8. CARACTERIZAÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Um trabalho de síntese sobre Unidades de Conservação no litoral leste do estado do Ceará requer uma garimpagem em publicações dentro de órgãos de desenvolvimento governamentais, universidades, institutos de pesquisa e bibliotecas, além de diários oficiais e outras publicações de leis e decretos municipais. É um trabalho difícil pelas parcas informações que se dispõe e a quase falta de colaboração por parte de empresa privadas e profissionais liberais. De todo modo é um começo, num trabalho de suma importância de resgate da memória técnica de trabalhos já realizados no litoral leste do Ceará. Sendo esta atividade dinâmica este tipo de trabalho tem de ser constantemente renovado sendo ideal que fizesse parte de um programa sistemático e contínuo de sistematização de dados. 8.1. OBJETIVOS Os principais objetivos deste trabalho de sistematização para suporte à atividade de Unidades de Conservação, no litoral leste do estado do Ceará são: 9 Mapeamentos, quantificação e localização dos principais núcleos urbanos do litoral leste do estado do Ceará. 9 Avaliação dos instrumentos normativos existentes (leis, decretos, instruções normativas, etc). 9 Análise do estado atual de conservação das Unidades de Conservação existentes e os principais impactos causados pela ação antrópica. 9 Avaliação da participação dos diversos atores (órgãos ambientais, ONGs, comunidades, etc) no gerenciamento dessas Unidades de Conservação. 9 Avaliação das possibilidades de conflitos de usos da terra. 9 Representação cartográfica, em escala compatível com os levantamentos efetuados. 9 Proposição de novas áreas para implantação de Unidade de Conservação. 8.2. METODOLOGIA O trabalho de síntese obedeceu à seguinte metodologia: 9 Levantamento do material bibliográfico disponível. 9 Análise dos dados técnicos em geral. 9 Sistematização das informações e verificação “in loco” dos dados do levantamento bibliográfico realizado. 9 Preparação de base cartográfica e/ou imagem, base planimétrica (mapa e fotografia). 9 Interpretação dos dados. 9 Síntese de informações. 9 Preparação de mapas. 9 Confecção do relatório preliminar. Para confecção do relatório preliminar, sempre que foi possível disponibilizar, utilizou-se mapas planialtimétricos, fotografias aéreas/fotomosaicos, planos diretores dos municípios, UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – LITORAL LESTE DO ESTADO DO CEARÁ RELATÓRIO FINAL 8.1 informações básicas municipais e relatórios de Estudos de Impactos Ambientais, trabalhos de graduação, dissertações de mestrado, teses de doutorado, artigos técnicos e relatórios internos da SEMACE e legislação ambiental. É evidente que nesta fase de relatório preliminar, muito dos dados, mesmo os disponíveis, não foram relacionados, por necessidade de uma análise mais acurada, antes de serem registrados neste relatório. 8.3. TRABALHOS ANTERIORES O maior volume de trabalhos realizados nesta região leste do estado do Ceará vem dos Relatórios de Estudos de Impactos Ambientais, principalmente nos campos de empreendimentos turísticos, carcinicultura, aerogeradores e Planos Diretores das cidades do litoral leste. Além destes existem muitos trabalhos técnico-científicos, dissertações de mestrado e teses de doutorado, os relatórios internos da SEMACE e dados estatísticos do antigo IPLANCE. Abaixo estão relacionados os trabalhos já consultados: GAU – Guimarães Arquitetura e Urbanismo (2002) – Diagnóstico Sócio-Ambiental da APA de Canoa Quebrada. (Inédito), Fortaleza. GIRÃO, R. - 1953 - Pequena História do Ceará. Editora A. Batista Fontenele, 258 p. Fortaleza. GIRÃO, R. – 1986 – Evolução Histórica do Ceará. Banco do Nordeste do Brasil S/A ETENE, 444 p. Fortaleza. LEAL, J.R.L.V. & CASTRO, G.L. – 2001 - Relatório Ambiental Simplificado - RAS do Projeto de implantação de um Parque Eólico de Várzea da Matriz, Aracati-CE. (Inédito) 91 pp. Fortaleza. LEAL, J.R.L.V. & MAIA, L.P. – 2002a- Zoneamento Geoambiental da Canoa Quebrada – CE, Anais do XLI Cong. Brás. Geol.. João Pessoa. LEAL, J.R.L.V. & MAIA, L.P. – 2002b- A Problemática dos Recursos Hídricos na APA de Canoa Quebrada – CE, Anais do XLI Cong. Brás. Geol.. João Pessoa. LEAL, J.R.L.V. – 2003 – Zoneamento Geoambiental da APA de Canoa Quebrada, Aracati – Ce. Dissertação de Mestrado, UFC-DEGEO, Fortaleza. LIMA, F.A.M. & COSTA, R.S. – 1975 – Estudo preliminar das áreas de manguezais no estado do Ceará (Brasil). I – Áreas principais de ocorrência na faixa costeira de 38o 36’W – 41o 15’W Solo. Piracicaba, 10-12. MAIA, L.P. – 1993 – Controle Tectônico e Evolução Geológica Sedimentológica da Região da Desembocadura do Rio Jaguaribe – Ce. Dissertação de Mestrado UFPE, Recife. MAIA, L.P. – 1998 – Processos costeros y balance sedimentário a lo largo de Fortaleza (NEBrasil): Implicationes para uma gestión adecuada de la zona litoral. Tesis Doctoral, Universitat de Barcelona, facultat de Geologia, Departement d’Estratigrafia i Palentologia, 269, Bacelona, Espanha. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – LITORAL LESTE DO ESTADO DO CEARÁ RELATÓRIO FINAL 8.2 MANOEL FILHO, J.; SANTOS, M. V. dos e FEITOSA, E. C. – 1991 – Estudo Hidrológico da Área de Captação de Aracati no Sítio Cumbe, CAGECE/FADE, Recife. MEIRELES, A.J.A. – 1991 – Mapeamento Geológico-geomorfológico do Quaternário Costeiro de Icapuí – Exttremo leste do estado do Ceará. Dissertação de Mestrado UFPE, 133 p. Recife. MORAIS, J. O. de – 1980 - Aspectos da Geologia Ambiental Costeira do município de Fortaleza (Estado do Ceará), Brasil. Tese de Professor Titular, 281 p, Fortaleza. MORAIS, J. O. de – 1996 – Geologia do Planejamento Ambiental Cap. V. Revista de Geologia, vol. 9, UFC, Fortaleza, pp 192-241. MORAIS, J.O. de; GRANJEIRO, C.M.M.; SILVA E.V.da; SOUZA, M.J.N. da – 2001 – Diagnóstico Geoambiental da Bacia do Baixo Jaguaribe.Contrato PROJUR/SEMACE E UECE.128 p. Fortaleza. QUYLE, D.B. – 1973 – Possibilidades para cultivo de ostras em algumas áreas estuarinas no estado do Ceará (Brasil). CESO DO BRASIL/Laboratório de Ciências do Mar da Univeridade Federal do Ceará, Fortaleza, II + 12 p. RABINOWITZ, D. – 1978a – Early Growth of mangrove seedilings in Panama, and hypothesis concerning the relationship of dispersal and zonation. Journ. Biogeography. V 5, No. 2 pp. 113-133. RABINOWITZ, D. – 1978b – Dispersal properties of mangrove propagules. Biotropica. V 10, No. 1 pp. 45-57. RABINOWITZ, D. – 1978c – Mortality and Initial Propagule Size in Mangrove Seedlings in Panama. Jounal of Ecology, No. 66, 45-51. SCHEFFER-NOVELLI, Y. – 1995 – Manguezal – Ecossistema entre a terra e o mar. Caibbean Ecological Research, São Paulo, 64 pp. SCHUBEL, J.R. – 1971 – Estuarine circulation and sedimentation. Short Course Lecture Notes, Am. Geol. Inst., Washington, Estados Unidos SCHUMM, S.A. – 1977 – Fluvial Sistem. John Wiley and Sons, New York, Estados Unidos. SRH – SECRETARIA DOS RECURSOS HÍDRICOS – (1992) - Plano Estadual de Recursos Hídricos , ATLAS, Fortaleza. SUDENE – ASMIC – 1967 – Estudo Geral da Base do vale do Jaguaribe. Hidrogeologia 7.245 p. Recife. TEIXEIRA, F.J. & PAIVA, M.H.A.. – 1993 – Estudo Hidrogeológico e Hidroquímico da Região Costeira do Município de Icapuí – CE. Relatório de Graduação UFC, 144p Fortaleza. THOM, B.G. – 1967 – Mangrove ecology and deltaic geomorphology: Tabasco, Mexico. JournalEcolgy, No. 55 pp 301-343 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – LITORAL LESTE DO ESTADO DO CEARÁ RELATÓRIO FINAL 8.3 THURMAN, H. V. & TRUJILLO, A. P. – 1999 – Essencials of Oceanography. PRENTICE HALL, Upper Saddle River, New Jersey, 6a Edição. TRICART, J – 1977 – Ecodinâmica. FIBGE/SUPREN. 97 p. Rio de Janeiro VERÍSSIMO, L.S., MEDEIROS, M.F. SOUZA, J.F. & ANDRADE, F.T.B. DE – 19 Avaliação das Potencialidades, Hídrica e Mineral do Médio-Baixo Jaguaribe-Ce, Programa de Gestão e Administração Territorial – GATE, CPRM, Fortaleza, Ceará. VIEIRA NETO, J.F. - 2000 – Plano de Gerenciamento da Águas da Bacia do Rio Jaguaribe. ENGESOF/COGERH. Fortaleza. WALSH, G.E. – 1974 - Mangroves: a review. Academy Press, London, 174 pp. AQUASIS – 2003 – A Zona Costeira do Ceará, Diagnóstico para a Gestão Integrada. Gráfica e Editora Pouchain Ramos, Fortaleza. SEMACE – 1993 – Macro Zoneamento do litoral leste do estado do Ceará. Inédito, Fortaleza. SEMACE – 1996 – Uso e Ocupação dos Solos da Faixa Costeira leste do Estado do Ceará, Convênio MMA/SEMACE, Inédito, Fortaleza. SEMACE – 1997 – Diagnóstico Sócio-ambiental, Macrozoneamento Costeiro e Uso Projetado do solo da costa leste do estado do Ceará. Inédito, Fortaleza. SEMACE – 1997 - Programa de Gerenciamento Costeiro do Ceará – Plano de Gestão: Setor I – Costa Leste (Versão Preliminar), Inédito, Fortaleza. SEMACE – Macrozoneamento ambiental do litoral leste: potencialidades e limitações de uso dos recursos naturais. Inédito, Fortaleza. SEMACE – 1998 – Diagnóstico e Macrozoneamento Ambiental do estado do Ceará Volumes 1 a 3. Programa de Ação para o Desenvolvimento do Turismo no Nordeste – Prodetur/CE. Inédito, Fortaleza. 8.4. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 8.4.1. Definição As Unidades de Conservação são definidas na Lei no 9.985 de 18 de julho de 2000 que as instituiu como “o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção”. Elas são criadas através de atos do Poder Público seja federal, estadual ou municipal com os mais diversos objetivos, e enquadradas de acordo com estes objetivos dentro do Sistema Nacional de Unidades de Conservação ou por legislações estaduais que criem novas categorias de Unidades de Conservação não constantes no SNUC. É a finalidade que define os critérios para criação de uma Unidade de Conservação. Os objetivos podem ser proteção de espécies ameaçadas de extinção, manutenção da diversidade UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – LITORAL LESTE DO ESTADO DO CEARÁ RELATÓRIO FINAL 8.4 biológica e dos recursos genéticos, preservação e restauração dos ecossistemas naturais, recuperação dos ecossistemas degradados, proteção de paisagens naturais e recursos naturais utilizados pelas populações para subsistência. Para criação de uma Unidade de Conservação deve atender a uma série de etapas bem definidas, relacionadas abaixo (Aquasis, 2003): 9 9 9 9 9 9 9 9 Demanda proveniente da sociedade civil ou do próprio governo; Desapropriação da área (no caso de Unidade de Conservação Integral); Decreto de Criação; Diagnóstico Sócio-Ambiental; Elaboração do Zoneamento Ambiental; Plano de Manejo; Formação do Comitê Gestor; Elaboração de Instrução Normativa (no caso de Unidades de Uso Sustentável). O Zoneamento Ambiental é de extrema importância na criação da Unidade de Conservação porque delimita as áreas para os diferentes usos, orientando espacialmente os locais onde podem ser desenvolvidas atividades no desenvolvimento sustentável. Ele agrupa porções com características físicas ou naturais homogêneas. Servindo não só para indicar o uso e ocupação do solo, mas também suas restrições legais ou por causar danos ao meio ambiente. Antes da realização do Zoneamento Ambiental é necessário o diagnóstico sócio-ambiental onde são levantadas as condições ambientais do meio físico, biológico e social da área. Alem de objetivos bem definidos, uma Unidade de Conservação, ela deve tem um Plano de Manejo, que é um conjunto de normas sobre o gerenciamento de cada local ou conjunto de atividades a serem realizadas numa Unidade de Conservação. Em suma, “é um instrumento de que apresenta um procedimento sistemático das ações e atividades a serem desenvolvidas dentro da Unidade de Conservação, fundamentado nos objetivos gerais da unidade, e que irá viabilizar as condições para sua implantação, operacionalização e gestão” (Aquasis, 2003). Ele deve se basear no zoneamento geoambiental para estabelecer as linhas de ação e um Comitê Gestor precisa ser formado para propor as prioridades e estratégicas de ação, acompanhamento do Plano de Gestão e sua implantação. As principais funções do Plano de Manejo são, segundo Aquasis (2003) possibilitar: 9 O planejamento racional; 9 A agilização das ações; 9 Ordenamento temporal das atividades. Quanto ao Comitê Gestor formado por representantes de órgãos da administração pública, entidades de classe e de pesquisa que atuam na região, além de representante da sociedade civil local. Seu caráter é tanto consultivo quanto deliberativo, tendo as seguintes atribuições: 9 Proposição de planos, programas projetos e ações aos órgãos públicos, Organizações Não Governamentais (ONGs) e iniciativa privada, no sentido de proteger o meio ambiente e os recursos naturais da área; UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – LITORAL LESTE DO ESTADO DO CEARÁ RELATÓRIO FINAL 8.5 9 Acompanhar a implantação dos planos, programas, projetos e ações propostos para a Unidade de Conservação; 9 Promover contatos com órgãos públicos, instituições financeiras ONGs e iniciativa para realização destes planos, programas, projetos e ações; 9 Analisar e dar providência aos documentos e propostas encaminhados pela comunidade ou órgãos; 9 Acompanhar os trabalhos para elaboração do Relatório de Qualidade Ambiental da Unidade de Conservação, depois, analisá-lo e, se estiver de acordo com as normas e legislação, aprová-lo; 9 Dar parecer sobre questões ambientais relacionadas à proteção e à conservação da UC, que não interfiram com a legislação vigente; 9 Não só fiscalizar, mas também incentivar a fiscalização na defesa das características primordiais da UC; 9 Elaborar e instituir o regimento interno da UC. A criação e operalização destas Unidades de Conservação envolvem custos com projetos, despesas com pessoal e manutenção que nunca são supridos por verbas governamentais, por isso a parceria com outras entidades (ONGs, iniciativa privada, proprietários e mesmo instituições de crédito), além de ações que permitam um desenvolvimento auto sustentável da Unidade de Conservação. Feito isso, a formação do Comitê Gestor com representantes de todas as entidades envolvidas é que permitirá a implantação de dum modelo de gestão descentralizada. Categorias de Manejo e Unidades de Conservação no Litoral Leste do Ceará Dentro do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) que englobam UC, federais, estaduais e municipais, dois grupos são diferenciados: 8.4.2. - Unidades de Conservação de Proteção Integral No primeiro caso, o objetivo básico, segundo Aquasis (2003), “é preservar a natureza, promovendo a manutenção dos ecossistemas, livres de alterações causadas por interferência humana, sendo admitido apenas o uso indireto de seus recursos naturais”. As Unidades de Conservação de Uso Sustentável compatibilizam a conservação da natureza com o uso sustentado de parte de seus recursos naturais, mas mantendo a perenidade dos recursos ambientais renováveis e ecologia, autorizando várias atividades, usos e ocupações de acordo com as características de cada Unidade de Conservação (Aquasis, 2003). No grupo das Unidades de Conservação de Proteção Integral estão enquadradas as: 9 9 9 9 9 9 Estações Ecológicas Reserva Biológica Parque Nacional Monumento Natural Refúgio da Vida Silvestre Parque Ecológico UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – LITORAL LESTE DO ESTADO DO CEARÁ RELATÓRIO FINAL 8.6 8.4.3. - Unidades de Conservação de Uso Sustentável Entre as Unidades de Conservação de Uso Sustentável sobressaem: 9 9 9 9 9 9 9 Área de Proteção Ambiental Área de Relevante Interesse Ecológico Floresta Nacional Reserva Extrativista Reserva de Fauna Reserva de Desenvolvimento Sustentável Reserva Particular do Patrimônio Natural Na tabela abaixo estão relacionas as Unidades de Conservação da Zona Costeira Leste do Ceará, modificada de Aquasis (2003), com informações de Leal (2003) e Maia (1993). Tabela 8.1 - Unidades de Conservação da Zona Costeira Leste do Ceará UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DIPLOMA LEGAL MUNICÍPIO (LOCALIDADE) ÁREA (HA) UNIDADES AMBIENTAIS ADMINISTRAÇÃO ESTADUAIS ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA LAGOA DO URUAÚ DECRETO NO 25.355 DE 26/01/99 PRAIA, FALÉSIA, PLANÍCIE DE DEFLAÇÃO, DUNAS, PLANÍCIE FLUVIAL, LAGOAS E TABULEIRO PRÉLITORÂNEOS. SEMACE ICAPUÍ PRAIA, FALÉSIA, PLANÍCIE DE DEFLAÇÃO, DUNAS E TABULEIROS PRÉ-LITORÂNEOS PREFEITURA MUNICIPAL DE ICAPUÍ 1.260,30 ICAPUÍ PRAIA, DUNAS, TERRAÇOS MARINHOS, PLANÍCIES DE DEFLAÇÃO, FLUVIAL E FLÚVIOMARINHA E TABULEIROS PRÉLITORÂNEOS PREFEITURA MUNICIPAL DE ICAPUÍ 6.340,75 ARACATI, CANOA QUEBRADA, BEIRADA, CANAVIERA E CUMBE PRAIA, FALÉSIA, DUNAS, PLANÍCIE DE DEFLAÇÃO, FLUVIAL E FLÚVIOMARINHA E TABULEIROS PRÉLITORÂNEOS PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACATI 2.672,58 BEBERIBE MUNICIPAIS ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE PONTA GROSSA LEI MUNICIPAL NO 002/98 DE 17/02/98 558,68 ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO MANGUEZAL DE BARRA GRANDE ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE CANOA QUEBRADA LEI MUNICIPAL NO 298/00 DE 12/05/00 LEIS MUNICIPAIS NO 01/97 DE 16/12/97 E 40/98 DE 20/03/98 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – LITORAL LESTE DO ESTADO DO CEARÁ RELATÓRIO FINAL 8.7 Continuação da Tabela 8.1 UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DIPLOMA LEGAL MUNICÍPIO (LOCALIDADE) ÁREA (HA) UNIDADES AMBIENTAIS ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAIS ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO DO ESTEVÃO ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO POVOADO DE BALBINO LEI MUNICIPAL NO 40/98 DE 23 /03/98 200,00 DENTRO DA APA DE CANOA QUEBRADA ARACATI, (CANOA QUEBRADA E ESTEVÃO) PRAIA, FALÉSIA E DUNAS PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACATI PRAIA, DUNAS, LEI MUNICIPAL NO 479 DE 21/09/88 250,00 CASCAVEL (BALBINO) PLANÍCIES DE DEFLAÇÃO, FLUVIAL E FLÚVIOMARINHA PREFEITURA MUNICIPAL DE CASCAVEL FONTE: IBAMA, SEMACE E PREFEITURAS MUNICIPAIS. 8.4.4. Problemas nas Unidades de Conservação na Zona Costeira Leste do Ceará Embora a dinâmica costeira seja muito ativa na região, face à direção de transporte eólico dos sedimentos, que tende a fechar as desembocaduras dos rios que demandam ao litoral, empurrando-os leste para oeste, os maiores problemas ambientais são causados pela atividade antrópica. É importante notar que estas Unidades de Conservação estão relacionadas, de uma forma ou outra a recursos hídricos que têm de ser preservados. No Diagnóstico para a Gestão Integrada da Zona Costeira do Ceará (Aquasis, 2003) estão relacionados os casos de incidência dos maiores problemas ambientais: 9 9 9 9 9 9 9 Poluição Hídrica Disposição Inadequada dos Resíduos Sólidos Construções Irregulares Plantios Temporários de Culturas de Subsistência Turismo Desordenado Extrativismo Mineral Extrativismo Vegetal 8.4.5. Áreas Prioritárias para a Conservação no Litoral Leste do Ceará Nesta etapa do trabalho seria prematuro começar a estabelecer áreas prioritárias para Unidades de Conservação. Antes de qualquer seleção é preciso consultar o diagnóstico ambiental da região e o zoneamento geoambiental. Porém, pelo conhecimento que se tem do litoral leste cearense, as áreas mais sensíveis são sem sombra de dúvida os estuários dos rios Jaguaribe, Pirangi, Choró, Malcozinhado e Caponga. Neles temos a maior biodiversidade do nosso litoral que corresponde aos nossos manguezais. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – LITORAL LESTE DO ESTADO DO CEARÁ RELATÓRIO FINAL 8.8