Relatório de Imprensa Alguns artigos que citaram o estudo de análise de viabilidade da implantação da cadeia citrícola no Vale São Francisco, realizado pelo PENSA. ÍNDICE CONJUNTURA FAVORÁVEL .................................................................................... 3 PLANTIO ALTERNATIVO EM ÁREAS IRRIGADAS DO SEMI-ÁRIDO ................................ 6 AGENDA 2015 .................................................................................................... 8 SEMI-ÁRIDO NORDESTINO PODE SER PÓLO DE CÍTRICOS ...................................... 12 SÃO BOAS AS PERSPECTIVAS NO VALE DO SÃO FRANCISCO................................... 13 A HORA E A VEZ DA CITRICULTURA BRASILEIRA - ESTUDO ENCOMENDADO AO PENSA PELA CODEVASF SINALIZA O PÓLO PETROLINA-JUAZEIRO COMO EXCELENTE FRONTEIRA AGRÍCOLA PARA EXPANSÃO DA CITRICULTURA .................................... 15 2 Conjuntura Favorável Local: Revista Agroanalysis Data: Fevereiro de 2007 Autores: Marcos Fava Neves, Marcos Sawaya Jank, Frederico Fonseca Lopes, Vinícius Gustavo Trombin 3 4 5 Plantio Alternativo em Áreas Irrigadas do Semi-árido Local: Jornal A Tarde Data: 29 de Janeiro de 2007 Autora: Cristina Laura Criar alternativas de cultivo que fujam da linha manga-uva, carrochefe da fruticultura irrigada no Vale do São Francisco, é a meta que a Embrapa Semi-árido, em Petrolina (PE), busca há quatro anos. A diversificação de cultivos em áreas irrigadas do semiaacute;rido representa um desafio às pesquisas em campos experimentais, onde já foram avaliadas espécies como caqui, tangerina, laranja, limão, pomelo, pêssego e oliveira irrigadas. São culturas com alto valor agregado e potencial para ocuparem plantios comerciais nas áreas irrigadas no semi-árido. "Concentrar exploração agrícola baseada em uva e manga nestas áreas pode prejudicar bastante o negócio agrícola da região, que é um dos mais importantes do País”, diz Pedro Carlos Gama da Silva, pesquisador da Embrapa. Segundo ele, a situação produtiva tem levado o negócio das culturas de manga e uva a apresentarem problemas relacionados aos preços, o que pode se agravar com a expansão da área de cultivo para novos perímetros irrigados. Um projeto da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) planeja a implantação de 13 novos perímetros de irrigação na região do Vale nos Estados da Bahia e Pernambuco. A intenção é disponibilizar 100 mil hectares para a agricultura irrigada nos próximos anos. “A identificação de espécies com potencial econômico é importante para o negócio agrícola da região”, diz o pesquisador. ESTUDOS – Coordenada pelo engenheiro Paulo Roberto Coelho Lopes, a pesquisa que está em execução na Embrapa tem apoio financeiro da Codevasf. Em execução no Campo Experimental de Bebedouro da Embrapa SemiAacute;rido, uma das etapas mais importantes importantes do projeto avalia o potencial agronômico e econômico de espécies frutíferas e de uma oleaginosa, como os citros e a oliveira, com estudos bem mais avançados. Com os citros é feita a definição dos melhores porta-enxertos para laranjas, limões, tangerinas e pomelos. De acordo com estudos desenvolvidos pela Embrapa Semi-árido, vários fatores favorecem a exploração dos citros na região do Vale do São Francisco. Através do Instituto Pensa, da Universidade de São Paulo (USP), e após análises das condições de solo e clima das cidades de Juazeiro e Petrolina (PE), foi possível determinar que a citricultura na região, além de viável, ainda apresenta custos inferiores ao da citricultura tradicional com base no Estado de São Paulo. Isso graças ao clima quente e seco, que dificulta a presença de doenças e fungos, diminuindo o custo de produção com defensivos. No caso das oliveiras, a avaliação observa as diversas condições ambientais ao longo do Vale do São Francisco, inclusive em um microclima do semiaacute;rido localizado na Chapada Diamantina, onde as altitudes variam de 900 a 1.200 metros do nível do mar e as temperaturas entre junho, julho e agosto variam de 12º C a 16º C. 6 Os pesquisadores da Embrapa asseguram que as novas culturas de cítricos implantadas nas duas cidades devem ser voltadas para o processamento industrial, com possibilidade de destinar pequena parte da produção para o comércio de frutas in natura. De acordo com a avaliação dos consultores do Instituto Pensa, a estimativa de custo operacional por hectare para a citricultura irrigada, no Estado de São Paulo, será 5% maior em relação à citricultura irrigada do Vale, mas o custo operacional aliado aos investimentos necessários, no cenário paulista, passa a ser menos vantajoso, apresentando um valor 22% maior do que em Juazeiro e Petrolina. POMELO – No Projeto Mandacaru campo experimental da Embrapa em Juazeiro – existe uma área de 0,4 hectares, com cerca de 120 pés de pomelo, uma das frutas cítricas que fazem parte do estudo de culturas alternativas. Por fora, o pomelo parece um pouco com a tangerina, mas possui polpa vermelha gosto um pouco amargo, tendo desempenho considerado satisfatório pelos pesquisadores. O resultado das pesquisas com as culturas dos citros mostra que boa qualidade comercial nos frutos colhidos, determinada pela intensidade da cor da polpa, teores de açúcar e boa produtividade. 7 Agenda 2015 Local: Revista Agroanalysis Data: Janeiro de 2007 Autores: Marcos Fava Neves, Marcos Sawaya Jank, Frederico Fonseca Lopes, Vinícius Gustavo Trombin 8 9 10 11 Semi-árido Nordestino pode ser Pólo de Cítricos Local: O Estado de São Paulo Data: 30 de Junho de 2006 Autora: Ana Conceição Área irrigada de Petrolina e Juazeiro tem potencial para igualar a produção de laranjas do Estado americano da Flórida, mostra instituto A região do Médio São Francisco, mais precisamente no pólo irrigado Petrolina (PE)/Juazeiro (BA), no semi-árido nordestino, poderá se transformar no longo prazo numa nova fronteira para a produção de citros e processamento de suco de laranja para exportação. Um estudo de viabilidade técnica, econômica e logística feito pelo Programa de Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial (Pensa), da Faculdade de Economia e Administração da USP, mostra que o cultivo de laranja irrigada na região é viável. Os cálculos da indústria indicam que o potencial produtivo pode chegar a 150 milhões de caixas de 40,8 quilos de laranjas por ano. O volume corresponde à mesma produção da Flórida, nos EUA, segunda maior região citrícola do mundo, que este ano colheu 154 milhões de caixas. Frederico Fonseca Lopes, pesquisador do Pensa e um dos responsáveis pelo estudo, revela que entre os fatores positivos da região estão o clima seco e quente, que não favorece a presença de doenças graves como o cancro cítrico; possibilidade de menor utilização de defensivos; disponibilidade de água e energia elétrica para irrigação; ganho de produtividade e menor custo da produção, mesmo levando em conta a irrigação. O Semi-Árido dispõe de 40 mil hectares disponíveis para citros, área que pode chegar a 200 mil hectares, um terço do parque citrícola que compreende o Estado de São Paulo e o Sul de Minas Gerais, o maior do mundo. As áreas estão distribuídas em vários projetos de irrigação entre Petrolina e Juazeiro. Fatores limitantes como temperaturas muito altas e solo raso podem ser resolvidos com tecnologia já existente, diz José Antonio Quaggio, pesquisador do Centro de Solos e Recursos Ambientais do Instituto Agronômico de Campinas, que também participa do estudo do Pensa. "A maior parte da citricultura mundial foi desenvolvida em condições muito parecidas", afirma. Feito sob encomenda da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), o estudo é o principal argumento da instituição para atrair grandes indústrias processadoras, como Cutrale, Citrovita e Coinbra, para a região. "Namoramos a indústria paulista há três anos, mas faltava um estudo sério com informações embasadas, que provassem o potencial daquela área", afirma o diretor de Engenharia da Codevasf, Clementino Coelho. "Todo ano essa indústria tem de renovar de 40 mil a 50 mil hectares por conta de envelhecimento de pomares e ataque de pragas e doenças. Queremos atrair uma parte dessa renovação para o semi-árido." Os números apurados pelo Pensa têm sido mantidos sob sigilo porque o estudo será concluído apenas em julho. Mas o cálculo inicial é de um custo operacional 5% mais baixo e custo total quase 30% menor que em regiões irrigadas de São Paulo. O pólo só será viável se a indústria exportadora for para lá. O setor exporta US$ 1,1 bilhão por ano. 12 São Boas as Perspectivas no Vale do São Francisco Local: Gazeta Mercantil Data: Julho de 2006 Autor: Ângelo Castelo Branco Pragas e doenças são fatores de redução da produtividade dos pomares no Estado de São Paulo. Pesquisadores da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) anunciam que os cítricos podem se tornar o novo negócio em projetos de irrigação nos municípios de Petrolina (PE) e de Juazeiro (BA). Ancorados em pesquisas realizadas em parceria com a Embrapa, os estudos mostram a viabilidade do novo cultivo, desde que submetido a um manejo especial que considere as condições de clima e solo do semi-árido. A expectativa é que as laranjas, pomelos, tangerinas e limões devem liderar a expansão da citricultura nos sertões de Pernambuco e Bahia. As principais culturas praticadas atualmente naquela região são uva, manga, banana, coco verde, goiaba, melão, acerola, limão, maracujá, papaia e pinha, com um volume aproximado de produção de frutas de 1 milhão de toneladas por ano. Segundo informações da Valexport, a estimativa para este ano é produzir cerca de 360 mil toneladas de manga – 100 mil toneladas só para o mercado externo. Com relação à uva, a expectativa de produção é de 200 mil toneladas (40 mil para a exportação). As frutas são exportadas basicamente por via marítima (95%). Os portos mais utilizados são os de Salvador (BA), Suape (PE) e Pecém (CE). Há também a alternativa de uso do aeroporto internacional de Petrolina. A distribuição interna é feita quase que exclusivamente pela malha rodoviária. Segundo o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Semi-Árido, Natoniel Franklin de Melo, existe um conjunto de fatores que favorecem o deslocamento dos plantios das áreas tradicionais de cítricos, localizadas principalmente em São Paulo, para os perímetros irrigados do Vale do São Francisco. Ele explica que os pomares citrícolas de São Paulo enfrentam problemas fitossanitários, com crescentes danos causados por pragas e doenças que afetam tanto a vida útil das plantas quanto sua produtividade. Além disso, reforça, há uma demanda crescente no Vale do São Francisco pelo desenvolvimento de alternativas de cultivos com forte inserção no agronegócio nacional, favorecendo as áreas irrigadas em fase de implantação. Durante workshop realizado na Embrapa Semi-Árido sobre as "Condições Técnicas de Produção de Citros Pólo Petrolina-Juazeiro", pesquisadores do Instituto Pensa consideraram que, de maneira geral, as características dos solos nas áreas irrigadas dos projetos dessa região são aptas à implantação da cultura cítrica. No Projeto Pontal, em Petrolina, os solos, embora um pouco menos profundos e com mais argila e silte, são semelhantes aos utilizados no Estado de São Paulo. O pólo sertanejo também apresenta vantagens como a disponibilidade de água e de infra-estrutura para todas as áreas de cultivo dos citros, além de mão-de-obra disponível e relativamente barata, assim como boa oferta de insumos, principalmente adubos e corretivos. Em relação aos aspectos técnicos foi constatado que não há restrições relacionadas a fatores de clima e solo. As limitações identificadas em algumas áreas da região podem ser superadas com a utilização de técnicas de manejo compatíveis com a cultura cítrica. Os técnicos apontaram que a citricultura a ser implantada no pólo Petrolina-Juazeiro deve ser voltada para o processamento industrial, com a possibilidade de se destinar parte da produção ao comércio de frutas in natura, nos mercados interno e externo. Eles ressaltam, contudo, que, além de questões técnicas, a viabilidade da citricultura no pólo dependerá de três fatores: escala de produção, custo e disponibilidade de financiamentos. Estes aspectos determinarão a performance econômica da atividade e vão ser estudados a partir de agora pelos pesquisadores e técnicos da Embrapa, da Codevasf, do Instituto Pensa e de empresas vincula-das ao negócio da citricultura em São Paulo. As pesquisas com citros integram o projeto de diversificação de cultivos para as áreas irrigadas do Vale do São Francisco executado pela Embrapa e pela Codevasf, com o apoio do Ministério de Integração Nacional e Ministério da Ciência e Tecnologia. Atualmente, já estão em fase de testes no campo cerca de 40 materiais de espécies variadas de citros para avaliação do comportamento agronômico e produtivo nas condições irrigadas do semi-árido. Estão inclusive sendo feitas análises para definir um modelo de negócio que estimule investimentos do setor através de parcerias públicoprivada propostas pelo governo federal. Segundo Melo, essa forma de montagem do negócio é um estímulo importante para atrair investimentos e concretizar a atividade de maneira sustentável. A Embrapa Semi-Árido já dispõe de informações de pesquisas com as culturas do pomelo e do limão. O desempenho em campo experimental é satisfatório. No caso do pomelo, os frutos obtidos têm boas qualidades comerciais como a intensidade de cor da polpa, adequados teores de açúcar e boa produtividade. 14 A Hora e a Vez da Citricultura Brasileira - Estudo encomendado ao Pensa pela Codevasf sinaliza o Pólo Petrolina-Juazeiro como excelente fronteira agrícola para expansão da citricultura Local: Jornal USP Ribeirão Preto Data: 27 de Novembro de 2006 Autores: Ferraz Jr e Rosemeire Soares Talamone Numa região onde a produção de frutas, principalmente para exportação, é bastante difundida e a uva reina soberana para alimentar os paladares da fruta e as indústrias de vinho, a chegada de mais uma cultura, a da laranja, pode agregar trabalho e renda e ser uma das grandes alternativas para os produtores do Vale do São Francisco. De quebra, pode ajudar a alavancar a economia naquela região do Nordeste brasileiro. Os benefícios vão além da colheita e do consumo in natura da laranja. Pode se transformar num importante agente econômico pela diversificação das atividades, através da indústria de sucos. A implantação de uma cadeia citrícola no Pólo Petrolina-Juazeiro (PPJ) geraria movimentação média de R$ 1 bilhão ao ano, próximo ao 11º ano da sua instalação, quando se atinge o pico de produção. A viabilidade econômica, para os empresários instalados no Interior paulista, tradicional região produtora do País, é motivo de cautela. Essa alternativa para expansão da citricultura no Brasil é a conclusão do estudo desenvolvido pelo Pensa (Centro de Conhecimentos em Agronegócios), organização que integra professores e pesquisadores dos departamentos de Administração e Economia da FEA-USP de São Paulo e de Ribeirão Preto e atualmente coordenado pelo professor Marcos Fava Neves, da FEA-RP. Os resultados comprovam a viabilidade do Pólo, inclusive com custo de produção ligeiramente inferior ao verificado na citricultura paulista, hoje a maior produtora mundial de citros. O estudo ponderou receitas com insumos, receitas agrícolas e de distribuição e detectou ainda os participantes indiretos na cadeia produtiva que podem ser beneficiados. O governo federal está decidido a desenvolver aquela região através da implantação de cadeias produtivas impulsionadas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do Rio São Francisco e Parnaíba (Codevasf), órgão do Ministério da Integração Nacional parceira no estudo de viabilidade junto ao Pensa e ao Markestrat, um grupo de estudos ligado à FEA-USP. A região já conta com investimentos parciais para o desenvolvimento do projeto. "E tudo isso sem nenhum prejuízo à já bem sucedida experiência do estado de São Paulo com a cadeia produtiva da laranja", afirma o professor Fava Neves, que coordenou a pesquisa "Análise de viabilidade de implantação de uma cadeia citrícola no Pólo Petrolina-Juazeiro". Para o professor, trata-se de uma nova região se desenvolvendo no Brasil de maneira sustentável muito embora São Paulo ainda passará por um novo ciclo de expansão da citricultura devido aos preços internacionais, o que traz boas perspectivas de futuro. "A diversificação é salutar para reduzir riscos e essa é uma nova área, com potencial para substituir parte da área da Flórida, nos Estados Unidos, até pouco tempo a maior produtora de citros do mundo". 15 Entre os fatores apontados como atrativos para investimentos do setor na região o estudo destaca a disponibilidade de água de boa qualidade, irrigada do Rio São Francisco, infra-estrutura disponível para todas as áreas e sem impedimentos ambientais, inexistência do custo de aquisição da terra, mão-de-obra disponível capacitada e relativamente mais barata, disponibilidade de insumos, principalmente fertilizantes e corretivos e, por fim, sinergia com institutos de pesquisa. Outro fator que pesa positivamente a favor do PPJ é que os custos operacionais por hectare para a citricultura irrigada são estimados em 5% a menos em relação à citricultura irrigada no estado de São Paulo. Já os custos totais, ou seja, custos operacionais com investimentos necessários, o cenário paulista apresenta 30% mais caro que o cenário do PPJ. Em contrapartida, a produtividade apontada pelo estudo indica que para produzir uma tonelada de suco de laranja concentrado e congelado sejam utilizadas 280 caixas da fruta, tendo como média 250 frutas por caixa de 40,8 kg. A estimativa de produção no 11º ano é de 130 mil totoneladas de suco. Ademerval Garcia, presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (ABECITRUS), conheceu o estudo do Pensa e visitou a região de Petrolina-Juazeiro na semana passada e constatou a infra-estrutura adequada para a instalação do Pólo de Citricultura. "Eles têm infra-estrutura suficiente para isso e querem a indústria paulista lá, porque é a maior do mundo". Segundo Garcia, a indústria paulista tem know how suficiente para operar toda a cadeia produtiva da laranja, sendo essa mais uma opção para o empresário paulista que recebeu convites para investir também no exterior, em países como China, Índia e Costa Rica. "Em princípio as perspectivas do Pólo Petrolina-Juazeiro são muito positivas, as condições são atraentes, mas cada indústria terá que avaliar sua estratégia de expansão". Garcia lembrou ainda que a bacia do Irecê, no interior da Bahia, também é outra área com infra-estrutura para um Pólo de Citricultura, apesar de ainda não ter sido objeto de estudos. "Nesse local existe uma universidade federal e uma área de pesquisa da Embrapa, sendo também uma opção para os paulistas". Estratégia e modelo de cadeias produtivas O estudo do Pensa projeta a criação do Pólo baseada nas principais características da citricultura paulista. As licitações para ocupação das áreas no Pólo deverão acontecer já no próximo ano, dependendo somente de ações do governo e empresários e modelos de negócios viáveis para a sua implantação definitiva. A área disponível no Pólo, inicialmente, é de 26 mil hectares para a implantação da cadeia produtiva da laranja. "Meus próximos dois anos serão dedicados a levar empresas e desenvolvimento para lá. Eles têm potencial enorme, mas falta o que nós conhecemos: estratégia, planejamento, marketing e desenvolvimento de modelos de negócios", revela Fava Neves. A decisão de implantar no Vale do São Francisco a cadeia citrícola precisa ponderar duas linhas de pensamento que serviriam de base para o desenho do seu posicionamento estratégico, de acordo com o estudo do Pensa. A primeira linha atende ao apelo gerado ao consumidor de alimentos globais, ou seja, sensibilizar o consumidor de alimentos a ponto de diferenciar um produto de outro. A segunda linha atende ao apelo social de desenvolvimento sustentável de uma região historicamente problemática, como é o Sertão nordestino. "É preciso planejar a mensagem a ser levada ao Brasil e ao mundo com relação a 'Laranja do Vale do São Francisco', por exemplo." 16 Os pesquisadores desenvolveram um método para implantação da cadeia produtiva composto de seis etapas: 1) diagnóstico da cadeia produtiva existente - no caso São Paulo; 2) dimensionamento e posicionamento estratégico da nova cadeia; 3) análise de viabilidade; 4) mecanismos de governança; contrato e instituições; 5) atração de investimentos; e 6) implantação e gestão. Um passo importante apontado no estudo é o plano de divulgação do modelo de análise, para que funcione como ferramenta e atração de investimentos. 17