Tribunal Regional de Talentos apresenta:
Cláudia, a calígrafa
Sabe aquela letra bonita que todo mundo quer ter? A analista judiciária do
Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região (TRT/AL) Cláudia Costa Rodas, 43 anos,
tem e a usa de forma magistral. Sua grafia, pode-se afirmar, vai muito além do trivial. É
uma arte.
Há doze anos atuando na assessoria jurídico-administrativa do Tribunal, Cláudia
é graduada em Engenharia Civil e em Direito. Nas horas de folga, libera sua criatividade
e imprime, em seus registros, elementos de sua personalidade, sempre discreta e
elegante. Os ângulos incomuns e cheios de arte de sua escrita fazem dela também uma
calígrafa, profissional requisitada para dar um tom especial a impressos, gravando uma
caligrafia clássica em convites de casamentos, formaturas, bodas, batizados e cartões
comemorativos.
Conheça um pouco mais de Cláudia Rodas, a personagem da semana do projeto
Tribunal Regional de Talentos.
- Como é ser calígrafa num mundo cada vez mais tecnológico?
- A caligrafia é uma arte bastante antiga, que consiste na utilização de técnicas para
escrever de forma elegante, dando configuração aos sinais gráficos de uma maneira
expressiva, harmoniosa e habilidosa. Mesmo com todos os avanços tecnológicos e a
utilização em larga escala de textos digitados em computadores, o trabalho do calígrafo
ainda é muito procurado e valorizado, pois a caligrafia manual confere muito mais
charme aos convites e diplomas, sendo considerada uma verdadeira arte de personalizar
a escrita.
- Quando você se descobriu calígrafa?
- Sempre tive uma letra bonita e bastante regular. Minhas redações e cadernos escolares
eram sempre muito elogiados por professores e colegas, porque além da escrita bem
caprichada, eram sempre muito organizados. Quando estava com aproximadamente 20
anos, a pedido de uma amiga que iria casar, escrevi os nomes dos seus convidados em
seus convites de casamento, e logo em seguida outras pessoas entraram em contato
comigo para que eu executasse diversos serviços semelhantes. No início fiz tudo de
forma bem improvisada, mas depois passei a me interessar pelo assunto e a pesquisar
como poderia desenvolver a técnica e adquirir materiais específicos.
- Existe alguma formação técnica na área?
- Grande parte dos calígrafos é autodidata. Normalmente são pessoas que já têm uma
letra bonita, apreciam a arte, são pacientes e detalhistas, e que passam a treinar suas
técnicas de escrita, sem necessariamente frequentar cursos regulares.
Infelizmente não existem muitos cursos de caligrafia no país, pois não é uma técnica
para a qual haja uma grande procura por aprendizado. Existem alguns poucos cursos
direcionados a quem quer ser um profissional, ou mesmo para aqueles que querem
simplesmente melhorar sua escrita. O grande segredo é praticar, praticar e praticar.
- O que mais a motivou a desenvolver essa arte?
- A caligrafia muito rapidamente se tornou uma paixão para mim. Sempre gostei de
escrever de formas cada vez mais caprichadas. Contudo, a tentativa de aprender novas
técnicas e de buscar materiais específicos, numa época em que não havia a internet para
facilitar tais buscas, foi desafiadora. Inicialmente, minha maior motivação foi, mesmo
diante de todos esses obstáculos, tentar conseguir desenvolver uma arte tão particular,
que proporciona tanto prazer. Ver como o resultado de um trabalho repercute nas
pessoas, que normalmente se encantam com uma bela caligrafia, coisa cada vez mais
rara nos dias de hoje, é certamente um dos grandes incentivos para um calígrafo.
- Que benefícios o desenvolvimento dessa arte trouxe a você ?
- A caligrafia é uma atividade bastante prazerosa, pois há sempre uma técnica nova a ser
aprendida e praticada. É também uma forma de auferir uma renda extra, já que há
sempre muitas pessoas querendo dar um toque personalizado em seus convites ou em
qualquer outra peça na qual uma bela escrita possa conferir um charme todo especial.
Contato: 9 9981-8626
Download

Cláudia, a calígrafa