Clipping Nacional de Educação Terça-feira, 23 de Julho de 2013 Capitare Assessoria de Imprensa SHN, Quadra 2 Bloco F Edifício Executive Tower - Brasília Telefones: (61) 3547-3060 (61) 3522-6090 www.capitare.com.br Valor Econômico 24/07/13 POLÍTICA 00 Residência pode embutir 2 anos no SUS Por Caio Junqueira e Luciano Máximo | De Brasília e São Paulo O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse ontem que o governo negocia alteração na medida provisória (MP) que institui o programa federal Mais Médicos no que se refere à proposta de dois anos adicionais da graduação em medicina. Pelo texto da MP, o estudante de medicina terá, a partir de 2015, um segundo ciclo de graduação de dois anos no qual prestará serviços, como bolsista, ao Sistema Único de Saúde (SUS). Esses dois anos poderiam ser contados como residência, mas isso não estava garantido. Segundo Mercadante, a negociação é conduzida por uma comissão de especialistas presidida pelo médico e ex-ministro da Saúde Adib Jatene e com participação da Associação Brasileira de Ensino Médico e por um grupo de reitores de universidades federais. O objetivo é fazer com que os dois anos adicionais da formação sejam contados como residência médica. "Sempre é possível fazer aperfeiçoamentos. Podemos fazer ajustes em relação a esse estágio de dois anos", disse Mercadante. "As conversas estão avançadas nesse sentido. Os especialistas devem apresentar uma proposta até o fim desta semana." O segundo ciclo previsto na MP é um dos principais pontos de rejeição das entidades médicas ao programa, assim como a "importação" de médicos estrangeiros sem a necessidade de revalidação do diploma no país. Apesar dos ajustes na MP, as inscrições para o Mais Médicos seguem abertas até o meio-dia desta quinta-feira, tanto para profissionais interessados como para municípios com carência de doutores. Quase 1,9 mil cidades aderiram em todo o país. No Estado de São Paulo, 139 das 645 prefeituras se inscreveram. A capital paulista solicitou a convocação de 158 profissionais para trabalhar em regiões periféricas com carência de doutores. De acordo com Jorge Harada, coordenador da atenção básica da Secretaria Municipal de Saúde, o município priorizou os distritos censitários 4 e 5, que englobam principalmente as zonas sul e leste. Questionado sobre a carência conhecida de 2,8 mil médicos na cidade, Harada explicou que os profissionais pedidos são só para atuar em unidades básicas de saúde (UBS) com atenção básica e saúde da família. "Dentro dos 2,8 mil estão médicos de várias especialidades, como cirurgiões, ortopedistas, ginecologistas", explicou o gestor, acrescentando que poderá solicitar mais profissionais até o prazo final das inscrições. "Estamos analisando melhor a demanda das áreas mais carentes, mas não podemos esquecer que esse é um programa nacional e que temos que ser solidários com regiões metropolitanas mais necessitadas e as cidades do interior mais necessitadas. Assim deve funcionar o Sistema Único de Saúde, tem muito mercado para médico em São Paulo", pontuou Harada. Valor Econômico 24/07/13 00 EU & CARREIRA Alunos estrangeiros têm mais dificuldade para achar trabalho Por Louis Lavelle | Bloomberg Businessweek Não é segredo que alunos estrangeiros de MBA têm mais dificuldade do que seus colegas locais na hora de encontrar trabalho. Questões de visto ou pouca experiência por parte dos departamentos de carreira das escolas em colocar profissionais em empresas estrangeiras são apenas alguns dos desafios. Agora, no entanto, sabemos de fato o quão difícil é para eles. Menos de metade dos alunos internacionais da turma de 2013 conseguiram ofertas de emprego em meados de março, em comparação com quase dois terços dos alunos com cidadania no país da escola de negócios, de acordo com novos dados do Graduate Management Admission Council (Gmac), que administra a prova de admissão para programas de MBA, o Gmat. As descobertas são de um estudo com 5.331 recém-formados de 159 escolas de todo o mundo. Nos EUA, 46% dos alunos estrangeiros em programas de tempo integral receberam ofertas da emprego, ante 66% dos estudantes americanos. Na Ásia, o que inclui a China e a Índia, os números foram de 54% para alunos internacionais, e 67% para os locais. Só na Europa os estrangeiros se saíram melhor do que os colegas europeus, com 59% recebendo ofertas de emprego na comparação com 39% dos alunos locais. O destino de estudantes internacionais na busca por emprego depende bastante dos setores onde eles buscam vagas. Estrangeiros se saíram melhor em consultorias, onde 55% receberam ofertas, e pior no mercado financeiro e no segmento de contabilidade, onde 42% conseguiram empregos. Em empresas de tecnologia, os estrangeiros conseguiram vagas em 52% dos casos, comparado com 81% dos locais. No setor industrial, a diferença foi ainda maior: 43% dos estrangeiros com vagas, ante 83% dos locais. Deve-se ressaltar que a grande maioria dos alunos de MBA que estuda em países onde não têm cidadania - quase três de cada quatro - dizem ter como plano após o curso voltar para o país de origem. Assim, a variedade dos cenários torna difícil identificar uma razão principal para o desempenho pior desses profissionais na hora de conseguir uma colocação no mercado. No entanto, o Gmac diz que problemas com visto, no caso daqueles que pretendem ficar no país da escola, e a dificuldade logística de coordenar uma busca por emprego a distância, para os que querem voltar, explicam boa parte dos casos. Além disso, não conseguir um emprego até meados de março não significa que a oferta não vá chegar, especialmente se o aluno completar o curso em escolas de renome. Quando a "Bloomberg Businessweek" fez uma enquete informal com os 25 principais programas de MBA full-time em dezembro, todas as escolas disseram que a taxa de colocação dos alunos estrangeiros era de pelo menos 70% cerca de três meses após a formatura - o que é um semestre mais tarde do que o período usado pelo estudo do Gmat. Cinco escolas reportaram que esses índices eram de 100%. 24/07/13 00 O PAÍS Contrapartida para o SUS Para abrir cursos médicos, instituições de ensino terão de fazer doações para rede pública de saúde Demétrio Weber BRASÍLIA O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou ontem que as instituições privadas de ensino que estiverem dispostas a fazer doações ao Sistema Único de Saúde (SUS), na forma de investimentos em prédios ou equipamentos, terão vantagens na disputa para abrir novas faculdades de Medicina no país. As doações ao SUS e o preço das mensalidades serão critérios para o governo estabelecer os vencedores dos editais que serão abertos para a criação de cursos privados de Medicina. Mercadante sinalizou também que os dois anos a mais de duração nos cursos de Medicina previstos no programa Mais Médicos - período em que os estudantes terão de trabalhar em unidades do SUS poderão ser transformados em residência médica e não mais serem considerados mera ampliação do tempo de graduação, como divulgado inicialmente pelo governo. Segundo o ministro, um préedital para abertura de faculdades de Medicina será submetido a consulta pública a partir do próximo dia 16 de agosto, indicando os municípios onde o MEC permitirá a criação de faculdades. A meta é criar 11.447 novas vagas de Medicina em 60 municípios até 2017, sendo 7.832 em instituições privadas e 3.615 em universidades federais. Como anunciado no início do ano, o MEC mudou o sistema de criação de faculdades de Medicina. Pelo modelo anterior, considerado pelo MEC um balcão de negócios, cabia às instituições de ensino indicar o local onde gostariam de abrir cursos, e o ministério se limitava a avaliar a qualidade das propostas. Pelo novo sistema, só poderão ser criadas faculdades de Medicina em municípios determinados pelo governo, que levará em conta a demanda por médicos e a infraestrutura de saúde disponível. Exemplo: para abrigar um curso, a cidade deverá ter pelo menos cinco leitos do SUS para cada estudante. CFM: país não precisa de mais vagas Mercadante explicou que os editais terão mecanismos para garantir a qualidade dos futuros cursos. Inicialmente, as propostas das instituições de ensino serão avaliadas em termos do projeto pedagógico, do corpo docente e da infraestrutura. Só depois é que passarão pela análise econômica, que levará em conta o preço das mensalidades e o valor que a respectiva instituição doará ao SUS a fim de melhorar a rede pública de saúde. Segundo o ministro, não há problema em exigir que faculdades privadas deem dinheiro ao SUS, uma vez que a formação prática dos estudantes dessas instituições ocorre em hospitais e ambulatórios da rede pública de saúde. - Por quê, se o empresário está ganhando dinheiro? Ele está utilizando a rede SUS - disse Mercadante. Ele afirmou que apenas 57 cidades brasileiras têm hoje faculdades de Medicina. A intenção é oferecer cursos em outras 60. Em princípio, instituições públicas de ensino também deverão disputar os editais, especialmente em municípios onde a iniciativa privada não demonstrar interesse. Para isso, segundo Mercadante, serão construídos mais cinco hospitais universitários, a fim de atender aos critérios de número mínimo de leitos por estudante. O vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital, avaliou que as medidas anunciadas pelo MEC são um "equívoco na sua essência". Segundo ele, o Brasil já possui número suficiente de médicos e não há necessidade de mais vagas. Para Vital, isso levará à oferta exagerada de vagas. Continua Continuação 24/07/13 - Hoje, o número disponível de vagas já é mais que suficiente para a projeção do crescimento demográfico - afirmou Carlos Vital, acrescentando: - É uma irresponsabilidade (do governo) abrir vagas nos cursos médicos quando deveria qualificar a formação profissional. Vital também criticou os critérios para a abertura de vagas no ensino superior privado: - É como um balcão de negócios, onde quem oferece menor preço vai ter a preferência. O custo é relativo. Posso ter algo de alto custo e baixa qualidade. Mas posso ter algo de custo maior e boa qualidade. Não posso colocar o custo como critério para seleção. Mercadante, porém, disse estar otimista quanto à possibilidade de construção de um consenso com as instituições de ensino e as entidades médicas acerca da ampliação dos cursos de Medicina dos atuais seis anos para oito anos, como prevê o Mais Médicos. Segundo ele, uma proposta de acordo está em discussão num fórum que reúne o MEC, a Associação Brasileira de Ensino Médico e uma comissão de especialistas comandada pelo exministro da Saúde Adib Jatene. "Sempre há espaço para negociação" Segundo Mercadante, o fórum deverá formalizar a proposta até o início da semana que vem. A ideia é que o período de dois anos em que o estudante trabalhará no SUS seja cursado na forma de uma residência médica. O ministro afirmou que a medida provisória que instituiu o Mais Médicos já prevê essa possibilidade, mas que o governo está aberto a negociar mudanças se for possível chegar a um consenso: - Se precisar, não tem problema. Sempre há espaço para negociação - disse Mercadante. Desse modo, segundo o ministro, o estudante poderia contabilizar o período de dois anos a mais como tempo de residência. Assim, se optasse por uma residência diretamente relacionada à atividade desenvolvida nesses dois anos de atuação no SUS, o médico já poderia receber um certificado de residência. Caso optasse por uma residência mais longa, o período de dois anos seria contabilizado de modo a encurtar a duração da residência. Mercadante lembrou que a ampliação do curso de Medicina, na forma como está prevista na medida provisória, entrará em vigor só em 2021, afetando, portanto, estudantes que ingressarem no curso a partir de 2015. 24/07/13 00 O PAÍS Enem: redação este ano terá 50% a mais de corretores Mercadante diz que todos os malotes com provas terão chip de localização BRASÍLIA O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou ontem que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) este ano terá 50% a mais de profissionais encarregados de corrigir as redações, em relação a 2012. Em 2013, 8.400 profissionais farão a correção. Em 2012, foram 5.600. Mercadante informou que todos os malotes com as provas do Enem serão equipados com chip eletrônico, dispositivo que registra a localização do malote, via GPS, e o horário de abertura do malote. Segundo o ministro, o objetivo é aumentar a segurança. Na edição de 2012, 10 mil malotes já tinham sido fechados com lacres eletrônicos, de um total de 50 mil malotes. Em 2013, todos os 63.340 malotes estarão equipados com o dispositivo. O número de inscritos no Enem em 2013 foi recorde: 7,1 milhões de pessoas. Isso levou o MEC a aumentar o número de municípios onde a prova será aplicada. Em 2013, o exame poderá ser feito em 1.661 cidades. Mercadante anunciou a criação de uma comissão de especialistas, todos doutores com notório saber em avaliação de textos, para orientar os corretores e supervisores. O número de supervisores passou de 230 para 280. O número de coordenadores também, de 12 para 15. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao MEC, lançará na segunda quinzena de agosto o Guia do Participante 2013, com exemplos de redações nota 1.000, pontuação máxima possível. Mercadante disse que os profissionais contratados para corrigir redações farão treinamento presencial e à distância com duração de 136 horas. Eles serão avaliados antes e durante a correção. Na fase de treinamento, os que receberem nota abaixo de 7 serão substituídos. Segundo o ministro, o crescimento do número de inscritos elevará os gastos do governo com o Enem, mas, proporcionalmente, o custo por inscrito permanecerá na faixa de R$ 47. - Isso corresponde a um terço do custo da inscrição num vestibular disse. 24/07/13 00 METRÓPOLE Só 3 cursos de Medicina de SP farão Revalida Médicos reclamam de pré-teste de exame a estrangeiro; critério foi região, diz Inep Fernanda Bassette Paulo Saldaña pré-teste, sob o argumento de que o diagnóstico serviria para baixar a dificuldade do Revalida. Criado em 2011, o exame registrou índices de reprovação entre 90% e 91%. Os principais cursos de Medicina de São Paulo - Unicamp, USP, Unesp e Unifesp - estão fora da lista de instituições que terão alunos inscritos para realizar o pré-teste do Revalida, aplicado pelo Ministério da Educação (MEC) para revalidar diplomas de médicos formados no exterior. Também ficaram de fora cursos tradicionais como o da Santa Casa e o da PUC-SP. Milton Arruda Martins, professor titular de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP, diz que as três escolas paulistas escolhidas não têm representatividade. "A amostra não me parece adequada. São instituições medianas", diz. O Estado de São Paulo tem 18% do total de vagas de Medicina no País, mas, entre os que farão o Revalida, só 10% são do Estado. O Estado teve acesso à lista de instituições, como antecipou ontem a coluna Direto da Fonte. O Estado de São Paulo tem. 38 cursos de Medicina, mas só 3 participarão do exame, todos de instituições particulares: os das universidades de Ribeirão Preto, Marília e Oeste Paulista. As duas primeiras têm nota 3 (regular) no Conceito Preliminar de Curso (CPC), índice de qualidade do MEC, publicado em 2010. A do Oeste Paulista teve nota 2, o que significa nível insatisfatório (mais informações nesta página). Bráulio Luna Filho, coordenador do exame aplicado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) aos formandos, também diz que a amostra de São Paulo não é representativa. "Escolheram escolas que não estão entre as dez melhores, que têm problemas de desempenho do ponto de vista da avaliação feita pelo Cremesp. Não tem nenhuma pública e nenhuma particular de qualidade", avalia Luna. O Cremesp realiza o exame há oito anos e, em 2012,54,8% dos alunos foram reprovados. O objetivo do MEC ao aplicar o Revalida para brasileiros é "calibrar" a prova e entender se ela está adequada às diretrizes dos cursos de Medicina do País. Entidades médicas e especialistas criticam o O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), ligado ao MEC, é o órgão responsável pelo Revalida. O presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, diz que os resultados não serão divulgados e não há objetivo de comparação. Segundo ele, a escolha de instituições foi feita por região, e não por Estado. "A amostra é bem representativa. Foi levada em conta a proporção de concluintes por curso e níveis de qualidade." As 17 instituições privadas e 15 públicas foram escolhidas em uma lista inicial de 144 cursos - que haviam registrado participação de ao menos dois alunos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que avalia os estudantes do ensino superior e compõe o CPC. Houve universidades que, convidadas, recusaram participar, como a Unicamp, que reclamou não ter feito parte dos debates sobre o exame. "Não participamos de nada das discussões, da metodologia para elaboração das questões. Estamos abertos à prova, desde que a universidade esteja envolvida na formatação", diz Maurício Etchebehe-re, coordenador do internato do curso de Medicina da Unicamp. Costa nega que tenha havido boicote ao pré-teste. USP, Unesp e Unifesp negam que tenham sido consultadas. O diretor da escola de Medicina da Unifesp, Antonio Carlos Lopes, diz que é provável que a unidade recusasse. "A impressão é que a congregação se oporia a isso ,já que está totalmente contra todo o projeto (Mais Médicos)." A USP informou que não concorda com o pré-teste. Continua Continuação Na lista de32 instituições brasileiras que terão alunos no Revalida, apenas 9 estão entre as consideradas boas pelos critérios do MEC. São instituições que tiveram nota 4 no CPC. Incentivo. Uma das preocupações de professores de Medicina é que, por ser voluntário, os alunos não se empenhem na provado Revalida. "O processo de calibração dó exame é muito importante, mas é preciso escolher escolas cujos alunos darão o máximo de si no exame, senão 24/07/13 corremos o risco de os alunos irem mal e isso acabar tendo um uso político", diz Martins. O Inep estuda oferecer, como incentivo aos participantes, gratuidade na inscrição para a prova de residência - especialização feita após a formatura. A sugestão teria vindo das próprias instituições. Segundo Costa, a participação já demonstraria comprometimento. "Como só ele poderá ver o resultado, a autoavaliação é mais um incentivo." / Colaborou Mirella D"Elia 24/07/13 00 METRÓPOLE Trabalho obrigatório no SUS pode virar residência É o que prevê proposta que sairá de comissão formada pelo MEC para analisara mudança no curso de Medicina Lisandra Paraguassu Brasília Os dois anos de trabalho obrigatório no Sistema Único de Saúde (SUS), proposta pelo governo, poderão ser transformados em uma residência médica obrigatória. Essa é a principal iniciativa que sairá de uma comissão . formada pelo Ministério da Educação para analisar a mudança nos currículos dos cursos de Medicina, como antecipou a coluna Direto da Fonte. "O que estamos discutindo é como fazer esses dois anos no SUS, e a proposta de transformá-lo em uma residência foi a que unificou a comissão", revelou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Formada por representantes das escolas nacionais de medicina, pela Associação Brasileira de Ensino Médico e pela comissão de especialistas do MEC, presidida por Adib Jatene, a comissão precisa acertar os detalhes de como funcionaria essa residência. A proposta final deverá ser apresentada na próxima semana. De acordo com Mercadante, a ideia até agora é que a residência médica passe a ser obrigatória no SUS. Mas, em vez de funcionar como uma espécie de especialização em medicina pública é generalista, os futuros médicos poderiam escolher já a área em que gostariam de trabalhar, como pediatria, clínica médica ou ginecologia. O ministro afirma que, atualmente, existem vagas em programas de residência para apenas metade dos alunos que se formam nos cursos de medicina existentes, a maioria pública. Se a proposta for aceita, o governo passaria a oferecer vagas para todos os formandos com uma bolsa nos mesmos moldes do oferecido pelos dois anos de trabalho obrigatório propostos originalmente. "Basicamente é o que os especialistas recomendam até agora." Todo o período seria feito no SUS. Se a especialidade tiver um tempo de residência de dois anos, o médico termina o período formado. Se for maior, terá que complementálo - e é nesse ponto que faltam os detalhes de como funcionaria o processo. Se, por exemplo, a bolsa seria estendida, se o estudante poderia então trocar o SUS por outro curso. 24/07/13 00 METRÓPOLE Cientistas querem foco na qualidade em avaliações Líderes da comunidade científica pedem em reunião da SBPC que se mudem os critérios centrados na quantidade Herton Escobar Enviado Especial/ Recife Lideranças da comunidade científica fizeram ontem uma forte cobrança por mudanças nos critérios de avaliação de pesquisadores e instituições, pedindo que elas sejam mais baseadas em qualidade e menos em quantidade. "Premiar só a quantidade sinaliza na direção errada; desencaminha a juventude e acomoda os (pesquisadores) seniores", disse o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, na reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no Recife. "Não produzir nada ou muito pouco é sempre mim, mas publicar muito não é necessariamente bom", afirmou Oliva. O número de trabalhos publicados anualmente por cientistas brasileiros cresceu substancialmente nos últimos anos, mas o impacto dessa produção científica - medido pelo número de vezes que esses trabalhos são citados por outros pesquisadores - cresceu muito pouco. "O fato é que, historicamente, a ciência brasileira tem pouca repercussão no mundo", disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A Argentina, comparativamente, publica menos trabalhos do que o Brasil, mas tem um fator de impacto maior. Mesmo nas grandes universidades do Sul e Sudeste, segundo Brito, a influência da ciência produzida não se compara à das grandes dos EUA e da Europa. Uma das razões para isso, segundo Oliva, é que a agenda científica dos pesquisadores e instituições brasileiras é fortemente pautada pelas políticas de avaliação das agências de fomento - como CNPq, Fapesp e Capes -, que, por sua vez, ainda são moldadas por critérios quantitativos, apesar dos esforços iniciados recentemente para mudar essa "cultura". A comunidade ainda trabalha olhando muito para o passado", disse Oliva ao Estado. "É um processo educativo. Precisamos começar a olhar mais para o futuro." ""Precisamos mudar uma mentalidade que nós mesmos criamos", disse a presidente da SBPC, Helena Nader. "Temos de repensar e nos reeducar sobre como avaliar." 24/07/13 00 METRÓPOLE Enem terá dobro de corretores e provas com lacre eletrônico Exame que será aplicado em outubro recebeu 24% mais inscritos neste ano que em 2012; mais 29 cidades aplicarão prova porque o ministério incluiu um terceiro para o caso de as duas notas iniciais das redações terem uma discrepância maior do que 100 pontos. Brasília O Ministério da Educação decidiu dobrar o número de corretores para as provas de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e aplicará a prova deste ano em mais 29 municípios* As mudanças, apresentadas ontem, foram decididas para dar conta do crescimento de participantes no exame. Este ano são 7,2 milhões, 24% maior do que no ano passado. "O aumento é proporcional ao crescimento da demanda, porque houve um crescimento extraordinário. Por isso temos de aumentar a coordenação, a supervisão. Onde demos mais reforço foi na correção", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. No total, as provas serão aplicadas em 1.661 municípios, com novos locais em nove Estados. O número de corretores passou de 5,6 mil para 8,4 mil, principalmente Também foi criada uma comissão de nove especialistas com doutorado em avaliação textual que fizeram a matriz de correção das redações, a capacitação dos corretores e também servirão de apoio online em caso de dúvidas. A correção das redações foi a maior polêmica da última edição do Enem, quando se descobriu que textos com receitas de macarrão instantâneo e hinos de clubes de futebol haviam recebido a nota máxima. A prova, que acontece nos dias 26 e 27 de outubro, será aplicada em 15.576 locais. Os 63,3 mil malotes que contém as provas terão lacres eletrônicos, que permitirão ao MEC ver onde e em qual horário serão abertos. Em 2012, apenas parte dos malotes -10 mil, em lugares mais críticos - teve os lacres. De acordo com Mercadante, o sistema foi aprovado e tem custo baixo. Por isso, o governo decidiu ampliar seu uso. /L.P. 24/07/13 00 DIRETO DA FONTE SÔNIA RACY JORNAL DE BRASÍLIA 24/07/13 00 CIDADES METRO - BRASÍLIA 24/07/13 00 BRASIL DESTAKjornal (DF) 24/07/13 00 BRASÍLIA CLÁUDIO HUMBERTO 24/07/13 00 UNIVERSIDADE FEDERAL NO AM HUMILHA PROFESSORES Três professores da Universidade Federal do Amazonas esperam há meses a conclusão dos inquéritos administrativos para apurar supostas denúncias de assédio moral, nos quais uma delas chegou a ser agredida por reclamar das condições de trabalho: mestre em Geologia, concursada, Maria do Rosário Carmo foi obrigada a dar aula de enfermagem e fisioterapia; doutora em Genética Molecular Humana, Izabel Heckmann não pôde entrar no laboratório para trabalhar. ‘VISTA GROSSA’ Elas se dizem alvos não só de colegas, mas também da direção da universidade, que faz “vista grossa” a uma prática que se generaliza. DURO OFÍCIO Dizem também que perseguição, sobrecarga de trabalho, humilhações a professores são frequentes na Ufam em Coari e Manaus. ‘IGUAL À DITADURA’ A Associação de Docentes da universidade vai entrar com ação no Ministério Público Federal, caso a reitoria não puna os responsáveis. NOVENA Menor que o de Dilma, o discurso de Lula a Bento 16 em 2007 citou “prioridades”: ampliar a atenção especial à juventude, principalmente às suas parcelas mais pobres” e dar uma “educação de qualidade”. JORNAL DA MÍDIA.COM INFORME ON LINE www.conjur.com.br Inep não pode reconhecer proficiência por causa do Enem conta de sua redação. O documento foi expedido pelo instituto após decisão liminar sobre o caso. Por Gabriel Mandel O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão do Ministério da Educação e responsável pelo Enem, não tem competência para emitir certificado de proficiência baseado em resultado do exame. Com este entendimento, o juiz Euler de Almeida Silva Júnior, da 9ª Vara da Seção Judiciária de Goiás, confirmou decisão liminar e determinou que o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás conceda declaração parcial de proficiência a uma jovem goiana que, mesmo sem concluir o ensino médio, participou do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2011 e teve bom desempenho nas provas, mas não foi aprovada por A decisão aponta que há ilegimitidade passiva em relação à União e ao Inep, que também foram incluídos na ação, pois não é competência do órgão emitir a certificação, algo que cabe aos institutos federais e às secretarias de Educação. Por outro lado, como a Portaria 144/2012, do próprio Inep, regulamenta a emissão do certificado de proficiência, não há justificativa para que o instituto goiano não emita o documento. A estudante requeria a emissão da proficiência porque a faculdade que cursa pedia o diploma do ensino médio e não aceitava a complementação da nota através do EJA (Educação de Jovens e Adultos). A jovem pedia a declaração parcial de 24/07/2013 proficiência nas quatro áreas em que obteve nota suficiente para tanto (Matemática e suas Tecnologias, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias), com o objetivo de evitar a possibilidade de desligamento por parte da faculdade que cursava. A Advocacia-Geral da União alegou que a concessão do certificado de proficiência faria com que o Enem perdesse a característica de exame de avaliação, transformando-se em um formulário para o pedido de certificação sem o intuito de selecionar os candidatos habilitados. Além disso, a candidata não solicitou a obtenção do certificado junto à Secretaria de Educação, mas sim junto ao IFG, o que impediria a emissão do documento pela Secretaria de Educação. Agência VEJA ON LINE http://veja.abril.com.br/noticia 24/07/2013 Faculdades privadas de medicina terão de investir no SUS Instituições que ajudarem o Sistema Único de Saúde e oferecerem mensalidades mais baixas terão prioridade para abrir mais vagas O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta terçafeira que terão prioridade no programa de expansão dos cursos de medicina os centros de ensino privados que investirem financeiramente no Sistema Único de Saúde (SUS) e oferecerem a menor mensalidade aos estudantes. "Tem de haver a contrapartida financeira”, disse o ministro. Mercadante apresentou, em entrevista coletiva, os critérios para a criação de novos cursos de medicina no país. Por meio da Política Nacional de Expansão das Escolas Médicas das Instituições Federais de Educação Superior (IFES), portaria publicada no Diário Oficial desta terça, o MEC planeja expandir o número de vagas na graduação em medicina em 60 cidades brasileiras. A meta é criar 11.447 novas vagas até 2017 – 3.615 na rede pública, e o restante no ensino privado. O pré-edital para a abertura de novas vagas estará aberto para consulta pública no próximo dia 16. Terão prioridade na seleção as faculdades privadas que destinarem mais recursos ao SUS e, ao mesmo tempo, oferecerem mensalidades mais baixas. “Nada mais apropriado do que as faculdades devolverem o que utilizaram do SUS (infraestrutura, equipamentos), de forma a melhorar a estrutura hospitalar. Já há universidades que oferecem esse reembolso. Agora é regra”, afirmou Mercadante. Mercadante disse ainda que o sistema de contrapartida financeira não vai impor barreiras para que as faculdades privadas ingressem na política de expansão, já que medicina é o curso que apresenta maior demanda no país. O programa de expansão depende da adesão das instituições particulares para atingir a meta de 2,7 médicos por mil habitantes, média na GrãBretanha — referência para as ações brasileiras. O Ministério da Educação também vai exigir a atuação dos estudantes no Sistema Único de Saúde ao longo do curso. Para isso, será necessário que o campo prático ofereça em hospitais pelo menos cinco leitos para os alunos, com número máximo de estudantes por equipe de atenção básica menor ou igual a três e a existência de estrutura de urgência e emergência adequada. Além disso, serão exigidos pelo menos três programas de residência médica nas seguintes especialidades: clínica médica, cirurgia geral, ginecologiaobstetrícia, pediatria, medicina de família e comunidade. Para garantir a qualidade dos serviços, foi criada uma comissão para avaliar in loco a estrutura e o serviço dos cursos. “Nós vamos exigir o mesmo rigor para faculdades públicas e privadas. A exigência nova é que os estudantes tenham um campo de aprendizado no SUS para terem um aprendizado humanizado”, explicou o ministro. A medida se aproxima da MP dos Médicos, enviada ao Congresso Nacional no início do mês, ao instituir a presença de estudantes da rede pública. A diferença é que os estudantes atuarão junto à comunidade ao longo dos seis anos de curso, enquanto a medida provisória prevê que sejam acrescentados ao currículo dois anos de atuação exclusiva no SUS.