Física Laboratorial Ano lectivo 2003/04 3ª PARTE Variação da Energia Cinética de um objecto Introdução r Quando um objecto de massa m experimenta uma força total constante F ao longo de um r r percurso rectilíneo de comprimento d , o trabalho realizado por F é dado por: r r W = F .d . r Por outro lado, se a força F for a resultante das forças aplicadas ao objecto, o trabalho por ela realizado é igual à variação da energia cinética desse objecto: W = Ecf − Eci = 1 2 1 2 mv f − mvi , 2 2 onde vf e vi são a velocidades final e inicial, respectivamente. É esta igualdade que será estudada nesta experiência. Material utilizado – Carro, sensor de força, foto-roldana (roldana que se prende à calha e pequeno suporte vertical onde se prende uma célula fotoeléctrica que detecta o movimento da roldana), suporte para massas verticais, massas conhecidas. 1. Ligue o terminal da foto-roldana ao canal digital 1 da interface e a ficha DIN do sensor de força à entrada analógica A. 2. Na barra principal da janela do programa Science Workshop, seleccione a opção “File” e, em seguida, “New”. Escolha depois a opção “Don’t save”. Reiniciou o programa, que fica deste modo pronto para uma nova experiência. 3. Repita o procedimento dos números 5, 6 e 7 da 1ª parte deste trabalho, escolhendo agora os novos dispositivos ligados à interface. Quando abrir a janela correspondente à figura 3 deve seleccionar os dispositivos “Smart Pulley (Linear)” (foto-roldana). No final, deve ter a janela da experiência indicada na figura 21. 4. Pode seleccionar o ícone da foto-roldana e verificar que o comprimento do arco seleccionado (spoke arc length) é de 15 mm (figura 22). Departamento de Física da FCTUC 16/19 Física Laboratorial Ano lectivo 2003/04 Figura 21 5. Preencha as seguintes Sampling options: Periodic Samples = Fast at 50 Hz, Digital Timing = 10000 Hz. 6. Meça, e registe numa tabela de resultados, a massa do sensor de força e do carro. Monte o sensor de força sobre o carro. Figura 22 7. Verifique o bom nivelamento da calha. 8. Coloque um “stop-movimento” perto do extremo da calha onde vai montar a foto-roldana (para a proteger do carro em movimento). Monte a foto-roldana nesse extremo da calha de modo a que o topo da roldana fique à altura do gancho do sensor de força (fig. 23). 9. Prenda uma corda ao gancho do sensor. A corda deve ter mais cerca de 10 cm do que a distância que vai do cimo da foto-roldana até o chão. 10. Prenda um suporte para massas do outro lado da corda. Coloque a corda que Departamento de Física da FCTUC Figura 23 17/19 Física Laboratorial Ano lectivo 2003/04 liga o carro e o suporte de massas sobre a foto-roldana. Ajuste a foto-roldana de modo a que a parte da corda ligada ao carro, antes de passar pela foto-roldana, fique paralela à calha. 11. Coloque uma massa de valor conhecido no fim da corda. Ajuste a posição do “stop-movimento” de modo a que a massa fique logo acima do chão quando o carro pára nessa barreira. NOTA - Não é necessário calibrar a foto-roldana. 12. Calibre o sensor de força do modo indicado na 2ª parte deste trabalho, mas agora mantendo-o na posição em que vai ser utilizado nesta experiência, apenas tirando e repondo o fio com o suporte de massas e a massa marcada. ATENÇÃO – Não esquecer que o sensor de força deve ser calibrado com uma massa de valor superior à que será usada posteriormente, no decorrer da experiência. 13. Prepare um gráfico da força (N) em função da distância e uma tabela com os valores da velocidade (ms-1), como representado na figura 24. 14. Quando estiver preparado para começar a adquirir dados, afaste o carro da foto-roldana até que o suporte da massa quase toque a roldana. Figura 24 15. Rode a foto-roldana para uma posição em que o feixe fotoeléctrico fique “desbloqueado” (a luz do LED da célula fotoeléctrica apaga-se). Departamento de Física da FCTUC 18/19 Física Laboratorial Ano lectivo 2003/04 16. Inicie o registo de dados. 17. Liberte o carro para que ele possa ser puxado pela massa suspensa. O registo automático dos dados tem início logo que a foto-roldana é bloqueada pela primeira vez. 18. Pare o registo de dados antes do suporte com a massa chegar à altura mínima. Run #1 aparecerá na lista de dados da janela. 19. Carregue na tabela para a activar. Seleccione a opção Estatística no menu da tabela. Na parte inferior da tabela aparecerá Min (mínimo), Max (máximo), Mean (média) e Std. Dev (desvio padrão). 20. Registe o valor Max (ou vf) da velocidade final do Run #1 na tabela de dados e calcule a variação da energia cinética do sistema carro + sensor de força. 21. Seleccione a janela do gráfico para a tornar activa. Seleccione o botão Estatística do menu do gráfico. Seleccione o botão Escala Automática, Menu de Estatística e, finalmente, seleccione Integração. 22. Registe o valor da integração da área correspondente à variação da força em função da posição. A que grandeza corresponde essa área? Como conhece, por “via directa”, a força aplicada ao carro (se desprezar a existência de atrito), determine o valor que “esperava” medir para essa mesma área e compare e comente os dois resultados encontrados. 23. Compare os resultados obtidos (experimentais e por “via directa”) com os do ponto 20 e comente-os. 24. Se for possível, imprima o gráfico da experiência. Relatório Elabore um relatório desta parte do trabalho efectuado, no qual deve incluir: • uma breve introdução teórica (não mais de 10 linhas); • um resumo do procedimento experimental (não mais de 10 linhas); • os resultados experimentais obtidos (organizados em tabelas e gráficos sempre que possível); • o tratamento matemático adequado desses resultados e a discussão/comentário dos mesmos. Departamento de Física da FCTUC 19/19