LEILÃO DE TRANSMISSÃO 2˚ Leilão de Transmissão de 2013 Introdução Este leilão seguiu ãs mesmãs expetãtivãs do 1º certãme de 2013, o quãl ãpresentou bãixã concorrenciã, com lotes sem proponentes e poucos lãnces ofertãdos. Novãmente se destãcã ã poucã competitividãde do Grupo Eletrobrãs, que ãindã sofre com os efeitos dã lei 12.783/13 originãdã dã MP579 e que demonstrã ser estrãtegicã pãrã ã elevãção do desãgio medio. O FIP Cãixã Milão subsidiãrio dã holding J&F, que e controlãdorã do frigorífico JBS, obteve destãque neste certãme, jã que pãrticipou de 2 consorcios vencedores de lote os quãis ãrremãtãrãm 76% de todã RAP negociãdã. O FIP hãviã ãrremãtãdo seu primeiro lote no ultimo leilão de trãnsmissão de 2012 em consorcio com Furnãs. Resultados R$MM 40 O 2º Leilão de Linhas de Transmissão de 2013 ocorreu às 10 horas desta sexta-feira, dia 12 de julho. No certame, que foi realizado na sede da BM&F Bovespa, foram ofertados 1.580 km de linhas de transmissão e 13 subestações, divididos em 7 lotes. A tabela abaixo apresenta as características dos lotes negociados. RAP TETO R$MM RAP VENCEDORA R$MM Deságio 20% DESÁGIO 17% 18% 35 16% 30 13% 14% 12% 25 12% 11% 20 10% 8% 15 6% 5% Metodologia 10 A metodologia deste certame foi a mesma utilizada nos leilões de transmissão desde o final de 2011, nos quais todos os proponentes habilitados para o respectivo lote são obrigados a entregar um envelope lacrado ao Diretor do leilão, independente de realizar ou não oferta ao lote. No caso de não haver interesse, deve ser inserida uma manifestação de não interesse no envelope. Esta medida tem como objetivo aumentar a competitividade, já que faz com que os proponentes não saibam quais são efetivamente os concorrentes em cada lote. É vencedor do lote o proponente que ofertar a menor RAP em envelope lacrado. Caso a diferença entre as RAPs ofertadas seja menor que 5%, procede-se a uma nova rodada de lances por viva-voz. O proponente vencedor será o que, após sucessivos lances por viva-voz, ofertar a menor RAP. Se não houver lances por viva-voz, vence quem ofereceu a menor RAP na etapa dos envelopes. No entanto, se as RAPs oferecidas forem exatamente iguais, a disputa é realizada através de sorteio. As linhas e subestações leiloadas deverão integrar o Sistema Interligado Nacional (SIN) e terão sua RAP custeada por todos os usuários do sistema, por meio da Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST). Participação Vedada As empresas que apresentem tempo médio de atraso superior a 6 meses em empreendimentos de transmissão nos últimos 3 anos e que no mesmo período tenham recebido 3 ou mais penalidades por atraso na execução das obras de transmissão foram vedadas de concorrer à disputa com participação acima de 49% na SPE ou consórcio investido, seguindo a mesma regra estabelecida no 1º Leilão de Transmissão de 2013. Desse modo, as únicas empresas que apresentaram restrição na participação são as mesmas do leilão anterior: CHESF (474 dias em atraso em média; 21 multas), FURNAS (675;4) e IESUL (795;3). E, novamente, a restrição imposta pela ANEEL, que tem como objetivo reduzir o atraso nas obras de transmissão, não cumpre seu objetivo de forma incisiva, já que empresas como a JTE e TGO, que desde o último leilão apresentam, respectivamente, 1.573 e 1.063 dias de atraso em média e menos de 3 multas, são permitidas de participar integralmente do certame. LOTE VENCEDOR A - B CONSÓRCIO VALE DO SÂO BARTOLOMEU C CONSÓRCIO BIG ENERGIA 4% 5 2% 0 0% Lotes A B C D O total da RAP negociada no leilão foi por volta de 80 R$MM, com deságio médio de 13%, valor ligeiramente superior aos 12% referentes ao primeiro leilão de transmissão deste ano, mas consideravelmente inferior aos 21,7% obtidos no último leilão de transmissão de 2012. Dentre os lotes, dois não receberam nenhuma oferta, três tiveram apenas um proponente interessado, outro lote teve dois lances e o mais disputado recebeu sete propostas. O lote A, que já havia sido ofertado no leilão de dezembro de 2012, novamente não recebeu nenhuma oferta. Ele tinha como função a integração de sistemas isolados do Acre e apresentava a maior extensão do certame. Apesar do aumento de 27% na sua RAP de um leilão ao outro, o lote demonstrou ainda não ser atrativo ao investidor. O Consórcio Vale do São Bartolomeu – FIP Caixa Milão (51%), Celg (10%) e Furnas (39%) – arrematou, com RAP de 27 R$MM e deságio de 12%, o lote B em rodada com lance único. Este possui como objetivo atender o crescimento da carga do Distrito Federal e Brasília. E F G Consórcio Big Energia – FIP Caixa Milão (60%), Bimetal Energia (35%) e Geoenergia (5%) – com deságio de 13%. Este lote representou a maior RAP vencedora do certame – 32 R$MM – e tem como objetivo o reforço de linha no oeste da Bahia e o atendimento de demanda na região Centro-Sul do Piauí. O Consórcio MGF-Energy – MGF (95%) e Geoenergy (5%) – arrematou os lotes D e E, com deságio de 17% e 11% e RAP de 10 R$MM e 5 R$MM, respectivamente. O lote D tem como função escoar a energia proveniente da UTE Rio Grande, enquanto o lote E deve ser responsável por solucionar problemas de carga no Rio Grande do Norte. Os dois lotes não apresentaram disputa, recebendo lance único. O lote F, o qual consiste em apenas uma subestação no Mato Grosso do Sul, foi vencido pelo Consórcio Pantanal – CEL Engenharia (51%) e Celg GT (49%) – com deságio mínimo de 5%. Este lote recebeu 2 ofertas em envelope, ambas com o mesmo valor de RAP, e nenhuma oferta por viva-voz. Desse modo, a disputa do lote foi realizada através de sorteio entre o consórcio vencedor e a espanhola Cobra Instalaciones y Servicios. Nenhum proponente realizou oferta ao lote G, que possui como objetivo atender ao crescimento da carga em regiões do Maranhão. O lote C foi o mais disputado do certame, com 7 lances, sendo 4 em envelope fechado e 3 por viva-voz. Por fim, o lote foi arrematado pelo DESCRIÇÃO LT 230 kV Rio Branco I - Feijó LT 230 kV Feijó – Cruzeiro do Sul SE 230/69 kV Feijó SE 230/69 kV Cruzeiro do Sul LT 500 kV Luziânia – Brasília Leste C1 e C2 LT Samambaia – Brasília Sul C3 LT Brasília Sul – Brasília Geral (subterrânea) SE 500/√3-138/√3-13,8 kV Brasília Leste LT 230 kV Rio Grande II – Barreiras II, CS LT 230 kV Rio Grande II - Barreiras I, CS LT 230 kV Rio Grande II - Barreiras I LT 230 kV Rio Grande II – Barreiras II, CD SE Barreiras II 500/230 kV – 230 kV SE Rio Grande II 230/138 kV LT 230 kV Gilbués II – Bom Jesus II, CS LT 230 kV Bom Jesus II – Eliseu Martins, CS SE Eliseu Martins - Compensador Estático (-20/+30 MVAr) SE Gilbués II 500/230/69 kV SE Bom Jesus II 230/69 kV LT 230 kV Garibaldi – Lajeado 2, CS LT 230 kV Lajeado 2 – Lajeado 3, CS SE Lajeado 3 230/69 kV SE Vinhedos 230/69 kV LT 230 kV Candiota – Bagé 2, CS LT 230 kV Lagoa Nova II – Currais Novos II, CD SE Currais Novos II 230/69 kV SE Campo Grande II 230/138 Kv REGIÃO LT (km) SE PRAZO (meses) RAP TETO R$MM RAP VENCEDORA R$MM DESÁGIO AC 657 2 36 33,0 - - DF GO 161,5 1 30 31,0 27,4 12% BA PI 418 5 36 36,5 31,6 13% RS 112,4 2 30 11,9 9,9 17% RN 28 1 24 5,5 4,9 11% MS - 1 24 4,5 4,3 5% D CONSÓRCIO MGF - ENERGY E CONSÓRCIO MGF - ENERGY F CONSÓRCIO PANTANAL G - LT 230 kV Coelho Neto – Chapadinha II, CS LT 230 kV Miranda II – Chapadinha II, CS SE Chapadinha II 230/69 kV MA 203 1 30 10,6 - - Total - - - 1.579,90 13 - 133,1 78,0 13% Thymos Energia Consultoria Av. 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