História-Problema Tema: Ética Médica International Conference of FPSP, 1998 NOTÍCIA: 12 de Junho de 2023 – O U.S. Genetics Board (USGB) aprovou recentemente a primeira cirurgia genética para o público em geral. A cirurgia do gene Protinate-T deverá evitar 70% de todos os casos de cancro. Os investigadores na área do cancro descobriram que determinados genes com problemas provocam uma falha no sistema imunitário, o que leva a 70% de todos os casos de cancro. Uma cirurgia delicada nas glândulas adrenal e da tiróide elimina os problemas. Implanta partes de genes saudáveis clonados, que se propagam à medida que células novas crescem, para substituir as antigas. Por motivos médicos, a cirurgia só pode ser realizada em crianças com menos de 10 anos. As cirurgias vão começar durante o ano. À medida que a notícia se espalha pelo país, as pessoas começam a reagir: A Diretora do U.S. Ethics Advisory Panel fala com a sua equipa de consultores de todos os campos da Medicina: “Esta aprovação é muito interessante. É a primeira vez que o público pode sujeitar-se a cirurgia genética, a primeira vez que estamos a tratar grupos de genes através de cirurgia e a primeira vez que estamos a usar material genético clonado no público em geral Mas estas “estreias” levantam questões éticas. É nossa função dar ao país orientação nesse sentido. Por exemplo, muitas pessoas acham que está errado alterar genes para tornar uma pessoa mais forte ou mais inteligente. No entanto, acham que está certo alterar genes para curar doenças. O que é que o governo deve recomendar?” O responsável pela FutureMed, a maior seguradora de cuidados de saúde norte-americana, fala com os acionistas da empresa através da Internet: “A cirurgia do gene Protinate-T levanta várias questões éticas importantes. Por exemplo, é uma cirurgia muito cara. Só pode ser efetuada num número reduzido de hospitais no país. Pagamos nenhuma parte, uma parte ou a totalidade do custo da cirurgia? Cobrimos a cirurgia de que pessoas?” O Presidente do American Surgical Council (ASC) realiza uma conferência virtual com os membros do ASC: “A cirurgia do gene Protinate-T foi “Aprovada com Nível de Advertência-1.” Isto significa que há riscos graves. Em testes clínicos, 5% dos pacientes sofreram algum tipo de lesão - como perda de visão ou paralisia parcial. Terá acontecido porque os médicos só foram autorizados a aceitar voluntários que estavam muito doentes? Será possível que houvesse algum problema com os implantes? Ao fim de 5 anos, 2% dos pacientes desenvolveram um problema de saúde não-fatal - como enxaqueca ou asma. Estes problemas teriam surgido de qualquer modo? O USGB aprovou a cirurgia porque considera que os benefícios ultrapassam os riscos. O cancro está a matar pessoas cada vez mais novas todos os anos. Devemos orientar as profissões médicas no que toca às questões éticas desta cirurgia.” Um porta-voz da Association to Ban Genetic Alteration, um grupo que se opõe à clonagem: “Somos absolutamente contra a alteração dos genes de qualquer ser vivo. Opomo-nos ainda mais à utilização, em pessoas, de material clonado. Consideramos que estas práticas podem provocar mutações que iriam alterar o ser humano. Devemos manter-nos tal como a Natureza nos fez.” Allen Smith, um pintor de Boise, no Idaho, fala juntamente com a esposa sobre os seus três filhos, com 4, 7 e 9 anos: “Com os antecedentes de casos de cancro na nossa família, é nossa obrigação para com os nossos filhos pensar seriamente em inclui-los na lista de espera para esta cirurgia nova. Ainda não sabemos que parte do custo será coberto pelo seguro mas, se só cobrir uma parte do custo, só podemos pagar a cirurgia para um dos miúdos. Como decidimos qual escolher? Além disso, o que acontece se daqui por 20 anos descobrirmos que a cirurgia provoca mais problemas do que os que evita?” Aplica as tuas capacidades de resolução de problemas para ajudar a resolver uma área dos aspetos éticos envolvidos na cirurgia do gene Protinate-T, nos EUA, em 2023. ©2011 Future Problem Solving Program International e Torrance Center (Portugal)