Retórica SÓCRATES: “(...) aquilo a que eu chamo retórica é uma parte de um todo que não pertence ao número das coisas belas (...) num género de ocupação que nada tem de científico e que exige um espírito intuitivo e empreendedor, por natureza apto para o convívio com as pessoas. Dou-lhe o nome geral de adulação. (...) a retórica é um simulacro da política (...) Acho que feia, visto que considero feio tudo o que é mau. Platão, Gorgias, trad. Manuel de Oliveira Pulquério, Edições 70 (1991) “É a faculdade de considerar, para cada questão, o que pode ser apropriado para persuadir”. Aristóteles, Rhétorique, 1355 b25, trad. franc. C.-E. Ruelle (1991) “É a negociação da distância entre os homens a propósito de uma questão, de um problema.” Michel Meyer, As bases da Retórica, in Retórica e Comunicação, trad. Fernando Martinho (1994) “É o estudo das técnicas discursivas que permitem provocar ou aumentar a adesão dos espíritos às teses apresentadas ao seu assentimento.”, Chaim Perelman, Tratado da Argumentação, trad. Maria Ermantina Galvão, Martins Fontes (1999) Argumentar é fornecer argumentos, ou seja, as razões a favor ou contra uma determinada tese. Uma teoria da argumentação, na sua conceção moderna, vem assim retomar e ao mesmo tempo renovar a retórica dos gregos e dos romanos, concebida como arte de bem falar, ou seja, a arte de falar de modo a persuadir e a convencer” C. Perelman, “Argumentação”, in Enciclopédia Enaudi, 11, Lisboa, INCM, p.243.