revisar na literatura conceitos de contabilidade gerencial, plano de negócios, estruturas e modelos de planos; • Descrever a localização e estrutura da loja, • Definir as estratégias de comercialização e marketing; 12 • Elaborar as planilhas financeiras necessárias para o desenvolvimento do plano de negócios; • Avaliar a viabilidade da implantação do negócio. 1.1.5 Justificativa Devido ao mercado atual a cada dia estar mais competitivo, os empreendedores precisam estar sempre atentos às mudanças e procurar evoluir junto com elas. A contabilidade gerencial é de grande importância na administração das empresas, pois tem como objetivo facilitar o planejamento, controle e a tomada de decisão. E como sendo uma grande ferramenta gerencial, o plano de negócios é um instrumento que demonstra os objetivos de um negócio e quais as ações que precisam ser desenvolvidas para que esses objetivos possam ser alcançados. Assim, pode-se analisar a sua viabilidade e diminuir seus riscos. O plano de negócios é sem dúvida um dos melhores instrumentos de suporte para a abertura de uma empresa, e pelo fato do mercado estar tão competitivo, ele se torna indispensável para não ficar vulnerável com as bruscas variações que estão ocorrendo no mercado. Pois hoje em dia, o número de empresas que não possuem um bom planejamento e que encerram suas atividades antes dos dois anos ou até os cinco anos, é muito grande. Para mim na condição de formanda do Curso de Ciências Contábeis, com a realização desse trabalho de conclusão posso dizer que aprimorei meus conhecimentos desenvolvidos no decorrer do curso. E acima de tudo, a escolha desse assunto surgiu pela perspectiva de abrir o meu próprio negócio futuramente e assim empregar o conhecimento construído durante o estudo. Para a Universidade e demais alunos, o presente trabalho pode servir como uma importante fonte de pesquisa, pois pode ser utilizado como base para futuros estudos específicos nessa área. 13 1.1.6 Metodologia do Trabalho A metodologia da pesquisa define sua classificação, o plano de coletas de dados, o plano de análise e interpretação dos dados e a estrutura do trabalho de conclusão do curso. Segundo Diehl e Tatin (2004, p. 47) A metodologia pode ser definida como o estudo e avaliação dos diversos métodos, com o propósito de identificar possibilidades e limitações no âmbito de sua aplicação no processo de pesquisa cientifica. A metodologia permite, portanto, a escolha da melhor maneira de abordar determinado problema, integrando os conhecimentos a respeito dos métodos em vigor na diferentes disciplinas científicas. Na sequencia apresenta-se a classificação da pesquisa referente ao estudo proposto que é a elaboração de um plano de negócios. 1.1.6.1 Classificação da Pesquisa Na seqüência, apresenta-se a classificação da pesquisa quanto a sua natureza, objetivos, abordagem do problema e procedimentos técnicos: a) Do Ponto de Vista de sua Natureza A classificação da pesquisa quanto à natureza pode ser de duas formas: pesquisa básica ou pesquisa aplicada. Neste contexto, o estudo teve como objetivo a elaboração de um plano de negócio, onde sua maior característica é a aplicação prática de conhecimentos, o modelo de pesquisa abordado foi a pesquisa aplicada, que Gil conceitua da seguinte forma: A pesquisa aplicada, por sua vez, apresenta muitos pontos de contato com a pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e se enriquece com o seu desenvolvimento; todavia, tem como característica fundamental o interesse na aplicação, utilização e conseqüências práticas dos conhecimentos (GIL, 1999, p. 43) Para Vergara (2009, p. 43) “a pesquisa aplicada é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não. Tem, portanto, finalidade prática,...”. 14 b) Do Ponto de Vista de seus Objetivos A classificação da pesquisa quanto aos seus objetivos possui três grupos, sendo elas: exploratória, descritiva, explicativa. Esse estudo foi classificado como pesquisa exploratória e descritiva. Exploratória porque ajuda a desenvolver com mais clareza o assunto da pesquisa, e no aprimoramento de conceitos e ideias. Descritiva, pois esse estudo visa à elaboração de um plano de negócio e o mesmo auxilia na sua estruturação, utilizando-se de técnicas padronizadas para a coleta dos dados. Segundo (Gil, 1999, p. 43) “as pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”. Uma característica interessante da pesquisa exploratória consiste no aprofundamento de conceitos preliminares sobre determinada temática não contemplada de modo satisfatório anteriormente. Assim, contribui para o esclarecimento de questões superficialmente abordadas sobre o assunto, (BEUREN, 2004, p. 80). Segundo Gil apud Beuren (2004, p. 81) A pesquisa descritiva tem como principal objetivo descrever características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre as variáveis. Uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados. c) Quanto à Forma de Abordagem do Problema Quanto à abordagem do problema, apresentam dois tipos de pesquisa a qualitativa e a quantitativa, e o presente estudo classifica-se como pesquisa qualitativa, por não ter o uso de métodos e técnicas estatísticas e ter o ambiente natural como fonte de coleta de dados. Segundo Beuren (2004, p. 92) “na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado”. 15 d) Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos Do ponto de vista dos procedimentos técnicos a pesquisa pode ser: bibliográfica, documental, levantamento, estudo de caso e ação. Já a presente pesquisa classifica-se em bibliográfica que possui grande importância para o embasamento teórico do projeto, constituída principalmente de pesquisas em livros, artigos de periódicos. A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas, (GIL, 1999, p .65). E a outra forma de pesquisa é a de levantamento, que é indispensável para a elaboração de negócio, por se tratar de pesquisas de mercado, com a interrogação direta de pessoas. As pesquisas deste tipo se caracterizam pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para em seguida, mediante análise quantitativa, obter as conclusões correspondentes dos dados coletados (GIL, 1999, p. 70). 1.1.6.2 Plano de Coleta de Dados A coleta de dados é de grande importância para o estudo proposto, pois, ela vai demonstrar como foram coletadas as informações necessárias para a elaboração deste trabalho de conclusão de curso, para com as mesmas alcançar os objetivos desejados. O presente estudo contou com dados simulados, os quais foram buscados para se investigar os dados relativos aos investimentos necessários para a implantação de uma loja de roupas multimarcas, masculinas e femininas. Também teve como objetivo buscar informações relacionadas ao comportamento do mercado onde a empresa vai ser implantada, os seus concorrentes, fornecedores e principais características dos clientes que se deseja atingir. 16 As informações que foram alcançadas nesta coleta de dados auxiliam a empresa a buscar estratégias necessárias para alcançar o público alvo, visualizar os principais concorrentes e as características do mercado em si. a) Instrumento de Coleta de Dados De acordo com Beuren (2004, p. 128) “os instrumentos de pesquisa utilizados nos trabalhos monográficos dependem, num primeiro momento, dos objetivos que o investigador pretende alcançar e do universo a ser pesquisado”. O instrumento de coleta de dados que foi utilizado neste estudo é denominado de instrumento de observação. A observação é uma técnica que faz uso dos sentidos para a obtenção de determinados aspectos da realidade. Consiste em ver, ouvir e examinar os fatos ou fenômenos que se pretendem investigar. Contribui para o pesquisador obter a comprovação dos dados sobre os indivíduos observados, os quais, às vezes, não têm consciência de alguns fatos que os orientam em seu comportamento, (BEUREN, 2004, p. 128). O instrumento de Observação para esta pesquisa classifica-se em: observação assistemática, observação não-praticante, observação individual e observação na vida real. Na técnica de observação assistemática para Beuren (2004, p.129) “o pesquisador permanece abstraído à situação estudada, apenas observa de maneira espontânea como os fatos ocorrem e controla os dados obtidos”. Na técnica de observação não-praticante o pesquisador só irá presenciar o fato e não participar do mesmo. Na observação individual é somente uma pessoa que realizará a pesquisa, já a observação na vida real os fatos serão registrados à medida que irão ocorrendo. Para o bom desenvolvimento da pesquisa, foram buscadas estratégias de comercialização e marketing que podem auxiliar num maior conhecimento e entendimento do mercado externo, as mesmas foram realizadas por meio de pesquisas sobre logística, estoque, campanhas promocionais e atendimento ao cliente, para assim conhecer o mercado onde a empresa vai atuar, diminuindo o risco de variáveis que podem afetar a empresa. Também foram elaboradas planilhas financeiras para análise de indicadores necessários ao desenvolvimento do plano de negócios, simulando situações de 17 compras, vendas, que proporcionaram a base para a análise da viabilidade ou não de sua implantação. 1.1.6.3 Plano de Análise e Interpretação dos Dados Após realizar a coleta dos dados é necessário fazer a sua análise e interpretação para verificar se com eles é possível chegar ao objetivo proposto nesta pesquisa, ou seja, se é viável a implantação da empresa. Beuren (2004, p. 136) defende que: Quando se fala em analisar dados, espera-se que o estudante consiga sumariar os dados coletados para transformá-los em informações que sustentem um raciocínio conclusivo sobre o problema proposto no trabalho monográfico. Já na fase de interpretação dos dados, deverá haver uma correlação dos dados coletados com a base teórica que sustentou a pesquisa. E para saber a viabilidade da loja de multimarcas, a empresa para qual foi realizado este plano de negócio, foram realizados cálculos financeiros e projeções de receita e despesa, as quais foram confrontadas com os investimentos. 18 2 REVISAO BIBLIOGRAFICA A revisão bibliográfica serve como fundamentação teórica, proporcionando assistência e sustentação para a elaboração do relatório e posteriormente também serve como base para o desenvolvimento do estudo aplicado. E com a mesma foram buscadas definições, conceitos, fórmulas de autores conceituados na área, para sim aprimorar a realização do plano de negócios. 2.1 CONTABILIDADE GERENCIAL A contabilidade gerencial serve de grande auxilio na administração das empresas, pois suas tecnologias de estudo atuam em varias áreas da contabilidade, sempre obtendo seu maior enfoque no planejamento, controle e tomada de decisão. Segundo a Associação Nacional dos Contadores dos Estados Unidos (1992, p. 4) apud Padoveze (2000, p. 27). Contabilidade Gerencial é o processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras utilizadas pela administração para planejamento, avaliação e controle dentro de uma organização e para assegurar e contabilizar o uso apropriado de seus recursos. Para Lopes de Sá (1997, p. 29) Contabilidade Gerencial é: “O conjunto de conhecimentos contábeis organizado para observar o objeto da ciência contábil sob o aspecto administrativo, notadamente sob os da tomada de decisões e políticas do governo da riqueza aziendal”. 2.1.1 A Diferença entre a Contabilidade Gerencial e a Financeira A contabilidade gerencial tem seu foco voltado para os administradores da empresa, seus relatórios são elaborados para analise de controle e desempenho das empresas, já a contabilidade financeira está voltada a fornecer informações aos usuários externos à empresa, como acionistas, credores e público em geral. Segundo Iudícibus (1998, p. 22) 19 O ponto de ruptura entre os dois grandes ramos da contabilidade não é tão fácil de ser discernido. Certos relatórios, cúpula do processo contábil-finaceiro, tais como Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultados e a Demonstração de Fontes e Usos de Capital de Giro Líquido, representam, de certa forma, a fronteira entre a contabilidade financeira e gerencial. Warren et all (2003, p. 2), apresenta as diferenças entre contabilidade gerencial e a financeira, no quadro a seguir. Quadro 1: Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial Demonstrações Relatórios Gerenciais Financeiras Usuários Usuários Externos e Administração Administração Características Objetivo Objetivo e subjetivo Preparadas conforme os Preparados de acordo princípios fundamentais com as necessidades da contabilidade (PFCs) gerenciais Preparadas Preparados periodicamente periodicamente ou quando necessário Entidade Empresarial Entidade empresarial ou segmento Fonte: Warren; et all (2003, p. 2) 2.1.2 Funções da Contabilidade Gerencial A contabilidade gerencial tem como sua maior função usar a contabilidade como auxílio para a administração, dando suporte para a tomada de decisão, para o controle operacional, financeiro, administrativo. Segundo Iudícibus (1998, p. 21) “Todo procedimento, técnica, informação ou relatório contábil feitos “sob medida” para que a administração os utilize na tomada de decisões entre alternativas conflitantes, ou na avaliação de desempenho, recai na contabilidade gerencial”. Para Cabrelli e Ferreira et all (2007, p. 2) A contabilidade gerencial deve fazer a conexão entre ações locais dos gerentes e a lucratividade da empresa, para que estes possam saber que direção tomar. Medindo corretamente o impacto de ações locais no desempenho global, a contabilidade gerencial também serve como agente motivador, pois premia as pessoas que contribuem significativamente ao objetivo da empresa, esta tem o objetivo de fornecer informações para que os gerentes possam decidir qual o melhor caminho para a empresa. 20 No entendimento de Coronado (2006, p. 23) as funções da contabilidade gerencial são: a) Gerenciar o processo de gestão Ajudar na adequação do processo à realidade da empresa; Monitorar e orientar o processo de planejamento orçamentário da empresa; Consolidar o orçamento da empresa. b) Apoiar a avaliação de desempenho Elaborar a análise de desempenho econômico das áreas; Elaborar a análise de desempenho da empresa. c) Apoiar a avaliação de resultado Elaborar a análise de resultado econômico dos produtos e serviços; Orientar o processo de estabelecimento de padrões. d) Gerir os sistemas de informações econômicas e financeiras Definir base de dados que permita a organização das informações necessárias à gestão; Elaborar modelos de decisão para os gestores das diversas áreas da empresa; Padronizar e / ou harmonizar as informações econômicas. e) Atender aos agentes de mercado (acionista, governo, bancos etc.) Garantir atendimento às normas e princípios societários; Garantir atendimento às normas e princípios fiscais. A contabilidade gerencial também tem como uma de suas funções a criação de valor, através de seus sistemas contábeis gerenciais os quais fornecem informações importantes sobre atividades necessárias para o sucesso das organizações. 2.1.3 Áreas da Contabilidade Gerencial A contabilidade gerencial serve como suporte para todas as áreas da empresa, pois a mesma é utilizada como tecnologia de auxílio à administração, junto com um sistema de informações contábeis gerenciais, para assim fazer as analises dos resultados futuros. Contabilidade Gerencial deve suprir, através do sistema de informação contábil gerencial, todas as áreas da companhia. Como cada nível de administração dentro da empresa utiliza a informação contábil de maneira diversa, cada qual com um nível de agregação diferente, o sistema de informação contábil gerencial deverá providenciar que a informação contábil seja trabalhada de forma específica para cada segmento hierárquico da companhia, (PADOVEZE, 2000, p. 34). 21 Ainda segundo Padoveze (2000, p. 34) Teremos um bloco de informações que suprirão a alta administração da companhia, que denominamos de gerenciamento contábil global, objetivando canalizar informações que sejam apresentadas de forma sintética, em grandes agregados, com a finalidade de controlar e planejar a empresa dentro de uma visão de conjunto. Teremos um segundo bloco de informações que suprirão a média administração, ou, caso necessário, os segmentos que a empresa definiu em termos de divisões ou linhas de produtos. São informações para canalizar os conceitos de contabilidade por responsabilidade. Denominamos esse segmento de gerenciamento contábil setorial. Finalmente, teremos um terceiro bloco de informações para gerenciar cada um dos produtos da companhia, de forma isolada. Denominamos esse segmento da Contabilidade Gerencial, de gerenciamento contábil específico. São informações que descem a um grau maior de detalhamento, a nível operacional. 2.1.4 O Papel do Contador Gerencial O contador do mercado atual, devido às mudanças das normas contábeis, do avanço das tecnologias e principalmente das exigências das organizações, deve estar sempre se especializando em todas as áreas da contabilidade, para assim prestar assessoria e dar suporte às mesmas. Outro papel para um contador gerencial é saber identificar, analisar, preparar e interpretar informações para um bom controle das organizações. Segundo Iudícibus (1998, p. 22) o contador gerencial deve: Saber “tratar”, refinar e apresentar de maneira clara, resumida e operacional dados esparsos contidos nos registros da contabilidade financeira, de custos etc., bem como juntar tais informes com outros conhecimentos não especificamente ligados à área contábil, para suprir a administração em seu processo decisório. O contador gerencial deve ter uma formação ampla, não apenas com conhecimentos técnicos, mas também conhecimentos que irão auxiliar na descoberta de objetivos ou resultados que podem sem alcançados com métodos quantitativos e acima de tudo saber observar como os administradores reagem com os relatórios contábeis, de acordo com (IUDÍCIBUS, 1998). 22 2.2 PLANO DE NEGÓCIOS O plano de negócios vem se tornando com o passar dos tempos indispensável para a implantação de novos empreendimentos, pois, abrange todas as áreas necessárias para analisar a viabilidade ou não da empresa no mercado e com isso se tornou o caminho mais seguro para o sucesso da mesma. 2.2.1 Conceitos Um plano de negócio é fundamental para o novo empreendedor, ele serve de auxilio na busca de informações para o desenvolvimento e planejamento da empresa que se deseja abrir, o mesmo vai se tornar um documento onde conterá os dados de todas as áreas de abrangência do empreendimento, como os objetivos, metas, estratégias de marketing, seus pontos fortes e fracos, e principalmente sua viabilidade. De acordo com SEBRAE (2011) O plano de negócios é um documento formal que contém informações sobre o conceito do negócio, os riscos, os concorrentes, o perfil da clientela, as estratégias de marketing, bem como todo o plano financeiro que viabilizará o novo negócio. Além de ser um ótimo instrumento de apresentação do negócio para o empreendedor que procura sócio ou um investidor. Para Filion e Dolabela (2000, p. 164) “O Plano de Negócio é, antes de tudo, o processo de validação de uma idéia, que o empreendedor realiza através do planejamento detalhado da empresa. Com a elaboração do plano de negócio o empreendedor vai encontrar um caminho mais seguro para seguir e encontrar o sucesso para seu empreendimento, pois, como ele é elaborado com um grande planejamento vai diminuir muitos riscos e incertezas. 2.2.2 Razões para a Elaboração de um Plano de Negócios Um plano de negócios deve ser elaborado por vários motivos, como, saber antes da implantação ou da ampliação do empreendimento sua viabilidade, auxiliar na diminuição dos riscos, obter um bom planejamento para assim conseguir 23 aumentar seus lucros, proporcionar uma visão ampla do mercado para auxiliar os empreendedores, entre outros. Dornelas (2001, p. 97) acredita que com a elaboração do plano de negócios é possível: - Entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio. - Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas. - Monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar decisões corretivas quando necessário. - Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae, investidores, capitalistas de risco etc. - Identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a empresa. - Estabelecer uma comunicação intera eficaz na empresa e convencer o público externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associações etc.) O plano de negócios inicia com uma ideia, projeto de uma pessoa em abrir sua própria empresa, ele serve para tornar seu sonho em realidade, mas sempre lembrando que não vai existir um empreendimento sem riscos e incertezas, é por isso que o plano de negócios vem se tornando indispensável. Segundo Filion (1991) apud Filion e Dolabela (2000, p. 30) Antes de tomar qualquer iniciativa, isto é, antes de “por a mão na massa”, o empreendedor precisa dispor de uma estrutura de pensamento sistêmico e visionário, porque é com base nisso que poderá fixar seus objetivos e traçar o caminho para atingi-los _ incluindo a previsão dos obstáculos e limites que deverá encontrar. Para Mecca; et all (2011, p. 5) O plano de negócio é umas das peças mais importantes para o candidato a empreendedor, podendo utilizá-lo para tomar a decisão correta de fazer o investimento ou não, o negócio que está estudando e analisando para sua vida. Muitas pessoas utilizam todas suas economias para abrirem seu próprio negócio e não vão ter uma segunda chance para tentar novamente, por isso o plano de negócio deve ser considerado como de extrema importância e não deve ser feito de qualquer forma. 2.2.3 A quem se destina o Plano de Negócios O plano de negócios não se destina única e exclusivamente aos empreendedores das entidades, mas tem com ele seu principal usuário, por ser um 24 documento que o auxilia na implantação, avaliação, planejamento e analise de seu empreendimento, com isso diminuindo seus riscos e aumentando seu sucesso. Segundo Pavani et all (1997) apud Dornelas (2001, p. 98) “vários são os públicos-alvo de um plano de negócios, entre eles, pode-se citar:” - Mantenedores das incubadoras (Sebrae, universidades, prefeituras, governo, associações etc.): para outorgar financiamentos a estas. - Parceiros: para definição de estratégias e discussão de formas de interação entre as partes. - Bancos: para outorgar financiamentos para equipamentos, capital de giro, imóveis, expansão da empresa etc. - Investidores: empresas de capital de risco, pessoas jurídicas, bancos de investimentos, angels, BNDES, governo etc. Fornecedores: para negociação na compra de mercadorias, matéria-prima e formas de pagamento. - A empresa internamente; para comunicação da gerência com o conselho de administração e com os empregados (efetivos e em fase de contratação). - Os clientes: para venda do produto e/ou serviços e publicidade da empresa. - Sócios: para convencimento em participar do empreendimento e formalização da sociedade. Com isso constata-se que o plano de negócio se destina a vários públicos, basta que os mesmos tenham o interesse de obter um planejamento bem elaborado, com todas as informações necessárias para as suas organizações. 2.2.4 Tipos e Tamanhos sugeridos de Plano de Negócios De acordo com Dornelas (2001, p. 105) “Não existe um tamanho ideal ou quantidade exata de páginas. O que se recomenda é escrever o plano de negócios de acordo com as necessidades do público-alvo”. Jian (1997) apud Dornelas (2001, p. 105) descrevem alguns tipos e tamanhos de planos de negócios: Plano de Negócios Completo: é utilizado quando se pleiteia uma grande quantidade de dinheiro ou quando se necessita apresentar uma visão completa do seu negócio. Pode variar de quinze a quarenta páginas, mais material anexo; Plano de Negócios Resumido: é utilizado quando se necessita apresentar algumas informações resumidas a um investidor, por exemplo, com o objetivo de chamar sua atenção para que ele lhe requisite um plano de negócios completo. Deve mostrar os objetivos macros do negócio, investimentos, mercado e retorno sobre o investimento e focar as informações específicas requisitadas. Geralmente varia de dez a quinze páginas. 25 Plano de Negócios Operacional: é muito importante para ser utilizado internamente na empresa pelos diretores, gerentes e funcionários. É excelente para alinhar os esforços internos em direção aos objetivos estratégicos da organização. Seu tamanho pode ser variável e depende das necessidades específicas de cada empresa em termos de divulgação junto aos funcionários. Também o que pode alterar o tamanho de um plano de negócios é o formato e os recursos que serão utilizados na sua elaboração. 2.2.5 Estrutura de um Plano de Negócios Como cada empresa possui suas particularidades, não existe uma estrutura específica para a elaboração de um plano de negócios. Porém, existem algumas seções que devem ser seguidas para que o plano de negócios proporcione um bom entendimento da empresa. O quadro 3 vai mostrar a estrutura sugerida por Filion e Dolabela. Quadro 2: Estrutura de um Plano de Negócios SUMÁRIO EXECUTIVO Enunciado do projeto Competência dos responsáveis Produtos e tecnologia Mercado potencial- a potencialidade Elementos de diferenciação Previsão de vendas Rentabilidade e projeções financeiras Necessidades de financiamento A empresa A missão Objetivos Situações planejadas / desejadas Foco Estrutura organizacional e legal Descrição legal Estruturação funcional, diretoria, gerencia e equipe Descrição da unidade fabril Síntese das responsabilidades da equipe dirigente Plano de operações Administração Comercial Controle de qualidade 26 Terceirização Sistematização de gestão Parcerias O plano de marketing Análise de mercado O setor Oportunidades e ameaças Clientela Segmentação Concorrência Fornecedores Estratégias de marketing O produto Tecnologia e ciclo de vida Vantagens competitivas Planos de pesquisa e desenvolvimento Preço Distribuição Promoção e publicidade Serviço ao cliente (venda e pós – venda) Relacionamento com os clientes O plano financeiro Investimento Inicial Projeção Dos Resultados Projeção De Fluxo De Caixa Balanço Patrimonial Ponto De Equilíbrio Análise De Investimento Fonte: Filion e Dolabela (2000, p. 179 e 180) A seguir caracterizam-se as seções necessárias para a elaboração de um plano de negócios. 2.2.5.1 Sumário Executivo O sumário executivo é uma introdução do negócio, é a principal seção na elaboração de um plano de negócios, por depender de todas as outras seções necessárias de um plano deve ser escrito por último e revidado muitas vezes para alcançar o objetivo máximo. Para Salim et all (2005, p. 41) o sumário executivo é: 27 Um extrato competente e motivante do Plano de Negócios. Qual a área de negócios, qual o produto ou serviço, qual o mercado e que fatia desse mercado queremos obter? Qual o investimento necessário, em quanto tempo vamos recuperar o dinheiro investido e qual o rendimento que vamos ter de nosso investimento em um prazo estabelecido? Tudo isso, sem explicar em detalhes, mas dito de maneira clara, objetiva e sucinta. Como é no sumário executivo que se da à visão geral do negócio, deve-se tomar cuidado com alguns itens indispensáveis, como, o enunciado do projeto, as competências dos responsáveis, os produtos, serviços e tecnologias, o mercado potencial, os elementos de diferenciação, previsão de vendas e o resumo da parte financeira. 2.2.5.2 Descrição da Empresa A descrição da empresa é a seção em que se detalha tudo que se pretende implantar na organização, tratando basicamente da estrutura de funcionamento legal e operacional do negócio. É nesta faze em que se descreve o porquê de sua implantação, o seu propósito, a sua constituição jurídica, os produtos que ira comercializar, a sua infra-estrutura, enquadramento fiscal, localização, seu capital, entre outras. No entendimento de Rosa; et all (2011, p. 7) descrição da empresa é: Onde se descreve dados da empresa, como razão social, histórico, capital social, estrutura organizacional e legal, localização, parcerias, certificações de qualidade, serviços terceirizados,etc. Importante também, descrever as pessoas envolvidas, a busca por potenciais para desenvolvimento e estratégia da empresa, junto com seu crescimento. Também devem ser apresentados o nível educacional e a experiência dos executivos, gerentes e funcionários operacionais, indicando-se os esforços da empresa na formação de seu pessoal. Esta seção se divide da seguinte forma: missão, objetivos, estrutura organizacional e legal e plano de operações, síntese das responsabilidades da equipe dirigente, plano de operações e parcerias. 2.2.5.3 Plano de Marketing O plano de marketing é a seção onde se definem as estratégias que irão ser executadas no decorrer do funcionamento da empresa, para obter com maior êxito 28 os objetivos pretendidos, para conseguir analisar os pontos fortes e fracos e o ambiente no qual a empresa vai atuar. Tendo assim o plano de marketing como objetivo principal saber se a empresa é viável ou não. Na opinião de Lacruz (2008, p. 23) O Plano de Marketing é o elo entre a empresa e o cliente. Através do Plano de Marketing definem-se estratégias que objetivam convencer clientes em potencial a comprarem o produto / serviço da sua empresa (tornando-se clientes reais ) em vez dos oferecidos pelos concorrentes. Para que um plano de marketing seja bem elaborado deve conter basicamente, a análise de mercado, o estudo dos produtos / serviços, o exame da clientela-alvo, a análise da concorrência, a estratégia empresarial, as estratégias de marketing e a projeção de vendas (LACRUZ, 2008). No entendimento de Filion e Dolabela (2000, p. 171) “o Plano de Marketing é constituído por ações em dois momentos: análise prévia de mercado e estratégia a ser executada após o início da operação”. 2.2.5.4 Plano Financeiro É com o plano financeiro que se pode avaliar a possibilidade ou não de se alcançar as metas financeiras do empreendimento, ele é composto por um conjunto de informações, controles e planilhas de cálculos, as quais vão servir como tecnologias gerenciais para o planejamento financeiro do empreendimento. Segundo Filion e Dolabela (2000, p. 172) O Plano Financeiro representa a principal fonte de referência e controle da saúde da empresa, sendo utilizada pelo empreendedor para conduzir suas atividades dentro de parâmetros planejados, corrigir distorções, adaptar-se as novas variáveis decorrentes de mudanças na conjuntura e projetar novos investimentos com base em níveis de crescimento previstos e desejados. A composição do plano financeiro deve conter os seguintes elementos: as projeções financeiras, os índices de desempenho, cálculo do ponto de equilíbrio, cálculo do custo de operar a empresa sem vender e sem produzir, a demonstração do resultado do exercício, o fluxo de caixa, projeção do balanço e alguns cálculos de indicadores como, margem bruta, lucro bruto, retorno de investimentos, índice de liquidez, entre outros. 29 2.3 ATIVIDADE COMERCIAL Atividade comercial é basicamente uma troca de mercadorias por dinheiro ou de uma mercadoria por outra, realizada entre comércio e comerciantes. No entendimento de Iudícibus e Marion (2000, p. 25) A atividade comercial é das mais importantes, pois permite colocar à disposição dos consumidores, em mercados física ou economicamente delimitados, grande variedade de bens e serviços, necessários à satisfação das necessidades humanas. Neste sentido, diz-se, também, que o comerciante é a pessoa física ou jurídica que aproxima vendedores e compradores, levando-os a completar uma operação comercial, ou seja, a troca de mercadorias por dinheiro ou por outras mercadorias. 2.3.1 Empresa Comercial: características As empresas comerciais são aquelas que possuem fins lucrativos, que estão correndo riscos no mercado onde atuam, estão em contato com fornecedores e consumidores. No conceito de Iudícibus e Marion (2000, p. 31) sociedades comerciais: São aquelas que praticam ato de comércio com fins lucrativos. Portanto, qualquer sociedade com fins lucrativos, prevista no código Comercial Brasileiro ou em lei, constituída com o objetivo de comprar e vender mercadorias, transformar matérias-primas em produtos acabados ou semi-acabados, explorar negócios bancários etc., cujas operações são efetuadas com objetivos econômicos (ato de comércio), é sociedade comercial ou mercantil. Portanto, a empresa para qual estamos realizando este plano de negócios se trata de uma empresa comercial. 2.3.2 Composição dos Custos de Aquisição No entendimento de Wernke (2001, p. 128) “Todos os esforços despendidos para a aquisição das mercadorias, materiais ou serviços até o momento de sua utilização participam do custo de compra. Assim, compõem os custos de compra os seguintes fatores:” (+) Custo da fatura (valor constante na nota fiscal) 30 (-) Descontos dados na fatura ( incondicionais, mencionados no corpo da nota fiscal. Não são os descontos recebidos por pagamento no vencimento ou antecipado da duplicata) (+) Despesas acessórias (fretes, seguros, outros) (+) Impostos não recuperáveis fiscalmente (IPI no comércio) (-) Impostos recuperáveis fiscalmente ( IPI e ICMS na indústria e ICMS no comércio) (=) Custo de aquisição das mercadorias, materiais ou serviços. (WERNKE, 2001, p. 129) A diferença que podemos observar nesse cálculo são os impostos recuperáveis fiscalmente, que na indústria o IPI e o ICMS são recuperáveis, já no comércio somente o ICMS é recuperável. Mas no caso da empresa para qual estamos elaborando o plano de negócio, o ICMS não é recuperável por ser optante do Simples Nacional, referente a instruções da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, 2.3.3 Despesas Mensais As despesas são os principais itens na composição do preço de venda no comércio, pois elas estão ligadas diretamente a venda das mercadorias. No conceito de Wernke (2001, p. 12) Despesas: expressam o valor dos bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para obtenção de receitas, de forma voluntária. Esse conceito é utilizado para identificar os gastos não relacionados com a produção, ou seja, os que se referem às atividades não produtivas da empresa. Geralmente, essas atividades podem ser classificadas em despesas comerciais, despesas administrativas e despesas financeiras. Berti (2010, p. 20) acrescenta que “gasto que provoca redução do patrimônio constitui a despesa. Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para obtenção de receitas. O esforço no sentido da obtenção da receita deve ter contrapartida a entrega ou promessa de entrega de ativos.” As despesas podem ser divididas em fixas e variáveis, as despesas fixas não alteram com a variação de venda ou da prestação de serviços, ou seja, não irão mudar com a alteração da receita, exemplo: salários administrativos, despesas com alugueis. Já as despesas variáveis se alteram com a variação das receitas, exemplo: imposto incidente sobre o faturamento. 31 2.3.4 Formação de Preços de Vendas A Formação do preço de venda de produtos ou de serviços é muito influenciada pelo mercado onde a empresa atua, ela deve ter grande conhecimento de seus concorrentes e clientes, para poder seguir os valores que estão sendo utilizados no mercado, mas sei deixar de saber qual a estrutura de sua empresa e qual o valor mínimo com que ela pode operar. Para Perez Jr.; et all (2005, p. 270) vários fatores influenciam a formação de preço de um produto ou serviço, e o grau de influência de cada fator oscila ao longo do tempo, como: Concorrência: nos mercados onde há varias empresas oferecendo produtos semelhantes, o preço tenderá a ser menor do que seria se não houvesse competidores. Clientes: ao estabelecer ou alterar o preço, as empresas se preocupam com as reações de seus clientes. Os clientes podem diminuir o consumo, ou até mesmo deixar de consumir o produto. Podem passar a fabricar o produto, ou adquirir um produto substituto. Gastos: para produzir um produto, as empresas incorrem em uma série de gastos. O que o empresário espera é recuperar todos os gastos que efetuou e ainda obter algum lucro. Governo: pode ter uma influência muito forte na formação dos preços dos produtos e serviços ou mesmo determinar o preço do produto. São muitas as formas de que dispõe o governo para influir nos preços: subsídio, incentivos fiscais à produção, à exportação, restrições ou estímulos à importação, criação ou ampliação de tributos etc. Bruni e Famá (2004, p. 321) apresenta alguns objetivos no processo de formação de preços, como: Proporciar, a longo prazo, o maior lucro possível Permitir a maximização lucrativa da participação de mercado Maximizar a capacidade produtiva, evitando ociosidade e desperdícios operacionais Maximizar o capital empregado para perpetuar os negócios autosustentado Ainda no contesto de Bruni e Famá (2004, p.322 e 323) existem três processos que podem ser empregados na definição de preços: - Nos custos: diversas razões poderiam ser apresentadas como justificativa ao emprego do método de definição de preços com base nos custos: simplicidade- ajustando preços a custos, não é necessário preocupar-se com ajustes em função da demanda, segurança- vendedores são mais seguros quanto a custos incorridos do que aspectos relativos à demanda e a mercado consumidor, justiça- muitos acreditam que o preço acima dos 32 custos é mais justo tanto para consumidores, quanto para vendedores, que obtêm um retorno justo por seus investimentos, sem tirar vantagens do mercado quando ocorrem elevações da demanda. - No consumidor: baseia-se no valor percebido do produto pelo mercado consumidor. Nessa metodologia, as empresas empregam a percepção que os consumidores têm valor do produto, e não dos custos do vendedor. - Na concorrência: as empresas prestam pouca atenção a seus custos ou a sua demanda- a concorrência é que determina os preços a praticar. Os preços podem ser de oferta- quando a empresa determina seu preço segundo seu julgamento sobre como os concorrentes irão fixar seus preços. Wernke (2001, p. 127) relata alguns fatores que interferem na formação do preço de venda, como: a) b) c) d) e) f) g) qualidade do produto diante das necessidades do mercado consumidor; existência de produtos similares a preços menores; demanda estimada do produto; controle de preço por órgãos regulares; níveis de produção e de vendas que se pretende ou que se pode operar; custos e despesas de fabricar, administrar e comercializar o produto; níveis de produção e vendas desejados etc. Santos (2011, p. 8) afirma a necessidade de fixação de preço: Pode-se afirmar que a fixação de preços de venda dos produtos e serviços é uma questão que afeta diariamente a vida de uma empresa, independentemente de seu tamanho, da natureza de seus produtos ou do setor ecônomico de sua atuação. Esta dificuldade de formar preços pode atingir toda uma cadeia produtiva, desde o fornecedor de matéria-prima, passando pelo fabricante, distribuidores, varejistas até o consumidor final. A formação do preço de venda é fundamental para a sobrevivência da empresa, não importando o seu porte, por isso é necessário ser analisado todos os processos apresentados, sem deixar de fazer uma boa análise do mercado em atuação, para assim poder atuar com o preço de venda adequado. 2.3.4.1 Formação do Preço de Venda utilizando o Mark-up O Mark-up auxilia a formação do preço de venda, pois é um índice que pode ser aplicado no custo de um produto ou serviço. Segundo Bruni e Famá (2004, p. 340) “para se chegar ao preço a ser praticado, muitas vezes pode-se empregar o mark-up, do inglês marca acima, índice que, aplicado sobre os gastos de determinado bem ou serviço, permite a obtenção do preço de venda”. 33 A principal razão da aplicação do mark-up decorre do fato de possibilitar uma grande simplificação do processo de formação dos preços – já que custos fixos e demais gastos são incorporados diretamente no percentual do mark-up, não precisando ser apurados individualmente por produto ou serviço comercializado. O conceito de mark-up é bastante empregado em empresas comerciais, (BRUNI e FAMÁ, 2004, p. 343). Ainda no entendimento de Bruni e Famá (2004, p. 341) O mark-up pode ser calculado de duas formas: multiplicador – mais usual, representa por quanto devem ser multiplicados os custos variáveis para se obter o preço de venda a praticar; e divisor – menos usual, representa percentualmente o custo variável em relação ao preço de venda. Já no conceito de Wernke (2001, p. 130) A taxa de marcação ou Mark-up é um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para formação do preço de venda. Tem por finalidade cobrir os fatores, como tributação sobre vendas (ICMS, IPI, PIS, Cofins ou Simples), percentuais incidentes sobre o preço de venda (comissões sobre vendas, franquias, comissões da administradora do cartão de crédito etc.), despesas administrativas fixas, despesas de vendas fixas, custos indiretos de produção fixos e margem de lucro. Para Wernke (2001, p. 130 e 131) também existem duas formas de utilização do mark-up. Mark-up divisor: a) listar todas as Despesas Variáveis de Venda (DVVs) - ICMS s/vendas - Comissões s/vendas - Lucro desejado b) somar as DVVs c) dividir a soma das DVVs por 100 (para achar a forma unitária) d) o quociente da divisão deve ser subtraído de “1” e) dividir o Custo de Compra pelo mark-up divisor Mark-up Multiplicador: a) listar todas as DVVs - ICMS s/vendas - Comissões s/vendas - Lucro desejado b) somar todas as DVVs c) partindo de 100% e subtrai a soma das DVVs 34 d) o mark-up multiplicador é obtido dividindo 100 pelo resultado da fase anterior (c). e) o preço de venda a vista é obtido multiplicando o custo unitário da mercadoria pelo Mark-up multiplicador. A utilização do mark-up divisor ou multiplicador não vai alterar o valor do preço de venda. 2.4 INDICADORES DE ANÁLISE DE MERCADO Os indicadores de análise de resultado são de suma importância nas decisões gerenciais na área de custos em uma empresa, pois proporcionam inúmeros benefícios informativos. Sua análise é dividida em custo/volume/lucro, essa expressão abrange os conceitos de margem de contribuição, ponto de equilíbrio e margem de segurança. No entendimento de Wernke (2001, p. 41) “as análises de custo/volume/lucro são modelos que visam demonstrar, de forma gráfica ou matemática, as interrelaçoes existentes entre as vendas, os custos (fixos e variáveis), o nível de atividade desenvolvido e o lucro alcançado ou desejado”. Esta análise também permite que sejam resolvidas questões relacionadas com o lucro como, se ocorrerá um aumento ou diminuição do custo, do volume de vendas e a redução ou majoração dos preços de venda. 2.4.1 Margem de Contribuição A margem de contribuição é de grande importância para a teoria do cálculo do ponto de equilíbrio, por estar relacionada diretamente com o cálculo, importante também na tomada de decisões gerenciais e para o custeio variável e por ser a diferença entre o preço de venda e a soma dos custos e despesas variáveis, demonstra quais produtos são mais rentáveis para a empresa. No entendimento de Wernke (2001, p. 42) “a margem de contribuição é o valor resultante da venda de uma unidade após deduzidos os custos e despesas variáveis associados ao produto comercializado”. Para Vieira (2010, p. 38) a margem de contribuição é: 35 A diferença entre o preço de venda e o custo e despesas variáveis de cada produto ou serviço; é o valor com que cada unidade contribui para o pagamento dos custos e despesas fixas e para a formação do lucro. A margem de contribuição pode ser: unitária quando a contribuição é oriunda de uma só unidade de produto; ou total quando provém de diversas unidades de produto e indica quantitativamente a importância do produto no desempenho global da empresa. Segundo Berti (2010, p. 151) Chama-se margem de contribuição de um produto ou linha de produtos, a parcela de receita que resta após deduzidos os custos variáveis, unitários e/ou totais. Os variáveis totais são por linha de produtos e compostos dos custos variáveis (ou proporcionais) de produção e de venda. A margem de contribuição é, pois, um valor restante destinado a cobrir os custos fixos (periódicos regulares e/ou programados) e ainda para formar o lucro desejado. Wernke (2001, p. 44) apresenta algumas vantagens e limitações na utilização da margem de contribuição, como: - Podem ser usadas para avaliar alternativas quanto a redução de preços, descontos especiais, campanhas publicitárias especiais e uso de prêmios para aumentar o volume de vendas. As decisões desse tipo são determinadas por uma comparação dos custos adicionais, visando o aumento na receita de venda. Quanto maior for o índice de margem de contribuição, melhor é a oportunidade de promover vendas. Quanto mais baixo o índice, maior será o aumento no volume de vendas necessário para recuperar os compromissos de promover vendas adicionais; - a margem de contribuição auxilia os gerentes a entenderem a relação entre custos, volume, preços e lucros, fundamentando tecnicamente as decisões de venda; - basear o cálculo dos preços de venda somente com dados da margem de contribuição pode resultar em valores que não cubram todos os custos necessários para manter as atividades a longo prazo; - é útil para tomada de decisões de curto prazo, mas pode levar o administrador a menosprezar a importância dos custos fixos. Segundo Vieira (2010, p. 39) a fórmula da margem de contribuição unitária é dada pela fórmula: MCu = PVu - CVu - DVu Onde: MCu = margem de contribuição unitária; PVu = preço de venda unitário; CVu = custos variáveis unitários; DVu = despesas variáveis unitárias. 36 E a margem de contribuição total é dada pela fórmula: MC total = MCu x Quantidade vendida Onde: MC Total = margem de contribuição total; MCu = margem de contribuição unitária. A margem de contribuição apesar de algumas limitações apresentadas acima, é de fundamental importância as empresas, pois objetiva a redução dos custos, dos preços unitários de venda, e o aumento nas vendas. 2.4.2 Ponto de Equilíbrio O Ponto de Equilíbrio é aquele em que o nível de venda não possui nem lucro nem prejuízo, é nele em que começa a análise de custo/volume/lucro de uma empresa. Segundo Berti (2010, p. 149) Ponto de Equilíbrio é o momento em que o resultado das operações da empresa é nulo, ou seja, a receita total é igual à soma dos custos e despesas totais. Se a empresa operar acima desse nível, passa a ter um resultado positivo (lucro), abaixo desse nível o resultado é negativo (prejuízo). Para Wernke (2001, p. 49) “o ponto de equilíbrio representa o nível de vendas em que a empresa opera sem lucro ou prejuízo. Ou seja, o número de unidades vendidas no ponto de equilíbrio é suficiente para a empresa pagar seus custos fixos e variáveis, sem gerar lucro”. Existem três tipos de ponto de equilíbrio, o contábil, financeiro e econômico, eles vão ser utilizados conforme a necessidade da empresa, para gerarem as informações gerenciais necessárias. Wernke (2001, p. 50 a 53) apresenta as diferenças e as fórmulas de cada ponto de equilíbrio: “O ponto de equilíbrio contábil em unidades define o número de produtos (peças, metros, quilos etc.) que deve ser fabricado e vendido para que o resultado seja zero (não haja lucro nem prejuízo)”. O mesmo é obtido pela seguinte fórmula: 37 PEC un. = Custos fixos $ Margem de contribuição unitária $ “O ponto de equilíbrio contábil em valor (PEC valor) representa qual o valor mínimo (em $) que deve ser vendido para que a empresa não tenha prejuízo nem lucro”. O mesmo é obtido pela seguinte fórmula: PEC valor = Custos fixos $ Percentual da Margem de contribuição unitária (%) No ponto de equilíbrio financeiro (PE fin.), calcula-se o nível de atividades (quer em unidades, quer em valor monetário) suficiente para pagar os custos e despesas variáveis, os custos fixos (exceto a depreciação) e outras dívidas que a empresa tenha que saldar no período como empréstimos e financiamentos bancários, (WERNKE, 2001, p. 52). Esse ponto de equilíbrio é obtido pela seguinte fórmula: PE fin. = Custos fixos ($) – Depreciações ($) + Dívidas do período ($) Margem de Contribuição Unitária ($) A cobrança para o atingimento de metas de lucros obriga o gestor a buscar a informação de qual número de unidades é necessário vender para alcançar o objetivo fixado pela diretoria da empresa. A quantidade necessária para atingir o lucro desejado é calculada pelo ponto de equilíbrio econômico (PE econ.) (WERNKE, 2001, p. 53). O ponto de equilíbrio econômico é obtido pela seguinte fórmula: PE econ. = Custos fixos ($) + Lucro desejado ($) Margem de contribuição unitária ($) O cálculo do ponto de equilíbrio atende a alguns objetivos empresarias, os quais são apresentados por Santos (2005, p. 50) a) alteração do “mix” de vendas, tendo em vista o comportamento do mercado; b) alteração de políticas de vendas com relação a lançamento de novos produtos; 38 c) definição do “mix” de produtos, do nível de produção e preço do produto; d) solução a muitas perguntas que exigem respostas rápidas, tais como: - quantas unidades de produto devem ser vendidas para se obter determinado montante de lucro? - o que acontecerá com o lucro se o preço aumentar ou diminuir? - o que acontecerá com o ponto de equilíbrio se determinada matéria-prima aumentar em 10% e não tiver condições de ser repassada aos preços dos produtos? e) avaliação de desempenho por meio da análise do lucro marginal de cada unidade vendida; f) planejamento e controle de vendas e de resultados etc. Santos (2005, p. 54) também apresenta algumas limitações da análise do ponto de equilíbrio, que são: - variação de um componente: considerar mudança no preço sem a influência nos demais componentes; na realidade, quando muda um componente, pode mudar o outro; - custos estruturais fixos e marginais: geralmente, o comportamento do custo fixo não é tão constante e o custo marginal tem certos aspectos que não variam sempre proporcionalmente ao volume; - análise estatística: as próprias dificuldades existentes na montagem dos dados para a análise não levam em consideração todo dinamismo envolvido nas empresas e no dia-a-dia dos negócios. 2.4.3 Margem de Segurança A margem de segurança é a representação do quanto às vendas em uma empresa podem baixar sem que ocorra prejuízo para a mesma. Segundo Bruni e Famá (2004, p. 262) “a margem de segurança consiste na quantia ou índice das vendas que excedem o ponto de equilíbrio da empresa. Representa o quanto as vendas podem cair sem que a empresa incorra em prejuízo, podendo ser expressa em quantidade, valor ou porcentual”. No entendimento de Wernke (2001, p. 62) a margem de segurança é o volume de vendas que supera as vendas calculadas no ponto de equilíbrio. Ou seja, representa o quanto as vendas podem cair sem que haja prejuízo para a empresa”. Ainda de acordo com Wernke (2001, p. 62) “a margem de segurança (MS) pode ser expressa quantitativamente, em unidades físicas ou monetárias, ou sob a forma percentual”. As fórmulas utilizadas para a obtenção da Margem de segurança são: Margem de segurança em valor ($) = vendas efetivas ($) – vendas no ponto de equilíbrio ($). 39 Margem de segurança em unidades = vendas efetivas em unidades – vendas em unidades no ponto de equilíbrio. Margem de segurança em percentual (%) = margem de segurança ($) vendas totais ($) Para ser analisada a margem de segurança em uma empresa pode ser utilizado o valor de vendas orçadas ou o valor real das vendas. 2.5 PROJEÇÕES E ORÇAMENTOS Uma empresa que pensa em gestão empresarial deve sempre se preocupar com seus objetivos de curto e longo prazo, e para obter a resposta para essa preocupação é de grande importância fazer um planejamento dos orçamentos da empresa, projetar de maneira clara as atividades operacionais. No conceito de Berti (2010, p. 161) O orçamento é a expressão quantitativa e formal dos planos da administração, e é utilizado no sentido de apoiar a coordenação e implantação destes planos. O orçamento é o mecanismo elaborado pela empresa a partir do planejamento operacional. Elaborar orçamento é atribuir e alocar os valores financeiros correspondentes à consecução das metas e ao desempenho operacional das ações setoriais. No entendimento de Zdanowicz (2001, p. 22) “o orçamento é o instrumento utilizado para elaborar, de forma eficaz e eficiente, o planejamento e o controle financeiros das atividades operacionais e de capital da empresa, auxiliando à tomada de decisão”. Ainda para Zdanowicz (2001, p. 23) “o principal objetivo do orçamento estará relacionado com duas funções administrativas básicas, a saber: planejamento e controle”. Planejamento, no sentido de fixar os objetivos e programar as atividades necessárias para alcançar as metas. Controle, no sentido de avaliar os resultados obtidos, confrontando com as estimativas elaboradas, verificando os desvios, e indicando as ações corretivas necessárias, (ZDANOWICZ, 2001, p. 23). 40 O orçamento como pode-se analisar é de grande importância em uma empresa, pois auxilia os gestores a definir padrões para avaliar se os objetivos estão sendo alcançados ou não. 2.5.1 Classificação dos orçamentos No entendimento de Oliveira et all (2005, p. 131) o orçamento pode ser classificado em três grupos: Orçamento Econômico- consiste na fixação de metas para os itens que compõem a demonstração de resultados (Receitas e Despesas). O ponto chave desse orçamento é o orçamento de vendas, ele é o ponto de partida de todo o processo orçamentário. Os principais suborçamentos que compõem o orçamento econômico são: orçamento de vendas, orçamento de produção, orçamento de matéria-prima, orçamento de mão-de-obra, orçamento dos custos indiretos de fabricação, orçamento de despesas administrativas, orçamento de despesas comerciais, orçamento de despesas financeiras. Orçamento Financeiro- consiste na elaboração de suborçamentos das atividades que influenciam o fluxo de caixa. O orçamento financeiro permite à empresa obter as informações antecipadas quanto à necessidade ou disponibilidade de recursos financeiros, o que beneficia a tomada de decisões sobre os fatores que interferem no gerenciamento do fluxo de caixa. Os principais suborçamentos que compõem o orçamento financeiro são: orçamento de contas a pagar, orçamento de contas a receber, orçamento de aplicações, orçamento de empréstimos e orçamento de caixa. Orçamento de Capital- consiste na elaboração das estimativas de investimentos, principalmente em imobilizado, que são utilizadas para geração de receitas futuras, portanto, precisam ser depreciados ou amortizados. O principal suborçamento do orçamento de capital é o orçamento de imobilizado. O orçamento de venda se destaca como uma das principais atribuições do orçamento, por ser com a mesma que se define os prazos e metas de vendas para um determinado período. 2.5.2 Orçamento de Vendas O orçamento de venda é muito importante para as empresas, não importando o seu porte nem o ramo de mercado, pois é a mola propulsora de seu orçamento global, o mesmo sendo elaborado de maneira eficiente vai demonstrar as reais 41 dimensões da empresa, sua capacidade de venda, sua equipe de venda, entre outras. Para Zdanowicz (2001, p. 33) O orçamento de vendas é uma das peças mais importantes da empresa, pois está diretamente relacionada com a capacidade do mercado em absorver produtos e/ou serviços, o nível de demanda futura, o potencial da equipe de venda, bem como o dimensionamento da produção. O orçamento de vendas reveste-se de especial significado dentro do sistema de planejamento financeiro global, por estar diretamente ligado com as outras funções da empresa. Ainda para o mesmo autor: Orçamento de vendas constituir-se-á na planificação futura das vendas da empresa para determinado período, relacionado em suas projeções os produtos e/ou serviços que serão oferecidos e distribuídos em cada mercado de atuação, indicando quantidade, preço unitário e receita total (ZDANOWICZ, 2001, p. 35) Conforme Zdanowicz (2001, p. 35) O principal objetivo do orçamento de vendas é atender com qualidade os clientes, oferecendo o preço certo, a quantidade certa, o produto certo, no lugar certo e no tempo certo. Isso irá permitir a correta projeção da receita operacional futura da empresa para o período considerado. Acresce-se, ainda, que será objetivo do orçamento de vendas apresentar uma visão geral da área mercadológica, isto é, estudar os mercados que os produtos e/ou serviços serão comercializados, quais deverão ser as quantidades vendidas e a que preços elas serão vendidas. Zdanowicz (2001, p. 37) também apresenta quais as principais características que o orçamento de vendas deverá apresentar: a) a elaboração deverá ser em unidades físicas e monetárias, mas, se for impraticável, a estimativa das quantidades se restringirá ao aspecto monetário; b) mercado em que o produto e/ou serviço deverá ser comercializado; c) preço de venda unitário, que será praticado em cada mercado; d) receita estimada por produto e/ou serviço, por linha de produtos ou filial de vendas. O orçamento de vendas permite a empresa obter uma visão sobre o seu potencial no mercado de atuação e para seus consumidores, o mesmo é uma peça que serve como subsídio para as demais unidades orçamentárias. 42 2.5.3 Estratégias de Marketing A estratégia de marketing é a melhor maneira de se alcançar os objetivos de marketing que já tenham sido estabelecidos. No entendimento de Westwood (2007, p. 117) “estratégias são os métodos amplos escolhidos para atingir objetivos específicos. Descrevem os meios para atingir os objetivos no prazo de tempo exigido”. Para o mesmo autor as estratégias de marketing relacionam-se às políticas gerais quanto ao seguinte: Produtos - mudar o mix / portfólio de produtos; - abandonar, adicionar ou modificar produtos; - mudar o desing, a qualidade ou o desempenho; e - consolidar / padronizar. Preços - mudar preços, prazos ou condições para grupos de produtos específicos em segmentos de mercado específicos; - política de desnatamento; - política de penetração; e - política de descontos. Promoção - mudar o departamento / equipe de vendas; - mudar a política de relações públicas; e - aumentar / diminuir a participação em exposições / feiras. Distribuição - mudar os canais; e - melhorar o serviço (WESTWOOD, 2007, p. 117) Ainda seguindo a linha de Westwood (2007), podem ser definidos alguns tipos de estratégias de marketing, como: Estratégias Defensivas – idealizadas para evitar a perda dos clientes existentes. Estratégias de Desenvolvimento – idealizadas para oferecer aos clientes existentes uma variedade maior de seus produtos ou serviços. Estratégias de Ataque – idealizadas para desenvolver o negócio por meio de novos clientes, (WESTWOOD, 2007, p. 118). É com a estratégia de marketing que a empresa vai poder demonstrar aos seus clientes a diferenciação que seus produtos possuem dos concorrentes e também testar cada um de seus produtos, para analisar o seu rendimento ou não. 43 2.6 MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS A análise de investimentos é realizada com índices ou indicadores financeiros, os quais possuem o objetivo de medir a situação financeira da empresa, os principais métodos de análise de investimentos são: 2.6.1 Tempo de retorno de investimentos – Payback O tempo de retorno de investimentos – Payback tem o objetivo de mostrar para o empresário qual será o tempo em que irá obter o investimento inicial do empreendimento. Segundo Gitman (2001, p. 300) “o período de payback é o exato momento de tempo necessário para a empresa recuperar seu investimento inicial em um projeto calculado a partir de seus fluxos de entrada de caixa”. Para Dolabela (1999, p. 240) “o período de payback, ou de recuperação do investimento, é o tempo necessário para o futuro empreendedor recuperar o dinheiro aplicado em um novo negócio”. Ainda no entendimento de Dolabela, Por ser visto como uma medida de risco, muitas empresas usam o período de payback como critério de decisão ou como complemento para técnicas de decisão sofisticadas. Quanto mais tempo a empresa precisar esperar para recuperar seu investimento, maior a sua possibilidade de perda. Portanto, quanto menor for o período de payback, menor será a exposição da empresa aos riscos, (DOLABELA, 1999, p. 240) O tempo de retorno de investimentos – payback também pode ser utilizado na tomada de decisões (aceitar- rejeitar) existem dois critérios, os quais são: Se o período de payback é menor do que o período de payback máximo aceitável, aceitar o projeto. Se o período de payback é maior do que o período de payback máximo aceitável, rejeitar o projeto (GITMAN, 2001, p. 30). O tempo máximo para o período de payback vai ser decidido pela alta administração, o qual em geral é criado pela alta administração, mas que pode ajudar para boas decisões de investimentos. 44 2.6.2 Valor presente líquido (VPL) Para Lacruz (2008, p. 117) “O Valor Presente Líquido representa o valor atual para os futuros fluxos reais que serão gerados para o projeto, deduzindo o investimento inicial, descontando a uma taxa que representa o custo de oportunidade do investidor”. O valor presente líquido considera o valor do dinheiro no tempo, ele é considerado uma técnica de orçamento de capital sofisticada. Todas essas técnicas, de uma forma ou de outra, descontam os fluxos de caixa da empresa a uma taxa específica. Essa taxa, muitas vezes chamada de taxa de desconto, retorno exigido, custo de capital ou custo de oportunidade se refere ao retorno mínimo que deve ser conseguido de um projeto, para não alterar o valor da empresa no mercado, (GITMAN, 2001, p. 302). Ainda no entendimento de Gitman (2001, p. 302) “o valor presente líquido (VPL) é encontrado ao se subtrair o investimento inicial de um projeto (II) do valor de seus fluxos de entrada de caixa (CF t), descontados a uma taxa igual à do custo de capital da empresa (K)”. Dolabela (1999, p. 241) acrescenta que: O VPL será aquele valor revertido até a data de início das atividades da empresa, com uma taxa que o empreendedor desejaria obter, subtraído do valor de seu investimento inicial. Caso esse valor seja positivo, indica que a empresa lhe proporcionou um retorno acima de suas expectativas; do contrário, seu investimento rendeu-lhe naquele período menos que o desejado. O valor presente líquido é considerado uma técnica sofisticada de análise dos investimentos, pois ele considera o valor o dinheiro no tempo. 2.6.3 Taxa interna de retorno (TIR) O objetivo da taxa interna de retorno é igualar o valor presente dos fluxos de entrada de caixa com o investimento inicial de um projeto. Para Dolabela (1999, p. 242) A taxa interna de retorno (TIR) é, possivelmente, a técnica mais usada para a avaliação das alternativas de investimento. É a taxa que iguala o valor presente líquido ao investimento inicial referente a um projeto. Em outras palavras, é a taxa de retorno que, se utiliza para o cálculo do VLP, proporcionará a este um valor exatamente igual ao valor do investimento inicial feito pelo empresário. 45 Segundo Gitmann (2001, p. 303) “A taxa interna de retorno (TIR) é provavelmente a técnica de orçamento de capital sofisticada mais usada. No entanto, ela é consideravelmente mais difícil do que o VLP para se calcular sem auxílio de uma calculadora”. Os critérios que devem ser seguidos quando a TIR for usada para a tomada de decisão, no entendimento de Gitman (2001, p. 303) “se a TIR é maior do que o custo de capital, aceitar o projeto, se a TIR é menor do que o custo de capital, rejeitar o projeto”. Se forem seguidos esses critérios é garantido que a empresa consiga o seu retorno exigido, podendo também aumentar o valor de mercado da empresa. 2.6.4 Índice de rotatividade do estoque O índice de rotatividade do estoque representa o tempo em que a mercadoria fica em estoque, a partir de sua entrada até o momento da venda. Para Bertó e Beulke (2006, p. 320) “na área comercial, torna-se cada vez mais imperioso trabalhar com níveis mínimos de estocagem, em face do custo financeiro explosivo, num período em que a ausência de expectativas inflacionárias aceleradas impede quaisquer movimentos especulativos com esse ativo”. Ainda para Bertó e Beulke (2006, p. 320), A boa gestão de estoques proporciona uma maior disponibilização de recursos para compra, criando-se com isso a oportunidade de suprimentos a custos gradativamente menores com os fornecedores. A melhoria da rentabilidade e o maior poder de competitividade constituem conseqüências naturais neste caso. Segundo Bruni e Famá (2004, p. 59) “custo de estocagem: decorre em função de gastos com armazenagem, seguros, refrigeração etc. Aumenta em função do custo unitário de estocagem e do volume armazenado”. No entendimento de Wernke (2001, p. 160) “a análise da política de estocagem deve começar pela definição dos dias médios de estoque de cada mercadoria. Para calcular o dia médio de estocagem (DE), usa-se a fórmula”: DE = (EA unid. / VMM unid.) x 30 46 Onde: DE = dias de estoque EA unid. = estoque atual em unidades VMM unid. = venda média mensal em unidades Para Pizutti (2006, p. 23) “o estoque de melhor qualidade será sempre aquele que apresentar o maior coeficiente de rotação”, podendo ser calculado pelas fórmulas: Giro de Estoques = Custo dos produtos vendidos Estoques Tempo de Reposição = 365: Giro Pode-se calcular pelo método direto para saber o tempo de reposição (em número de dias) dos estoques através da seguinte fórmula: Tempo de Giro de Estoque = (Estoques) x 365 (Custo dos produtos vendidos) 2.7 FLUXO DE CAIXA O fluxo de caixa possui grande importância, pois, é com ele que as empresas vão saber se possuem valores disponíveis para honrar seus compromissos com terceiros. Denomina-se fluxo de caixa de uma empresa ao conjunto de ingressos e desembolsos de numerário ao longo de um período determinado. O fluxo de caixa consiste na representação dinâmica da situação financeira de uma empresa, considerando todas as fontes de recursos e todas as aplicações em itens do ativo, (ZDANOWICZ, 1995, p. 37). Para Zdanowicz (1995, p. 38) “o principal objetivo do fluxo de caixa é dar uma visão das atividades desenvolvidas, bem como as operações financeiras que são realizadas diariamente, no grupo do ativo circulante, dentro das disponibilidades, e que representam o grau de liquidez da empresa”. 47 O fluxo de caixa também serve para acompanhar o grau de liquidez de uma empresa, para que ela consiga realizar um maior controle de suas reservas monetárias e conseqüente garantia de solvência. Assim dependendo da situação da liquidez da empresa, a área financeira pode tomar algumas decisões como: captação de recursos, aplicação de recursos e concessão de créditos (COELHO e CARDOSO, 2000). Ainda no entendimento de Zdanowicz (1995, p. 49) “o fluxo de caixa projetado, pode se expresso de forma genérica pela seguinte equação”. SFC = SIC + I – D Onde: SFC = Saldo Final de Caixa; SIC = Saldo Inicial de Caixa; I = Ingressos; D = Desembolsos. O fluxo de caixa é o instrumento utilizado pelo administrador finaceiro, com a finalidade de detectar se o saldo inicial de caixa adicionado ao somatório de ingressos, menos o somatório de desembolsos em determinado período, apresentará excedentes de caixa ou escassez de recursos financeiros pela empresa, (ZDANOWICZ, 1995, p. 49). O planejamento do fluxo de caixa pode ser feito em curto ou longo prazo, isso vai depender do ramo de atividade da empresa e das oscilações do mercado em atuação. 2.7.1 A Estrutura do Fluxo de Caixa O fluxo de caixa é formado por ingressos e desembolsos financeiros projetados para um dado período. Quanto mais completo o fluxo de caixa, melhor será o controle das entradas e saídas de caixa da empresa. Para Zdanowicz (1995) os principais itens que compõem o fluxo de caixa são: a) Ingressos: são todas as entradas de caixa e bancos em qualquer período; b) Desembolsos: compõem-se das compras à vista e as compras a prazo que necessitam de mapas auxiliares para posterior transporte ao fluxo caixa; 48 c) Diferença do Período: ao comparar-se, período por período, os ingressos e os desembolsos, apura-se o resultado entre os recebimentos e os pagamentos; d) Saldo Inicial de Caixa: é igual ao saldo final de caixa do período imediatamente anterior; e) Disponibilidade Acumulada: é o resultado da diferença do período apurada, mais o saldo inicial de caixa; f) Nível desejado de Caixa: é a projeção do disponível para o período seguinte; g) Empréstimos ou Aplicações de Recursos Financeiros: a partir do saldo da disponibilidade acumulada, poderão ser captados empréstimos para suprir as necessidades de caixa, ou serão realizadas aplicações quando houver excedentes de caixa; h) Amortizações ou Resgates das Aplicações: amortizações são as devoluções do principal tomado emprestado, enquanto os resgates das aplicações constituem-se nos recebimentos do principal; i) Saldo Final de Caixa: é o nível desejado de caixa projetado para o período seguinte que será o saldo inicial do caixa do período subsequente. Essa estrutura do fluxo de caixa é de fácil entendimento e pode ser utilizada em empresas de pequeno, médio ou grande porte, em indústrias, comércio, empresas de prestação de serviços e também em instituições financeiras. 2.7.2 Métodos de Geração de Fluxo de Caixa Existem dois métodos que podem o fluxo de caixa, o método direto e o método indireto. No entendimento de Campos Filho (1999, p. 29), o método direto: Consiste em classificar os recebimentos e pagamentos de uma empresa utilizando as partidas dobradas. A vantagem desse método é que permite gerar as informações com base em critérios técnicos, eliminando, assim, qualquer interferência da legislação fiscal. Já o método indireto: Consiste em demonstrar os recebimentos e pagamentos operacionais indiretamente, ajustando o lucro líquido para reconciliá-lo ao fluxo de caixa líquido das atividades operacionais, ele toma por base o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultados, (CAMPOS FILHO, 1999, p. 41). O mesmo autor apresenta algumas vantagens e desvantagens dos dois métodos. 49 Método Indireto – Vantagens Apresenta baixo custo. Basta utilizar dois balanços patrimoniais (o do início e o do final do período), a demonstração de resultados e algumas informações adicionais obtidas na contabilidade. Concilia lucro contábil com fluxo de caixa operacional líquido, mostrando como se compõe a diferença. Método Indireto – Desvantagens O tempo necessário para gerar as informações pelo regime de competência e só depois convertê-las para regime de caixa. Se isso for feito uma vez por ano, por exemplo, podemos ter surpresas desagradáveis e tardiamente. Se há interferência da legislação fiscal na contabilidade oficial, e geralmente há, o método indireto irá eliminar somente parte dessas distorções. Método Direto – Vantagens Cria condições favoráveis para que a classificação dos recebimentos e pagamentos siga critérios técnicos e não fiscais. Permite que a cultura de administrar pelo caixa seja introduzida mais rapidamente nas empresas. As informações de caixa podem estar disponíveis diariamente. Método Direto – Desvantagens O custo adicional para classificar os recebimentos e pagamentos. A falta de experiência dos profissionais das áreas contábil e financeira em usar as partidas dobradas para classificar os recebimentos e pagamentos (CAMPOS FILHO, 1999, p. 48). Para a maioria das empresas, acredita-se que o método direto é o qual possui maiores benefícios para elaborar o fluxo de caixa, isso ocorre principalmente para a redução dos custos financeiros. Apesar disso cada empresa deve analisar qual o método é mais adequado para a sua realidade. 50 3 ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA MULTIMARCAS A elaboração deste Plano de Negócios tem o interesse de estudar a viabilidade de instalação de uma loja de confecções femininas, masculinas e acessórios, com marcas conceituadas no mercado, a qual será localizada na cidade de Ijui. 3.1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE PRINCIPAL DA EMPRESA A SER IMPLANTADA A loja multimarcas a ser implantada, é do ramo do comércio varejista vendendo confecções femininas, masculinas e acessórios, somente de marcas conceituadas no mercado. Tendo como publico alvo à classe A, B e possivelmente C, procurando atender principalmente o público feminino, optando pela venda de roupas masculinas como uma estratégia de venda e fidelização das clientes. A empresa pretende estar sempre atenta as mudanças das tendências da moda, as quais alteram com muita facilidade, para sempre suprir as necessidades e gostos diferenciados de seus clientes. O maior diferencial deste negócio é estar engajado com a sustentabilidade e a responsabilidade social, para assim buscar novas oportunidades em relação à proteção da empresa, tentando reduzir os riscos que podem prejudicar os clientes, e assim não correr o risco de perder sua credibilidade no mercado, e empregados, evitando possíveis perdas de dinheiro em indenizações por insatisfação ou agressão ao meio ambiente. Tem a proposta de buscar novas oportunidades e conhecimentos para a gestão da empresa, tentando assim propiciar uma redução dos gastos mensais, eliminação de desperdícios e a melhoria do desempenho, com isso reduzindo a quantidade de recursos utilizados para a venda de seus produtos, podendo aumentar o lucro e reduzir o impacto ambiental. 51 3.1.1 Estrutura Organizacional e Legal A empresa terá um investimento inicial de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais), esse valor será utilizado na infra estrutura inicial da empresa, documentação legal e aquisição de mercadorias, sendo que a empresaria Catia D. M. Ciotti será a única proprietária do negócio e dispõe do valor, sem haver a necessidade de empréstimos. A loja vai ser constituída como uma empresa de pequeno porte, e optou como forma de tributação o Simples Nacional. Como a empresa é considerada de pequeno porte, a sua contabilidade será realizada em um escritório de contabilidade, onde a mesma ficará responsável por mandar os documentos necessários para a realização da contabilidade. Como a proprietária possui formação acadêmica na área, ficará responsável pela documentação, sempre colocando em prática seu conhecimento em gestão de negócios, analisando os custos, desempenho, o fluxo de caixa e o andamento em geral de sua empresa. 3.1.2 Estruturação Funcional, Diretoria, Gerência e Equipe A empresa vai possuir uma estrutura funcional básica, pois se trata de uma empresa de pequeno porte, contará com a colaboração de duas funcionárias e a proprietária. As funcionárias serão responsáveis pelas vendas, reposição do estoque, organização e limpeza da loja e junto com a proprietária a organização da vitrine. A proprietária será responsável pelo gerenciamento da loja, com os seguintes itens: caixa da empresa, contas a pagar e a receber, compras de mercadorias, publicidade e propaganda, controle de estoques, entre outros. A estrutura da empresa será apresentada no organograma a seguir. 52 Sócia/ Proprietária Administradora Vendedora Vendedora Moda Feminina Moda Masculina Acessórios Figura 1: Organograma Empresarial Fonte: Dados conforme pesquisa A remuneração inicial das funcionárias será de R$ 750,00 (setecentos e cinquenta reais) cada, e o pró-labore de R$ 3.000,00 (três mil reais), com possíveis reajustes dependendo de como a empresa vai realizar suas vendas nos primeiros seis meses. 3.2 DESENVOLVIMENTO DAS ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO, MARKETING, FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO Foram analisadas algumas estratégias de marketing e formas de comercialização dos produtos, para conseguir uma boa instalação da empresa no mercado, com diferencial dos concorrentes. Estes tópicos são tratados a seguir: 53 3.2.1 Análise da Atratividade do Negócio No momento em que se começou a pensar em elaborar um plano de negócios com o futuro interesse de abrir uma empresa de comércio de confecções, logo surgiu à ideia de fazer algo diferenciado no mercado, para assim fazer com que o negócio consiga ser mais atrativo para o público alvo. E foi a partir deste pensamento que se tomou como estratégia de implantação, colocar no mercado não apenas mais uma empresa, e sim algo diferenciado para os clientes e sociedade em geral. Uma empresa com o foco na sustentabilidade, onde tudo que está relacionado com a mesma será voltada para a questão ambiental, prejudicando da menor forma possível o meio ambiente. Começando pelo nome fantasia da empresa, que será Naturalmente Bella Multimarcas, a qual foi criada para chamar a atenção dos clientes, e fazê-los pensar nas questões ambientais. A empresa também pretende se destacar das demais concorrentes, proporcionando aos clientes um ambiente aconchegante, possuindo um espaço de recreação com brinquedos para seus filhos, um espaço com sofás e televisão. Irá oferecer além de grandes vantagens para clientes com cadastros, um estilo diferenciado, sempre atento às tendências da moda e principalmente com qualidade nos produtos e no atendimento. As embalagens podem ser reutilizadas, não causando nenhum risco ao meio ambiente, serão usadas bolsas de papelão e TNT, pois possuem uma degradação mais rápida, as quais possuirão vários tamanhos, por existir vários tipos de itens a venda, as mesmas poderão ser devolvidas pelas clientes para a empresa ou ficar com as mesmas para reutilizarem na próxima compra. Este novo estilo de uso das embalagens será bem divulgado e explicado para as clientes, fazendo assim com que o maior número e clientes adotem este sistema. Ainda voltado para a questão ambiental, a empresa terá seus móveis com madeiras reutilizadas e seus puffs serão feitos de filtros de caminhão estofados. 54 3.2.2 Análise do Mercado (Produtos/Serviços, Concorrência, Clientes e Fornecedores) O comércio de vestuários, apesar da instabilidade da economia, vem crescendo. É um setor que costuma não sofrer grandes abalos, pois na maioria dos países, dando destaque maior para o Brasil, em alguns estados, às estações são bem definidas, fazendo assim, com que o consumo aumente a cada estação, pois sempre surgem novas tendências. E essas tendências passaram a ser mais acompanhadas pela maioria da população, resultado do aumento da renda nacional. Esse crescimento do consumo pode ser visto de maneira bem clara no segmento de roupas, principalmente no setor feminino, o qual é o foco desta empresa. Podendo assim, analisar este investimento como uma grande oportunidade de crescimento, já que o setor se mostra estar em grande expansão. Como o mercado está em constante crescimento, à concorrência consequentemente também tende a aumentar. Possivelmente uma concorrência que entra ou as que já estão no mercado, tendem a buscar sempre seu diferencial, com isso tem se a necessidade de sempre estar atento aos pontos fortes e fracos de nossos concorrentes. Por este motivo, foram realizadas pesquisas com possíveis clientes, solicitando basicamente quais os pontos fortes e fracos das lojas que elas costumam comprar. Após o levantamento destas questões foi possível identificá-los, sendo eles: Os pontos fortes são: coleção das roupas geralmente atualizadas, prazos de pagamentos bem estendidos, promoções no final de cada estação. Já os pontos fracos são bem mais amplos: reclamações quanto ao mau atendimento, falta de interesse por parte das vendedoras com as clientes e que ainda tentam forçar a compra, um ambiente pequeno e não muito aconchegante com provadores que geralmente são apertados, algumas vezes encontram roupas repetidas, o que para clientes deste setor é algo inaceitável, até pelo valor das mercadorias. Com esses pontos levantados, a loja Naturalmente Bella Multimarcas, vai tentar se sobressair sobre as concorrentes, oferecendo sempre um atendimento exclusivo e atencioso a cada cliente, sempre mostrando a elas a qualidade dos 55 produtos e seus diferencias, para que escolham quais e quantos desejam, um ambiente amplo, com as roupas bem distribuídas na loja, para a melhor visualização de cada peça, provadores com tamanhos adequados e bem iluminados, e principalmente sempre garantir exclusividade em suas peças, não possuindo repetição dentro da empresa. Outro diferencial vai ser as avaliações que as clientes podem fazer sobre a loja, em períodos ainda não estipulados, nas quais podem falar sobre os pontos fortes e fracos da empresa, para que se possa estar sempre melhorando, assim pode-se oferecer cada vez um atendimento melhor e diferenciado da concorrência. O publico alvo da loja multimarcas vai ser bem selecionado, procura-se atingir a classe A, B, e possivelmente parte da C, por ser uma empresa somente com marcas selecionadas e de um custo aquisitivo um pouco elevado, vai possuir em maior quantidade peças femininas e acessórios, e algumas peças do vestuário masculino, tendo assim um foco maior para o público feminino. As compras das mercadorias serão realizadas diretamente com representantes das marcas escolhidas para serem vendidas na loja, não tendo a possibilidade de fazer compras em shoppings, como a maioria das empresas fazem. Por este motivo não haverá gastos a mais com as compras de mercadorias. Em uma pesquisa realizada com fornecedores e empresas do mesmo ramo, o pagamento pode ser realizado à vista com 5% de desconto, ou parcelado em até 90 dias sem acréscimo, dependendo do valor da compra, e para facilitar a compra e poder sempre manter uma organização dos gastos da empresa, foi elaborado um cadastro para fornecedores, que vai conter seus dados, os itens comprados e seus prazos de pagamentos. Segue o cadastro de fornecedores a seguir: 56 Quadro 3: Cadastro de Fornecedores CADASTRO DE FORNECEDORES Nome Fantasia: Razão Social: CNPJ: Telefone: E-mail Endereço: Cidade: CEP: Vendedor: Marca: Itens Comprados: Forma de Pagamento: Condições de Trocas: Fonte: Dados conforme pesquisa 3.2.2.1 Estratégias de Marketing A empresa irá adotar estratégias de marketing, que sempre estarão voltadas para facilitar as compras dos clientes, a visibilidade da empresa no mercado e principalmente serão realizadas de uma maneira que agrida da menor forma possível o meio ambiente. São elas: A empresa ira oferecer um ambiente aconchegante, com televisão, um espaço com alguns brinquedos para distração de crianças (caso necessário), som ambiente, água e biscoitos a disposição de todos os clientes. Modelos de roupas diversificados, sem repetições, forma de exposição das peças bem elaborada, para melhor visualização das clientes, provadores amplos e bem iluminados. Atendimento qualificado, vendedoras bem alegres e com vontade de atender suas clientes, horário de atendimento diferenciado, nos dias de semana ficará aberta até as 19h00min, para as clientes que trabalham em horário comercial, e nos sábados a loja abrirá todas as tardes. A maneira de realizar as propagandas também será diferenciada, haverá um site da loja, contendo todos os dados necessários e as novidades nas coleções, também terá Facebook e Orkut, onde sempre serão atualizadas as fotos com roupas e acessórios da loja e ainda alguns anúncios em rádios. Não haverá a distribuição de folders, pois a loja está engajada em um projeto de sustentabilidade, sendo esta forma de propaganda agressiva ao meio ambiente. 57 Será realizado um atendimento mais individualizado para clientes com cadastro e que sempre compram na loja, elas terão a oportunidade de fazer reservas de peças que visualizarem na internet e ainda se preciso, as peças serão levadas até as suas casas para poderem assim, escolher de maneira mais calma as que gostariam de comprar. A empresa conterá uma logomarca bem criativa, de maneira a chamar a atenção de todos, conforme figura a seguir: NATURALMENTE BELLA Figura 2: Logamarca da empresa Fonte: Dados conforme pesquisa Os clientes podem adquirir o cartão fidelidade da loja, no qual irão acumular pontos e depois transformá-los em desconto na compra de mercadorias. Serão realizadas promoções em datas comemorativas do ano, como dias das mães, dia dos namorados, páscoa, dia dos pais e natal, e também a cada final de estação. 3.2.3 Análise de Oportunidades e Riscos Para conseguir realizar a análise das oportunidades e riscos que a empresa vai encontrar ao se inserir no mercado atual, foram levantados indicadores no âmbito de clientes, ambiente externo e interno. Os quais poderão ser visualizados no quadro a seguir. 58 Quadro 4: Matriz FOFA Oportunidades (externo) Estações climáticas bem definidas; Mercado em crescimento; Pessoas procurando produtos de melhor qualidade e com diferenciação; Fornecedores (representantes) vêm até a empresa, não possuindo gastos com viagens; Pontos Fortes (interno) Atendimento de qualidade; Produtos com qualidade e diversificados; Ameaças (externo) Concorrentes; Inadimplência; Impostos elevados; Oscilação da economia Pontos Fracos (interno) Conquistar os primeiros clientes; Necessidade de um alto capital de giro, pelas roupas possuírem um valor elevado; Horário de atendimento diferenciado; Encontrar vendedoras qualificadas, que atendam as necessidades da empresa; Ambiente interno bem estruturado, com Falta de experiência no ramo do área para crianças, clientes e comércio. acompanhantes; Capital próprio; Realização de marketing, em site e redes sociais como, facebook e Orkut; Empresa engajada com a sutentibilidade; Cartão fidelidade. Fontes: Dados conforme pesquisa 3.2.4 Características dos Consumidores x Forma de Venda As principais características dos consumidores são: classes A e B, possivelmente da C, pessoas que buscam qualidade nos produtos e marcas renomadas, consequentemente com um custo elevado. A empresa pretende buscar formas de vendas diferenciadas de seus concorrentes, como vendedoras com experiência na área para sempre proporcionar um bom atendimento, a implantação do cartão fidelidade, que vai proporcionar para as clientes com cadastro, a possibilidade de acumular pontos com suas compras, revertendo em mercadorias de suas escolhas, conforme o número de pontos. Avisar por meio do site, redes sociais e também com ligações ou mensagens no celular sobre o recebimento de novas mercadorias ou promoções. 59 3.3 INVESTIMENTO INICIAL Na sequencia são apresentadas as planilhas que foram desenvolvidas para apresentar estimativas de valores necessários para a abertura da empresa. Apresentando inicialmente os investimentos pré-operacionais, investimentos fixos, custo do estoque inicial de mercadorias, política de vendas, e assim respectivamente. Quadro 5: Estimativa de Investimentos Pré-Operacionais ESTIMATIVAS DE INVESTIMENTOS PRÉ - OPERACIONAIS Descrição Valor % Registro 1.000,00 33,33 Publicidade 500,00 16,67 Hospedagem de Site 100,00 3,33 Reforma do Ambiente 1.000,00 33,33 Fachada 400,00 13,33 Total dos Investimentos Pré - Operacionais 3.000,00 100,00 Fonte: Dados conforme pesquisa O quadro anterior demonstra do total de investimentos pré-operacionais, todos os gastos necessários para a instalação da empresa, que totalizaram R$ 3.000,00 (três mil reais), sendo que os valores mais significativos são os gastos com o registro da empresa e reforma do ambiente, seguido da publicidade, fachada e o que menos possui representatividade é a hospedagem de site. 60 Quadro 6: Estimativa de Investimento Fixo ESTIMATIVA DE INVETIMENTOS FIXOS Descrição Quantidade Máquinas e Equipamentos Notebook 1 Impressora Cupom Fiscal 1 Impressora 1 Ar condicionado split 18.000 Btus 1 TV LCD 32" 1 Software 1 Telefone sem fio 1 Máquina de cartão de crédito 1 Móveis e Utensílios Balcão Caixa 1 Balcão Vitrine 1 Balcão atendimento (central) 1 Provadores 2 Prateleiras 4 Sofá 1 Araras 4 Puffs 4 Brinquedos 11 Manequim Feminino 2 Manequim Masculino 1 Cabides com Presilha 150 Cabides Bolinha 300 Espelhos para Provadores 2 Espelhos para Ambiente da Loja 2 Banqueta para Balcão Caixa 1 Cadeira de Escritório 1 Decoração em geral Armário 1 Total do Investimento Fixo Capital Próprio Fonte: Dados conforme pesquisa Valor R$ 6.045,00 1.200,00 1.674,00 200,00 1.520,00 999,00 150,00 72,00 230,00 12.602,00 590,00 490,00 790,00 1.160,00 1.160,00 700,00 2.500,00 200,00 180,00 1.000,00 510,00 382,00 630,00 300,00 250,00 120,00 150,00 1.000,00 490,00 18.647,00 75.000,00 O quadro 6 apresenta dos investimentos fixos para a implantação da loja, os quais totalizam R$ 18.647,00 (dezoito mil seiscentos e quarenta e sete reais), deste R$ 6.045,00 (seis mil e quarenta e cinco reais) são gastos com máquinas e equipamentos e R$ 12.602,00 (doze mil seiscentos e dois reais), com móveis e utensílios. Sendo que o total investido para a abertura da empresa e o valor de R$ 75.000,00 (sessenta e cinco mil reais). 61 Quadro 7: Custo do Estoque Inicial ESTOQUE INICIAL Feminino Custo Unitário Quantidad Descrição do Produto Médio (R$) e Total (R$) Blusas Inverno 99,00 45 4.455,00 Blusas Verão 79,00 35 2.765,00 Camisetes 75,00 23 1.725,00 Vestidos Curtos 95,00 20 1.900,00 Vestidos Longos 105,00 12 1.260,00 Saias 73,00 18 1.314,00 Calça Jeans 189,00 40 7.560,00 Legging 90,00 15 1.350,00 Casacos Lã 190,00 15 2.850,00 Shorts Jeans 115,00 20 2.300,00 Jaquetas Jeans 100,00 16 1.600,00 Blusas de Lã 93,00 25 2.325,00 Casacos (Capas) 200,00 20 4.000,00 Lingerie 15,00 30 450,00 Total Femininos 35.854,00 Masculino Camisetas 85,00 28 2.380,00 Camisas 97,00 20 1.940,00 Calça Jeans 160,00 23 3.680,00 Bermuda Jeans 110,00 20 2.200,00 Total Masculinos 10.200,00 Acessórios Bolsas 35,00 20 700,00 Brincos 6,00 30 180,00 Pulseiras 10,00 30 300,00 Cintos 20,00 18 360,00 Carteiras 12,00 25 300,00 Lenços 8,00 20 160,00 Total Acessórios 2.000,00 Total Estoque Inicial 48.054,00 Fonte: Dados conforme pesquisa O quadro 7 apresenta o custo que a empresa terá para montar o seu estoque inicial, o qual foi de R$ 48.054,00 (quarenta e oito mil e cinquenta e quatro reais), deste valor total, R$ 35.854,00 (trinta e cinco mil oitocentos e cinquenta e quatro reais) é de roupas do setor feminino, R$ 10.200,00 (dez mil e duzentos reais) do setor masculino e R$ 2.000,00 (dois mil) de acessórios. A figura 3 apresenta o percentual que cada setor representa no total dos investimentos em estoque inicial, 62 sendo 75% (setenta e cinco por cento) do setor feminino, 21% (vinte e um por cento) do setor masculino e 4% (quatro por cento) do setor de acessórios. 4% 21% 75% Total Feminino Total Masculino Total Acessórios Figura 3: Custo das Mercadorias/ estoques Fonte: Dados conforme pesquisa Quadro 8: Políticas de Vendas/Compras/Estoques POLÍTICA DE VENDAS a) Prazo Médio de Vendas das Mercadorias % Vendas à Vista 40 Vendas à Prazo 60 Prazo Médio POLÍTICA DE COMPRAS b) Prazo Médio de Compras das Mercadorias % Compras à Vista 15 Compras à Prazo 85 Prazo Médio POLÍTICA DE ESTOQUES Dias c) Necessidade Média de Estoque das Mercadorias 10 ESTIMATIVA ESTOQUE INICIAL R$ d) Necessidade de Investimento Inicial em Estoques 48.054,00 Fonte: Dados conforme pesquisa Dias 90 54 Dias 90 76,5 O quadro 8 apresenta as políticas de vendas, compras e estoques que a empresa pretende adotar. Como política de vendas a empresa vai possibilitar aos clientes o pagamento à vista, com a pretensão que o mesmo representará 40% 63 (quarenta por cento), e também a venda a prazo que poderá ser realizada em até 3 (três) vezes, 30 (trinta), 60 (sessenta) e 90 (noventa) dias, resultando em um prazo médio de recebimentos de 54 (cinquenta e quatro) dias. Como política de compras a empresa decidiu que realizará 15% (quinze por cento) das compras à vista, os quais serão realizados no momento em que os fornecedores oferecerem descontos nas mercadorias, e 85% (oitenta e cinco por cento) a prazo, podendo ser efetuado o pagamento em até 3 (três) vezes, quando se achar necessário, obtendo um prazo médio de 76,5 (setenta e seis vírgula cinco) dias para pagar os fornecedores. A empresa resolveu utilizar para a política de estoques, uma necessidade de atualização dos produtos em 10 (dez) dias, para sempre estar atualizada com a moda e oferecer o melhor para suas clientes. Possui a necessidade de investimento inicial em estoque no valor de R$ 48.054,00 (quarenta e oito mil cinquenta e quatro reais). Quadro 9: Estimativa de Investimento Inicial ESTIMATIVA DE INVESTIMENTO INICIAL Descrição Valor (R$) Estimativa de Investimentos Fixos 18.647,00 Estimativa de Investimentos em Estoques 48.054,00 Estimativa de Capital de Giro 5.299,00 Estimativa de Investimentos PréOperacionais 3.000,00 Total de Investimentos Iniciais 75.000,00 Fonte: Dados conforme pesquisa % 24,86 64,07 7,07 4,00 100,00 O Quadro 9 apresenta o valor total a ser investido para a abertura da empresa, que foi de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais) este representando 100% (cem por cento), sendo a estimativa de investimento em estoques, o que possui mais representatividade referente ao total investido com 64,07% (sessenta e quatro vírgula sete por cento), seguido da estimativa de investimentos fixos com 24,86% (vinte e quatro vírgula oitenta e seis por cento),sendo a estimativa de capital de giro e de investimentos pré-operacionais, as que possuem menos representatividade do total investindo com 7,07% (sete vírgula sete por cento) e 4,00% (quatro por cento) respectivamente. Segue figura para visualização 64 4% 7% 25% Estimativa de Investimentos Fixos Estimativa de Investimentos em Estoques Estimativa de Capital de Giro Estimativa de Investimentos PréOperacionais 64% Figura 4: Estimativa de Investimento Total Fonte: Dados conforme pesquisa Quadro 10: Estimativa de Capital de Giro ESTIMATIVA DE CAPITAL DE GIRO 1 Aplicações de Recursos Valor (R$) Disponibilidades para 1 dia Contas a Receber Estoques 2 Fonte de Recursos Fornecedores Investimento Pré-Operacional 3 Necessidade de Capital de Giro Fonte: Dados conforme pesquisa 211,96 38.915,83 48.054,00 33.590,50 3.000,00 5.299,00 O quadro anterior apresenta a estimativa de capital de giro, com as aplicações de recursos e as fontes de recursos. Nas aplicações consta a disponibilidade em valor monetário que a empresa terá por dia que é de R$ 211,96 (duzentos e onze reais com noventa e seis centavos), as contas a receber, o valor das vendas a prazo que representam 60% (sessenta por cento) do faturamento mensal da empresa, resultam num valor de R$ 38.915,83 (trinta e oito mil novecentos e quinze reais com oitenta e três centavos) e ainda o total dos estoques iniciais R$ 48.054,00 (quarenta e oito mil cinquenta e quatro reais). 65 As fontes de recursos são os fornecedores, o valor resultante do custo das mercadorias vendidas R$ 33.590,50 (trinta e três mil quinhentos e noventa reais com cinquenta centavos) e do investimento pré-operacional R$ 3.000,00 (três mil reias). O quadro apresenta ainda a necessidade de capital de giro que é de R$ 5.299,00 (cinco mil duzentos e noventa e nove reais). 3.4 DESPESAS MENSAIS Foi realizado o levantamento de todas as possíveis despesas mensais que a empresa obterá. As mesmas possuem grande importância na composição do preço de venda das mercadorias, por estarem ligadas diretamente nas vendas. Serão apresentadas a seguir as despesas com pessoal, despesas com depreciação, um resumo das demais despesas mensais e o custo de comercialização. Quadro 11: Estimativa do Custo com Pessoal: Salários e Encargos Funcionários % Valor R$ Salário Bruto Provisão 13º Salário 8,33% Provisão Férias 8,33% 1/3 Férias 2,78% Sub Total Previsões 7% FGTS 8% Total Quantidade de funcionários Total Fonte: Dados conforme pesquisa 750,00 62,48 62,48 20,85 895,80 62,71 71,66 1.030,17 2,00 2.060,34 O quadro 11 apresenta a estimativa do custo com pessoal, o salário e seus encargos, que compõe as despesas fixas mensais. Serão contratadas inicialmente duas funcionárias, as quais receberão um salário bruto de R$ 750,00 (setecentos e cinquenta reais), para a empresa, integram a esse valor 8,33% (oito vírgula trinta e três por cento) da provisão do 13º salário, 8,33% (oito vírgula trinta e três por cento) da provisão de férias e 2,78% (dois vírgula setenta e oito por cento) referente à 1/3 de férias, assim totalizando R$ 895,80 (oitocentos e noventa e cinco reais com oitenta centavos). 66 Em relação aos encargos trabalhistas devem-se incluir a esse valor mais 7% (sete por cento) de previsões, referentes às faltas remuneradas e licenças que os trabalhadores possuem direito, e 8% de FGTS, assim obtendo um gasto por funcionária de R$ 1.030,17 (um mil e trinta reais com dezessete centavos), por se tratar de duas funcionárias a empresa obterá um custo total com pessoal de R$ 2.060,34 (dois mil e sessenta reais com trinta e quatro centavos). Não foi calculado o valor referente ao INSS, por se tratar de uma empresa optante do Simples Nacional. Quadro 12: Estimativa do Custo com Depreciação ESTIMATIVA DO CUSTO DE DEPRECIAÇÃO Valor a Taxa Valor Deprec. Deprec. Valor do ser de Descrição Residua Anual Mensal bem (R$) Deprec. Deprec. l (R$) (R$) (R$) (R$) (%) Máquinas e Equipamentos Notebook 1.200,00 120,00 1.080,00 20% 216,00 18,00 Impressora Cupom Fiscal 1.674,00 167,40 1.506,60 20% 301,32 25,11 Impressora 200,00 20,00 180,00 20% 36,00 3,00 Ar split 18.000 Btus 1.520,00 152,00 1.368,00 20% 273,60 22,80 TV LCD 32" 999,00 99,90 899,10 20% 179,82 14,99 Software 150,00 15,00 135,00 0% 0,00 Telefone sem fio 72,00 7,20 64,80 20% 12,96 1,08 Máquina de cartão de crédito 230,00 23,00 207,00 20% 41,40 3,45 Total Depreciação Máquinas e Equipamentos 6.045,00 604,50 5.440,50 1.061,10 88,43 Móveis e Utensílios Balcão Caixa Balcão Vitrine Balcão atendimento (central) Provadores Prateleiras Sofá Araras Puffs Brinquedos Manequim Feminino Manequim Masculino Cabides com Presilha Cabides Bolinha Espelhos para Provadores Espelhos da Loja Banqueta para Balcão Caixa Cadeira de Escritório Decoração em geral Armário Total Depreciação Móveis e Utensílios Total de Despesas com Depreciação 590,00 59,00 490,00 49,00 790,00 79,00 1.160,00 116,00 1.160,00 116,00 700,00 70,00 2.500,00 250,00 200,00 20,00 180,00 18,00 1.000,00 100,00 510,00 51,00 382,00 38,20 630,00 63,00 300,00 30,00 250,00 25,00 120,00 12,00 150,00 15,00 1.000,00 100,00 490,00 49,00 12.602,0 0 1.260,20 Fonte: Dados conforme pesquisa 531,00 441,00 711,00 1.044,00 1.044,00 630,00 2.250,00 180,00 162,00 900,00 459,00 343,80 567,00 270,00 225,00 108,00 135,00 900,00 441,00 11.341,80 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 53,10 44,10 71,10 104,40 104,40 63,00 225,00 18,00 16,20 90,00 45,90 34,38 56,70 27,00 22,50 10,80 13,50 90,00 44,10 4,43 3,68 5,93 8,70 8,70 5,25 18,75 1,50 1,35 7,50 3,83 2,87 4,73 2,25 1,88 0,90 1,13 7,50 3,68 1.134,18 94,52 182,94 67 O valor da depreciação também entra como uma despesa fixa mensal para a empresa, pois representa a perda do valor do bem a partir de seu desgaste em relação aos anos de uso, sendo reposto mensalmente. A depreciação foi calculada separadamente para máquinas e equipamentos e móveis e utensílios. Para o grupo de máquinas e equipamentos o valor mensal é de R$ 88,43 (oitenta e oito reais com quarenta e três centavos), este foi encontrado a partir do valor de seus bens subtraído pelo valor residual e após calculado a partir da estimativa de vida útil. Para móveis e utensílios o valor encontrado foi de R$ 94,52 (noventa e quatro reias com cinquenta e dois centavos), calculado da mesma forma que o grupo anterior. Assim totalizando em uma despesa mensal com depreciação para a empresa de R$ 182,94 (cento e oitenta e dois reias com noventa e quatro centavos). Quadro 13: Resumo das Despesas Mensais ESTIMATIVA DAS DESPESAS FIXAS MENSAIS Descrição Valor (R$) Aluguel 1.500,00 Água 18,00 Luz 300,00 Internet/Telefone 240,00 Escritório Contábil 300,00 Publicidade 200,00 Funcionárias 2.060,34 Pró-labore 3.000,00 Depreciação 182,94 Embalagens 140,00 Mensalidade Máquina de Cartão 30,00 Material de Expediente 60,00 Material de Consumo 40,00 Mensalidade Site 120,00 Manutenção Conta Bancária 22,00 Total 8.213,28 Fonte: Dados conforme pesquisa % 18,26 0,22 3,65 2,92 3,65 2,44 25,09 36,53 2,23 1,70 0,37 0,73 0,49 1,46 0,27 100,00 O quadro anterior apresenta a estimativa das despesas fixas operacionais mensais da empresa, que totalizou R$ 8.213,28 (oito mil duzentos e treze reias com vinte e oito centavos). Destas, as que possuem maior representatividade referente ao total das despesas são, o pró-labore e os gastos com funcionários, com 36,53% (trinta e seis vírgula cinquenta e três por cento) e 25,09% (vinte e cinco vírgula nove 68 por cento) respectivamente, seguidos pelo aluguel com 18,26% (dezoito vírgula vinte e seis por cento), de modo que as outras despesas juntas totalizam 20,12% (vinte vírgula doze por cento) referente ao total das despesas mensais. A participação das despesas são apresentadas na figura a seguir. 0,37% 2,23% 0,73% 0,49% 1,46% 0,27% 1,70% Aluguel Água Luz 18,26% Internet/Telefone 0,22% Publicidade 3,65% Funcionárias 2,92% 36,53% Escritório Contábil Pró-labore 3,65% Depreciação 2,44% Embalagens Mensalidade Máquina de Cartão 25,09% Material de Expediente Material de Consumo Mensalidade Site Manutenção Conta Bancária Figura 5: Estimativa das Despesas Fixas Operacionais Mensais Fonte: Dados conforme pesquisa Para comercialização das mercadorias, tem-se os custos com impostos (simples) mais os custos com cartão de crédito (administração). Quadro 14: Custo de Comercialização TRIBUTOS E COMISSÕES Base de Cálculo Descrição (R$) % Simples 64.859,71 7,6% Administração Cartão de Crédito 64.859,71 3,5% Total Tributos e Comissões Fonte: Dados conforme pesquisa R$ 4.929,34 1.362,05 6.291,39 69 O quadro 14 apresenta os tributos que a empresa vai pagar em relação ao seu faturamento. Sendo R$ 4.929,34 (quatro mil novecentos e vinte e nove reais com trinta e quatro centavos) do Simples Nacional. A empresa estima que caso 100% (sessenta por cento) das vendas serão realizadas em cartão de crédito ou débito, alcança assim um gasto de R$ 1.362,05 (um mil trezentos e sessenta e dois reais com cinco centavos) referente à administração do cartão de crédito. 3.5 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ORIENTATIVO A formação do preço de venda das mercadorias de uma empresa é o tópico mais importante a ser analisado e bem elaborado. Pois é a partir desse valor e das vendas que a empresa vai obter seu lucro, se tornar viável. 3.5.1 Métodos de formação de preço de venda das mercadorias A empresa vai adotar a utilização do método Mark-up para a formação do preço de venda de suas mercadorias. A partir dele encontrou-se o preço de venda orientativo e o preço de venda mínimo, foi necessário calcular os preços individualizados para cada produto, por haver diferença na estimativa de lucro de cada um. 70 Quadro 15: Formação do Mark-up com Margem de Lucro Mercadorias Blusas Inverno Blusas Verão Camisetes Vestidos Curtos Vestidos Longos Saias Calça Jeans legging Casacos Lã Shorts Jeans Jaquetas Jeans Blusas de Lã Casacos (Capas) Lingerie Mercadorias Camisetas Camisas Calça Jeans Bermuda Jeans Mercadorias Bolsas Brincos Pulseiras Cintos Carteiras lenços Simple s (%) MARK-UP COM MARGEM DE LUCRO Feminino Despesa Despesa Marge s s m de Soma Mark-up Eventuai Mensais Lucro (%) Divisor s (%) (%) (%) Mark-up Multiplicador 7,60 7,60 7,60 3,5 3,5 3,5 12,64 12,64 12,64 25 20 20 48,74 43,74 43,74 0,5126 0,5626 0,5626 1,9507 1,7773 1,7773 7,60 3,5 12,64 30 53,74 0,4626 2,1615 7,60 7,60 7,60 7,60 7,60 7,60 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 12,64 12,64 12,64 12,64 12,64 12,64 30 30 20 30 15 20 53,74 53,74 43,74 53,74 38,74 43,74 0,4626 0,4626 0,5626 0,4626 0,6126 0,5626 2,1615 2,1615 1,7773 2,1615 1,6323 1,7773 7,60 7,60 3,5 3,5 12,64 12,64 25 20 48,74 43,74 0,5126 0,5626 1,9507 1,7773 7,60 7,60 3,5 3,5 12,64 15 38,74 0,6126 12,64 40 63,74 0,3626 Masculino Despesa Marge s m de Soma Mark-up Mensais Lucro (%) Divisor (%) (%) 12,64 40 63,74 0,3626 12,64 30 53,74 0,4626 12,64 20 43,74 0,5626 1,6323 2,7575 Despesa Simple s s (%) Eventuai s (%) 7,60 3,5 7,60 3,5 7,60 3,5 7,60 Simple s (%) 7,60 7,60 7,60 7,60 7,60 7,60 3,5 Despesa s Eventuai s (%) 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 Fonte: Dados conforme pesquisa 12,64 20 43,74 0,5626 Acessórios Despesa Marge s m de Soma Mark-up Mensais Lucro (%) Divisor (%) (%) 12,64 40 63,74 0,3626 12,64 40 63,74 0,3626 12,64 40 63,74 0,3626 12,64 40 63,74 0,3626 12,64 40 63,74 0,3626 12,64 40 63,74 0,3626 Mark-up Multiplicador 2,7575 2,1615 1,7773 1,7773 Mark-up Multiplicador 2,7575 2,7575 2,7575 2,7575 2,7575 2,7575 71 O quadro 15 apresenta a formação do Mark-up com margem de lucro, que é a base para encontrar o preço de venda orientativo. Foi utilizado como base para encontrar seu valor as seguintes alíquotas: 7,6% (sete vírgula seis por cento) do Simples Nacional, 3,5% (três vírgula cinco por cento) de despesas eventuais, 12,64% (doze vírgula sessenta e quatro por cento) das despesas mensais, referente à porcentagem que as despesas fixas mensais representam do faturamento total, e ainda somada a essas a margem de lucro desejada a cada mercadoria. Com isso encontrou-se o Mark-up divisor e multiplicador. Quadro 16: Formação do Mark-up sem Margem de Lucro MARK-UP SEM MARGEM DE LUCRO Feminino Despes Despes Marge Simple as as m de Soma Mercadorias s (%) Eventuai Mensais Lucro (%) s (%) (%) (%) Feminino 7,60 3,5 12,64 0 23,74 Masculino 7,60 3,5 12,64 0 23,74 Acessórios 7,60 3,5 12,64 0 23,74 Fonte: Dados conforme pesquisa Mark- Mark-up up Multiplic Divisor ador 0,7626 0,7626 0,7626 1,3112 1,3112 1,3112 O mark-up sem margem de lucro, foi calculado da mesma maneira que o anterior, a única diferença que existe entre os dois, é que nesse não se utiliza margem de lucro, pois ele auxilia na formação do valor mínimo que se deve vender uma mercadoria, sem prejuízo e sem lucro. Por este motivo o valor do mark-up é igual para todos os setores e produtos. Para a obtenção do preço de venda mínimo e orientativo foi utilizado o valor do mark-up divisor. 72 Quadro 17: Formação do Preço de Venda Descrição dos Produtos Blusas Inverno Blusas Verão Camisetes Vestidos Curtos Vestidos Longos Saias Calça Jeans legging Casacos Lã Shorts Jeans Jaquetas Jeans Blusas de Lã Casacos (Capas) Lingerie Camisetas Camisas Calça Jeans Bermuda Jeans Bolsas Brincos Pulseiras Cintos Carteiras lenços FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA Mark-up Custo Mark-up PV PV PV Divisor Unitário Divisor (PV Mínimo- Orientativ Concorrênci (PV (RS) Orientativo) Lucro 0% o (R$) a (R$) Mínimo) Feminino 99,00 0,7626 0,5126 129,81 193,12 250,00 79,00 0,7626 0,5626 103,59 140,41 190,00 75,00 0,7626 0,5626 98,34 133,30 200,00 95,00 0,7626 0,4626 124,57 205,34 240,00 105,00 73,00 189,00 90,00 190,00 115,00 0,7626 0,7626 0,7626 0,7626 0,7626 0,7626 0,4626 0,4626 0,5626 0,4626 0,6126 0,5626 137,68 95,72 247,82 118,01 249,13 150,79 226,96 157,79 335,92 194,53 310,13 204,39 260,00 199,00 368,00 200,00 340,00 250,00 100,00 93,00 0,7626 0,7626 0,5126 0,5626 131,12 121,94 195,07 165,29 300,00 190,00 200,00 15,00 0,7626 0,7626 262,25 19,67 326,46 41,36 400,00 60,00 85,00 97,00 160,00 0,6126 0,3626 Masculino 0,7626 0,3626 0,7626 0,4626 0,7626 0,5626 111,45 127,19 209,80 234,39 209,67 284,37 260,00 228,00 330,00 110,00 0,7626 144,24 195,51 198,00 45,89 7,87 13,11 26,22 15,73 10,49 96,51 16,55 27,58 55,15 33,09 22,06 130,00 25,00 30,00 70,00 40,00 30,00 35,00 6,00 10,00 20,00 12,00 8,00 0,5626 Acessórios 0,7626 0,3626 0,7626 0,3626 0,7626 0,3626 0,7626 0,3626 0,7626 0,3626 0,7626 0,3626 Fonte: Dados conforme pesquisa O quadro anterior demonstra a formação do preço de venda mínimo, o preço de venda orientativo e ainda o preço que a concorrência vende seus produtos no mercado. O preço de venda mínimo é o menor valor que a empresa deve vender suas mercadorias para não obter prejuízo, é de grande importância no momento que 73 houver necessidade de se fazer promoções, pois ai já vai obter os valores mínimos que poderá aplicar nestas situações. O preço de venda orientativo é o valor de venda que a empresa pode aplicar para obter o lucro desejado em cada mercadoria. Para encontrar os dois preços, foi dividido os custos unitários de cada mercadoria pelo Mark-up divisor, referente ao valor sem margem de lucro e com margem de lucro. O quadro também apresenta os valores que a concorrência está utilizando atualmente no mercado, com ela podemos perceber que algumas mercadorias estão com preços bem abaixo da concorrência, deixando assim uma margem para a empresa desenvolvida neste plano de negócio possa aumentar seus preços de venda, e conseguir um lucro ainda maior que o desejado. 3.5.2 Previsões de Vendas As porcentagens de vendas utilizadas para realizar a estimativa de vendas em quantidades, foram pesquisadas na concorrência. Para assim obter uma estimativa de venda real com o mercado atual. 74 Quadro 18: Estimativa de Venda em Unidades e Faturamento com Vendas Mensal ESTIMATIVA DE VENDAS EM UNIDADE E FATURAMENTO MENSAL Feminino % de Estimativa PV Mercadoria EI vendas/E de vendas – Orientativo Receita Total (R$) I Unidades (R$) Blusas Inverno 45 Blusas Verão 35 Camisetes 23 Vestidos Curtos 20 Vestidos Longos 12 Saias 18 Calça Jeans 40 legging 15 Casacos Lã 15 Shorts Jeans 20 Jaquetas Jeans 16 Blusas de Lã 25 Casacos (Capas) 20 Lingerie 30 Total de Vendas Feminino 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 34 26 17 15 9 14 30 11 11 15 12 19 15 23 193,12 140,41 133,30 205,34 226,96 157,79 335,92 194,53 310,13 204,39 195,07 165,29 326,46 41,36 6.517,71 3.685,74 2.299,42 3.080,14 2.042,62 2.130,16 10.077,46 2.188,52 3.488,99 3.065,89 2.340,82 3.099,22 4.896,83 930,67 49.844,16 Masculino Mercadoria Camisetas Camisas Calça Jeans Bermuda Jeans Total de Vendas Masculino EI % de Estimativa vendas/E de vendas – I Unidades 28 20 23 20 50 50 50 50 14 10 12 10 PV Orientativo (R$) 234,39 209,67 284,37 195,51 Receita Total (R$) 3.281,47 2.096,65 3.270,29 1.955,06 10.603,48 Acessórios Mercadoria Bolsas Brincos Pulseiras Cintos Carteiras Lenços Total de Vendas Acessórios Total das Vendas EI % de Estimativa vendas/E de vendas – I Unidades 20 30 30 18 25 20 Fonte: Dados conforme pesquisa 80 80 80 80 80 80 16 24 24 14 20 16 PV Orientativo (R$) 96,51 16,55 27,58 55,15 33,09 22,06 Receita Total (R$) 1.544,22 397,09 661,81 794,17 661,81 352,97 4.412,07 64.859,71 75 O quadro 18 apresenta a estimativa de venda em unidades e também a receita total mensal que a empresa irá obter com essas vendas. Para realizar a estimativa de vendas em unidades foi estipulado uma porcentagem de vendas diferenciada para cada estilo de mercadorias, para as roupas femininas foi estipulada uma venda mensal de 75% (setenta e cinco por cento), para as roupas masculinas 50% (cinquenta por cento) e para os acessórios 80% (oitenta por cento) do estoque inicial, chegando assim no número de vendas para cada peça. Para ser encontrado o faturamento mensal com vendas, foi multiplicado a estimativa de vendas em unidades pelo preço de venda orientativo de cada mercadoria, chegando assim em um faturamento total mensal de R$ 64.859,71 (sessenta e quatro mil oitocentos e cinquenta de nove reais com setenta e um centavos), sendo R$ 49.844,16 (quarenta e nove mil oitocentos e quarenta e quatro reais com dezeseis centavos) a receita total com vendas do setor feminino, o setor chave da empresa, R$ 10.603,48 (dez mil seiscentos e três reais com quarenta e oito centavos) do setor masculino e R$ 4.412,07 (quatro mil quatrocentos e doze reias com sete centavos) do setor de acessórios, o qual também proporciona um bom lucro para a empresa. A figura 6 apresenta o faturamento mensal de cada setor em percentuais. 7% 16% Feminino Masculino Acessórios 77% Figura 6: Participação no Faturamento Mensal Fonte: Dados conforme pesquisa 76 3.6 APURAÇÃO DOS INDICADORES DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO, PONTO DE EQUILÍBRIO, MARGEM DE SEGURANÇA E CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS. Neste momento são apresentados os quadros referentes à margem de contribuição, que é o valor que cada unidade representa no pagamento dos custos e despesas fixas e ainda para a formação do lucro, o ponto de equilíbrio que demonstra o nível de venda que não possui nem lucro nem prejuízo, é nele que se começa a analisar o custo, volume e resultado da empresa, a margem de segurança que representa o quanto as vendas da empresa podem baixar sem que ocorra prejuízo e primeiramente o custo das mercadorias vendidas, que demonstra o quanto custam as mercadorias que a empresa estima vender. 77 Quadro 19: Apuração do Custo das Mercadorias Vendidas – CMV APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS - CMV Femininas Mercadoria Custo Unitário (R$) Estimativa de vendas Unidades 99,00 79,00 75,00 95,00 105,00 73,00 189,00 90,00 190,00 115,00 100,00 93,00 200,00 15,00 34 26 17 15 9 14 30 11 11 15 12 19 15 23 Blusas Inverno Blusas Verão Camisetes Vestidos Curtos Vestidos Longos Saias Calça Jeans legging Casacos Lã Shorts Jeans Jaquetas Jeans Blusas de Lã Casacos (Capas) Lingerie CMV das Vendas Femininas Mercadoria 3.341,25 2.073,75 1.293,75 1.425,00 945,00 985,50 5.670,00 1.012,50 2.137,50 1.725,00 1.200,00 1.743,75 3.000,00 337,50 26.890,50 Masculinas Custo Unitário (R$) Estimativa de vendas Unidades CMV Total (R$) 85,00 97,00 160,00 110,00 14 10 12 10 1.190,00 970,00 1.840,00 1.100,00 Camisetas Camisas Calça Jeans Bermuda Jeans CMV das Vendas Masculinas Mercadoria CMV Total (R$) 5.100,00 Acessórios Custo Unitário (R$) Estimativa de vendas Unidades CMV Total (R$) 35,00 6,00 10,00 20,00 12,00 8,00 16 24 24 14 20 16 560,00 144,00 240,00 288,00 240,00 128,00 Bolsas Brincos Pulseiras Cintos Carteiras lenços CMV das Vendas Acessórios CMV Total das Vendas Fonte: Dados conforme pesquisa 1.600,00 33.590,50 78 Este quadro demonstra o quanto irá custar os produtos que a empresa estima em vender. O CMV total das vendas é de R$ 33.590,50 (trinta e três mil quinhentos e noventa reais com cinquenta centavos), o setor feminino possui um custo bem mais elevado que dos outros de R$ 26.890,50 (vinte e seis mil oitocentos e noventa reais com cinquenta centavos), seguido do setor masculino com um custo de R$ 5.100,00 (cinco mil e cem reais) e dos acessórios com um custo de R$ 1.600,00 (um mil e seiscentos reais). Quadro 20: Margem de Contribuição com o Preço de Venda Orientativo Descrição dos Produtos Blusas Inverno Blusas Verão Camisetes Vestidos Curtos Vestidos Longos Saias Calça Jeans legging Casacos Lã Shorts Jeans Jaquetas Jeans Blusas de Lã Casacos (Capas) Lingerie Total Feminino Camisetas Camisas Calça Jeans Bermuda Jeans Total Masculino Bolsas Brincos Pulseiras Cintos Carteiras lenços Total Acessórios Total PV Orientativo (R$) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO - PREÇO DE VENDA ORIENTATIVO Custo Despesa Margem de Margem de Vendas Despesa Unitário Variável Contribuição Conriubuição Estimadas Fixa (R$) (R$) (R$) Unitária (R$) Total (R$) Feminino Despesa Fixa Total (R$) Resultado Líquido (R$) 193,12 99,00 21,44 72,68 34 2.452,99 24,40 823,57 1.629,43 140,41 133,30 79,00 75,00 15,59 14,80 45,82 43,50 26 17 1.202,87 750,43 17,74 16,84 465,72 290,55 737,15 459,88 205,34 95,00 22,79 87,55 15 1.313,24 25,95 389,20 924,04 226,96 157,79 105,00 73,00 25,19 17,51 96,77 67,27 9 14 870,89 908,21 28,68 19,94 258,10 269,16 612,79 639,05 335,92 194,53 189,00 90,00 37,29 21,59 109,63 82,94 30 11 3.288,86 933,09 42,45 24,58 1.273,37 276,54 2.015,49 656,56 310,13 190,00 34,42 85,71 11 964,21 39,19 440,86 523,35 204,39 115,00 22,69 66,71 15 1.000,58 25,83 387,40 613,18 195,07 100,00 21,65 73,42 12 880,99 24,65 295,78 585,20 165,29 93,00 18,35 53,94 19 1.011,46 20,89 391,61 619,84 326,46 41,36 200,00 15,00 36,24 4,59 90,22 21,77 15 23 1.353,28 489,87 41,25 5,23 618,75 117,60 734,52 372,27 17.420,96 234,39 209,67 85,00 97,00 26,02 23,27 284,37 160,00 31,57 195,51 110,00 Masculino 123,37 89,39 6.298,22 11.122,75 14 10 1.727,23 893,93 29,62 26,49 414,64 264,93 1.312,59 629,00 92,81 12 1.067,28 35,93 413,23 654,06 21,70 63,81 10 638,05 24,70 247,04 391,01 1.339,84 2.986,66 10,71 1,84 3,06 6,12 3,67 2,45 Acessórios 50,80 8,71 14,51 29,03 17,42 11,61 195,13 50,18 83,63 100,35 83,63 44,60 617,69 158,83 264,72 317,67 264,72 141,19 4.326,49 96,51 16,55 27,58 55,15 33,09 22,06 35,00 6,00 10,00 20,00 12,00 8,00 Fonte: Dados conforme pesquisa 16 24 24 14 20 16 812,81 209,01 348,35 418,02 348,35 185,79 12,20 2,09 3,48 6,97 4,18 2,79 2.322,33 24.069,78 0,00 557,50 1.764,83 8.195,55 15.874,23 79 O quadro anterior demonstra a margem de contribuição unitária, o total com o preço de venda orientativo e ainda o resultado líquido que a empresa terá com a venda dessas mercadorias. A margem de contribuição unitária foi encontrada a partir do preço de venda orientativo menos os custos unitários e as despesas variáveis unitárias, sendo que os produtos que possuem as melhores margens de contribuição são as camisetas masculinas e as calças jeans femininas, e o produto que possui uma margem bem inferior aos demais é o brinco. Para ser encontrada a margem de contribuição total, foi multiplicado a estimativa de venda de cada produto e multiplicado pela margem de contribuição unitária. Chegando em uma margem total de R$ 24.069,78 (vinte e quatro mil sessenta e nove reais com setenta e oito centavos), sendo o setor feminino que possui a maior margem de contribuição para a empresa, o que traz maiores rendimentos com sua venda, com um total de R$ 17.420,96 (dezessete mil quatrocentos e vinte reais com noventa e seis centavos), seguido do setor masculino com R$ 4.326,49 (quatro mil trezentos e vinte e seis reais com quarenta e nove centavos) e com a menor margem os acessórios com R$ 2.322,33 (três mil trezentos e vinte e dois reias com trinta e três centavos). E para se chegar ao resultado líquido foi diminuído da margem de contribuição total as despesas fixas mensais de cada produto. Chegando assim a um resultado líquido de R$ 15.874,23 (quinze mil oitocentos e setenta e quatro reais com vinte e três centavos). 80 Quadro 21: Margem de Contribuição com Preço de Venda Mínimo Descrição dos Produtos Blusas Inverno Blusas Verão Camisetes Vestidos Curtos Vestidos Longos Saias Calça Jeans legging Casacos Lã Shorts Jeans Jaquetas Jeans Blusas de Lã Casacos (Capas) Lingerie Total Feminino Camisetas Camisas Calça Jeans Bermuda Jeans Total Masculino Bolsas Brincos Pulseiras Cintos Carteiras lenços Total Acessórios Total PV Mínimo (R$) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO - PREÇO MÍNIMO Margem de Custo Despesa Vendas Margem de Contribuiçã Unitári Variável Estimada Conriubuiçã o Unitária o (R$) (R$) s o Total (R$) (R$) Feminino Despesa Fixa (R$) Despesa Fixa Total (R$) 129,81 99,00 14,41 16,40 34 553,59 16,40 553,59 103,59 98,34 79,00 75,00 11,50 10,92 13,09 12,43 26 17 343,59 214,35 13,09 12,43 343,59 214,35 124,57 95,00 13,83 15,74 15 236,10 15,74 236,10 137,68 105,00 95,72 73,00 15,28 10,62 17,40 12,09 9 14 156,57 163,28 17,40 12,09 156,57 163,28 247,82 189,00 118,01 90,00 249,13 190,00 27,51 13,10 27,65 31,31 14,91 31,48 30 11 11 939,43 167,76 354,15 31,31 14,91 31,48 939,43 167,76 354,15 150,79 115,00 16,74 19,05 15 285,81 19,05 285,81 131,12 100,00 14,55 16,57 12 198,82 16,57 198,82 121,94 93,00 13,54 15,41 19 288,91 15,41 288,91 262,25 200,00 19,67 15,00 29,11 2,18 33,14 2,49 15 23 497,05 55,92 33,14 2,49 497,05 55,92 85,00 97,00 12,37 14,12 Maculino 14,08 16,07 14 10 197,16 160,71 14,08 16,07 197,16 160,71 209,80 160,00 23,29 26,51 12 304,86 26,51 304,86 144,24 110,00 16,01 18,23 10 182,25 18,23 182,25 4.455,35 111,45 127,19 4.455,35 844,99 45,89 7,87 13,11 26,22 15,73 10,49 35,00 6,00 10,00 20,00 12,00 8,00 5,09 0,87 1,46 2,91 1,75 1,16 Acessórios 5,80 0,99 1,66 3,31 1,99 1,33 16 24 24 14 20 16 92,78 23,86 39,76 47,72 39,76 21,21 265,10 5.565,43 844,99 5,80 0,99 1,66 3,31 1,99 1,33 92,78 23,86 39,76 47,72 39,76 21,21 265,10 5.565,43 Fonte: Dados conforme pesquisa A margem de contribuição com o preço de venda mínimo foi encontrada da mesma maneira que a anterior. Mas possui uma função diferenciada, demonstrando que se os produtos forem vendidos com o preço de venda mínimo, a margem de contribuição total vai se igualar com a despesa fixa total, por tanto, não vai gerar nenhum lucro e nem prejuízo para a empresa. 81 Quadro 22: Ponto de Equilíbrio com Preço de Venda Orientativo Descrição dos Produtos Blusas Inverno Blusas Verão Camisetes Vestidos Curtos Vestidos Longos Saias Calça Jeans legging Casacos Lã Shorts Jeans Jaquetas Jeans Blusas de Lã Casacos (Capas) Lingerie Total Feminino PONTO DE EQUILÍBRIO - PREÇO DE VENDA ORIENTATIVO Ponto Ponto % Margem de Margem de Vendas de de Participaçã Contribuiçã Contribuiçã Ponto de Estimada Equilibri Equilibri o nas o Unitária o Média Equilibrio em R$ s (R$) o Total o Vendas (R$) (R$) (R$) Unitário Femininos 34 8,22% 72,68 5,9771 12 2.224,02 26 17 6,40% 4,20% 45,82 43,50 2,9310 1,8285 9 6 1.257,68 784,63 15 3,65% 87,55 3,1999 5 1.051,03 9 14 30 11 11 2,19% 3,29% 7,31% 2,74% 2,74% 96,77 67,27 109,63 82,94 85,71 2,1220 2,2130 8,0138 2,2736 2,3494 3 5 10 4 4 697,00 726,87 3.438,71 746,78 1.190,54 15 3,65% 66,71 2,4381 5 1.046,17 12 2,92% 73,42 2,1466 4 798,75 19 4,57% 53,94 2,4646 6 1.057,54 15 23 3,65% 5,48% 90,22 21,77 3,2975 1,1936 5 8 1.670,93 317,57 251 61,04% 85 17.008,22 Camisetas Camisas Calça Jeans Bermuda Jeans Total Masculino 14 10 12 3,41% 2,44% 2,80% 997,93 42,4487 Masculino 123,37 4,2087 89,39 2,1782 92,81 2,6006 5 3 4 1.119,73 715,44 1.115,91 10 2,44% 1,5547 3 667,12 46 11,09% 16 3.618,20 Bolsas Brincos Pulseiras Cintos Carteiras lenços Total Acessórios Total 16 24 24 14 20 16 3,90% 5,85% 5,85% 3,51% 4,87% 3,90% 369,38 10,5421 Acessórios 50,80 1,9805 8,71 0,5093 14,51 0,8488 29,03 1,0186 17,42 0,8488 11,61 0,4527 5 8 8 5 7 5 526,93 135,50 225,83 270,99 225,83 120,44 114 410 27,88% 100,00% 39 140 1.505,52 22.131,94 63,81 132,08 1499,39 5,6587 58,6496 140,04 Fonte: Dados conforme pesquisa No quadro 22 pode-se verificar o ponto de equilíbrio que a empresa precisa atingir com as vendas. Para encontra-lo primeiramente foi calculado a porcentagem de participação nas vendas de cada produto, dividindo a estimativa de venda unitária 82 pela total, após encontrou-se a margem de contribuição média, com a multiplicação da margem de contribuição unitária e a porcentagem de participação das vendas. Enfim o ponto de equilíbrio nas vendas foi encontrado com a divisão do total das despesas mensais e a margem de contribuição média. Verifica-se assim que o ponto de equilíbrio da empresa é de 140 (cento e quarenta) unidades, sendo 85 (oitenta e cinco) unidades do setor feminino, em segundo os acessórios com 39 (trinta e nove) unidades e com menor representatividade o setor masculino com 16 (dezesseis) unidades. O ponto de equilíbrio em valores monetários totalizou R$ 22.131,94 (vinte e dois mil cento e trinta e um reais com noventa e quatro centavos), onde 61,04% (sessenta e um vírgula quatro por cento) correspondem ao setor feminino, 27,88% (vinte e sete vírgula oitenta e oito por cento) aos acessórios e 11,09% (onze vírgula nove por cento) ao setor masculino. Quadro 23: Margem de Segurança Operacional com Preço de Venda Orientativo MARGEM DE SEGURANÇA OPERACIONAL - PREÇO DE VENDA ORIENTATIVO Unidades no Descrição dos Volume de MSO PE- PV MSO em % Produtos Vendas Unidades Orientativo Feminino Blusas Inverno 34 12 22 65,88% Blusas Verão 26 9 17 65,88% Camisetes 17 6 11 65,88% Vestidos Curtos 15 5 10 65,88% Vestidos Longos 9 3 6 65,88% Saias 14 5 9 65,88% Calça Jeans 30 10 20 65,88% legging 11 4 7 65,88% Casacos Lã 11 4 7 65,88% Shorts Jeans 15 5 10 65,88% Jaquetas Jeans 12 4 8 65,88% Blusas de Lã 19 6 12 65,88% Casacos (Capas) 15 5 10 65,88% Lingerie 23 8 15 65,88% Masculino Camisetas 14 5 9 65,88% Camisas 10 3 7 65,88% Calça Jeans 12 4 8 65,88% Bermuda Jeans 10 3 7 65,88% Acessórios Bolsas 16 5 11 65,88% Brincos 24 8 16 65,88% Pulseiras 24 8 16 65,88% Cintos 14 5 9 65,88% Carteiras 20 7 13 65,88% lenços 16 5 11 65,88% Fonte: Dados conforme pesquisa 83 Neste quadro, pode-se constatar a margem de segurança operacional, que representa o volume de vendas que supera as que foram calculadas no ponto de equilíbrio. Representando o quanto as vendas podem cair e não causar prejuízo a empresa. Para ser encontrada a margem de segurança, primeiramente foi diminuído o volume de vendas pelo ponto de equilíbrio, encontrando a margem de segurança em unidades, a qual foi dividida com o volume de vendas para encontra-la em percentual. Assim chegando a um percentual de 65,88% (sessenta e cinco vírgula oitenta e oito por cento) de margem que a empresa possui para trabalhar com o preço de venda. 3.6.1 Métodos de análise de investimentos; payback, valor presente líquido, taxa interna de retorno A análise do investimento tem o objetivo de medir a situação financeira da empresa, e por este motivo foram calculados os principais métodos de análise de investimentos, que são o payback, valor presente líquido e taxa interna de retorno. Para ser realizado os cálculos dessas análises, foi considerado uma taxa mínima de atratividade de 13% (treze por cento), contemplando o custo do capital e o risco do investimento, e um prazo máximo de 12 meses para o retorno do capital investido. 3.6.1.1 Valor Presente Líquido O Valor Presente Líquido representa o valor atual para os futuros fluxos reais que serão gerados para a empresa, se este valor for positivo, demonstra que a mesma obteve um retorno acima de suas expectativas. Pode-se observar no quadro posterior que o Valor Presente Líquido projetado para a empresa em estudo, no final do 12º mês de atividade, terá gerado um fluxo de caixa descontado no valor de R$ 7.229,81 (sete mil duzentos e vinte e nove reais com oitenta e um centavos), este sendo maior que o valor do investimento inicial. 84 Quadro 24: Valor Presente Líquido VALOR PRESENTE LIQUIDO Tempo TMA Fluxo de Caixa - (R$) Fluxo de Caixa Descontado - (R$) 0 13% - 75.000,00 1 13% 6.400,64 2 13% 9.855,27 3 13% 13.309,90 4 13% 16.764,54 5 13% 16.764,54 6 13% 16.764,54 7 13% 16.764,54 8 13% 16.764,54 9 13% 16.764,54 10 13% 16.764,54 11 13% 16.764,54 12 13% 16.764,54 Total dos Fluxos de Caixa (VPL) Fonte: Dados conforme pesquisa - 75.000,00 5.664,28 7.718,12 9.224,43 10.282,00 9.099,12 8.052,32 7.125,94 6.306,15 5.580,66 4.938,64 4.370,48 3.867,68 7.229,81 3.6.1.2 Taxa Interna de Retorno A taxa interna de retorno busca igualar o valor presente dos fluxos de entrada de caixa com o investimento inicial de um projeto. Para poder analisar a viabilidade do negócio deve-se cuidar se a taxa interna de retorno é maior que o custo do capital, ou seja, a taxa mínima de atratividade (TMA). 85 Quadro 25: Taxa Interna de Retorno TAXA INTERNA DE RETORNO Tempo TIR Fluxo de Caixa 0 14,83% - 75.000,00 1 14,83% 6.400,64 2 14,83% 9.855,27 3 14,83% 13.309,90 4 14,83% 16.764,54 5 14,83% 16.764,54 6 14,83% 16.764,54 7 14,83% 16.764,54 8 14,83% 16.764,54 9 14,83% 16.764,54 10 14,83% 16.764,54 11 14,83% 16.764,54 12 14,83% 16.764,54 Total dos Fluxos Descontados Total do Investimento Inicial VPL Fonte: Dados conforme pesquisa VPL - 75.000,00 5.574,13 7.474,41 8.790,99 9.642,92 8.397,75 7.313,37 6.369,01 5.546,59 4.830,37 4.206,63 3.663,44 3.190,39 75.000,00 - 75.000,00 0,00 Pode-se observar no quadro anterior que a taxa interna de retorno é 14,83% (quatorze vírgula oitenta e três por cento), assim igualando o fluxo de caixa descontado ao valor investido, chegando a um valor presente líquido (VPL) nulo. Analisando a TIR, chega-se a conclusão que no final do primeiro ano de atividade a empresa cobre seus investimentos e que o projeto deste estudo é viável, pois a TIR de 14,83% (quatorze vírgula oitenta e três por cento) é maior que a TMA de 13% (treze por cento). 3.6.1.3 Payback O Payback tem o objetivo de mostrar qual o período de tempo que a empresa leva para reaver o investimento inicial do empreendimento, pode ser visualizado no momento em que o fluxo de caixa acumulado ficar positivo. Foi realizado o calculo do payback simples, que não considera o custo do dinheiro no tempo e sim em datas futuras e o payback descontado que considera o custo do dinheiro no tempo correto, trazendo as futuras entradas de caixa para o valor presente. 86 Quadro 26: Payback Simples PAYBACK SIMPLES Tempo 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Fluxo de Caixa Gerado 75.000,00 6.400,64 9.855,27 13.309,90 16.764,54 16.764,54 16.764,54 16.764,54 16.764,54 16.764,54 16.764,54 16.764,54 16.764,54 Saldo Inicial - Payback Simples - (R$) 0,00 75.000,00 68.599,36 58.744,09 45.434,19 28.669,65 11.905,12 4.859,42 21.623,96 38.388,49 55.153,03 71.917,57 88.682,10 - 75.000,00 - 68.599,36 - 58.744,09 - 45.434,19 - 28.669,65 - 11.905,12 4.859,42 21.623,96 38.388,49 55.153,03 71.917,57 88.682,10 105.446,64 Fonte: Dados conforme pesquisa Para ser encontrado o período do payback simples, foram utilizados o fluxo de caixa gerado para o primeiro ano de funcionamento, o saldo inicial e final, sem considerar o custo do dinheiro no tempo, assim estimando um período de 5 (cinco) meses e 21(vinte e um) dias para recuperar o valor de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais) investido para a abertura da empresa. Quadro 27: Payback Descontado PAYBACK DESCONTADO Tempo TMA Fluxo de Caixa Gerado Valor Presente FC Saldo Inicial Payback Descontado (R$) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 13% 13% 13% 13% 13% 13% 13% 13% 13% 13% 13% 13% - 75.000,00 6.400,64 9.855,27 13.309,90 16.764,54 16.764,54 16.764,54 16.764,54 16.764,54 16.764,54 16.764,54 16.764,54 - 75.000,00 5.664,28 7.718,12 9.224,43 10.282,00 9.099,12 8.052,32 7.125,94 6.306,15 5.580,66 4.938,64 4.370,48 0,00 - 75.000,00 - 69.335,72 - 61.617,60 -52.393,17 -42.111,16 -33.012,04 -24.959,73 -17.833,78 - 11.527,64 - 5.946,98 - 1.008,34 - 75.000,00 - 69.335,72 - 61.617,60 - 52.393,17 - 42.111,16 - 33.012,04 - 24.959,73 - 17.833,78 - 1.527,64 - 5.946,98 - 1.008,34 3.362,14 12 13% 16.764,54 3.867,68 3.362,14 7.229,81 Fonte: Dados conforme pesquisa 87 Para ser encontrado o período do payback descontado, foi utilizado um taxa mínima de atratividade de 13% (treze por cento), por considerar o custo do dinheiro no seu tempo. Neste caso estimando um período de 10 (dez) meses e 6 (seis) dias para recuperar o capital investido. 3.6.2 Índice de Rotatividade do Estoque O índice de rotatividade do estoque demonstra a empresa o tempo que a mercadoria permanece em estoque, a partir de sua entrada até o momento da venda. Quadro 28: Giro dos Estoques Giro dos Estoques = CMV x 100 = Estoque Médio 33.590,50 x 100 = 70% 48.054,00 Fonte: Dados conforme pesquisa O giro dos estoques foi encontrado a partir da divisão do valor encontrado no custo das mercadorias vendidas com o valor do estoque que a empresa possui. Resultando assim em um giro de 70% (setenta por cento), este sendo um ótimo giro de estoque para a empresa, pois demonstra que a mercadoria foi vendida e não ficou estocada na empresa. Quadro 29: Giro dos Estoques em dias Giro dos Estoques = CMV x 100 = 33.590,50 Estoque Médio 48.054,00 Fonte: Dados conforme pesquisa x 30 = 21 dias 88 Demonstra-se no quadro anterior, o giro de estoque em dias, resultando em um giro de 21 (vinte e um) dias. 3.7 PROJEÇÃO DO RESULTADO A projeção da demonstração do resultado nos apresenta os resultados que a empresa terá nos três primeiros meses de funcionamento, ou seja, se a empresa terá lucro ou prejuízo. Quadro 30: Demonstração do Resultado do Exercício Demonstração do Resultado do Exercício Discriminação 1. Receita Total Receita de Venda de Mercadorias à vista Receita de Venda de Mercadorias a prazo 2. Custos Variáveis Totais Custo da Mercadoria Vendida (CMV) Simples Nacional (7,60%) Administração de Cartão Crédito Despesas de Instalação 3.Margem de Contribuição 4. Despesas Fixas Totais Aluguel Água Luz Internet/Telefone Escritório Contábil Publicidade Funcionárias Pró-labore Depreciação Embalagens Mensalidade Máquina de Cartão Material de Expediente Material de Consumo Mensalidade Site Manutenção Conta Bancária 5. Resultado Operacional (Lucro/Prejuizo) Mês 01 Valor R$ % 64.859,71 100,00 25.943,88 40,00 38.915,83 60,00 42.881,89 66,11 33.590,50 51,79 4.929,34 7,60 1.362,05 2,10 3.000,00 4,63 21.977,82 33,89 8.213,28 100,00 1.500,00 18,26 18,00 0,22 300,00 3,65 240,00 2,92 300,00 3,65 200,00 2,44 2.060,34 25,09 3.000,00 36,53 182,94 2,23 140,00 1,70 30,00 0,37 60,00 0,73 40,00 0,49 120,00 1,46 22,00 0,27 13.764,54 21,22 Mês 02 Valor R$ % 64.859,71 100,00 25.943,88 40,00 38.915,83 60,00 39.881,89 61,49 33.590,50 51,79 4.929,34 7,60 1.362,05 2,10 Valor R$ 64.859,71 25.943,88 38.915,83 39.881,89 33.590,50 4.929,34 1.362,05 Mês 03 24.977,82 38,51 8.213,28 100,00 1.500,00 18,26 18,00 0,22 300,00 3,65 240,00 2,92 300,00 3,65 200,00 2,44 2.060,34 25,09 3.000,00 36,53 182,94 2,23 140,00 1,70 30,00 0,37 60,00 0,73 40,00 0,49 120,00 1,46 22,00 0,27 16.764,54 25,85 24.977,82 8.213,28 1.500,00 18,00 300,00 240,00 300,00 200,00 2.060,34 3.000,00 182,94 140,00 30,00 60,00 40,00 120,00 22,00 16.764,54 % 100,00 40,00 60,00 61,49 51,79 7,60 2,10 38,51 100,00 18,26 0,22 3,65 2,92 3,65 2,44 25,09 36,53 2,23 1,70 0,37 0,73 0,49 1,46 0,27 25,85 Fonte: Dados conforme pesquisa Para a elaboração da demonstração do resultado foram consideradas constantes as vendas nos três meses. A estimativa de receita total foi de R$ 64.859,71 (sessenta e quatro mil oitocentos e cinquenta e nove reais com setenta e um centavos), deste, 40% (quarenta por cento) é referente à receita com vendas à vista e 60% (sessenta por cento) das vendas a prazo. Deste valor foram descontados os custos variáveis totais no valor de R$ 42.881,89 (quarenta e dois mil oitocentos e oitenta e um reais com oitenta e nove centavos), referente ao custo da mercadoria vendida, simples nacional, administração do cartão de crédito e no primeiro mês ainda as despesas de instalação. Resultando em uma margem de 89 contribuição no valor de R$ 21.977,82 (vinte e um mil novecentos e setenta e sete reais com oitenta e dois centavos). Devendo ainda ser descontado da margem de contribuição os custos fixos totais no valor de R$ 8.213,28 (oito mil duzentos e treze reais com vinte e oito centavos), chegando assim ao resultado operacional (lucro líquido) do primeiro mês no valor de R$ 13.764,54 (treze mil setecentos e sessenta e quatro reais com cinquenta e quatro centavos). Se for observado os três meses projetados, pode-se perceber que no primeiro mês os custos variáveis totais representam 66,11% (sessenta e seis vírgula onze por cento) da receita total e nos meses seguinte 61,49% (sessenta e um vírgula quarenta e nove por cento), esta diferença ocorre devido à despesa de instalação que somente se insere no primeiro mês. Consequentemente a margem de contribuição também é diferente, representando 33,89% (trinta e três vírgula oitenta e nove por cento) no primeiro mês e 38,51% (trinta e oito vírgula cinquenta e um por cento) nos meses seguintes da receita total. Os custos fixos totais não modificam nos meses analisados, com isso o lucro líquido no primeiro mês representa 21,22% (vinte e um vírgula vinte e dois por cento) da receita total e os dois meses seguintes representam 25,85% (vinte e cinco vírgula oitenta e cinco por cento) da mesma. 3.7.1 Construção de Cenários A construção de cenários é de grande importância para o gerenciamento da empresa, pois ajuda a analisar qual seria sua situação da empresa caso as vendas não ocorram como o projetado, pois como a empresa trabalha direto com compras e vendas, vai sempre depender de como o mercado do setor e a economia estiverem. 90 Quadro 31: Construção de Cenários Discriminação 1. Receita Total Receita de Venda de Merc. à vista Receita de Venda de Merc. à prazo 2. Custos Variáveis Totais Custo da Mercadoria Vendida Simples Nacional (7,60%) Administração de Cartão Crédito Despesas de Instalação 3.Margem de Contribuição 4. Despesas Fixas Totais Aluguel Água Luz Internet/Telefone Escritório Contábil Publicidade Funcionárias Pró-labore Depreciação Embalagens Mensalidade Máquina de Cartão Material de Expediente Material de Consumo Mensalidade Site Manutenção Conta Bancária 5. Resultado Operacional (Lucro/Prejuizo) CENÁRIO CENÁRIO CENÁRIO OTIMISTA PESSIMISTA PESSIMISTA Média Mensal Média Anual Simulação Simulação Valor (R$) % Valor (R$) % Valor (R$) % Valor (R$) % 64.859,71 100,00 778.316,50 100,00 32.429,85 100,00 22.700,90 100,00 25.943,88 40,00 311.326,60 40,00 12.971,94 40,00 9.080,36 40,00 38.915,83 42.881,89 33.590,50 4.929,34 60,00 66,11 51,79 7,60 466.989,90 514.582,70 403.086,00 59.152,05 60,00 66,11 51,79 7,60 19.457,91 22.940,95 16.795,25 2.464,67 60,00 70,74 51,79 7,60 13.620,54 16.958,66 11.756,68 1.725,27 60,00 74,70 51,79 7,60 16.344,65 2,10 36.000,00 4,63 263.733,80 33,89 98.559,36 100,00 18.000,00 18,26 216,00 0,22 3.600,00 3,65 2.880,00 2,92 3.600,00 3,65 2.400,00 2,44 24.724,08 25,09 36.000,00 36,53 2.195,28 2,23 1.680,00 1,70 681,03 3.000,00 9.488,91 8.213,28 1.500,00 18,00 300,00 240,00 300,00 200,00 2.060,34 3.000,00 182,94 140,00 2,10 9,25 29,26 100,00 18,26 0,22 3,65 2,92 3,65 2,44 25,09 36,53 2,23 1,70 1.362,05 2,10 3.000,00 4,63 21.977,82 33,89 8.213,28 100,00 1.500,00 18,26 18,00 0,22 300,00 3,65 240,00 2,92 300,00 3,65 200,00 2,44 2.060,34 25,09 3.000,00 36,53 182,94 2,23 140,00 1,70 30,00 60,00 40,00 120,00 22,00 0,37 0,73 0,49 1,46 0,27 360,00 720,00 480,00 1.440,00 264,00 0,37 0,73 0,49 1,46 0,27 30,00 60,00 40,00 120,00 22,00 0,37 0,73 0,49 1,46 0,27 13.764,54 21,22 263.469,80 33,85 1.275,63 3,93 476,72 2,10 3.000,00 13,22 5.742,24 25,30 8.213,28 100,00 1.500,00 18,26 18,00 0,22 300,00 3,65 240,00 2,92 300,00 3,65 200,00 2,44 2.060,34 25,09 3.000,00 36,53 182,94 2,23 140,00 1,70 30,00 60,00 40,00 120,00 22,00 2.471,04 0,37 0,73 0,49 1,46 0,27 10,89 Fonte: Dados conforme pesquisa Foram realizados três cenários para analise, um cenário otimista e dois cenários pessimistas, um com queda de 50% (cinquenta por cento) e outro com 65% (sessenta e cinco por cento) de queda nas vendas. No cenário otimista estimou-se uma receita total mensal de R$ 64.859,71 (sessenta e quatro mil oitocentos e cinquenta e nove reais com setenta e um centavos), e uma receita anual de R$ 778.316,50 (setecentos e setenta e oito mil trezentos e dezesseis reais com cinquenta centavos), sendo descontado destes valores, os custos variáveis totais no valor de R$ 42.881,89 (quarenta e dois mil oitocentos e oitenta e um reais com oitenta e nove centavos) mensal e R$ 514.582,70 (quinhentos e quatorze mil quinhentos e oitenta e dois reais com setenta centavos) anual. Assim chegando a uma margem de contribuição mensal de R$ 21.977,82 (vinte e um mil novecentos e setenta e sete reais com oitenta e dois centavos) e anual de R$ 263.733,80 (duzentos e sessenta e três mil setecentos e trinta e três reais com oitenta centavos). Descontando ainda as despesas fixas totais mensais no 91 valor de R$ 8.213,28 (oito mil duzentos e treze reais com vinte e oito centavos) chegou-se a um lucro líquido mensal de R$ 13.764,54 (treze mil setecentos e sessenta e quatro reais com cinquenta e quatro centavos), representando 21,22% (vinte e um vírgula vinte e dois por cento) da receita total mensal. Anualmente as despesas fixas totais somaram R$ 98.559,36 (noventa e oito mil quinhentos e cinquenta e nove reais com trinta e seis centavos) descontados da margem de contribuição, estima-se em um lucro líquido anual de R$ 263.469,80 (duzentos e sessenta e três mil quatrocentos e sessenta e nove reais com oitenta centavos), equivalente a 33,85% (trinta e três vírgula oitenta e cinco por cento) da receita total. No primeiro cenário pessimista com 50% (cinquenta por cento) de queda nas vendas, estima-se uma receita total mensal de R$ 32.429,85 (trinta e dois mil quatrocentos e vinte e nove reais com oitenta e cinco centavos), os custos fixos totais foram reduzidos na mesma proporção que as vendas, o único custo que não sofreu alteração foram às despesas de instalação, pois não alteram com as vendas, as despesas fixas totais também não sofrem alterações. Mesmo com essa queda nas vendas a empresa não terminaria o mês com prejuízo, mas com um lucro bem reduzido no valor de R$ 1.275,63 (um mil duzentos e setenta e cinco reais com sessenta e três centavos), equivalente a 3,93% (três vírgula noventa e três por cento) da receita total. No segundo cenário pessimista foi estimada uma queda mais brusca nas vendas, de 65% (sessenta e cinco por cento). Assim chegando a uma receita total mensal de R$ 22.700,90 (vinte e dois mil setecentos reais com noventa centavos), as deduções foram realizadas iguais as do primeiro cenário pessimista. Chegando a um prejuízo mensal estimado em R$ (2.471,04) (dois mil quatrocentos e setenta e um reias com quatro centavos). 3.7.2 Projeção do Fluxo de Caixa A projeção do fluxo de caixa é de grande importância para a empresa Naturalmente Bella, pois é com ele que a mesma vai saber se possuirá disponibilidades para honrar seus compromissos com terceiros. Foram projetados dois fluxos de caixa, o fluxo de caixa para um cenário otimista e outro para um cenário pessimista. 92 Quadro 32: Projeção do Fluxo de Caixa – Cenário Otimista FLUXO DE CAIXA PROJETADO PARA SEIS MESES INICIAIS – CENÁRIO OTIMISTA Mês 01 – Mês 02- Mês 03 – Mês 04 – Mês 05 – Especificações (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) Mês 06 – (R$) SALDO INICIAL 5.299,00 8.699,64 18.554,91 31.864,81 48.629,35 65.393,88 ENTRADAS 25.943,88 38.915,83 51.887,77 64.859,71 64.859,71 64.859,71 Receitas de Vendas à vista 25.943,88 25.943,88 25.943,88 25.943,88 25.943,88 25.943,88 Receita de Vendas a prazo - 12.971,94 25.943,88 38.915,83 38.915,83 38.915,83 SAÍDAS 22.543,25 29.060,56 38.577,86 48.095,17 48.095,17 48.095,17 CUSTOS VARIÁVEIS 11.329,97 20.847,28 30.364,58 39.881,89 39.881,89 39.881,89 Custo das Compras 5.038,58 14.555,88 24.073,19 33.590,50 33.590,50 33.590,50 Simples 4.929,34 4.929,34 4.929,34 4.929,34 4.929,34 4.929,34 Adm. Cartão de Crédito 1.362,05 1.362,05 1.362,05 1.362,05 1.362,05 1.362,05 DESPESAS PRÉOPERACIONAIS Registro Publicidade Hospedagem de Site Reforma do Ambiente Fachada DESPESAS FIXAS Aluguel Água Luz Internet/Telefone Escritório Contábil Publicidade Funcionárias Pró-labore Depreciação Embalagens Mensalidade Máquina de Cartão Material de Expediente Material de Consumo Mensalidade Site Manutenção Conta Bancária SALDO LÍQUIDO MÊS 3.000,00 1.000,00 500,00 100,00 1.000,00 400,00 8.213,28 1.500,00 18,00 300,00 240,00 300,00 200,00 2.060,34 3.000,00 182,94 140,00 8.213,28 1.500,00 18,00 300,00 240,00 300,00 200,00 2.060,34 3.000,00 182,94 140,00 8.213,28 1.500,00 18,00 300,00 240,00 300,00 200,00 2.060,34 3.000,00 182,94 140,00 8.213,28 1.500,00 18,00 300,00 240,00 300,00 200,00 2.060,34 3.000,00 182,94 140,00 8.213,28 1.500,00 18,00 300,00 240,00 300,00 200,00 2.060,34 3.000,00 182,94 140,00 8.213,28 1.500,00 18,00 300,00 240,00 300,00 200,00 2.060,34 3.000,00 182,94 140,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 40,00 40,00 40,00 40,00 40,00 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 22,00 22,00 22,00 22,00 22,00 8.699,64 18.554,91 31.864,81 48.629,35 65.393,88 30,00 60,00 40,00 120,00 22,00 82.158,42 Fonte: Dados conforme pesquisa O quadro 32 apresenta o fluxo de caixa do cenário otimista para os seis primeiros meses de funcionamento da empresa. Para o primeiro mês estima-se um saldo inicial de R$ 5.299,00 (cinco mil duzentos e noventa e nove reias), esse valor se origina do investimento total da empresa, menos a estimativa de investimentos fixos em estoque e em investimentos pré-operacionais. O valor estimado das receitas com venda que é de R$ 25.943,88 (vinte e cinco mil novecentos e quarenta e três reais com oitenta e oito centavos) e refere-se as vendas à vista, pois as vendas a prazo são realizadas sem entrada, assim não havendo receitas com vendas a prazo. Estima-se para o primeiro mês saídas no valor de R$ 22.543,25 (vinte e dois mil quinhentos e quarenta e três reais com vinte e cinco centavos), este valor resultante da soma dos custos variáveis, já incluso o gastos com as compras das 93 mercadorias, das despesas pré-operacionais e das despesas fixas. O saldo líquido no primeiro mês de R$ 8.699,64 (oito mil seiscentos e noventa e nove reais com sessenta e quatro centavos), resulta da soma do saldo inicial e das receitas com vendas, subtraídas pelo valor das saídas. Podemos observar que nos cinco meses posteriores também projetados no fluxo de caixa, a empresa se mantém com o saldo positivo e em crescimento, mostrando que com sua receita das vendas a empresa esta conseguindo arcar com suas despesas e ainda conquistar um bom capital de giro. Quadro 33: Projeção do Fluxo de Caixa – Cenário Pessimista FLUXO DE CAIXA PROJETADO PARA SEIS MESES INICIAIS - CENÁRIO PESSIMISTA Mês 01 Mês 02Mês 03 - Mês 04 Mês 05 Especificações (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) Mês 06 - (R$) SALDO INICIAL 5.299,00 1.392,68 2.213,67 4.761,99 9.037,61 13.313,24 ENTRADAS 12.971,94 19.457,91 25.943,88 32.429,85 32.429,85 32.429,85 Receitas de Vendas à vista 12.971,94 12.971,94 12.971,94 12.971,94 12.971,94 12.971,94 Receita de Vendas a prazo 6.485,97 12.971,94 19.457,91 19.457,91 19.457,91 SAÍDAS 16.878,26 18.636,92 23.395,57 28.154,23 28.154,23 28.154,23 CUSTOS VARIÁVEIS 5.664,98 10.423,64 15.182,29 19.940,95 19.940,95 19.940,95 Custo das Compras 2.519,29 7.277,94 12.036,60 16.795,25 16.795,25 16.795,25 Simples 2.464,67 2.464,67 2.464,67 2.464,67 2.464,67 2.464,67 Adm. Cartão de Crédito 681,03 681,03 681,03 681,03 681,03 681,03 DESPESAS PRÉOPERACIONAIS Registro Publicidade Hospedagem de Site Reforma do Ambiente Fachada DESPESAS FIXAS Aluguel Água Luz Internet/Telefone Escritório Contábil Publicidade Funcionárias Pró-labore Depreciação Embalagens Mensalidade Máquina de Cartão Material de Expediente Material de Consumo Mensalidade Site Manutenção Conta Bancária SALDO LÍQUIDO MÊS 3.000,00 1.000,00 500,00 100,00 1.000,00 400,00 8.213,28 1.500,00 18,00 300,00 240,00 300,00 200,00 2.060,34 3.000,00 182,94 140,00 8.213,28 1.500,00 18,00 300,00 240,00 300,00 200,00 2.060,34 3.000,00 182,94 140,00 8.213,28 1.500,00 18,00 300,00 240,00 300,00 200,00 2.060,34 3.000,00 182,94 140,00 8.213,28 1.500,00 18,00 300,00 240,00 300,00 200,00 2.060,34 3.000,00 182,94 140,00 8.213,28 1.500,00 18,00 300,00 240,00 300,00 200,00 2.060,34 3.000,00 182,94 140,00 8.213,28 1.500,00 18,00 300,00 240,00 300,00 200,00 2.060,34 3.000,00 182,94 140,00 30,00 60,00 40,00 120,00 22,00 1.392,68 30,00 60,00 40,00 120,00 22,00 2.213,67 30,00 60,00 40,00 120,00 22,00 4.761,99 30,00 60,00 40,00 120,00 22,00 9.037,61 30,00 60,00 40,00 120,00 22,00 13.313,24 30,00 60,00 40,00 120,00 22,00 17.588,87 Fonte: Dados conforme pesquisa O fluxo de caixa com o cenário pessimista foi projetado com uma queda nas vendas de 50% (cinquenta por cento), o saldo inicial é o mesmo que no fluxo anterior no valor de R$ 5.299,00 (cinco mil duzentos e noventa e nove reais), e a 94 estimativa de receita com vendas diminuiu para R$ 12.971,94 (doze mil novecentos e setenta e um reais com noventa e quatro centavos) devido essa queda nas vendas. O valor das saídas também será modificado, devido à alteração nos custos variáveis, pois os custos com as compras das mercadorias, com o simples nacional e com a administração cartão de crédito sofrerão queda na mesma proporção, já as despesas pré-operacionais e fixas não sofrem alteração, chegando a um total das saídas no valor de R$ 16.878,26 (dezesseis mil oitocentos e setenta e oito reias com vinte e seis centavos). Assim resultando em um saldo líquido no primeiro mês de R$ 1.392,68 (um mil trezentos e noventa e dois reais com sessenta e oito centavos), valor obtido com a soma do saldo inicial e da receita com venda, subtraído o valor das saídas. Mesmo ocorrendo à redução de 50% (cinquenta por cento) a empresa conseguirá em seus seis primeiros meses de funcionamento honrar com seus compromissos com terceiros e ainda manter um bom saldo em caixa. 3.7.3 Projeção do Balanço Patrimonial Depois de realizadas as projeções da demonstração do resultado e do fluxo de caixa, foi realizada a projeção do balanço patrimonial, onde foi analisado as aplicações e as fontes dos recursos. Quadro 34: Projeção do Balanço Patrimonial Ativo Ativo Circulante Caixa Estoque Clientes Ativo Não Circulante Imobilizado (-) Depreciação Acumulada Total das Aplicações Balanço Patrimonial Projetado - Mês 01 Valor % Passivo 98.669,46 84,11 Passivo Circulante 11.699,64 9,97 Fornecedores 48.054,00 40,96 38.915,83 33,17 18.647,00 15,89 Patrimônio Líquido 18.647,00 15,89 Capital Social 117.316,46 100,00 Lucros Total das Origens Valor 28.551,93 28.551,93 % 24,34 24,34 88.764,54 75.000,00 75,66 63,93 13.764,54 117.316,46 11,73 100,00 Fonte: Dados conforme pesquisa O Ativo (aplicações dos recursos) totalizou R$ 117.316,46 (cento e dezessete mil trezentos e dezesseis reais com quarenta e seis centavos), sendo o Ativo Circulante R$ 98.669,46 (noventa e oito mil seiscentos e sessenta e nove reais com 95 quarenta e seis centavos), equivalente a 84,11% (oitenta e quatro vírgula onze por cento) do Ativo total, composto pelas contas caixa, estoque e clientes, representado respectivamente 9,97% (nove vírgula noventa e sete por cento), 40,96% (quarenta vírgula noventa e seis por cento) e 33,17% (trinta e três vírgula dezessete por cento) do Ativo Circulante total. Já o Ativo não Circulante totalizou R$ 18.647,00 (dezoito mil seiscentos e quarenta e sete reais) composto pela conta imobilizado, representando 15,89% (quinze vírgula oitenta e nove por cento) do Ativo total. O Passivo (origens dos recursos) totalizou igualmente ao Ativo R$ 117.316,46 (cento e dezessete mil trezentos e dezesseis reais com quarenta e seis centavos), e é dividido em Passivo Circulante R$ 28.551,93 (vinte e oito mil quinhentos e cinquenta e um reais com noventa e três centavos), representando 24,34% (vinte e quatro vírgula trinta e quatro por cento) do Passivo total composto pela conta fornecedores. E o Patrimônio Líquido que é a maior representatividade no total das origens dos recursos, 75,66% (setenta e cinco vírgula sessenta e seis por cento) composto pelo capital próprio no valor de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais) e pelo lucro alcançado no primeiro mês de funcionamento no valor de R$ 13.764,54 (treze mil setecentos e sessenta e quatro reais com cinquenta e quatro centavos). 3.8 INDICADORES FINANCEIROS Os indicadores financeiros auxiliam para analisar a viabilidade da empresa de confecções em estudo. 96 Quadro 35: Lucratividade Lucratividades (%)= Lucro Líquido x 100 = Receita Bruta Lucratividades (%)= Lucro Líquido Lucro Líquido x 100= 21,22% x 100= 25,85% x 100= 25,85% 64.859,71 x 100 = Receita Bruta Lucratividades (%)= 13.764,54 16.764,54 64.859,71 x 100 = Receita Bruta 16.764,54 64.859,71 Fonte: Dados conforme pesquisa A lucratividade da empresa foi encontrada a partir da divisão do lucro líquido com a receita bruta, chegando assim em uma lucratividade no primeiro mês de atividades de 21,22% (vinte e um vírgula vinte e dois por cento) e a partir do segundo mês de funcionamento 25,85% (vinte e cinco vírgula oitenta e cinco por cento). Quadro 36: Rentabilidade Rentabilidade (%)= Lucro Líquido x 100 = Patrimônio Rentabilidade (%)= Lucro Líquido Lucro Líquido Patrimônio Fonte: Dados conforme pesquisa x 100= 15,51% x 100= 18,89% x 100= 18,89% 88.764,54 x 100 = Patrimônio Rentabilidade (%)= 13.764,54 16.764,54 88.764,54 x 100 = 16.764,54 88.764,54 97 A rentabilidade demonstra qual o percentual de retorno que a empresa terá mensalmente do valor total investido para sua abertura. Sendo 15,51% (quinze vírgula cinquenta e um por cento) o percentual que a empresa recuperara no primeiro mês e a partir do segundo mês 18,89% ( dezoito vírgula oitenta e nove por cento). Quadro 37: Prazo de Retorno de Investimento – Cenário Otimista PRI- Prazo de Retorno de Investimento Investimento = Total x 100= 75.000,00 x 100= Lucro Líquido 13.764,54 5,45 meses Fonte: Dados conforme pesquisa O quadro acima nos apresenta o prazo de retorno do investimento para o cenário otimista da empresa, ou seja, ele nos mostra em quanto tempo a empresa vai recuperar o valor total que foi investido para abertura da mesma, que foi de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil) através do lucro líquido que a empresa apresenta mensalmente no valor de R$ 13.764,54 (treze mil setecentos e sessenta e quatro reais com cinquenta e quatro centavos), chegando assim a um retorno esperado em 5 (cinco) meses e 13 (treze) dias. Quadro 38: Prazo de Retorno de Investimento – Cenário Pessimista PRI- Prazo de Retorno de Investimento Investimento = Total Lucro Líquido x 100= 75.000,00 x 100= 58,79 meses 1.275,63 Fonte: dados conforme pesquisa Também foi realizado o calculo para sabermos o prazo de retorno de investimento para o cenário pessimista da empresa, com queda nas vendas de 50% (cinquenta por cento), que ocasionou um lucro líquido de R$ 1.275,63 (um mil 98 duzentos e setenta e cinco reais com sessenta e três centavos). E com esse lucro o prazo de retorno de investimento da empresa seria de 58 (cinquenta e oito) meses e 22 (vinte e dois) dias. 99 CONCLUSÃO As empresas de hoje, estão enfrentando muitas dificuldades de se manterem no mercado, pela falta de estruturação e de estudo do seu próprio negócio antes da abertura. Como o mercado está cada vez mais competitivo, mais evoluído, com as tecnologias de informações que vem crescendo constantemente e sem a atualização dos gestores com essas mudanças, muitas empresas estão encerrando as atividades antes dos dois anos de existência. Com isso, percebe-se a importância da elaboração de um plano de negócios, pois ele vai servir como ferramenta para a tomada de decisões, como auxilio para estudar a viabilidade da empresa, conhecendo seus pontos fortes e fracos, ajudando nas questões contábeis e gerenciais e principalmente para estar preparado no momento de enfrentar este mercado cada vez mais competitivo, podendo assim, buscar o caminho mais seguro para o seu empreendimento. E por existir o interesse da graduanda em Ciências Contábeis, em abrir seu próprio negócio no ramo do comércio, especificadamente em confecções, foi elaborado o plano de negócio para a loja de multimarcas, sendo de grande importância no momento que este sonho puder se tornar realidade, pois com ele foi possível estudar as oportunidades que o mercado oferece, e também as dificuldades que certamente vão ser encontradas. Mas com certeza, este plano de negócio gerou informações necessárias para tornar este futuro empreendimento mais competitivo. Com isso, proporcionando um maior conhecimento da graduanda nas áreas gerenciais, contábeis e maior entendimento de seu negócio no momento das tomadas de decisões, necessárias para uma boa gestão. No término deste estudo pode-se garantir que todos os objetivos específicos foram alcançados. O primeiro objetivo nos remetia a uma revisão dos conceitos de contabilidade gerencial, plano de negócios, estruturas e modelos de planos, este, sendo alcançado no momento da revisão bibliográfica, onde podemos engrandecer os conhecimentos destes conceitos e também de fórmulas e de melhores interpretações destes instrumentos. O segundo objetivo específico foi alcançado no momento em que foi estudado a empresa, podendo encontrar a sua melhor localização e melhor estruturação. Com 100 a elaboração do plano de negócio e o estudo do mercado, foi possível desenvolver com qualidade o terceiro objetivo, definindo as melhores estratégias de marketing e comercialização, no entendimento da autora para alcançar seus clientes e objetivos de vendas com maior êxito e agilidade. Foram desenvolvidas planilhas financeiras necessárias para uma boa realização do plano de negócio da loja multimarcas, tais como, planilhas de investimentos, de todas as despesas mensais, dos estoques, planilhas necessárias para a formação do preço de venda, planilhas para apuração dos indicadores, fluxo de caixa, demonstração do resultado do exercício, e balanço patrimonial. Assim conseguindo realizar com sucesso o quarto objetivo específico. Baseado em essas estimativas, projeções dos resultados realizadas, conseguiu-se concluir que a empresa Naturalmente Bella, é viável, pois como se pode analisar na demonstração do resultado, a empresa apresenta no terceiro mês de funcionamento um lucro acumulado de R$ 16.764,54 (dezesseis mil setecentos e sessenta e quatro reais com cinquenta e quatro centavos) e com a projeção do fluxo de caixa, tanto no cenário otimista, quanto no pessimista a empresa alcança nos seus seis meses iniciais saldos líquidos positivos, sendo eles respectivamente, R$ 82.158,42 (oitenta e dois mil cento e cinquenta e oito reais com quarenta e dois centavos) e R$ 17.588,87 (dezessete mil quinhentos e oitenta e oito reais com oitenta e sete centavos). E para avaliar a viabilidade da implantação da loja multimarcas, conseguindo assim, alcançar todos os objetivos traçados neste trabalho de conclusão de curso, foram realizados os cálculos dos indicadores financeiros, os quais comprovaram a viabilidade econômica e financeira da empresa, apontando uma lucratividade de 21,22% (vinte e um vírgula vinte e dois por cento) no primeiro mês de funcionamento, uma rentabilidade mensal de 15,51% (quinze vírgula cinquenta e um por cento) e um prazo de retorno do investimento no cenário otimista em 5 meses e 13 dias e para o cenário pessimista em 58 meses e 22 dias. Com todo este estudo realizado atendendo a proposta do mesmo descobriuse que existe a viabilidade de implantação desta empresa, chegando a conclusão que o plano de negócio é a melhor ferramenta de gestão, para analisar os riscos, as oportunidades que podem ser encontradas na abertura de um empreendimento e auxiliar de maneira eficaz na tomada de decisões. 101 Por fim, pode-se dizer que para a autora a realização deste trabalho de conclusão de curso, foi extremamente satisfatório e importante para aprofundar seus conhecimentos já elaborados durante os anos de estudo. Auxiliando, principalmente na tomada de decisão e aumentando a vontade de futuramente abrir seu negócio neste mesmo ramo. 102 REFERÊNCIAS BASSO, Lauri. Apostila Pesquisa em Contavilidade II. Materiais Aula. Unijui, 1º semestre/2011. BERTI, Anélio. Contabilidade e Análise de Custos. Curitiba: Juruá, 2010. BERTÓ, Dalvio José; BEULKE, Rolando. Gestão de Custos. São Paulo: Editora Saraiva, 2006. BEUREN, Ilse Maria. 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