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CULTURA EM CIRCUITO PG 7
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CUIABÁ, 29 DE AGOSTO A 4 DE SETEMBRO DE 2013
PARALELO 15
Por Bolívar FFigueiredo
igueiredo
REGISTROS DE D’ALINCOURT SOBRE O POVOAMENTO DA CHAPADA, EM 1825
Bolívar Figueiredo é jornalista e
artista plástico formado em Brasília, militante
verde e fundador nacional do PV,
sagitariano, calango do cerrado e
assuntador de fatos e varredor de palavras.
No livro Memória
sobre a viagem do porto
de Santos à cidade de
Cuiabá, o homem GPS ,
D’Alincourt, descreve o
que sabia sobre a
história da Chapada, no
final do ano de 1825:
”A aldeia de
Santana, ou Lugar de
Guimarães, está na
latitude meridional de
15º33’, e na longitude
de 322º Ferro; em
terreno alegre, fértil e
espaçoso, duas léguas
distante do pé da serra,
por onde vai a estrada
para o Cuiabá e oito
desta cidade: a igreja
matriz, da invocação de
Santana do Sacramento,
é a cabeça da freguesia,
que tem um vigário
colado.
Esta aldeia consta
de um largo comprido,
com o templo quase no
meio, e ornado de
casas, algumas de taipa,
porém a maior parte de
pau-a-pique; e por fora
estão várias casas
construídas avulsamente:
os moradores, que pela
maior parte são índios,
ou descendentes deles,
plantam milho, feijão,
mandioca, cana-deaçúcar, algum café e
algodão. O Exmo. D.
Antônio Rolim de Moura,
conde de Azambuja, foi
o fundador deste lugar
mandando para ali dois
jesuítas, que vieram em
sua companhia, Fr.
Estêvão de Castro e Fr.
Agostinho Lourenço, a
fim de agregarem os
índios em missão, o que
Pereira, que foi juiz de
fora do Cuiabá, depois
intendente do ouro em
Goiás, e enfim
executaram no ano de
1751; e, à custa da
Fazenda Pública se
levantou o primeiro
templo, dedicado desde
logo a Santana; com
dois altares colaterais,
um de S. Inácio de
Loiola e outro de S.
Francisco Xavier.
Depois dos jesuítas
passou a missão a ser
freguesia, com capelães
pagos pela Fazenda
Pública, sendo deles o
primeiro o Padre Simão
de Toledo Rodovalho.
No ano de 1779, o
Doutor José Carlos
desembargador da
relação da Bahia,
ajudado com as esmolas
dos fiéis, erigiu um novo
templo, que é o
existente; e o Exmo.
Visconde de Balsemão,
Luís Pinto, sendo
governador desta
província, determinou
que se denominasse esta
povoação – Lugar de
Guimarães – e assim se
denomina hoje, ainda
que vulgarmente tem o
nome – aldeia de
Santana de Chapada.”
Descrição da rota
dos tropeiros, edificada
pelo bororos e
bandeirantes e a
importância
da bacia
hidrográfica, que nasce na
Chapada:
“A estrada parte dali
a oés-sudoeste, que é o
rumo geral até Cuiabá; o
terreno é regular e a uma
légua de distância fica o
engenho do Buriti, e junto
a ele corre o ribeirão,
que forma a principal
cabeceira do rio Cuxipómirim, e caminhando
mais meia légua, chegase ao sítio do Monteiro,
onde se passa um
ribeirão e além deles
marcha-se por terreno,
que se eleva de um, e
outro lado formando
colunas de pedra
arenosa e outras muitas
peças de arquitetura de
gosto gótico, elegantes e
curiosas, que assaz
entretêm a vista, todas
devidas à escavação das
águas no decurso de
longos anos; e por aqui
se vai descendo
suavemente até a
Bocaina da serra, onde
principia uma ladeira
muito íngreme e em
voltas, e com a marcha
de mais meia légua,
chega-se ao fim da
mesma serra, pela raiz
da qual corre o ribeirão
das Lajes e além
passam-se vários outros
ribeiros, que vão formar
o rio Aricá. Da serra ao
rio Cuxipó-mirim há três
léguas de marcha: este
rio, que tem a sua
origem, como disse, no
ribeirão do Buriti, se
despenha pela serra e é
engrossado pelas águas
dos pequenos rios Claro,
Mutuca e o do Peixe, e
vai unir-se com o
Cuiabá, uma légua
abaixo do porto geral:
do Cuxipó vai-se
atravessar o ribeirão das
Três Barras; com légua e
meia de caminho: e
daqui à cidade do
Cuiabá marcha-se mais
légua e meia. Por todo
este terreno, a um e outro
lado da estrada, em
maior, ou menor
distância, há moradores.
Saravá, amém, semana
que vem, mais trilhas.
bondosa e capaz de
qualquer coisa pra ajudar
os pobres e fazer o bem.
Certo dia, Jean
Valjean conhece Fantine,
uma vítima da pobreza e
das injustiças sociais que
se viu obrigada a
abandonar a filha,
deixando-a aos cuidados
de uma família estranha.
Ao conhecer a história
da mulher, Jean se dispôs
a ajudar, mas antes que
conseguisse trazer a filha
dela de volta (imprevistos
acontecem na história),
ela faleceu. Ele, no
entanto, manteve sua
palavra e foi ao encontro
da menina, Cosete, que
com apenas 8 anos de
idade, era tratada como
escrava pela família que
lhe abrigava.
Após resgatá-la, ele
descobriu um sentimento
inimaginável e
incomparável: o amor!
Não o amor por uma
mulher, mas o amor por
uma criança, um amor de
pai.
Ocorre que Jean
Valjean desde que foi
liberado da cadeia vivia
com o nome falso, fato
que foi descoberto pela
polícia, que passa a
persegui-lo de forma
incansável. Ele, por medo
de ser preso e não poder
cuidar de Cosete, sempre
viveu às escondidas e
sempre se privou do
contato com a sociedade.
Entretanto, mesmo
com tanta dificuldade de
conviver com outras
pessoas, Cosete encontra
o amor. Este rapaz,
Marius, se apaixona por
ela e, logo depois,
descobre que a sua
família teve um vínculo
com a família que a
maltratava quando ela foi
deixada pela mãe.
A história entre eles é
entrelaçada e, mesmo em
meio a tantas
dificuldades, o amor
prevalece!
INCLUSÃO LITERÁRIA
Por Clóvis Mattos
OS MISERÁVEIS, DE VICTOR HUGO
(adaptação de W
alcyr
Wa
Carrasco)
“Ele dorme. Embora a
sorte lhe tenha sido
adversa,
ele viveu. Morreu
quando perdeu seu
anjo;
partiu com a mesma
simplicidade.
Como a chegada da
noite após o dia”.
Clóvis é historiador e
Papai Noel nas horas vagas
[email protected]
Singelo. Delicado.
Intenso. Humano.
Transformador.
Encantador. Apaixonante.
Único. Indescritível.
Inesquecível.
Trata-se de um
romance situado entre o
final do século XVIII e
meados do século XIX,
portanto, inserido no
contexto da Revolução
Francesa e da Batalha de
Waterloo.
O personagem
principal, Jean Valjean,
um ex-presidiário, ao ser
liberado da cadeia após
ter sido condenado por
roubar alimentos para a
sua família que estava
vivendo na miséria,
encontra um bispo que,
com um gesto de
bondade e amor, muda a
sua vida. De um homem
duro, ríspido, sofrido e
frio, ele se transformou em
uma pessoa humana,
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OS MISERÁVEIS, DE VICTOR HUGO