António Lobo Antunes, no programa O meu tempo é hoje,
RTP, 23/01/2015
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1ª Parte: A língua portuguesa ao longo dos
tempos (o passado).
2ª Parte: A língua portuguesa pelo mundo nos
nossos dias (o presente).
3ª parte: Questões sobre o futuro da nossa
língua (o futuro).
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I – As origens
II – O português antigo
III – O português médio
IV – O português clássico
V – O português moderno
Proposta de Ivo Castro, in Gramática do Português, Calouste Gulbenkian
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A romanização da península Ibérica (desde 218
a.C. até às invasões bárbaras).
Suevos e visigodos (sécs. VI-VII).
Árabes (séc. VIII e seguintes).
As camadas linguísticas
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1ª As línguas pré-romanas
Substrato
2ª O LATIM
Estrato
3ª Línguas invasoras
Superstratos
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(línguas dos suevos e dos visigodos)
O árabe
O PORTUGUÊS ANTIGO
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No início o português e o galego coincidiam.
Os primeiros textos são dos finais do séc. XII e
princípios do séc. XIII:
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Notícia de Fiadores (1175),
Auto das Partilhas (1192),
Testamento de D. Afonso II (1214),
Notícia de Torto (entre 1211 e 1214).
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Poesia trovadoresca (D. Dinis)
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Cantigas de amigo
Cantigas de amor
Cantigas de escárnio e maldizer
Documentos oficiais e particulares em prosa
Início da prosa literária: livros de linhagens
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Período de transição entre o português antigo e
o português clássico.
Período de grandes mudanças fonéticas,
morfológicas e sintáticas.
Início de uma norma culta baseada no
predomínio dos dialetos centro-meridionais.
Língua que os Descobrimentos levarão para
todo o mundo.
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Historiografia de Fernão Lopes e de Gomes
Eanes de Zurara.
Cancioneiro Geral de Garcia de Resende.
Traduções e cópias feitas em mosteiros,
destacando-se o de Alcobaça.
Teatro de Gil Vicente
ponte entre a
Idade Média e o Renascimento
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A língua portuguesa está consolidada,
surgindo as primeiras obras normativas e de
reflexão sobre a língua:
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As primeiras gramáticas
 Fernão de Oliveira (1536),
 João de Barros (1540).
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Os primeiros dicionários português-latim e latimportuguês.
Ortografia da língua portuguesa de Duarte Nunes Leão
(1570).
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CLASSICISMO
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BARROCO
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Bernardim Ribeiro e Sá de Miranda
António Ferreira
LUÍS DE CAMÕES
Poesia cultista e conceptista: Fénix Renascida e
Postilhão de Apolo
Padre António Vieira
NEOCLASSISMO
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Poesia árcade:
 Filinto Elísio, Bocage, Correia Garção e Marquesa de
Alorna
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Marcado por algumas alterações a nível
morfossintático e lexical:
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
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Desaparecimento gradual da 2ª pessoa do plural
Substituição do pretérito mais-que-perfeito simples
pelo composto (Ontem, já tinha concluído isso),
Substituição do futuro imperfeito pela perifrástica ir +
infinitivo presente (Amanhã, vou estudar muito),
Aparecimento de neologismos (cibernética, multimédia,
portal, etc.) e proliferação de empréstimos (email,
download, Power Point, etc.) para designar novas
realidades resultante dos avanços técnico-científicos.
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ROMANTISMO
Alexandre Herculano e Almeida Garrett
 Feliciano Castilho e Camilo Castelo Branco
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REALISMO
Antero de Quental
 Oliveira Martins
 Eça de Queirós

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PARNASIANISMO E SIMBOLISMO
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Cesário Verde e Camilo Pessanha
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MODERNISMO

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Grandes poetas a partir de meados do séc. XX

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Geração de «Orpheu»
 Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa, Almada Negreiros
Geração de «Presença»
 José Régio, Miguel Torga, Branquinho da Fonseca
Jorge de Sena, Eugénio de Andrade, Sophia de Mello Breyner
Andresen, Alexandre O’Neill, Natália Correia, Manuel Alegre,
Ruy Bello, A. Ramos Rosas, Herberto Hélder
Grandes romancistas a partir de meados do séc. XX :
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Vergílio Ferreira, José Saramago, António Lobo Antunes,
Agustina Bessa-Luís
Dados: Observatório da língua portuguesa
Dados: Observatório da língua portuguesa
Dados: Observatório da língua portuguesa
Dados: Observatório da língua portuguesa
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O português é falado por 250 milhões
pessoas em todo o mundo e daqui a 30 anos
devem ser pelo menos 400 milhões. Só no
Brasil são 200 milhões de falantes.
São Paulo é a cidade onde se usam mais
palavras de português a cada minuto e onde
se pode visitar o único museu interativo da
língua portuguesa.
Dados: Observatório da língua portuguesa
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E a força do português continua a crescer, em parte por
causa da internet onde é uma das línguas em maior
expansão, muito por causa da literatura, porque
Camões, Pessoa, Machado de Assis escreveram em
Português. Também Jorge Amado, Veríssimo, Ruben
Fonseca, Ondjaki, Agualusa, Mia Couto, Lobo
Antunes, Agustina e, claro, José Saramago, o único
Prémio Nobel da língua portuguesa.
Também por causa da música. A língua é usada no
Samba, na Bossa Nova, no Fado e no Kuduru que se
ouve em todo o planeta.
Dados: Observatório da língua portuguesa
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A língua portuguesa foi recentemente
identificada num estudo do British Council
como um dos dez idiomas estrangeiros mais
importantes para os próximos 20 anos no Reino
Unido, que, a partir de 2014, torna obrigatório
o ensino de idiomas estrangeiros no ensino
primário a partir dos sete anos.
Fonte: JN, in Observatório da língua
portuguesa
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O número de estudantes de português nas
escolas francesas está a crescer em média cinco
por cento ao ano, atingindo atualmente os 35
mil alunos.
O português é a 6ª língua do mundo mais
utilizada nos negócios, segundo o ranking da
Bloomberg incluído num estudo intitulado
"Línguas estrangeiras mais usadas em
negócios".
Fonte: Lusa, in Observatório da língua
portuguesa
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Milhares de pessoas estão atualmente a
aprender o português nos Estados Unidos,
quer como língua de herança quer como língua
estrangeira, em escolas, universidades e
academias militares.
Nos E.U.A, existem agora 12.415 alunos a
aprender a língua portuguesa, mais do dobro
do que existia em 1990 (6.118), enquanto o
número de instituições com aulas de português
aumentou de 221 em 2009 para 238 em 2013.
Fonte: Lusa, in Observatório da língua portuguesa
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A língua portuguesa é lecionada em várias
universidades e escolas superiores de Moscovo
e São Petersburgo, bem como de cidades como
Kazan, Rostov no Don e Petegorsk.
Já começam a faltar professores em algumas
escolas, como Moscovo, onde a procura tem
aumentado.
Fonte: Observatório da língua portuguesa
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A aposta que a China, em Macau em particular,
tem feito no ensino do português, deve servir
de exemplo para Goa e para a Índia, defende
Delfim Correia da Silva, diretor do Centro de
Língua Portuguesa do Camões e leitor na
Universidade de Goa.
Na única instituição de ensino superior indiana
com departamento de português, o número de
alunos tem amentado de forma “gradual e
consistente”.
Fonte: Observatório da língua portuguesa
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O Quadro de Referência para o Ensino Português no
Estrangeiro (QuaREPE) surge na sequência da
publicação da Portaria nº 914/2009, de 17 de Agosto.
 apresenta linhas de orientação para a elaboração de
conteúdos de ensino e de aprendizagem da língua
portuguesa;
 O quadro de referência aplica-se, fundamentalmente,
aos alunos do ensino não superior, a viver em países
cuja língua oficial não é o português, servidos ou não
pela atual rede de cursos de língua e cultura
portuguesas.
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desenvolver competências gerais em língua
portuguesa;
contribuir para a promoção da cidadania
democrática;
dotar a rede do Ensino do Português no
Estrangeiro (EPE) de um instrumento que
permita a reflexão sobre práticas pedagógicas e
educativas, para além de desenvolver a
identidade plurilingue e pluricultural dos
alunos.
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a) ensino da língua e cultura portuguesa aos luso-descendentes;
b) ensino da língua e cultura portuguesa em cursos integrados
nos sistemas educativos dos países de acolhimento;
c) ensino da língua e cultura portuguesa a falantes de outras
línguas;
d)
apoio curricular em casos de mobilidade de cidadãos
portugueses para outros países da União Europeia
e) experiências de ensino bilingue;
f) ensino da língua portuguesa nos países da África subsahariana;
g) perspectiva de ensino da língua portuguesa em alguns dos
países do Mercosul.
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Camões – Instituto da Cooperação e da Língua
(Ministério dos Negócios Estrangeiros):
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

propor e executar a política de ensino e divulgação
da língua e cultura portuguesas no estrangeiro;
assegurar a presença de leitores de português nas
universidades estrangeiras;
gerir a rede de ensino de português no estrangeiro a
nível básico e secundário.
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Compete à DPLP contribuir para a difusão da
língua e da cultura do Brasil no exterior. Para
esse fim, foi estabelecida, na década de 1940, a
Rede Brasileira de Ensino no Exterior (RBEx), a
que se dá, atualmente, o nome de Rede Brasil
Cultural, formada por centros culturais
brasileiros, núcleos de estudos brasileiros e
leitorados.
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CPLP (Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa):
Fundada a 17 de Julho de 1996, a CPLP goza de
personalidade jurídica e é dotada de autonomia
financeira.
 é
o foro multilateral privilegiado para o
aprofundamento da amizade mútua e da cooperação
entre Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé
e Príncipe e Timor-Leste.
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 a promoção da língua portuguesa, nomeadamente
através do ensino da língua no espaço da CPLP e do
seu fortalecimento como língua estrangeira;
 a implementação do Acordo Ortográfico, que
privilegia a existência de terminologias científicas e
técnicas harmonizadas em todo o espaço da CPLP;
 a difusão pública, através da produção e
disseminação de conteúdos audiovisuais em língua
portuguesa;
 a importância e especificidade das diásporas, que
são muitas vezes os embaixadores da língua
portuguesa pelo mundo fora.
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Instituto Internacional da Língua Portuguesa
(IILP)
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instituição responsável pela política linguística dos
países da CPLP;
Acordo Ortográfico
 VOP (Vocabulário Ortográfico Comum de Língua
Portuguesa)
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Constituído em Junho de 2008, o OLP - Observatório
da Língua Portuguesa é uma associação sem fins
lucrativos que tem por objetivos contribuir para:
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o conhecimento e divulgação do estatuto e projeção no Mundo
da língua portuguesa;
o estabelecimento de redes de parcerias visando a afirmação,
defesa e promoção da língua portuguesa;
a formulação de políticas e decisões que concorram
relevantemente para a afirmação da língua portuguesa como
língua estratégica de comunicação internacional.
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Vítor Aguiar e Silva (2010). As humanidades, os
estudos culturais, o ensino da literatura e a política
da língua portuguesa. Coimbra: Almedina.
Vários (2014). A língua portuguesa: presente e
futuro, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
http://www.cplp.org/
http://dc.itamaraty.gov.br
http://www.instituto-camoes.pt
http://observatorio-lp.sapo.pt
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Língua portuguesa: a juventude de uma língua com mais de 800 anos