Clipping Nacional
de
Educação
Terça-feira, 23 de Julho de 2013
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Valor Econômico
24/07/13
POLÍTICA
00
Residência pode
embutir 2 anos no SUS
Por Caio Junqueira e Luciano
Máximo | De Brasília e São Paulo
O ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, disse ontem que o
governo negocia alteração na
medida provisória (MP) que institui
o programa federal Mais Médicos
no que se refere à proposta de dois
anos adicionais da graduação em
medicina. Pelo texto da MP, o
estudante de medicina terá, a partir
de 2015, um segundo ciclo de
graduação de dois anos no qual
prestará serviços, como bolsista, ao
Sistema Único de Saúde (SUS).
Esses dois anos poderiam ser
contados como residência, mas isso
não estava garantido.
Segundo Mercadante, a
negociação é conduzida por uma
comissão de especialistas presidida
pelo médico e ex-ministro da Saúde
Adib Jatene e com participação da
Associação Brasileira de Ensino
Médico e por um grupo de reitores
de universidades federais. O
objetivo é fazer com que os dois
anos adicionais da formação sejam
contados como residência médica.
"Sempre é possível fazer
aperfeiçoamentos. Podemos fazer
ajustes em relação a esse estágio de
dois anos", disse Mercadante. "As
conversas estão avançadas nesse
sentido. Os especialistas devem
apresentar uma proposta até o fim
desta semana."
O segundo ciclo previsto na MP
é um dos principais pontos de
rejeição das entidades médicas ao
programa, assim como a
"importação" de médicos
estrangeiros sem a necessidade de
revalidação do diploma no país.
Apesar dos ajustes na MP, as
inscrições para o Mais Médicos
seguem abertas até o meio-dia desta
quinta-feira, tanto para profissionais
interessados como para municípios
com carência de doutores. Quase
1,9 mil cidades aderiram em todo o
país. No Estado de São Paulo, 139
das 645 prefeituras se inscreveram.
A capital paulista solicitou a
convocação de 158 profissionais
para trabalhar em regiões periféricas
com carência de doutores. De
acordo com Jorge Harada,
coordenador da atenção básica da
Secretaria Municipal de Saúde, o
município priorizou os distritos
censitários 4 e 5, que englobam
principalmente as zonas sul e leste.
Questionado sobre a carência
conhecida de 2,8 mil médicos na
cidade, Harada explicou que os
profissionais pedidos são só para
atuar em unidades básicas de saúde
(UBS) com atenção básica e saúde
da família. "Dentro dos 2,8 mil estão
médicos de várias especialidades,
como cirurgiões, ortopedistas,
ginecologistas", explicou o gestor,
acrescentando que poderá solicitar
mais profissionais até o prazo final
das inscrições.
"Estamos analisando melhor a
demanda das áreas mais carentes,
mas não podemos esquecer que esse
é um programa nacional e que temos
que ser solidários com regiões
metropolitanas mais necessitadas e
as cidades do interior mais
necessitadas. Assim deve funcionar
o Sistema Único de Saúde, tem muito
mercado para médico em São
Paulo", pontuou Harada.
Valor Econômico
24/07/13
00
EU & CARREIRA
Alunos estrangeiros têm mais
dificuldade para achar trabalho
Por Louis Lavelle | Bloomberg
Businessweek
Não é segredo que alunos
estrangeiros de MBA têm mais
dificuldade do que seus colegas
locais na hora de encontrar trabalho.
Questões de visto ou pouca
experiência por parte dos
departamentos de carreira das
escolas em colocar profissionais em
empresas estrangeiras são apenas
alguns dos desafios.
Agora, no entanto, sabemos de
fato o quão difícil é para eles. Menos
de metade dos alunos internacionais
da turma de 2013 conseguiram
ofertas de emprego em meados de
março, em comparação com quase
dois terços dos alunos com
cidadania no país da escola de
negócios, de acordo com novos
dados do Graduate Management
Admission Council (Gmac), que
administra a prova de admissão para
programas de MBA, o Gmat. As
descobertas são de um estudo com
5.331 recém-formados de 159
escolas de todo o mundo.
Nos EUA, 46% dos alunos
estrangeiros em programas de tempo
integral receberam ofertas da
emprego, ante 66% dos estudantes
americanos. Na Ásia, o que inclui a
China e a Índia, os números foram
de 54% para alunos internacionais,
e 67% para os locais. Só na Europa
os estrangeiros se saíram melhor do
que os colegas europeus, com 59%
recebendo ofertas de emprego na
comparação com 39% dos alunos
locais.
O destino de estudantes
internacionais na busca por emprego
depende bastante dos setores onde
eles buscam vagas. Estrangeiros se
saíram melhor em consultorias, onde
55% receberam ofertas, e pior no
mercado financeiro e no segmento de
contabilidade, onde 42%
conseguiram empregos. Em
empresas de tecnologia, os
estrangeiros conseguiram vagas em
52% dos casos, comparado com
81% dos locais. No setor industrial,
a diferença foi ainda maior: 43% dos
estrangeiros com vagas, ante 83%
dos locais.
Deve-se ressaltar que a grande
maioria dos alunos de MBA que
estuda em países onde não têm
cidadania - quase três de cada
quatro - dizem ter como plano após
o curso voltar para o país de origem.
Assim, a variedade dos cenários
torna difícil identificar uma razão
principal para o desempenho pior
desses profissionais na hora de
conseguir uma colocação no
mercado. No entanto, o Gmac diz
que problemas com visto, no caso
daqueles que pretendem ficar no país
da escola, e a dificuldade logística de
coordenar uma busca por emprego
a distância, para os que querem
voltar, explicam boa parte dos casos.
Além disso, não conseguir um
emprego até meados de março não
significa que a oferta não vá chegar,
especialmente se o aluno completar
o curso em escolas de renome.
Quando
a
"Bloomberg
Businessweek" fez uma enquete
informal com os 25 principais
programas de MBA full-time em
dezembro, todas as escolas disseram
que a taxa de colocação dos alunos
estrangeiros era de pelo menos 70%
cerca de três meses após a formatura
- o que é um semestre mais tarde do
que o período usado pelo estudo do
Gmat. Cinco escolas reportaram que
esses índices eram de 100%.
24/07/13
00
O PAÍS
Contrapartida para o SUS
Para abrir cursos médicos,
instituições de ensino terão de fazer
doações para rede pública de saúde
Demétrio Weber
BRASÍLIA
O ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, anunciou ontem que as
instituições privadas de ensino que
estiverem dispostas a fazer doações
ao Sistema Único de Saúde (SUS),
na forma de investimentos em
prédios ou equipamentos, terão
vantagens na disputa para abrir
novas faculdades de Medicina no
país. As doações ao SUS e o preço
das mensalidades serão critérios
para o governo estabelecer os
vencedores dos editais que serão
abertos para a criação de cursos
privados de Medicina.
Mercadante sinalizou também
que os dois anos a mais de duração
nos cursos de Medicina previstos no
programa Mais Médicos - período
em que os estudantes terão de
trabalhar em unidades do SUS poderão ser transformados em
residência médica e não mais serem
considerados mera ampliação do
tempo de graduação, como
divulgado inicialmente pelo governo.
Segundo o ministro, um préedital para abertura de faculdades de
Medicina será submetido a consulta
pública a partir do próximo dia 16
de agosto, indicando os municípios
onde o MEC permitirá a criação de
faculdades. A meta é criar 11.447
novas vagas de Medicina em 60
municípios até 2017, sendo 7.832
em instituições privadas e 3.615 em
universidades federais.
Como anunciado no início do
ano, o MEC mudou o sistema de
criação de faculdades de Medicina.
Pelo modelo anterior, considerado
pelo MEC um balcão de negócios,
cabia às instituições de ensino indicar
o local onde gostariam de abrir
cursos, e o ministério se limitava a
avaliar a qualidade das propostas.
Pelo novo sistema, só poderão ser
criadas faculdades de Medicina em
municípios determinados pelo
governo, que levará em conta a
demanda por médicos e a
infraestrutura de saúde disponível.
Exemplo: para abrigar um curso, a
cidade deverá ter pelo menos cinco
leitos do SUS para cada estudante.
CFM: país não
precisa de mais vagas
Mercadante explicou que os
editais terão mecanismos para
garantir a qualidade dos futuros
cursos. Inicialmente, as propostas
das instituições de ensino serão
avaliadas em termos do projeto
pedagógico, do corpo docente e da
infraestrutura. Só depois é que
passarão pela análise econômica,
que levará em conta o preço das
mensalidades e o valor que a
respectiva instituição doará ao SUS
a fim de melhorar a rede pública de
saúde.
Segundo o ministro, não há
problema em exigir que faculdades
privadas deem dinheiro ao SUS, uma
vez que a formação prática dos
estudantes dessas instituições ocorre
em hospitais e ambulatórios da rede
pública de saúde.
- Por quê, se o empresário está
ganhando dinheiro? Ele está
utilizando a rede SUS - disse
Mercadante.
Ele afirmou que apenas 57
cidades brasileiras têm hoje
faculdades de Medicina. A intenção
é oferecer cursos em outras 60. Em
princípio, instituições públicas de
ensino também deverão disputar os
editais, especialmente em municípios
onde a iniciativa privada não
demonstrar interesse. Para isso,
segundo Mercadante, serão
construídos mais cinco hospitais
universitários, a fim de atender aos
critérios de número mínimo de leitos
por estudante.
O vice-presidente do Conselho
Federal de Medicina (CFM), Carlos
Vital, avaliou que as medidas
anunciadas pelo MEC são um
"equívoco na sua essência".
Segundo ele, o Brasil já possui
número suficiente de médicos e não
há necessidade de mais vagas. Para
Vital, isso levará à oferta exagerada
de vagas.
Continua
Continuação
24/07/13
- Hoje, o número disponível de
vagas já é mais que suficiente para a
projeção
do
crescimento
demográfico - afirmou Carlos Vital,
acrescentando: - É uma
irresponsabilidade (do governo) abrir
vagas nos cursos médicos quando
deveria qualificar a formação
profissional.
Vital também criticou os critérios
para a abertura de vagas no ensino
superior privado:
- É como um balcão de negócios,
onde quem oferece menor preço vai
ter a preferência. O custo é relativo.
Posso ter algo de alto custo e baixa
qualidade. Mas posso ter algo de
custo maior e boa qualidade. Não
posso colocar o custo como critério
para seleção.
Mercadante, porém, disse estar
otimista quanto à possibilidade de
construção de um consenso com as
instituições de ensino e as entidades
médicas acerca da ampliação dos
cursos de Medicina dos atuais seis
anos para oito anos, como prevê o
Mais Médicos. Segundo ele, uma
proposta de acordo está em
discussão num fórum que reúne o
MEC, a Associação Brasileira de
Ensino Médico e uma comissão de
especialistas comandada pelo exministro da Saúde Adib Jatene.
"Sempre há espaço para
negociação"
Segundo
Mercadante, o fórum deverá
formalizar a proposta até o início da
semana que vem. A ideia é que o
período de dois anos em que o
estudante trabalhará no SUS seja
cursado na forma de uma residência
médica. O ministro afirmou que a
medida provisória que instituiu o
Mais Médicos já prevê essa
possibilidade, mas que o governo
está aberto a negociar mudanças se
for possível chegar a um consenso:
- Se precisar, não tem problema.
Sempre há espaço para negociação
- disse Mercadante.
Desse modo, segundo o ministro,
o estudante poderia contabilizar o
período de dois anos a mais como
tempo de residência. Assim, se
optasse por uma residência
diretamente relacionada à atividade
desenvolvida nesses dois anos de
atuação no SUS, o médico já
poderia receber um certificado de
residência. Caso optasse por uma
residência mais longa, o período de
dois anos seria contabilizado de
modo a encurtar a duração da
residência.
Mercadante lembrou que a
ampliação do curso de Medicina, na
forma como está prevista na medida
provisória, entrará em vigor só em
2021, afetando, portanto, estudantes
que ingressarem no curso a partir de
2015.
24/07/13
00
O PAÍS
Enem: redação este ano terá
50% a mais de corretores
Mercadante diz que todos os
malotes com provas terão chip de
localização
BRASÍLIA
O ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, anunciou ontem que o
Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) este ano terá 50% a mais de
profissionais encarregados de
corrigir as redações, em relação a
2012. Em 2013, 8.400 profissionais
farão a correção. Em 2012, foram
5.600.
Mercadante informou que todos
os malotes com as provas do Enem
serão equipados com chip
eletrônico, dispositivo que registra a
localização do malote, via GPS, e o
horário de abertura do malote.
Segundo o ministro, o objetivo é
aumentar a segurança. Na edição de
2012, 10 mil malotes já tinham sido
fechados com lacres eletrônicos, de
um total de 50 mil malotes. Em 2013,
todos os 63.340 malotes estarão
equipados com o dispositivo.
O número de inscritos no Enem
em 2013 foi recorde: 7,1 milhões de
pessoas. Isso levou o MEC a
aumentar o número de municípios
onde a prova será aplicada. Em
2013, o exame poderá ser feito em
1.661 cidades.
Mercadante anunciou a criação
de uma comissão de especialistas,
todos doutores com notório saber
em avaliação de textos, para orientar
os corretores e supervisores. O
número de supervisores passou de
230 para 280. O número de
coordenadores também, de 12 para
15.
O Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep), vinculado ao MEC,
lançará na segunda quinzena de
agosto o Guia do Participante 2013,
com exemplos de redações nota
1.000, pontuação máxima possível.
Mercadante disse que os
profissionais contratados para
corrigir redações farão treinamento
presencial e à distância com duração
de 136 horas. Eles serão avaliados
antes e durante a correção. Na fase
de treinamento, os que receberem
nota abaixo de 7 serão substituídos.
Segundo o ministro, o
crescimento do número de inscritos
elevará os gastos do governo com o
Enem, mas, proporcionalmente, o
custo por inscrito permanecerá na
faixa de R$ 47.
- Isso corresponde a um terço do
custo da inscrição num vestibular disse.
24/07/13
00
METRÓPOLE
Só 3 cursos de Medicina de SP farão Revalida
Médicos reclamam de pré-teste
de exame a estrangeiro; critério foi
região, diz Inep
Fernanda Bassette
Paulo Saldaña
pré-teste, sob o argumento de que o
diagnóstico serviria para baixar a
dificuldade do Revalida. Criado em
2011, o exame registrou índices de
reprovação entre 90% e 91%.
Os principais cursos de Medicina
de São Paulo - Unicamp, USP,
Unesp e Unifesp - estão fora da lista
de instituições que terão alunos
inscritos para realizar o pré-teste do
Revalida, aplicado pelo Ministério da
Educação (MEC) para revalidar
diplomas de médicos formados no
exterior. Também ficaram de fora
cursos tradicionais como o da Santa
Casa e o da PUC-SP.
Milton Arruda Martins, professor
titular de Clínica Médica da
Faculdade de Medicina da USP, diz
que as três escolas paulistas
escolhidas
não
têm
representatividade. "A amostra não
me parece adequada. São
instituições medianas", diz. O Estado
de São Paulo tem 18% do total de
vagas de Medicina no País, mas,
entre os que farão o Revalida, só
10% são do Estado.
O Estado teve acesso à lista de
instituições, como antecipou ontem
a coluna Direto da Fonte. O Estado
de São Paulo tem. 38 cursos de
Medicina, mas só 3 participarão do
exame, todos de instituições
particulares: os das universidades de
Ribeirão Preto, Marília e Oeste
Paulista. As duas primeiras têm nota
3 (regular) no Conceito Preliminar
de Curso (CPC), índice de
qualidade do MEC, publicado em
2010. A do Oeste Paulista teve nota
2, o que significa nível insatisfatório
(mais informações nesta página).
Bráulio Luna Filho, coordenador
do exame aplicado pelo Conselho
Regional de Medicina de São Paulo
(Cremesp) aos formandos, também
diz que a amostra de São Paulo não
é representativa. "Escolheram
escolas que não estão entre as dez
melhores, que têm problemas de
desempenho do ponto de vista da
avaliação feita pelo Cremesp. Não
tem nenhuma pública e nenhuma
particular de qualidade", avalia Luna.
O Cremesp realiza o exame há oito
anos e, em 2012,54,8% dos alunos
foram reprovados.
O objetivo do MEC ao aplicar o
Revalida para brasileiros é "calibrar"
a prova e entender se ela está
adequada às diretrizes dos cursos de
Medicina do País. Entidades
médicas e especialistas criticam o
O Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais (Inep),
ligado ao MEC, é o órgão
responsável pelo Revalida. O
presidente do Inep, Luiz Cláudio
Costa, diz que os resultados não
serão divulgados e não há objetivo
de comparação. Segundo ele, a
escolha de instituições foi feita por
região, e não por Estado. "A amostra
é bem representativa. Foi levada em
conta a proporção de concluintes
por curso e níveis de qualidade." As
17 instituições privadas e 15 públicas
foram escolhidas em uma lista inicial
de 144 cursos - que haviam
registrado participação de ao menos
dois alunos no Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes (Enade),
que avalia os estudantes do ensino
superior e compõe o CPC.
Houve universidades que,
convidadas, recusaram participar,
como a Unicamp, que reclamou não
ter feito parte dos debates sobre o
exame. "Não participamos de nada
das discussões, da metodologia para
elaboração das questões. Estamos
abertos à prova, desde que a
universidade esteja envolvida na
formatação", diz Maurício
Etchebehe-re, coordenador do
internato do curso de Medicina da
Unicamp. Costa nega que tenha
havido boicote ao pré-teste.
USP, Unesp e Unifesp negam que
tenham sido consultadas. O diretor
da escola de Medicina da Unifesp,
Antonio Carlos Lopes, diz que é
provável que a unidade recusasse. "A
impressão é que a congregação se
oporia a isso ,já que está totalmente
contra todo o projeto (Mais
Médicos)." A USP informou que não
concorda com o pré-teste.
Continua
Continuação
Na lista de32 instituições
brasileiras que terão alunos no
Revalida, apenas 9 estão entre as
consideradas boas pelos critérios do
MEC. São instituições que tiveram
nota 4 no CPC.
Incentivo. Uma das preocupações
de professores de Medicina é que,
por ser voluntário, os alunos não se
empenhem na provado Revalida. "O
processo de calibração dó exame é
muito importante, mas é preciso
escolher escolas cujos alunos darão
o máximo de si no exame, senão
24/07/13
corremos o risco de os alunos irem
mal e isso acabar tendo um uso
político", diz Martins.
O Inep estuda oferecer, como
incentivo aos participantes,
gratuidade na inscrição para a prova
de residência - especialização feita
após a formatura. A sugestão teria
vindo das próprias instituições.
Segundo Costa, a participação já
demonstraria comprometimento.
"Como só ele poderá ver o resultado,
a autoavaliação é mais um incentivo."
/ Colaborou Mirella D"Elia
24/07/13
00
METRÓPOLE
Trabalho obrigatório no
SUS pode virar residência
É o que prevê proposta que sairá
de comissão formada pelo MEC
para analisara mudança no curso de
Medicina
Lisandra Paraguassu
Brasília
Os dois anos de trabalho
obrigatório no Sistema Único de
Saúde (SUS), proposta pelo
governo, poderão ser transformados
em uma residência médica
obrigatória. Essa é a principal
iniciativa que sairá de uma comissão
. formada pelo Ministério da
Educação para analisar a mudança
nos currículos dos cursos de
Medicina, como antecipou a coluna
Direto da Fonte.
"O que estamos discutindo é
como fazer esses dois anos no SUS,
e a proposta de transformá-lo em
uma residência foi a que unificou a
comissão", revelou o ministro da
Educação, Aloizio Mercadante.
Formada por representantes das
escolas nacionais de medicina, pela
Associação Brasileira de Ensino
Médico e pela comissão de
especialistas do MEC, presidida por
Adib Jatene, a comissão precisa
acertar os detalhes de como
funcionaria essa residência. A
proposta final deverá ser
apresentada na próxima semana.
De acordo com Mercadante, a
ideia até agora é que a residência
médica passe a ser obrigatória no
SUS. Mas, em vez de funcionar
como uma espécie de especialização
em medicina pública é generalista, os
futuros médicos poderiam escolher
já a área em que gostariam de
trabalhar, como pediatria, clínica
médica ou ginecologia.
O ministro afirma que,
atualmente, existem vagas em
programas de residência para apenas
metade dos alunos que se formam
nos cursos de medicina existentes, a
maioria pública. Se a proposta for
aceita, o governo passaria a oferecer
vagas para todos os formandos com
uma bolsa nos mesmos moldes do
oferecido pelos dois anos de trabalho
obrigatório propostos originalmente.
"Basicamente é o que os especialistas
recomendam até agora."
Todo o período seria feito no
SUS. Se a especialidade tiver um
tempo de residência de dois anos, o
médico termina o período formado.
Se for maior, terá que complementálo - e é nesse ponto que faltam os
detalhes de como funcionaria o
processo. Se, por exemplo, a bolsa
seria estendida, se o estudante
poderia então trocar o SUS por
outro curso.
24/07/13
00
METRÓPOLE
Cientistas querem foco na
qualidade em avaliações
Líderes da comunidade científica
pedem em reunião da SBPC que se
mudem os critérios centrados na
quantidade
Herton Escobar
Enviado Especial/ Recife
Lideranças da comunidade
científica fizeram ontem uma forte
cobrança por mudanças nos critérios
de avaliação de pesquisadores e
instituições, pedindo que elas sejam
mais baseadas em qualidade e menos
em quantidade. "Premiar só a
quantidade sinaliza na direção
errada; desencaminha a juventude e
acomoda os (pesquisadores)
seniores", disse o presidente do
Conselho
Nacional
de
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), Glaucius
Oliva, na reunião anual da Sociedade
Brasileira para o Progresso da
Ciência (SBPC), no Recife.
"Não produzir nada ou muito
pouco é sempre mim, mas publicar
muito não é necessariamente bom",
afirmou Oliva.
O número de trabalhos
publicados anualmente por cientistas
brasileiros cresceu substancialmente
nos últimos anos, mas o impacto
dessa produção científica - medido
pelo número de vezes que esses
trabalhos são citados por outros
pesquisadores - cresceu muito
pouco.
"O fato é que, historicamente, a
ciência brasileira tem pouca
repercussão no mundo", disse Carlos
Henrique de Brito Cruz, diretor
científico da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo
(Fapesp).
A
Argentina,
comparativamente, publica menos
trabalhos do que o Brasil, mas tem
um fator de impacto maior. Mesmo
nas grandes universidades do Sul e
Sudeste, segundo Brito, a influência
da ciência produzida não se compara
à das grandes dos EUA e da Europa.
Uma das razões para isso,
segundo Oliva, é que a agenda
científica dos pesquisadores e
instituições brasileiras é fortemente
pautada pelas políticas de avaliação
das agências de fomento - como
CNPq, Fapesp e Capes -, que, por
sua vez, ainda são moldadas por
critérios quantitativos, apesar dos
esforços iniciados recentemente para
mudar essa "cultura". A comunidade
ainda trabalha olhando muito para o
passado", disse Oliva ao Estado. "É
um processo educativo. Precisamos
começar a olhar mais para o futuro."
""Precisamos mudar uma
mentalidade que nós mesmos
criamos", disse a presidente da
SBPC, Helena Nader. "Temos de
repensar e nos reeducar sobre como
avaliar."
24/07/13
00
METRÓPOLE
Enem terá dobro de corretores
e provas com lacre eletrônico
Exame que será aplicado em
outubro recebeu 24% mais inscritos
neste ano que em 2012; mais 29
cidades aplicarão prova
porque o ministério incluiu um
terceiro para o caso de as duas notas
iniciais das redações terem uma
discrepância maior do que 100
pontos.
Brasília
O Ministério da Educação
decidiu dobrar o número de
corretores para as provas de
redação do Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem) e aplicará a
prova deste ano em mais 29
municípios* As mudanças,
apresentadas ontem, foram
decididas para dar conta do
crescimento de participantes no
exame. Este ano são 7,2 milhões,
24% maior do que no ano passado.
"O aumento é proporcional ao
crescimento da demanda, porque
houve
um
crescimento
extraordinário. Por isso temos de
aumentar a coordenação, a
supervisão. Onde demos mais
reforço foi na correção", disse o
ministro da Educação, Aloizio
Mercadante.
No total, as provas serão
aplicadas em 1.661 municípios, com
novos locais em nove Estados. O
número de corretores passou de 5,6
mil para 8,4 mil, principalmente
Também foi criada uma comissão
de nove especialistas com doutorado
em avaliação textual que fizeram a
matriz de correção das redações, a
capacitação dos corretores e
também servirão de apoio online em
caso de dúvidas. A correção das
redações foi a maior polêmica da
última edição do Enem, quando se
descobriu que textos com receitas de
macarrão instantâneo e hinos de
clubes de futebol haviam recebido a
nota máxima.
A prova, que acontece nos dias
26 e 27 de outubro, será aplicada
em 15.576 locais. Os 63,3 mil
malotes que contém as provas terão
lacres eletrônicos, que permitirão ao
MEC ver onde e em qual horário
serão abertos.
Em 2012, apenas parte dos
malotes -10 mil, em lugares mais
críticos - teve os lacres. De acordo
com Mercadante, o sistema foi
aprovado e tem custo baixo. Por
isso, o governo decidiu ampliar seu
uso. /L.P.
24/07/13
00
DIRETO DA FONTE
SÔNIA RACY
JORNAL DE BRASÍLIA
24/07/13
00
CIDADES
METRO - BRASÍLIA
24/07/13
00
BRASIL
DESTAKjornal (DF)
24/07/13
00
BRASÍLIA
CLÁUDIO HUMBERTO
24/07/13
00
UNIVERSIDADE FEDERAL NO
AM HUMILHA PROFESSORES
Três professores da Universidade Federal do Amazonas esperam há meses a
conclusão dos inquéritos administrativos
para apurar supostas denúncias de assédio moral, nos quais uma delas chegou a
ser agredida por reclamar das condições
de trabalho: mestre em Geologia,
concursada, Maria do Rosário Carmo foi
obrigada a dar aula de enfermagem e fisioterapia; doutora em Genética Molecular
Humana, Izabel Heckmann não pôde entrar no laboratório para trabalhar.
‘VISTA GROSSA’
Elas se dizem alvos não só de colegas,
mas também da direção da universidade,
que faz “vista grossa” a uma prática que se
generaliza.
DURO OFÍCIO
Dizem também que perseguição, sobrecarga de trabalho, humilhações a professores são frequentes na Ufam em Coari e
Manaus.
‘IGUAL À DITADURA’
A Associação de Docentes da universidade vai entrar com ação no Ministério
Público Federal, caso a reitoria não puna
os responsáveis.
NOVENA
Menor que o de Dilma, o discurso de
Lula a Bento 16 em 2007 citou “prioridades”: ampliar a atenção especial à juventude, principalmente às suas parcelas mais
pobres” e dar uma “educação de qualidade”.
JORNAL DA
MÍDIA.COM
INFORME
ON LINE
www.conjur.com.br
Inep não pode reconhecer
proficiência por causa do
Enem
conta de sua redação. O
documento foi expedido pelo
instituto após decisão liminar
sobre o caso.
Por Gabriel Mandel
O Inep (Instituto Nacional de
Estudos
e
Pesquisas
Educacionais), órgão do
Ministério da Educação e
responsável pelo Enem, não tem
competência para emitir
certificado de proficiência
baseado em resultado do exame.
Com este entendimento, o juiz
Euler de Almeida Silva Júnior, da
9ª Vara da Seção Judiciária de
Goiás, confirmou decisão liminar
e determinou que o Instituto
Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Goiás conceda
declaração parcial de proficiência
a uma jovem goiana que, mesmo
sem concluir o ensino médio,
participou do Enem (Exame
Nacional do Ensino Médio) em
2011 e teve bom desempenho nas
provas, mas não foi aprovada por
A decisão aponta que há
ilegimitidade passiva em relação
à União e ao Inep, que também
foram incluídos na ação, pois não
é competência do órgão emitir a
certificação, algo que cabe aos
institutos federais e às secretarias
de Educação. Por outro lado,
como a Portaria 144/2012, do
próprio Inep, regulamenta a
emissão do certificado de
proficiência, não há justificativa
para que o instituto goiano não
emita o documento.
A estudante requeria a
emissão da proficiência porque a
faculdade que cursa pedia o
diploma do ensino médio e não
aceitava a complementação da
nota através do EJA (Educação
de Jovens e Adultos). A jovem
pedia a declaração parcial de
24/07/2013
proficiência nas quatro áreas em
que obteve nota suficiente para
tanto (Matemática e suas
Tecnologias,
Linguagens,
Códigos e suas Tecnologias,
Ciências Humanas e suas
Tecnologias e Ciências da
Natureza e suas Tecnologias),
com o objetivo de evitar a
possibilidade de desligamento por
parte da faculdade que cursava.
A Advocacia-Geral da União
alegou que a concessão do
certificado de proficiência faria
com que o Enem perdesse a
característica de exame de
avaliação, transformando-se em
um formulário para o pedido de
certificação sem o intuito de
selecionar os candidatos
habilitados. Além disso, a
candidata não solicitou a obtenção
do certificado junto à Secretaria
de Educação, mas sim junto ao
IFG, o que impediria a emissão
do documento pela Secretaria de
Educação.
Agência VEJA ON LINE
http://veja.abril.com.br/noticia
24/07/2013
Faculdades privadas de medicina terão de investir no SUS
Instituições que ajudarem o
Sistema Único de Saúde e
oferecerem mensalidades mais
baixas terão prioridade para abrir
mais vagas
O ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, afirmou nesta terçafeira que terão prioridade no
programa de expansão dos cursos
de medicina os centros de ensino
privados
que
investirem
financeiramente no Sistema Único
de Saúde (SUS) e oferecerem a
menor mensalidade aos estudantes.
"Tem de haver a contrapartida
financeira”, disse o ministro.
Mercadante apresentou, em
entrevista coletiva, os critérios para
a criação de novos cursos de
medicina no país. Por meio da
Política Nacional de Expansão das
Escolas Médicas das Instituições
Federais de Educação Superior
(IFES), portaria publicada no
Diário Oficial desta terça, o MEC
planeja expandir o número de vagas
na graduação em medicina em 60
cidades brasileiras. A meta é criar
11.447 novas vagas até 2017 –
3.615 na rede pública, e o restante
no ensino privado.
O pré-edital para a abertura de
novas vagas estará aberto para
consulta pública no próximo dia 16.
Terão prioridade na seleção as
faculdades privadas que destinarem
mais recursos ao SUS e, ao mesmo
tempo, oferecerem mensalidades
mais baixas. “Nada mais
apropriado do que as faculdades
devolverem o que utilizaram do SUS
(infraestrutura, equipamentos), de
forma a melhorar a estrutura
hospitalar. Já há universidades que
oferecem esse reembolso. Agora é
regra”, afirmou Mercadante.
Mercadante disse ainda que o
sistema de contrapartida financeira
não vai impor barreiras para que
as faculdades privadas ingressem
na política de expansão, já que
medicina é o curso que apresenta
maior demanda no país. O
programa de expansão depende da
adesão das instituições particulares
para atingir a meta de 2,7 médicos
por mil habitantes, média na GrãBretanha — referência para as
ações brasileiras.
O Ministério da Educação
também vai exigir a atuação dos
estudantes no Sistema Único de
Saúde ao longo do curso. Para isso,
será necessário que o campo prático
ofereça em hospitais pelo menos
cinco leitos para os alunos, com
número máximo de estudantes por
equipe de atenção básica menor ou
igual a três e a existência de
estrutura de urgência e emergência
adequada. Além disso, serão
exigidos pelo menos três programas
de residência médica nas seguintes
especialidades: clínica médica,
cirurgia geral, ginecologiaobstetrícia, pediatria, medicina de
família e comunidade.
Para garantir a qualidade dos
serviços, foi criada uma comissão
para avaliar in loco a estrutura e o
serviço dos cursos. “Nós vamos
exigir o mesmo rigor para
faculdades públicas e privadas. A
exigência nova é que os estudantes
tenham um campo de aprendizado
no SUS para terem um aprendizado
humanizado”, explicou o ministro.
A medida se aproxima da MP dos
Médicos, enviada ao Congresso
Nacional no início do mês, ao
instituir a presença de estudantes
da rede pública. A diferença é que
os estudantes atuarão junto à
comunidade ao longo dos seis anos
de curso, enquanto a medida
provisória prevê que sejam
acrescentados ao currículo dois
anos de atuação exclusiva no SUS.
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