FACULDADE SETE DE SETEMBRO – FASETE. Curso de Bacharelado de Sistemas de Informação. Fabiano Amorim Vaz Automação Residencial como Auxilio à Segurança Doméstica. PAULO AFONSO - BA Novembro/2008 I Fabiano Amorim Vaz Automação Residencial como Auxilio à Segurança Doméstica. Monografia apresentada ao curso de Bacharelado em Sistemas de Informação da Faculdade Sete de Setembro - FASETE, como requisito para obtenção do grau de Bacharel Informação, sob em a Sistemas orientação de da professora Esp. Julyana Mota de Moura. PAULO AFONSO - BA Novembro/2008 II FACULDADE SETE DE SETEMBRO – FASETE. Curso de Bacharelado de Sistemas de Informação. PARECER DA COMISSÃO EXAMINADORA DE DEFESA DE MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO DE FABIANO AMORIM VAZ Automação Residencial como Auxilio à Segurança Doméstica. A comissão examinadora, composta pelos professores abaixo, sob a presidência da primeira, considera o discente FABIANO AMORIM VAZ. Paulo Afonso, 16 de janeiro de 2009. Prof. Julyana Mota de Moura. Prof. Antônio Henrique Prof. Ryan Ribeiro PAULO AFONSO - BA Novembro/2008 III Dedico este trabalho, primeiramente a Deus e a todos àqueles que acreditam que a ousadia e o erro são caminhos para as grandes realizações. Em especial, aos meus pais e minha noiva, por todo carinho e compreensão. IV AGRADECIMENTOS A conclusão de um curso de graduação é um grande passo no desenvolvimento pessoal e criativo de qualquer ser humano, por isso agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de me aproximar da realização de tamanho feito. Gostaria de agradecer a Camila Araújo, minha noiva, que está diariamente me estimulando a lutar por um ideal e me fortalecendo nos momentos mais difíceis da jornada. Agradeço a todos os meus familiares, que sempre me apoiaram e me estimularam a prosseguir nesta caminhada, principalmente minha mãe, Genilda Amorim Vaz e meu pai Fernando Bezerra Vaz. Não poderia deixar de agradecer a Julyana Mota, minha orientadora, pois dedicou algumas horas de seus dias para me auxiliar neste trabalho, bem como, o professor Ricardo Porto, que corrigiu atentamente este trabalho, sem ter nenhuma obrigação. Meus agradecimentos a todos os meus amigos, em especial a Marcus Carneiro, por revisar toda parte gramatical do trabalho e retirar erros inacreditáveis e hilários. E todos os demais, que me ajudaram em todos os momentos da vida acadêmica. V RESUMO O presente trabalho tem como eixo central a análise teórica da tecnologia da automação residencial. Esta tecnologia auxilia nas atividades procedentes do ambiente doméstico, ou seja, é simplesmente o ato de automatizar as atividades do lar. A Domótica, como também é conhecida, permite a interação entre os homens e as máquinas que os rodeiam, utilizando um conjunto de tecnologias que ajudam na execução de tarefas domésticas. A sua utilização tem por objetivo proporcionar um maior conforto, comodidade e segurança além de contribuir para um menor e mais racional consumo de energia, entretanto, não se limita somente a isso, possibilitando diversas aplicações, que podem variar entre uma simples tarefa rotineira à atividades mais complexa. O estudo realizado neste trabalho abrange assuntos que vão desde o gerenciamento das redes computacionais contidas na Domótica chegando aos benefícios proporcionados à segurança. Palavras Chave – Automação, Benefícios, Domótica, Residência e Segurança. VI ABSTRACT This work has central axis the theoretical analysis of the technology of home automation. This technology helps in activities from the home environment, that is, its simply the act of automating the activities of home. The Home automation, as is also known, allows the interaction between men and the machines that surround them, using a set of technologies that helps in performing household chores. Its use is designed to provide greater comfort, convenience and safety in addition to contributing to a more rational and less power consumption, however, is not limited only to this, enabling several applications, which can range from a simple task to the routine activities more complex. This study covers issues ranging from the management of computer networks in the Domotics reaching benefits provided to security. Key-word – Automation, Benefits, Home automation, Residence and Security. VII LISTA DE FIGURAS E TABELAS FIGURA 1 – ARQUITETURA DO GERENCIAMENTO DE REDES........................................22 FIGURA 2 – MODELO DE UM SISTEMA DE AUTOMAÇÃO .................................................40 FIGURA 3 – SISTEMA DE SENSORES E ATUADORES.......................................................41 FIGURA 4 - RESUMO GRÁFICO DE UMA REDE DOMÓTICA. ............................................43 FIGURA 5 – INTERAÇÃO ENTRE SENSORES E ATUADORES ..........................................48 FIGURA 6 – SISTEMA DE PERCEPÇÃO DO AMBIENTE .....................................................50 TABELA 1 – COMPARATIVO ENTRE OS PROTOCOLOS UTILIZADOS NA WPAN ...........29 VIII LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ADSL Asymmetric Digital Subscriber Line Bit/s Bit por segundo Bits Binary digit DDoS Distributed Denial of Service EEPROM Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory EIB European Installation Bus EIBA European Installation Bus Association GHz Giga Hertz IA Inteligência Artificial IP Internet Protocol IrDA Infrared Data Association kHz Kilo Hertz Mbps Mega bits por Segundo MIB Management Information Base ms Milissegundo PAN Personal Area Network PDA Personal Digital Assistant POS Personal Operating Space QoS Quality of Service RFID Radio-frequency Identification SNMP Simple Network Management Protocol UWB Ultra Wide Band WPANS Wireless Personal Area Network IX SUMÁRIO RESUMO ................................................................................................ V LISTA DE FIGURAS E TABELAS ....................................................... VII LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.............................................. VIII CAPÍTULO I ............................................................................................ I 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................... 12 1.1 INTRODUÇÃO............................................................................. 12 1.2 SITUAÇÃO PROBLEMA .............................................................. 13 1.3 JUSTIFICATIVA........................................................................... 14 1.4 OBJETIVOS ................................................................................ 15 1.4.1 Geral ................................................................................. 15 1.4.2 Específicos: ....................................................................... 16 1.5 METODOLOGIA APLICADA........................................................ 16 1.6 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ................................................ 17 CAPÍTULO II ........................................................................................ 19 2 REDES DOMÉSTICAS ................................................................... 20 2.1 GERENCIAMENTO DE REDES .................................................. 20 2.2 ARQUITETURA DO GERENCIAMENTO .................................... 21 2.3 COMUNICAÇÃO ENTRE DISPOSITIVOS................................... 23 2.3.1 Personal Area Network (PAN) ........................................... 27 2.4 REDES DOMÉSTICAS ................................................................ 30 2.5 REDES DE ACESSO................................................................... 31 2.6 AS REDES E AS EXIGÊNCIAS DOS CONSUMIDORES ............ 33 X CAPÍTULO III ....................................................................................... 36 3. AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL........................................................ 37 3.1 INTRODUÇÃO............................................................................. 37 3.2 ORGANIZAÇÃO DA AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL .................... 39 3.3 CONTROLE RESIDENCIAL ........................................................ 42 3.4 SERVIÇOS E APLICAÇÕES DA AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL . 44 3.5 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL APLICADA A AUTOMAÇÃO DE RESIDÊNCIAS .................................................................................. 46 3.5.1 Sensores e Atuadores ....................................................... 47 3.5.2 Sistema de Percepção....................................................... 49 3.6 PARADIGMAS E QUESTÕES SOBRE A AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL .................................................................................. 51 CAPÍTULO IV ....................................................................................... 54 4. SEGURANÇA ................................................................................. 55 4.1 SEGURANÇA EM REDES .......................................................... 55 4.2 BENEFÍCIOS DA SEGURANÇA APLICADA A AUTOMAÇÃO .... 60 4.2.1 Sistema de alarme............................................................. 61 4.2.2 Controle de Incêndio ......................................................... 61 4.2.3 Simulação de presença ..................................................... 62 4.3 QUESTÕES DE SEGURANÇA ................................................... 62 CAPÍTULO V ........................................................................................ 64 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................ 65 5.1 CONCLUSÃO .............................................................................. 65 5.2 LIMITAÇÃO DO PROJETO ......................................................... 66 5.3 SUGESTÕES PARA FUTUROS TRABALHOS ........................... 67 CAPÍTULO I CONSIDERAÇÕES INICIAIS 12 CAPÍTULO I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 1.1 INTRODUÇÃO Desde o surgimento da Tecnologia de Informação, a humanidade vem empregando suas funcionalidades no seu cotidiano, de forma a facilitar suas tarefas rotineiras, tornando-as eficazes. A tecnologia tem como objetivo facilitar os trabalhos antes exercidos de maneira ineficiente e demorada pelos seres humanos, que resultavam em desconforto e desperdício de tempo. Por este ensejo, deu-se a disseminação da tecnologia em áreas tão distintas da nossa convivência, acarretando em diversos benefícios, auxiliando na onipresença das máquinas no nosso convívio, de modo gradativo e transparente (DERTOUZOS, 1997). Com o mesmo desígnio, foi também desenvolvida a Domótica, palavra que deriva do latim “Domus”, que significa Casa e com a junção das palavras Eletrônica e Informática. Este termo designa o uso da tecnologia como auxílio às atividades provenientes do lar, ou seja, o ato de automatizar as residências através de dispositivos de hardware e software que podem ser gerenciados de forma automática ou não. Entretanto, essa automação não se limita às competências da Eletrônica, pois reúne outros aspectos que incluem Ciências Computacionais, Inteligência Artificial, entre outras áreas de estudo, proporcionando uma ampla gama de alternativas para estudos e utilizações. A Domótica permite a interação entre os homens e as máquinas que os cercam, trazendo inúmeras possibilidades de uso, que inclui tanto uma simples tarefa de ligar ou desligar um equipamento qualquer, como uma lâmpada ou um televisor. De forma à obedecer um comando previamente estabelecido pelo usuário ou podendo também executar atividades mais complexas como o aprendizado de comportamento dos habitantes para uma interferência de modo inteligente na rotina da casa. A automação residencial pode proporcionar aos seus utilizadores o conforto antes não imaginado pelo fato de ser facilmente adaptada à maioria das funcionalidades doméstica, sendo desse modo, uma tecnologia expansível e flexível, onde o próprio 13 CAPÍTULO I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS habitante designa como será beneficiado com essa automação. Os principais empregos estão no conforto, otimização do tempo causado pela diminuição das tarefas rotineiras e principalmente pela segurança. A Automação Residencial doravante poderá ser denominada de Domótica, pois é o termo mais reconhecido pelos pesquisadores e da literatura. Entretanto, outros termos (Casa Inteligente, Automação de Casas, entre outros similares) poderão ser utilizados de acordo com a situação apresentada. O estudo foi fundamentado na busca de benefícios que o uso da automação pode prover aos seus usuários. Bem como, analisar de forma teórica a segurança vinculada aos fatores patrimonial, físico e digital. 1.2 SITUAÇÃO PROBLEMA Sabe-se a importância da tecnologia nos dias atuais, principalmente para aquelas pessoas que se preocupam com a segurança, a comodidade e a falta de tempo ocasionada pelas tarefas rotineiras, que são, grande parte das vezes, indispensáveis. Para tanto, elas precisam cada vez mais de controle sobre estas situações e seus ambientes. Para que a Automação Residencial não mais evidencie o termo Casa do futuro e se torne algo o mais próximo do cotidiano, é necessário que sejam observados alguns pontos que dificultam essa presença, entre os principais problemas estão a falta de conhecimento dessa tecnologia, que impossibilita o crescimento rápido e gradativo. Segundo Aureside (2008), existe também a falta de padronização entre os protocolos de comunicação, os equipamentos e os dispositivos utilizados para formar a estrutura da Domótica, apesar de algumas entidades nacionais e internacionais estarem se unindo na incumbência de desenvolver padrões, a fim de estimular a automação nas residências. CAPÍTULO I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS 14 Após estas barreiras encontradas pela tecnologia, existe outra bastante relevante, que é o alto custo dos dispositivos usados, deixando os poucos conhecedores da Domótica limitados ao poder aquisitivo de cada individuo. Mesmo com a diminuição destes valores atualmente, em alguns países menos desenvolvidos, como é o caso do Brasil, todos estes problemas se reúnem, tornando-se um agravante. Desta forma, a tecnologia está limitada a um grupo ainda pequeno de usuários, até mesmo pelo simples fato dos sistemas existentes nos dias atuais estarem, em sua grande maioria, causando um desconforto na utilização, já que não possuem uma boa usabilidade, desfavorecendo a transparência para o uso diário e assim tornando uma atividade que deveria ser agradável e fácil em uma tarefa onde seja necessário um desprendimento maior de tempo para aprendizagem e habituação muitas vezes desnecessária. Por estes fatos, a tecnologia enfrenta alguns obstáculos relativamente fáceis de serem superados, já que as entidades responsáveis buscam soluções para esta finalidade, tornando assim a flexibilidade um dos pontos-chave da Automação Residencial em todo o mundo. Com base nos problemas descritos, foram estabelecidas as seguintes questões de estudo: Qual a importância da Domótica nas atividades do lar e quais os benefícios da utilização da segurança disponibilizada pela automação residencial para os seus usuários? 1.3 JUSTIFICATIVA As pessoas procuram, hoje em dia, por formas de não apenas se sentirem seguras, mas de poderem aperfeiçoar suas tarefas, de maneira a demandar menos tempo e proporcionar uma sensação maior de conforto, segurança e bem-estar. Segundo Venturi (2005, apud CASA PLUS, 2004) diz que: CAPÍTULO I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS 15 A domótica pode ser definida como um conjunto de tecnologias que ajudam na gestão e execução de tarefas domésticas cotidianas. A sua utilização tem por objetivo proporcionar um maior nível de conforto, comodidade e segurança além de um menor e mais racional consumo de energia. Este estudo tem a finalidade de identificar a importância da Automação Residencial no dia-a-dia das pessoas, ou seja, como a tecnologia tem influência no cotidiano do lar e como sua administração pode ainda ser algo tão suave e agradável para o habitante. Este tema foi escolhido devido a necessidade de solucionar problemas para fomentar a automação e seus benefícios, de forma a se tornar algo simples de ser administrado. Salientar também a importância das informações sobre o tema em estudo para que possa ser compreendido o grau de relevância. O trabalho em questão é de grande importância, pois irá abrir oportunidades para o desenvolvimento e aprofundamento desse tema, devido a necessidade de maiores investigações sobre Automação Residencial e seu leque de opções. 1.4 1.4.1 OBJETIVOS Geral • Analisar de forma teórica a tecnologia da automação de residências, abrangendo principalmente as formas de gerenciamento das redes nelas contidas, propondo-se ainda à realização de um levantamento sobre os benefícios obtidos na segurança, nos aspectos patrimoniais, físico e da informação, através da utilização da Automação Residencial. CAPÍTULO I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS 1.4.2 16 Específicos: • Estudar a tecnologia da Automação Residencial; • Analisar, teoricamente, a influência da Automação Residencial nas atividades cotidianas do lar; • Desenvolver um estudo centrado nos benefícios que a segurança agregada ao uso da tecnologia da Automação Residencial pode proporcionar aos habitantes; • Levantar informações ao que se refere às formas de gerenciamento da Automação Residencial. 1.5 METODOLOGIA APLICADA Como define o Portal do Marketing (2008), metodologia é “um sistema que regula, integra e associa, previamente, uma série de normas, padrões, medidas e procedimentos, que se devem realizar de forma a se perceberem, antecipadamente, falhas evitáveis sem função da busca de um determinado tipo de resultado”. O trabalho foi baseado na metodologia de Pesquisa Bibliográfica de literaturas antes publicadas em revistas, Internet e livros que contenham algum grau de relevância ao que se refere ao assunto abordado, desta maneira, buscam-se uma fundamentação das idéias expostas no decorrer do trabalho. A pesquisa bibliográfica é utilizada com o intuito de saber se alguém já publicou as respostas às questões propostas e decidir se é interessante repetir a investigação com os mesmos objetivos. Além de saber quais os métodos utilizados em investigações similares e averiguar o melhor para ser aplicado. CAPÍTULO I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS 17 A segunda etapa da metodologia aplicada é a triagem do material bibliográfico encontrado anteriormente. Este material será analisado e selecionado de maneira que os dados contidos supram as necessidades do trabalho. A próxima etapa foi a de comparar os modelos atuais de protocolos e meios de comunicação para que seja possível emitir uma opinião sobre qual é o mais propício ao uso em determinados ambientes, desde residências já construídas, àquelas que ainda venham a ser edificadas. 1.6 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO O capítulo atual mostra a importância do estudo desse assunto apresentando uma introdução ao tema da monografia, à situação problema da pesquisa, à justificativa da escolha do tema, às definições dos objetivos gerais e específicos para embasar a pesquisa e à metodologia utilizada para realização do trabalho. O segundo capítulo é direcionado para a fundamentação teórica sobre o gerenciamento das redes computacionais, baseando-se em pesquisas bibliográficas sobre o tema, consulta em livros específicos sobre a temática da monografia, que serviram de base para o referencial teórico. No terceiro capítulo constam as premissas da Automação Residencial, onde mostra as funções dos sistemas de controle e dispositivos, além da relevância da conformidade e padrões tecnológicos nos sistemas de automação. Neste capitulo estão expostos vários conceitos e definições que serviram de apreciação, dessa forma podendo relacionar os objetivos da pesquisa. O quarto capítulo proporciona o entendimento da segurança como benefício da automação residencial no cotidiano dos lares. O mesmo capítulo traz informações referentes às diversas funções dos sistemas domóticos no auxílio à segurança. O capítulo ainda levanta questões sobre a segurança e os motivos que levem os habitantes a se interessarem pelo tema. CAPÍTULO I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS 18 O quinto capítulo apresenta as considerações finais, onde é mostrada a conclusão da monografia referente aos objetivos propostos, as sugestões para futuras pesquisas ou mudanças. E ainda completam o trabalho, as referências. CAPÍTULO II REDES DOMÉSTICAS CAPÍTULO II – REDES DOMÉSTICAS 20 2 REDES DOMÉSTICAS 2.1 GERENCIAMENTO DE REDES As redes computacionais estão presentes em quase todas as áreas e domínios, desta maneira, o principal determinante para o sucesso de uma interconexão é seu controle e gerenciamento de forma eficaz. Este indicativo torna o termo Gerenciamento de Redes o ponto central dos estudos relacionados aos tipos de redes existentes. Não seria diferente para as redes domésticas, onde os níveis de falhas são bastante relevantes e essenciais para o sossego do habitante. O gerenciamento de redes é conceituado por Pinheiro (2005) como sendo a coordenação de recursos materiais, onde estão inclusos o controle de atividades e o monitoramento do uso. Como exemplo de recursos físicos, tem-se os modems, roteadores, entre outros, e lógicos, os protocolos, fisicamente distribuídos na rede. Certificando, na medida do possível, confiabilidade, tempos de resposta tolerantes e segurança das informações. Com redes de todos os tipos e níveis de complexidade, é cada vez mais necessário o uso de um gerenciamento dinâmico, sendo capaz de detectar e corrigir falhas que possam eventualmente surgir, além disso, monitorar as funcionalidades com o objetivo de assegurar a robustez, disponibilizando ferramentas para consulta, análise, configuração e controle dos dispositivos envolvidos. Atendendo às necessidades de operacionalidade e qualidade. De uma forma ampla, o gerenciamento de redes se apresenta na arquitetura de um computador com seus dispositivos interligados em rede, subsidiando dados referentes ao seu gerenciamento, de modo a se fazer necessário um repositório dessas informações no dispositivo considerado como gerente da rede, pois através desses dados serão realizados processos que o transformarão em informações legíveis, onde os dados poderão surgir em diversos tipos, que podem ser alarmes, relatórios, gráficos, entre outros. A partir deste momento o usuário poderá interagir CAPÍTULO II – REDES DOMÉSTICAS 21 com a rede gerenciada eficientemente (SILICONVALLEY, sd). O que permite realizar esta interação é o conhecido protocolo de gerenciamento Simple Network Management Protocol (SNMP), o qual funciona como um idioma de conversação utilizada unicamente para a troca de informações de gerenciamento. Este protocolo permite a gerência conversar com os dispositivos ou equipamentos que possuam o SNMP, de forma autônoma e independente de plataforma ou do tipo de hardware e software. Para tanto, existe uma base de informações gerenciáveis que permitem a manipulação e a coleta de dados, chamada de MIB (Management Information Base). (PEREIRA, 2001). 2.2 ARQUITETURA DO GERENCIAMENTO Para um adequado gerenciamento de redes computacionais, é absolutamente necessária uma planejada arquitetura que possa suprir as obrigações que lhe são dadas. Deste modo, a infra-estrutura do gerenciamento é baseada em três pilares. Onde em primeiro se tem a entidade gerenciadora, por conseguinte, os dispositivos a serem gerenciados e por último o protocolo utilizado na comunicação. (KUROSE E ROSS, 2006). Segundo Kurose e Ross (2006), as Entidades Gerenciadoras são aplicações que, de uma forma geral, tem um ser humano no circuito e que são executadas numa estação central de gerência. Nela é que são iniciadas ações para controlar o comportamento da rede e onde o gerente (humano) interage com os dispositivos da rede. Funcionando, de certa forma, como um meio de entrada e saída de dados para todos os equipamentos existentes na rede. Conforme os mesmos autores (KUROSE E ROSS, 2006), um Dispositivo Gerenciado é todo aquele equipamento existente numa rede que possa ser gerenciado. O gerenciamento só se torna possível quando os dispositivos suprem informações relevantes para sua entidade. CAPÍTULO II – REDES DOMÉSTICAS 22 Em cada dispositivo reside um agente de gerenciamento de rede que é conceituado por Kurose e Ross (2006) da seguinte maneira: [...] um processo que é executado no dispositivo gerenciado, que se comunica com a entidade gerenciadora e que executa ações locais nos dispositivos gerenciados sob o comando e o controle da entidade gerenciadora. (2006, p. 386). O último pilar da infra-estrutura da gerência é o Protocolo de Comunicação, que é responsável por manter entendimento entre a Entidade Gerenciadora e o Dispositivo Gerenciado, de forma que a entidade possa buscar dados existentes nos dispositivos, relacionados ao estado de funcionamento dos equipamentos, ou viceversa, que os dispositivos possam informar à entidade gerenciadora a ocorrência falhas de componentes ou violação de patamares de desempenho. Figura 1 – Arquitetura do Gerenciamento de Redes Fonte: Adaptado de Rezende (2008). CAPÍTULO II – REDES DOMÉSTICAS 23 2.3 COMUNICAÇÃO ENTRE DISPOSITIVOS A comunicação realizada entre os dispositivos de uma rede se torna possível pela utilização de protocolos de comunicação, estes funcionam similarmente a uma linguagem de comunicação, onde os dispositivos que compreendam esta linguagem conseguem se comunicar uns com os outros. De forma não diferenciada se dá a comunicação entre os elementos de um sistema de automação residencial. Entre os mais adotados e principais protocolos de comunicação existentes atualmente no mercado está o X-10, considerado o mais antigo e usado no mundo, o EIB e o Lonworks. Certamente dentre estes surgirá o protocolo padrão para automação residencial dos próximos anos. O que diferenciará o protocolo padrão será o empenho e investimento de suas respectivas instituições e organizações que promovem estes protocolos. Segundo Ribeiro (2002, p.38): Todas estas instituições, em maior ou menor grau são responsáveis pela publicação das especificações e recomendações que acompanham os respectivos protocolos de comunicação, garantindo deste modo a qualidade dos mesmos e estimulando o aparecimento de empresas que desenhem e concebam os seus sistemas baseados nos seus respectivos protocolos. Do mesmo modo não se pode dizer que pelo fato de um sistema estar baseado num protocolo de comunicação standard, ele seja necessariamente um sistema aberto no qual se podem usar indistintamente produtos de vários fabricantes. A realidade nos diz exatamente o contrário e praticamente todos os sistemas existentes no mercado são proprietários, tanto os que possuem protocolos de comunicação próprios como os que se baseiam em protocolos de comunicação standard (X-10, EIB, LON). CAPÍTULO II – REDES DOMÉSTICAS 24 A comunicação entre dispositivos que utilizam o protocolo X-10 ocorre por meio de corrente elétrica, facilitando assim a implantação dos sistemas de comunicação das redes domésticas. Com isso o X-10 se torna atualmente a tecnologia mais acessível para a instalação de sistemas domóticos de baixa complexidade, pelo fato de que esta implantação poderá ser realizada por qualquer profissional do setor de elétrica, sendo desnecessário o conhecimento sobre automação ou até mesmo de informática, podendo ainda ser instalado pelos próprios usuários ou habitantes. (RIBEIRO,2002). O funcionamento do protocolo X-10 é baseado em sinais magnéticos que são emitidos em ciclos, que podem ser negativos ou positivos. Deste modo, o reconhecimento da informação ocorre através de números binários, ou seja, pode adotar o valor 1 ou 0, dependendo de como o sinal foi inicialmente emitido. O 1 binário é representado por um impulso de 120 kHz durante 1 milissegundo e o 0 binário é representado pela ausência desse impulso de 120 kHz. Num sistema trifásico o impulso de 1 milissegundo é transmitido três vezes para que coincida com a passagem pelo zero das três fases. (RIBEIRO,2002). Concluindo o pensamento de Ribeiro (2002), é possível definir que para a transmissão total de um pacote X-10 faz-se necessário o uso de onze ciclos, pois o mesmo está dividido em três blocos de informação, sendo que dois ciclos representam o Código de Inicio, os quatros seguintes representam o Código Alfabético, onde se encontra as letras de A a Z e por ultimo, os cincos ciclos restantes representam o Código de Função que emite comandos para acender, apagar, aumentar, diminuir, entre outras. Segundo Ribeiro (2002, p.39): Existem três tipos de dispositivos X-10: os que só podem transmitir ordens, os que só as podem receber e os que as podem receber e enviar. Os transmissores podem direcionar até 256 receptores. Os receptores vêm dotados de dois pequenos comutadores giratórios, um com 16 letras e o outro com 16 números, que permitem identificar uma direção CAPÍTULO II – REDES DOMÉSTICAS 25 das 256 possíveis. Numa mesma instalação pode haver vários receptores configurados com a mesma direção, todos realizam a função pré-designada, desde que um transmissor envie um telegrama com esta direção. Evidentemente qualquer receptor pode receber ordens de diferentes transmissores. Os dispositivos bidirecionais têm a capacidade de responder e confirmar a realização correta de uma ordem (feedback), a qual pode ser muito útil quando o sistema X-10 estiver ligado a um programa de visualização que mostre os estados em que se encontra a instalação. Outro protocolo bastante difundido é o European Installation Bus (EIB), que é um sistema aberto e de alta confiabilidade, desenvolvido pela European Installation Bus Association (EIBA). Trata-se de um sistema operativo distribuído, baseado no modelo de referência OSI, para controle de redes, otimizado para o controle de casas e edifícios (GOOSSENS, 1998). Segundo Palma (2008), o protocolo EIB baseia-se numa única linha de comando que possibilita não apenas a transmissão das funções sem qualquer restrição, mas também a redução do número de cabos, dos riscos de incêndio, sem aumentar os custos de instalação. Além disso, a técnica do meio de comunicação é apropriada para qualquer tipo de edifícios, sejam eles, por exemplo, residências, escritórios, hotéis ou escolas. O sistema EIB é distribuído ponto a ponto, ou seja, cada dispositivo se comunica diretamente com os demais, o que se entende por uma resposta mais rápida, que pode conter até 65536 dispositivos. (PALMA, 2008). Segundo Ribeiro (2002). O sistema EIB pode ter como suporte os seguintes meios de transmissão: EIB.TP – par trançado (9600 bit/s); EIB.PL – rede elétrica (1200/2400 bit/s); EIB.RF – radio freqüência (em 1998); EIB.net2 – (10 Mbps em Ethernet); EIB.IR – infravermelhos (em 1999); EIB.MMS – permite adicionar serviços multimídia dedicados. 26 CAPÍTULO II – REDES DOMÉSTICAS Os sensores e atuadores (encontra-se descrito detalhadamente no capítulo III) ligam-se a um barramento. Uma vez ligados todos os dispositivos, podem trocar informação que é transmitida em série, de acordo com certas regras. Para isso, fazse necessário que a informação obtida pelos sensores seja armazenada em pacotes. São estes pacotes que serão enviados, através do bus, a um ou mais atuadores. Por exemplo, um sensor de luz pode não estar somente programado para comunicar com certas lâmpadas, mas também para comunicar com as persianas das janelas, enviando-lhes mensagens para abrirem ou fecharem, de acordo com a luz do dia. (BOLZANI, 2004). Para que tudo isto funcione, os sensores e atuadores, que podem ser considerado dispositivos possuem um endereço físico. Deve então proceder-se a uma programação das configurações para decidir quais sensores comunicam com quais atuadores. Isto permite a criação de uma única função ou uma comunicação em grupo. Segundo Ribeiro (2002), o protocolo LonWorks está baseado num micro controlador especial chamado Neuron Chip. Este circuito é integrado como o firmware1, que implementa o protocolo LonTalk, desenvolvido pela Echelon no ano de 1990. Em relação ao Neuron Chip podemos salientar que, segundo Ribeiro (2002): • Tem um identificador único, o Neuron ID, que permite direcionar qualquer ponto de forma parecida dentro de uma rede de controle LonWorks. Este identificador, com 48 bits, é gravado na memória EEPROM durante a implementação do circuito. • Tem um modelo de comunicação que é independente do meio físico sobre o qual funciona, isto é, os dados podem transmitir-se sobre cabos de pares do tipo telefônico, correntes portadoras, fibra óptica, radiofreqüência, infravermelhos e cabo coaxial, entre outros. 1 Firmware - É um software que controla diretamente o hardware. É armazenado permanentemente num chip de memória de hardware. (WIKIPÉDIA, sd). CAPÍTULO II – REDES DOMÉSTICAS • 27 O firmware que implementa o protocolo LonTalk proporciona serviços de transporte e routing2 ponto-a-ponto. Está incluído um sistema operativo que executa e planifica a aplicação distribuída e que maneja as estruturas de dados que são comunicadas pelos nodos. Estes circuitos se comunicam entre si enviando pacotes que contêm a direção do destinatário, informação para o roteamento, dados de controle assim como os dados da aplicação do utilizador e um checklist como código detector de erros. Todas as comunicações de dados são iniciadas num Neuron Chip. Um telegrama pode ter até 229 octetos de informação para aplicação distribuída. (RIBEIRO, 2002). 2.3.1 Personal Area Network (PAN) As redes estão se ramificando e criando segmentos que são classificados por área e abrangência. As redes domésticas, por se tratarem de um ambiente mais compacto, utilizam a classificação de Personal Area Network (PAN) que é uma tecnologia de rede formada por dispositivos muito próximos uns dos outros. (WIKIPÉDIA, sd). Por exemplo, um computador portátil que se conecte a outro e este a uma impressora utilizando um protocolo de redes sem fio (Wireless) de pequenas distâncias, como: Bluetooth – Tecnologia de transmissão sem fios de curto alcance a 2,4 GHz e velocidade de 1 Mpbs. É usada em redes locais para conectar, por exemplo, celulares, teclados e mouses ao computador. (BLUETOOTH, sd). Ultra Wide Band (UWB) – tecnologia para transmissão de dados sem fios com velocidades entre 40 Mbps e 60 Mbps, indicada para conectividade de equipamentos em casas e transmissão de vídeo digital em ambientes fechados. (FERNANDES, 2006). 2 Routing (em português: roteamento) significa determinar qual o caminho que um pacote de dados deve seguir entre os nós de origem e destino CAPÍTULO II – REDES DOMÉSTICAS 28 Zigbee – Padrão para transmissão de dados sem fio para a automação de tarefas domésticas. Utiliza equipamentos de baixo consumo de energia na troca de dados e possui um grande escalabilidade (suporta até 1845 x 1016 dispositivos), tornando esta tecnologia ideal para sensores, controladores, monitoramento remoto e dispositivos eletrônicos portáteis. (ZIGBEE, sd). Infrared Data Association (IrDA) – A conexão via IrDA é feita apenas entre o transmissor e o receptor (ponto-a-ponto) e só se realiza apenas em distâncias curtas. O infravermelho usa um diodo emissor de luz ao invés de uma antena como visto nas tecnologias de transmissão baseadas em radio freqüências. (BEZERRA, 2003). Estes protocolos são bastante difundidos e as pesquisas realizadas na literatura atual indicam que entidades internacionais estudam melhorias para estes padrões e com o aperfeiçoamento da Automação Residencial, estes protocolos serão instigados a promover vantagens maiores que as existentes atualmente. Os dispositivos existentes na rede interna da residência se comunicam, podendo ser utilizado um protocolo de comunicação wireless ou cabeado. Por exemplo, utilizando o protocolo ZigBee em uma residência, os equipamentos irão convergir, o que significa que os dispositivos utilizados irão reconhecer uns aos outros. E assim, como em uma rede de computadores, onde uma estação envia dados para outra, a rede doméstica tem o mesmo funcionamento. CAPÍTULO II – REDES DOMÉSTICAS 29 Tabela 1 – Comparativo entre os protocolos utilizados na WPAN Fonte: Fernandes (2006). As redes pessoais Wireless Personal Area Nerwork (WPANs), constituem-se como uma alternativa às redes convencionais com fio, fornecendo as mesmas funcionalidades, mas de forma flexível, de fácil configuração e com boa conectividade para dispositivos próximos ou até mesmo em áreas prediais. As tecnologias WPAN permitem aos utilizadores estabelecer comunicações ad-hoc sem fios para dispositivos, tais como PDA, celulares ou computadores portáteis que são utilizados num espaço operativo pessoal, Personal Operating Space (POS) (AFONSO, 2003). Redes ad-hoc são um conjunto autônomo e espontâneo de nós móveis interligados por conexões sem fios, formando um grafo arbitrário. A topologia pode mudar de uma forma constante e imprevisível (MICROSOFT, 2005). Dependendo da tecnologia utilizada, rádio freqüência ou infravermelho, e do receptor, as redes WPANs podem atingir largas distâncias. CAPÍTULO II – REDES DOMÉSTICAS 30 Através da utilização de portadoras de rádio ou infravermelho, as WPANs estabelecem a comunicação de dados entre os pontos da rede. Os dados são modulados na portadora de rádio e transmitidos através de ondas eletromagnéticas. Múltiplas portadoras de rádio podem coexistir em um mesmo meio, sem que uma interfira na outra. Para extrair os dados, o receptor sintoniza numa freqüência específica e rejeita as outras portadoras de freqüências diferentes (SILVA, 2004). 2.4 REDES DOMÉSTICAS Segundo Angel e Fraigi (1993), a rede domestica é o eixo central dos sistemas da automação residencial, permitindo que seja realizada uma comunicação entre diversos dispositivos acoplados à rede, fato que o torna imprescindível ao estudo deste segmento de rede encontrado com certa freqüência nas residências modernas. A rede domestica é conceituada, por Bolzani (2004), como sendo aquela que proporciona a conexão entre diversos equipamentos residenciais, como é o caso dos dispositivos inteligentes, computadores e gateway doméstico, por exemplo, os modems ADSL existente nas moradias atuais. Estas redes e seus dispositivos idealizam a atual tendência de equipamentos digitais e serviços dos anos que se seguem. Seguindo a previsão de Bolzani (2004), eles serão os responsáveis por uma grande mudança na vida de todos, pois possibilitarão o acesso instantâneo a qualquer informação digitalizada do planeta. O fato de inexistir padrões de redes e protocolos de comunicação para esta tecnologia, deixa o mercado aberto para a empresa que os desenvolverem mais rapidamente. A agilidade com que esta tecnologia atingirá as mãos dos usuários, talvez seja o fator determinante para torná-la um padrão mundial. Algumas propostas têm sido comuns às discussões entre os interessados, entre elas CAPÍTULO II – REDES DOMÉSTICAS 31 estão: permitir o compartilhamento do acesso à rede do provedor de serviço, permitir a utilização de múltiplos equipamentos, serem de administração e gerência fácil e simples, isolar o tráfego interno à residência da rede de acesso, oferecer suporte a diferentes protocolos de nível superior, permitir o acesso a diferentes provedores de serviços de acesso e implementar diferentes classes de qualidade de serviço (BOLZANI, 2004). As residências ou edifícios atuais possuem diversas redes que se destinam a inúmeras aplicações, onde uma rede separada e independente é utilizada para cada funcionalidade. Deste modo é possível, então, observar a existência de redes especificas à utilização de controle de acesso, à detecção e controle de incêndios, à climatização, entre outras. Um dos principais empregos está na segurança e suas derivações. Estes fatores tornam a rede doméstica uma boa arma de solução para diversos problemas encontrados comumente, podendo ser utilizado para qualquer que seja a finalidade, bastando um planejamento adequado. As Redes Domésticas, de modo geral, permite o desenvolvimento de sistemas complexos, bastando para isso, uma elaboração planejada das funcionalidades que serão suportadas. Entretanto, os habitantes estão mais atentos às funcionalidades que possam vir a diminuir as tarefas rotineiras. 2.5 REDES DE ACESSO As redes domésticas têm como principal objetivo prover informações e otimizar tarefas, sendo algo limitado ao ambiente interno da residência, porém não é por este fato que essas redes estejam designadas a trabalharem isoladamente do restante do planeta, pelo contrário, como as residências estão sendo automatizadas, é possível e necessário que o meio externo tenha como obter os dados desta moradia, pois nem sempre as pessoas estarão em seus lares para que possam gerenciá-las (BOLZANI, 2004). É provável que já nos próximos anos as residências automatizadas não estejam 32 CAPÍTULO II – REDES DOMÉSTICAS interligadas umas com as outras, mas é bastante previsível que as mesmas, individualmente, tenham conexão com o mundo externo. Segundo Bolzani (2004), o real benefício de tal integração, além da habilidade de acessar remotamente as funcionalidades da casa, é a habilidade da casa em acessar serviços e informações que melhorem seu próprio funcionamento através da cooperação dos inúmeros dispositivos inteligentes nela instalados. O provedor de serviço constantemente estará enviando e recebendo dados da rede doméstica efetuando, por exemplo, o download de músicas, filmes, gerenciando os dispositivos, realizando a leitura de água, gás, telefone e energia on-line, etc. Porém, não seria seguro, nem prático permitir o acesso de todos os dispositivos à rede de dados externa. Imaginando-se que em breve haja um grande número de dispositivos em uma residência, há a necessidade de se estabelecer uma identificação para cada um, globalmente (DIAS, 2007). Deste modo, a porta de entrada para todos estes dados seria composta por um gateway residencial cuja função pode ser realizada por um cable modem, um roteador, etc. Sendo assim, além de não divulgar o tráfego interno da residência do usuário, viabilizando possíveis quebras de sigilo, não sobrecarrega a rede de acesso com tráfego que deveria ser apenas interno às residências. (BOLZANI, 2004). O gateway faz o roteamento para a rede de acesso apenas do tráfego que deve necessariamente ser encaminhado para ela. Caso o usuário tenha adquirido apenas um acesso (ou um único endereço IP), outros computadores da rede interna também poderão se comunicar com a rede externa. Já existem produtos disponíveis no mercado que, além de implementarem esse serviço de compartilhamento de acesso, disponibilizam outras funcionalidades de segurança, proteção contra intrusos, antivírus, etc. 33 CAPÍTULO II – REDES DOMÉSTICAS 2.6 AS REDES E AS EXIGÊNCIAS DOS CONSUMIDORES Cada ser humano possui suas exigências e necessidades em especial. Por motivos como este, as redes devem assumir preceitos adaptados inteiramente ao modo de ser de cada individuo, atualmente as redes domésticas não possuem padrões nem modelo a serem seguidos, restando ao seu utilizador moldá-las de acordo com suas necessidades. (LEMOS et al, 2007). Com este pensamento, é necessário que as redes do lar sejam de fácil uso, entendimento e aplicabilidade, pois com a utilização abundante desta tecnologia nas residências, tais redes estarão sempre sendo observadas pelos pesquisadores e com isso a domótica estará em um continuo processo de otimização, tornando-a cada vez mais robusta e confiável. Estando em conformidade com as exigências dos usuários, esta rede será cada vez mais empregada nos lares para o contínuo e crescente processo de digitalização de informações referentes ao usuário, de caráter particular ou não (fotos de família, documentos, imagens das câmeras de segurança, programação dos equipamentos de automação, entre outros), a rede deve se mostrar segura, provendo mecanismos de controle de acesso, identificando e diferenciando cada membro da família, permitindo a implementação de diversos níveis de gerenciamento e controle. Os usuários, de modo geral, tendem a preferir sistemas simples e plug and play, escaláveis e compatíveis com os padrões industriais. A possibilidade de integração de qualquer dispositivo à rede, independente da marca, modelo ou fornecedor, é um grande questionamento de mercado. Conforme mencionado anteriormente, sistemas sem fio (wireless) são sempre bem vistos, pela facilidade de implantação. Apesar das restrições de segurança, eles agregam valor aos sistemas mais antigos, não adicionam novos cabeamentos e garantem mobilidade ao usuário. Estas são algumas vertentes que estão delineando a criação das redes domésticas segundo as maiores empresas mundiais especializadas em marketing digital (B2B MAGAZINE, sd). 34 CAPÍTULO II – REDES DOMÉSTICAS De acordo com Bolzani (2004), muitas dúvidas sobre o funcionamento das redes domésticas e dos dispositivos inteligentes ainda estão para serem respondidas. Algumas delas são: • Compartilhamento do acesso: não serão poucas as residências que terão mais de um equipamento ligado à rede de acesso. Deverão fazer parte dessa rede mais de um aparelho telefônico, possivelmente mais de um computador, diversas televisões e eletrodomésticos inteligentes. Os equipamentos poderão ter mais de um endereço na rede? Uma residência poderá também disponibilizar serviços na Internet? • Compartilhamento de dados e periféricos: quais dispositivos deverão ser compartilhados na rede interna? Como será a troca de dados entre eles? • Repetidores e cabeamento: qual é o cabeamento mais discreto possível? • Utilização de sistemas wireless: o custo dos aparelhos compensa a redução da mão de obra de instalação? E quanto à segurança? • Existe uma arquitetura que disponibilize todos os serviços de redes, automação e áudio/vídeo? Os diversos sistemas adotados são interoperáveis? • Como deverá ser o controle de acesso ao meio? Como estipular um parâmetro razoável para a qualidade de serviço (QoS) que vem a ser necessária para determinadas aplicações, como por exemplo, distribuição de vídeo digital, videoconferência e telefonia? • Pilha de protocolos: que protocolo será necessário? Como interligar diversos modelos de redes? • Taxa de transmissão disponível: como deve ser o cabeamento e o controle de acesso ao meio para viabilizar as taxas necessárias às aplicações? CAPÍTULO II – REDES DOMÉSTICAS • 35 Complexidade de instalação e administração: a maioria dos usuários não disporá de conhecimentos técnicos necessários às complexas tarefas de instalação, gerência e administração dos equipamentos. O fato de o hardware ser plug and play é suficiente? A utilização de processos de simulação computacional visa esclarecer algumas dessas dúvidas. A interação homem-simulador fornece meios para que seja possível o estabelecimento dos pontos críticos, permitindo aos desenvolvedores de equipamentos e serviços observar previamente o comportamento das residências inteligentes, tanto no âmbito humano, quanto no tecnológico. (BOLZANI, 2004). CAPÍTULO III AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL CAPÍTULO III – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 37 3. AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 3.1 INTRODUÇÃO Atualmente, a tecnologia é algo presente na vida de qualquer ser humano, tornando difícil até de distinguir onde está ou não presente o uso da tecnologia. Isso é proporcionado pelo fato de que a tecnologia está cada vez mais transparente ao usuário, deixando de ser algo complexo de se gerenciar. É bastante improvável que alguma pessoa nunca tenha feito uso de algum tipo de tecnologia, seja qual for o nível de complexidade, mesmo que seja algo simples como é o caso de um aparelho de telefone celular ou um caixa eletrônico de banco, podendo ainda ser algo mais complexo e não menos presente, como os leitores biométricos3 e os robôs das indústrias. Entretanto, qualquer que seja a tecnologia só se torna transparente aos usuários até o instante que esteja funcionando tudo corretamente, pois a partir do momento que ocorre alguma falha ou lentidão no serviço, é que transborda a todos que se trata de uma tecnologia implantada. Como ilustração, é possível dizer que quando se está no trabalho, imprimindo algum tipo de documento, lendo e-mails, ou mesmo acessando informações de um Banco de Dados, não é levado em consideração toda a estrutura que está por trás desses recursos, pois os computadores, de certa maneira, escondem toda a engenharia de cabos e equipamentos de comunicação, pelo menos até que tudo esteja funcionado. Segundo Venturi (2005), a automação em edifícios e empresas é bastante comum já há algum tempo, é possível notar os sistemas existentes nestes ambientes, como o sistema de detectar e combater incêndios, as centrais de alarmes, as câmeras de segurança, as portas giratórias, os sensores de presença, entre outros. O fator interessante é que estes sistemas estão migrando também para as residências, 3 Biométrico – Método de identificação utilizando a impressão digital, reconhecimento de voz ou leitura da íris. CAPÍTULO III – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 38 dando origem assim, aos termos Automação Residencial, Casa Automática, Domótica, Residência Inteligente e assim por diante. Na literatura existente, o conceito sobre a automação residencial é encontrado de forma sucinta, ou seja, nada mais é que a introdução da tecnologia de automação para auxilio às atividades domésticas. Os equipamentos devem centralizar os controles e processos, tornando tudo mais simples e automático, mas é o desejo do usuário que deve prevalecer. (COSTA, 2003) A automação das residências deve, certamente, ajudar de forma eficiente nas atividades diárias, que custem um alto tempo de execução ou mesmo proporcionar uma sensação de conforto e segurança pelo fato de que algumas tarefas serão realizadas sem a necessidade de ordens diretas. Como por exemplo, ao se esquecer as janelas abertas, havendo uma previsão de chuva, o sistema se encarrega de as fechar e trancar, evitando possíveis furtos e danos à moradia. A Casa Inteligente está disponível ao uso para diversas aplicações, porém cada indivíduo saberá o quanto lhe será útil e qual a melhor maneira de utilizá-la, dependendo do desejo pessoal e dos recursos possuídos. Segundo Bolzani (2004): A revolução das redes domésticas e, por conseqüência, a da automação residencial, estão baseadas no fato de permitir a comunicação entre estes dispositivos e controlá-los através de um gerenciador central. A automação permite controlar a residência remotamente, poupar tempo com tarefas repetitivas, economizar energia, dinheiro e aumentar o conforto. Em complemento à citação anterior, é cabível ainda enaltecer que além dos citados, o benefício da segurança é o mais sonhado por todos os utilizadores dos recursos da automação das residências, deixando, certamente, o foco central da maioria dos sistemas domóticos no quesito da segurança. 39 CAPÍTULO III – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 3.2 ORGANIZAÇÃO DA AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL As residências dos dias atuais têm suas próprias particularidades, como móveis, paredes, tetos, pisos, enfim, os mais variados detalhes dos ambientes personalizados ao gosto e, em algumas situações, ao modo de ser dos seus habitantes, mesmo existindo padrões culturais ou arquitetônicos. Não é algo tão distinto o que ocorre com os sistemas domóticos, cada individuo utiliza-o da maneira que se agradar e sentir-se mais confortável e seguro. Entretanto, segundo Costa (2003), um modelo bastante difundido é o representado na Figura 2, que agrega vários sistemas de controle, gateways, sensores, atuadores, DIs4, etc. A figura simboliza o modelo que será utilizado no transcorrer de todo o trabalho como base para explicações, ilustrações ou mesmo como base de exemplo. 4 Dispositivos Inteligentes, todo aquele que possui uma programação preestabelecida e realiza uma ação ordenada ou não. CAPÍTULO III – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 40 Figura 2 – Modelo de um sistema de automação Fonte: Bolzani (2004). Numa residência automatizada, o sistema domótico possibilita a capacidade de extrair informações referentes a diversos meios, às condições físicas do ambiente por meio da utilização correta de sensores ou detectores. Com base nesse sistema, é possível processar as informações recebidas pelos sensores e, deste modo, delimitar uma estratégia de ações e simplesmente realizar intervenções utilizando a própria capacidade embutida do sistema controlador de ser inteligente ao ponto de permitir que todos os processos sejam realizados pelo controlador após uma aprendizagem do ambiente ao que está inserido. Estas ações podem ser realizadas por intermédio de atuadores que afetarão as condições do ambiente, ocasionando um novo estado e situação para o meio afetado. O ambiente sofre uma modificação, como por exemplo, a luz do banheiro é ligada por volta das vinte e uma horas da sexta, véspera de um feriado nacional, esta CAPÍTULO III – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 41 simples ação inicia um ciclo de atividades que se segue por alterar o estado anterior do sensor de 0, que pode ser entendido como desligado para o status de 1, que nessa situação entende-se como ligado. Quando isso ocorre, o controlador central processa esta informação de forma a cadastrar no Banco de Dados do sistema utilizado tal situação, ou mesmo a consultar, caso esta situação já tenha sido cadastrada de acordo com a programação exercida. Ao se repetir por algumas vezes estas condições, o sistema torna-se inteligente, chegando ao ponto de intervir através dos seus dispositivos ou atuadores exercendo uma ação, que, por exemplo, pode ser de ligar a banheira com água na temperatura de vinte e oito graus Celsius (28ºC) (BOLZANI, 2004). Figura 3 – Sistema de sensores e atuadores Fonte: Adaptado de Bolzani, 2004 A figura acima descreve o funcionamento de um sistema de sensores e atuadores onde o ambiente, neste caso, pode ser uma sala (cômodo da residência). O sensor recebe algum parâmetro (movimento, temperatura, luminosidade, etc.), esta informação é encaminhada ao controlador central, que trata de informar ao sistema domótico quando a informação é recebida, automaticamente os dados são inseridos CAPÍTULO III – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 42 numa base de dados, que servirão de consulta futuramente, e paralelamente à criação dessa regra, o sistema busca no mesmo banco de dados as possíveis decisões a serem tomadas, caso existam, então o atuador (dispositivo) interfere no ambiente, mudando sua situação. A simples ocorrência de haver inteligência em um sistema de automação em uma residência, subentende-se que é possível realizar uma decisão de forma racional, isto é, o sistema tem a capacidade de selecionar as ações para elevar ao máximo a probabilidade de alcançar o sucesso almejado na execução da tarefa a ele designada. Este fato não significa que devam ser absolutamente reativos, mas sim que eles devem ter a habilidade de combinar as circunstâncias imediatas com suas metas de longa duração, de tal forma que ajustem continuamente seus comportamentos de modo adequado frente às situações em meios externos e internos (COSTA, 2003). 3.3 CONTROLE RESIDENCIAL O controle de residência é algo tão importante quanto qualquer gerenciamento de senhas bancárias e computacionais. Estudos prevêem que nos próximos dez ou doze anos, as casas inteligentes serão realidade, e com isso todo conteúdo de informações nelas contidas serão delicadas. Um sistema domótico usa um conjunto de dispositivos distribuídos pela casa em função das necessidades dos proprietários. Basicamente estes dispositivos podem ser classificados em sensores, atuadores, controladores, interfaces5 e dispositivos específicos e constituem o que se designa por uma Rede Domótica. (DIAS, 2007). Sensores: capturam valores e informações do local, como presença de pessoas, temperatura, falta de energia, vazamento de água ou gás, incêndio, luminosidade, tempo, vento, umidade, etc; 5 Interface - Ambiente de interação homem/máquina em qualquer sistema de informática ou automação. CAPÍTULO III – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 43 Atuadores: realizam o controle de elementos como eletroválvulas (água e gás), motores (portas, elevadores, portões), ligar, desligar e variar a iluminação ou o aquecimento, ventilação e ar condicionado, sirenes de alarme e outros; Controladores: administram a instalação, recebem a informação dos sensores, exercem funções específicas de controle e transmitem aos atuadores; Interfaces: dão e recebem informação do usuário, constando normalmente de teclado, display, também podendo ser computadores, celulares, PDAs, entre outros; Dispositivos Específicos: elementos necessários ao funcionamento do sistema, como modems ou roteadores, barramentos, cabos, e outros meios de transmissão de informação. Figura 4 - Resumo gráfico de uma rede domótica. Fonte: Adaptado de Bolzani, 2004 A Figura 4 ilustra o funcionamento de uma rede domótica, onde os sensores e atuadores estão alocados por todo o ambiente da residência, enviando e recebendo dados, respectivamente. O sistema domótico utiliza uma interface com o usuário que CAPÍTULO III – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 44 pode ser monitor sensível ao toque (Touch Screen), microfones ou qualquer outro dispositivos de entrada e saída. Internamente o sistema é dividido em blocos de pequenos softwares para facilitar o gerenciamento. 3.4 SERVIÇOS E APLICAÇÕES DA AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL Os serviços e as aplicações têm sua caracterização bastante voltada para o ambiente de redes de computadores. Neste trabalho, a palavra “serviço” é utilizada de modo mais amplo, estendendo-se a todos os processos que viabilizam os sistemas domóticos. Os Serviços de rede tratam dos serviços reais que podem ser prestados ao usuário final e que dependem da tecnologia adotada, da necessidade e das pré-disposições financeiras. São eles que geram riquezas, movimentam o mercado de tecnologia e provêem conforto e status, como é o caso da internet de alta velocidade. Segundo Bolzani (2004), entre os principais benefícios da Automação Residencial estão a: Automação predial: Que supri necessidades referente a vigilância remota, controle de equipamentos eletrônicos, como os aquecedores ou refrigeradores, além da possibilidade de automatizar todo o sistema de alarmes de incêndio e detectores de fumaça, podendo ser programado a agir de uma determinada forma preestabelecida pelo sistema domótico. Segurança patrimonial: Todo aquele que engloba por completo o sistema de vigilância e todos os seus recursos, como as câmeras de segurança, deve ainda permitir o controle de acesso ao ambiente interno ou externo, interagir com seus utilizadores através de mensagens de alerta e alarmes, e é de extrema importância que proporcione ao usuário o gerenciamento remoto das condições atuais e até mesmo anteriores do local gerenciado. CAPÍTULO III – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 45 Saúde: No tocante aos benefícios trazidos à saúde, pode-se dizer que o monitoramento de pessoas mais idosas, deficientes, doentes, ou mesmo crianças, ou qualquer outra pessoa que necessite de cuidados regulares, é de inteira valia, já que em muitos casos as pessoas mais próximas a esses habitantes não podem estar sempre por perto auxiliando. Podendo ainda ser utilizado para a telemedicina, reduzindo o desgaste dos pacientes. Serviços de informação: Existem diversas maneiras de obter informações em uma residência. Uma das principais informações que se deve ter sempre é sobre as medições dos itens básicos de necessidades, como o gás, a água e a luz, todos estes em tempo real para possibilitar a tomada de decisões rápidas ou mesmo automática. Além das medições essenciais, faz-se necessário ter controle sobre a situação das contas de forma detalhada e, é óbvio, o controle inteligente de energia remotamente, de modo a racionalizá-la. Outro tipo de informação bastante útil é a pública, que está disponível abertamente na internet, onde pode ser realizada uma procura, organização e filtragem de conteúdo específico para o perfil do usuário, como jornais e classificados. Por último, pode-se obter informações de cunho sigiloso ou particular, como documentos on-line, homebanking, transferência de dinheiro digital, registros médicos, comércio eletrônico, entre outros. Serviços de entretenimento: Após todos estes tópicos, seria um erro deixar de indicar o entretenimento como uma das armas da automação em residências, deste modo, um dos serviços resultantes da boa utilização da automação pode ser a transmissão digital de TV, vídeo e áudio sob demanda, onde o sistema domótico age de forma inteligente ou programada para trazer satisfação e conforto aos seus utilizadores no momento ideal, além de trazer uma inúmera lista de opções para o lazer e a descontração como brincadeiras e jogos interativos. CAPÍTULO III – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 3.5 46 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL APLICADA A AUTOMAÇÃO DE RESIDÊNCIAS O desenho animado chamado “Os Jetsons” mostra o cotidiano de uma família futurista do século XXI, época onde robôs e os aparelhos extremamente modernos tornaram a vida mais fácil. O desenho expõe ainda o funcionamento de uma robô, conhecida como Rosie, que realiza todas as atividades domésticas, como passar, lavar, cozinhar, entre outras tarefas. Este programa traz uma previsão de como será a vida no século atual, sem desenvolver nenhuma conexão entre real e imaginário, simplesmente por se tratar de um desenho de ficção, porém com o estudo da Inteligência Artificial será possível alcançar tecnologia similar nas futuras residências. Com o crescimento da tecnologia de inteligência artificial, ficou ainda mais simples para as residências implantarem os sistemas domésticos. Para tanto faz-se necessário o conhecimento prévio da Inteligência Artificial aplicada a Automação de Residências. Pois este certamente é o pilar principal de um completo sistema residencial. Segundo Michell (1994), o uso de técnicas de aprendizado, inclusive baseada em comportamento, acrescenta à Automação Residencial a Inteligência Artificial, que tem como princípio o computador como máquina inteligente, ou pelo menos um equipamento que possua alguma forma de raciocínio lógico. Desta junção, retira-se o termo Domótica Inteligente. Com o auxílio da inteligência artificial, é possível utilizar o reconhecimento de fala e percepção visual. A Domótica Inteligente aborda o ambiente como um meio virtual que possui estados emocionais, onde o objetivo chave é modificar dinamicamente o ambiente de modo a melhorar sua funcionalidade e qualidade, essas modificações são feitas por interações com os visitantes. Ocorrendo, deste modo, uma inversão de responsabilidades no gerenciamento de uma casa inteligente, ou seja, ao invés dos habitantes terem de se adaptar ao funcionamento pré-programado de uma edificação automatizada e, para isto, terem que mudar seu modo de vida ou de CAPÍTULO III – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 47 trabalho, o sistema é que se preocupa em mudar sua atuação de maneira a satisfazer às necessidades e se moldar aos comportamentos dos habitantes da residência. Essa diferença de foco e de paradigma é a principal existente entre Domótica e Domótica Inteligente, e se constitui por abordar a parte de adaptação do sistema de domótica através de técnicas de aprendizado e, por ser um modelo genérico e não específico, a apenas um tipo de ambiente e, ao invés de se adaptar por diálogos ou interatividade, se ajusta com base no comportamento dos habitantes. (TAKIUCHI, MELO, TONIDANDEL, 1994). 3.5.1 Sensores e Atuadores Por diversas vezes o ser humano interfere no estado físico de um ambiente e, em sua absoluta maioria, não percebe o quanto está envolvido no meio ao qual está inserido. Faz parte do instinto humano não observar fatores já conhecidos, como os elementos naturais. Os sensores e atuadores, ao que se refere à automação residencial, são dispositivos que interagem com o ambiente físico da residência, se tornando a interface principal entre o usuário e o sistema utilizado. Os sensores convertem parâmetros físicos, como temperatura ambiente, umidade do ar ou a luminosidade, em sinais elétricos propícios para que os sistemas residenciais possam ponderá-la a partir da análise dos resultados obtidos e adotarem alguma decisão. Os atuadores são dispositivos eletromecânicos que têm suas características modificadas de acordo com os impulsos elétricos que recebem, sendo desta maneira, eles podem ser conectados diretamente aos dispositivos inteligentes, tendo como principal finalidade a interferência no ambiente inserido. Quando interligados por meio de pequenas interfaces a uma rede de dados, surgi a possibilidade de ser utilizado por qualquer sistema residencial existente. (AMORY, PETRINI, 2001) 48 CAPÍTULO III – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL Figura 5 – Interação entre sensores e atuadores Fonte: Adaptado de Bolzani, 2004 A figura 5 demonstra a interação existente entre os sensores e atuadores e o sistema domótica que controla os dados recebidos pelo sensores e enviados para atuadores. As características dos sensores e atuadores são importantes, uma vez que deles dependem diretamente as capacidades de uma residência inteligente. Fundamentalmente, são os sensores que informam as condições, de forma detalhada, do ambiente ao controlador do sistema para que, além de enviar execuções, saiba também se esta ação foi efetuada com sucesso ou houve alguma falha no processo. Um aparelho de ar-condicionado, por exemplo, poderá ser ligado de acordo com algumas condições preestabelecidas percebidas pelo sensor, como temperatura ambiente de trinta graus Celsius (30º C), existência de pelo menos dois moradores no ambiente à pelo menos trinta minutos, horário seja superior às 11h00min e simultaneamente inferior às 15h00min. Estas condições poderão ser configuradas ao modo do habitante. Portanto, tais informações podem ser obtidas através dos sensores instalados nos ambientes e, por meio dos atuadores, efetuado o procedimento indicado. CAPÍTULO III – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 49 Sobretudo, uma simples falha na detecção ou até mesmo uma situação ilusória poderá acarretar em uma situação de extremo risco ou dano imensurável aos proprietários da residência. Prevendo estes possíveis defeitos, é altamente indicado para os sistemas que utilizem estes sensores e atuadores, que sejam idealizados com o foco principal na segurança do usuário, de uma forma geral sendo analisados todos os aspectos. Pois em casos de um funcionamento falho, o sistema deverá perceber estas anormalidades e agir de maneira a garantir e reparar, e simultaneamente evitar que a segurança do utilizador ou mesmo de todo seu patrimônio seja colocado em risco. (DIAS, 2007). Segundo Costa (2003), a miniaturização e evolução destes sensores e atuadores influenciaram de maneira positiva em uma maior utilização desses equipamentos para se adquirir informações referentes aos habitantes ou mesmo do ambiente a que contempla, promovendo, assim, o uso doméstico. Mesmo para tarefas de pouca complexidade, comumente são utilizados dois ou mais componentes de detecção já que, de forma geral, apenas um único sensor não é suficiente para se atingir todo um ambiente. Para estes casos faz-se necessário o uso de uma fusão sensorial, que utiliza diversos sensores com finalidades em comum, para obter informações variadas do ambiente. Isto só é possível graças à existência de sensores com diferentes características funcionais, entretanto a utilização da fusão sensorial é bastante complexa e as informações coletas nem sempre são confiáveis. 3.5.2 Sistema de Percepção Um dos pontos mais relevantes no estudo da automação inteligente de residências é o de que forma o sistema irá reconhecer seus utilizadores e, ao identificá-los, de que modo possam rastrear pessoas e prever a intenção humana, sobretudo saber se é o momento de realizar uma tarefa com a finalidade de alegrar o ambiente ou enviar um alerta de acidente. Segundo Bolzani (2004, p.25): CAPÍTULO III – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 50 Permitir uma interação mais natural entre o homem e o computador não só desencadeia uma enormidade de aplicações comerciais, como também reduz a distância no processo de aproximar a máquina do homem. Tais aplicações baseiam-se no disparo de eventos dependentes das diretrizes físicas do usuário. Os parâmetros recebidos pelo o dispositivo de percepção podem ser, por exemplo, a postura do indivíduo, onde são obtidos os dados se o próprio está sentado, deitado ou em pé, como também pode ser o movimento facial, onde é passada a expressão da face humana para adquirir dados emocionais do morador. (BOLZANI, 2004) O levantamento dos dados poderá identificar onde o individuo está na residência e, através desta informação, enviar uma mensagem de alerta visual ou sonoro a um equipamento mais próximo da posição detectada, por exemplo. Figura 6 – Sistema de Percepção do ambiente Fonte: Bolzani (2004). É possível, através dos sistemas domésticos, imaginar que um computador realmente tem a capacidade de conhecer seus utilizadores. Os sistemas podem ser programados para processarem dados referente a localização, posição absoluta, 51 CAPÍTULO III – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL atividade que está executando e o estado emocional do residente. Uma residência é um ambiente favorável ao desenvolvimento de tais sistemas, pois é um espaço onde se prioriza a segurança e o conforto, o simples fato de se ter a possibilidade do lugar onde se vive trabalhando para o indivíduo é altamente interessante. (ANGEL, FRAIGI, 1995). Tais benefícios podem ir além do conforto e atrelar valores científicos e medicinais, imagina-se, por exemplo, uma casa onde a residente é uma senhora idosa que esporadicamente e/ou repentinamente necessite de cuidados extras e por qualquer circunstância desmaie ou tenha alguma complicação que necessite de intervenção humana. E que por qualquer que seja o motivo não possa emitir um chamado de socorro no momento adequado, o próprio sistema irá captar os dados e entrar em contato com a unidade médica indicada, utilizando-se até mesmo de fotos do local e o estado em que se encontra a paciente para que seja prestado o atendimento necessário. Utilizando o sistema de percepção de maneira inteligente, é possível se valer de inúmeras aplicações para as mais variadas necessidades humanas, e promover uma enorme gama de serviços a disponibilidade do residente, que sem a aplicação da inteligência artificial seria inviável tais benfeitorias. 3.6 PARADIGMAS E QUESTÕES SOBRE A AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL O fato de existir uma máquina que interaja de forma dinâmica com um ser humano já o credencia a estudos mais aprofundados sobre o tema. Com a automação de residências ocorre o mesmo, alguns paradigmas precisam ser abordados nos trabalhos futuros, porém no trabalho atual alguns pontos são observados com mais prudência. Os sistemas de informação atuais, de modo geral, buscam uma forma de minimizar os impactos causados aos usuários e certamente é esta transparência que fará a CAPÍTULO III – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 52 diferença nos sistemas futuros, pois cada vez mais a tecnologia está adentrando na rotina diária de todos incontestavelmente. Entretanto, a automação residencial surgiu com está preocupação, pois o usuário não irá implantar um sistema que seja complexo e demande tempo de aprendizado. (VENTURI, 2005). Cada indivíduo possui sua necessidade em especial, e para que os sistemas domóticos estejam presentes em todos os lares, faz-se necessário a flexibilidade e a portabilidade, itens fundamentais para a adoção de uma tecnologia. Este é, sem dúvida, o ponto chave da fomentação da automação de residências, pois proporciona aos seus utilizadores a adaptação ao modo de ser de cada indivíduo, através da aprendizagem por habitante e da capacidade de se auto-configurar e permitir o ajustamento personalizado. Faz-se notório que as pessoas atualmente estão armazenando suas recordações em formato digital, seja com vídeo, áudio ou foto e este fato reforça a idéia de que em um futuro não muito distante, teremos todas as informações digitalizadas, de modo a ser acessada apenas por um simples comando de computador. Possivelmente não existirão mais carteiras, ao invés disso serão utilizados equipamentos, como os celulares. Não se pode negar que dispor desse tipo de aplicativo em um celular é conveniente. Esse provavelmente será o caminho que os celulares tomarão em todo o mundo", disse Hironobu Sawake, analista da JPMorgan Securities em Tóquio. (REUTERS, 2008, sp). A segurança ainda desperta um maior desconforto e falta de credibilidade em qualquer tecnologia de informação, mesmo ao uso de dispositivos independentes de um sistema complexo como base para seu funcionamento. Qualquer dispositivo que possua uma conexão, principalmente sem fio, está extremamente sujeito a falhas e a interceptação de dados e até mesmo a ser porta de entrada de softwares maliciosos na rede doméstica (apresentada detalhadamente no capítulo II, item 2.4 deste trabalho). CAPÍTULO III – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 53 O impacto social também seria grande: liberados desses afazeres, nós teríamos muito mais tempo livre, o que, por sua vez, também impulsionaria segmentos ligados ao entretenimento e ao lazer, além de trazer uma sensível melhoria em nossa qualidade de vida. CAPÍTULO IV SEGURANÇA NA AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL CAPÍTULO IV – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 55 4. SEGURANÇA 4.1 SEGURANÇA EM REDES A segurança das informações que circulam na rede deve ser tratada com a maior ponderação entre os gerentes. As redes, de uma forma geral, devem obedecer ao principio da confiabilidade, devem oferecer a garantia de atuar perfeitamente como esperado. As redes se tornam duvidosas caso não haja um controle de acesso de dados rigoroso e eficiente, evitando que as informações sejam visualizadas ou mesmo alteradas por pessoas impróprias que venham a interceptar estes dados. A segurança se torna algo tão mais observado quando se trata de uso pessoal ou domiciliar. Por conseguinte, algumas ferramentas devem ser adotadas com o objetivo de proporcionar a garantia desejável, para tanto, faz-se necessário a utilização de procedimentos que adotem um grau de segurança satisfatório. Alguns princípios básicos que uma rede deve seguir para garanti-la, segundo Kurose e Rose (2006): Autenticidade: baseia-se no controle de legitimidade ou autenticidade com a assimilação adequada dos usuários ou equipamentos pertencentes a rede, garantindo que o usuário seja verdadeiramente quem deveria ser, podendo ser implementado através de certificados ou assinaturas digitais ou simplesmente, utilização de senhas de acesso. Confidencialidade: este aspecto segue a idéia de confiança, onde somente o remetente e o destinatário pretendido devem poder entender o conteúdo da mensagem transmitida. O uso de criptografia6 torna este processo mais seguro e garante que apenas os elementos envolvidos e devidamente 6 Criptografia - Conjunto de técnicas que permitem tornar “incompreensível” uma mensagem originalmente escrita com clareza, de forma a permitir que apenas o destinatário a decifre e a compreenda (ATI, 2008). 56 CAPÍTULO IV – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL legitimados deste processo tenham acesso as informações contidas nas mensagens. Disponibilidade: os ataques sofridos por grandes empresas prestadoras de serviços computacionais nos últimos anos foram importantes para se observar com mais precaução os aspectos da continuidade dos serviços disponibilizados, ou seja, o fato de se ter uma rede bastante estruturada, por si só, não é garantia de uma boa rede, pelo simples fato dessa rede poder sofrer ataques de inundações (Denial of Services - DoS) e com isso os serviços ficarem indisponíveis temporariamente acarretando em conseqüências desastrosas. Integridade: o fato de existir a autenticidade na rede não é sinal obrigatoriamente garantia de que as informações trocadas são integras, não assegurando que as mesmas foram acidentalmente ou propositalmente modificadas no momento da transmissão. Para que esta integridade tenha um nível de confiança desejado se faz necessário o uso de criptografia. Deste modo, a preocupação com a segurança é extrema, partindo da hipótese inicial de que todas as informações pessoais estariam centralizadas em um único ambiente, e por este motivo o sistema doméstico além de prover toda a disponibilidade de informações, das mais variadas, deverá ser uma fortaleza altamente segura contra acessos indevidos. Tais invasões poderiam acarretar em um serie de prejuízos que são imensuráveis. 4.1.1 Ataques a redes domésticas Com a onipresença das redes no ambiente doméstico, os usuários passaram a observar mais atentamente a segurança, de forma ampla, mas em especial no tocante a informações sigilosas ou particulares. Devido ao grande número de CAPÍTULO IV – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 57 cibercrimes7, surgiu a necessidade de se tomar cuidados contra possíveis furtos de informações, que em alguns casos pode ocasionar prejuízos inimagináveis. Entretanto, alguns métodos de prevenção contra estes ataques já estão sendo tomados para que não fiquem ainda mais fáceis de ser cometidos. Atualmente já se tornou comum falar sobre a segurança nos computadores, porém apenas uma pequena minoria da população sabe realmente como se defender, poucos são os que conhecem profundamente a maneira correta de dificultar essas ações e as técnicas mais apropriadas para cada situação. Segundo Morimoto (2008), algumas maneiras de se proteger dentro do ambiente doméstico consistem em utilizar o conhecimento dos seguintes métodos, para a situação que mais se adéqüe: Firewall - Uma coleção de regras que são aplicadas ao tráfego de rede, baseado nelas, o firewall decide o que deve ou não passar. É justamente por isso que nenhum firewall é garantia de segurança, já que ele precisa fazer seu trabalho sem prejudicar o uso normal da rede. O firewall trabalha verificando os endereços de origem e de destino dos pacotes, portas a quais são destinados e o status das conexões. Ele não é destinado a verificar o conteúdo dos pacotes e por isso pouco pode fazer com relação a vírus, trojans, phishing e outros ataques similares. Trojans - Os trojans (cavalos de tróia) são uma forma de invadir "de dentro pra fora", fazendo com que o próprio usuário execute um programa, ou acesse uma página web que se aproveite de vulnerabilidades do navegador. Eles são a forma mais usada para obter o controle de micros domésticos, já que não dependem da existência de portas abertas ou do uso de serviços vulneráveis. O trojan pode instalar uma backdoor (que permite que o micro seja acessado remotamente), instalar um keytrap (para capturar senhas e outras informações digitadas no teclado) ou mesmo instalar um vírus que passe a se replicar dentro da rede local. 7 Cibercrimes – é um neologismo usado para denominar delitos cometidos, mediante a utilização da Internet. 58 CAPÍTULO IV – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL Phishing - Utilizam engenharia social para tentar induzir o usuário a revelar informações confidenciais, tais como senhas de banco, números de cartão de crédito, ou mesmo transferir fundos diretamente. Para isso, são usados emails e páginas web forjadas, que se fazem passar por páginas de bancos e lojas, entre outros artifícios. Por serem fáceis de aplicar e resultarem em um ganho financeiro direto. Muitas vezes, informações coletadas em redes sociais ou em pesquisas podem ser usadas para tornar os e-mails mais realísticos, aumentando o índice de sucesso. Spywares - Programas “espiões” utilizados para obterem informações, sem conhecimento dos utilizadores, dos computadores que estão ligados à Internet. Consiste num programa automático de computador, que recolhe informações sobre o usuário, sobre os seus costumes na Internet e transmite essa informação a uma entidade externa na Internet, sem o seu conhecimento nem o seu consentimento. As informações recolhidas podem incluir: informações confidenciais, passwords, números de cartões de crédito e cookies. Roubam logins bancários, montam e enviam logs das atividades do usuário, roubam determinados arquivos ou outros documentos pessoais. Os ataques não ocorrem necessariamente diretos aos computadores existentes, como também a outros equipamentos que possuam algum tipo de tecnologia de comunicação com os computadores. Alguns dispositivos encontrados comumente nas residências atualmente possuem uma comunicação com os computadores, geralmente os dispositivos sem gerenciamento, como telefones celulares, reprodutores de MP3, porta-retratos digitais e qualquer componente seja considerado um dispositivo de entrada ou saída de dados são os mais usados para distribuição da maioria de ataques maliciosos. 59 CAPÍTULO IV – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 4.1.2 Dispositivos sem segurança Existe atualmente uma enorme variedade de dispositivos que podem ser utilizados para a automação de tarefas em uma residência, entretanto, os equipamentos disponibilizados, em sua maioria, fazem uso de conexão sem fio, seja ela qual for. Porém, estes equipamentos ao entrarem em uma rede doméstica e receberem um endereço IP, se transformarão em um host dessa rede e em alguns casos, estes dispositivos poderão abrir uma porta para invasão indevida. Segundo o site Terra (2008), os dispositivos sem gerenciamento, como telefones celulares, reprodutores de MP3, porta-retratos digitais, pen drives e consoles de jogos, continuarão oferecendo oportunidades para os criminosos. Estes equipamentos são alvos naturais devido às suas capacidades de armazenamento, processamento e conexão sem fio. Segundo o Security Focus (2008, sp): No mês passado, pelo menos três consumidores reportaram que molduras digitais – pequenas telas planas para imagens digitais – recebidas nas férias tentaram instalar código malicioso em seus computadores, segundo o Internet Storm Center, um grupo de monitoração de ameaças na rede. O site Security Focus (2008) divulgou que um simples aparelho de porta-retrato digital com conexão sem fio, que atualizava conexão diretamente para o computador residencial com a finalidade de copiar para sua memória as fotografias contidas, para que fosse apresentada, apesar de eficiente, agradável e atrativo, causou uma brecha nas redes residências dos clientes que adquiriram este dispositivo. CAPÍTULO IV – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 4.2 60 BENEFÍCIOS DA SEGURANÇA APLICADA A AUTOMAÇÃO Os benefícios providos pela Automação Residencial são realmente extensos, quando são levadas em consideração as conseqüências, facilmente se pode realizar uma longa lista de benfeitorias, desde saúde, entretenimento, conforto, praticidade, portabilidade, controle e outros tantos. Porém este trabalho trata, principalmente, da segurança obtida com o uso dessa tecnologia, que é algo tão amplo e necessita de um tratamento diferenciado. Desse modo, a segurança é mencionada tanto do ponto de vista físico, como auxílio às pessoas e seu bem estar, como do ponto de vista patrimonial, que aborda os mecanismos de defesa contra furtos e assaltos e até mesmo seqüestros. Por último a questão da segurança digital, que contempla o fato de existirem atualmente muitos dados pessoais nas residências e com grandes possibilidades de se tornarem cada vez mais presentes. Ao se observar a segurança, do ponto de vista físico, tem-se ao dispor diversas maneiras de se valer do uso da automação, devido ao grande número de assaltos, furtos e seqüestros. A questão referente a seqüestro tem um destaque diferente, pois atualmente esta crescendo bastante esse tipo de violência e, por este motivo, é possível desenvolver métodos para aumentar o nível de segurança, por exemplo, no acesso à residência tendo um leitor biométrico como chave de entrada, é possível especificar que o dedo polegar direito irá abrir a porta normalmente, o dedo indicador direito abrir a porta, porém enviar um alerta de seqüestro ou assalto, o dedo anelar direito poderá abrir todas as janelas e assim por diante. O sistema poderá utilizar a aprendizagem por comportamento e conhecer seus habitantes, com diversas finalidades, inclusive detectar intrusos no ambiente residencial, onde poderá ser informado em qual cômodo existe uma pessoa não identificada e até mesmo ativar o alarme, requisitando automaticamente a presença da força policial. CAPÍTULO IV – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 61 As crianças e os idosos merecem uma atenção maior dos sistemas que servem de auxílio aos usuários. A automação residencial poderá ser aproveitada para monitorar as crianças que brincam no quarto ou no jardim, intensificando os cuidados, para as pessoas da terceira idade que geralmente têm problemas de saúde e necessitam de cuidados especiais, por exemplo, caso um idoso venha a sofrer uma queda ou parada respiratória, os sensores irão detectar que o corpo está deitado no chão e/ou sem nenhuma atividade. Os benefícios oferecidos para a segurança são muitos. Bastando apenas que se tomem as devidas precauções entre as benfeitorias da automação na área da segurança. Além das citadas anteriormente, pode-se citar: 4.2.1 Sistema de alarme Um sistema de alarme pode ser considerado como qualquer procedimento que tenha como objetivo alertar o usuário sobre alguma ocorrência. Sendo assim, o sistema avisa ao morador tudo que está acontecendo na residência em tempo real para que sejam tomadas as devidas providências, tornando-se, assim também, um sistema de apoio a decisões. O alarme pode ser emitido em qualquer ambiente da residência, pois o próprio sistema identifica o local mais próximo ao usuário para emitir a mensagem, até mesmo emitir alertas para o celular ou enviar por e-mail, dependendo da configuração que seja feita e do nível de urgência do alerta. 4.2.2 Controle de incêndio É possível implantar detectores de incêndio para que seja combatido qualquer indício de fogo de forma otimizada e personalizada de acordo com o ambiente e o volume, evitando, assim, estragos maiores. CAPÍTULO IV – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 62 Não havendo nenhum morador no momento em que haja um incêndio, os sensores irão perceber a elevação da temperatura e irão agir de maneira focada no ambiente em que o volume seja mais perigoso. Por exemplo, caso o incêndio ocorra no quarto do casal, que está no 1º andar da casa, o sistema irá cortar a energia do ambiente e bombear água para apagar o fogo, abrir as janelas e portas e direcionar o sistema de ventilação para diminuir a quantidade de fumaça do ambiente. 4.2.3 Simulação de presença Caso o sistema detecte uma ausência de moradores e não haja interação entre o usuário e o sistema por um determinado tempo, ele envia um alerta aos proprietários sobre a situação e entra em modo Férias, que simula a presença de pessoas andando pela casa, alternando entre luzes da sala, cozinha, quarto e por diante, além de ligar aparelhos como televisores, som, liquidificador, batedeiras e o que for necessário para simular a presença dos habitantes. 4.3 QUESTÕES DE SEGURANÇA A segurança disponibilizada pela utilização eficaz da Domótica permite ao utilizador gozar de uma maior tranqüilidade e relaxamento. Atualmente, fala-se bastante da violência que toma conta de todo o mundo, entretanto, no Brasil essa preocupação parece ainda mais evidente. Em países mais desenvolvidos as casas não possuem cercas nem vigias, porém está não é uma realidade no Brasil. Nos dias atuais a segurança é bastante importante e os brasileiros, em especial, buscam sentir-se seguros em suas próprias residências. Todavia, a segurança não está só relacionada com a criminalidade, mas também se imagina quão interessante seria ter segurança de vida, ou seja, como a segurança pode servir para proteger a vida do indivíduo, no caso de uma urgência médica onde a vitima (morador) encontra-se desacordado e não haja nenhuma outra pessoa no local que possa ajudar a socorrer, o próprio sistema emite um chamado para o CAPÍTULO IV – AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 63 pronto socorro avisando do incidente. Este fato cria um alerta para outras situações que envolvam a telemedicina, sistema anti-furto, entre outros. Finalizando, as questões de segurança precisam ser abortadas de um modo amplo, abrangendo até mesmo a segurança de informações, conhecida por alguns como: Segurança Digital. Apesar de ser bastante importante utilizar a automação, focado na segurança, faz-se necessário tomar conhecimento de que até mesmo um dispositivo com falhas de segurança que esteja na rede, poderá ocasionar danos piores ao ocorridos em um assalto, por exemplo. Deste modo, apesar de existir segurança, deve ser observado qualquer eventual falha que possa atrapalhar todo o funcionamento do sistema domótico. (DIAS, 2005) CAPÍTULO V CONSIDERAÇÕES FINAIS CAPÍTULO V – CONSIDERAÇÕES FINAIS 65 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 5.1 CONCLUSÃO Após concluir este trabalho, torna-se fácil afirmar que as pessoas estão utilizando a tecnologia para os mais variados fins. A maioria das tarefas executadas por pessoas ou mesmo por máquinas podem ser otimizadas. O presente trabalho envolveu diversos conceitos que não são conhecidos pela maioria das pessoas. O trabalho abordou, de uma forma geral, conceitos nas macroáreas de Redes de Computadores e Inteligência Artificial, essas áreas possuem algumas subdivisões que foram apresentadas para que se pudesse absorver melhor o conteúdo. A falta de padronização entre os protocolos de comunicação, os equipamentos e os dispositivos utilizados na Automação Residencial, ainda é um obstáculo para os pesquisadores do tema. Entretanto, pode-se concluir que o tempo e as pesquisas das entidades internacionais oficiais são responsáveis por homologar os protocolos emergentes. Após a realização da análise teórica da tecnologia da automação de residências, pode-se afirmar que as formas de gerenciamento das redes domésticas são robustas e diversificadas, bastando apenas a escolha mais adequada para a situação a que se pretende implantá-la. Os benefícios que a domótica promove no sentido da segurança são de fato interessantes. Entretanto, nenhuma segurança é garantida sem que haja o desprendimento de utilizá-la da maneira mais indicada. A segurança, sem dúvida, é o grande fator de crescimento da Automação Residencial, pois atualmente é algo que todos procuram pra si, seja ela física, digital ou patrimonial. CAPÍTULO V – CONSIDERAÇÕES FINAIS 66 Há um grande beneficio na área da Segurança Física, pois pessoas doentes poderão receber tratamento sem a necessidade de se deslocar até o local onde se encontra o médico. Certamente, as mortes causadas por falta de atendimento imediato irão reduzir, pois mesmo nos casos em que a vítima esteja sozinha no ambiente, os sensores irão captar a situação e os atuadores irão automaticamente enviar mensagens para as pessoas indicadas. Concluindo, o estudo da tecnologia de Automação Residencial proporciona um grande avanço para a sociedade no tocante à casa inteligente e até mesmo na maneira de se planejar novas residências. Além disso, quanto maior for o crescimento da tecnologia, mais rápido as entidades responsáveis melhorarão e desenvolverão dispositivos mais velozes e portáteis. 5.2 LIMITAÇÃO DO PROJETO O projeto atual é limitado por questões de tempo e didática. Estes fatores contribuíram de forma negativa para a amplitude do trabalho, por se tratarem de obstáculos extremamente difíceis de serem ultrapassados. A questão do tempo foi sem dúvida o maior problema encontrado, por se tratar de um projeto relativamente grande e que requer o máximo de tempo e dedicação absoluta. Não apenas o tempo referente a prazo, mas também como alusivo a avanços tecnológicos, pois atualmente pouco se obtém de informação sobre a Automação de Casas e as tecnologias utilizadas ainda são emergentes e estão em fase de amadurecimento. Entretanto é possível desenvolver um projeto com tais tecnologias, só que com proporções menores às alusões propostas durante o trabalho. A limitação encontrada devido à didática refere-se à questão de escassez, pelo motivo anteriormente citado de algumas das tecnologias utilizadas serem ainda imaturas ao ponto de homologação, padronização e mesmo de abrangência. Devido a ausência de material didático em língua portuguesa, fez-se conveniente utilizar-se CAPÍTULO V – CONSIDERAÇÕES FINAIS 67 material em outros idiomas, principalmente o inglês, pois a tecnologia da Domótica é bastante difundida nos países mais desenvolvidos, que em sua maioria utilizam a língua inglesa. Contudo, todo trabalho fora realizado com todo o embasamento teórico necessário e suficiente para a produção do tema proposto, mas seria inviável uma proposta de amplitude maior por estes motivos. 5.3 SUGESTÕES PARA FUTUROS TRABALHOS Atualmente o trabalho está limitado ao estudo da tecnologia da automação, para que, após a sua leitura, possa ser despertado o interesse na domótica e, conseqüentemente, disseminado e estimulado o seu desenvolvimento. Porém o foco das aplicações está voltado para a segurança, já com o objetivo de desenvolver aplicações reais em futuros trabalhos. Nos próximos trabalhos, almeja-se realizar pesquisas voltadas à forma de gerenciar as redes domésticas, bem como sua escalabilidade. Este estudo terá como objetivo analisar de forma prática o funcionamento do Gerenciamento da Automação Residencial. A utilização do protocolo ZigBee será aprofundado, por se tratar de um protocolo desenvolvido para a finalidade de prover a comunicação entre os dispositivos internos da residência. A Inteligência Artificial (IA) também será tema para trabalhos futuros, pois essa tecnologia permite que a residência seja autônoma. Com a utilização de Inteligência Artificial os sistemas domóticos poderão otimizar diversos dispositivos e, conseqüentemente, o trabalho que atualmente é exercido pelos os próprios habitantes. Espera-se futuramente desenvolver um sistema comercial que englobe algumas das mais importantes necessidades básicas de uma residência, pois com o avanço tecnológico, a disputa do mercado será enorme. O sistema a ser desenvolvido CAPÍTULO V – CONSIDERAÇÕES FINAIS 68 deverá ter uma plataforma web, com recursos expansíveis e que se adéqüem às moradias. Este sistema deverá dispor de inteligência artificial que permita uma automação maior das tarefas cotidianas e se torne algo cobiçado por boa parte dos usuários. Futuramente poderá ser implementado um maior controle do dispositivo como, por exemplo, ligar a televisão, fazer a troca de canais e controle de volume. A portabilidade, mobilidade e segurança serão os pontos cruciais do sistema, pois permitirá que diversos aparelhos e sistemas distintos possam se comunicar e em qualquer lugar que se esteja, o gerenciamento poderá ser realizado utilizando dispositivos móveis. É possível também construir, juntamente com um grupo de pesquisadores, uma residência com as prováveis características da residência moderna, contemplando o uso dos sistemas a desenvolver, para que seja desenvolvido testes e projetos. REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS 70 REFERÊNCIAS AFONSO, Ana Paula. Contribuições Metodológicas para o Desenvolvimento de Assistentes de Informação Personalizada. 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