yi o. mal claro S~mQue011I01 doa. alhol Ie Hguiu:' Pais car. sem olhus wiu que !he custam caro. De olhos 010 ra~o m",,~fio, Pois quereil que olhos nio sejam; Vendo-yo", olhos IObejam, Nio YOI nndo, 01001 nio lao _ . {L.CamOeS). 01001 PASSA UMA BOaBOUTA pot diante de mim E pela primeira vez no Universo eu rcparo Que as borboletas nlio tem cor nem movimen:o, Assim como as flures nlio tem perfume nem cor. A cor e que tem cor nas IIsas da borboleta, No movimento da borboleta 0 movimento e que se move, o perfume e que tem perfume no perfume da flor. A borboleta e apenas borboleta E a flor e apenu flor. A clareza lha a essencialidade e a de~initude do obJeto coa que poetico 0 artista traba PALAVRA a sl~ ~az da tese dos tempos. De estrutura aabIqua, a lIrica o lei tor e the oferece uma versao dos Lusladas. antes de tudo, porque Imortal, VER -- em pleno seculo XV -- outra de Camoes do imortal a natureza e ~lecha criador inovador; fez significado da para expressar ~~ 0 arte literaria. 5em se utilizar tos historicos, polIticos te texto, como poeta timento deixar que 0 nascer da literatura ou sociais, llrico faz voltar-se 0 Caaoes expoe-se, e, como tal canta para gozo: prazer 0 nes- amor -- se~ signo e nele e com-ele 0 estetico que ~ecunda na obra , a arte. Ha visao destrai possIveis espacial de um cara 5em olhos, referencialidades, para os olhos tatearem as palavras. deve abrir as palpebras: A .ente qualidade 0 cura-se do olhar. outro de existir Desestrutura-se 0 ••••• Que dos olhos uma primeira pessoa, olhar interpretante mal ••• ", do olhar Mas, nao se fala aqui de oma a~ao mecinica, rlsico poeta cria um novo espa~o ••5em olhos vi sem os olhos e negar a propria 0 a tercelra ver ••• claro! de um movlmento sedimentado, se seguiu ' It , pro - agora deixa entrou no texto. ~ ma antes pela 1nte11genc1a - que pela emo~ao " (1) • um clentlsta que observa tambem observa RE-PARA; o 0 fenomeno num movlmento descoberta: dem-se, 0 fenameno ••as borboletas como Camoes eu reparo •• • a redesco Fatos novos - suce- plurlvalente •• ; mas, a proprla borboleta, e esse olhar desrefere~ como as flores nao tem perfume ao leitor: nao possuem • Do que falam lores que colocam nao tem perfume da borboleta, mals nem cor. A folha de papel, a um processo entao nem cor" sobre os quais' e va como as flores que tem cor nas asas da borboleta enquanto tran~ ? Quals os novos ••Assim, " , ••A cor •• ," No movimento ? suas qualidades,foram os poetas nos objetos? que agora e signico. os objetos do olhar tal essa borboleta ••Asslm qualldade tlrar a Contudo, colocou-se sustenta~ao sua •• a proprla falam os poetas vestldos e amblguo, nao seria negar reallza e passa dlmensoes. , OLHA, ••negara clallzam-se, desafio vez no Unlverso dlversas llterarl0 de olhar atento ao objeto 0 poeta E, ele PARA nao tem cor nem movlmento, cor e 0 movlmento o preclso funde-se nas suas mals surpreendente, da llnguagem. ••E pela prlmelra olhar enamora-se, brl-lo um fenomeno 0 movlmento suporte de representa~ao, material, e da a um movimento A palavra funde 0 tempo no movimento de Camoes zlgue-zagueiam I do espa~o. Os olhos pa~o onde uma borboleta num mesmo lan~a seu vao. Os mesmos es olhos-lei- lavra e pluralizam toma espaco seu significado. A flor exala um perfume, prazer estetico. 0 poema mostrou seu 0 assumiu materialidade aos olhos de quem mais, qual 0 0 tempo ou Nao importa Apontamentos A palavra, a cada leitura e. neste sentid~ seu perfil e sempre contemporaneo. Conforme" Ie. espaco de sua escritura. enquanto signo, reescreve-se (1) 0 corpo revolucionario Sem Data" por natu - in POEMAS COMPLETOS de Alberto Caeiro. (2) A Estetica de Aristoteles. segundo depreende-se em Ar- te Poetica. PESSOA,F. "0 Guardador de Rebanhos " in Ficcoes do Inter lUdio/ 1 - Poemas Completos de Alberto Caeiro Ed. Nova Fronteira. • 31 EdiCao. 1980. p.81 CAMOES.L.V. Llrica de Camoes Biblioteca de Escritores Por- tugueses - Serie C. Imprensa da Universidade de Coimbra. 1932. p. 63