Caminhada Quaresma e Páscoa Quaresma: A Palavra exige e dá fé. Páscoa: A Palavra evangeliza e manda evangelizar. :: Tema Quaresma: A Palavra exige e dá fé. Páscoa: A Palavra evangeliza e manda evangelizar. :: Objectivo geral Tendo presente o ano paulino e o triénio dedicado à Palavra, pretende-se que as comunidades estejam atentas à iniciativa de um Deus que continua a falar-nos através da Sua Palavra, uma Palavra que comunica vida, orienta e conduz a nossa vida, como a de Abraão e a de Paulo. :: Objectivos específicos > Saber que a Palavra orienta a vida para a ressurreição e a partir da ressurreição. > Viver a Quaresma como um tempo de purificação e preparação para o mistério Pascal. > Estar atento aos sinais e propostas de liberdade que a Palavra me apresenta e que me conduzem do deserto para a vida nova da Páscoa. > Viver e celebrar a Páscoa de Jesus, como superação do deserto, isto é, com grande alegria, muita felicidade e vontade interior de continuar a descobrir, durante o tempo pascal e por meio da Palavra, a vida nova de Jesus vivo e ressuscitado. :: Imaginário A caminhada terá como imaginário o deserto, que a cada domingo irá sofrendo algumas alterações, de tal modo que na Páscoa tenhamos, não um deserto, mas um espaço cheio de vida. Com esta imagem do deserto pretende-se mostrar que na Quaresma nos devemos centrar apenas no essencial, para iniciarmos uma caminhada rumo à vida nova da Páscoa. :: Concretização Na Liturgia > Na quarta-feira de cinzas prepara-se na igreja um espaço representando o deserto. Neste espaço coloca-se um dístico com o tema da caminhada quaresmal. Em cada domingo acrescenta-se um símbolo, conforme proposto no guião da caminhada, a seguir à proclamação do Evangelho. Enquanto é colocado o símbolo lê-se um texto explicativo. > Para além da colocação do símbolo, existe para cada domingo uma admonição e para o tempo quaresmal e um acto penitencial. > No tempo pascal sugere-se o acto penitencial segundo o rito da aspersão da água, sugerido pelo Missal Romano para este tempo. Sugere-se ainda a utilização do círio pascal na procissão de entrada e a sua colocação junto do ambão. > Sugere-se aos párocos que, durante a caminhada, coloquem no boletim paroquial a referência bíblica do domingo seguinte, para que em casa as pessoas possam acompanhar esta dinâmica. > As zeladoras devem estar informadas sobre o imaginário proposto, de forma a evitar mal entendidos. Na Catequese > Criação de um mealheiro em cada sala, onde as crianças e os adolescentes, durante a Quaresma, são convidados a deixarem o fruto das suas renúncias. Os mealheiros serão entregues no ofertório de uma eucaristia antes da Páscoa. > Os adolescentes ficarão responsáveis pela construção do imaginário na liturgia. Caberá às catequistas decidir em que domingos é que intervém cada um dos anos (do 7º ao 10º). > As crianças, juntamente com a catequista, reproduzirão na sala de catequese o mesmo imaginário da liturgia. A catequista deve explicar, com base no guião da caminhada, o símbolo de cada domingo. Quaresma: A Palavra exige e dá fé Cinzas :: Admonição :: Símbolo Hoje, à semelhança de Jesus, transporta- Deserto mo-nos para o deserto. Aqui, poderemos O deserto é a terra sem reflectir sobre o nosso comportamento fecundidade, onde não humano. Não há conversão autêntica há vida. É terra morta e quando não envolvemos o coração. Para terra de morte, onde ninisso temos que encarnar no nosso quoti- guém consegue sobrediano gestos concretos: oração, esmola e viver devido à ausência jejum. É tempo para nos pormos a cami- de água. Na Quaresma nho, tempo para fazer o ponto da situa- a Igreja recorda a caminhada do povo de Israel ção, tempo para a novidade! pelo deserto, desde a escravidão do Egipto até à :: Acto Penitencial terra prometida. Imposição das cinzas. 5 Quaresma I Conversão :: Símbolo :: Admonição Esta semana, somos convidados a arreÁgua pendermo-nos daquilo que não fazemos A água dá vida e purifica. segundo as pregações do Evangelho, e a A partir destas duas funresistirmos as todas as tentações que nos ções essenciais da água, desviam do caminho iniciado no dia do as pessoas de todos os nosso baptismo. Seguir Jesus é perceber tempos recorreram a e cumprir fielmente os planos de Deus, este símbolo para falar através de uma atitude permanente de de outras realidades esconversão. pirituais necessárias à vida. Por isso hoje, também nós acrescentamos :: Acto Penitencial Neste mundo de tantos ruídos, preocueste símbolo ao nosso pações, desilusões e vazios, em que nos imaginário, na esperanencontramos, pedimos-te ajuda Senhor ça que do deserto brote para, através da oração, jejum e penitenuma nova vida. cia nos encontrarmos contigo e superarmos as tentações do medo, egoísmo e poder. Do ter, mais que o ser. Converte Senhor o nosso coração, para que seja humilde e simples e saiba viver e entregar-se no amor e serviço aos irmãos. :: Catequese Neste primeiro domingo da quaresma, atentemos no simbolismo da água que nos chama a convertermo-nos à alegria de um coração purificado como o de Jesus Cristo. Do pecado varrido pelo dilúvio, Deus chama-nos a renovar a graça do Baptismo, apresentando-nos o seu modelo em Jesus Cristo que venceu o pecado e a tentação no dilúvio do seu sangue de Aliança. 6 Quaresma II Escuta :: Admonição Esta semana somos convidados a escutar Aquele que morreu nós, e a mantermos a nossa alma pura e resplandecente de forma a podermos construir a nossa tenda nos caminhos de Deus, tendo por modelo o nosso pai na fé: Abraão. :: Acto Penitencial Jesus, pega na nossa mão e concede-nos a graça de Contigo subirmos ao monte Tabor, para escutar a Palavra que nos transformarmos em cristãos capazes de aceitar com disponibilidade e amor a Tua cruz, vendo nela o brilho e a esperança, como caminho de felicidade e ressurreição. Ajuda-nos Senhor a deixar-nos transformar em Ti. :: Catequese Para o segundo domingo da Quaresma precisamos de seguir um caminho de presença permanente com o Pai, tal como Abraão que, com a sua vasta gama de qualidades, das quais retiramos a escuta, conseguiu estabelecer um diálogo de confiança e de fidelidade com Deus. Ele também nos convida a escutar com o coração onde o Espírito Santo se faz entender e compreender a Palavra do Pai, unindo-se silenciosamente ao nosso espírito, num silêncio que se prolonga para 7 :: Símbolo Abraão Abraão é o modelo acabado do crente para mais de dois mil milhões de pessoas: Judeus, Cristãos e Muçulmanos. Porquê? Porque escutou Deus e aceitou mudar a sua vida, deixando a sua terra e as suas coisas partindo numa aventura. Sabia apenas que ia ser pai de uma grande nação e que seriam abençoados os seus amigos e amaldiçoados os seus inimigos, mas não sabia quem seriam os habitantes da nação, nem quem seriam os seus amigos ou inimigo. No entanto ele escutou e confiou em Deus. além das palavras. Porque sem escuta a Palavra é dita mas não é acolhida, vou estar disponível para escutar os meus pais, professores e catequistas. Quaresma III (Re)Construir :: Símbolo :: Admonição Esta semana somos convidados a (re) Pedras (Ruínas) construir a nossa vida, a pôr-mos de lado A pedra é firme e dura, o o materialismo, a darmos importância à que faz dela um dos maPalavra de Deus, pois só assim podereteriais mais nobres para mos viver segundo os seus preceitos. a construção. Também é este um dos materiais eleitos para fazer perdu- :: Acto Penitencial Senhor pelo Baptismo tornamo-nos temrar a memoria, quer em plos de Deus. Perdoa-nos pelas vezes em lápides, quer em estátuque não comportamos como templos as. No entanto, apesar teus. da sua robustez, também a pedra pode partir. Em Cristo que na cruz nos mostraste a verdaque alicerces fundamos deira sabedoria de Deus. Perdoa as nosa nossa fé? sas atitudes de orgulho e vaidade. Senhor, Tu convidas-nos a viver uma vida nova. Perdoa as nossas fraquezas e faltas de amor. :: Catequese Jesus faz-se companheiro de caminhada dos homens e aponta-lhes o caminho da salvação. É tempo de reconstruir, de caminhar para a vida nova do Homem Novo que Deus nos propõe através de Jesus que, pela sua ressurreição, é Novo Templo do qual somos pedras vivas, e novo corpo do qual somos membros. É o fim de aprisionar Deus em lugares e templos, e é o momento de olhar para o amor de Jesus e fazermos das ruínas da morte um templo novo de ressurreição e vida eterna onde podemos aceder a Deus. 8 Quaresma IV Confiar :: Admonição Esta semana somos convidados a confiar, Naquele que veio ao mundo para nos salvar, pois só assim poderemos seguir os caminhos da Luz, só assim poderemos ter a vida eterna. :: Símbolo Sol O sol é um dos elementos naturais que mais influência tem na terra, pois dá vida, luz, calor, alegria e esperança. O sol é :: Acto Penitencial símbolo de uma vida que Senhor, que doaste a vida por amor gra- não acaba e da presença tuito, perdoa as nossas faltas de amor a Ti do Deus da vida. Cristo e aos irmãos. apresentou-se como a Luz do mundo. Cristo, que nos ensinaste a amar sem medida, cura o nosso coração dos medos e egoísmos. Senhor, que confiaste incondicionalmente em nós perdoa-nos pelas vezes em que não correspondemos á Tua confiança e tem misericórdia de nós. :: Catequese Não acreditar significa afastar-se de Deus. Quem acredita é como que abraçado pelo amor do Pai que dá força e coragem. Neste quarto domingo da Quaresma, somos convidados a confiar em Deus que ama o homem para além de toda a medida e está sempre disposto a oferecer-lhe a vida e a salvação, como nos mostrou através da cruz de Seu Filho Jesus Cristo, que está entre as trevas e a luz. Deixemo-nos guiar por essa luz que hoje simbolizamos com o sol. Em que luz confiamos? Na luz de Deus ou na luz das coisas? 9 Quaresma V Semear :: Símbolo :: Admonição Esta semana somos convidados a preserSementes var a nossa vida na Terra, semeando a aleA semente é símbolo de gria, a esperança e o amor, pois só deste vida, esperança e sobremodo seremos capazes de construir um tudo símbolo da Palavra mundo melhor e mais justo. Que estas seque Jesus semeou no mentes possam germinar e produzir muimundo e em cada um de tos e bons frutos. nós. É essa Palavra semeada que nos garante a ressurreição. A própria :: Acto Penitencial Jesus exemplo de doação total na fideliIgreja e cada cristão tordade ao Pai, ajuda-nos a descer dos sonam-se também semennhos e fantasias que nos prendem e nos tes de Deus no mundo. tiram a liberdade, impedindo-nos de produzir frutos de salvação. Perdoa Senhor o nosso egoísmo, a nossa falta de silêncio e oração, que impedem a nossa conversão ao Teu amor. :: Catequese Como pode a vida surgir da morte? Jesus dá-nos uma resposta, comparando a Sua Páscoa com a aventura do grão de trigo que morre para dar fruto. Este ensino de Jesus ajuda a compreender o paradoxo da vida: o dom é morrer para si para dar fruto; o conservar para si é ficar só. De que forma poderei eu crescer e produzir mais fruto? 10 Ramos Entrega :: Admonição :: Símbolo A liturgia deste domingo dá início às ce- Cruz lebrações pascais, convidando-nos a viver A cruz é um dos síma dor d’Aquele que morreu para nos sal- bolos mais presentes e var, Aquele que guia os nossos caminhos, mais universais da nossa Aquele que é a nossa Fonte de Água viva. sociedade. Para nós crisNeste domingo pronunciemo-nos a favor tãos este símbolo revesde Jesus, que tão profundamente nos te-se de particular signiamou, se não queremos juntar a nossa ficado, pois é nela que o voz ao coro que pedia a sua crucifixão. Filho de Deus manifesta Seremos capazes de percorrer com ele o à Humanidade o maior mesmo caminho de amor? amor possível. Saibamos também nós levar a :: Acto Penitencial nossa cruz e, com amor, Senhor, tu que foste injustamente con- ajudar a que os outros denado, perdoa-nos por todas as vezes transportem também a em que cobardemente também nós nos sua cruz. juntamos ao coro daqueles que te condenam. Senhor, tu que te sentiste Cristo, tu que soubeste fazer a vontade atraiçoado pelos amigos, do Pai, perdoa-nos pelas vezes em que perdoa-nos pelas vezes sobrepomos a nossa vontade à tua von- em que não sabemos tade. merecer a tua amizade. :: Catequese Hoje, quando o encontramos aflito e condenado, Jesus é o actor principal da Paixão. Nós não podemos “olhar de longe” porque Ele está em profunda solidariedade connosco. Ele e a Sua Cruz representam também todos aqueles que, de alguma forma, estão “crucificados”, vítimas de traição, de injustiça. A Paixão de Cristo continua hoje diante dos nossos olhos: que papel desempenhamos nós? 11 Páscoa Ressuscitar :: Símbolo :: Admonição Neste domingo, celebra-se Jesus RessusFlores na cruz citado que nos convida á conversão pela A cruz enfeitada com floPalavra e pela Eucaristia, vivida no altar res simboliza a árvore da em memorial da última ceia, sob espécie vida. Deste modo, para de pão e vinho, que se convertem no seu nós cristãos, a cruz torpróprio corpo e sangue. na-se fonte de vitória e Libertemos o nosso coração para acolher de vida nova para todos o encontro com o Ressuscitado, que nos os que crêem, pois é nela garante que a vida gasta a amar não é que Jesus entrega a sua perdida, mas é o caminho certo para Ele. vida por todos. Vivamos alegremente este dia anunciando a sua Ressurreição a todos os povos tal como fez Maria Madalena. Cristo Ressuscitou. Aleluia! Aleluia! :: Acto Penitencial Rito da Aspersão :: Catequese Não está aqui! Ressuscitemos com Cristo! Hoje Jesus mostra-nos o mais belo significado da Cruz florida por uma vida que não é gasta, nem perdida, nem fracassada a amar, mas é o caminho para a vida plena e verdadeira, para a felicidade sem fim. A Ressurreição de Jesus, prova que a vida plena e total passa pelo amor que se dá, com radicalidade, até às últimas consequências. 12 Páscoa II Acreditar :: Admonição No Mundo que vivemos todos os dias somos confrontados com uma realidade calculista em que os valores de fé são substituídos pelas tarefas do quotidiano de cada família, remetendo Cristo Ressuscitado à indiferença. Todavia, as fontes da fé, como a Palavra e a oração, levamnos ao encontro do Senhor que nos irradia encanto e nos enche de felicidade e de esperança, como experimentaram os discípulos no Cenáculo aquando do encontro com Ele. Para que não tenhamos o desencanto de Tomé, não nos podemos distrair, evitando as dificuldades e desorientações que o mundo nos coloca, mas temos que ter sempre presente que serão bem-aventurados aqueles que acreditam mesmo sem ver. :: Símbolo Flores no deserto As flores simbolizam a Primavera, a esperança, o perfume de Cristo e o acreditar que está sempre connosco e nos ajuda a viver uma vida confiante e cheia de esperança. :: Acto Penitencial Rito da Aspersão :: Catequese Jesus está sempre connosco e ajuda-nos a viver quotidianamente uma fé confiante e cheia de esperança. Acreditar, para um cristão, é acolher com todo o seu ser e com toda a sua existência Cristo Ressuscitado. Por isso, hoje florimos o deserto, passivo de dificuldades e perplexidades, com a fé confiante e cheia de esperança que nos renova e transforma em seres capazes de amar até ao fim, ao jeito de Jesus. 13 Páscoa III Testemunhar :: Símbolo :: Admonição Toda a acção de Jesus na terra deu-se Peixe sempre na envolvência de pessoas ou O testemunho que Cristo multidões. Mas aqueles de quem Jesus nos deixou é a sua Palanão prescindia eram os discípulos... vra. As iniciais da frase Hoje celebramos também o dia arquidio“Jesus Cristo Filho de cesano da juventude, na qual se deposita Deus Salvador” formam a esperança renovadora da Igreja, pela a palavra peixe, que se acção do espírito Santo. tornou o símbolo do tesEm cada encontro, Jesus envia os seus temunho cristão. Através discípulos em missão e lembra: “vós sois dele queremos também as testemunhas de todas estas coisas.” testemunhar a nossa fé Hoje, Jesus tem-nos como seus discípuem Cristo. los e testemunhas pela vivência da Palavra, pela eucaristia, o pão vivo e, acima de tudo, pela nossa conversão, anunciando o encontro com o ressuscitado. :: Acto Penitencial Rito da Aspersão :: Catequese O Testemunho cristão, hoje simbolizado com o peixe, funda-se no encontro com o Ressuscitado. O acolhimento das escrituras, com o anúncio do perdão e da conversão, continuam a obra de Jesus no mundo. Temos, por isso, que reconhecer o Ressuscitado para ser suas testemunhas. Reconhecê-lo em assembleia cristã, em oração, na escuta da Palavra, na nossa vida quotidiana, na eucaristia, no pão da vida. A fé não se reduz a uma operação intelectual, ela mobiliza todo o ser humano, no seu espírito e corpo, na sua acção e pensamento, no indivíduo e comunidade. 14 Páscoa IV Conhecer :: Admonição Conhecer é a palavra forte deste domingo, em que vivemos o domingo do Bom Pastor, que a todos nos chama pelo nome afirmando garantidamente: “eu conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-me a mim”. Pastor que nos ensinou a rezar ao Pai, dizendo: Pai nosso que estais nos céus… É nesta comunhão que hoje somos convidados a rezar ao Pai pelas vocações e particularmente pelos jovens que hoje, na nossa arquidiocese, serão ordenados diáconos. Foi também este Bom Pastor que, no alto da cruz, nos disse: “eis aí a tua mãe”. Mãe essa que neste domingo festejamos também. Honremos todos as nossas mães e muito especialmente a nossa Mãe do Céu. :: Símbolo Cajado O Pastor conduz o rebanho suportado pelo seu cajado. Tu Senhor és o nosso Pastor e, porque nos amas, conheces-nos a todos pelo nome e nos conduzes para uma vida melhor. :: Acto Penitencial Rito da Aspersão :: Catequese O amor do Bom Pastor é derramado sobre o ser humano que cuida dos outros e é capaz de dar a sua vida por eles. Entre Jesus e os seus existe uma comunhão de coração e de vida. É o sentido bíblico da palavra “conhecer”. Porque não suportarmo-nos neste cajado de amor que hoje apresentamos e nos segura na nossa vida dentro da comunidade cristã e nos ajuda a abrir o nosso coração à reunião e acolhimento de todos? 15 Páscoa V União :: Símbolo :: Admonição A videira é o símbolo escolhido para este Videira domingo como sinal de união e vida com A videira e os ramos sigos seus ramos. Também uma comunidanificam a relação que Jede só viverá eficazmente se, na diversidasus Cristo quer manter de dos seus dons, actuar em comunhão connosco. Nós somos e amor: o amor a que Jesus nos habituou. os ramos, Ele é videira O convite especial deste domingo é que e desta união resultarão nos mantenhamos ligados a Jesus pelo bons frutos. seu mandamento do amor. :: Acto Penitencial Rito da Aspersão :: Catequese Jesus recomenda a unidade como condição para dar fruto. Não podemos dar fruto sozinhos. A condição do discípulo é de uma forte ligação a Cristo Ressuscitado. São e três as condições para um ramo poder dar frutos: estar unido a Cristo (muito para além de gestos rituais), aceitar ser podado (nas escolhas e opções que fazemos), dar fruto (deixando a nossa fé crescer e amadurecer sem desculpas nem álibis). 16 Páscoa VI Amar :: Admonição :: Símbolo No Baptismo, pela acção do Espírito San- Arco-íris to e pelo amor do Pai, tornámo-nos filhos Aos nossos olhos, o arcode Deus. Expressão máxima de amor é íris aparece como uma sermos filhos muito amados. ponte que une o céu e a Na família devemos viver esse mesmo terra. É uma escada de amor, pois se o interrompemos, damos o cores de cores que nos primeiro passo para o fracasso. aponta o caminho do É no dar e no receber, no desculpar, no amor, pois só amando ouvir e no perdoar que damos vida às nos é permitido alcançar nossas comunidades tornando-nos mais o Reino eterno. próximos de Deus. :: Acto Penitencial Rito da Aspersão :: Catequese O tempo Pascal caminha para o seu termo e Jesus faz-nos uma proposta: o mandamento do Amor. Aparentemente é algo bastante simples, mas na realidade sabemos o quão difícil é. O próprio Jesus estabelece a medida: devemo-nos amar uns aos outros da mesma forma que Ele e o Pai se amam, que é a mesma forma como também Ele nos ama a nós. Neste domingo recordemo-nos essencialmente daqueles que mais carecem de amor: os doentes, os idosos, os pobres e todos aqueles na sociedade que não têm voz. 17 Ascensão Evangelizar :: Símbolo :: Admonição A ascensão do Senhor ao céu leva-nos a Sandálias e cabaça reflectir na pergunta dos discípulos: para Elementos indispensáonde vais Senhor? veis ao caminhante evanE Ele responde: Eu digo-vos a verdade. É gelizador. O peregrino é do vosso interesse que eu parta, pois se aquele que tem sempre eu não for, o Paráclito não virá a vós. É as suas sandálias à mão este Espírito que nos permite como Igreja e no coração o desejo de não andarmos errantes e desprotegidos partir. A evangelização na terra. não pode ficar-se apenas Deixou-nos também uma ordem: ide e por teorias. Deve reflecanunciai o Evangelho, ou seja, a Palavra. tir-se em acções concreFoi neste contexto que herdamos a grantas, começando na camide responsabilidade de evangelizar indenhada; no ir ao encontro pendentemente das responsabilidades do outro. desempenhadas na Igreja. :: Acto Penitencial Rito da Aspersão :: Catequese Jesus foi elevado ao céu, mas na realidade continua no meio de nós pela acção do Espírito Santo, que é a sua presença invisível, mas eficaz. O nosso tempo não é “depois de Cristo”, pois Ele continua vivo no meio de nós. Somos nós no nosso dia-a-dia que o tornámos visível, através das nossas boas acções. De que forma é que nos temos emprestado para Lhe dar visibilidade? 18 Pentecostes Fortalecer :: Admonição :: Símbolo Neste domingo a Igreja recorda na desci- Sete velas da do Espírito Santo sobre os Apóstolos, O nosso Deus é um fogo que se encontravam no Cenáculo estáti- devorador (Heb 12,29). cos como que órfãos d’Aquele que tinha Ele aquece, ilumina e partido: Jesus. É aqui que se vive pela pri- alastra-se. A luz que se meira vez a Confirmação que fortalece e recebe transmite-se para ilumina os Apóstolos com os sete dons do continuar a iluminar a Espírito Santo, indispensáveis para abrir vida de cada um. portas, e para o anúncio da Palavra. Celebremos também nós o Pentecostes, saindo desta celebração predispostos para amar. :: Acto Penitencial Rito da Aspersão :: Catequese “Recebei o Espírito Santo”. Esta dádiva é também para nós nos dias de hoje. Sabedoria, inteligência, ciência, conselho, fortaleza, piedade e temor de Deus resumem toda a acção do Espírito Santo em nós. De que forma recebemos e pomos a render estes dons que Deus nos dá? 19 Zona Pastoral Oeste-Veiga l 2009