NARRATIVA DO SIGNIFICADO DA BORBOLETA NAS ESCOLAS INICIÁTICAS PARTE 1 A borboleta é o símbolo da luta pela liberdade, pelo direito ao livre arbítrio, pelo processo natural de evolução e transformação, nas escolas iniciáticas do conhecimento e da sabedoria. Enquanto o Sol existir, manter a distância exata, este tipo de vida que conhecemos existirá na terra e manterá sua evolução. O universo é feito de leis, como: ação/reação, atração/repulsão, da gravidade, da simetria, entre outras. Essas leis funcionam em todo universo da mesma maneira, de acordo com a influência da massa e da atmosfera local. Neste ambiente, nada se perde ou acaba sendo o fogo – energia – o agente transformador. A consciência é uma emanação da memória e o agente transformador do ser humano. Portanto, devemos estar sempre vigilante ou consciente, observando, pesquisando, para que possamos municiar nossa memória, com novos conhecimentos. No dia seguinte, com os novos conhecimentos armazenados e bem acomodados na memória, esta irá projetar uma nova consciência, e esta consciência, é justamente, você, nós, EU sou. A seqüência deste processo, dia a dia, nos trará a sabedoria, a consciência expandida. O inimigo da nossa consciência ou realidade são os mundos: da ilusão, dos vícios e prazeres sem controle, do encantamento – a cegueira – e o mundo imaginativo – onde os milagres e absurdos acontecem -. Se optarmos por desprezarmos o livre arbítrio e o raciocínio, funções e direitos, já conquistados por esta humanidade, seja, por preguiça, comodidade ou dogmas, viveremos no tempo exato à época de implantação dessas regras e dogmas - vá a alguns lugares da África e do Oriente médio, e voltarás ao tempo do ano zero ou mais, justamente porque os povos desses lugares tiveram seu livre arbítrio restringido e obrigado a viver sob regras e dogmas, que não evoluíram -. O casulo simboliza a sociedade opressora, que impõe suas regras e dogmas, impedindo a evolução consciente da humanidade, para submetê-la ao atraso e conseqüentemente ao domínio – não se domina um povo sábio – a lagarta oprimida no casulo simboliza a humanidade. A luta da lagarta é dolorosa, mas finalmente, consegue escapar do casulo, adquire o livre arbítrio e as asas, que simboliza a grande transformação da humanidade, na sua luta para ser livre. PARTE 2 TEXTO IMAGINATIVO A borboleta, agora curti a conquista de sua liberdade, voa para todos os lugares, não para de voar, então maravilhou-se e encantou-se, já que tudo era bom, com o poder de voar. A conseqüência disto foi a perda da consciência e à volta a cegueira do mundo inconsciente, isto é, a acomodação ao mundo ilusório e do imaginativo. Ate que um dia perguntaram a borboleta se ela sabia de sua origem, que antes de ser borboleta, teria sido uma lagarta. A borboleta achou aquilo um absurdo e respondeu dizendo que sempre foi uma borboleta, não acreditava naquela bobagem, nunca houve transformação, nunca rastejou, porque sempre possuíra asas. Ao saber que outras borboletas também estavam sendo questionada sobre o assunto, resolveram todas elas criarem a sociedade das borboletas com regras, dogmas e crenças – um casulo moral –: DOGMA 1 afirmação = Toda borboleta do bem, deve crer, que toda borboleta sempre foi borboleta. DOGMA 2 medo = Crer na existência de Besouros, que levam as borboletas hereges para um lugar profundo e quente – um vulcão lá perto – onde teriam queimadas suas asas e viveriam para sempre rastejando naquele lugar quente. DOGMA 3 recompensa = Crer em um lugar bonito e tranqüilo com flores e cachoeiras em que todas as borboletas não hereges terão para desfrutar, mas só depois de sua morte. REGRA 1 impedir = Queimar, ocultar e apagar tudo que se referisse ao assunto transformação da borboleta. REGRA 2 eliminação = Todas as borboletas eram obrigadas a crerem nos DOGMAS 1, 2 e 3, e quem ousasse ser contra esta crença, seria considerada herege e como tal sofreria as conseqüências de um tribunal inquisitório. REGRA 3 confundir = Criação da propaganda para distrair a consciência e mascarar a realidade e fortalecer o mundo imaginário. REGRA 4 distrair = Criar a sociedade de posse, valorizando e dando o reconhecimento para as borboletas que possuíam as asas mais bonitas e que voavam mais altas. A distração e a ilusão das conquistas inflarão o ego das borboletas e elas não terão tempo e nem haverá espaço no seu cérebro para pensar em bobagem de lagarta transformada. REGRA 5 tiro mortal = Fortalecer o mundo imaginário para amenizar o sofrimento das borboletas não hereges, nas lutas de posses. O mundo imaginário vai permitir, ao ego das borboletas, que ele o molde na forma de suas vontades, permitindo as borboletas de asas feias imaginarem bonitas. Depois de certo tempo todas as borboletas estarão vivendo felizes e tranquilas neste nosso modelo imaginário e ilusório. REGRA 6 vigilância = Estar atento ao aparecimento de borboletas em estado consciente – borboleta ovelha negra -, que observando o frenesi das borboletas totalmente cegas pela total inconsciência de seus atos dentro daquela sociedade dogmática, tente alertá-las. Caso encontre alguma herege, tente primeiro amedrontá-la com a estória dos besouros, caso ela não acredite nesta estória imaginaria, entregue esta ovelha negra para o tribunal inquisitório, para que seja queimada em praça publica ou que pereça em uma arvore, pregada pelas asas. Depois se houver alguma reação da comunidade, pro ovelha negra, usaremos o tempo a propaganda e a cegueira da comunidade a nosso favor, dizendo que aquela linda borboleta, que morreu, pregava a nosso favor. Há quem diga que 95% da população de borboletas vivem de acordo com a crença nos dogmas daquela sociedade panapaná. Os 5% restante vivem no estado de consciência, dentro da realidade ou da verdade. Dentro dos 5%, 4.5% não estão nem ai, para as borboletas perdidas, apenas continuam na sua caminhada em busca do saber. Os restantes 0,5%, tentam de alguma maneira, salvar as pobres borboletas daquela escravidão, seja por compaixão, por verificar que elas não sabem o que estão fazendo ou pela salvação do panapaná. Martiniano