62º Congresso Nacional de Botânica Botânica e Desenvolvimento Sustentável 07 a 12 de Agosto de 2011 Frotaleza, Ceará, Brasil VEGETAÇÃO COLONIZADORA DE BOTA-FORAS DA MINERAÇÃO DE GIPSITA EM PERNAMBUCO (1) MARIA DE FÁTIMA DE ARAÚJO VIEIRA SANTOS Co-autores: MARIA DE FÁTIMA A. VIEIRA SANTOS (2), MÁRCIA SILVA (3), FELIPE G. D. MORAES (4), SHEILA M. B. BITTAR (5) e ÂNGELA M. M. FREITAS (6) Tipo de Apresentação: Pôster RESUMO O Pólo Gesseiro do Araripe possui uma das maiores jazidas de gipsita do planeta e é responsável por mais de 90% da produção nacional de gesso. Esta mineração tem sido realizada sem critérios para a conservação dos recursos naturais e das funções do ecossistema. O trabalho visou conhecer a flora e a vegetação que se desenvolvem a partir dos rejeitos da mineração nos bota-foras, o que pode auxiliar nos planos de recuperação e conservação da Caatinga. A zona de estudo localiza-se na microrregião do Araripe em Pernambuco, onde foram selecionadas seis mineradoras com oito bota-foras cuja vegetação tinha registro da idade, dois, seis e 10 anos. Em cada bota-fora foram fixadas quatro parcelas, duas de 10,00m x 20,00m onde foram registradas as plantas lenhosas altas com DNS (diâmetro ao nível do solo) ≥ 0,03m e altura ≥ 1,00m e duas de 2,00m x 10,00m para as lenhosas baixas, DSN < 0,03m e altura ≥ 0,50m. A comunidade vegetal estabelecida há dois anos nos bota-foras apresentou sete espécies entre as lenhosas altas e 14 entre as lenhosas baixas, o para-raio (Nicotiana glauca Graham) com DR (densidade relativa) de 79,00%, e a leucena [Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit] com 62,00% foram as dominantes. Após seis anos de desenvolvimento as lenhosas altas tinham cinco espécies e as baixas quatro, a leucena passou a dominar ambos os estratos, com 93,00% e 76,00% de DR, respectivamente. Aos 10 anos do desenvolvimento as lenhosas altas tinham 13 espécies e as baixas, nove, a leucena tinha 70,00% e 61,00% da DR, respectivamente. A algaroba [Prosopis juliflora (Sw.) DC.] esteve presente entre as lenhosas altas com o segundo lugar na DR nas três idades, dois, seis e 10 anos, respectivamente com 8,00%, 5,00% e 11,00%. A leucena é espécie exótica e apresentou rápida colonização e densas populações o que pode contribuir com baixa riqueza da comunidade. A partir dos 10 anos a densidade das árvores adultas diminuiu o que pode favorecer a entrada de novas espécies. Entretanto, já existia uma alta densidade de árvores jovens de leucena capazes de substituir as suprimidas. (1) Financiamento Kinross Canada-Brazil Network for Advanced Education and Research in Land Resource Management, convênio UFRPE/UoGuelph - Canadá. (2)Professora Adjunto, Departamento Biologia, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Rua Dom Manuel de Medeiros s/nº, CEP 52171-900, Recife - PE, Brasil. [email protected] (3)Engenheira Florestal (4)Estudante curso Ciência Florestal, UFRPE. 62º Congresso Nacional de Botânica Botânica e Desenvolvimento Sustentável 07 a 12 de Agosto de 2011 Frotaleza, Ceará, Brasil (5)Professora Adjunto, Departamento de Agronomia, UFRPE. (6)Engenheira Florestal, Curadora Herbário Sérgio Tavares, Departamento de Ciência Florestal, UFRPE.